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Geografia Fenomenos climáticos

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El Niño
El Niño é um fenômeno causado pelo aquecimento das águas do Pacífico além do normal e pela redução dos ventos alísios na região equatorial. Sua principal característica é a capacidade de afetar o clima a nível mundial através da mudança nas correntes atmosféricas.
O nome “El Niño” foi escolhido pelo fato do fenômeno de aquecimento das águas na costa do Peru acontecer em dezembro, próximo ao Natal, e faz referência ao “Menino Jesus” que em espanhol “Niño Jesus”. O fenômeno já era conhecido entre os pescadores da região por causar diminuição na oferta de pescados nesse período, mas, só ganhou fama mundial após o período de 1997 a 1998 quando alcançou seu período de maiores efeitos.
Durante um ano “normal”, ou seja, sem a existência do fenômeno El Niño, os ventos alísios sopram no sentido leste para oeste através do Oceano Pacífico tropical, originando um excesso de água no Pacífico ocidental, de tal modo que a superfície do mar é cerca de meio metro mais alta nas costas da Indonésia que no Equador. Isto provoca a ressurgência de águas profundas, mais frias e carregadas de nutrientes na costa ocidental da América do Sul, que alimentam o ecossistema marinho, promovendo imensas populações de peixes 
O El Niño é justamente a ocorrência anormal desses fenômenos ocasionada pelo superaquecimento das águas do Pacífico.
Quando acontece um El Niño, os ventos sopram com menos força em todo o centro do Oceano Pacífico, resultando numa diminuição da ressurgência de águas profundas e na acumulação de água mais quente que o normal na costa oeste da América do Sul e, consequentemente, na diminuição da produtividade primária e das populações de peixe.
Os principais impactos causados pelo fenômeno no Brasil são:
- secas na região norte, aumentando a incidência de queimadas;
- precipitações abundantes na região sul, principalmente nos períodos de maio a julho e aumento da temperatura;
- aumento da temperatura na região sudeste, mas sem mudanças características nas precipitações;
- secas severas no nordeste;
- e tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais altas na região centro-oeste.
Aquecimento Global
Aquecimento global é o aumento das temperaturas médias do planeta Terra, provocando alterações no clima de algumas regiões, intensificando fenômenos naturais, como furacões e secas, entre outros. Alguns cientistas culpam a humanidade por esse aumento de temperatura.
Existem várias evidências que a temperatura do planeta aumentou: os termômetros subiram 0,6ºC desde o meio do século XIX, o nível dos oceanos também subiu e as regiões glaciais do planeta estão diminuindo. Os cientistas também consideram prova do aquecimento global, a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a troposfera (zona atmosférica mais próxima do solo).
Existem várias causas que provocam o aquecimento global, como causas naturais, efeito estufa, destruição da camada de ozônio, poluição atmosférica, e entre outros. 
Cientistas climáticos acreditam que o aumento da quantidade de gases estufa (gás carbônico, metano, etc) lançados na atmosfera provoca uma elevação da temperatura, a emissão desses gases (fruto do desmatamento e da queima de combustíveis fósseis) formam uma barreira impedindo que o calor se propague aumentando a temperatura da terra.
Os maiores responsáveis pela emissão desses gases são os Estados Unidos (que lideram a lista com cerca de 36% do total mundial), a União Européia, China, Rússia, Japão e Índia.
As conseqüências do aquecimento global podem ser catastróficas e
põem em risco a vida no planeta: mudanças climáticas (com ondas de calor intenso); ecossistemas destruídos; espécies extintas; fenômenos como furações, inundações, tempestades, secas, deslizamentos de terra, aumento do nível do mar (por causa do derretimento das calotas polares), além do surgimento de novas doenças, mais fome e ainda mais miséria.
Para diminuir os efeitos do aquecimento global, os especialistas apontam três soluções:
• Investir em fontes renováveis de energia, aproveitando a luz do sol e a força dos ventos.
•Diminuir o uso de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão mineral.
•Armazenar gás carbônico em lençóis subterrâneos. Uma técnica polêmica, mas esse não é o único ponto controvertido.
