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Módulo de saúde mental - Psicopatologia

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Módulo de saúde mental – Psicopatologia
Brenno Luiz Bevilaqua Rodrigues – T6
Provas dia 31/03 e 06/06. A nota é composta por 20% em participação nas discussões dos casos e entrega dos relatórios e 80% pela prova.
Avaliação do paciente, apresentação, contato/atitude
Anamnese
- Idêntica à anamnese comum, mantendo o foco em questões que possam ser relacionadas a problemas mentais/psicológicos/neurológicos.
Exame físico
- O exame físico nunca deve ser ignorado no paciente psiquiátrico, por sua maior morbidade em relação à população, suas doenças/distúrbios são subdiagnosticados, eles têm maior dificuldade em comunicar suas queixas, e o estigma da loucura pode invalidar queixas somáticas
- Fazer exame físico completo.
Exame neurológico
- Importância: Doenças neurológicas podem ter sintomas psiquiátricos, antipsicóticos podem causar sintomas de tônus e marcha (ex.: haloperidol/aldol causa rigidez muscular e marcha parksoniana, sinal da roda denteada – quando o médico levanta os braços ou pernas do paciente, ele faz movimentos de resistência pela rigidez muscular)
- Avaliarsinais de inteligência, memória, atenção 
- Realizar testes projetivos (teste de rorschach), escala de depressão, e avaliação de demência.
Exames complementares
- Os exames laboratoriais/imagem têm a mesma importância do exame físico, afastando causas orgânicas para os sintomas psíquicos.
Relação médico-paciente
- 3 regras de ouro: Se o paciente for organizado, possuir inteligência normal, boa escolaridade, e não estiver em estado psicótico, a entrevista será mais aberta (paciente fala mais que o médico); se o paciente for desorganizado, com baixo nível intelectual, em estado psicótico ou ansioso, o médico falará mais que o paciente, com perguntas simples e dirigidas; se o paciente for tímido, ansioso ou paranóide, deve-se iniciar com perguntas neutras (identificação, por exemplo), e gradativamente partir para perguntas diretas.
Exame psíquico: 
- Avalia apresentação, contato e atitude, consciência, atenção, memória, orientação, humor e afeto, pensamento, sensopercepção, linguagem, volição, psicomotricidade, pragmatismo, crítica, noção de doença.
Apresentação
- Avaliar visualmente tanto o estado de ânimo do paciente, quanto sua apresentação física (higiene, saúde, roupas e acessórios...), e se essa apresentação é adequada à realidade.
Contato e atitude
- Avaliar se o paciente é ativo/passivo durante a entrevista
- Se ele é colaborativo ou negativista
- Se é amigável, suspicaz (desconfiado), ou hostil 
- Se é pueril (infantil).
Consciência, atenção e memória
Consciência
- Definição: estado de estar desperto, vigil, lúcido.
- Alteração quantitativa normal da consciência: Sono
- Alterações quantitativas patológicas: Obnubilação (paciente lentificado, sonolento), sorpor(paciente sempre muito sonolento), e coma (pode ser determinado pela escala de coma de Glasgow)
- Situações psiquiátricas que podem alterar o nível de consciência: delirium, síndrome de abstinência de álcool, intoxicações
- Alterações qualitativas normais da consciência: transe religioso e estados hipnóticos
- Alterações qualitativas patológicas: dissociação (fragmentação da consciência, perda da unidade psíquica), estado crepuscular (consciência estreita; pode ocorrer na epilepsia, em intoxicações, ou após TCEs), experiência de quase morte (causa sensação de paz e união cósmica).
Atenção
- Definição: estado de concentração da atividade mental
- Atenção quanto ao direcionamento: pode ser externa (projetada para fora do mundo subjetivo do paciente) ou interna (paciente introspectivo, reflexivo)
- Atenção quanto a sua amplitude: atenção focal (concentrada num campo restrito) ou dispersa (menos delimitada)
- Atenção quanto a sua natureza: pode ser voluntária (concentração ativa e intencional sobre um objeto), ou espontânea (interesse momentâneo e incidental sobre um objeto).
- Tenacidade: foco; capacidade de fixar a atenção numa área/objeto.
- Vigilância: mais dispersa, permite estar atento ao todo
- Alterações normais: distração (hipertenacidade e hipovigilância; ocorre quando prestamos muita atenção em algo, como um livro ou um filme, e não notamos o que acontece ao redor)
- Alterações patológicas: hipoprosexia (diminuição parcial da atenção), aprosexia (diminuição total da atenção), hiperprosexia (atenção exacerbada e infadigabilidade), hipo/hipertenacidade (pouca ou muita capacidade de focar-se numa tarefa ou objeto), hipo/hipervigilância (pouca ou muita capacidade de prestar atenção ao que acontece a seu redor), distraibilidade (hipotenacidade e hipervigilância; o paciente tem dificuldade em focar-se numa única coisa/tarefa, e qualquer coisa a seu redor tira seu foco)
- Distúrbios psiquiátricos que alteram a atenção: depressão (causa hipoprosexia), mania (causa distraibilidade), esquizofrenia (atenção interna, hipotenacidade, hipovigilância), TDAH (dificuldade em filtrar estímulos irrelevantes).
