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Rouleau:	
   mudança	
   estratégica	
   envolve	
   uma	
   tentativa	
   de	
  
mudar	
  os	
  modos	
  correntes	
  de	
  cognição	
  e	
  ação	
  para	
  habilitar	
  a	
  
organização	
  para	
  tirar	
  partido	
  das	
  oportunidades	
  importantes	
  
ou	
   para	
   lidar	
   com	
   os	
   consequentes	
   ameaças	
   ambientais.	
  
Sensemaking	
   é	
   a	
   construção	
   e	
   reconstrução	
   do	
   significado	
  
pelas	
   partes	
   envolvidas,	
   enquanto	
   eles	
   tentam	
   desenvolver	
  
um	
   quadro	
   significativo	
   para	
   a	
   compreensão	
   da	
   natureza	
   da	
  
mudança	
  pretendida.	
  Sensegiving	
  “está	
  preocupado	
  em	
  tentar	
  
influenciar	
   o	
   processo	
   de	
   sensemaking	
   e	
   a	
   construção	
   de	
  
significado,	
   buscando	
   favorecer	
   determinada	
   redefinição	
  
organizacional”.	
  Esse	
  processo	
  de	
  sensegiving	
  e	
  sensemaking	
  é	
  
algo	
   contínuo,	
   todos	
   envolvidos	
   são	
   capazes	
   de	
   promover	
  
tanto	
  sensegiving	
  quanto	
  sensemaking.	
  
	
  
Balogun:	
  Strategizing	
  se	
  refere	
  ao	
  “fazer	
  a	
  estratégia”,	
  que	
  é	
  a	
  
construção	
   do	
   fluxo	
   de	
   atividades	
   através	
   das	
   ações	
   e	
  
interações	
  de	
  múltiplos	
   atores	
   e	
  das	
  práticas	
   em	
  que	
  eles	
   se	
  
baseiam.	
   Ações	
   coletivas.	
   Ele	
   vai	
   reconhecer	
   o	
   valor	
   dos	
  
gerentes	
  mais	
  baixos.	
  
	
  
Feldman:	
   As	
   rotinas	
   são	
   estruturas	
   temporais	
   que	
   são	
  
frequentemente	
   utilizadas	
   como	
   uma	
   maneira	
   de	
   realizar	
  
trabalho	
   nas	
   organizações.	
   Grande	
   parte	
   do	
   trabalho	
   nas	
  
organizações	
  é	
  realizada	
  por	
  meio	
  delas.	
  Dessa	
  forma	
  a	
  rotina	
  
não	
   e	
   um	
   evento	
   estático,	
   está	
   em	
   constante	
  mudança	
   e	
   as	
  
alterações	
   nos	
   processos	
   não	
   são	
   alterações	
   na	
   rotina.	
   Para	
  
alterar	
  a	
  rotina	
  é	
  necessário	
  excluir	
  ou	
  adicionar	
  processos.	
  As	
  
mudanças	
  são	
  necessárias	
  no	
  processo	
  de	
  aprimoramento	
  da	
  
realização	
   das	
   atividades,	
   já	
   que	
   promove	
   a	
   eficiência	
   na	
  
realização	
  do	
  processo.	
  
	
  
Saraiva	
   e	
   Carrieri:	
  A	
   formulação	
  da	
  estratégia	
  é	
  um	
  percurso	
  
intencional	
  desenvolvido	
  a	
  partir	
  de	
  “dilemas	
  organizacionais”.	
  
Assim,	
   a	
   estratégia	
   seria	
   algo	
   originado	
   do	
   contexto,	
   é	
  
indissossiável	
   do	
   ambiente	
   interno	
   e	
   externo	
   em	
   que	
   a	
  
organização	
  se	
  insere	
  e	
  a	
  estratégia	
  que	
  ela	
  usa	
  para	
  lidar	
  com	
  
as	
  mudanças	
  destes.	
  3	
  modelos	
  para	
  a	
  estratégia:	
  1)	
  estratégia	
  
linear,	
   que	
   pressupõe	
   uma	
   sequencia	
   linear	
   e	
   metódica	
   das	
  
ações	
   envolvidas.	
   	
