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Apostila de Administração Tributária

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Administração Tributária 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Administração Tributária 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Luis Renato Junqueira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2º SEMESTRE DE 2012
1 
 
1. CONCEITOS E DEFINIÇÕES DO CAMPO TRIBUTÁRIO 
 
1.1 – Conceito, Tipos de Tributos e Competência Tributária 
 
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída por lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada. (art. 3º do Código Tributário 
Nacional). 
 
Analisando cada parte do conceito acima, podemos concluir que: 
a) Prestação pecuniária compulsória: há a obrigação de pagar; 
b) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: o pagamento tem que ser 
feito em dinheiro e não pode ser com produtos ou serviços; 
c) Não constitua sanção de ato ilícito: a atividade deve ser lícita e o tributo não 
representa punição; 
d) Instituída por lei: deve ser criado por meio de lei; 
e) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a 
cobrança tem início com uma atividade pela qual se verifica o fato gerador, o 
devedor e o valor devido, a qual será sempre vinculada a uma norma. 
 
Os tributos podem incidir sobre diversas fontes. As principais são: 
a) Renda: representa os salários das pessoas físicas ou o lucro das jurídicas. 
Os principais tributos são: IRPF, IRPJ e CSLL; 
b) Faturamento: valor bruto cuja origem é a atividade econômica. Os principais 
tributos são: PIS, COFINS 
c) Consumo: recai sobre os produtos e serviços comercializados. Como 
exemplo temos: ISS, ICMS e IPI; 
d) Patrimônio: incide sobre os bens patrimoniais. Os principais são: IPTU, IPVA 
e ITR. 
 
Existem cinco espécies de tributos no Brasil: impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios. 
a) Impostos: não implicam em contraprestação do Estado. São tributos não 
vinculados. Exemplo: IRPJ, ICMS, IPI, etc; 
b) Taxas: constituem modalidade tributária vinculada à prestação por parte do 
Poder Público, do poder de polícia ou então utilização efetiva ou potencial de 
serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à 
disposição. Exemplo: Taxa de Licenciamento de Veículos, Taxa de Iluminação 
Pública; 
c) Contribuições de melhoria: modalidade tributária indiretamente vinculada, 
sendo necessário que o Estado realize alguma obra, devendo esta obra gerar 
um acréscimo no valor da propriedade individual. É limitada à despesa total, 
sendo o limite individual decorrente da valorização; 
d) Contribuições especiais: também denominadas contribuições sociais ou 
parafiscais, cuja característica principal é a finalidade para a qual é destinada 
sua arrecadação. Entram nesta classificação as contribuições feitas a 
2 
 
entidades, como sindicatos. Exemplo: INSS, Contribuição Sindical, CPMF (não 
existe mais); 
e) Empréstimos compulsórios: devem ser criados por lei complementar, o que 
representa uma garantia para o contribuinte. Podem ser criados para atender 
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, guerra externa 
ou sua iminência, ou então no caso de investimento público de caráter urgente 
de relevante interesse nacional. Estes devem ser devolvidos futuramente aos 
contribuintes. 
 
Pela Constituição Federal, os órgãos que possuem competência tributária, ou seja, 
capacidade para instituir, arrecadar e administrar tributos, são a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios. 
 
Dividindo os principais tributos pela competência tributária, temos: 
a) União: IRPF, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI e ITR; 
b) Estados e Distrito Federal: ICMS e IPVA; 
c) Municípios: ISS e IPTU 
 
Obviamente que os tributos acima mencionados não representam a totalidade 
existente no Brasil. Entretanto, estes são os mais importantes e servem como 
ilustração. 
 
1.2 – Princípios Tributários 
 
A Constituição Federal de 1988 estabelece alguns princípios os quais devem ser 
seguidos quando da criação de um tributo, sob pena de ser refutado pelo Supremo 
Tribunal Federal por sua inconstitucionalidade. Os princípios tributários mais 
importantes são: 
 
a) Princípio da Legalidade: os tributos somente poderão ser exigidos ou aumentados 
através de lei, sendo que esta deve mencionar o fato tributável, a base de cálculo, a 
alíquota, os critérios para a identificação do sujeito passivo da obrigação tributária. 
Existem algumas exceções, em que as alíquotas podem ser definidas por meio de 
ato do Poder Executivo, porém, respeitando os limites estabelecidos pela lei. São 
elas: Imposto de Importação – II, Imposto de Exportação – IE, Imposto sobre 
Operações Financeiras – IOF, Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, 
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE e Imposto sobre 
Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS sobre combustíveis. 
 
b) Princípio da Anterioridade: os entes tributários não podem exigir tributos no 
mesmo exercício financeiro em que estes foram criados e nem antes de 90 dias da 
publicação da lei. Este princípio não é respeitado nos seguintes casos: II, IE, IPI, 
IOF, CIDE petróleo, Empréstimo Compulsório para casos de calamidade pública ou 
guerra externa, Imposto Extraordinário de guerra e Contribuições Sociais (sendo que 
estas últimas devem respeitar apenas o prazo de 90 dias para começarem a ser 
cobradas). 
 
3 
 
c) Princípio da Irretroatividade: os fatos geradores ocorridos antes do início da 
vigência da lei que instituiu ou aumentou o tributo não acarretam obrigações. A 
exceção a este princípio é quando aplica-se em benefício do contribuinte. 
 
d) Princípio da Igualdade Tributária: proíbe distinções arbitrárias entre contribuintes 
que se encontrem em situação equivalente. 
 
e) Princípio da Vedação ao Confisco: a cobrança de tributos deve ser pautada 
dentro de um critério de razoabilidade, não podendo ser excessiva, antieconômica. 
O IPI não sofre a aplicação deste princípio, sendo que produtos supérfluos podem 
ter tributação excessiva, como cigarros ou bebidas alcoólicas. 
 
Alguns estudiosos estabelecem outros princípios, mas os explorados acima são os 
mais representativos e importantes. 
 
1.3 – Imunidade Tributária 
 
Imunidade tributária é a não-incidência de tributos constitucionalmente qualificada. O 
que é imune não pode ser tributado. Trata-se de uma forma de benefício fiscal, mas 
é diferente de isenção fiscal. 
 
A imunidade é amparada pela Constituição Federal, já a isenção é amparada por lei 
ordinária do ente político que possui competência para a instituição do referido 
tributo. 
 
A imunidade ocorre quando algumas condições, estabelecidas pela Constituição 
Federal, são atendidas. Já a isenção pode ocorrer de forma temporária devido a 
uma necessidade emergencial, por exemplo, a isenção do IPI, diante a iminente 
crise financeira mundial, para os automóveis, construção civil e produtos da 
chamada linha branca (geladeira, fogão, etc.). Abaixo estão listados alguns casos de 
imunidades tributárias: 
 
a) Imunidade Recíproca: a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios não 
podem cobrar impostos sobre patrimônio, renda ou serviço uns dos outros. Isto se 
deve à autonomia dos entes políticos. Esta regra não se aplica ao patrimônio, à 
renda ou aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas 
regida pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados ou em que haja 
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário. 
 
b) Imunidade Religiosa: aplica-se a templos de qualquer culto, assegurando a 
liberdade de consciência e de crença. Esta imunidadeabrange o patrimônio, as 
rendas e os serviços da entidade religiosa, desde que estes estejam relacionados 
com as finalidades essenciais de tal atividade. 
 
c) Imunidade Condicional: o patrimônio, a renda e os serviços dos partidos políticos 
e as entidades sindicais de trabalhadores não sofrem tributação, desde que 
vinculados às suas finalidades essenciais. Podem também gozar deste benefício as 
instituições de educação e de assistência social que não possuam fins lucrativos, 
não distribuam qualquer parcela do patrimônio ou da renda, aplicam os recursos 
institucionais no país, sendo obrigadas a manter escrituração de suas receitas e 
4 
 
despesas. Nestes casos, o benefício pode ser suspenso em caso de 
descumprimento de algum requisito. 
 
d) Imunidade Objetiva: dispõe sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a 
sua impressão. A imunidade não é da editora ou empresa que comercializa tais 
produtos, ela é direcionada a esses bens específicos. O propósito é proteger a 
liberdade de manifestação do pensamento. 
 
e) Outras Imunidades: as imunidades acima apresentadas são as principais, mas 
existem outras mais específicas. Destacamos a imunidade do IPI e do ICMS dos 
produtos fabricados no país, mas destinados ao exterior, com o intuito de melhorar a 
balança comercial. Temos ainda a imunidade de pequenas glebas rurais desde que 
o proprietário não possua outro imóvel e mantenha atividade exploradora, com o 
objetivo de fomento ao desenvolvimento das atividades rurais. 
 
2. ELEMENTOS DO TRIBUTO 
 
Na relação tributária, o Estado é denominado sujeito ativo, que possui o direito de 
instituir tributos, dentro do estabelecido pela lei, e o contribuinte é o sujeito passivo, 
que tem a obrigação de pagar, desde que tenha ocorrido o fato gerador. 
 
Fato Gerador é a situação, prevista em lei, como necessária e suficiente para que se 
possa cobrar o tributo. Por exemplo, o fato gerador do ICMS é a operação relativa à 
circulação de mercadoria e à prestação de serviço de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação. Já o fato gerador do ISS é a prestação de serviços 
constantes da lista do regulamento de cada município. 
 
A ocorrência do fato gerador faz com que surja a Obrigação Principal, que pode ser 
definida como a obrigação de pagamento do tributo. Entretanto, as empresas 
também têm que cumprir as Obrigações Acessórias, que são atos que devem ser 
feitos ou proibidos de se fazer. Como exemplo de obrigação acessória temos a 
emissão de nota fiscal ou ainda o não recebimento de mercadorias 
desacompanhadas da documentação legalmente exigida. 
 
Para o cálculo do valor a pagar de um tributo, são necessários a Base de Cálculo e a 
Alíquota aplicada. O montante que será recolhido é a multiplicação destes dois 
fatores. 
Base de Cálculo é o valor sobre o qual será aplicada a alíquota para a determinação 
do montante de tributo devido. Por exemplo: a base de cálculo do IPVA é o valor de 
mercado do automóvel, a base de cálculo do Imposto de Renda de Pessoa Física é 
o total de ganhos auferidos diminuído das deduções permitidas por lei. 
 
