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AULA CIVIL I ATUALIZADA CIVIL I (1)

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• DAS PESSOAS
• Dispõe o art. 1º do CC que: “Toda pessoa é
capaz de direitos e deveres na ordem civil”,
ou seja, a pessoa natural é o ser humano
considerado sujeito de direitos e deveres, em
outros termos: para ser pessoa basta nascer
com vida e adquirir personalidade.
• Quando começa a personalidade civil? 
• O art. 2º do CC responde o questionamento
ao estabelecer que “a personalidade civil
começa do nascimento com vida; mas a lei
põe a salvo, desde a concepção, os direitos do
nascituro”.
• Nascituro: Conceito.
• Teorias da personalidade: Qual vigora?
• A) Teoria Natalista;
• B) Teoria Concepcionista;
• C) Teoria Condicional (desdobramento da 
Teoria Natalista)
• Teoria condicional
• O nascituro possui direitos sob uma condição
suspensiva, ou seja, há uma proteção, pois há
no nascituro uma personalidade condicional
que surge com o nascimento com vida e é
extinta caso o feto não viva.
• Adeptos: Serpa Lopes
• Teoria concepcionista, segundo a qual o
nascituro adquire a personalidade jurídica
desde a concepção, sendo, desta forma,
considerado como pessoa.
• Adeptos: Maria Helena Diniz e Flavio Tarturce,
dentre outros.
• O STJ tem acolhido a teoria concepcionista,
reconhecendo ao nascituro o direito à
reparação do dano moral. (REsp 399.039-SP)
• OBS.: o nascituro tem a proteção legal de seus
direitos desde o momento da concepção, são
alguns desses direitos, os direitos da
personalidade (dentre eles a vida, sendo
tipificado o crime de aborto no Código Penal);
pode receber doações, pode ser beneficiado por
legado e herança; pode ser-lhe nomeado um
curador para a defesa dos seus interesses.
• Vários dispositivos do Código Civil protegem o
Nascituro: artigos 542, 1.609, § único, 1.779,
dentre outros.
• DA CAPACIDADE
• A capacidade é a medida da personalidade. A
capacidade expressa no art. 1º é a capacidade de
direito (de aquisição ou de gozo de direitos),
aquela em que todas as pessoas a possuem.
Entretanto, nem todos possuem capacidade de
fato (de exercício de direito), também chamada
de capacidade de ação, é aquela em que as
pessoas podem exercer por si só os atos da vida
civil.
• Capacidade de direito – Basta nascer com
vida.
• Capacidade de fato ou de exercício- a pessoa
deve ser maior de 18 anos.
• Quem possui a capacidade de fato e a
capacidade de direito, possui capacidade
plena (Cd+ Cf = Cp).
• Quem possui apenas a de direito possui
capacidade limitada e necessita que outrem o
substitua ou complete sua vontade, são os
chamados incapazes.
• Exemplo: Ação de alimentos
• CAPACIDADE E LEGITIMIDADE
• Qual a diferença entre os dois institutos. 
• Importante distinguir capacidade e
legitimidade, nem toda pessoa capaz é
legitimada para a prática de determinado ato.
• Exemplos: um pai que tem capacidade plena,
só estará legitimado a vender a um filho se a
sua esposa e os demais filhos expressamente
consentirem (art. 496 do CC).
• O tutor, que embora seja capaz, não pode
adquirir os bens do tutelado (art. 1749, I).
• DA INCAPACIDADE
• A incapacidade pode ser de fato ou de
exercício. Se a capacidade plena é a aptidão
para praticar todos os atos da vida civil, a
incapacidade é da falta de aptidão para
praticar tais atos.
• Espécies:
• A) Absoluta – expressa no art. 3º, CC. É a
proibição TOTAL do exercício, por si só do direito.
Os atos destes deverão ser praticados por um
REPRESENTANTE legal, sob pena de nulidade.
• B) Relativa – expressa no art. 4º, CC. Permite que
o incapaz pratique os atos da vida civil, desde que
ASSISTIDO, sob pena de anulabilidade.
• Exemplos: Institutos da Representação e
Assistência presentes nas ações de Alimentos,
Revisional de Alimentos, Execução de
Alimentos e Cumprimento de Sentença.
• Da incapacidade absoluta – o rol dos absolutamente
incapazes está no art. 3º, são considerados incapazes:
• Os menores de dezesseis anos;
• Os privados do necessário discernimento por enfermidade
ou deficiência mental;
• OBS.: a senilidade (velhice), por si só, não é motivo de
incapacidade, a não ser que venha acompanhada de estado
mental patológico. Na análise do caso concreto, deve ser
avaliado se o agente, independente de sua idade, tinha
capacidade de entender o ato ou negócio jurídico.
