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APOSTILA SERIGRAFIA AMILTON

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CURSO: 	 ARTES VISUAIS
UNIDADE:	JACAREÍ-LIONS CLUBE
DISCIPLINA: ATELIER DE SERIGRAFIA
 PROF.(A): AMILTON DAMAS DE OLIVEIRA
DATA: 14/09/ 2013	
SERIGRAFIA: HISTÓRIA E TÉCNICA
garcia, rovilso. Abandono, 2010. Serigráfica Sobre Papel. 27,7 x 40 cm. 
Fonte: Arquivo pessoal.
INTRODUÇÃO A SERIGRAFIA
Obs.:Este texto foi produzido a partir da Monografia de conclusão de curso em licenciatura em artes visuais. A proposta de trabalho é fruto de investigação do aluno Rolviso Luiz Garcia sobre sua vivencia com a técnica e busca de adaptação de materiais disponíveis às condições existentes. A apostila pretende dar informações básicas para uma introdução ao assunto e representa um determinado estágio do conhecimento. Em termos técnicos as explicações aqui contidas carecem de um aprofundamento em todos os sentidos. 
	
CONTEXTOS SERIGRÁFICOS
A serigrafia está inserida em dois contextos de possibilidades de criações plásticas. No primeiro caso trata-se da comercial em consonância com a manipulação da imagem: propaganda, estamparia de tecido, impressão em papel, etc. No segundo caso temos a serigrafia de uso artístico como meio de explorações de recursos plásticos. Como Guimarães aponta:
A serigrafia é apenas um dos vários processos de impressão utilizados hoje em dia. A grande diferença é que além de ser o mais simples, é também o menos dispendioso e é o único apto a imprimir sobre objetos de qualquer formato e em qualquer tipo de superfície ou material (GUIMARÃES, 1991, p.7).
Na técnica há possibilidades de um processo de baixo custo, fácil acesso e benefícios. Com a serigrafia pode-se fazer impressões de grande escala que pode propiciar desde estampa em camisetas até finos acabamentos em trabalhos gráficos, etc.
Os Gregos e Egípcios já faziam uso de moldes vazados ou estêncil na decoração de vasos e interiores. Podemos afirmar que a serigrafia é um processo milenar usado tanto pelos chineses e quanto pelos japoneses no processo de multiplicação de estampas na decoração de tecidos. 
Com a publicação do livro Introdução à Gravura e à sua História. (2006), Antonio Costella aborda os conceitos básicos que originou a serigrafia.
O sistema do molde vazado foi utilizado no Oriente, como, por exemplo, Japão do século quinto, para imprimir figuras religiosas. Algumas matrizes chegavam ao requinte de prender por meio de fios de cabelo as partes flutuantes do molde, para que não se percebesse a ponte entre elas e o restante.
O processo de impressão por molde vazado pode ser encontrado em paredes de cavernas no período Pré-histórico. Podemos dar como exemplo registros encontrados na caverna de Gargas, nos Pirineus franceses. Onde o molde usado foi à mão humana que colocada na parede e a tinta passada pelo vão dos dedos ficando impresso o desenho da mão pela permeação da tinta. Estes registros históricos nos faz acreditar que foi ai que surgiu o molde vazado que mais tarde deu origem a serigrafia. (COSTELLA, 2006, p. 110).
No processo de serigrafia a impressão da tinta no papel ou qualquer outro tipo de superfície é feito através da parte permeáveis da matriz. Diferente de outros processos de impressão onde a matriz é gravada em alto relevo com a imagem invertida e a matriz é pressionada contra a superfície a ser impressa ou o inverso.
A impressão serigráfica também é conhecida como Silk-screen uma denominação em inglês traduzida como tela de seda. As primeiras matrizes eram feitas de seda, daí o nome serigrafia que vem da palavra serica que em latim significa seda. A confecção da matriz pode ser feita de duas maneiras desenho direto ou indireto.
Desenho direto é quando o desenho é feito diretamente na matriz com verniz, cola ou emulsão com objetivo de bloquear a passagem da tinta nos vazados da malha da tela. Já no modo desenho indireto o desenho é feito em papel vegetal e transferido para a matriz.
