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CCJ0026-WL-A-AMMA-03-Empresário Individual

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Projeto AULA MAIS 
EMPRESARIAL I Profª Margô Sartori, M.Sc
DIREITO EMPRESARIAL I
PROFA. MARGO SARTORI. M.Sc
Aula 01 – Apresentação do Plano de Ensino
Aula 02 – Teoria da Empresa. Evolução Histórica
A empresa – como ente econômico do Estado – compõem o cenário de atuação de um ramo do direito designado : Direito Empresarial, desdobra-se num dos ramos do Direito Privado e se estrutura por meio de um conjunto de normas cujo objetivo é harmonia nas relações empresariais.
A aplicação da Teria da Empresa - construída desde século XIX - foi inserida no sistema jurídico brasileiro com o advento do Código Civil de 2002. 
Afasta-se com isso a antiga figura do comerciante – antes, titular de atos de comercio - para darmos início ao estudo do empresário ,realizador de atos de empresa. 
Longe de parecer – tão somente – uma mudança de vocábulo, a teoria da empresa consagra o que a há muito os tribunais já vinham aplicando : que é a relevância da atividade economicamente organizada .
Com isso , afasta-se o critério anterior , pautado da objetividade e se dá lugar para a subjetividade da atividade organizacional.
Por fim cumpre sinalizar que algumas atividades , no entanto, permaneceram excluídas da nova conceituação de empresário. Pela leitura do parágrafo único do artigo 966CC conclui-se que as atividades intelectuais , as de natureza cientifica, artística e literária quando prestada com teor de pessoalidade pelo seu titular , serão atividades disciplinadas pelas normas do direito civil . 
Quando ,porém, imperar a impessoalidade, entendam: o afastamento do profissional para a realização da atividade fim , que se concretiza por meio de empregados, maquinários, frotas etc. teremos as então atividades intelectuais, científicas, artísticas , literárias como sendo também enquadradas em práticas empresariais.
Aula 03
Empresário Individual. Atividades Excluídas do contexto Empressarial
CONCEITO DE EMPRESÁRIO 
	Segundo a Teoria da Empresa, “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (art. 966, CC).
	O empresário pode ser pessoa natural (empresário individual) ou jurídica (sociedade empresária); em ambos os casos, são requisitos para a atividade empresarial:
profissional: o empresário deve exercer sua atividade de forma habitual, não esporádica;
atividade: o empresário exerce uma atividade, que é a própria empresa;
econômica: a busca do lucro na exploração da empresa;
organizada: segundo Fábio Ulhoa Coelho, os fatores presentes na empresa são: o capital, a mão-de-obra, os insumos e a tecnologia;
produção: a fabricação de mercadorias ou a prestação de serviços;
circulação: a intermediação de mercadorias ou de serviços.
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
A pessoa natural que opta em abrir o seu próprio negócio individualmente , sem a constitição de sociedade com amigos ou conhecidos é hoje chamado de empresário indivual.
Até pouco tempo , mais precisamente até o advento do novo Código Civil , sob a orientação da teoria dos atos de comércio, seu conceito técnico-jurídico era de comerciante. Isso significava que - para nós – as leis e normas aplicáveis à pratica mercantil era exclusiva de quem realizava atos de intermediação das mercadorias com habitualidade , finalidade de lucro e em nome próprio, ficando ausentes do conceito as atividades oriundas da cadeia de produção bem como, as de prestação de serviço.
O implemento da Teoria da empresa afasta a anterior – dos atos de comercio – dando maior amplitude ao conceito de empresário. Hoje , independentemente da atividade ser de produção, circulação de bens ou de serviços o que importa é que a atividade fim tenha se concretizado por meio de uma atividade economicamente organizada.
O QUE SIGNIFICA UMA ATIVIDADE ECONOMICAMENTE ORGANIZADA ? 
As ciências econômicas classificam a atidade economicamente organizada de empresa ,ou seja, aquela atividade que se realiza sob o comando do seu dono ( quer seja empresário individual , quer seja uma sociedade empresária) , mas agregando valores de produção para a realização da atividade final.
Esses valores direcionados à atividade , como mão de obra, materia –prima , maquinários, tenologia, capital , dentre outros , constroem o que chamamos de estrutura economicamente organizada.
A pintura de uma casa realizada por um pintor de residências, certamente ficará inacaba se o profissional vier a adoecer. Isso porque o trabalho do autônomo necessita exclusivamente dele para que a obra seja concluída.
Uma empresa de obras residenciais, o afastamento de um do seu titular ( empresário individual) por conta de uma enfermidade , não inviabiliza que os empregados , os tratores, os maquinários deem continuidade a obra. Nessa segunda hipótese a estrutura empresarial está economicamente organizada com outros fatores de produção que se alinham à atividade da empresa , a ponto da ausência do seu titular não impedir a conclusão da obra.