   É	
   incompleta,	
   tudo	
   é	
   mais	
   complexo.	
   2)	
  
estratégia	
   adaptativa,	
   que	
   considera	
   	
   que	
   deve	
   haver	
   um	
  
ajuste	
  entre	
  o	
  ambiente	
  interno	
  e	
  o	
  externo	
  da	
  organização,	
  a	
  
fim	
  de	
  sobreviver	
  e	
  explorar	
  as	
  oportunidades.	
  3)	
  perspectiva	
  
interpretativa,	
   para	
   o	
   qual	
   a	
   estratégia	
   permite	
   que	
   a	
  
organização	
  e	
  seu	
  ambiente	
  sejam	
  compreendidas	
  pelos	
  seus	
  
stakeholders.	
  
	
  
Hendry	
   e	
   Seidl:	
   Um	
   episódio	
   é	
   uma	
   sequencia	
   de	
   eventos	
  
estruturados,	
   com	
   início,	
   meio	
   e	
   fim	
   e	
   que	
   perseguem	
   uma	
  
meta.	
   Tudo	
   isso	
   é	
   determinado	
   discursivamente,	
   ou	
   seja,	
   o	
  
modo	
   como	
   as	
   pessoas	
   se	
   comunicam	
   a	
   respeito	
   (como	
   as	
  
coisas	
   são	
   contadas,	
   pensadas	
   e	
   realizadas	
   –	
   é	
   determinado	
  
pelo	
   discurso).	
   As	
   mudanças	
   trazem	
   novas	
   estruturas	
  
discursivas	
  e	
  por	
  meio	
  delas	
  é	
  possível	
  romper	
  e	
  substituir	
  as	
  
estruturas	
  organizacionais.	
  A	
  rotina	
  não	
  é	
  um	
  padrão	
  único	
  de	
  
atividades.	
   Antes,	
   ela	
   determina	
   um	
   horizonte	
   de	
  
possibilidades,	
   mas	
   cabe	
   ao	
   sujeito	
   escolher	
   como	
   fazer	
  
(teoria	
  da	
  agência).	
  	
  
	
  
Narayanan:	
   A	
   estratégia	
   é	
   o	
   resultado	
   cumulativo	
   de	
   uma	
  
série	
   de	
   decisões	
   estratégicas.	
  O	
  modelo	
   racional	
   de	
   decisão	
  
estratégica	
   propõe	
   que	
   há	
   uma	
   voz	
   unitária	
   dentro	
   da	
  
empresa,	
   todos	
  querem	
  a	
  mesma	
  coisa.	
  Mas	
  as	
  organizações	
  
são	
  entidades	
  políticas,	
   com	
  coalizões	
  de	
   interesses	
  dentro	
  e	
  
fora	
  delas.	
  O	
  conteúdo	
  das	
  decisões	
  estratégicas	
  é	
  o	
  resultado	
  
de	
   transações	
   de	
   poder	
   e	
   influência.	
   Coalizões	
   evoluem	
   em	
  
organizações	
  devido	
  a	
  recursos	
  limitados,	
  interdependência	
  de	
  
tarefas,	
   disponibilidade	
   limitada	
   de	
   informação.	
   Coalizões	
  
ordenam	
  decisões.	
  