• Os que, mesmo por causa transitória, não puderem
exprimir sua vontade.
• Da incapacidade relativa – o rol dos relativamente incapazes está
no art. 4º, são relativamente incapazes:
• Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
• Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os deficientes mentais
de discernimento reduzido;
• Os excepcionais sem desenvolvimento mental completo (Exemplo:
portadores da síndrome de Down);
• Os pródigos (pródigo é aquele que desordenadamente gasta e
destrói o seu próprio patrimônio) – artigo 1782 do CC;
• Os índios (O Estatuto do Índio – Lei nº 6001/73, coloca os indígenas
e suas comunidades, enquanto ainda não integradas à comunidade
nacional, sob regime tutelar. A Lei nº 371/67 autoriza a FUNAI, a
qual exerce os poderes de representação ou assistência jurídica
tutelar ao índio, na forma estabelecida da legislação comum ou em
legislação especial).
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE
• Cessa a incapacidade desaparecendo os
motivos que a determinaram. Por exemplo, se
for a menoridade, cessará pela maioridade ou
pela emancipação.
• A) Maioridade: Cessa a menoridade no
primeiro dia que a pessoa perfaz os 18 anos,
passando a responder civilmente pelos danos
causados a terceiros.
• Emancipação: Antes da idade legal o agente
poderá adquirir capacidade plena através da
EMANCIPAÇÃO, tal antecipação da
capacidade plena encontra fundamento legal
no parágrafo único do art. 5º, e poderá ser:
voluntária, judicial ou legal.
• Voluntária: decorre de ato unilateral dos pais,
concedido por quem detém o poder familiar.
Feito por ambos os pais ou por um na falta do
outro. Exigido instrumento público. A
emancipação é irrevogável.
• Judicial: deferida por sentença, depois de
ouvido o tutor, desde que o menor conte com
dezesseis anos completos.
• OBS: As emancipações voluntária e judicial
passam pelo cartório de registro para
produzirem efeitos.
• Legal: nos casos de casamento, exercício de
emprego público efetivo, colação de grau em
curso de ensino superior, e o estabelecimento
civil ou comercial, ou a existência de relação
de emprego, desde que, em função deles, o
menor com dezesseis anos completos tenha
autonomia própria.
• Emancipação legal;
• A) Pelo casamento – enquanto não atingirem a
maioridade, os menores de dezoito anos, que
desejam se casar, necessitam da autorização de
ambos os pais, ou de seus representantes legais
(art. 1.517 do CC). Uma vez alcançada pelo
matrimônio, não haverá retorno ao estado
anterior de incapacidade relativa, pela dissolução
do vínculo conjugal, por morte de um dos
cônjuges, ou pelo divórcio.
• Pelo exercício de emprego público efetivo –
apenas os efetivos. Não são atingidos pela
norma os interinos, os contratados a título
temporário, e o cargo de confiança no qual o
ocupante pode ser exonerado ad nutum;
• d) Pela colação de grau em curso superior;
• e) Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou
pela existência de relação de emprego, desde
que, em função deles, o menor com dezesseis
anos completos tenha economia própria –
importante destacar que a emancipação não se
adquire com a pura celebração do contrato de
trabalho, deve existir a economia própria,
descartando dessa maneira, os contratos de
aprendizagem e os de jornada de tempo parcial.
EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL
• EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL – A extinção
pode ocorrer nos seguintes casos:
• Morte Real – possui previsão no art. 6º do CC.
Ocorre quando há paralisação encefálica (art. 3º
da Lei nº 9.434/97).É confirmada com o atestado
de óbito ou pela justificação de óbito (em casos
de pessoas desaparecidas em catástrofes, quando
for provada a sua presença no local do desastre e
não for possível encontrar o corpo do falecido,
como prevê a LRP no art. 88).
• OBS 1: Maria Helena Diniz observa que a
noção comum de morte tem sido a ocorrência
de parada cardíaca prolongada e a ausência
de respiração, ou seja, a cessação total e
permanente das funções vitais, mas, para
efeito de transplante, tem a lei considerado a
morte encefálica, mesmo que os demais
órgãos estejam em pleno funcionamento,
ainda que ativos por drogas.
