CCJ0026-WL-C-LC-Sociedade Empresarial-01

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SOCIEDADE 	
Idevan César Rauen Lopes
idevan@idevanlopes.com.br
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CONCEITO DE SOCIEDADE
	De Plácido e Silva define: “Sociedade: do latim societas (associação, reunião, comunidade de interesses) gramaticalmente e em sentido amplo sociedade significa reunião, agrupamento ou agremiação de pessoas, na intenção de realizar um fim ou cumprir um objetivo de interesse comum para o qual todos devem cooperar ou trabalhar”.
	Celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados (Art. 981. do CC)
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NATUREZA JURÍDICA DA SOCIEDADE
Contrato Plurilateral (Túlio Ascarelli):
(ii) finalidade comum; 
(iii) direitos e obrigações para com todas as partes; 
(iv) função instrumental (é um instrumento para um fim maior); 
(v) subsistência do contrato ante a vícios; 
(vi) contrato aberto a novas adesões no curso do mesmo; 
(vii) inaplicabilidade da exceção do contrato não cumprido; 
(viii) dever de colaboração.
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CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Sociedades Simples e Empresárias
Sociedades com Responsabilidade Limitada e Ilimitada
Sociedades Nacionais e Estrangeiras
Sociedades de Pessoas e de Capital
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Sociedades de Pessoas e de Capital
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Personalidade Jurídica
Pessoas Jurídicas: Sociedades (art. 981), Fundações (art. 62) e Associações (art. 53).
A personalidade jurídica seria aquela moldura ou aptidão genérica conferida pela lei às pessoas jurídicas ou sociedades, a fim de que estas se imantem da qualidade de pessoa e sejam sujeitos de direitos e obrigações, com patrimônio distinto dos de seus membros ou sócios.
Sociedades personalizadas (registro na Junta Comercial e no Registro Civil de Pessoas jurídicas e não personalizadas (sociedades em comum e soc. em conta de participação).
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Efeitos da Personalidade Jurídica
Conferir à sociedade a qualidade de pessoa, como sujeito de direitos e obrigações;
Residir em juízo autonomamente, contratar e obrigar-se quando for de seu interesse;
Diferenciação da pessoa jurídica dotada de individualidade autônoma com a figura dos sócios que a compõem, pois estes não adquirem a qualidade de empresários;
Aquisição de ampla autonomia patrimonial, sendo que o patrimônio, independentemente do tipo societário, responde pelo passivo da entidade;
Capacidade de proceder modificações em sua constituição estrutural, adequando-se a outros tipos societários, através de instrumentos próprios em nível jurídico e econômico.
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Desconsideração da Personalidade Jurídica
Teoria do disregard of the legal entity ou “disregard doctrine” ou l”ift the corporate veil”
Salomon x Salomon Co. em 1897, na Inglaterra
Lei no 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor)
Lei 8.884/94 (Lei das Infrações Econômicas)
Artigo 50 do Código Civil: “Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica”
Requisitos:
1. A personificação
2. A Fraude e o abuso de direito relacionados à autonomia patrimonial
3. Imputação dos atos praticados à pessoa jurídica
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SOCIEDADE EM COMUM
Sociedades de fato e irregular
Os sócios somente por escrito podem provar a existência da sociedade, mas os terceiros podem prová-la de qualquer modo.
Responsabilidade: Todos os sócios respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais, excluído do benefício de ordem, aquele que contratou pela sociedade.
Os bens e dívidas sociais constituem patrimônio especial, do qual os sócios são titulares em comum.
Os bens sociais respondem pelos atos de gestão praticados por qualquer dos sócios, salvo pacto expresso limitativo de poderes, que somente terá eficácia contra o terceiro que o conheça ou deva conhecer.
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SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Sócio Ostensivo (exerce a atividade em seu próprio nome) e Sócio Participante (participa apenas do resultado).
A constituição independe de qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.
O contrato social produz efeito somente entre os sócios. 
Não tem personalidade jurídica.
Pode ser arquivado na Junta Comercial
O sócio administração não participa da administração e nem do nome da sociedade, sob pena de responder solidariamente
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SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO
Forma-se um patrimônio especial, com a contribuição do sócio participante. A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.
O sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso.
A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.
Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.
A liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei processual.
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