	
  
Ouimet:	
  Estratégias	
  de	
  poder	
  para	
  quem	
  não	
  tem	
  recursos.	
  A	
  
estratégia	
   de	
   consolidação	
   engloba	
   os	
   jogos	
   de	
   poder	
  
utilizados	
   pelos	
   atores	
   com	
   pouco	
   poder	
   organizacional	
  
disponível,	
  mas	
  que,	
  em	
  um	
  contexto	
  de	
  trabalho	
  favorável	
  a	
  
seu	
   desenvolvimento	
   e	
   um	
   clima	
   bacana,	
   evoluem.	
   A	
  
estratégia	
   de	
   proteção	
   de	
   posição	
   comporta	
   jogos	
   de	
   poder	
  
utilizados	
   pelos	
   atores	
   que	
   possuem	
   um	
   fraco	
   poder	
  
organizacional	
  e	
  trabalham	
  em	
  um	
  clima	
  negativo	
  de	
  trabalho,	
  
ela	
  não	
  aumenta	
  o	
  poder,	
  apenas	
  limita	
  a	
  perda	
  dele.	
  
	
  
Rabicho:	
   A	
   formulação	
   do	
   conteúdo	
   de	
   qualquer	
   estratégia	
  
envolve	
  a	
  gestão	
  de	
  seu	
  contexto	
  e	
  dos	
  processos.	
  A	
  mudança	
  
é	
  um	
  processo	
  multinível	
  e	
  contínuo.	
  O	
  conteúdo	
  da	
  mudança	
  
é	
   um	
   produto	
   de	
   um	
   processo	
   de	
   legitimação	
   moldado	
   por	
  
considerações	
   político-­‐culturais,	
   embora	
   muitas	
   vezes	
  
expressa	
   em	
   termos	
   racionais	
   e	
   analíticos.	
   A	
   característica	
  
importante	
   da	
   ação	
   gerencial	
   na	
   mudança	
   estratégica	
   é	
   a	
  
necessidade	
   de	
   alterar	
   o	
   contexto	
   estrutural	
   em	
   que	
   as	
  
mudanças	
  de	
  estratégia	
  são	
  articuladas.	
  Ver	
  Narayanan.	
  
	
  
Saraiva	
   e	
   Santos:	
   As	
   organizações	
   são	
   instrumentos	
   de	
  
controle	
  social,pois	
  determinam	
  padrões	
  de	
  comportamento	
  
socialmente	
   adequados.	
   Determinam	
  normas	
   que	
   devem	
   ser	
  
cumpridas	
   pelo	
   indivíduos,	
   caso	
   queiram	
   nelas	
   permanecer.	
  	
  
Isso	
   é	
   feito	
   a	
   partir	
   dos	
   discursos	
   organizações	
   que,	
   desta	
  
forma,	
   se	
   transformam	
   em	
   ferramentas	
   de	
   gestão.	
   Por	
  meio	
  
deles,	
   é	
   exercido	
  um	
  poder	
   simbólico	
   (que	
  é	
   aquele	
  que	
   cria	
  
uma	
   realidade	
  que	
   tende	
  ao	
  estabelecimento	
  de	
  uma	
  ordem	
  
social).	
   Embora	
   o	
   indivíduo	
   esteja,	
   a	
   todo	
   momento,	
   sendo	
  
coagido	
  à	
  disciplina,	
  ele	
  detém	
  um	
  mínimo	
  de	
   liberdade	
  para	
  
lutar	
   contra	
   isso	
   O	
   comportamento	
   dos	
   indivíduos	
   é	
   uma	
  
condição	
   de	
   atividade,	
   ou	
   seja,	
   é	
   uma	
   escolha	
   dele.	
   Embora	
  
existam	
   pressões,	
   são	
   frutos	
   de	
   uma	
   escolha	
   (até	
   mesmo	
   a	
  
passividade)	
  e	
  significam	
  algo	
  para	
  o	
  indivíduo	
  que	
  a	
  assume.	
  