Memória
- Processo temporal: Temos 3 tipos de memória, a imediata (ou de curtíssimo prazo, dura até 3 minutos), memória recente (ou de curto prazo, dura até 6 horas, responsável pela fixação), e memória remota (ou de longo prazo, dura anos, responsável pela evocação)
- Alterações quantitativas: hipermnésia (memória aumentada, comum em episódios de mania ou transtornos mentais orgânicos), ou hipomnésia/amnésia (diminuída)
- Amnésia anterógrada: há comprometimento na fixação, e por isso o paciente se esquece de coisas que ocorreram após a lesão/trauma que causou a amnésia (traumas, intoxicações ou problemas circulatórios que causem lesões cerebrais podem causar esse problema); é uma alteração quantitativa
- Amnésia retrógrada: O paciente se esquece de coisas anteriores a lesão (qualquer dano cerebral pode causar esse problema); pode-se perder memórias de dias ou semanas anteriores à lesão; é uma alteração quantitativa
- Amnésia retroanterógrada: O paciente se esquece do que veio antes e do que ocorreu depois da lesão, por alteração na fixação e na evocação; é uma alteração quantitativa
- Amnésia transitória: Incapacidade transitória de fixar os acontecimentos recentes (pode ocorrer por intoxicação); é uma alteração quantitativa
- Fabulações: O paciente preenche lacunas da memória com fatos que não ocorreram. É uma alteração qualitativa
- Ilusões e alucinações mnêmicas: O paciente se recorda vividamente de participar de situações em que não poderia ter estado (como se estivesse estado numa guerra medieval, por exemplo); podem ocorrer, nesse caso, falsos reconhecimentos (ver uma pessoa e achar que é outra). É uma alteração qualitativa que pode ocorrer na esquizofrenia, no uso de álcool, no delirium, e na epilepsia. É uma ilusão se uma memória for distorcida, e uma alucinação se uma memória for criada
- Criptomnésia: O paciente tem uma memória sem perceber que é uma memória, e acha que é um pensamento ou uma ideia nova; É uma alteração qualitativa que não costuma ser patológica
- Ecmnésia: O paciente vive uma memória como se fosse o presente. É uma alteração qualitativa que pode ocorrer no delirium, na histeria, na epilepsia, e em intoxicações por alucinógenos.
Orientação e Linguagem
Orientação
- Para se estar orientado, se necessita de percepção, atenção, consciência e memória
- Orientação autopsíquica: Saber quem se é, qual a sua idade, qual a sua profissão, entre outros
- Orientação alopsíquica: estar orientado no espaço e no tempo
- Orientação temporal: relaciona a duração de eventos e a continuidade do tempo. Se desenvolve após os 7 anos, e é afetada mais facilmente que a orientação espacial (desorientação temporal é mais comum que a espacial)
- Desorientação por rebaixamento do nível de consciência: a consciência diminuída compromete a atenção, a concentração, a percepção e a retenção de estímulos. Costuma ocorrer no delirium
- Desorientação amnésica: pode ocorrer por perda de memória recente ou imediata; o paciente perde a noção do fluir do tempo e do deslocamento no espaço, podendo não reconhecero ambiente em que está; pode ocorrer no Alzheimer e em Korsakoff
- Desorientação apática: o paciente não se atém a estímulos ambientais, não tem interesse no que ocorre a sua volta; comum na depressão grave
- Desorientação delirante: O paciente acredita estar em outro lugar/tempo, ou que está em dois lugares/tempos diferentes ao mesmo tempo; pode ocorrer na esquizofrenia, na mania psicótica, na depressão psicótica, e em psicoses induzidas
- Desorientação por déficit intelectual: O paciente não compreende onde está ou como se passa o tempo (não entende horários e calendários); comum em casos de retardo mental
- Desorientação dissociativa: Ocorre por alterações de identidade, comum em transtornos dissociativos
- Desorientação por desagregação: A desorganização mental impede a orientação no espaço/tempo; comum na esquizofrenia
- Ilusões de percepção do tempo: o tempo passa muito devagar ou muito rapidamente para o paciente; comum em intoxicações por alucinógenos, estimulantes, ou em psicoses
- Atomização do tempo: perda da fluidez e sucessão do tempo; comum em manias associadas a fugas de ideias
- Inibição do fluir do tempo: O tempo objetivo não está sincronizado com o tempo interno/subjetivo; pode ocorrer na depressão (o paciente tem a sensação de que o tempo não passa), na esquizofrenia (?), e na ansiedade (o paciente sente que o tempo nunca é suficiente)
