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QUESTIONÁRIO - SUBJETIVAS - C/ RESPOSTA - Direito Financeiro

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Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
DIREITO FINANCEIRO 
1. Discorra sobre a atividade financeira. 
A atividade financeira é uma atividade administrativa, realizada pelo Estado, através do Poder 
Executivo dos seus entes federativos, objetivando a obtenção, gerência e despesas de recursos 
para fins de satisfação das necessidades públicas, que são escolhas políticas governamentais, 
com cargas axiológica e teleológica. 
2. Discorra sobre o Direito Financeiro e a sua relação com outros ramos do Direito. 
O Direito Financeiro se divide em dois: o conjunto de normas do direito, que regulam a atividade 
financeira, O Direito Positivo Financeiro, e a ciência que estuda esse conjunto de normas. 
Esse ramo do Direito é dividido, doutrinariamente, por temas, sendo: receitas públicas, despesas 
públicas e orçamento. 
O Direito Financeiro é um ramo autônomo, uma vez que possui princípios que lhes são próprios 
e não abrangidos para outros ramos do Direito. No entanto, autonomia, aqui, não significa 
independência absoluta, mas uma autonomia relativa, uma vez que possui relações com outros 
ramos do Direito. Pode-se citar como exemplo a sua relação com o Direito Constitucional, uma 
vez que estamos na era do constitucionalismo e a organização estatal é tema regulado pela 
CF88, ao menos em linha gerais, como é o caso da disciplina da atividade financeira, em relação 
às formas de obtenção, gerência e dispêndio de recursos; e com o Direito Penal, uma vez que a 
inobservância e descumprimento de normas financeiras podem decair em um crime. 
3. O que são despesas públicas? Conceitue e Classifique. 
Despesa Pública é, em sentido amplo, o conjunto de dispêndios realizados pelo poder público 
para satisfazer às necessidades coletivas; em sentido estrito, é a aplicação de quantia em 
dinheiro pelo agente público competente para a execução de um fim público. 
Para a realização de despesa pública, é necessário que esta esteja prevista legalmente em lei 
orçamentária. No entanto, existem exceções, como é o caso de Créditos Adicionais. Estes são 
despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei do Orçamento. Os créditos 
adicionais se subdividem em crédito suplementar (que é aquela despesa prevista na Lei 
Orçamentária Anual, mas que o crédito era insuficiente para atingir àquela finalidade; 
necessitando de autorização legislativa seguido de decreto executivo para a sua obtenção, 
sendo limitado ao exercício fiscal no qual foi previsto), créditos especiais (que não são previstos 
em lei orçamentária e que atingem a qualquer tipo de despesa não prevista, sendo necessária a 
autorização legislativa seguida de decreto legislativo para a sua abertura e, em regra, limita-se 
ao exercício financeiro em que foi aberta, salvo expressão legal expressa em contrário) e 
créditos extraordinários (que não são previstos pelo Orçamento, no entanto, só são cabíveis em 
casos de guerra, comoção interna ou calamidade pública. Para a sua abertura, considerando o 
seu caráter de urgência, deve ser, primeiramente, promulgado decreto executivo que será 
imediatamente levado para o Legislativo; e, em regra, limita-se ao exercício financeiro em que 
foi aberta, salvo expressão legal expressa em contrário). 
Existem classificações doutrinárias para as despesas: 
a) Quando ao critério de periodicidade das despesas: 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
São despesas ordinárias aquelas que são rotineiras, comuns para o poder público, sendo 
renovadas na periodicidade do orçamento. 
São despesas extraordinárias aquelas voltadas para situações excepcionais. 
b) Quanto ao critério da produtividade: 
São despesas produtivas aquelas que criam utilidade para o administrado, como a polícia 
corporativa. 
São despesas Reprodutivas aquelas que aumentam a capacidade do poder público em prestar 
os serviços públicos, como a construção de escolas e hospitais. 
São despesas improdutivas aquelas inúteis, como a publicidade sem fins educativos. 
c) Quanto ao critério do ente competente: podendo ser Federal, estadual ou Municipal. 
d) Quanto ao critério Econômico: 
São despesas de compra aquelas destinadas para comprar produtos para prestar serviços, como 
a aquisição de ambulâncias. 