As alíquotas podem ser um percentual que é aplicado à base de cálculo ou ainda um 
valor fixo, em valor monetário, por unidade de quantificação. No primeiro caso, os 
percentuais podem ser fixos, fazendo com que o valor a pagar seja proporcional à 
base de cálculo, ou os percentuais podem ser progressivos, ou seja, podem crescer 
em faixas de valor da base de cálculo, como é o caso do Imposto de Renda. 
 
5 
 
Os tributos possuem um prazo de prescrição de 5 anos, tanto para o fisco propor a 
execução fiscal de tributos quanto para o contribuinte exigir o indébito. 
 
Uma situação relativa a tributos que as empresas devem se precaver é com relação 
à solidariedade tributária, que pode ocorrer, por exemplo, em casos de terceirização. 
Se uma firma terceiriza seu serviço de limpeza, contratando uma empresa 
especializada, cujos funcionários trabalharão nas dependências da primeira, ambas 
possuem solidariedade tributária, ou seja, para o fisco não existe devedor principal, 
sendo que qualquer um deles poderá ser cobrado. 
 
Então, complementando o exemplo anterior, caso a empresa especializada não 
recolher os tributos relativos a seus empregados, como o INSS e o FGTS, a firma 
contratante poderá ser obrigada a fazer tal recolhimento. Por este motivo, as 
companhias devem ter muito cuidado ao fazer tal contratação e exigir 
periodicamente comprovantes de recolhimentos tributários. 
 
3. NATUREZA E CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS 
 
Nesta seção serão resumidos os principais tributos cobrados das empresas 
brasileiras. Ressalta-se que as informações condensadas nesta parte são genéricas, 
sendo que exceções previstas em lei não serão detalhadas. 
 
3.1 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS 
 
Este é um tributo municipal cujo fato gerador é a prestação de serviços, não 
alcançados pelo ICMS, e que estão regulamentados por cada município. 
 
Contribuintes: prestadores de serviços de qualquer natureza. 
 
Local dos serviços: este imposto deve ser recolhido no local do estabelecimento do 
prestador ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, salvo 
exceções constantes no art. 3º da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
 
Base de Cálculo: valor dos serviços prestados constantes na Nota Fiscal. 
 
Alíquotas: cada município pode estabelecer a sua alíquota, mas nunca abaixo de 2% 
e nem acima de 5%. 
 
Não incidência: o ISS não incide sobre serviços exportados. 
 
3.2 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS 
 
Incidência: trata-se de um imposto estadual que incide sobre circulação de 
mercadorias, serviço de transporte, serviço de comunicação, fornecimento de 
mercadoria com prestação de serviço, importação, serviço prestado no exterior, 
entrada interestadual de eletricidade e combustíveis para consumidor final. 
 
Não incidência: há algumas situações em que o ICMS não é cobrado. São elas: 
- Livro, jornal, periódico e o papel destinado à sua impressão; 
6 
 
- Ouro como investimento (no caso de uso do Ouro na fabricação de jóias, há 
incidência de ICMS); 
- Exportações; 
- Saída interestadual de eletricidade e combustíveis não destinados a consumidor 
final; 
- Artigo funerário; 
- Locação; 
- Fornecimento de medicamento e refeição em hospital; 
- Leasing; 
- Veículo adquirido por taxista para ser utilizado especificamente como táxi; 
- Veículo adquirido por portador de deficiência motora, devidamente comprovada. 
 
Base de Cálculo: seria o valor integral da Nota Fiscal. Entretanto, existem alguns 
itens que não integram a base de cálculo: a) IPI, quando a operação for realizada 
entre contribuinte e referir-se a produtos destinados à industrialização ou 
comercialização; b) encargos financeiros (juros) acrescidos ao preço a vista na 
venda a crédito e na realizada por sistema de cartão de crédito próprio. 
 
Alíquotas: por ser um imposto estadual, não há uma alíquota única no Brasil. Cada 
estado da federação determina sua própria alíquota. No caso do Estado de Minas 
Gerais, a alíquota básica é de 18%, sendo que existem alguns produtos com 
alíquotas diferenciadas. 
 
Crédito: o ICMS não é cumulativo, ou seja, o imposto pago na aquisição de insumos 
ou equipamentos pode ser descontado do valor que a empresa tem que pagar deste 
mesmo imposto. Por exemplo: uma empresa compra um produto de seu fornecedor 
para revendê-lo. Na revenda será calculado um valor a pagar de ICMS, mas a 
empresa pode abater o que já foi recolhido pelo fornecedor. Este crédito tem um 
prazo de prescrição de 5 anos. 
 
O crédito do ICMS pode ser utilizado mesmo se a empresa adquirir produtos de um 
fornecedor optante pelo Simples, desde que o valor pago pelo fornecedorreferente 
ao ICMS esteja destacado na Nota Fiscal, respeitando o percentual estipulado nos 
anexos do Simples. 
 
3.2.1 Substituição Tributária 
 
Para facilitar a fiscalização, os governos estaduais criaram a modalidade de 
Substituição Tributária, em que um contribuinte se responsabiliza pelo recolhimento 
do ICMS que é de responsabilidade de outro, que seja seu fornecedor ou cliente. 
 
Normalmente, a Indústria fica responsável pelo recolhimento do ICMS de seu 
fornecedor e de seu cliente, caso estes não sejam indústrias também. 
 
Quando a indústria for recolher o ICMS sobre seu fornecedor, basta aplicar a 
alíquota deste imposto sobre o valor do insumo, diminuí-lo do montante a pagar ao 
fornecedor e recolhê-lo ao governo. Por exemplo: uma indústria adquire insumos 
que estão sob o regime de Substituição Tributária no valor de R$ 1.000,00 e a 
alíquota do ICMS é de 18%. A indústria deverá pagar ao fornecedor R$ 820,00 
(1.000, - 180,) e recolher estes R$ 180,00 ao governo estadual. 
 
7 
 
Quando a indústria for recolher o ICMS sobre seu cliente, o cálculo é um pouco mais 
complexo, pois a indústria deve recolher tanto o ICMS referente às suas atividades 
quanto o ICMS das atividades do seu cliente. Neste caso, deverá ser aplicado sobre 
o custo da mercadoria mais o IPI mais o frete a Margem de Valor Agregado – MVA. 
Sobre este total aplica-se a alíquota do ICMS e reduz-se o ICMS recolhido pela 
indústria. Por exemplo: a indústria vende R$ 2.000,00 em mercadorias a seu cliente, 
cujo IPI é de 10% e o ICMS é 18%. Além disso, o frete ficam em R$ 300,00 e o MVA 
é de 40%. A indústria recolherá R$ 360,00 (0,18 x R$ 2.000,) referente à sua 
atividade. A substituição tributária será: (2.000, + 200, + 300,) x 1,40 = R$ 3.500,00 x 
0,18 = R$ 630,00. Deste total, reduz-se o ICMS já recolhido pela indústria, o que 
faria com que a Substituição Tributária ficasse em R$ 450,00 (630, - 180,). 
 
3.3 Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI 
 
Incidência: este imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais e 
estrangeiros, mesmo que a industrialização seja incompleta, parcial ou intermediária. 
Industrialização é definida como qualquer operação que modifique a natureza, o 
funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto. Não é 
considerado processo de industrialização: 
a) preparo de alimentos não acondicionados em embalagem de apresentação; 
b) confecção ou preparo de produto de artesanato; 
c) confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor, em oficina ou na 
residência do confeccionador; 
d) manipulação, para venda direta ao consumidor, de medicamentos; 
e) moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como atividade 
acessória; 
f) operação efetuada fora do estabelecimento industrial que resulte: edificação, 
instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, entre outros. 
g) montagem de óculos; 
h) acondicionamento de produtos, como cestas de Natal; 
i) reparo de produtos usados; 
j) mistura de tintas, para venda ao consumidor final, realizada por varejista, desde 
que este e o fabricante não sejam interdependentes (controlador, controlado ou 
coligado). 
 
Não incidência: livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, 
produtos industrializados destinados ao exterior, ouro (quando usado como ativo 
financeiro), energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do país 
são imunes ao IPI. 
 
Contribuintes: importador, indústria ou estabelecimento equiparado. 
 
Fato Gerador: desembaraço aduaneiro de produto importado e saída do produto do 
estabelecimento industrial ou equiparado. 
 
Base de Cálculo: é o valor total dos produtos industrializados constante na Nota 
Fiscal, sendo que o montante correspondente ao IPI é acrescido ao valor total da 
Nota Fiscal em separado. 
 
Alíquotas: as alíquotas dependem do tipo do produto, podendo variar muito. 
 
8 
 
Crédito: o IPI não é cumulativo, ou seja, o imposto pago na aquisição de insumos ou 
equipamentos pode ser descontado do valor que a empresa tem que pagar deste 
mesmo imposto (processo semelhante ao do ICMS). 
 
Se uma indústria adquirir mercadorias de uma companhia optante pelo Simples ela 
não poderá usufruir de créditos do IPI. 
 
3.4 Programa de Integração Social – PIS e Programa de Formação do 
Patrimônio do Servidor Público – PASEP 
 
Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela 
legislação do Imposto de Renda, além das empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. As entidades sem fins lucrativos, como templos, partidos políticos, 
instituições de educação e assistência social que atendam aos requisitos 
necessários, também são tributadas, mas a base de cálculo é diferente. Até mesmo 
as pessoas jurídicas de direito público interno, ou seja, União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios também são tributados. 
 
Base de Cálculo: nas pessoas jurídicas de direito público interno, a base de cálculo 
é o montante arrecadado. Nas entidades sem fins lucrativos, a base de cálculo é a 
folha de pagamento de salários, excluindo salário-família, aviso prévio indenizado, 
FGTS pago diretamente ao empregado na rescisão contratual e indenização por 
dispensa. Nas demais companhias, a base de cálculo é o faturamento (vendas e 
prestação de serviços). 
 
Alíquotas: nas pessoas jurídicas de direito público interno é de 1% sobre a 
arrecadação total. Nas entidades sem fins lucrativos, a alíquota é de 1% sobre a 
folha de pagamento mensal. Nas demais companhias, existem dois tipos de cálculo: 
incidência cumulativa e incidência não-cumulativa. 
 
Incidência cumulativa: aplica-se a pessoas jurídicas pelo lucro presumido ou 
arbitrado e não se aplica àquelas tributadas pelo lucro real. A alíquota é de 0,65% do 
total de receitas com vendas. Neste caso, não se pode utilizar créditos. 
 
Incidência não cumulativa: aplica-se a empresas tributadas pelo lucro real e não 
àquelas que optam pelo lucro presumido ou SIMPLES. A alíquota, neste caso, é de 
1,65% e é permitida a utilização de créditos. 
 
