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Karl Marx
Marx (1818-1883) foi um grande influente intelectual, político e social, toda sua analise sobre o capitalismo foi elaborada de modo mais completo em sua obra O Capital. Marx foi muitíssimo influenciado pelas teorias do valor e dos lucros de Smith e Ricardo – em alguns aspectos, sua teoria pode ser considerada uma elaboração mais detalhada das ideias desses autores. Mill era seu oponente intelectual, e criticava autores como Malthus, Bentham, Senior, Say e Bastiat. Sua principal critica era a de que esses autores não levavam em conta a perspectiva histórica, pois segundo ele, se o fizessem, teriam descoberto que a produção é uma atividade social. Muitas confusões e distorções surgiam a respeito da diferença entre as características de produção e modo de produção. Duas dessas distorções eram importantes na opinião de Marx: a primeira era a crença de que o capital era um elemento universal em todos os processos de produção, e a segunda era de que toda atividade econômica podia ser reduzida a uma série de trocas. “produção sem trabalho passado acumulado... O capital é também, entre outras coisas, um instrumento de produção, é também trabalho passado materializado. Portanto, o capital é uma relação geral e eterna da natureza; isto é, se eu omitir apenas a qualidade específica que, por si mesma tranforma o ‘instrumento de produção’ e o ‘trabalho acumulado’ em capital”. (Karl Marx)
	O capitalismo era um sistema em que a riqueza parecia uma imensa acumulação de mercadorias, como uma única mercadoria como unidade. Uma mercadoria que tinha duas características essenciais: primeiramente, era uma coisa que, por suas propriedades, satisfazia às necessidades humanas. As qualidades físicas particulares de uma mercadoria, que tinha utilidade para as pessoas, faziam com que a mercadoria tivesse um valor de uso. As qualidades físicas particulares que tornavam útil uma mercadoria não tinham, na opinião de Marx, qualquer ligação definida ou sistêmica com a quantidade de trabalho necessário para a apropriação de suas qualidades uteis. Em segundo lugar, as mercadorias eram, além disso, o depositário material do valor de troca. O valor de troca de uma mercadoria era uma relação entre a quantidade dessa mercadoria que se poderia conseguir em troca de uma certa quantidade de outra ou outras mercadorias. O valor de troca era, habitualmente, expresso em termos do preço monetário de uma mercadoria, quer dizer, era expresso em termos da quantidade da mercadoria dinheiro que se poderia obter em troca de uma unidade da mercadoria em questão. Segundo Marx, o único elemento comum a todas as mercadorias e diretamente comparável em termos quantitativos era o tempo de trabalho necessário para sua produção. Valor: é uma relação social qualitativa com uma dimensão quantitativa. 
Trabalho útil: a causa do valor de uso. EX.: o paletó é um valor de uso que satisfaz a uma necessidade particular. Sua existência é resultado de um tipo especial de atividade produtiva, cuja natureza é determinada por sua finalidade, sua forma de operação, seu sujeito, seu meio e seu resultado. O trabalho cuja utilidade é assim representada pelo valor de uso de ser produto, ou que se manifesta tornando seu produto um valor de uso, será chamado de trabalho útil.
Trabalho abstrato: cria o valor de troca. EX.: a atividade produtiva, se deixarmos de lado sua forma especial, como, por exemplo, o caráter útil do trabalho, nada mais é do que o gasto de força de trabalho humana... O valor de uma mercadoria representa trabalho humano nesse sentido abstrato, a expansão da força de trabalho humana em geral.
Os produtos do trabalho humano só se transformavam em mercadoria quando eram produzidos apenas com o objetivo de serem trocados por dinheiro no mercado e não para uso ou gozo imediato pelos produtores ou por outras pessoas diretamente associadas a eles. (natureza social da produção de mercadorias). “O modo de produção no qual o produto toma a forma de uma mercadoria ou é produzido diretamente para a troca” – escreveu Marx – “ou é a forma mais geral e embrionária de produção burguesa.”.
Circulação Simples de Mercadorias e Circulação Capitalista: A s condições históricas necessárias para a produção de mercadorias não eram, segundo a argumentação de Marx, idênticas às necessárias para a existência do capitalismo. Produção simples de mercadorias: Mercadoria-Dinheiro-Mercadoria (M—D—M) a troca de uma mercadoria por outra, a circulação de trabalho social materializado; quando se atinge esse resultado, o processo chega ao fim.				 Circulação Capitalista: Dinheiro-Mercadoria-Dinheiro (D—M—D) a transformação de dinheiro em mercadorias e a transformação de mercadorias novamente em dinheiro, ou seja, comprar para vender.*								 * Estava claro que a única intenção possível desse tipo de circulação era “comprar a fim de vender mais caro”, portanto, esse processo de circulação poderia ser mais bem descrito como D—M—D’ onde D’ é maior do que D. Diversamente da circulação M—D—M, a circulação D—M—D’ terminava com um valor maior do que o inicial.