- Perda das fronteiras entre o Eu e o mundo: alteração na percepção do espaço em que o paciente se sente fundido ao mundo exterior; comum na esquizofrenia
- Dilatação do espaço: O espaço do indivíduo aumenta e invade o espaço de outras pessoas; comum em mania
- Contração do espaço: o espaço é encolhido e pouco penetrável a outras pessoas; comum na depressão
- Espaço invasivo: O espaço interior é invadido por ameaças do mundo e perigos do espaço exterior; comum na esquizofrenia (o paciente acha que pessoas podem ler seus pensamentos, o que alguém na TV fala com ele)
- Espaço perigoso: o espaço passa a ser sufocante para o paciente; comum na agorafobia
Linguagem
- Alterações por lesões neuronais: afasia de expressão (lesão na área de Broca, o paciente compreende o que escuta, mas não consegue falar ou produzir linguagem), afasia de compreensão (lesão na área de Wernicke, o paciente fala fluentemente, mas sua fala não faz sentido), afasia glogal (lesão na região pensilviana esquerda, o paciente não consegue falar), agrafia (lesão da segunda circunvolução frontal, o paciente não consegue mais escrever), alexia (perda da capacidade de leitura, e consequentemente da escrita), disartria (lesões no aparelho fonador, não consegue articular as palavras), disfonia (alteração da sonoridade das palavras), afonia (o paciente não emite nenhum som), disfemia (alteração de linguagem sem alteração orgânica, costuma ser psicogênico), gagueira (tipo frequente de disfemia)
- Alterações por distúrbios psiquiátricos: Logorreia (o paciente fala muito rápido e o discurso pode perder a lógica; ocorre na mania), bradifasia (o paciente fala muito devagar; ocorre na depressão), mutismo (o paciente não fala; pode ocorrer na depressão, na esquizofrenia catatônica, em estupores, etc.), ecolalias (o paciente repete a ultima palavra ou frase que o médico falou; comum no autismo e na esquizofrenia), palilalia (o paciente repete a última palavra/frase que ele mesmo falou), tique verbal (o paciente não consegue se controlar, e fala coisas repetidamente ou palavras impróprias; comum na síndrome de Tourette), vergiberação (repetição sem sentido de palavras/frases), mussitação (o paciente repete coisas em voz baixa ou murmurando), glossolalia (o paciente tem fala gultural, “língua dos anjos”; comum na esquizofrenia), neologismo patológico (o paciente cria palavras novas ou dá novos significados a palavras que existem; comum na esquizofrenia), maneirismos (o paciente fala de um jeito que soa artificial, principalmente se achar que é outra pessoa ou um personagem; comum na esquizofrenia).
Sensopercepção
Sensopercepção
- Sensação: sentidos
- Percepção: interpretação das sensações provocadas pelos sentidos
- Imagens verdadeiras: Têm nitidez, são corpóreas (têm extensão e forma), são estáveis; as imagens produzidas pela visão normal e pelas alucinações são do tipo verdadeiras
- Imagens representativa/mnêmica: têm pouca nitidez, pouca corporeidade, sao instáveis e incompletas; uma imagem de uma lembrança é representativa
- Imagem eidética: “memória fotográfica”, a imagem evocada pela memória do paciente é muito precisa
- Pareidolia: O paciente atribui significado a uma imagem/som/estímulo sem significado (Exemplo: ver desenhos nas nuvens)
- Sentido produtivo: imaginar algo/alguém que não se viu/ouviu/presenciou
- Sentido reprodutivo: imaginar algo/alguém que já se conhece
- Alterações quantitativas da sensopercepção: hiperestesias (hipersensibilidade a um ou mais estímulos; comum em intoxicações por alucinógenos, epilepsia e enxaqueca), hipoestesias (sensibilidade diminuída a estímulos; comum na depressão), anestesia (hipoestesia máxima), parestesias (formigamento; comum em ansiedade extrema, na síndrome do pânico, e em problemas neurológicos); disestesia (dor ou desconforto sob estímulos que não seriam dolorosos normalmente; comum em casos neurológicos)
- Alterações qualitativas da sensopercepção: ilusão (distorção sensorial de um objeto que existe; comum na alteração do nível de consciência, na mania, na esquizofrenia, ou em intoxicações por drogas; há alteração na percepção e não na sensação); alucinação (percepção de um objeto que não existe; ocorre na mania, na esquizofrenia, e na intoxicação por drogas); alucinose (uma alucinação, mas o paciente sente que não é real, mesmo se a imagem for do tipo verdadeira); pseudo alucinação (parece uma alucinação, mas a imagem é representativa, e não verdadeira). 