Para fazer o trabalho de impressão devemos colocar a matriz sobre uma folha de papel ou outro tipo de suporte e colocamos a tinta dentro da matriz e com um rodo de borracha a tinta ao ser arrastada atravessa a matriz pela trama que ficou aberta.
A serigrafia esta ligada a estamparia industrial e artística. No começo do século XX, a serigrafia comercial tomou força nos Estados Unidos. Já na I guerra Mundial, foi muito utilizado para fins de comunicação visual e sinalização e até bandeira nacional. Neste período surgem as primeiras gravações de matrizes pelo processo fotográfico passando a serigrafia ser utilizada em estamparia de tecido.
Em 1930 o mundo passava por uma crise mundial, então os artistas passaram a produzir gravuras por um custo mais barato usando a serigrafia. Neste mesmo período surge a Arte Pop sempre apresentando as imagens da cultura urbana muito usada por Andy Warhol e Roy Lichtenstein.
Conforme dados coletados Costella aponta:
Nas décadas imediatas, a serigrafia eclodiu com força em varia partes. Tornou-se uma presença marcante na arte Pop, corrente estética especialmente interessada em imagens da cultura urbana, na qual, desde sempre, a técnica de permeação foi ingrediente usual. Usaram-na, pois, dentre outros, os ícones da Popart: Andy Warhol (1929-1987) e Roy Lichtenstein (1932-1997). No Brasil, a serigrafia começou timidamente. Talvez a primeira oficina comercial tenha sido a de Dionísio Del Santo. Em 1956, Carlos Scliar produziu, junto com Djanira, Raimundo de Oliveira e Luiz Ventura, os cartazes para o filme Orfeu da Conceição. Avançando pelo setor artístico, a serigrafia tem conquistado muitos artistas e o publico. Como exemplos: Anna Bella Geiger e Nassao Nakakubo. (COSTELLA, 2006, p. 116).
Figura 1: Sweet Dreams, Baby! (Pow!), 1965. Serigrafia. Roy Lichtenstein.
Fonte: (http://www.leninimports.com/roy_lichtenstein_gallery_12.html)
Figura 2: Marilyn Monroe, 1967. Serigráfica Sobre Papel. 91,4 x 91,4 cm. Andy Warhol.
Fonte: WARHOL, Andy. Mr. America, 2010, P. 106.
SERIGRAFIA COMERCIAL
A Serigrafia comercial é produzida por profissionais de desenho industrial que produzem peças de sinalização de vias públicas, produção de brindes promocionais, estamparia de tecido, tanto por processo artesanal ou industrial. Por ser uma arte que transforma uma imagem em mensagem de fácil assimilação, o processo serigráfico também se adapta com muita facilidade aos novos conceitos estéticos.
A técnica da serigrafia permite aplicações em materiais distintos como o papel, plástico, cerâmico e tecido. Permitindo o processo artesanal conviver com o industrial.
Hoje a estamparia têxtil é um dos seguimentos industriais que mais explora a serigrafia. Estampando os mais diversos tipos de tecidos: algodão, poliéster, elásticos, etc. A serigrafia comercial vai além das estampas em camisetas, mas também podem ser estampadas calças, meias, luvas, bermudas etc. Com as novas tecnologias a indústria serigráfica passou a produzir vários tipos de tintas utilizadas em diversos tipos de aplicações diferenciadas, tinta plastisol, ou tinta à base d’água, que necessita de equipamentos específicos seja manual, semiautomático e automático.
A Indústria da serigrafia investe em novas tecnologias de produções de tintas e produtos para obter uma grande variedade de efeitos, com inovações de processos diferenciados. Podemos citar como exemplo, empresas como a Gênesis Indústria e Comércio de Produtos Químicos Ltda. Que é uma empresa especializada na fabricação de tintas, vernizes e produtos químicos destinados a aplicação gráfica e serigráfica. Seus produtos estão presentes nos mais importantes e exigentes segmentos de mercado, como o de estamparia têxtil (efeitos diferenciados para moda), empresas de comunicação visual, gráficas e de editoração, empresas do setor promocional que produzem rótulos e frascarias, e do setor automotivo, entre outras. Atuando no mercado serigráfico há mais de 20 anos, a Gênesis produz tintas que imitam efeitos similares ao couro, camurça, craquelê, corrosão, casca de ovo, jeans, marca d'água e outros.