Neste último caso, a empresa poderá descontar créditos, provenientes da mesma 
origem de tributo, calculados em relação: 
a) bens adquiridos para revenda; 
b) bens e serviços utilizados como insumos; 
c) energia elétrica e/ou térmica; 
d) aluguéis pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa; 
e) depreciação de edificação e benfeitorias; 
f) depreciação e amortização dos demais bens do ativo permanente somente 
para indústrias e prestadoras de serviços. 
 
Ressalta-se que se o IPI não for utilizado pela empresa como crédito para 
recolhimento de IPI, o mesmo poderá ser incluído na base de cálculo do crédito do 
PIS/PASEP, caso contrário não. 
9 
 
 
A empresa pode utilizar normalmente como crédito do PIS/PASEP, considerando a 
alíquota padrão de 1,65%, os bens e serviços adquiridos de uma companhia optante 
pelo Simples. 
 
3.5 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS 
 
Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado e as que lhe são equiparadas pela 
legislação do Imposto de Renda, além das empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. 
 
Base de Cálculo: a base de cálculo é o faturamento da organização. 
 
Alíquotas: existem dois tipos de cálculo: incidência cumulativa e incidência não-
cumulativa. 
 
Incidência cumulativa: aplica-se a pessoas jurídicas pelo lucro presumido ou 
arbitrado e não se aplica àquelas tributadas pelo lucro real. A alíquota é de 3% do 
total de receitas com vendas. Neste caso, não se pode utilizar créditos. 
 
Incidência não cumulativa: aplica-se a empresas tributadas pelo lucro real e não 
àquelas que optam pelo lucro presumido ou SIMPLES. A alíquota, neste caso, é de 
7,6% e é permitida a utilização de créditos.Neste último caso, a empresa poderá descontar créditos, provenientes da mesma 
origem de tributo. As contas que dão direito a créditos são as mesmas do 
PIS/PASEP. 
 
Ressalta-se que se o IPI não for utilizado pela empresa como crédito para 
recolhimento de IPI, o mesmo poderá ser incluído na base de cálculo do crédito do 
COFINS, caso contrário não. 
 
A empresa pode utilizar normalmente como crédito da COFINS, considerando a 
alíquota padrão de 7,6%, os bens e serviços adquiridos de uma companhia optante 
pelo Simples. 
 
3.6 Contribuição Patronal Previdenciária – CPP ou INSS Patronal 
 
Contribuintes: incide sobre todas as empresas, exceto as organizações imunes. 
 
Base de Cálculo: Folha de Pagamentos da empresa, sem considerar os demais 
encargos, como Férias, 13º salário e FGTS. 
 
Alíquota: 20% sobre a folha de pagamento. 
 
3.7 Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica – IRPJ 
 
Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado, empresas públicas e as 
sociedades de economia mista. 
 
10 
 
Base de Cálculo: nas empresas que apuram seus tributos pelo Lucro Real, a base 
de cálculo é o lucro líquido auferido diminuindo da receita bruta todos os gastos da 
empresa que são permitidos por lei (os quais serão detalhados na seção seguinte). 
Nas companhias tributadas pelo lucro presumido, a base de cálculo será um 
percentual sobre a receita bruta, dependendo do ramo de atividade: 
- 1,6% para revenda, para consumo, de combustível; 
- 8% para atividades comerciais, industriais, transporte de carga, serviços 
hospitalares, venda de unidades imobiliárias, venda de produtos rurais e outras 
atividades não mencionadas nos outros percentuais; 
- 16% para empresas de transporte de passageiros, pessoas jurídicas 
exclusivamente prestadoras de serviços com receita bruta anual não superior a R$ 
120.000,00, exceto no caso de transporte de cargas, serviços hospitalares e outras 
sociedades legalmente regulamentadas; 
- 32% para prestação de serviços relativa ao exercício de profissão legalmente 
regulamentada, intermediação de negócio, administração, locação ou cessão de 
bens imóveis, móveis e direito de qualquer natureza, construção por administração 
ou por empreitada, unicamente de mão de obra, outros serviços não especificados 
acima. 
 
Aos percentuais acima, somam-se ganhos de capital com a venda de bens do Ativo 
Permanente, ganhos líquidos auferidos em aplicação financeira e outras receitas. 
 
Alíquotas: sobre a Base de Cálculo, mensurada dependendo da forma de apuração 
do lucro, será aplicada uma alíquota de 15%. No caso de a base de cálculo exceder 
R$ 20.000,00 por mês (ou R$ 240.000,00 no ano) será aplicada uma alíquota 
adicional de 10% sobre o valor excedente. 
 
As empresas tributadas com base no lucro real poderão descontar créditos, 
provenientes de prejuízos auferidos no passado, sendo que o limite a ser 
compensado é de 30% da base de cálculo positivo apurada no ano corrente. Para as 
atividades rurais não existe esta limitação de 30%. 
 
3.8 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL 
 
Contribuintes: pessoas jurídicas de direito privado, empresas públicas e as 
sociedades de economia mista. 
 
Base de Cálculo: nas empresas que apuram seus tributos pelo Lucro Real, a base 
de cálculo é o lucro líquido auferido diminuindo da receita bruta todos os gastos da 
empresa que são permitidos por lei. Nas companhias tributadas pelo lucro 
presumido ou arbitrado, a base de cálculo será de 12% sobre a Receita Bruta para 
as atividades em geral e de 32% sobre a Receita Bruta para as seguintes atividades: 
a) prestação de serviços; b) intermediação de negócios (inclusive representação 
comercial); c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direito de 
qualquer natureza; d) construção por administração ou por empreitada, unicamente 
de mão de obra; e) prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
(factoring); f) outros serviços não especificados acima, exceto serviços de transporte 
de cargas, de passageiros e serviços hospitalares. Aos percentuais acima, somam-
se ganhos de capital, ganhos líquidos auferidos em aplicação financeira e outras 
receitas. 
 
11 
 
Alíquotas: sobre a Base de Cálculo, mensurada dependendo da forma de apuração 
do lucro, será aplicada uma alíquota de 9% para as empresas em geral. No caso de 
Instituições financeiras, como seguros privados, capitalização, bancos de qualquer 
espécie, distribuidoras de valores mobiliários, cooperativas de crédito, etc., a 
alíquota é de 15% sobre a base de cálculo. 
 
As empresas tributadas com base no lucro real poderão descontar créditos, 
provenientes de prejuízos auferidos no passado, sendo que o limite a ser 
compensado é de 30% da base de cálculo positivo apurada no ano corrente. Para as 
atividades rurais não existe esta limitação de 30%. 
 
As depreciações de alguns equipamentos podem ser utilizadas para abatimento do 
valor a pagar da CSLL na razão de 25% da própria depreciação, por um período de 
48 meses. Entretanto, ao final deste prazo, todo o benefício auferido deverá ser 
acrescido ao valor a pagar da CSLL durante o mesmo período subseqüente. Se o 
bem for vendido ou a empresa fechar antes do término do prazo de benefício, o 
recolhimento integral do mesmo deve ser feito imediatamente. 
 
EXERCÍCIOS DE APURAÇÃO DOS PRINCIPAIS TRIBUTOS BRASILEIROS 
 
Exercício 1) Uma companhia de prestação de serviços de limpeza em prédios e 
domicílios apresenta as seguintes atividades num determinado mês: 
 - Venda de R$ 60.000,00 em serviços do mês; 
 - Recebimento das vendas em 30 dias; 
 - Venda de R$ 50.000,00 em serviços do mês anterior; 
 - Folha de pagamento, sem encargos sociais, de R$ 21.390,00 
 - Encargos sociais (sem a CPP) de R$ 6.332,00 
 - Custos fixos (aluguel, energia, telefone, etc.) de R$ 16.000,00 
 - Despesas financeiras de R$ 500,00 
 - Alíquota do ISS = 2%. 
Calcule os tributos a recolher, considerando o sistema de Lucro Presumido e o 
Regime de Competência. 
 
Exercício 2) Como ficariam os tributos da empresa do exercício anterior se o 
recolhimento fosse por meio do Regime de Caixa? 
 
Exercício 3) Uma empresa (comércio) que revende um produto qualquer apresenta 
os seguintes atividades num determinado mês: 
 - Compra de 5.000 produtos a R$ 22,00 cada um (com o IPI); 
 - Esta compra é paga em duas parcelas: 50% a vista e 50% em 30 dias; 
 - Venda de 3.000 produtos a R$ 50,00 cada um; 
 - Recebimento de 30% a vista, 35% com 30 dias e 35% com 60 dias; 
 - Folha de pagamento, sem encargos sociais, de R$ 6.684,83; 
 - Encargos sociais (sem a CPP) de R$ 1.978,20 
 - Energia Elétrica de R$ 2.000,00; 
 - Depreciação de máquinas e equipamentos de R$ 3.000,00; 
 - Demais Custos fixos de R$ 25.000,00; 
 - Despesas financeiras de R$ 5.000,00; 
 - A alíquota de compra e venda do ICMS é de 18% e do IPI é 10%. 
Calcule os tributos a recolher, considerando o sistema de Lucro Real. 
 
12 
 
Exercício 4) Uma oficina mecânica que apura seus tributos pelo Lucro Real 
apresenta os seguintes dados em três meses: 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Venda de serviços 80.000,00 75.000,00 100.000,00 
Folha pagto sem encargos 30.081,74 28.764,47 36.766,57 
Encargos sociais (sem CPP) 8.901,91 8.482,64 10.880,11 
Energia Elétrica 1.000,00 1.000,00 1.500,00 
Depreciação 2.000,00 2.000,00 2.000,00 
Custos e despesas fixos 9.000,00 9.000,00 11.500,00 
Rendimentos aplicações 
financeiras (reduzido IRRF) 1.606,50 1.789,25 2.500,00 
IR retido na fonte 283,50 315,75 441,18 
 
A alíquota do ISS sobre os serviços desta empresa é de 5%. Apure o ISS, PIS e 
COFINS de cada um dos meses e o IRPJ e CSLL no final do período. 
 