• OBS 2: Nos termos da LRP (lei 6015/73)
artigos 77 e seguintes, a morte deve ser
atestada por um médico ressalvada a hipótese
de não haver profissional habilitado no local,
neste caso será necessário duas testemunhas
para atestarem.
• CComoriência (Morte Simultânea) - art. 8º do CC
– ocorre quando duas ou mais pessoas morrem
na mesma situação sem poder determinar quem
morreu primeiro. É questão pertinente e
importante para o direito sucessório (A
Jurisprudência tem entendido o seguinte: Não
havendo prova da precedência das mortes, a
presunção legal é a da comoriência, ou seja, da
simultaneidade dos falecimentos, não havendo
transmissão entre os comorientes).
• Morte Civil – instituto comum do Direito
Romano, e no Brasil há apenas resquícios (Ex:
art. 1.816 do CC). Trata o herdeiro, afastado da
herança por indignidade, como se ele “morto
fosse antes da abertura da sucessão”. Tem
efeitos apenas nesta questão patrimonial, a
personalidade, para os demais efeitos é
conservada.
• Morte presumida – Presume-se a morte,
quanto aos ausentes, nos casos em que a lei
autoriza a abertura de sucessão definitiva. A
declaração de ausência produz efeitos
patrimoniais, permitindo a abertura da
sucessão provisória e, depois, a definitiva.
• O artigo 7º traz outras hipóteses de morte presumida que
não se confundem com a ausência.
•
• Art. 7º - Pode ser declarada a morte presumida, sem
decretação de ausência:
•
• I - se for extremamente provável a morte de quem estava
em perigo de vida;
•
• II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o
término da guerra.
• Parágrafo único. A declaração da morte
presumida, nesses casos, somente poderá ser
requerida depois de esgotadas as buscas e
averiguações, devendo a sentença fixar a data
provável do falecimento.
•
• Na hipótese do artigo 7º pretende-se que se
declare a morte que se supõe ter ocorrido, sem
decretação de ausência. A sentença declaratória
de morte presumida será registrada em registro
público (artigo 9º, IV do CC).
ATOS DE REGISTRO CIVIL
• Tem por finalidade determinar o registro dos
fatos essenciais ligado ao estado das pessoas.
• Lei 6.015/73: Art 1° e & 1°, a saber:
• “I- o registro civil de pessoas naturais;
• II- o registro civil das pessoas jurídicas;
• III- o registro de títulos e documentos;
• IV- o registro de imóveis”.
• Art. 9º Serão registrados em registro público:
• I - os nascimentos, casamentos e óbitos;
• II - a emancipação por outorga dos pais ou por
sentença do juiz;
• III - a interdição por incapacidade absoluta ou
relativa;
• IV - a sentença declaratória de ausência e de
morte presumida.
• Art. 10. Far-se-á averbação em registro
público:
• I - das sentenças que decretarem a nulidade
ou anulação do casamento, o divórcio, a
separação judicial e o restabelecimento da
sociedade conjugal;
• II - dos atos judiciais ou extrajudiciais que
declararem ou reconhecerem a filiação;
• Averbação é qualquer anotação feita à
margem do registro, para indicar as alterações
ocorridas no estado jurídico do registrado.
• São obrigados a fazer declaração de
nascimento:
• A) Os pais;
• B) o parente mais próximo;
• C) os administradores de hospitais ou os
médicos e parteiras;
• D) pessoa idônea da casa em que ocorrer o
parto; e
• E) as pessoas encarregadas da guarda do
menor.
• Responsáveis pelo registro em regra: Os
oficiais de Registro Civil de pessoas naturais.
• Exceção: comandantes de aeronaves e
autoridades consulares.
• Procedimento registral: Art. 29 a 113 da Lei de
registros públicos.
• Outras: Estatuto da Criança e do Adolescente:
Art . 102, & 1° c/c Art . 62 da Lei;
• Decreto Lei 7845/45;
• Decreto lei 5860/43;
• Lei 3764/60 e etc..
• Art. 5° , LXXVI: São gratuito para os
reconhecidamente pobres na forma da Lei.
• A) o registro civil de nascimento;
• B) a certidão de óbito.
• Art. 1.512: O casamento é civil e gratuita sua
celebração.
• Parágrafo único: “A habilitação para o casamento,
o registro e a primeira certidão serão isentos de
selos, emolumentos e custas, para as pessoas
cuja pobreza for declarada, sob as penas da lei”.
DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PESSOA 
NATURAL
• O nome é uma forma de individualização do
ser humano no seio da família e da sociedade,
mesmo após sua morte.