Com estafacilidade o comércio de camisetas se utiliza do recurso serigráfico para impor estilos pela customização e chamar a atenção do consumidor seja uma estampa voltada para o publico infantil ou adulto e até de uma banda de música. O que importa é vender o produto.
SERIGRAFIA ARTÍSTICA
A serigrafia artística permite trabalhar com vários tipos de materiais e suportes podendo abranger vários campos de atuação podendo produzir excelentes resultados didáticos e pedagógicos em escolas para crianças e adolescentes. A serigrafia é uma linguagem artística que permite trabalhar na produção de obra única sem preocuparmos com a reprodução em série, produzindo variada texturas e efeitos visuais.
Na publicação da revista Silk-Screen edição nº 266 de Julho 2007, que norteia uma etapa de minha formação enquanto propositor da técnica serigráfica artística e educador traz a materia entitulada Serigrafia Artística. 
Por Fabiana L. Bernardino
A serigrafia é um processo de impressão muito utilizado para imprimir cartazes, displays, tecidos entre outros. Agora, poucos sabem que ela também serve para a reprodução de obras de arte, para tanto, a impressão de cada cópia de da mediante a um completo procedimento artesanal, que exige capacitação técnica especializada. Uma das maiores características desse processo é que ele oferece à obra uma grande intensidade de cor.
A serigrafia e a impressão de obras de arte
A serigrafia artística é usada para a edição e reprodução de gravuras de arte de pintores cujo instrumento é a serigrafia. Uma obra só pode ser impressa pelo processo serigráfico se for, especificamente, composta para ele, pois só assim irá o efeito esperado. 
As diversas técnicas de reprodução de obra de arte, inclusive a serigrafia, são enriquecedoras muitas vezes auxilia o artista a chegar a um efeito diferenciado. É por esse motivo que ele tem que trabalhar a sua obra em cima da técnica que julga importante. Geralmente, o artista trabalha em conjunto com um auxiliar nos aspectos técnicos do procedimento. Os melhores resultados são obtidos quando o artista está familiarizado com a técnica serigráfica e concebe sua obra de acordo com as características da serigrafia. 
O processo artístico e a serigrafia tradicional
As possibilidades que esta técnica tem enquanto a qualidade das cores e textura fez com que muitos dos grandes pintores, como Picasso, Dalí, Matisse, Miró, entre outros, dessem lugar a serigrafia entre suas produções gráficas. 
Esse trabalho com a cor é diferente do processo do processo serigráfico convencional, que é recomendada principalmente para trabalhos de larga escala, por ser mais rápido e um custo reduzido. 
A qualidade da cor na impressão artística é dada por um técnico que prepara a serigrafia de maneira detalhada, com a preparação da tela e dos filmes, buscando a cor e a relação entre as áreas que o artista pintou. 
Na artística as diferentes cores, tonalidades e texturas são obtidas mediante da superposição e da justaposição de tintas plenas ou transparentes, cada cor exige a preparação de uma nova matriz e a repetição de todo o procedimento. 
Tem-se realizado a serigrafia com muitas cores (às vezes com mais de 70) dependendo daquilo que o artista quer expressar, mas a qualidade da cor expressa na obra não está diretamente ligada à qualidade da obra e vice-versa. (Revista Silk-Screen, 2007, p.32).
A partir deste artigo vejo que o artista é um operário da arte que caminha com a história da humanidade, e com a técnica serigráfica é possível transformar o sentimento individual de um artista em sentimento coletivo. Reproduzir uma obra de arte é envolver-se com a obra. Não é só mostrando como se faz, mas de executar o processo, seja nos pequenos detalhes até na preparação das tintas. Muitos podem me perguntar o que tem a ver serigrafia com a arte e eu digo tem tudo a ver. Este artigo vem nos afirmar que a serigrafia não é apenas para fazer estampa em camisetas e sim uma expressão artística.
