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INSTITUIÇÕES DE DIREITO CIVIL - Caio Mário da Silva Pereira Capítulo IX - Parte Segunda: Teoria geral de Direito Civil / Personalidade e Direitos da Personalidade. 42. Personalidade e pessoa natual. • Personalidade: Aptidão genérica para adquirir direitos e contrair deveres, reconhecida a todo ser humano. • Art. 1º: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. • Toda pessoa é dotada de persinalidadade, mas não se diz que somente a pessoa tem essa aptidão. O direito reconhece igualmente personalidade a entes que têm finalidade econômica ou social (sociedades e associações). • Personalidade não depende da consciência ou da vontade do indivíduo. • A lei protege coisas inanimadas, porém em atenção ao indivíduo que delas desfruta. Animais, por exemplo, também não são portadores de personalidade. • "Todo direito constitui-se em benefício dos homens". 43. Começo da personalidade. • A personalidade jurídica coincide com o nascimento, antes do qual não havia falar em sujeito ou em objeto de direito. Não obstante, os seus interesses eram resguardados e protegidos. • "O nascituro é considerado como já nascido, toda vez que se trata de ser interesse". • O nascituro não é ainda uma pessoa, não é um ser dotado de personalidade jurídica. Se nasce e adquire personalidade, integram-se na sua trilogia essencial, sujeito, objeto e relação jurídica;mas, se se frustra, o direito não chega a constituir-se, e não há falar, portanto, em reconhecimento de personalidade ao nascituro. • Pelo nosso direito, portanto, antes do nascimento com vida não há personalidade. Mas a lei cuida, em dadas circunstâncias, de proteger e resguardar os interesses do nascituro. • A personalidade jurídica tem começo no nascimento com vida. • Requisitos de sua caracterização: o nascimento E a vida. • Nascimento: O feto é separado do ventre materno, seja natural, ou com auxílio de recursos obstétricos. • Vida: Movimento em que se opera a primeira troca oxicarbônica no meio ambiente. Viveu a criança que tiver inalado ar atmosférico, ainda que pereça em seguida. • Sem concorrente os requisitos da viabilidade e forma humana para a fixação doutrinária do início da personalidade. •A fixação das condições da personalidade tem o maior itneresse prático, especialmente no tocante à repercussão sucessória. 44. Fim da personalidade. • A existência da pessoa natural termina com a morte, somente com esta cessa sua personalidade. • O direito atual não reconhece qualquer hipótese de perda da personalidade em vida. • A vida, ou seja, a personalidade jurídica, termina com a "morte cerebral", ou morte encefálica. • Para efeitos sucessórios, presume-se a morte quando ocorre a abertura da sucessão definitiva do ausente. (A presunção de morte vigora tão somente para efeitos patrimoniais). • Achando-se uma pessoa em perigo de vida, como no caso de um acidente, e nõa havendo posteriormente notícias dela, nem sendo apurado se veio a falecer, será presumida a sua morte. A mesma presunção pode ser reconhecida em caso de uma pessoa, após o término da guerra, não retorne e nem seja encontrada. • A presunção da morte resultará de provimento judicial, da iniciativa dos interessados. Realizadas buscas e averiguações e colhidas provas satisfatórias, o juiz declarará a presunção de morte, por sentença. 44-A. Ausência. • O ausente é capaz! • Ausente é aquele que desaparece de seu domicílio, sem que dele se tenha qualquer notícia. • Dá-se um administrador aos seus bens. • A nomeação do curador dar-se-á, também, se ele tiver deixado um procurador que não queira ou não possa exercer o mandato, ou continuar o seu exercício. - Esquema de curatela dos ausentes: • Caracterização da ausência: Verifica-se esta com o desaparecimento da pessoa, de seu domincílio, sem que dela haja notíciam e sem que tenha nomeado procurador ou representante a quem toque administrar-lhe os bens. • A curatela do ausente cabe legitimamente ao conjugê, não separado, judicialmente ou de fato, por mais de dois ano; do mesmo modo, caberá ao companheiro, em união estável. Em sua falta, caberá AOS PAIS, ou aos descendentes, nesta extata ordem. • Função do curador: Administrar os bens do ausente. • Curatela do ausente: envolve a sucessão nos seus bens. • Nomeação do curador: Convizinha-se com um defensor, no plano processual apenas. •Passado um ano, sem que se saiba do ausente, e não tendo comparecido seu procurar ou representante, poderão os interessados requerer que se abra provisoriamente a sucessão. • Interessados: conjuguê não separado judicialmente/companheiro de união estável, os herdeiros presumidos (legítimos ou testamentários), os que tiverem sobre os dens do ausente direito dependente de sua morte e os credores de dívidas não pagas. • O sucessor provisório deve prestação de contas dos rendimentos. • O sucessor provisório é um herdeiro presuntivo, que gere um patrimônio supostamente sem. Como possuidor, cabem-lhe os frutos e rendimentos dos bens, se o sucessor provisório for o cônjuge, descendente ou ascendente. • Os demais sucessores provisórios têm o dever de capitalizar, em benefcício do ausente, metade dos frutos e rendimentos recebidos. • Caso se demonstre que a ausência foi voluntária e injustificada: a perda pelo ausente, em favor do sucessor, de parte nos frutos e rendimentos. • Sucessão definitiva: Decorridos 10 anos do trânsito em jjulgado da sentença que concedeu a abertura da sucessão provisória, ou quando o ausente completar 80 anose de idade, se de cinco anos datam suas últimas notícias, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e levantamento das cauções; ou quando houver a certeza da morte do ausente. • Os sucessores deixam de ser provisórios. Adquirem o domínio dos bens recebidos e a consequente livre disposição deles. • Se o ausente aparecer nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, os bens lhe serão entregues no estado em que se acharem.
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