Exercício 5) Uma indústria apresentou os seguintes dados anuais: 
 - Receita de venda no ano = R$ 3.200.000,00; 
- Custo das mercadorias vendidas = 70% do preço de venda (com IPI); 
- Foramcomprados R$ 2.420.000,00 em insumos (com IPI); 
 - Folha de pagamento, sem encargos sociais = R$ 200.544,94; 
 - Encargos sociais (sem CPP) = R$ 59.346,07; 
 - Aluguéis pagos a outras Pessoas Jurídicas = R$ 12.000,00; 
 - Energia Elétrica = R$ 40.000,00; 
 - Leasing = R$ 5.000,00; 
 - Depreciação = R$ 30.000,00 
- Demais Gastos Fixos = R$ 177.000,00; 
 - Despesas financeiras = R$ 16.000,00; 
 - Rendimento bruto de aplicações financeiras = R$ 7.000,00; 
- IR retido na fonte de aplicações financeiras = 15%; 
- As alíquotas de compra e venda do ICMS e do IPI são de 18% e 10% 
respectivamente. 
Calcule os tributos a recolher neste ano desta empresa pelo Lucro Real. 
 
4. APURAÇÃO DE TRIBUTOS PELO LUCRO REAL 
 
O Lucro Real é uma forma de apuração dos resultados com base nas atividades 
realizadas pela empresa em que somam-se todas as receitas auferidas e diminuem-
se todos os custos e despesas, permitidos por lei, encontrando ao final o lucro 
líquido do período, sobre o qual serão aplicadas as alíquotas dos tributos incidentes. 
 
Algumas empresas são obrigadas a apurar seus resultados pelo Lucro Real, não 
podendo optar por outra forma de tributação. São elas: 
- Se a receita anual superar o limite de R$ 48.000.000,00 ou R$ 4.000.000,00 
multiplicados pelo número de meses, quando este for inferior a doze. Neste caso, 
receita não é somente a proveniente da comercialização de mercadorias e/ou 
serviços, mas também ganhos de capital, juros recebidos de aplicação financeira, 
etc. 
- Instituições financeiras de forma geral; 
- Empresas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do 
exterior; 
13 
 
- Empresas que usufruam de benefícios relativos à isenção ou redução do imposto; 
- Empresas que tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa; 
- Factoring. 
 
As demais companhias podem optar pelo sistema de Lucro Real, mas também 
possuem outras possibilidades, que serão abordadas mais adiante. 
 
O recolhimento dos tributos sobre o resultado, como IRPJ e CSLL, das empresas 
que são obrigadas ou optam pelo Lucro Real pode ser realizado de duas formas 
distintas: Pagamento por Estimativa ou Lucro Real Trimestral. 
 
4.1 Pagamento por Estimativa 
 
Nesta modalidade, a companhia faz o recolhimento do IRPJ e da CSLL 
mensalmente cujos montantes são determinados sobre uma base de cálculo 
estimada. Após o término do exercício, normalmente o ano, faz-se a apuração dos 
tributos que deveriam ser recolhidos, considerando o Lucro Real auferido pela 
empresa, fazendo o ajuste no início do ano seguinte, ou seja, se o que for recolhido 
por estimativa tiver sido menor do que deveria ter sido, a empresa faz o pagamento 
da diferença até o último dia útil do mês de março do ano seguinte, mas se for o 
contrário, a firma poderá usar o pagamento feito a maior para descontar 
recolhimentos futuros. 
 
A base de cálculo, sobre a receita bruta, para o recolhimento por meio de Estimativa 
é semelhante à do Lucro Presumido, acrescentando somente as Instituições 
Financeiras e as Factorings que são obrigadas a apurar seus resultados pelo Lucro 
Real: 
- 1,6% para revenda, para consumo, de combustível; 
- 8% para atividades comerciais, industriais, transporte de carga, serviços 
hospitalares, venda de unidades imobiliárias, venda de produtos rurais e outras 
atividades não mencionadas nos outros percentuais; 
- 16% para entidades financeiras, transporte de passageiros, pessoas jurídicas 
exclusivamente prestadoras de serviços com receita bruta anual não superior a R$ 
120.000,00, exceto no caso de transporte de cargas, serviços hospitalares e outras 
sociedades legalmente regulamentadas; 
- 32% para prestação de serviços relativa ao exercício de profissão legalmente 
regulamentada, intermediação de negócio, administração, locação ou cessão de 
bens imóveis, móveis e direito de qualquer natureza, construção por administração 
ou por empreitada, unicamente de mão de obra, prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria (factoring), outros serviços não especificados acima. 
 
Uma empresa que exclusivamente presta serviços poderá iniciar o ano recolhendo 
estes impostos considerando a alíquota de 16%, mas se num determinado mês, a 
soma do ano superar o limite de R$ 120.000,00, ela terá que passar a considerar o 
percentual de 32%, fazendo o recolhimento da diferença do passado imediatamente. 
 
No caso da companhia tiver atividades diversificadas, a apuração deverá considerar 
o percentual adequado a cada uma delas. 
 
14 
 
Outras receitas, como ganhos de capital, juros recebidos de clientes, serão 
adicionadas à base de cálculo acima. No caso de ganho de capital, o montante a ser 
tributado é a diferença entre o valor alienado e o valor contábil do bem. 
 
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre a base de cálculo, sendo que a parcela que 
exceder a R$ 20.000,00 no mês terá um acréscimo de 10% na alíquota, ou seja, 
será cobrado 25% do valor que ultrapassar R$ 20.000,00 por mês. Já a alíquota da 
CSLL é de 9%, independente do montante da base de cálculo. No caso de 
Instituições financeiras, como seguros privados, capitalização, bancos de qualquer 
espécie, distribuidoras de valores mobiliários, cooperativas de crédito, etc., a 
alíquota é de 15% sobre a base de cálculo. 
 
Para o recolhimento da CSLL pelo lucro presumido, a base de cálculo será de 12% 
sobre a Receita Bruta para as atividades em geral e de 32% sobre a Receita Bruta 
para as seguintes atividades: a) prestação de serviços; b) intermediação de negócios 
(inclusive representação comercial); c) administração, locação ou cessão de bens 
imóveis, móveis e direito de qualquer natureza; d) construção por administração ou 
por empreitada, unicamente de mão de obra; e) prestação cumulativa e contínua de 
serviços de assessoria (factoring); f) outros serviços não especificados acima, exceto 
serviços de transporte de cargas, de passageiros e serviços hospitalares. Aos 
percentuais acima, somam-se ganhos de capital, ganhos líquidos auferidos em 
aplicação financeira e outras receitas. 
 
A forma de ajuste anual será igual ao do Lucro Real Trimestral, que será detalhado a 
seguir. 
 
4.2 Lucro Real Trimestral 
 
A empresa, obrigada ou optante pelo Lucro Real, que não quiser fazer o 
recolhimento do IRPJ e da CSLL mensalmente por meio de estimativa pode escolher 
fazer a apuração trimestral do resultado real de suas atividades e o pagamento dos 
tributos, devidamente apurados, em quota única até o último dia útil do mês 
subseqüente à apuração ou em três quotas mensais, iguais e sucessivas, 
terminando o recolhimento até o último dia útil do trimestre subseqüente. As quotas 
não poderão ser inferiores a R$ 1.000,00 e se o pagamento for parcelado serão 
acrescidos juros equivalentes à SELIC. 
 
A base de cálculo será apurada por meio da Demonstração dos Resultados do 
Exercício – DRE, observando os princípios contábeis normalmente aceitos. Para se 
encontrar o Lucro Tributável, consideram-se as receitas auferidas pela empresa e 
são deduzidos os custos e despesas decorrentes das atividades da companhia, as 
perdas no recebimento de crédito, pró-labore dos dirigentes proprietários, 
gratificações a empregados (não entram as gratificações a dirigentes e 
administradores), depreciações de investimentos, compensação de prejuízos fiscais 
anteriores (limitados a 30% do lucro apurado), juros sobre capital próprio (será 
detalhado mais adiante), provisões de 13º salário e férias de empregados e/ou de 
seguros privados, leasing (se o bem for relacionado à produção ou comercialização 
dos bens ou serviços), despesas com alimentação dos empregados, doações (com 
certas restrições), ganhos ou perdas de capital (adiciona ou reduz), entre outras 
contas específicas. 
 
15 
 
A alíquota do IRPJ é de 15% sobre a base de cálculo, sendo que a parcela queexceder a R$ 60.000,00 no trimestre terá um acréscimo de 10% na alíquota. Já a 
alíquota da CSLL é de 9%, independente do montante da base de cálculo. No caso 
de Instituições financeiras, como seguros privados, capitalização, bancos de 
qualquer espécie, distribuidoras de valores mobiliários, cooperativas de crédito, etc., 
a alíquota é de 15% sobre a base de cálculo. 
 
Prejuízos fiscais anteriores podem ser compensados em tributos a recolher no 
futuro, limitado a 30% do lucro corrente apurado e desde que não haja troca de 
controle societário e ramo de atividade (concomitantemente), ou ainda incorporação, 
fusão ou cisão. 
 
4.3 Juros sobre Capital Próprio 
 
As empresas distribuem seus rendimentos aos proprietários ou acionistas. A forma 
mais comum é o dividendo, sendo que este não reduz a base de cálculo do IRPJ e 
CSLL da empresa, mas em compensação é totalmente isento para a pessoa física 
que o recebe (proprietário). 
 
Uma alternativa a esta forma é a modalidade de Juros sobre Capital Próprio, que 
pode ser deduzida da base de cálculo dos tributos mencionados acima, mas gera 
uma obrigação à pessoa física de 15% sobre o valor recebido, a título de imposto de 
renda, o qual é retido na fonte. 
 
Considerando que a carga tributária da empresa ultrapassa os 15% em questão, 
podendo chegar até 34% do lucro líquido, tal alternativa pode ser uma forma 
interessante de se reduzir os tributos a recolher. 
 
Os juros sobre capital próprio serão calculados considerando a taxa, pro rata die, da 
Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP sobre o Patrimônio Líquido – PL menos as 
Reservas de Reavaliação. 
 
O valor líquido (já descontado o IRRF) creditado aos acionistas pode ser imputado 
aos dividendos obrigatórios no caso das companhias de capital aberto. 
 