- Alucinações auditivas: Tinnitus (zumbido), audioverbal, musical, sonorização do pensamento; frequentes na esquizofrenia, mania psicótica, depressão psicótica, intoxicações por drogas
- Alucinações visuais: Pontos brilhantes, escotomas, figuras, imagens, partes do corpo, entidades, animais, crianças...; as mais simples podem ocorrer por alterações simples (alucinações hipnagógicas – que ocorrem antes de adormecer, fadiga/emoção intensa, enxaquecas, doenças oftalmológicas, epilepsia), e se tornam mais complexas em doenças psiquiátricas ou neurológicas (demência de Lewy – alucinações visuais + parkisonismo, demência por alzheimer, delirium, esquizofrenia, intoxicação por alucinógenos)
- Alucinações táteis, olfativas e gustativas podem ocorrer por transtornos psiquiátricos, mas costumam ser mais comuns em problemas neurológicos
- Alucinações cinestésicas: sensação de que um objeto imóvel está se movendo
- Alucinações sinestésicas: mistura de sentidos 
- Alucinações extracampais: o paciente sente algo que não está dentro de seu campo sensitivo (ver um objeto que está às suas costas, ouvir um barulho que está muito longe).
Pensamento
Pensamento:
- Conexões passivas: pensamentos por semelhança (por exemplo, pensar em uma fruta lembra outra fruta)
- Conexões ativas: pensamentos direcionados a uma finalidade
- Conceito: Caracteriza em uma palavra objetos ou fenômenos (exemplo: “árvore”)
- Juízo: Relação entre dois ou mais conceitos, composto de sujeito, verbo e predicado (“o homem corta a árvore”)
- Raciocínio: Relação entre juízos que leva a conclusões (Ex: “O homem corta as arvores” + “O desmatamento provoca o aquecimento global” = “O aquecimento global está relacionado com a atividade humana”)
- Aspectos do pensamento: Curso (velocidade e ritmo), forma (estrutura), conteúdo (tema do pensamento)
- Alterações quantitativas do pensamento: aceleração de curso (paciente fala rápido, ocorre na mania, na intoxicação por estimulantes, na ansiedade), lentificação do curso (paciente fala mais devagar, ocorre na depressão, na demência, no delirium, na esquizofrenia catatônica), interrupção do curso (o paciente interrompe a fala abruptamente, e apósuma pausa ele pode ou não voltar para o mesmo tema; o paciente pode atribuir isso a um “roubo” do seu pensamento; quase exclusivo da esquizofrenia)
- Alterações qualitativas do pensamento: fuga de ideias (alteração da forma, o paciente muda de assunto abruptamente, mas mantém a lógica e a associação de ideias; quase sempre associado a logorreia e aceleração de curso; comum na mania, nas intoxicações por estimulantes como cocaína/metanfetamina ou álcool), desagregação do pensamento (alteração da forma, em que o discurso é incoerente e incompreensível, perda da lógica de associação de ideias; comum na esquizofrenia, no delirium, nas demências), prolixidade (há dois tipos: a circunstancialidade, em que o paciente dá voltas para chegar ao assunto, e a tangencialidade, em que parece que o paciente vai chegar ao assunto mas nunca chega; os detalhes são minuciosos e a história se torna tediosa; ocorre no retardo mental, na demência, e na esquizofrenia), minuciosidade (excesso de detalhes, mesmo que relevantes; comum no TOC), perseveração (alteração de conteúdo; fixação persistente de uma ideia alvo; ocorre na demência, no retardo mental, no delirium, e na esquizofrenia), ideia obsessiva(é um tipo de perseveração, mas é egodistônica, ou seja, o paciente não quer ter essa obsessão, o que leva a uma luta interna; ocorre no TOC, pode ocorrer na depressão), concretismo (o discurso do paciente é preso ao sensorial, não tem analogias/metáforas; o paciente acha que seu pensamento foi roubado; comum no delirium, no retardo mental, na esquizofrenia).
Delírio 
- Definição: Juízos patologicamente falsos que acompanham-se de uma convicção extraordinária (certeza subjetiva absoluta, sendo que o paciente não sente a necessidade de provar seu delírio), não são suscetíveis a influência (impossibilidade de refutação mesmo diante de fatos), e possuem um conteúdo impossível
- Juízo falso, impossível e irracional: delirar algo impossível (acreditar que está na terra e na lua ao mesmo tempo)
- Juízo falso, impossível e racional: delirar algo que não é possível agora, mas poderia ter sido (acreditar ter estado na lua antes de 1969)
- Juízo falso, possível, e improvável: delirar algo com pouquíssimas probabilidades de realidade (Acreditar que há um conluio do zelador, do síndico e dos vizinhos que o atormentam com a intenção de fazê-lo vender o apartamento por um preço baixo)
- Delírio primário: Não deriva de nenhuma outra manifestação psíquica patológica; exclusivo da esquizofrenia. O paciente pode manifestar percepção delirante (atribuição de significado irracional a um evento ou objeto real, e quase sempre autorreferente, exemplo: O paciente vê o ônibus parar na faixa de pedestre na rua em frente ao hospital onde está internado e instantaneamente entende que o ônibus parou por causa dele), representação delirante (um significado irracional é atribuido a uma lembrança normal. Ex.: O paciente se lembra de uma blitz da polícia que viu há alguns dias e agora entende que aqueles policiais estavam em busca dele), cognição delirante (Uma convicção patológica intuitiva, como um insight. Ex.: Subitamente, sem nenhum estímulo o paciente sabe que é Jesus Cristo). 