• Destacam-se um aspecto público e outro
individual:
• A) Público: O Estado tem interesse em que as
pessoas sejam identificadas na sociedade.
• Aspecto individual: consiste no poder
reconhecido ao seu possuidor de por ele
designar-se e de reprimir abusos cometidos
por terceiros.
• Art. 17 CC:
• Art 18 CC:
• O pseudônimo ou codinome é o nome escolhido
pela pessoa para o exercício de uma atividade
específica, como é muito comum no meio
artístico e literários. Observe-se que o
pseudônimo possui a mesma proteção que o
nome real da pessoa (art. 19, CC). Muitos artistas,
por exemplo, utilizam-se deste “recurso”, é muito
comum, principalmente no meio sertanejo. Luiz
José e Emival Eterno, quem são? Leandro e
Leonardo; Vinicius Felix de Miranda e José
Roberto Ferreira? Bruno e Marrone, dentre
outros.
• Elementos do nome: 
• Art 16: Toda pessoa tem direito ao nome, nele 
compreendidos o prenome e o sobrenome.
• Nome completo: prenome (nome de batismo)
+ sobrenome ou apelido familiar (nome de
família)
• Apesar de não haver previsão no CC de 2002,
é comum encontrarmos agnomes, estes são
sinais que distinguem as pessoas de uma
mesma família que têm o mesmo nome.
• São agnomes: Neto, Filho, Júnior, Segundo,
Sobrinho, etc.
• Prenome: nome próprio de cada pessoa (simples 
ou composto).
• O apelido, também denominado cognome ou
alcunha, é a designação atribuída a alguém, em
virtude de uma particularidade. Há apelidos que
se agregam à personalidade da pessoa, que
podem ser acrescentados, sob algumas
condições, ao nome, é exemplo disto o ex-
presidente Lula : Luís Inácio LULA da Silva (outros
exemplos: Xuxa, Didi Mocó, Pelé etc.).
• Sobrenome: identifica a procedência da
pessoa, indicando sua filiação ou estirpe.
Também conhecido por patronímico ou
apelido familiar.
Imutabilidade do nome: retificação de prenome, 
adições intermediárias, mudanças no sobrenome e 
outras hipóteses 
• O prenome deve ser imutável, permitida a
retificação no caso de erro gráfico, bem como
exposição ao ridículo.
Retificação de prenome
• A) Em caso de erro gráfico: realizada no
cartório, com manifestação conclusiva do MP
e correção “ de ofício pelo oficial de registro
no próprio cartório onde se encontrar o
assentamento ;
• B) Expor ao ridículo o seu portador: Art 109 da
lei de Registros Públicos( lei 6015/73).
• Exemplos: nomes masculinos em mulheres.
• Os apelidos públicos notórios somente são
acrescentados entre o prenome e o nome.
• Exemplo: Maria da Graça “Xuxa” Menghel.
• Adições intermediárias:
• Costuma-se acrescentar mais um prenome ou
nomes intermediários, como o sobrenome
materno, o do avós, bem como apelidos
populares pelos quais a pessoa é conhecida.
• Em vez de substituir o prenome, podendo o
interessadorequerer a adição do apelido,
como por exemplo: Luiz Inácio “Lula” da Silva.
• Mudança de nome.
• O sobrenome ou patromínico só deve ser
alterado em casos excepcionais.
• STJ: “ o nome pode ser modificado desde que
motivadamente justificado”
• Outras hipóteses: O nome completo pode
sofrer alterações no casamento, no divórcio,
na adoção, no reconhecimento de filho, na
união estável e no caso de transexualismo.
• Artigo 1565 & 1° CC: “ qualquer dos nubentes,
querendo, poderá acrescer ao seu o
sobrenome do outro”.
• Artigo 1571: “ dissolvido o casamento pelo
divórcio direto ou por conversão, o cônjuge
poderá manter o nome de casado; SALVO, no
segundo caso, dispondo em contrário a
sentença de separação judicial”
• OBS: O cônjuge perde o direito de conservar o
sobrenome do outro se o casamento for
declarado nulo ou putativo. Os efeitos do
casamento cessam para o futuro, sendo
considerados produzidos todos os que tenham
se verificado até a data da sentença que lhe
ponha fim.
• Conclusão: A alteração pode ocorrer nos seguintes
casos:
• Quando houver erro gráfico (art. 110 e ss. da LRP –
ação de procedimento sumário, no próprio cartório,
com manifestação do MP e sentença do juiz) e
mudança de sexo;
• Quando expuser seu portador ao ridículo;
• Quando houver apelido público notório - com
previsão no art. 58 da LRP (Lei de Registros Públicos
– Lei 6.015/73), podem substituir o prenome.