O PROCESSO SERIGRÁFICO
A serigrafia é um processo de impressão que permite imprimir em variados tipos de materiais, (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), com diversos tipos de tintas ou cores. No processo serigráfico o motivo a ser impresso deve ser gravado em uma tela de tecido fino de poliéster ou nylon, esticado, pregado ou colado num quadro de madeira ou alumínio, formando a matriz. Na matriz a tinta é vazada pela pressão de um rodo ou puxador de borracha. Após a tela de tecido de poliéster ou nylon ser esticado no quadro devemos aplicar uma emulsão apropriada, que deve ser espalhada com uma régua sobre a tela e após sua secagem será gravado o desenho a ser impresso.
 QUADROS OU MOLDURAS
Os quadros podem ser de madeira ou alumínio. Os quadros de alumínio têm varias vantagens uma delas é a sua durabilidade, resistência e mínima dilatação e são muito usados em trabalhos que requer encaixe de cores com precisão. Nos quadros de alumínios não podemos usar grampo para fixar a tela de tecido seja de nylon ou poliéster, para isso devemos usar cola adesiva especial para este fim.
O tamanho do quadro pode variar conforme o formato e tamanho do desenho a ser impresso, sempre deixando pelo menos dez centímetros de recuo nos quatro lados do desenho. Para um desenho de 20x20cm, o quadro deverá ter medida interna de 40x40cm. Para trabalhos com mais de uma cor deve-se ter um quadro para cada cor. Podemos encontrar estes quadros nas casas especializadas em produtos para serigrafia.
Quadros de madeira.
Fonte: Arquivo Pessoal.
A ESCOLHA DO TECIDO PARA TELA POR NÚMERO DE FIOS
Nos primórdios de sua criação as telas de seda foram muito usadas, mas os tempos atuais o poliéster é mais utilizado. A técnica também tem sido cada vez mais aprimorada hoje em dia existem vários tipos de poliéster utilizados para fazer desde a impressão mais simples até a mais sofisticada. A escolha do tipo de tecido a ser esticado no quadro é muito importante para obter uma boa impressão. A abertura da trama do tecido deve ser compatível com a tinta a ser aplicada. A escolha do tecido depende  também do tipo de imagem que vamos imprimir.
O número de fios por centímetro quadrado determina a abertura da tela permitindo maior ou menor passagem de tinta. Tecido com menor passagem de tinta dá mais definição na imagem, já o tecido com maior passagem de tinta consequentemente menos definição na imagem. Outro fator a ser considerado é o diâmetro dos fios que faz com que a camada de tinta impressa seja mais ou menos espessa.
 A FIXAÇÃO DO TECIDO NO QUADRO
Para fixar o tecido no quadro podemos utilizar grampo ou cola adesiva apropriada. Ao esticar o tecido no quadro devemos evitar seu rompimento ao ser grampeado. Para que o tecido não fique mal esticado devemos proceder da seguinte forma.
Como fixar o tecido no quadro.
Fonte: Arquivo Pessoal.
PREPARO E APLICAÇÃO DA EMULSÃO FOTOGRÁFICA
É de extrema importância que o tecido para confecção da matriz fique bem esticado sobre o quadro. Em seguida deve ser feito o desengraxamento, lavando com sabão neutro (coco) ou produto apropriado. Utilizar esponja macia para aplicar o desengraxante em ambas às faces do tecido e enxaguar em água corrente. Secar em estufa de ar quente ou naturalmente.
Conforme o uso da matriz será o tipo de emulsão, podendo ser resistente à água ou resistente a solventes.
Adicionar o sensibilizante produto que tem a função tornar a emulsão sensível à luz na proporção de 01 parte de sensibilizante para 09 partes de emulsão. Misturando até conseguir uma perfeita homogeneização dos produtos.