São transferências aquelas despesas que concedem benefícios sem contraprestações, como a 
pensão. 
As despesas também são classificadas legalmente, através da Lei 4.320\64: 
a) Despesas correntes, as quais se subdividem em Despesas de Custeio - que são as 
dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas 
a atender obras de conservação e adaptação de bens imóveis, como a Polícia Militar – e 
Transferências Correntes – as dotações para despesas que não exigem contraprestação, 
como as subvenções sociais. 
b) Despesas de Capital, que se subdividem em Investimentos – as dotações para o 
planejamento e execução de obras, inclusive as destinadas para aquisição de bens 
imóveis para a realização destas obras, bem como para programas de trabalho, 
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e construção ou 
aumento de capital de empresas que não sejam de caráter comercial e financeiro -, 
Inversões Financeiras – as dotações destinadas à aquisição de imóveis, aquisição de 
títulos representativos do capital de empresas e entidade, quando não importe 
aumento do capital, e constituição ou aumento do capital de empresas que visam 
objetivos comerciais e financeiros, inclusive operações bancárias e de seguro, como a 
Concessão de empréstimos – e as Transferências de Capital, que são despesas para 
remessa de recursos a outras pessoas de direito público ou privado, para custear 
investimentos e inversões financeiras, como a amortização de dívida pública. 
 
4. Como se dá o procedimento para a realização de despesas públicas? 
Para executar as despesas públicas, o procedimento se dá: primeiramente, emissão de nota de 
empenho, em seguida a fase da liquidação, que é verificar o direito adquirido do credor, ver a 
quem se deve pagar para adimplir a obrigação; terceiramente, a ordem de pagamento, que é o 
despacho de agente competente para ordenar que seja realizado o pagamento; por último, a 
realização do pagamento através da tesouraria ou pagadoria. 
 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
5. Discorra sobre a despesa pública na LRF. 
A LRF dispõe da despesa pública nos seus artigos 15 ao 24. Ela estipula requisitos para a criação 
de despesa, que são: apresentar estimativa do impacto financeiro sobre o exercício em vigor e 
os 2 subsequentes e declaração do ente competente, indicando adequação financeira com a 
LOA, adequação com a LDO e a compatibilidade com as metas do PPA. 
Para as despesas de caráter continuado, as despesas correntes derivadas da lei, MP ou ato 
administrativo normativo que fixe tal obrigação, além dos requisitos supramencionados, 
precisam: mostrar a origem da receita de custeio e demonstração de compensação de crédito. 
Caso a despesas não obedeçam aos requisitos, serão consideradas nulas ou sem efeito, salvo as 
despesas que servirem de custeio de pessoal e reajustamento de remuneração de pessoal. 
6. Conceitue despesa com pessoal e seus limites na LRF. 
Despesa com o pessoal é o somatório dos gastos dos entes federativos com ativos, inativos, e 
os pensionistas, relativos a mandatos efetivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e 
de membro do poder, com quaisquer espécies remuneratórias e encargos sociais de 
contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência. 
Os limites da despesa são: 
União: 50%da receita total da União será para gastar com o pessoal, sendo destes, 2,5% 
destinado ao poder Legislativo, 6% para o judiciário, 40,9% para o executivo (destes, 3% para 
MPDF, Territórios, DPTerritórios, polícia civil e militar e bombeiros do DF), e 0,6% para o 
Ministério Público da União. 
Estados: 60% da receita total, sendo destes, 3% para o Legislativo, 6% para o judiciário, 49% para 
o executivo e 2% para o MPE. 
Municípios: 60%, dos quais: 6% para o judiciário e 54% para o executivo. 
Se os entes ultrapassarem 95% dos limites que lhes foram impostos, serão vedados aos chefes 
do poder executivo: concessão de vantagens, criação de cargo, emprego ou função; alteração 
de estrutura de carreira que implique aumento de despesa, provimento de cargo público, 
admissão ou contratação ou contratação de hora extra. 