ATIVIDADES EXCLUÍDAS DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
Cumpre sinalizar que algumas atividades , no entanto, permaneceram excluídas da nova conceituação de empresário. Pela leitura do parágrafo único do artigo 966CC conclui-se que as atividades intelectuais , as de natureza cientifica, artística e literária quando prestada com teor de pessoalidade pelo seu titular , serão atividades disciplinadas pelas normas do direito civil . 
Quando ,porém, imperar a impessoalidade, entendam: o afastamento do profissional para a realização da atividade fim , que se concretiza por meio de empregados, maquinários, frotas etc. teremos as então atividades intelectuais, científicas, artísticas , literárias como sendo também enquadradas em práticas empresariais. Dessa forma , estabelece a lei a seguinte redação:
“Art. 966 CC (...) Parágrafo único. 
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.”
PRESSUPOSTOS PARA O REGULAR EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
Os pressupostos para o regular exercício da atividade empresarial estão estabelecidos no artigo 972 do Código Civil , que determina o seguinte:
“Art. 972. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”
Dessa forma, a lei estabelece dois pressupostos de regularidade da atividade empresarial: 1) o pleno gozo da capacidade civil e 2) nenhum impedimento legal.
A capacidade civil é um instituto do Direito Civil que estabelece a condição legal para a pessoa exerce atividade da vida civil e empresarial de forma autônoma. O critério adotado pelo sistema jurídico brasileiro para conferir a capacidade civil plena às pessoas naturais foi o parâmetro biológico , com isso todos nós nos tornamos capazes civilmente para comprar uma casa ou vender um automóvel , sem a assistência dos pais , a partir dos 18 anos. É bem verdade que a regra apresente exceções, concentradas naqueles que não obstante a maioridade não possuem discernimento para os atos do dia-a-dia, como por exemplo aqueles que são interditados pelos familiares.
Outra questão , fica por conta de algumas pessoas que - pelo instrumento da emancipação - se tornam capazes antes dos 18 anos. Nesses casos a lei civil exige que elas tenham no mínimo 16 anos completos. As situações que levam à emancipação estão previamente enumeradas pelo legislador no Código Civil no artigo 5º parágrafo único e , dentre outras hipóteses, temos a concessão pelos pais, tutor ou juiz; o casamento e exercer atividade empresarial com economia própria. 
maiores de 18 anos, no gozo de seus direitos civis;
maiores de 16 e menores de 18 anos, desde que emancipados.
No entanto, o artigo 974 §3º do CC autoriza o incapaz ser sócio de uma sociedade desde que ele esteja legalmente representado, o capitalsocial da sociedade esteja integralizado e o menor não seja designado o administrador da sociedade.
MENOR DE IDADE E ATIVIDADE EMPRESARIAL
O menor , portanto , em princípio, por não ter adquirido a capacidade civil plena , não poderá exercer regularmente a atividade de empresário individual( não confunda com a figura de sócio) . Com duas exceções:
Menor emancipado
A empresa como objeto de herança para o menor
Na emancipação , como examinado acima , o menor com 16 anos completos pode adquirir a capacidade civil plena nas hipóteses previstas na lei civil . Determina o artigo 5º parágrafo único o seguinte:
“Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Parágrafo único Cessará, para os menores, a incapacidade:
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;
II - pelo casamento;
III - pelo exercício de emprego público efetivo;
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.”
A relação apresenta acima pela lei é taxativa , ou seja, não pode ser ampliada. Somente essas situações enumeradas pela Lei Civil conduzem à capacidade civil plena do menor de idade. 
Já empresa como objeto de herança , temos o instituto da sucessão. Neste último caso, o menor herda a empresa do pai falecido. O Código Civil no seu artigo 974 CC estabelece que o juiz poderá autorizar a continuidade da empresa nomeando neste caso um representante legal para o exercício da atividade do dia-a-dia da empresa. É o que vem sendo classificado de empresa acéfala, ou seja, o seu titular – por ser menor de idade – não apresenta capacidade civil para assumir os atos obrigações da empresa objeto da herança, por isso até que o mesmo venha adquirir tal condição , a atividade será exercida pelo representante legal estabelecido pelo Estado. 
	O impedimento legal não se prende à idade do agente ,mas a alguma condição que ele se enquadra que naquele momento a lei o impede de exercer atividade empresarial. Isso nos leva a verificar que o impedimento é sempre determinado pela lei. Quando , porém, aquela condição é desfeita , cessa o impedimento e o agente se torna hábil a exercer a atividade empresarial. Assim um servidor público está impedido de execer atividade empresarial individual ( não confunda em ser sócio) , quando , no entanto, houver a quebra do vínculo com a Administração Pública por meio da aposentadoria, nada o impede ser um empresário individual.