Deixar em repouso por um período mínimo de 30 a 60 minutos para eliminar as bolhas. O preparo da emulsão deverá ser feito em ambiente isento de luz UV, podendo usar luz de segurança amarela ou vermelha.
Proveta e becker.
Fonte: Arquivo pessoal.
APLICAÇÃO DE EMULSÃO
Utilizar régua ou calha na aplicação da emulsão pelo lado interno e externo, cobrindo todo o tecido.A aplicação deve ser feita puxando o aplicador por toda extensão do quadro, num só movimento, sempre de baixo para cima.
Colocar a tela para secar na posição horizontal, com o lado do quadro para cima.
Figura 8: Aplicador de emulsão.
Fonte: Arquivo pessoal.
EXPOSIÇÃO À LUZ
Muita gente acredita que para gravar uma matriz serigráfica é necessário uma lâmpada bem forte, como uma lâmpada de 500 ou 1000 W. Isto está errado. Não é a quantidade de raios que sensibiliza a emulsão, e sim o tipo de raio. É evidente que, quanto mais forte for à lâmpada, mais rápida será a gravação, mas necessariamente o aspecto principal da fonte de luz é o tipo de raio emitido pela lâmpada. A fonte de luz ideal para a confecção de matrizes serigráfica é a rica em raios ultravioletas, pois somente esse tipo de raio proporciona definição e resistência a emulsão que esta sendo exposta (Revista Silk-Screen, 2007, p.22).
A gravação da matriz se da por um processo fotográfico no qual a matriz emulsionada deve ser seca em local com luz de segurança amarela ou vermelha para evitar a pré-exposição à luz UV. 
Após a emulsão estar seca é colocada sobre o diapositivo� que pode ser feito de papel vegetal, poliéster ou acetato. O desenho (motivo) pode ser passado para a transparência usando uma caneta com tinta nanquim preto ou impressora a laser. O desenho a ser transferir para a tela no momento da gravação deve estar bem preto impedindo a passagem de luz. Para que aconteça o processo fotográfico a transparência fotográfica deve ser colocada sobre uma mesa de luz. O raio de luz ao passar pelas áreas transparentes vai cristalizar a emulsão e fixa-la na tela da matriz. 
Mesa de luz.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Colocar sobre o vidro da mesa de luz o diapositivo.
Sobre o diapositivo colocar a matriz em contato direto.
Sobre a matriz colocar um calço.
Sobre o calço colocar um peso para pressionar tecido emulsionado fazendo contato perfeito.
O tempo de luz pode variar de acordo com tipo da lâmpada, tamanho do quadro, temperatura do ambiente e qualidade do diapositivo.
Lâmpada Foto-Flood de 500W, de 4 a 6 minutos de exposição. 
Lâmpada Fluorescente de 40 W, de 5 a 8 minutos de exposição.
Lâmpada Gás xênon 2.000W, de 30 a 60 segundos.
 
REVELAÇÃO
Após ser feito a exposição da tela à luz, é o momento de revelar a matriz usando uma mangueira com água corrente para retirar a emulsão que não recebeu luz e não cristalizou que aos poucos vai desprendendo em contato com a água, ficando a tela vazada permitindo a passagem da tinta nas partes livres de emulsão após a revelação. Após a revelação aplicar anti-véu �ou uma folha de papel jornal para evitar o escorrimento de resíduos. Isto evitara formação de Véu� podendo provocar o entupimento da matriz. É só secar e aguardar o momento para imprimir.
TINTA E APLICAÇÃO
Para escolher a tinta adequada para uma boa impressão, devem ser obedecidas rigorosamente as especificações químicas determinadas para cada tipo de superfície (SABOYA, 1993, p. 50).
Hoje as fabricas de tintas já têm solução para aplicações diversas para cada tipo de superfície. Para isso o impressor tem que saber o nome do material que vai ser impresso, para fazer a escolha certa da tinta para evitar surpresas desagradáveis durante o processo de impressão. É recomendado que se faça testes antes de começar a produção e sempre seguindo as recomendações do fabricante.