- Delírio secundário (ideias deliroides): Se origina de forma compreensível de outras manifestações psíquicas patológicas, por exemplo do humor (Delírios de culpa ou ruína na depressão ou delírios de grandeza na mania)
- Ideiais prevalentes: O erro ocorre por superestimação afetiva, mas a convicção é menor do que no delírio, a ideia é mais influenciável. Exemplo: hipocondria e anorexia.
- Temas dos delírios: perseguição, reinvidicação (comum no transtorno delirante persistente, o paciente se acha vítima de injustiças ou discriminações, envolve-se em dispusta legais por causa disso), influência (o paciente acredita que alguém ou alguma força externa controla literalmente o seu corpo, comum na esquizofrenia), grandeza (comum na mania), ciúmes (comum na dependência do álcool e no transtorno delirante), erotomaníaco (O Indivíduo crê ser amado, a distância, por outra pessoa), autoreferência (Doente atribui a fatos fortuitos uma relação direta com a sua pessoa), ruína (comum na depressão), somático/hipocondríaco (comum na depressão, na esquizofrenia, no transtorno delirante, nas síndromes demenciais), culpa (comum na depressão), negação(O paciente afirma que já morreu, seus orgãos apodreceram, pararam de funcionar ou não existem mais; pode estar acompanhado de cotard, e acreditar que um membro seu ou seu corpo são grandes demais, chamado de enormidade), místico (o paciente acredita que é jesus, que deus lhe deu uma missão...), fantástico, identificação (como em Capgras: em que o paciente acha que um parente foi substituído por um sósia, ou em Fregoli: O paciente identifica em um estranho uma pessoa familiar).
- O delírio na esquizofrenia: Bizarro, com conteúdo impossível, pode ser primário ou secundário
- O delírio no transtorno delirante persistente: possível, pouco bizarro, sistematizado, monotemático 
- O delírio nos transtornos de humor: não é comum, mas na depressão psicótica pode ter delírios de ruína, culpa, hipocondria e negação; e na mania psicótica, de grandeza
- O delírio no delirium: intensa atividade delirante
- O delírio na epilepsia: pode ocorrer na psicose ictal (até uma semana após a crise), ou interictal (na ausência de crise)
- Delírio no transtorno delirante induzido: Indivíduo sugestionável que tem uma relação muito próxima com um indivíduo psicótico incorpor uma crença delirante deste.
Afetividade
Definições
- Afetividade: Estado psíquico subjetivo que se caracteriza pela propriedade de ser agradável ou desagradável; pode ser vista como uma consequência das ações dos indivíduos que buscam a satisfação
- Emoção: Estado afetivo súbito, de curta duração e de grande intensidade, em geral acompanhada de alterações corporais
- Sentimento: Estado afetivo menos intenso e mais prolongado que as emoções, sem alterações corporais/fisiológicas; é resultado de um processo afetivo maior
- Paixões: Tem a mesma intensidade das emoções, mas com maior duração; monopolizam e direcionam pensamentos e ações do indivíduo
- Afeto: Sentimento que acompanha uma ideia (exemplo: alguém contando uma história de um assalto demonstra sentimento durante o relato, se o afeto não estiver alterado)
	Sintonização afetiva: Capacidade do indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos externos
	Irradiação afetiva: Capacidade do indivíduo de transmitir, irradiar ou contaminar os outros afetivamente
- Humor: Síntese dos afetos presentes na consciência em determinado momento. Não relacionado a um objeto específico, é em geral persistente e não reativo.
- Catatimia: Influência da afetividade sobre as demais funções psíquicas (exemplo: determinado estímulo pode capturar ou desviar a atenção; a memória do paciente em relação a um evento pode ser pobre ou detalhada de acordo com o significado afetivo dos fatos).
Alterações quantitativas da afetividade
- Eutimia: humor/afeto normal.
- Exaltação afetiva: aumento da intensidade ou duração dos afetos, com reação afetiva desproporcional (exemplo: na mania há exaltação do humor alegre, na depressão há exaltação do humor triste, na demência pode haver exaltação do humor irritado); pode ser do tipo hipertimia (alegria ou irritação patológica, comum na mania), hipotimia (tristeza patológica, comum na depressão), ansiedade (patológica quando é paralisante, trazendo prejuízos ao paciente). Pode ocorrer também no transtorno de personalidade borderline, demências, retardo mental, delirium com sintomas psicóticos, e quadros psicóticos primários.