Examine outros exemplos de impedimentos:
militares da ativa das três Forças Armadas e das Polícias Militares;
servidores públicos civis (União, Estados, Territórios e Municípios);
magistrados;
médicos, para o exercício simultâneo da medicina e farmácia, drogaria ou laboratório;
estrangeiros não-residentes no país;
cônsules, salvo os não-remunerados;
corretores e leiloeiros;
falidos, enquanto não reabilitados.
IMPORTANTE – A proibição se limita ao exercício individual da atividade empresarial individual, não se estendendo à participação em sociedade como acionista, quotista ou comanditário.
SOCIEDADE ENTRE MARIDO E MULHER : IMPEDIMENTO LEGAL RELATIVO.
Quanto à sociedade , no entanto, temos um impedimento que chamamos de relativo. Trata-se das sociedade entre conjuges , isso porque a lei civil no seu artigo 977CC determina que marido e mulher podem contratar sociedade entre si,desde que o regime de casamento não seja o da comunhão total ( todos os bens se comunicam entre eles , os adquiridos antes e depois do casamento ) ou da separação de bens obrigatória ( não comunicação de bens entre os conjuges , quer tenham sido adquiridos antes ou posterior ao casamento).
Neste último regime , verifica-se que a separação de bens é obrigatória. Isso significa que não foi escolha do casal a opção do regime de separação de bens e sim uma imposição da lei. Existem várias situações em que a lei civil determina que o regime de bens do casal deva ser o da separação, com ocorre no caso da idade de um dos cônjuges ser superior da de 60 anos – Artigo 1.641do Código Civil.
IMPORTANTE – O impedimento legal do artigo 977CC para os casais casados sob o regime de comunhão total ( ou universal) e de separação de bens obrigatória produzirá efeito ex nunc. Significa dizer que o impedimento somente será aplicado às sociedades marido e mulher após a vigência do Código Civil em diante. Em outras palavras , as sociedades entre marido e mulher constituidas antes de 2003 ( data da vigência do Código Civil) não apresentam nenhum impedimento legal , independentemente do regime de bens adotado pelo casal. 
SOCIEDADE ENTRE CONJUGES SOB O REGIME DE COMUNHÃO PACIAL DE BENS.
Na prática pode-se perceber que a sociedade marido e mulher que segue o regime tradicional da cultura brasileira não foi atingido pelo impedimento da constituição societária, em outras palavras, pode-se afirmar que o regime de comunhão parcial de bens ( comunicação entre os cônjuges de bens adquiridos na constância do casamento) não impede a sociedade entre marido e mulher.
SOCIEDADE ENTRE PESSOAS COM UNIÃO ESTÁVEL
Aqueles que não são casados , mas convivem numa união estável são equiparados nos direitos decorrentes da convivência ao regime de comunhão parcial ,logo para eles também não há que se falar em impedimento estabelecido pela Lei Civil .
VIOLAÇÃO AO IMPEDIMENTO LEGAL PARA EXERCÍCIO DA ATIVIDADE EMPRESARIAL
O artigo 973 do Código Civil determina que aquele que exercer atividade empresarial violando o impedimento legal para tal , responderá pelas obrigações contraídas . 
“ Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.” 
Nesse momento a lei o equipara ao empresário apenas no contexto das obrigações e deveres. A proposta do legislador é proteger o terceiro de boa-fé que desconheça do impedimento legal, com isso o impedido deverá honrar as obrigações assumidas não podendo se prevalecer dos direitos inerentes ao empresário regular.
Pode-se trazer aqui , à título de exemplo, tome por base a aplicação da Lei 11.101/2005 que trata dos institutos da recuperação judicial , extrajudicial e da falência da empresa aplicados exclusivamente à empresário ou sciedade empresária . 
Os dois primeiros são procedimento benefícos ao empresário , já que se trata da possibilidade do reerguimento da sua empresa que passa por crise econômico-financeira , já a falência é um processo agressivo de execução dos bens do empresário devedor que concentra todos os seus credores numa única ação, este último procedimento de benefício não tem nada. 
Pois bem , aquele impedido legalmente de exercer a atividade empresarial , se assim o fizer,ficará submetido a uma possível ação de falência , se porventura não cumprir com as obrigaçoes decorrentes da sua atividade, pois deverá honrar com as obrigações contráidas; por outro lado nunca poderá se valer dos pedidos de recuperação judicial ou extrajudicial, destinados aos empresários que exercem regularmente a atividade empresarial.
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