Esta modalidade de distribuição de recursos possui algumas regras: 
- Os juros sobre capital próprio não podem exceder 50% do lucro corrente 
computado antes da dedução dos juros ou 50% dos lucros acumulados e reservas 
de lucro; 
- Os juros sobre capital próprio devem ser efetivamente pagos e não podem ser 
incorporados ao PL; 
- Será retido na fonte 15% dos juros sobre capital próprio a título do IR; 
- O valor líquido (já descontado o IRRF) creditado aos acionistas pode ser imputado 
aos dividendos obrigatórios no caso das companhias de capital aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
EXERCÍCIOS DE APURAÇÃO DOS TRIBUTOS PELO LUCRO REAL 
 
Exercício 1) Uma prestadora de serviços teve as movimentações a seguir num 
determinado período: 
 Mês 1 Mês 2 
Venda de Serviços 8.000,00 7.000,00 
Custo de Materiais Usados nos Serviços 500,00 400,00 
Folha de Pagamento sem encargos 869,03 869,03 
Encargos sociais (sem CPP) 257,16 257,16 
Energia Elétrica 300,00 400,00 
Depreciação 400,00 400,00 
Despesas e Custos Fixos 1.100,00 1.100,00 
Despesas Financeiras 600,00 450,00 
Receitas Financeiras Brutas 210,00 120,00 
 
A alíquota do ISS é de 3%. Calcule seu Lucro Líquido em cada um dos meses pelo 
sistema de Pagamento por Estimativa. 
 
Exercício 2) Uma indústria apresentou as seguintes atividades: 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Quantidade Vendida 1.200 1.500 1.300 
Preço Médio de Venda 800,00 800,00 850,00 
Quantidade Comprada 1.200 2.100 700 
Custo Médio de Compra 
(com IPI) 450,00 450,00 450,00 
Venda de Serviços 250.000,00 300.000,00 330.000,00 
Folha Pagto sem encargos 153.751,11 167.120,77 180.490,43 
Encargos sociais (sem CPP) 45.498,67 49.455,08 53.411,48 
Aluguéis de outras empresas 13.000,00 13.000,00 13.000,00 
Energia Elétrica 25.000,00 25.000,00 25.000,00 
Leasing 8.000,00 8.000,00 8.000,00 
Depreciação 22.000,00 22.000,00 22.000,00 
Despesas e Custos Fixos 142.000,00 142.000,00 142.000,00 
Despesas Financeiras 5.500,00 6.000,00 7.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 3.200,00 3.000,00 5.000,00 
No terceiro mês, foi vendida uma máquina por R$ 80.000,00 que havia sido 
adquirida há 8 anos por R$ 300.000,00 e possuía 10 anos de depreciação. 
 
As alíquotas, tanto para compra quanto para venda, do ICMS, IPI, PIS e COFINS 
são de 18%, 10%, 1,65% e 7,6% respectivamente. A do ISS é de 5%. 
 
Calcule seu Lucro Líquido em cada um dos meses pelo sistema de Pagamento por 
Estimativa. 
 
 
Exercício 3) Faça o ajuste fiscal trimestral da empresa anterior para os tributos IRPJ 
e CSLL, calculando qual o saldo de tributos que a empresa possui. 
 
 
 
17 
 
Exercício 4) Uma empresa (comércio) estima que suas atividades no ano fiquem: 
 
 VALORES ANUAIS 
Receita com Venda de Mercadorias 3.500.000,00 
Compra de Mercadorias (com IPI) 2.650.000,00 
% Médio s/ Receita do Custo das Mercadorias 70% (com IPI) 
Folha de Pagamento sem encargos 287.447,72 
Encargos sociais (sem CPP) 85.062,74 
Energia Elétrica 10.000,00 
Aluguéis pagos a Pessoas Jurídicas 15.000,00 
Depreciação de máquinas e equipamentos 45.000,00 
Leasing 28.000,00 
Despesas e Custos Fixos 332.000,00 
Despesas Financeiras 30.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 5.000,00 
Valor Recebido por Equipamentos Vendidos 450.000,00 
Valor Já Depreciado dos Equipamentos 
Vendidos 2.800.000,00 
Valor Total de Aquisição dos Equipamentos 
Vendidos 3.000.000,00 
Valor Total do Patrimônio Líquido – PL 3.000.000,00 
Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP 6% 
As alíquotas, tanto para compra quanto para venda, do ICMS, PIS e COFINS são de 
18%, 1,65% e 7,6% respectivamente. A alíquota do IPI é de 10%. 
 
Esta companhia apura seus tributos pelo Lucro Real e pretende distribuir parte do 
lucro aos proprietários na forma de Juros sobre Capital Próprio. Verifique se há 
ganho final nesta operação e, se houver, quanto será. 
 
 
Exercício 5) Um comércio finalizou um determinado ano com um prejuízo de R$ 
308.400,00. Verifique o montante de cada tributo a recolher para o primeiro trimestre 
de um determinado ano, considerando que o IRPJ e a CSLL são pagos por Lucro 
Trimestral e o estoque controlado pelo PEPS: 
 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Quantidade Vendida 54.000 50.000 60.000 
Preço Médio de Venda 90,00 120,00 100,00 
Quantidade Comprada 58.000 52.000 58.000 
Custo Médio (com IPI) 50,00 95,00 55,00 
Venda de Serviços 330.000,00 350.000,00 300.000,00 
Folha de Pagamento sem 
encargos 401.089,85 401.089,85 401.089,85 
Encargos sociais (sem CPP) 118.692,18 118.692,18 118.692,18 
Energia Elétrica 90.000,00 90.000,00 90.000,00 
Leasing 20.000,00 20.000,00 20.000,00 
Depreciação de equipamento 30.000,00 30.000,00 30.000,00 
Despesas e Custos Fixos 760.000,00 760.000,00 760.000,00 
Despesas Financeiras 12.000,00 60.000,00 10.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 30.000,00 5.000,00 20.000,00 
18 
 
Valor de Venda de 
Equipamentos 9.000,00 
Valor já Depreciado dos 
Equipamentos Vendidos 28.000,00 
Valor de Aquisição dos 
Equipamentos Vendidos 35.000,00 
 
As alíquotas do ICMS, do PIS e do COFINS são 18%, 1,65% e 7,6% 
respectivamente, para compra e para venda. A do IPI é 10% e do ISS 3%. 
 
Exercício 6) Uma revendedora apresentou as seguintes atividades num 
determinado período: 
 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Quantidade Vendida 70.000 73.000 77.000 
Preço Médio de Venda 80,00 80,00 80,00 
Quantidade Comprada 100.000 76.000 67.000 
Custo Médio de Compra 49,50 49,50 49,50 
Folha de Pagamento sem 
encargos 334.241,54 334.241,54 334.241,54 
Encargos sociais (sem CPP) 98.910,15 98.910,15 98.910,15 
Energia Elétrica 80.000,00 80.000,00 80.000,00 
Depreciação de equipamento 60.000,00 60.000,00 60.000,00 
Despesas e Custos Fixos 660.000,00 660.000,00 660.000,00 
Despesas Financeiras 80.000,00 30.000,00 30.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 10.000,00 40.000,00 50.000,00 
 
 Mês 4 Mês 5 Mês 6 
Quantidade Vendida 80.000 73.000 75.000 
Preço Médio de Venda 80,00 80,00 80,00 
Quantidade Comprada 80.000 53.000 72.000 
Custo Médio de Compra 49,50 49,50 49,50 
Folha de Pagamento sem 
encargos 334.241,54334.241,54 334.241,54 
Encargos sociais (sem CPP) 98.910,15 98.910,15 98.910,15 
Energia Elétrica 80.000,00 80.000,00 80.000,00 
Depreciação de equipamento 60.000,00 60.000,00 60.000,00 
Despesas e Custos Fixos 660.000,00 660.000,00 660.000,00 
Despesas Financeiras 10.000,00 10.000,00 5.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 50.000,00 70.000,00 70.000,00 
 
No segundo mês, foi vendido um bem do ativo permanente por R$ 50.000,00 que 
havia sido adquirida há 4 anos por R$ 140.000,00 e possuía 5 anos de depreciação. 
No terceiro mês, foi vendido um bem do ativo permanente por R$ 10.000,00 que 
havia sido adquirida há 6 anos por R$ 60.000,00 e possuía 5 anos de depreciação. 
 
As alíquotas, tanto para compra quanto para venda, do ICMS, PIS e COFINS são de 
18%, 1,65% e 7,6% respectivamente. A do IPI é de 10%. 
 
19 
 
Calcule como seriam os pagamentos se eles forem feitos por Estimativa e também 
por Lucro Trimestral. Considerando que uma aplicação financeira sem risco rende 
0,70% ao mês, qual é a diferença dos dois métodos em termos de valores reais? 
 
5. APURAÇÃO DE TRIBUTOS PELO LUCRO PRESUMIDO 
 
As empresas que não estão obrigadas a apurar seus tributos por meio do Lucro Real 
podem optar pela modalidade de Lucro Presumido, no qual presume-se que o lucro 
da companhia representa um percentual da sua receita bruta, conforme o ramo de 
atividade da mesma. 
 
A apuração do IRPJ e da CSLL nesta modalidade é feita trimestralmente, sendo que 
o recolhimento pode ser feito em quota única até o último dia útil do mês 
subseqüente à apuração ou em três quotas mensais, iguais e sucessivas, 
terminando o recolhimento até o último dia útil do trimestre subseqüente. As quotas 
não poderão ser inferiores a R$ 1.000,00 e se o pagamento for parcelado serão 
acrescidos juros equivalentes à SELIC. 
 
Nesta modalidade, há a opção da empresa recolher os tributos (IRPJ, CSLL, 
COFINS e PIS/PASEP) pelo Regime de Caixa ao invés do Regime de Competência, 
que é utilizado pela Contabilidade. No caso de alteração do regime, as receitas 
faturadas, mas ainda não recebidas, deverão ser tributadas no início do período em 
que houver a alteração. 
 
A base de cálculo do IRPJ e da CSLL será apurada como um percentual da receita 
bruta, ou pelo Regime de Competência ou de Caixa conforme opção da empresa. O 
referido percentual dependerá do ramo de atividade: 
- 1,6% para revenda, para consumo, de combustível; 
- 8% para atividades comerciais, industriais, transporte de carga, serviços 
hospitalares, venda de unidades imobiliárias, venda de produtos rurais e outras 
atividades não mencionadas nos outros percentuais; 
- 16% para empresas de transporte de passageiros, pessoas jurídicas 
exclusivamente prestadoras de serviços com receita bruta anual não superior a R$ 
120.000,00, exceto no caso de transporte de cargas, serviços hospitalares e outras 
sociedades legalmente regulamentadas; 
- 32% para prestação de serviços relativa ao exercício de profissão legalmente 
regulamentada, intermediação de negócio, administração, locação ou cessão de 
bens imóveis, móveis e direito de qualquer natureza, construção por administração 
ou por empreitada, unicamente de mão de obra, outros serviços não especificados 
acima. 
 