- Embotamento afetivo: diminuição da intensidade dos afetos, sejam eles positivos ou negativos; o paciente se torna indiferente a tudo, e pode ocorrer anedonia (perda da capacidade de sentir prazer); comum na esquizofrenia, mas também pode ocorrer em alguns transtornos de personalidade (esquizoide), demência avançada, retardo mental, e delirium sem sintomas psicóticos.
Alterações qualitativasda afetividade
- Labilidade afetiva: Mudanças de humor sem motivação, frequentes e bruscas. Os afetos atingem grande intensidade, mas têm curta duração. Ocorre na mania, transtorno de personalidade borderline, e no delirium com sintomas psicóticos
- Incontinência afetiva: Perda do controle da expressão afetiva; risos ou prantos convulsivos, raiva extrema. Ocorre na mania, nas demências, na intoxicação por álcool, no delirium, no retardo mental. 
- Rigidez afetiva: Muito parecida com o embotamento, é a perda da capacidade de modular a resposta afetiva de acordo com a situação, com variações mínimas de afetividade; ocorre na esquizofrenia, na depressão, e na demência.
- Paratimia: Incompatibilidade entre o afeto e a situação; o paciente ri em momentos que deveria sentir tristeza, por exemplo. Ocorre na esquizofrenia.
- Ambitimia: ambivalência afetiva; o paciente tem sentimentos contraditórios pelo mesmo objeto, pessoa ou situação. Ocorre na esquizofrenia. 
- Neotimia: Sensação de estar vivendo um sentimento completamente novo, místico. Ocorre na esquizofrenia, na intoxicação por alucinógenos, e na epilepsia. 
Estruturas cerebrais relacionadas à afetividade
- Hipotálamo: Recebe projeções do córtex orbitofrontal, da amígdala e da formação reticular; integra respostas autonômicas (reflexo de luta ou fuga), endócrinas (cortisol, endorfinas, e ocitocinas), e músculo-esqueléticas (expressão facial).
- Amígdala: Recebe projeções do tálamo (resposta imediata), do córtex e hipocampo (resposta lenta), conecta-se com o hipotálamo que media as respostas periféricas; É o centro controlador da ansiedade e do medo (se for afetada, ocorre a síndrome de Klüver Bucy, em que o paciente não apresentam medo, e perde a capacidade de avaliar uma situação de perigo, tornando-se mais dócil), e está relacionada com a aprendizagem e o condicionamento por meio de sentimentos (se fazemos algo e somos punidos, vamos ter sensação de medo ao tentar fazer isso novamente, por exemplo).
- Hipocampo: Apresentam receptores de cortisol, ajudando a regular a liberação desse hormônio pelo hipotálamo; a estimulação de diversas áreas do hipocampo pode causar raiva, passividade e hiperatividade sexual.
- Córtex orbitofrontal: Tem projeções para as amígdalas e outras áreas límbicas; antecipa os estímulos e as conseqüencias das várias possibilidades de reação, levando em consideração experiências emocionais prévias relacionadas a circunstâncias similares anteriores.
Volição
Definição
- Volição: Processo cognitivo pelo qual um indivíduo decide praticar uma ação; tem relação com a vontade do indivíduo.
Processo volitivo:
1) Fase de intenção: Tendências, inclinações e interesses do individuo, com influência de desejos e temores inconscientes
2) Fase de deliberação: Ponderação consciente, com análise dos prós, contras e conseqüências da decisão
3) Fase da decisão (propriamente dita): Começo da ação, momento culminante do processo volitivo. 
4) Fase da execução: A decisão é posta em funcionamento, final do processo volitivo. 
Alterações da volição:
- Hipobulia/abulia: perda da atividade volitiva, e da vontade de fazer qualquer coisa; geralmente se associa a apatia, fadiga e dificuldade de decisão. Típica da depressão. 
- Ato impulsivo: Há abolição das fases de intenção, deliberação e decisão, sendo uma ação involuntária. Ocorrem ações psicomotoras automáticas, sem reflexão, instantâneas e incontroláveis; apesar disso, não costumam ser ações que agridem valores morais, e o indivíduo não percebe tal ação como inadequada (egosintônica)
- Ato compulsivo: O paciente realiza ações motoras complexas (como rituais compulsivos), reconhece essas ações como indesejadas (egodistônicas), tenta evitá-las mas não consegue. Apesar de as ações serem indesejadas, realizá-las causa alívio ao paciente. Frequentemente associado a ideias obsessivas.
- Automutilação: Compulsão seguida de autolesão VOLUNTÁRIA. O paciente pode escoriar a pele, furar ou cortar os braços, arrancar os cabelos. Ocorre no transtorno de personalidade borderline.
- Frangofilia: Impulso de destruir objetos a sua volta, associado a estados de excitação ou irritação. Ocorre no transtorno de personalidade borderline, na esquizofrenia, e em episódios de mania. 
- Piromania: Impulso de atear fogo a objetos, lugares, etc. Ocorre no transtorno de personalidade. 