	
  
Biselli	
   e	
   Tonelli:	
  Estratégia	
  como	
  prática	
  social:	
   relação	
  entre	
  
ambiente	
   concreto	
   e	
   ambiente	
   percebido.	
   A	
   perspectiva	
  
interpretativa	
  do	
  ambiente	
  não	
  é	
  dada,	
  mas	
   sim	
  socialmente	
  
construída.	
  Elementos	
  que	
  influenciam	
  a	
  estratégia:	
  i)	
  história	
  
pessoal	
   e	
   experiências	
   anteriores	
   dos	
   membros	
   da	
  
organização;	
  ii)	
  relações	
  com	
  a	
  academia;	
  iii)	
  gosto	
  pessoal;	
  iv)	
  
cultura	
  da	
  organização;	
  v)	
  o	
  próprio	
  dia	
  a	
  dia	
  das	
  organizações.	
  
	
  
Organizing:	
  ver	
  a	
  empresa	
  como	
  um	
  resultado	
  das	
  interações	
  
sociais.	
  As	
  interações	
  moldam	
  a	
  realidade,	
  portanto,	
  moldam	
  a	
  
empresa.	
  Quanto	
  mais	
  separada	
  e	
  fragmentada	
  a	
  organização,	
  
menos	
  ela	
  é	
  vista	
  como	
  um	
  organizing,	
  pois	
  essa	
  estrutura	
  não	
  
favorece	
  as	
  organizações	
  sociais.	
  	
  
	
  
Práticas:	
   é	
   algo	
   amplo,	
   inerente	
   à	
   organização.	
   São	
   as	
  
diretrizes	
   de	
   trabalho,	
   tradições	
   e	
   normas	
   	
   passadas	
   aos	
  
membros	
  da	
  organização.	
  
	
  
Prática:	
   é	
   no	
   âmbito	
   do	
   indivíduo.	
   São	
   as	
   táticas	
   utilizadas	
  
pelos	
   membros	
   para	
   cumprir	
   suas	
   funções	
   e	
   não	
  
necessariamente	
  refletem	
  as	
  práticas.	
  
	
  
Praticantes:	
   são	
   todos	
   aqueles	
   que	
   são	
   afetados	
   pela	
  
estratégia	
   da	
   organização,	
   tanto	
   dentro,	
   quanto	
   fora	
   dela	
  
(fornecedores	
  e	
  clientes,	
  por	
  exemplo)	
  
	
  
Práxis:	
   segundo	
   Jazarbkowsky,	
   compreende	
   a	
   interconexão	
  
entre	
   a	
   ação	
   de	
   vários	
   indivíduos	
   e	
   grupos	
   fisicamente	
  
dispersos,	
   e	
   as	
   instituições	
   socialmente,	
   politicamente	
   e	
  
economicamente	
   estabelecidas,	
   de	
   acordo	
   com	
   as	
   quais	
   os	
  
individuas	
   agem,	
   e	
   para	
   a	
   institucionalização	
   das	
   quais	
   eles	
  
diretamente	
   contribuem.	
   Buscando	
   uma	
   definição	
   para	
   o	
  
conceito	
  de	
  práxis	
  no	
  contexto	
  da	
  	
  
pesquisa	
  em	
  estratégia,	
  Whittington	
  (2002)	
  a	
  apresenta	
  como	
  
o	
  trabalho	
  real	
  dos	
  praticantes	
  da	
  estratégia,	
  conforme	
  eles	
  se	
  
utilizam,	
   modificam	
   e	
   replicam	
   as	
   práticas	
   da	
   estratégia.	
  
Assim,	
   conforme	
   Jarzabkowski,	
   Balogun	
   e	
   Seidl	
   (2007),	
   a	
  
práxis	
  estratégica	
  se	
   refere	
  a	
   fluxos	
  de	
  atividade	
  situados	
  em	
  
contexto	
   social	
   amplo,	
   possuindo	
   impactos	
   significativos	
   no	
  
direcionamento	
  e	
  dobrevivência	
  da	
  organização	
  ou	
  de	
  todo	
  o	
  
setor	
  industrial.	
  
A	
  elaboração	
  da	
  estratégia	
  é	
  o	
  pronto	
  em	
  que	
  as	
  práticas,	
  os	
  
praticantes	
  e	
  a	
  práxis	
  se	
  encontram.

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