No mercado existe uma diversidade de fabricantes de tinta, por este motivo devemos procurar os que têm mais tecnologia e suporte técnico a oferece ao consumidor. A experiência conta muito durante o processo de impressão, pois alguns tipos de tinta demoram a secar ou secam muito rápido. As tintas são fornecidas prontas para uso, podendo ser diluída conforme orientação do fabricante.
 IMPRESSÃO
Hoje existem várias indústrias especializadas em fabricação de equipamentos próprios para trabalhos de serigrafia, desde o processo artesanal ao técnico industrial.
 Garra com contra peso e balanceada.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Os rodos podem ser de borracha sintética ou de poliuretano.
Rodo retangular.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Durante o processo de impressão a matriz pode estar em contato ou fora de contato com a superfície a ser impressa. Para isso devemos imprimir com a matriz em contato com o substrato e utilizar rodo num ângulo de 45º com pressão e velocidade média constante.
Matriz em contato com o substrato.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Quando falamos em matriz em contato estamos tratando de impressão em que a matriz pode esta em contato com a superfície a ser impressa. Por exemplo, os tecidos de algodão ou sintético onde a tintas é absorvida sem prejuízo da qualidade da impressão.
Matriz fora de contato com o substrato.
Fonte: Arquivo Pessoal.
Quando falamos em matriz fora de contato estamos tratando de impressão que a matriz deve ficar fora de contato com a superfície a ser impressa, por exemplo, os materiais impermeáveis ou que não absorve rapidamente a tinta, (Madeira, PVC, Metal, Vidro, etc.). 
Antes de qualquer impressão devemos analisar a composição do material em que vamos fazer a aplicação da tinta e se possível fazer teste de aderência.
SECAGEM DA TINTA E LIMPEZA DA MATRIZ
A secagem da tinta pode ser feita em temperatura ambiente, sem nenhum toque no período de 3 a 5 minutos, após uma hora da impressão poderá ser manuseado, e a cura total será em 72 horas, podendo ser acelerada com calor de estufa, ar quente ou outro meio de calor.
Para fazer a limpeza da matriz devemos usar solvente que não afete a composição da emulsão usada na confecção da matriz. 
No caso de matriz preparada para aplicação de tinta a base de água usar água para fazer a limpeza.
DEFINIÇÕES EM GLOSSÁRIOS E VOCABULÁRIOS TÉCNICOS:
Impressão serigráfica - (Craig, 1987, p.186)
“Método de impressão no qual a imagem é transferida para a superfície a ser impressa por meio de tinta comprimida por um esfregador de borracha através de um tecido, que serve como stencil, ou uma retícula de fios metálicos esticados sobre uma armação. A impressão serigráfica pode ser feita manual ou mecanicamente, posto que existem estênceis fotográficos e impressoras automáticas e secadores. Ela permite uma aplicação pesada de tinta na maioria dos materiais e é excelente para trabalhos de baixa tiragem, especialmente posters. Displays de ponto de venda que necessitem de uma grossa camada de tinta e/ou tintas fluorescentes são normalmente feitas neste processo. Em ingles silkscreen ou screen process printing”.
Serigrafia - (Ribeiro, 1998, p.491)
“Processo de reprodução de figuras e dizeres, utilizado para pequenas tiragens sobre cartão, vidro, madeira, metal e outras substâncias de superfície lisa, e caracterizado pelo emprego de um caixilho com tela de seda servindo de stencil.” 
Serigrafia - (Craig, 1987, p.90)
“A impressão serigráfica, também conhecida como impressão silkscreen, é um processo que utiliza um caixilho com tela de seda, servindo como estêncil. Os estênceis são cortados à mão ou preparados fotográficamente. A tela pode ser seda, náilon, Dacon ou malha metálica fina. As partes correspondentes aos contornos da imagem são impermeabilizadas, fazendo-se filtrar a tinta através da area da imagem, com auxílio de uma escova ou esfregador de borracha, na superfície a ser impressa.
