Stuart Mill e a Liberdade

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Stuart Mill:
-Revolução Inglesa.
-Representante do movimento liberal inglês e um dos fundadores do Utilitarismo inglês.
-Conjunto de instituições capazes de canalizar e dar voz à oposição, criando um sistema legítimo de contestação pública.
-Perspectivas de abordagem dos problemas políticos: a do príncipe, de quem vê a sociedade de cima(a era moderna incorporou uma nova dimensão a essa: a que distingue uma concepção organicista do indivíduo e da sociedade da concepção individualista), e a perspectiva popular, ascendente. O ponto de partida da concepção organicista é a natureza social do homem. Esta natureza estaria condicionada pela forma com que o indivíduo se insere no agrupamento social, ou seja, não existe o homem geral, mas sim homens social e historicamente determinados. O grupo social vem em primeiro lugar. A concepção individualista, coloca o homem antes da sociedade e a vê como artificial. Ela inverte a relação indivíduo-grupo, fazendo do último um reflexo do primeiro.
-Teoria liberal da perspectiva descendente para ascendente. Sai do seu ranço conservador, defensor do voto censitário e da cidadania restrita para incorporar reformas que vão desde o voto universal até a emancipação da mulher. Resposta as demandas do movimento operário inglês.
-A política não pode ser encarada como privilégio de poucos. O trato da coisa pública diz respeito a todos. Incorporação dos segmentos populares como via para salvar a liberdade inglesa de ser presa dos interesses egoístas da próspera classe média.
-Voto como forma de poder, que deve ser estendido aos trabalhadores para que estes possam defender seus direitos e interesses.
-Odeia a tirania da maioria tanto quanto a da minoria, pois ambas levariam à elaboração de leis baseadas em interesses classistas.
-Adoção do sistema eleitoral proporcional, que garantiria a representação das minorias.
-Adoção do voto plural. Deveriam ser contados com pesos diferentes, dependendo de quem os tivesse dado. Maior peso da balança dado a um terceiro grupo, que não o das classes proprietárias e dos trabalhadores assalariados, que esteja pessoalmente comprometido com a justiça: as elites culturais.
-Indivíduo e liberdade: O homem é um maximizador do prazer e um minimizador do sofrimento. A sociedade é um misto de consciências autocentradas e independentes, cada qual buscando realizar seus desejos e impulsos. Bem estar dado pela subtração do sofrimento do homem do valor de seu prazer. O bom governo será aquele capaz de garantir o maior volume de felicidade(que se dá pelo misto de prazer, dor, felicidade e ventura) líquida para o maior número de cidadãos.
	-Princípio do utilitarismo, que vê no bem-estar assegurado o critério para avaliação de qualquer governo ou sociedade. Dificuldade em tomar a felicidade como algo quantitativo.
	-Outra boa forma de governo: o grau que ele tende a aumentar a soma das boas qualidades dos governados, coletiva e individualmente. E daí surge a utilidade da democracia e da liberdade. No governo democrático encontramos as condições que favorecem o desenvolvimento das capacidades de cada cidadão.
-Uma sociedade livre, na medida mesmo em que propicia o choque das opiniões e o confronto das idéias e propostas, cria condições ímpares para que a justiça e a verdade subsistam. Garante-se através do conflito, o progresso e a auto-reforma da sociedade.
	-Em sociedades não livres, a reforma e o desenvolvimento social só podem aparecer como fruto do acaso ou esforços de déspotas mais ou menos esclarecidos.
	-Liberdade não é um direito natural. Como utilitarista, ele recusa a teoria dos direitos naturais. Mas ela também não é um luxo que interesse apenas a uma minoria esclarecida. É o substrato necessário para o desenvolvimento de toda a humanidade. Torna possível a manifestação da diversidade, que é o ingrediente para se alcançar a verdade.
- Defesa do Pluralismo e da diversidade societal contra as interferências do Estado e da opinião pública.
	-Perspectivas de sistemas abertos, multipolares.