•
• Quando houver necessidade de proteger 
testemunhas de crimes;
• Homonímia – nomes iguais;
• Quando houver prenome de uso;
• Tradução de nomes estrangeiros; 
• Adoção;
• Reconhecimento de filho;
• Casamento;
• Dissolução da sociedade conjugal (divórcio).
DO ESTADO
• Para Pablo: O Estado da pessoa é o conjunto
de atributos que ela detém e desempenha
dentro da sociedade.
• Apresenta três aspectos: individual, familiar e
o político.
• Tais atributos são irrenunciáveis, inalienáveis e
imprescritíveis (Segundo Pablo Stolze).
• Indivisível= O estado é uno e não comporta
uma duplicidade de condição, ou se é solteiro,
ou se é casado;
• Imprescritível= Não se desfaz com o passar do
tempo.
• Inalienável= Ninguém pode vender o seu
estado de filho ou de brasileiro, por exemplo.
• Para Gonçalves as principais características ou
atributos do estado são: Indivisibilidade (o
estado é uno e indivisível e regulamentado
por normas de ordem pública),
indisponibilidade (trata-se de bem fora do
comércio, inalienável e irrenunciável) e
imprescritibilidade (não se perde nem se
adquire o estado pela prescrição).
• Estado Individual – é modo de ser da pessoa
quanto à idade, o sexo e a saúde. São aspectos
ou particularidades da constituição orgânica.
• Exemplo: homem, mulher, maioridade,
menoridade.
• Estado Familiar – é o que indica sua situação na
família, em relação ao matrimônio e parentesco.
A pessoa poderá ser casada, solteira, viúva,
divorciada ou judicialmente separada, sob o
prisma do direito matrimonial. Quanto ao
parentesco, vinculam-se umas às outras, por
consanguinidade ou afinidade, nas linhas reta ou
colateral. Note-se que, a despeito de a união
estável ser considerada entidade familiar,
desconhece-se o estado civil “convivente”, razão
pela qual não se deve inserir essa condição na
presente categoria;
• Note-se que, a despeito de a união estável ser
considerada entidade familiar, desconhece-se
o estado civil “convivente”, razão pela qual
não se deve inserir essa condição na presente
categoria;
• Estado Político – categoria que interessa ao
Direito constitucional, e que classifica as
pessoas em nacionais e estrangeiros. Para
tanto, leva-se em conta a posição do indivíduo
em face do Estado;
DO DOMÍCILIO
• DOMICÍLIO – Arts. 70 a 78 do Código Civil: É o
lugar onde a pessoa natural estabelece a sua
residência, com ânimo definitivo, exerce sua
profissão ou tem suas ocupações habituais. É
o local onde responde por suas obrigações
(arts. 327 e 1.785 do CC; art. 94 do CPC).
• Para Bebiláqua: domicílio da pessoa natural é
o lugar onde ela, de modo definitivo,
estabelece sua residência e o centro principal
de sua atividade, ou seja é o local onde o
indivíduo responde por suas obrigações, ou o
local onde estabelece a sede principal de sua
residência e seus negócios.
• A diferença entre DOMICÍLIO / RESIDÊNCIA e
HABITAÇÃO (ou MORADIA), é a seguinte:
• A RESIDÊNCIA é o local onde o indivíduo se fixa.
Tem apenas o elemento objetivo, que é o lugar.
• HABITAÇÃO – no dizer de Maria Helena Diniz –
que é aquele lugar onde eventualmente e
acidentalmente a pessoa permanece, sem o
ânimo de ficar – a exemplo de alguém que aluga
uma casa na praia para passar o verão.
• Já o DOMICÍLIO é o lugar em que ele se fixa com
o animus (vontade) de ali permanecer em
definitivo.
•
• Obs.2: O direito brasileiro admite a pluralidade de
domicílios quando a pessoa natural vive
alternadamente em mais de uma residência. É
admitida também a ausência do domicílio no
caso dos ciganos que trocam permanentemente
de lugar, nestes casos, será considerado como seu
domicílio o local onde a pessoa for encontrada.
• Art. 71 do CC. Se, porém, a pessoa natural tiver diversas
residências, onde, alternadamente, viva, considerar-se-á
domicílio seu qualquer delas.
•
• Art. 72. É também domicílio da pessoa natural, quanto às
relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é
exercida.