Além disso, terão que eliminar a diferença no prazo de dois quadrimestres seguintes, sendo, 
pelo menos 1\3 no primeiro, a partir das medidas: exoneração ou diminuição de cargos 
comissionados, exoneração de servidores públicos não estáveis e exoneração de servidores 
públicos estáveis. Caso, ainda assim, não atinja a meta esperada, está vedado de receber 
transferências voluntárias e obter garantia direta ou indireta de outro ente. 
7. Discorra sobre a Transferência Voluntária e Transferência Constitucional. 
Transferências voluntárias são aquelas que os entes repassam volitivamente para o outro. Para 
ser realizada, depende de ato normativo, motivação, deve comprovar que cumpriu as suas 
metas orçamentárias, não pode ser destinada a gasto de despesa com pessoal e deve ser 
destinada a finalidade específica, sem possibilidade de alteração. As transferências 
Constitucionais são aquelas previstas na CF, que possuem caráter impositivo e não volitivo. 
Podem ser Diretas (se refere a valores que são arrecadados, proveniente de tributos, que serão 
imediatamente transferidos para os entes públicos. Ex. ITR) ou indiretas (determina que a 
transferência passará por um fundo. 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
8. O que são receitas públicas¿ Conceitue e classifique. 
Receita Pública é a entrada de dinheiro, a título permanente, nos cofres públicos, para satisfação 
de necessidades coletivas. 
Doutrinariamente, podem ser classificadas: 
a) Quanto a periodicidade, que divide as receitas em ordinárias e extraordinárias, sendo 
as primeiras aquelas que ingressam com certa regularidade aos cofres públicos, como 
arrecadação de tributos, e, as últimas, aquelas que são arrecadadas em caráter 
temporário, como abertura de empréstimos compulsórios. 
b) Quanto à origem, que divide as receitas em originária e derivada, sendo as primeiras 
resultantes de exploração do patrimônio do ente público, regidas pelo direito privado, 
onde o Estado está em pé de igualdade com a outra parte, e as últimas são aquelas em 
que o Estado usa sua supremacia, tendo como origem o patrimônio do particular. 
A Lei n. 4320\64 classifica as receitas: 
a) Receitas correntes: resultantes da própria atividade do Estado. Decorrente de 
tributação, por exemplo. 
b) Receitas de Capital: resultantes de operações, onde o Estado vai capitar recursos. Ex. 
pedir empréstimo. 
 
9. Discorra sobre a Receita Pública na LRF. 
A LRF estabelece a previsão da arrecadação de receita. Diz que é obrigação dos entes federados 
a criação dos tributos de sua competência para arrecadação de receita, caso contrário, perderá 
o direito da transferência voluntária. As receitas, segundo esta LC, devem ser previstas de 
acordo cm as normas técnicas e legais, considerando o crescimento econômico e acompanhadas 
de demonstrativo de evolução nos últimos 3 exercícios financeiros e projeção para os dois 
subsequentes. O prazo para a captação de receita é estipulado através de metas bimestrais de 
arrecadação. 
A LRF permite a renúncia de receita, desde que o ente renunciante demonstre a estimativa disso 
no impacto orçamentário no ano do início da sua vigência e nos dois seguintes, atenda ao 
disposto na LDO, prova de que a renúncia não vai alterar a estimativa da receita da LDO ou estar 
acompanhada de medidas de compensação (nesse caso, o benefício só sai mediante 
implemento das medidas) e demonstração de que não atingirá às metas fiscais. 
10. Discorra sobre o Orçamento e seus aspectos. 
O Orçamento é o documento que prevê as despesas e estimativas de receita dos entes públicos. 
Sua natureza é discutida na doutrina, mas, majoritariamente, é vista como uma lei em sentido 
formal. O orçamento é uma lei diferente, visto que não é dotada de grau de abstração e 
generalidade, mas é específica, individual e adaptada ao concreto. Ela tem um aspecto político 
muito forte, visto que as metas adaptadas às necessidades coletivas são escolhas 
governamentais, logo, são decisões política, além do aspecto econômico, visto que busca 
otimizar os recursos financeiros, objetivando o maio número de resultados com o menor 
número de verbas. 