- Impulso/ato suicida: Associado a humor depressivo, desesperança, ansiedade, dor ou disfunções crônicas. Frequente na depressão, dependência do álcool, esquizofrenia, distimia, e transtornos de personalidade. 
- Impulsos relacionados a drogas e alimentos: dipsomania (impulso de ingerir grandes quantidades de álcool), bulimia (impulso de comer muito, depois realiza atos purgativos por culpa), potomania (impulso de ingerir grandes quantidades de água SEM SEDE – diferente da polidipsia)
- Impulsos relacionados ao sexo (categoria F65): fetichismo (desejo sexual concentrado em partes do corpo ou da vestimenta), exibicionismo (impulso de mostrar os genitais, geralmente contra a vontade do outro), voyeurismo (desejo de ver outra pessoa tendo relações sexuais), pedofilia, zoofilia, necrofilia, coprofilia (desejo de utilizar excrementos durante o ato sexual), ninfomania (aumento do desejo sexual na mulher), satiríase (aumento do desejo sexual no homem), travestismo fetichista (compulsão por usar roupas íntimas do sexo oposto)
- Outros impulsos e compulsões (categoria F63): poriomania (impulso de andar a esmo, viajar, desaparecer de casa), cleptomania (impulso de roubar, que é precedido de ansiedade, aliviada pelo roubo), compulsão de comprar, jogo patológico
- Negativismo: o indivíduo se opõe às necessidades do ambiente; mutismo (negativismo verbal), sitiofobia (recusa de alimentos, sintoma comum na anorexia)
- Obediência automática: o indivíduo obedece automaticamente às solicitações das pessoas, perda da autonomia e capacidade de conduzir atos volitivos
- Impulsos repetitivos: ecopraxia (repete ações da pessoa que fala com ele), ecolalia (repete palavras ou frases de quem fala com ele), ecomimia (repete a expressão facial de quem fala com ele).
Psicomotricidade
Alterações da psicomotricidade
- Agitação psicomotora: aceleração de atividades motoras, geralmente associada ao taquipsiquismo, comumente associada a hostilidade e agressividade; pode ocorrer na mania, esquizofrenia, retardo mental, demência, delirium.
- Lentificação psicomotora: Reflete um bradipsiquismo, com movimentação lenta e latência entre um estímulo e a resposta motora
- Inibição psicomotora: Lentificação ainda mais acentuada, ausência de respostas motoras sem que haja paralisia ou déficit motor
- Estupor: Perda de toda e qualquer atividade espontânea, sem rebaixamento de consciência. O paciente fica restrito ao leito, acordado, sem reagir a nenhum estímulo. Pode ser hipertônico, hipotônico e flácido. 
- Catalepsia: estupor hipertônico; aumento do tônus muscular global, com redução da mobilidade
- Cataplexia: estupor hipotônico; perda do tônus muscular, com possíveis quedas, comum na narcolepsia
- Flexibilidade cerácea: O paciente não se move sozinho, e se for colocado em outra posição, permanece nessa nova posição (como um homem de cera); frequente na esquizofrenia catatônica
- Estereotipia motora: Repetições automáticas de um ato motor, indicando perda do controle voluntário. Comum na esquizofrenia e no autismo
- Maneirismo: um tipo de estereotipia motora; os movimentos repetitivos são bizarros. Comum na esquizofrenia
- Tiques: Atos coordenados repetitivos, resultantes de contrações súbitas e breves de um grupo muscular; na síndrome de Giles de la tourette (ou síndrome de Tourette), os tiques são múltiplos, motores e vocais; não são egodistônicos, sendo mais impulsivos que compulsivos. Mais comum em crianças
- Apraxia: impossibilidade ou grande dificuldade de realizar atos intencionais, sem que haja paralisias, paresias, ataxias, ou mesmo dificuldade em entender ordens. Decorre de lesões neuronais, geralmente corticais. Pode serideativa (Incapacidade de utilizar objetos comuns de forma adequada, incapacidade de realizar movimentos seqüenciais ainda que individualmente possam ser feitos) ou ideomotora (Incapacidade de completar uma ato em resposta a uma ordem verbal. O mesmo ato pode ser realizado de forma espontânea).
Pragmatismo
Definição
- Capacidade de realizar condutas volitivas e psicomotoras minimamente complexas, como cuidar da higiene pessoal, limpar o quarto, participar de trabalhos domésticos, envolver-se em qualquer atividade produtiva para si ou para o meio. 
Alterações do pragmatismo
- Hipopragmatismo
- Apragmatismo.
Bases psicofarmacológicas e alguns fenômenos psicopatológicos
Esquizofrenia
- Sintomas positivos: delírio e alucinação
- Sintomas negativos: apatia, anedonia, comprometimento cognitivo, disforia neuroléptica
Neurotransmissores relacionados com os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia:
- Dopamina
- Serotonina
- Glutamato
- GABA
Esquizofrenia - Vias da dopamina
- Mesolímbica (b): da área tegumental ventral para o núcleo accumbens
- Mesocortical (c): conecta a área tegumental ventral ao córtex cerebral, em particular aos lobos frontais
- Nigroestriatal (a): substancia nigra para o corpo estriado 
- Tuberoinfundibular (d): se projeta do hipotálamo para a glândula hipófise anterior
- As vias (a) e (d) são normais na esquizofrenia, mas se alteram devido a medicação.
