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Direito e Política I

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DIREITO E POLÍTICA
Direito sempre envolve alguma espécie de restrição ao poder político. O direito na modernidade se ocupa de produzir teorias para legitimar o poder (noção de soberania, fundamento de validade ao poder político) e também limitar esse mesmo poder criando restrições. Ex: carta magum (“O rei não pode entrar na minha casa”). 
	
 Direito e Limites do Poder
Não é possível que ninguém exerça um poder incontrolável sobre outra pessoa, é necessário sempre que esse poder seja controlado. 
Sempre existiu limite ao poder, mesmo o Estado Absolutista sofria limitações e tinha que barganhar outras formas de poder na sociedade como a Igreja. 
O “Governo das Leis”: Lei é a expressão da razão e o soberano, por si só, e as pessoas podem por si só expressar suas paixões e desejos. Por isso a lei é sempre mais racional e apresenta uma melhor solução para aquela comunidade política porque é melhor que ela seja governada por leis do que pelas paixões e desejos dos homens. 
A inexistência de Poder ilimitado: Mesmo na escravidão, há sempre um espaço para negociação e barganha.
 Limites ao Poder
Leis naturais, leis divinas e realidade social: Leis naturais não podem ser violadas pelo soberano. A própria realidade social também serve como limite ao poder já que o soberano tem que negociar com igreja, burguesia, existem outros corpos de poder na sociedade.
Separação de Poderes : Ideia que as 3 diferentes funções devem ser separadas de modo que assim o poder seja limitado uma vez que um órgão controla o outro. 
Direitos Fundamentais: Surgem com rol de garantias para a limitação poder do Estado.
Constitucionalismo: Existem regras que antecedem a constituição daquele órgão politico.
 Sobre a relação entre Direito e Política, comente:
A relação entre decisão política, Direto e Justiça estabelecida a partir da Modernidade.
A importância da formulação do conceito de Soberania no desenvolvimento e transformação das relações entre Direito e Política.
A transformação da relação entre Direito e Política, consubstanciada na imposição de limites jurídicos ao Poder, resultante da nova ordem burguesa.
Os atuais mecanismos de separação e aproximação das esferas políticas e jurídica.
. Na passagem da Idade Media até a Modernidade (Rev. Burguesa) há uma descoberta inicial que os homens são capazes de conhecer e perceber o mundo pelo uso da RAZÃO; ou seja, é possível ao homem, racionalmente, compreender a realidade e organizar esta. Racionalmente, o homem pode compreender e transformar a realidade. Até então, a proposta medieval abrangia a ideia que tanto a realidade quanto a sua compreensão eram colocadas como direitos divinos e Deus determinava assim a vida.
. Agora, não é mais necessário o poder divino para fim de compreensão da realidade. Nem tudo que está posto no mundo foi posto por vontade divina; qualquer fato humano era resultado de uma iluminação divina. 
. Cabe ao homem, desta forma, produzir uma normatividade racional, ou seja, produzir um conjunto de normas que corresponda a esse exercício da razão.
. As consequências dessa descoberta são imensas no campo do direito: Afirma que este pode sim ser produzido pela razão; ser resultado de uma decisão humana e, portanto, há um relação sim entre direito e justiça. Também causa uma cisão insuperável entre a natureza e cultura visto que a natureza está para ser compreendida enquanto cultura nada mais é que construção humana. 
Obs#1.: Direito natural X Direito Positivo: O D.N. consiste em um conjunto de normas derivadas da razão da natureza humana, e, portanto, são postas e não podem ser modificadas. Já o D.P. é um direito posto, colocado, escrito em fruto da decisão do Estado.
. A positivação do direito é uma força que vai definir a relação entre direito e política a partir da modernidade.
. Até a modernidade o direito era simplesmente colocado por Deus, norma era expressão da vontade divina, era imutável, não se coloca a questão de direito e justiça já que consiste na ideia de que se aquela norma foi colocada por Deus, é claro que ela é justa. 
. Direito passa resultar de uma escolha a partir da modernidade. Norma jurídica agora resulta de uma decisão da autoridade política, feito isso o problema da justiça é devidamente colocado e é possível questionar se aquela escolha é ou não justa.
Obs#2.: Direito imoral: Qualquer um dos manuais indicados no programa.
. Não é mais necessário o poder divino pra compreender a realidade.
. Qualquer espécie de conhecimento humano não era uma construção humana.
. Razão pode sim produzir conhecimento e pode compreender e transformar a realidade.
. Não eh mais Deus que determina nosso destino.
. Cabe aos homens produzir uma normatividade racional, um conjunto de normas que corresponde a esse exercício da razão.
. Consequências da descoberta: Liberdade e positiva no sentido de construção de alguma coisa e pode se associar agora a razão.
. Nesse percurso a positivação do direito é algo essencial. 
. Direito natural conjunto de normas derivadas da natureza humana e são postas e não pode ser modificado.
. Positivação do direito começa nos estados absolutos e se estende a partir dai.
. Até a modernidade a norma era expressão da vontade divina. Era imutável porque o homem não muda aquilo que Deus criou. Direito passa a resultar de uma decisão, a partir da modernidade o que vai ser a norma jurídica não é mais um dado divino, mas resulta de uma decisão da autoridade política, feito isso o problema da justiça é devidamente colocado porque é possível agora questionar se aquilo é justo ou não. 
. A relação entre direito e justiça: a criação de norma é resultado de uma decisão política. Há um espaço da política que também é o local de produção da norma jurídica, de produção do direito. Portanto, o direito não se separa da justiça devido a esse espaço. 
. O problema passa a ser então se essa decisão politica é justa ou não, já que não tem mais como fundamento a vontade divina.
. Crise da modernidade: não cumpre seu projeto
Direito e politica
. Até a modernidade a norma já existia, o espaço da política era só aplicar a norma. Ademais não existia questão de o direito ser justo ou não por ser algo divino. 
. Na pré-modernidade: a política se subordina ao direito porque ela é mera aplicação das normas. 
. Na modernidade adiante: a politica está acima do direito, decisão política antecede a norma, já que eh a partir dela que se cria a norma.
. Pra ocupar o espaço de Deus no mundo, para dizer qual a norma válida, cria-se a ideia de Estado Soberano, e que esse é legitimado e as regras que eles compõe devem ser obedecidas, sendo estas obrigatórias. Toda discussão do direito racional é uma discussão em torno da soberania.
. Positivação do direito resultado das revoluções liberais.

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