11. Explique quais são os princípios orçamentários e no que consiste cada um deles. 
Os princípios orçamentários são: 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
a) Exclusividade: diz respeito ao conteúdo da LOA, auferindo que ela só pode regular 
acerca de arrecadação da receita e dispêndio da despesa. 
b) Programação: diz respeito ao formato do orçamento, que deve se rem formato de 
programa, prevendo objetivos e metas do governo. 
c) Equilíbrio orçamentário: diz respeito ao objetivo orçamentário de equilibrar receitas e 
despesas. 
d) Anualidade: diz respeito à periodicidade do orçamento, que será coincidente com o ano 
civil. 
e) Unidade: diz respeito à quantidade do orçamento, auferindo que cada ente terá apenas 
um orçamento. 
f) Universalidade: diz respeito à extensão do orçamento, ou seja, este tem que abranger 
a todas as despesas e receitas. 
g) Legalidade: diz respeito à forma do Orçamento, que deve ser imposto mediante Lei 
Ordinária, e diz respeito ao seu exercício, que só pode feito o que ele permite, visto que 
está no âmbito do direito administrativo. 
h) Publicidade: diz respeito à publicação de relatórios de como foram realizados os gastos. 
i) Não vinculação de receita de Imposto: diz que o imposto não pode ser direcionado a 
uma finalidade, salvo educação e saúde. 
j) Transparência Orçamentária: diz respeito ao acesso à gerencia dos recursos, para que 
se permita o controle da execução por parte da população. 
k) Responsabilidade na gestão fiscal: deve o administrador agir com probidade, 
moralidade. 
12. Explique as peculiaridades do Processo Legislativo de Lei Orçamentária, se comparada 
ao Processo Legislativo Ordinário. 
As peculiaridades são: A iniciativa, que é restrita ao Presidente da República e as Deliberações, 
pois o PL é avaliado por comissão mista, que não podem fazer emendas que busquem aumentar 
a despesa, ou seja, emenda é limitada. Quem aprova essas leis é o Plenário. Depois disso, ocorre 
normalmente, como processo legislativo ordinário (sanção e promulgação). 
13. Discorra sobre os tipos de Leis Orçamentárias e as suas características. 
A leis orçamentárias são: O Plano Plurianual, A Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei 
Orçamentária Anual. 
O PPA estabelece os objetivos e metas do governo federal, em caráter geral e abstrato. É o plano 
de ideia e intenções governamentais. 
A LDO busca estabelecer as prioridades do poder executivo, pelo período de um ano. 
A LOA é a mais concreta das leis orçamentárias, pois é ela que vai dispor sobre as despesas 
efetuadas e estimativa das receitas. 
14. O que é Crédito Público? 
Crédito Públicoé uma espécie de empréstimo público. É entrada de dinheiro, em caráter 
temporário (no que se difere de receita pública, que tem caráter permanente) e sem expansão 
patrimonial do Estado. 
 
15. Discorra sobre a natureza jurídica do Crédito Público. 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
Para definir a natureza jurídica de Crédito Público, há três correntes: 
A primeira corrente alega ser um ato de soberania, onde há a autodeterminação do Estado. A 
segunda corrente alega ser mero ato legislativo, ou seja, um ato sujeito a um controle. A terceira 
corrente, e mais aceita, é a que defende que o empréstimo público é um negócio jurídico 
bilateral regulado pelo ordenamento jurídico, ou seja, um contrato; esta corrente se subdivide 
em publicistas, os quais defendem que se trata de um contrato com regime de direito público, 
onde não há autonomia da vontade; e os privatistas, que defendem que é um contrato regido 
por normas de direito privado, onde se prevalece a autonomia da vontade. 
16. Discorra sobre a classificação constitucional de crédito público. 
A CF88 prevê dois tipos de crédito público, sendo: as operações de crédito por antecipação de 
receita, o qual se trata de empréstimos utilizados a curto prazo, para suprir déficit de caixa e são 
devolvidos no mesmo exercício financeiro; o segundo, são as operações de crédito em geral, 
que são os empréstimos de longo prazo. 