Buraco na camada de ozônio
Camada de ozônio é uma área da estratosfera (altas camadas da atmosfera, de 25 a 35 km de altitude) que possui uma elevada concentração de ozônio. Esta camada funciona como uma espécie de "escudo protetor" para o planeta Terra, pois absorve cerca de 98% da radiação ultravioleta de alta frequência emitida pelo Sol. Sem esta camada a vida humana em nosso planeta seria praticamente impossível de existir
Em 1983, pesquisadores fizeram uma descoberta que gerou muita preocupação: havia um buraco na camada de ozônio na área da estratosfera sobre o território da Antártica. Este buraco era de grandes proporções, pois tinha cerca de 10 milhões de quilômetros quadrados. Na década de 1980 outros buracos de menor proporção foram encontrados em vários pontos da estratosfera. Com o passar do tempo, estes buracos foram crescendo (principalmente o que fica sobre a Antártica), sendo que em setembro de 1992 chegou a totalizar 24,9 milhões de quilômetros quadrados. 
A principal causa é a reação química dos CFCs (clorofluorcarbonos) com o ozônio. Estes CFCs estão presentes, principalmente, em aerossóis, ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes. Os CFCs entram em processo de decomposição na estratosfera. A reação é resumidamente assim:
CFC + Luz + 2 O3 → 3 O2 + Cℓ
Cl + O3 ClO + O2
ClO + O3 2O2 + Cl
 A existência de buracos na camada de ozônio é preocupante, pois a radiação não é absorvida chega ao solo, podendo provocar câncer de pele nas pessoas, pois os raios ultravioletas alteram o DNA das células.
A área média do buraco na camada de ozônio sobre a Antártica, no polo sul do planeta, recuou em 2012 ao segundo menor tamanho registrado em duas décadas, segundo informações da agência espacial americana (Nasa) e da Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera nos Estados Unidos (NOAA).
A camada de ozônio funciona como uma proteção natural da Terra contra a radiação ultravioleta, um dos agentes causadores do câncer de pele, de acordo com a Nasa. O tamanho médio do furo em 2012 foi de 17,9 milhões de km², 27,5% menor que o buraco ocorrido no anode 2011, que atingiu 24,7 milhões de km², o equivalente ao território do Brasil, do Canadá e dos EUA somados.
Ilhas de calor
Ilhas de calor é o nome que se dá a um fenômeno climático que ocorre principalmente nas cidades com elevado grau de urbanização. Nestas cidades, a temperatura média costuma ser mais elevada do que nas regiões rurais próximas.
A formação e presença de ilhas de calor no mundo são negativas para o meio ambiente, pois favorecem a intensificação do fenômeno do aquecimento global.
De maneira geral, as ilhas de calor ocorrem nos centros das grandes cidades urbanizadas devido aos seguintes fatores:
Elevada capacidade de absorção de calor de superfícies urbanas como o asfalto, paredes de tijolo ou concreto, telhas de barro e de amianto;
Falta de áreas revestidas de vegetação, prejudicando o albedo, o poder refletor de determinada superfície (quanto maior a vegetação, maior é o poder refletor) e logo levando a uma maior absorção de calor;
Impermeabilização dos solos pelo calçamento e desvio da água por bueiros e galerias, o que reduz o processo de evaporação, assim não usando o calor, e sim absorvendo;
Concentração de edifícios, que interfere na circulação dos ventos;
Poluição atmosférica que retém a radiação do calor, causando o aquecimento da atmosfera (Efeito Estufa);
Utilização de energia pelos veículos de combustão interna, pelas residências e pelas indústrias, aumentando o aquecimento da atmosfera.
Devido a esses fatores, o ar atmosférico na cidade é mais quente que nas áreas que circundam esta cidade. Por exemplo, num campo de cultivo que situa-se nas redondezas de uma grandecidade, há absorção de 75% de calor enquanto no centro dessa cidade a absorção de calor chega a significativos 98%. O nome ilha de calor dá-se pelo fato de uma cidade apresentar em seu centro uma taxa de calor muito alta, enquanto em suas redondezas a taxa de calor é normal. Ou seja, o poder refletor de calor de suas redondezas é muito maior do que no centro dessa cidade.