Como a entintagem é mais pesada do que nos outros processos de impressão, a serigrafia produz excelentes resultados em superficies lisas ou ásperas: metal, vidro, cerâmica, madeira, plástico, tecido, cartão e, logicamente, papel. Isto torna a serigrafia ideal para muitos projetos comerciais, tais como sinalização de ruas, posters e papéis de parede.
Uma grande vantagem da serigrafia: devido à opacidade da tinta, é possível imprimir o branco ou qualquer tinta clara numa superfície escura, com uma só aplicação. Há uma grande variedade de tintas disponíveis, incluindo as metálicase fluorescentes.
Embora a velocidade da impressão serigráfica não seja comparável a dos três principais processos, ela atingiu um importante lugar na indústria da impressão devido à sua versatilidade e às suas singulares vantagens.”	
RESUMO
Passo a passo do trabalho:
Observação importante! 
Usamos nas nossas oficinas apenas a tinta de tecido por ser solúvel em água. Num processo profissional a serigrafia em papel é feita com tinta vinílica, a base de solvente. Como não temos salas climatizadas optamos por usar a tinta de tecido em papel, assumindo algumas deficiências, como menor definição do traço. Algumas dicas são decorrentes desta prática. 
Preparação da tela
-Tela de acordo com o desenho ou arte final, 5cm maior de cada lado
-Retalho de malha
Passar acool com tecido macio na tela limpa, para retirar eventuais manchas de gordura.
Preparação da emulsão
-Copo de medida de 500ml
-Copo de medida de 50ml
-Local escuro com luz vermelha ou amarela
-Espátula de plástico
-Recipiente escuro com tampa
Despejar a emulsão fotográfica num copo de medida (10 partes) e acrescentar o sensibilizante (1 parte). Misturar os dois componentes sem agitar muito, evitando a formação de bolhas. Exemplo: 100ml de emulsão e 10ml de sensibilizante.
Deixar descansar por meia hora, colocando o copo de medida em recipente escuro fechado, evitando o contato com a luz.
Desfazer eventuais bolhas de ar.
Aplicação da emulsão na tela
-Calha ou aplicador de emulsão
-Pano de limpeza úmido
Despejar a emulsão com sensibilizante na calha, encostá-la em posição inclinada na parte inferior da tela até que a emulsão tenha um contato contínuo, puxar o aplicador para cima deixando um filme fino de emulsão sobre a tela. 
Repetir o processo na parte interna da tela.
Passar a calha em posição normal nos dois lados da tela para tirar o excesso de emulsão.
Limpar eventuais manchas de emulsão.
Gravação ou sensibilização da tela
-Sala escura com luz vermelha
-Mesa de luz
Limpar o vidro da mesa de luz com alcool.
Colocar a arte (vegetal ou fotolito) no sentido normal da impressão sobre o vidro.
Posicionar a tela sobre a arte. Colocar papel preto sobre a tela para evitar rebatimento da luz.
Acionar o vácuo da mesa ou colocar espuma e pesos sobre a tela buscando o máximo contato entre a tela e o vidro. 
Expôr a tela à luz de acordo as lâmpadas e a qualidade da arte usados. (Pode variar 1’30 a 2’00 minutos no nosso caso). 
Revelação da tela
-Tanque de água
-Mangueira de pressão
Levar a tela sensibilizada ao tanque evitando contato com a luz. 
Molhar a tela dos dois lados, interrompendo assim o processo de sensibilização. Seguir molhando a tela dos dois lados até amolecer a parte não endurecida da da emulsão.
Usar jato forte para retirada total da emulsão e abertura da trama no lugar do desenho.
Colocar uma folha de jornal sobre os dois lados da tela para retirada de um eventual excesso de emulsão.
Deixar secar a tela ao sol ou em estufa com calor e ventilação. 
Preparação da mesa/berço de impressão
-Berços para impressão de camisetas ou mesa com garra para impressão em papel
-Cola permanente
-Rodo para impressão serigráfica
Aplicar uma camada fina de cola permanente sobre a superfície que vai receber a camiseta. 