Aos percentuais acima, somam-se: 
a) ganhos de capital com a venda de bens do Ativo Permanente; 
b) ganhos líquidos auferidos em aplicação financeira; 
c) rendimentos auferidos nas operações de mútuo; 
d) operações de hedge. 
 
As alíquotas se mantêm idênticas às do sistema pelo Lucro Real. IRPJ é de 15%, 
sendo que a parcela que exceder a R$ 60.000,00 no trimestre terá um acréscimo de 
10% na alíquota. Já a alíquota da CSLL é de 9%, independente do montante da 
base de cálculo. 
20 
 
 
Após a apuração do IRPJ, valores retidos na fonte, por exemplo em aplicações 
financeiras, poderão ser deduzidos diretamente do valor do imposto a pagar. 
 
Nesta forma de tributação existe a discussão sobre a obrigatoriedade ou não da 
depreciação dos bens do ativo permanente, que não geram benefícios na apuração 
do IR, mas elevam o ganho de capital. 
 
EXERCÍCIOS DE APURAÇÃO DOS TRIBUTOS PELO LUCRO PRESUMIDO 
 
Exercício 1) Refaça o Exercício 4 da página 12 considerando o sistema de 
tributação do Lucro Presumido. O enunciado é: uma oficina mecânica apresenta os 
seguintes dados em três meses: 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Venda de serviços 80.000,00 75.000,00 100.000,00 
Folha pagto sem encargos 30.081,74 28.764,47 36.766,57 
Encargos sociais (sem CPP) 8.901,91 8.482,64 10.880,11 
Energia Elétrica 1.000,00 1.000,00 1.500,00 
Depreciação 2.000,00 2.000,00 2.000,00 
Custos e despesas fixos 9.000,00 9.000,00 11.500,00 
Rendimentos aplicações 
financeiras (reduzido IRRF) 1.606,50 1.789,25 2.500,00 
IR retido na fonte 283,50 315,75 441,18 
A alíquota do ISS sobre os serviços desta empresa é de 5%. Apure os tributos no 
final do período. 
 
 
Exercício 2) Num determinado ano uma empresa (comércio) apresenta as seguintes 
atividades: 
 - Receita de venda no ano = R$ 450.000,00; 
- Receita com prestação de serviços = R$ 54.000,00; 
- Custo das mercadorias vendidas = 60% do preço de venda (com IPI), sendo 
que foi comprada a mesma quantidade de produtos que foram vendidos; 
 - Folha de pagamento, sem encargos sociais = R$ 43.451,40; 
 - Encargos sociais (sem CPP) = R$ 12.858,32; 
 - Aluguéis pagos a outras Pessoas Jurídicas = R$ 5.000,00; 
 - Energia Elétrica = R$ 2.000,00; 
 - Leasing = R$ 3.000,00; 
 - Depreciaçã0 = R$ 4.000,00 
- Demais Gastos Fixos = R$ 38.000,00; 
 - Despesas financeiras = R$ 3.100,00; 
 - Rendimento bruto de aplicações financeiras = R$ 2.900,00; 
 - Venda de veículo por R$ 17.000,00, sendo que este foi adquirido há 3 anos 
por R$ 30.000,00 e o tempo total de depreciação é de 5 anos; 
- IR retido na fonte de aplicações financeiras e de ganhos de capital = 15%; 
- A alíquota do ISS é de 3%. A do IPI é de 10%; 
- A alíquota de compra do ICMS é de 12% e sobre a venda é de 18%. 
Calcule os tributos a recolher neste ano desta empresa. 
 
21 
 
Exercício 3) Refaça o exercício 4 da página 17 pelo Lucro Presumido e ignorando a 
possibilidade de Juros sobre Capital Próprio. O enunciado fica assim: uma empresa 
(comércio) estima que suas atividades no ano fiquem: 
 VALORES ANUAIS 
Receita com Venda de Mercadorias 3.500.000,00 
Compra de Mercadorias (com IPI) 2.650.000,00 
% Médio s/ Receita do Custo das Mercadorias 70% (com IPI) 
Folha de Pagamento sem encargos 287.447,72 
Encargos sociais (sem CPP) 85.062,74 
Energia Elétrica 10.000,00 
Aluguéis 15.000,00 
Depreciação 45.000,00 
Leasing 28.000,00 
Despesas e Custos Fixos 332.000,00 
Despesas Financeiras 30.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 5.000,00 
Valor Recebido por Equipamentos Vendidos 450.000,00 
Valor Já Depreciado dos Equipamentos 
Vendidos 2.800.000,00 
Valor Total de Aquisição dos Equipamentos 
Vendidos 3.000.000,00 
Valor Total do Patrimônio Líquido – PL 3.000.000,00 
Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP 6% 
As alíquotas, tanto para compra quanto para venda, do ICMS, PIS e COFINS são de 
18%, 1,65% e 7,6% respectivamente. A alíquota do IPI é de 10%. Qual será o 
montante de tributos a pagar? 
 
Exercício 4) Refaça o exercício 6 da página 18 considerando o Lucro Presumido. 
Neste caso, não há prejuízo determinado no ano anterior. O enunciado é: verifique o 
montante de cada tributo que um comerciante terá que recolher para os 3 primeiros 
meses de um determinado ano: 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Quantidade Vendida 54.000 50.000 60.000 
Preço Médio de Venda 90,00 120,00 100,00 
Quantidade Comprada 58.000 52.000 58.000 
Custo Médio de Compra 50,00 95,00 55,00 
Venda de Serviços 330.000,00 350.000,00 300.000,00 
Folha Pagto. sem encargos 401.089,85 401.089,85 401.089,85 
Encargos sociais (sem CPP) 118.692,18 118.692,18 118.692,18 
Energia Elétrica 90.000,0090.000,00 90.000,00 
Leasing 20.000,00 20.000,00 20.000,00 
Depreciação 30.000,00 30.000,00 30.000,00 
Despesas e Custos Fixos 760.000,00 760.000,00 760.000,00 
Despesas Financeiras 12.000,00 60.000,00 10.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 30.000,00 5.000,00 20.000,00 
Valor de Venda de 
Equipamentos 9.000,00 
Valor já Depreciado dos Eq. 28.000,00 
Valor de Aquisição dos 
Equipamentos Vendidos 35.000,00 
22 
 
 
As alíquotas do ICMS são 18%, tanto para compra quanto para venda. A do IPI é 
10% e do ISS 3%. 
 
Exercício 5) Uma loja de roupas apresenta os seguintes dados anuais: 
 
 VALORES ANUAIS 
Receita com Venda de Mercadorias 700.000,00 
Compra de Mercadorias (com IPI) 220.000,00 
% Médio s/ Receita do Custo das Mercadorias 30% (com IPI) 
Folha de Pagamento sem encargos 60.163,48 
Encargos sociais (sem CPP) 17.803,82 
Energia Elétrica 4.000,00 
Aluguel pago a Pessoa Física 18.000,00 
Despesas e Custos Fixos 78.000,00 
Despesas Financeiras 3.000,00 
Receitas Financeiras Brutas 500,00 
 
A alíquota do ICMS para venda é de 18% e para compra de 12%. A alíquota do IPI é 
de 10%. 
 
Calcule o montante de tributos a pagar tanto pelo Lucro Presumido quanto pelo 
Lucro Real e aponte qual é o melhor para esta empresa. 
 
6. APURAÇÃO DE TRIBUTOS PELO LUCRO ARBITRADO 
 
O Fisco pode exigir que a apuração dos tributos de um empresa seja feito pelo 
método de Lucro Arbitrado nas seguintes situações: 
- a empresa, obrigada ao Lucro Real, que não mantiver escrituração contábil 
conforme as leis comerciais e fiscais; 
- quando for encontrada fraude contábil e/ou fiscal; 
- a empresa optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido. 
 
O Lucro Arbitrado possui as mesmas regras do Lucro Presumido, com a diferença é 
que os percentuais da apuração da base de cálculo sofrem um aumento de 20% e 
as entidades financeiras e assemelhadas têm uma percentual bem maior. Os 
percentuais da base de cálculo pelo Lucro Arbitrado são: 
- 1,92% para revenda, para consumo, de combustível; 
- 9,6% para atividades comerciais, industriais, transporte de carga, serviços 
hospitalares, venda de unidades imobiliárias, venda de produtos rurais e outras 
atividades não mencionadas nos outros percentuais; 
- 19,2% para empresas de transporte de passageiros, pessoas jurídicas 
exclusivamente prestadoras de serviços com receita bruta anual não superior a R$ 
120.000,00, exceto no caso de transporte de cargas, serviços hospitalares e outras 
sociedades legalmente regulamentadas; 
- 38,4% para prestação de serviços relativa ao exercício de profissão legalmente 
regulamentada, intermediação de negócio, administração, locação ou cessão de 
bens imóveis, móveis e direito de qualquer natureza, construção por administração 
ou por empreitada, unicamente de mão de obra, outros serviços não especificados 
acima. 
23 
 
- 45% para entidades financeiras e assemelhadas, empresas de arrendamento 
mercantil, seguradoras, cooperativa de crédito, entidades de previdência privada 
aberta. 
 
7. APURAÇÃO DE TRIBUTOS PELO SIMPLES OU SUPERSIMPLES 
 
O SuperSimples é um método de apuração de tributos voltado para Microempresas 
– ME – e Empresas de Pequeno Porte – EPP –, que unifica o recolhimento de 
diversos tributos tanto da União quanto dos Estados e Municípios, cuja adesão é 
facultativa. 
 
De acordo com a Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011, 
Microempresa é aquela cuja receita bruta anual seja igual ou inferior a R$ 
360.000,00. Já a Empresa de Pequeno Porte é aquela cuja receita bruta anual 
supera os R$ 360.000,00, mas seja igual ou inferior a R$ 3.600.000,00. No primeiro 
ano de atividade, estes valores devem ser proporcionais à quantidade de meses de 
atuação da companhia. 
 
Se a empresa for exportadora, ela possui outro limite de mais R$ 3.600.000,00 que 
corresponde somente às mercadorias exportadas. Este adicional refere-se somente 
a produtos exportados, não sendo aplicado a serviços. Para fins de determinação da 
alíquota, deve-se somar o faturamento interno com o externo. 
 
Se durante o ano-calendário o faturamento da empresa ultrapassar os limites acima 
em mais de 20%, a mesma será suspensa do sistema Simples a partir do mês 
subsequente. Entretanto, se o estouro não ultrapassar os 20%, a suspensão 
somente ocorre no ano seguinte. Outra observação é que se o faturamento 
ultrapassar o limite em mais de 20% no ano em que a empresa iniciou suas 
atividades, os efeitos da suspensão são retroativos. 
 