As principais medidas para evitar a formação das ilhas de calor urbanas são:
Plantio de árvores em grande quantidade nas grandes cidades. Criação de parques e preservação de áreas verdes;
Medidas para diminuir a poluição do ar: diminuição e controle da emissão de gases poluentes pelos veículos e controle de poluentes emitidos por indústrias.
Chuva ácida 
A chuva ácida é a designação dada à chuva, ou qualquer outra forma de precipitação atmosférica, cuja acidez seja substancialmente maior do que a resultante do dióxido de carbono (CO2) atmosférico dissolvido na água precipitada. A principal causa daquela acidificação é a presença na atmosfera terrestre de gases e partículas ricos em enxofre e azoto relativo cuja hidrólise no meio atmosférico produz ácidos fortes. Assumem particular importância os compostos azotados (NOx) gerados pelas altas temperaturas de queima dos combustíveis fósseis e os compostos de enxofre (SOx) produzidos pela oxidação das impurezas sulfurosas existentes na maior parte dos carvões e petróleos. Quimicamente, chuva ácida não seria uma expressão adequada, porque para a Química toda chuva é ácida devido à presença do ácido carbônico (H2CO3), mas para a Geografia toda chuva com Ph abaixo do N.T (Nível de tolerância de pH aproximadamente 5,5) é considerada ácida.
É importante ressaltar que a chuva contém um pequeno grau natural de acidez, no entanto, não gera danos à natureza. O problema é que o lançamento de gases poluentes na atmosfera por veículos automotores, indústrias, usinas termelétricas, entre outros, tem aumentado a acidez das chuvas. 
Entre os transtornos gerados pela chuva ácida estão a destruição de lavouras e de florestas, modificação das propriedades do solo, alteração dos ecossistemas aquáticos, contaminação da água potável, danificação de edifícios, corrosão de veículos e monumentos históricos, etc. De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), cerca de 35% dos ecossistemas do continente europeu foram destruídos pelas chuvas ácidas.
A chuva ácida liberta metais tóxicos que estavam no solo. Esses metais podem contaminar os rios e serem inadvertidamente utilizados pelo homem causando sérios problemas de saúde. Também ajuda a corroer alguns dos materiais utilizados nas construções, danificando algumas estruturas, como as barragens, as turbinas de geração de energia, etc. Os lagos podem ser os mais prejudicados com o efeito das chuvas ácidas, pois podem ficar totalmente acidificados perdendo toda a sua vida. Podem provocar clareiras, matando algumas árvores de cada vez. A chuva ácida afeta as plantações quase da mesma forma que as florestas, no entanto a destruição é mais rápida, uma vez que as plantas são todas do mesmas tamanho e assim, igualmente atingidas pelas chuvas ácidas.
Algumas das possíveis soluções são:
Utilizar os transportes menos poluentes como o metro;
Utilizar transportes coletivos: ao diminuir o número de carros, o número de poluentes diminui;
Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidrelétrica, energia geotérmica, energia das marés, energia eólica e, por ventura, energia nuclear;
Purificar os escapes dos veículos: utilizar gasolina sem chumbo e adaptar um conversor catalítico;
Utilizar combustíveis com baixo teor de enxofre;
Para os rios e lagos já acidificados, devem-se neutralizá-los e adicionar vitaminas aos mesmos, além de adubos nas árvores e reflorestá-las.
Inversão térmica
Este fenômeno climático ocorre principalmente nos grandes centros urbanos, regiões onde o nível de poluição é muito elevado. A inversão térmica ocorre quando há uma mudança abrupta de temperatura devido à inversão das camadas de ar frias e quentes.
A camada de ar fria, por ser mais pesada, acaba descendo e ficando numa região próxima a superfície terrestre, retendo os poluentes. O ar quente, por ser mais leve, fica numa camada superior, impedindo a dispersão dos poluentes.
 Este fenômeno climático pode ocorrer em qualquer dia do ano, porém é no inverno que ele é mais comum. Nesta época do ano as chuvas são raras, dificultando ainda mais a dispersão dos poluentes, sendo que o problema se agrava. 
Nas grandes cidades, podemos observar no horizonte, a olho nu, uma camada de cor cinza formada pelos poluentes. Estes são resultado da queima de combustíveis fósseis derivados do petróleo (gasolina e diesel principalmente) pelos automóveis e caminhões.

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