• Parágrafo único. Se a pessoa exercitar profissão em lugares
diversos, cada um deles constituirá domicílio para as
relações que lhe corresponderem.
• Art. 73 do CC. Ter-se-á por domicílio da pessoa natural, que
não tenha residência habitual, o lugar onde for
encontrada.
• Espécies de Domicílio
• O domicílio poderá ser: 1) voluntário; e 2)
necessário (legal).
• 1) O voluntário: é aquele que depende da
vontade exclusiva do interessado. Qualquer
pessoa, não sujeita a domicílio necessário,
tem a liberdade de estabelecer o local em que
pretende instalar a sua residência com ânimo
definitivo. O domicílio voluntário pode ser
geral (fixado livremente) ou especial (fixado
com base no contrato, sendo denominado
conforme o caso, foro contratual ou de
eleição).
• O geral ou comum, escolhido livremente, pode
ser mudado, conforme prescreve o art. 74.
• “Art. 74. Muda-se o domicílio, transferindo a
residência, com a intenção manifesta de o
mudar”.
• “Parágrafo único. A prova da intenção resultará
do que declarar a pessoa às municipalidades dos
lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais
declarações não fizer, da própria mudança, com
as circunstâncias que a acompanharem”.
• O domicílio especial (Súmula 335 do STF,
art.78 do CC e art.111 do CPC) pode ser o do
contrato, a que alude o artigo 78 do CC, e o de
eleição, disciplinado no artigo 111 do CPC. O
primeiro é a sede jurídica ou o local
especificado no contrato para o cumprimento
das obrigações dele resultantes. O foro de
eleição é o escolhido pelas partes para a
propositura de ações relativas às referidas
obrigações e direitos recíprocos.
• “Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os
contratantes especificar domicílio onde se
exercitem e cumpram os direitos e obrigações
deles resultantes”.
• Será necessário ou legal (art. 76, parágrafo único)
quando estabelecido por lei. Possui esse tipo de
domicílio o incapaz (domicílio do seu
representante ou assistente), o servidor público
(o domicílio é o local onde exerce
permanentemente suas funções), o militar (se
servir ao Exército o domicilio é o local onde
exerce atividade, se servir à Aeronáutica ou a
Marinha, o domicílio corresponderá a sede do
comando), o marítimo e o preso (o do marítimo
será o local onde o navio estiver matriculado, e o
preso, onde cumpre a pena).
• “Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz,o
servidor público, o militar, o marítimo e o preso”.
• “Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do
seu representante ou assistente; o do servidor
público, o lugar em que exercer
permanentemente suas funções; o do militar,
onde servir, e, sendo da Marinha ou da
Aeronáutica, a sede do comando a que se
encontrar imediatamente subordinado; o do
marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o
do preso, o lugar em que cumprir a sentença”.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
• Conceito: São direitos inalienáveis que se
encontram fora do comércio e que merecem a
proteção legal. Inerentes à pessoa humana e
ligados a ela de maneira perpétua e
permanente.
• Exemplos: direito à vida, à liberdade, ao
nome, ao próprio corpo, à imagem e à honra.
• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes:
• X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o
direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
• Fundamentos dos direitos da personalidade.
• Uma corrente minoritária defendida por
Nicola Coviello, nega a existência dos direitos
naturais alegando ser inconcebível alguém ter
direitos sobre sua própria pessoa.
• Doutrina majoritária reconhece tais direitos
inalienáveis contra ameaça e transgressão da
autoridade e particulares.
• Dividem-se em duas categorias: os inatos e os
adquiridos.
• Inatos – são aqueles que são inerentes as
pessoas humanas e que não necessitam estar
positivadas para serem reconhecidos (p. ex, o
direito a vida, à integridade física e moral);
• Adquiridos – decorrem do status individual e
existem na extensão da disciplina que lhes foi
conferida pelo direito positivo.
• Características:
• Segundo o CC, art. 11, com exceção dos casos
previstos em lei, os direitos da personalidade são
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o
seu exercício sofrer limitação voluntária.
• A) Intransmissibilidade e Irrenunciabilidade:
os direitos de personalidade são indisponíveis,
não podem transmitir a terceiros, pois nascem
e extinguem com eles.
• Exemplo: ninguém pode desfrutar em nome
de outrem de bens como a vida, a honra e a
liberdade..
• Exceção: direitos autorais e relativos à
imagem, que podem ser explorados
comercialmente, mediante retribuição
pecuniária.