Esta lei estabelece outras vantagens às ME e às EPP, como desburocratização de 
documentos, linhas de financiamento próprias, simplificações nos registros 
trabalhistas, licitações específicas de menor valor destinadas a ME e EPP, entre 
outras. Entretanto, vamos destacar as diferenciações no recolhimento de tributos. 
 
Nem todas as microempresas e empresas de pequeno porte podem optar pelo 
Super Simples. As impedidas de fazer tal opção são: 
- empresas que tenham como sócio outra pessoa jurídica; 
- filiais, sucursais, agências ou representações no Brasil de empresas com sede no 
exterior; 
- empresas que tenham sócio (pessoa física) que também seja sócio ou 
administrador de outra companhia e que a receita bruta global ultrapassa o limite de 
R$ 3.600.000,00; 
- as cooperativas, salvo as de consumo; 
- empresa que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
- instituições financeiras e assemelhadas; 
- resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento 
de pessoa jurídica que tenha ocorrido há menos de 5 anos; 
- as sociedades anônimas. 
 
24 
 
Outros tipos de organizações podem usufruir de alguns benefícios do sistema Super 
Simples, mas não dos benefícios tributários. São elas: 
- factorings; 
- empresas que tenham sócio domiciliado no exterior; 
- empresas que tenham como sócio entidade da administração pública (federal, 
estadual ou municipal); 
- empresas que prestem serviços de comunicação; 
- empresas em débito com a fazenda pública, em qualquer nível; 
- empresas de transporte intermunicipal ou interestadual de passageiros; 
- empresas do ramos de energia elétrica; 
- empresas de importação ou fabricação de automóveis ou motocicletas; 
- importação de combustíveis; 
- segmentos da indústria ou venda por atacado com alíquota de IPI diferenciada, 
como: cigarros, bebidas, armas, fogos de artifício, etc.); 
- profissionais liberais, artistas; 
- intermediação de negócios; 
- atividade de cessão ou locação de mão-de-obra; 
- consultoria; 
- loteamento ou incorporação de imóveis. 
 
A opção por esta modalidade de tributação deve ser feita até o último dia útil do mês 
de janeiro do referido ano, sendo que não poderá ser alterada naquele mesmo ano. 
No caso de a empresa iniciar suas atividades naquele ano, ela tem 30 dias após a 
criação de seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ para realizar esta 
opção. 
 
O Super Simples é um sistema de arrecadação que utiliza um único documento e 
que substitui os seguintes tributos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS/PASEP, ICMS, 
ISS e Contribuição Patronal Previdenciária – CPP. 
 
Esta modalidade não permite a utilização de créditos tributários, ou seja, a tributação 
é definitiva. 
 
O Super Simples não abrange: a) IRPJ sobre os rendimentos de aplicação de renda 
fixa ou variável nem sobre os ganhos de capital auferidos na alienação de bens do 
ativo permanente; b) PIS/PASEP, COFINS, IPI e ISS incidentes na importação de 
bens e serviços; c) ICMS nas operações sujeitas à substituição tributária, 
desembaraço aduaneiro, na entrada no Estado de petróleo, lubrificantes, 
combustíveis, energia elétrica quando não destinados à comercialização ou 
industrialização. 
 
A alíquota do SuperSimples dependerá do tipo de empresa e, principalmente, do 
valor da receita bruta auferida. Para determinar a alíquota a quala referida empresa 
sofrerá, será utilizada a receita bruta dos últimos 12 meses anteriores ao período de 
apuração. 
 
No caso de novas empresas, até o 13º mês de atividade, calcula-se a média móvel 
dos meses decorridos e multiplica-se o resultado por 12. 
 
Para se calcular o montante a ser recolhido pela empresa, esta deve destacar 5 
tipos de receitas que podem ocorrer: 
25 
 
a) Revenda de mercadorias; 
b) Venda de produtos industrializados pela própria empresa; 
c) Prestação de serviços, bem como locação de móveis; 
d) Venda de mercadorias sujeitas à substituição tributária e tributação 
concentrada em uma única etapa, bem como, em relação ao ICMS, 
antecipação tributária com encerramento de tributação; 
e) Exportação de mercadorias, inclusive aquelas realizadas por meio de 
comercial exportadora ou de sociedade de propósito específico. 
 
A empresa, caso deseje, pode optar pelo cálculo desta modalidade por meio do 
Regime de Caixa, sendo que a escolha deve ser feita no mês de janeiro do ano e 
não pode mais ser alterada durante aquele período. 
 
7.1 Tabelas de Alíquotas do Simples 
 
Existem cinco anexos que dispõem sobre as alíquotas utilizadas pelo Simples 
Nacional e cada um deles refere-se a atividades distintas. Abaixo está a explicação 
da aplicação de cada um dos anexos. 
 
Anexo I – refere-se à tributação das atividades comerciais; 
 
Anexo II – refere-se à tributação das atividades industriais; 
 
Anexo III – refere-se à tributação das seguintes prestações de serviços: 
a) locação de bens móveis, deduzindo-se o percentual referente ao ISS; 
b) creche, pré-escola, ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de 
ensino médio, línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, 
preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres, exceto academias 
de dança, capoeira, ioga, artes marciais, atividades físicas, desportivas, de 
natação e escolas de esportes; 
c) agência terceirizada de correios; 
d) agência de viagem e turismo; 
e) centro de formação de condutores de veículos terrestres; 
f) agência lotérica; 
g) serviços de instalação, reparos e manutenção em geral; 
h) transporte municipal de passageiros; 
i) escritório de serviços contábeis; 
j) transporte interestadual e intermunicipal de cargas, deduzindo-se o percentual 
correspondente ao ISS e adicionando-se o do ICMS do anexo I; 
k) produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais; 
 
Anexo IV – refere-se à tributação das atividades a seguir. Neste caso, o 
recolhimento da CPP não está incluído, devendo ser realizado em separado 
conforme definido pela legislação para as atividades em geral: 
a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral; 
b) serviços de vigilância, limpeza e conservação; 
 
Anexo V – refere-se à tributação das seguintes atividades: 
a) cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; 
b) academias de dança, capoeira, ioga, artes marciais, atividades físicas, 
desportivas, de natação e escolas de esportes; 
26 
 
c) desenvolvimento de programas de computador, inclusive jogos; 
d) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computador; 
e) desenvolvimento e atualização de páginas eletrônicas; 
f) empresas montadoras de estandes para feiras; 
g) laboratório de análises clínicas ou de patologia clínica; 
h) tomografia, diagnóstico por imagem e ressonância magnética; 
i) serviços de prótese em geral. 
 
Os serviços não listados acima nem vedados à utilização do Simples serão 
tributados de acordo com o Anexo III. 
27 
 
Anexo I – Partilha do Simples Nacional – Comércio 
 
Receita Bruta 
em 12 meses Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 
De 180.000,01 a 
360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 
De 360.000,01 a 
540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 540.000,01 a 
720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
De 720.000,01 a 
900.000,00 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 
De 900.000,01 a 
1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 
De 1.080.000,01 
a 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 
De 1.260.000,01 
a 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 
De 1.440.000,01 
a 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 
De 1.620.000,01 
a 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 
De 1.800.000,01 
a 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 
De 1.980.000,01 
a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 2.160.000,01 
a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 2.340.000,01 
a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
De 2.520.000,01 
a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 
De 2.700.000,01 
a 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 
De 2.880.000,01 
a 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 
De 3.060.000,01 
a 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 
De 3.240.000,01 
a 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 
De 3.420.000,01 
a 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Anexo II – Partilha do Simples Nacional – Indústria 
 
Receita Bruta 
em 12 meses Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS IPI 
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 0,50% 
De 180.000,01 a 
360.000,00 5,97% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 0,50% 
De 360.000,01 a 
540.000,00 7,34% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 0,50% 
De 540.000,01 a 
720.000,00 8,04% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 0,50% 
De 720.000,01 a 
900.000,00 8,10% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 0,50% 
De 900.000,01 a 
1.080.000,00 8,78% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 0,50% 
De 1.080.000,01 
a 1.260.000,00 8,86% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 0,50% 
De 1.260.000,01 
a 1.440.000,00 8,95% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 0,50% 
De 1.440.000,01 
a 1.620.000,00 9,53% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 0,50% 
De 1.620.000,01 
a 1.800.000,00 9,62% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 0,50% 
De 1.800.000,01 
a 1.980.000,00 10,45% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 0,50% 
De 1.980.000,01 
a 2.160.000,00 10,54% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 0,50% 
De 2.160.000,01 
a 2.340.000,00 10,63% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 0,50% 
De 2.340.000,01 
a 2.520.000,00 10,73% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 0,50% 
De 2.520.000,01 
a 2.700.000,00 10,82% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 0,50% 
De 2.700.000,01 
a 2.880.000,00 11,73% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 0,50% 
De 2.880.000,01 
a 3.060.000,00 11,82% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 0,50% 
De 3.060.000,01 
a 3.240.000,00 11,92% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 0,50% 
De 3.240.000,01 
a 3.420.000,00 12,01% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 0,50% 
De 3.420.000,01 
a 3.600.000,00 12,11% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% 0,50% 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Anexo III – Partilha do Simples Nacional – Serviços e Locação de Bens Móveis 
 
Receita Bruta 
em 12 meses Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ISS 
Até 180.000,00 6,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% 2,00% 
De 180.000,01 a 
360.000,00 8,21% 0,00% 0,00% 1,42% 0,00% 4,00% 2,79% 
De 360.000,01 a 
540.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50% 
De 540.000,01 a 
720.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84% 
De 720.000,01 a 
900.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87% 
De 900.000,01 a 
1.080.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23% 
De 1.080.000,01 
a 1.260.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26% 
De 1.260.000,01 
a 1.440.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31% 
De 1.440.000,01 
a 1.620.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61% 
De 1.620.000,01 
a 1.800.000,0013,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65% 
De 1.800.000,01 
a 1.980.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00% 
De 1.980.000,01 
a 2.160.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00% 
De 2.160.000,01 
a 2.340.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00% 
De 2.340.000,01 
a 2.520.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00% 
De 2.520.000,01 
a 2.700.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00% 
De 2.700.000,01 
a 2.880.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00% 
De 2.880.000,01 
a 3.060.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00% 
De 3.060.000,01 
a 3.240.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00% 
De 3.240.000,01 
a 3.420.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00% 
De 3.420.000,01 
a 3.600.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00% 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
Anexo IV – Partilha do Simples Nacional – Serviços 
 