Mais–valia: A diferença entre D’ e D gera a mais-valia. Para Marx, a busca de quantidades cada vez maiores de mais-valia era a força motivadora que movia todo o sistema capitalista.
A Força de Trabalho era a capacidade de trabalhar ou trabalho potencial. Quando a força de trabalho era vendida como mercadoria, seu valor era, simplesmente, a execução do trabalho – a concretização do trabalho potencial. Quando o trabalho era executado, era incorporado à mercadoria, dando-lhe, assim, valor.
“A parte do dia de trabalho” – escreveu Marx – “durante a qual era produzido o valor da força trabalho é por mim chamado de tempo de trabalho necessário, e ao trabalho dispendido naquele período eu dou o nome de trabalho necessário.” “No capitalismo, porém, o dia de trabalho sempre ia além desse tempo de trabalho necessário. Essa extensão de trabalho excedente e ao trabalho feito nesse período é por mim chamado de trabalho excedente.”.
Quando o capitalista gastava seu dinheiro na compra das mercadorias necessárias ao processo produtivo, o capital resultante (sob a forma de mercadorias) era dividido, por Marx, em capital constante e capital variável. Capital constante era definido como todos os instrumentos, máquinas, prédios e matérias-primas = todos eles representando meios não humanos de produção. Era chamado constante porque essas mercadorias só transferiam seu próprio valor ao produto final. Daí o fato de o valor incorporado a esses meios de produção permanecer constante, quando transmitido a um produto. O capital variável era definido como a força de trabalho que o capitalista comprava. Seu valor aumentava, quando o trabalho potencial comprado se transformava em trabalho real incorporado a uma mercadoria produzida. De maneira alternativa, quando o capital assumia sua forma monetária, também podia ser analogamente dividido nestas duas categorias: O capital C tem dois componentes. Um deles é a soma c, gasta com os meios de produção, e o outro é a soma v, gasta com a força de trabalho; c representa a parte que se transformou em capital constante e v é a parte que se transformou em capital variável. A principio, então, C = c + v ... Quando o processo de produção acaba, obtemos uma mercadoria (C), cujo valor é igual a (c + v) + s, onde ‘s’ é a mais-valia.
Teoria do Valor Trabalho: Karl Marx foi ao mesmo tempo um grande crítico da teoria clássica do valor-trabalho e um teórico que procurou compreendê-la de outras perspectivas, em relação a Smith e Ricardo. Marx encontra no fato de a riqueza social, ou os valores de uso dos produtos, serem medidos com base no tempo de trabalho necessário para produzir mercadorias a grande limitação da forma de produção capitalista, enquanto os economistas clássicos enxergavam como um fenômeno natural da humanidade. Ocorre que o desenvolvimento tecnológico faz com que cada vez menos trabalho direto seja necessário para a produção de mercadorias ao mesmo tempo em que ele continua a ser aprincipal referência para compor o seu valor. Marx distingue, ainda, valor e preço. Em síntese, enquanto o segundo está sujeito a flutuações geradas por fatores políticos (intervenção cambial,medidas protecionistas, etc) e de demanda, o primeiro está ligado aos fatores necessários para a sua produção (matérias primas, máquinas e trabalho). 
	Marx formulou respostas para as questões que tinha levantado sobre a natureza e as origens da mais-valia. Ele mostrou que, por meio de uma série de trocas em que todas as mercadorias eram trocadas por seus valores, a mais-valia não era gerada na troca, mas no processo de produção. Ele mostrou que a mais-valia só poderia ser realizada na troca num sistema socioeconômico em que o trabalhador “livre” vendia sua força de trabalho ao proprietário do capital. Portanto, “trabalhadores livres” que não possuíssem meios de produção relevantes era um pré-requisito para a existência do capital. Assim, o capital teria que envolver um conjunto muito específico de relações sociais.
	As origens históricas do capital não eram, segundo a argumentação de Marx, o comportamento econômico frugal e abstêmio de uma elite moral (como Malthus, Say, Senior, Bastiat e até Mill tinham argumentado). O sistema capitalista pressupunha uma classe operária sem propriedades e uma classe capitalista rica. Marx deu o nome de “acumulação primitiva” ao processo histórico real através do qual essas duas classes tinham sido criadas.

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