• Assim, a indisponibilidade dos direitos da
personalidade não é absoluta e sim relativa
• STJ: “ O direito de ação por dano moral é de
natureza patrimonial e, como tal, transmite-se
aos sucessores da vítima.
• B) Absolutismo: impõe a todos um dever de
abstenção, de respeito. Te caráter geral,
inerente a toda pessoa.
• C) Não limitação: rol exemplificativo.
• Exemplos: direito a alimentos, ao
planejamento familiar, ao leite materno, ao
meio ambiente ecológico, á velhice digna.
• Imprescritibilidade: os direitos da
personalidade não se extinguem pelo uso e
pelo decurso do tempo.
• Impenhorabilidade: não podem ser
penhorados, porém não é absoluta, uma vez
que seu uso pode ser cedido para fins
comerciais.
• Não sujeito à desapropriação: os direitos da
personalidade inatos não são suscetíveis de
dasapropriação, por se ligarem à pessoa humana.
• Vitaliciedade: são adquiridos no instante da
concepção e acompanham a pessoa até a morte.
Mesmo após a morte, alguns direitos são
resguardados.
• Exemplo: respeito ao morto, à sua honra ou
memória e aos eu direito moral de autor.
• Atos de disposição do próprio corpo (arts. 13 e 
14 do CC) 
• O artigo 199, § 4º da CF proíbe a comercialização
de órgãos do corpo humano (“§ 4º - A lei disporá
sobre as condições e os requisitos que facilitem a
remoção de órgãos, tecidos e substâncias
humanas para fins de transplante, pesquisa e
tratamento, bem como a coleta, processamento e
transfusão de sangue e seus derivados, sendo
vedado todo tipo de comercialização”).
• A lei 9.343/97 disciplina a remoção de órgãos, 
tecidos e partes do corpo humano para fins de 
transplante e tratamento.
• Direito a não submissão a tratamento médico 
de risco (art. 15 do CC).
• A regra obriga aos médicos, nos casos mais
graves, a não atuarem sem previa autorização
do paciente, que tem prerrogativa de se
recusar a se submeter a um tratamento
perigoso.
• Direito ao nome (arts. 16 ao 19 do CC):
• Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos
o prenome e o sobrenome (art. 16 do CC).
•
• O Prenome pode ser livremente escolhido pelos pais,
desde que não exponha o filho ao ridículo (Lei
6.015/73, art. 55, parágrafo único).
•
• Irmãos não podem ter o mesmo prenome, a não ser
que seja duplo, estabelecendo a distinção (Lei
6.015/73, art. 63, parágrafo único).
• O Sobrenome é imutável (art. 56 da lei
6.015/73). Adquiri-se com o nascimento (art.
55 da Lei 6.015/73). O sobrenome pode ser o
do pai, o da mãe ou o de ambos.
• Dispõe o artigo 19 que o pseudônimo adotado
para atividades lícitas goza de proteção que se
dá ao nome.
• Direito a proteção à palavra e à imagem – o
art. 20, determina que poderão ser proibidas a
transmissão da palavra e a divulgação de
escritos, a requerimento do autor e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe
atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se destinarem a fins
comerciais, salvo se autorizadas, ou
necessárias a administração da justiça ou à
manutenção da ordem pública.
• O parágrafo único do art. 20 ainda
complementa que, em casos de mortos ou
ausentes, as partes legitimas para requerer
essa proteção são: o cônjuge, os ascendentes
ou os descendentes.
• A proteção à transmissão da palavra abrange a
tutela da voz, que é a emanação natural do
som da pessoa, também protegida como
direito da personalidade, como dispõe o inciso
XXVIII, a, do art. 5º da CF, vejamos:
• XXVIII - são assegurados, nos termos da lei:
• a) a proteção às participações individuais em
obras coletivas e à reprodução da imagem e
voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;
•
• O mesmo tratamento é dado à exposição ou à
utilização de imagem de uma pessoa, visto a
proteção conferida pelo art. 5º, X, CF.
• Direito de proteção à intimidade: art. 21, CC.
• “Art. 21. A vida privada da pessoa natural é
inviolável, e o juiz, a requerimento do
interessado, adotará as providências
necessárias para impedir ou fazer cessar ato
contrário a esta norma”.
• A CF protege todos os aspectos da intimidade
da pessoa, concedendo ao prejudicado a
prerrogativa de pleitear que cesse o ato lesivo
ou ilegal.
• Caso o dano, material ou moral, já tenha
ocorrido, o direito à indenização é assegurado
expressamente pelo artigo 5º, X, da CF.