Relação das vias dopaminérgicas com os sintomas da esquizofrenia:
- Sintomas positivos como delírios e alucinações são causados por um excessode dopamina na via mesolímbica; para combater esse excesso, se usa um antagonista; no caso o haloperidol (ou aldol) compete com a dopamina pelos seus receptores D2, impedindo que a dopamina se ligue, fazendo com que o paciente pare de delirar.
- Sintomas negativos (como apatia, anedonia, distanciamento do afeto) e cognitivos (como deficits de inteligência, atenção e memória) são causados por uma falta de dopamina na via mesocortical; para aumentar a secreção de dopamina nessa via, usamos a serotonina; a serotonina modula a neurotransmissão da dopamina na via mesocortical.
- Antipsicóticos atípicos agem inibindo a serotonina; o próprio medicamento age nos receptores de serotonina, aumentando a produção de dopamina, diminuindo os sintomas negativos.
- As vias tubuloinfundibular e nigroestriatal estão normais no paciente com esquizofrenia, mas com o tratamento, ocorrem os sintomas extrapiramidais (marcha parkinsoniana, incapacidade de ficar parado…), e aumentam a produção de prolactina na hipófise.
Esquizofrenia - Vias do glutamato
-Via descendente do córtex para o tronco cerebral (a)
- Via descendente do córtex para o estriado (b)
- Via ascendente do tálamo para o córtex (c)
- Via descendente do córtex para o tálamo (d)
- Via intracortical (e)
Relação das vias do glutamato com os sintomas da esquizofrenia
- Normalmente a via de glutamato descendente estimula um interneurônio GABA que inibe o neurônio de dopamina da via mesolímbica; quando isso não ocorre, a via mesolímbica não é inibida, o tônus de dopamina fica muito forte e surgem os sintomas positivos.
- Normalmente a via de glutamato descendente estimula diretamente o neurônio de dopamina da via mesocortical; quando isso não ocorre, o tônus de dopamina nessa via fica fraco e então surgem os sintomas negativos. 
Depressão – Sintomas
- É preciso ter um ou mais dos seguintes: humor depressivo, e apatia/perda de interesse
- É preciso ter quatro ou mais dos seguintes: mudanças de peso/apetite, distúrbios do sono, agitação ou retardo psicomotor, fadiga, culpa, sentimento de inutilidade, disfunção executiva, ideação suicida
Hipótese monoaminérgica da depressão:
- Basicamente, essa hipótese diz que a depressão ocorre pelos baixos níveis de serotonina, noradrenalina e dopamina na fenda sináptica.
- Como resposta a depleção desses neurotransmissores, os receptores pós sinápticos para eles aumentam em número, o que causa dessensibilização; por isso, mesmo após o início do uso de medicamentos que aumentam a disponibilidade dos neurotransmissores, leva um tempo para que esses medicamentos façam efeito.
Sintomas depressivos e as vias de neurotransmissores
- Humor deprimido: Há um processamento ineficiente de informação na amígdala e no córtex pré frontal ventromedial, ambos inervados por projeções de neurônios de serotonina, noradrenalina e dopamina dos núcleos da base
- Apatia/perda de interesse: Processamento ineficiente de informação no córtex pré frontal, nos centros hipotalâmicos e no núcleo acumbens; os três são inervados por neurônios dopaminérgicos, além de o córtex pré frontal e o hipotálamo serem também inervados por neurônios noradrenérgicos.
- Distúrbios do sono: Processamento ineficiente de informação no hipotálamo, tálamo, prosencéfalo basal e córtex pré frontal, todos controlados por projeções de neurônios de serotonina, noradrenalina e dopamina dos núcleos da base
- Agitação ou inibição psicomotora: Processamento ineficiente de informação no cerebelo (inervado por 5HT e NE), estriado (5HT e DA), núcleo acumbens (5HT e DA) e córtex pré frontal (5HT, NE e DA)
- Alterações de peso e apetite: Processamento ineficiente de informação no hipotálamo (inervado por neurônios de 5HT dos núcleos da base)
- Ideação suicida e culpa: Processamento ineficiente de informação no amígdala e córtex pré frontal ventromedial, ambos inervados por neurônios de 5HT, NE e DA dos núcleos da base. 
Antidrepressivos
- Os antidepressivos bloqueiam a bomba de recaptação de neurotransmissores, aumentando sua quantidade na fenda sináptica; o aumento de neurotransmissores diminui a supraregulação (a dessensibilização dos receptores pos sinápticos), pois diminuem a síntese de proteínas que formam os receptores.

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