Receita Bruta 
em 12 meses Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS ISS 
Até 180.000,00 4,50% 0,00% 1,22% 1,28% 0,00% 2,00% 
De 180.000,01 a 
360.000,00 6,54% 0,00% 1,84% 1,91% 0,00% 2,79% 
De 360.000,01 a 
540.000,00 7,70% 0,16% 1,85% 1,95% 0,24% 3,50% 
De 540.000,01 a 
720.000,00 8,49% 0,52% 1,87% 1,99% 0,27% 3,84% 
De 720.000,01 a 
900.000,00 8,97% 0,89% 1,89% 2,03% 0,29% 3,87% 
De 900.000,01 a 
1.080.000,00 9,78% 1,25% 1,91% 2,07% 0,32% 4,23% 
De 1.080.000,01 
a 1.260.000,00 10,26% 1,62% 1,93% 2,11% 0,34% 4,26% 
De 1.260.000,01 
a 1.440.000,00 10,76% 2,00% 1,95% 2,15% 0,35% 4,31% 
De 1.440.000,01 
a 1.620.000,00 11,51% 2,37% 1,97% 2,19% 0,37% 4,61% 
De 1.620.000,01 
a 1.800.000,00 12,00% 2,74% 2,00% 2,23% 0,38% 4,65% 
De 1.800.000,01 
a 1.980.000,00 12,80% 3,12% 2,01% 2,27% 0,40% 5,00% 
De 1.980.000,01 
a 2.160.000,00 13,25% 3,49% 2,03% 2,31% 0,42% 5,00% 
De 2.160.000,01 
a 2.340.000,00 13,70% 3,86% 2,05% 2,35% 0,44% 5,00% 
De 2.340.000,01 
a 2.520.000,00 14,15% 4,23% 2,07% 2,39% 0,46% 5,00% 
De 2.520.000,01 
a 2.700.000,00 14,60% 4,60% 2,10% 2,43% 0,47% 5,00% 
De 2.700.000,01 
a 2.880.000,00 15,05% 4,90% 2,19% 2,47% 0,49% 5,00% 
De 2.880.000,01 
a 3.060.000,00 15,50% 5,21% 2,27% 2,51% 0,51% 5,00% 
De 3.060.000,01 
a 3.240.000,00 15,95% 5,51% 2,36% 2,55% 0,53% 5,00% 
De 3.240.000,01 
a 3.420.000,00 16,40% 5,81% 2,45% 2,59% 0,55% 5,00% 
De 3.420.000,01 
a 3.600.000,00 16,85% 6,12% 2,53% 2,63% 0,57% 5,00% 
 
Anexo V 
 
1) Será apurada a relação (r): ( )
meses) 12 (em Bruta Receita
meses) 12 (em encargos incluídos salários de Folha
r =
 
31 
 
2) Nas hipóteses em que (r) corresponda a intervalos centesimais da Tabela V-A, as 
alíquotas do Simples Nacional relativas ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, Cofins e CPP 
corresponderão ao seguinte: 
 
Tabela V-A 
 
Receita Bruta em 
12 meses (r)<0,10 
0,10=<(r) 
e 
(r)<0,15 
0,15=<(r) 
e 
(r)<0,20 
0,20=<(r) 
e 
(r)<0,25 
0,25=<(r) 
e 
(r)<0,30 
0,30=<(r) 
e 
(r)<0,35 
0,35=<(r) 
e 
(r)<0,40 
(r)>=0,40 
Até 180.000,00 17,50% 15,70% 13,70% 11,82% 10,47% 9,97% 8,80% 8,00% 
De 180.000,01 a 
360.000,00 17,52% 15,75% 13,90% 12,60% 12,33% 10,72% 9,10% 8,00% 
De 360.000,01 a 
540.000,00 17,55% 15,95% 14,20% 12,90% 12,64% 11,11% 9,58% 8,48% 
De 540.000,01 a 
720.000,00 17,95% 16,70% 15,00% 13,70% 13,45% 12,00% 10,56% 9,34% 
De 720.000,01 a 
900.000,00 18,15% 16,95% 15,30% 14,03% 13,53% 12,40% 11,04% 10,06% 
De 900.000,01 a 
1.080.000,00 18,45% 17,20% 15,40% 14,10% 13,60% 12,60% 11,60% 10,60% 
De 1.080.000,01 
a 1.260.000,00 18,55% 17,30% 15,50% 14,11% 13,68% 12,68% 11,68% 10,68% 
De 1.260.000,01 
a 1.440.000,00 18,62% 17,32% 15,60% 14,12% 13,69% 12,69% 11,69% 10,69% 
De 1.440.000,01 
a 1.620.000,00 18,72% 17,42% 15,70% 14,13% 14,08% 13,08% 12,08% 11,08% 
De 1.620.000,01 
a 1.800.000,00 18,86% 17,56% 15,80% 14,14% 14,09% 13,09% 12,09% 11,09% 
De 1.800.000,01 
a 1.980.000,00 18,96% 17,66% 15,90% 14,49% 14,45% 13,61% 12,78% 11,87% 
De 1.980.000,01 
a 2.160.000,00 19,06% 17,76% 16,00% 14,67% 14,64% 13,89% 13,15% 12,28% 
De 2.160.000,01 
a 2.340.000,00 19,26% 17,96% 16,20% 14,86% 14,82% 14,17% 13,51% 12,68% 
De 2.340.000,01 
a 2.520.000,00 19,56% 18,30% 16,50% 15,46% 15,18% 14,61% 14,04% 13,26% 
De 2.520.000,01 
a 2.700.000,00 20,70% 19,30% 17,45% 16,24% 16,00% 15,52% 15,03% 14,29% 
De 2.700.000,01 
a 2.880.000,00 21,20% 20,00% 18,20% 16,91% 16,72% 16,32% 15,93% 15,23% 
De 2.880.000,01 
a 3.060.000,00 21,70% 20,50% 18,70% 17,40% 17,13% 16,82% 16,38% 16,17% 
De 3.060.000,01 
a 3.240.000,00 22,20% 20,90% 19,10% 17,80% 17,55% 17,22% 16,82% 16,51% 
De 3.240.000,01 
a 3.420.000,00 22,50% 21,30% 19,50% 18,20% 17,97% 17,44% 17,21% 16,94% 
De 3.420.000,01 
a 3.600.000,00 22,90% 21,80% 20,00% 18,60% 18,40% 17,85% 17,60% 17,18% 
 
32 
 
3) Somar-se-á a alíquota do Simples Nacional relativa ao IRPJ, PIS/Pasep, CSLL, 
Cofins e CPP apurada na forma acima a parcela correspondente ao ISS prevista no 
Anexo IV. 
 
7.2 Microempreendedor Individual 
 
O Microempreendedor Individual, desde 2009, pode optar pelo Sistema de 
Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples 
Nacional (SIMEI), independentemente da receita bruta por ele auferida por mês. 
 
O Fisco considera Micro Empreendedor Individual – MEI aquele que atenda 
cumulativamente às seguintes condições: 
 I – tenha auferido receita bruta acumulada no ano-calendário anterior de até 
R$ 60.000,00 ou R$ 5.000,00 por mês no ano de início das atividades; 
 II – seja optante pelo Simples Nacional; 
 III – não exerça atividade que seja tributada pelos Anexos IV ou V do 
SuperSimples; 
 IV – possua único estabelecimento; 
 V – não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; 
 VI – não contrate mais de um empregado, sendo este deve receber 
exclusivamente um salário mínimo ou o piso salarial da categoria. 
 
O MEI substituirá o recolhimento dos oito tributos abrangidos pelo SuperSimples por 
um valor fixo mensal, que é: 
 - R$ 27,25, equivalente a 5% do salário mínimo (antes era de 11%) referente 
ao INSS; 
 - R$ 1,00 caso o MEI seja contribuinte do ICMS; 
 - R$ 5,00 caso o MEI seja contribuinte do ISS. 
 
EXERCÍCIOS DE APURAÇÃO DOS TRIBUTOS PELO SUPERSIMPLES 
 
Exercício 1) Refaça o Exercício 1 da página 20 considerando o SuperSimples. O 
enunciado é: uma oficina mecânica apresenta os seguintes dados em três meses: 
 Mês 1 Mês 2 Mês 3 
Venda de serviços 80.000,00 75.000,00 100.000,00 
Folha pagto sem encargos 30.081,74 28.764,47 36.766,57 
Encargos sociais (sem CPP) 8.901,91 8.482,64 10.880,11 
Energia Elétrica 1.000,00 1.000,00 1.500,00 
Depreciação 2.000,00 2.000,00 2.000,00 
Custos e despesas fixos 9.000,00 9.000,00 11.500,00 
Rendimentos aplicações 
financeiras (reduzido IRRF) 1.606,50 1.789,25 2.500,00 
IR retido na fonte 283,50 315,75 441,18 
 
Além disso, considere os seguintes faturamentos anteriores a este período: 
Mês 12 Mês 11 Mês 10 Mês 9 Mês 8 Mês 7 
90.000 80.000 85.000 80.000 70.000 75.000 
Mês 6 Mês 5 Mês 4 Mês 3 Mês 2 Mês 1 
75.000 80.000 80.000 95.000 100.000 90.000 
33 
 
Exercício 2) Refaça o exercício 2 da página 20 considerando o sistema 
SuperSimples. O enunciado é: num determinado ano uma empresa (comércio) 
apresenta as seguintes atividades: 
 - Receita de venda = R$ 450.000,00; 
- Receita com prestação de serviços = R$ 54.000,00; 
- Custo das mercadorias vendidas = 60% do preço de venda (com IPI), sendo 
que foi comprada a mesma quantidade de produtos que foram vendidos; 
 - Folha de pagamento, sem encargos sociais = R$ 43.451,40; 
 - Encargos sociais (sem CPP) = R$ 12.858,32; 
- Aluguéis pagos a outras Pessoas Jurídicas = R$ 5.000,00; 
 - Energia Elétrica = R$ 2.000,00; 
 - Leasing = R$ 3.000,00; 
 - Depreciaçã0 = R$ 4.000,00 
- Demais Gastos Fixos = R$ 38.000,00; 
 - Despesas financeiras = R$ 3.100,00; 
 - Rendimento bruto de aplicações financeiras = R$ 2.900,00; 
 - Venda de veículo por R$

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