• Pacto de São José da Costa Rica
• Por fim, vale registrar que a Convenção
Interamericana de Direito Humanos (Pacto de
São José da Costa Rica), inserida em nosso
ordenamento jurídico pelo Decreto nº 678 de
06/11/192, determina, no plano internacional,
que os Estados se comprometam a respeitar e
garantir os direitos da personalidade.
• DA AUSÊNCIA
• O art.22 do CC explica que o ausente é a pessoa que
desaparece do seu domicílio sem dar notícias do seu
paradeiro, bem como, sem deixar um representante ou
procurador para administrar seus bens. Neste caso, o
juiz, mediante requerimento de qualquer interessado
ou do MP, declarará a ausência e nomear-lhe-á
curador. O juiz também nomeará curador quando for
deixado mandatário e este não quer ou não pode
continuar o mandato, ou seus poderes são
insuficientes (art. 23, CC). Ao nomear o curador o juiz
fixará os poderes e obrigações, observando sempre as
circunstâncias do caso concreto.
• O art.25, é muito claro ao estabelecer que o
cônjuge é o curador legítimo do ausente,
desde que, não esteja separado judicialmente
ou separado de fato por mais de dois anos
antes da declaração da ausência. Na sua falta,
a curadoria cabe aos pais ou aos descendentes
do ausente. Na falta do cônjuge, pais e
descendentes, compete ao juiz nomear
curador dativo.
• A situação do ausente passa por três fases:
• Curadoria dos bens do ausente (regulamentadas
nos arts. 22 a 25, CC): Equipara-se à morte
somente para o fim de permitir a abertura da
sucessão. A esposa do ausente não é considerada
viúva. Esse período tem duração de 01 ano. Cessa
a curadoria: a) pelo comparecimento do ausente,
do seu procurador ou de quem o represente; b)
pela certeza de morte do ausente, c) com a
sucessão provisória.
• Sucessão provisória (arts. 26 a 36, CC): são
legítimos para requerer a abertura da
sucessão provisória: a) o cônjuge não
separado judicialmente; b) os herdeiros
(presumidos, legítimos ou testamentários); c)
os que tiverem sobre os bens do ausente
direitos; d) os credores de obrigações vencidas
e não pagas (todos estão no art. 27, CC).
• Os bens entregues aos herdeiros, em caráter
provisório e condicional, ou seja, desde que
apresentem garantias da restituição deles,
mediante penhores ou hipotecas equivalentes
aos quinhões respectivos (art. 30, CC). Se não
o fizerem, os respectivos quinhões ficam sob a
administração do curador ou de outro
herdeiro designado pelo juiz, desde que este
preste a garantia.
• Aos herdeiros cabem a si os frutos e os
rendimentos provenientes dos bens que estão
“sobre a sua responsabilidade”. Caso o
ausente apareça, se provado que a ausência
foi voluntária e injustificada, perderá ele, em
favor do sucessor, sua parte nos frutos e nos
rendimentos. Caso contrário, recebe o que é
seu de direito.
• Cessa a sucessão provisória pelo
comparecimento do desaparecido e converter-se-
á em definitiva quando (arts. 37 e 38, CC):
• Houver certeza de morte do ausente;
• Passados 10 anos de julgado da sentença de
abertura da sucessão provisória;
• Quando o ausente contar com oitenta anos de
idade e houverem decorrido cinco anos das
últimas notícias suas.
• Sucessão definitiva (arts. 37 a 39, CC): ao se
passar 10 anos da abertura da sucessão
provisória, poderão os interessados requerer a
sucessão definitiva e o levantamento das
cauções prestadas.
• O ausente terá sua morte presumida e
encerram-se os direitos da personalidade.
• Segundo o art. 39 do CC, os bens passam aos
herdeiros em caráter definitivo, entretanto, caso
o ausente retorne num período de 10 anos após
a abertura desta sucessão, ele retoma seus bens
no estado em que se encontrarem. Caso o
ausente não regresse nesse lapso temporal, e
nenhum dos interessados promova a sucessão
definitiva, os bens arrecadados passarão ao
domínio do município ou do DF, se localizados
nas respectivas circunscrições, incorporando-se
ao domínio da União, quando situados em
território federal.
• Obs: A ausência (na fase da sucessão
definitiva) constitui causa de dissolução da
sociedade conjugal, nos termos do artigo
1.571, §1º do CC (“o casamento válido só se
dissolve pela morte de um dos cônjuges ou
pelo divórcio, aplicando-se a presunção
estabelecida neste Código quanto ao
ausente”).

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