Na impressão em papel usa se uma mesa com vácuo para prender o papel, não tendo o vácuo podemos improvizar com cola permanente na superfície da mesa (mas cuidado com papel fino, ele pode rasgar na tentativa de retirá-lo).
Imprimir
-Rodo maior do que o desenho
-Espátula de plástico para aplicar a tinta
-Tinta na diluição adequada
Colocar uma quantidade abundante de tinta ao lado do desenho. Aplicar uma camada de tinta sobre o desenho, com a tela levantada,
num movimento extremamente leve para que a tinta apenas preencha o vazio da trama.
Abaixar a tela sobre o suporte e passar o rodo com força numa inclinação de 45° sobre o desenho. 
No caso do tecido repete-se o movimento para que a tinta possa penetrar no tecido. 
Na impressão em papel uma única passagem forte sobre o papel é suficiente.
Limpar a tela
-Tanque
-Mangueira de pressão
O primeiro cuidado com a tela deve ser imediato, ao têrmino da impressão. A tinta que sobrou sobre a tela deve ser devolvida ao pote de tinta.
A tela é levada ao tanque onde se retira a tinta com a mangueira de pressão. A tinta deixa, muitas vezes, manchas na tela chamadas de fantasmas. Estas manchas são formadas pelos pigmentos que tingem o poliêster. Com uma esponja macia e sabão néutro podemos tirar estas manchas com facilidade, desde que cuidemos logo delas. Quanto mais tempo demoramos com a limpeza, mais dificil ela se tornará.
Retirada da emulsão
-Tanque
-Mangueira de pressão
-Removedor de emulsão
-Escovinha de nylon
-Luva de borracha
-Óculos de proteção
Colocar uma tampinha de removedor sobre a parte fechada da emulsão, espalhar com uma escovinha macia de nylon pelos dois lados da tela, deixar amolecer um pouco, esfregar levemente com a escolva até a completa diluição da emulsão, removê-la com jato de água forte.
Repetir o processo em partes onde for necessário.
Deixar secar a tela e guardá-la em local adequado.
BILBIOGRAFIA
GUIMARÃES, Luciano. A cor como informação. São Paulo: Annablume, 2004.
MARTINS, Itajahy. Gravura: Arte e técnica. São Paulo: Laserprint - Fundação Nestlé de Cultura, 1987.
PEDROSA, Israel. Da cor a cor inexistente. Rio de Janeiro: Senac, 2009.
SITES E REVISTAS ELETRÔNICAS
BARCELLOS, João. História do Processo. Disponível em: <http://www.iptshome.org/t_artigos.asp?a=artigo&idarea=10&idart=248>. Acesso em: 12 ago. 2012.
FERREIRA, Alexandre. O que é Serigrafia Artística. Disponível em: <http://www.iptshome.org/t_artigos.asp?a=artigo&idarea=11&idart=28>. Acesso em: 12 ago. 2012.
Histórico. Publicações eletrônicas. Disponível em: <http://www.agabe.com/pt/ser_historico.php>. Acesso em: 08 set. 2012.
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Teoria da Cor. Publicações eletrônicas. Disponível em: <http://www.genesistintas.com.br/teoriadacor.php>. Acesso em: 08 set. 2012.
Técnicas de Quadricromia. Publicações eletrônicas. Disponível em: <http://www.genesistintas.com.br/tecnicasdequadricromia.php>. Acesso em: 16 set. 2012.
Teoria e Elementos da Cor. Publicações eletrônicas. Disponível em: <http://chocoladesign.com/teoria-e-elementos-da-cor>. Acesso em: 16 set. 2012.
Sweet Dreams,Baby! Roy Lichtenstein. Publicações eletrônicas. Disponível em: <http://www.leninimports.com/roy_lichtenstein_gallery_12.html>. Acesso em: 05 nov. 2012.
�Diapositivo lamina transparente com o desenho a ser impresso podendo ser de acetato, papel vegetal ou laser filme.
� Anti-véu produto que evita a formação de véus.
� Véu película transparente formada por resíduos de emulsão que bloqueiam a passagem de tinta nas áreas abertas da matriz.
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