17. Discorra sobre a classificação doutrinária de crédito público. 
A doutrina tem quatro classificações de crédito público: 
a) Quanto à duração: empréstimos temporários e permanentes. Este critério, apesar de 
usado, é pouco útil, uma vez que, para se configurar empréstimo público, ser 
temporário é inerente. Se for permanente, deixa de ser empréstimo e passa a ser receita 
pública. 
b) Quanto ao prazo: Dívida flutuante, que que é aquela contraída a curto prazo para suprir 
às necessidades momentâneas da Administração Pública, decorrentes de despesas 
imprevistas. E as Dívidas fundadas, que são aquelas contraídas a longo prazo, sem termo 
certo e sem obrigação de resgate; obriga-se a pagar prestações de juros moratórios. 
Caso o pagamento não seja realizado, haverá intervenção federal. 
c) Quanto à moeda: interno, se a dívida for contraída no território nacional, e externo, 
quando contraída em moeda externa ou com pessoa jurídica internacional. 
d) Quanto a anuência do emprestador: Créditos compulsórios são aqueles em que se há a 
limitação da autonomia da vontade, onde o Estado se utiliza da sua soberania, 
vinculando e compelindo o outro a emprestar. Créditos voluntários são aqueles onde se 
vigora o princípio da autonomia da vontade, ou seja, o sujeito empresta o dinheiro se 
assim o quiser. 
 
18. Discorra sobre o crédito forçado e as técnicas que o estado se utiliza para satisfazê-lo. 
Existem duas técnicas das quais pode se vale o Poder Público para a satisfação de créditos. A 
primeira é a retenção de depósitos feitos em banco; neste caso, o Poder Público, através do 
Banco Central, ordenará às instituições financeiras que parte desses depósitos sejam 
encaminhados para o Estado. Não se trata de confisco, mas de mera retenção provisória. A 
segunda é dar curso forçado a cédulas do tesouro, ou seja, fazer com que as cédulas tenham a 
circulação de moedas, trocando-as em razão do empréstimo. 
 
19. Discorra sobre o crédito voluntário e os instrumentos utilizados pelo Estado para 
satisfazê-lo. 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
O crédito voluntário é aquele em que se prevalece o princípio da autonomia da vontade. NO 
ENTANTO, dentro de limites do regime de direito público. 
São três os instrumentos utilizados pelo Poder público para satisfazê-lo: 
a) Prêmio de reembolso: Quando Estado dá uma espécie de desconto. Exemplo: um título 
que valha 10 reais é vendido por 5 reais. 
b) Juros progressivos: juros que aumentam na medida em que aumenta-se o prazo do 
empréstimo. 
c) Lotos: distribuição de prêmios em dinheiro. 
 
20. O que são precatórios? 
Precatórios são despesas públicas contraídas em razão de sentença condenatória, a qual ordena 
o cumprimento de uma obrigação de dar quantia em dinheiro. 
21. Qual o procedimento para a constituição e cobrança de um precatório? 
Primeiramente, o juiz de primeiro grau declara a sentença condenatória e, após isso, a 
encaminha para o presidente do Tribunal ao qual está vinculado. O presidente do Tribunal 
expedirá ofício à Fazenda condenada, solicitando que seja pago um dado valor a uma pessoa 
determinada. Para que essa dívida seja paga no exercício financeiro seguinte, é preciso que este 
ofício seja encaminhado até o dia 1º de julho, para que haja tempo hábil para a inclusão na LOA; 
se assim não for feito, o precatório só será pago 2 anos depois. 
O regime ordinário, previsto no art. 100 da CF, dita que os precatórios de natureza alimentícia 
têm prioridade. 
O regime especial, constante no art. 97 da ADCT, prevê que, no caso de precatórios vencidos no 
período da promulgação, será pago por prestações mensais (1/12) ou prestações anuais. 
Em caso de descumprimento do pagamento, poderá haver intervenção federal. 
Há, também, sanções previstas para o descumprimento, que são: sequestro da quantia da conta 
do ente devedor, se assim for ordenado pelo juiz; ou responder pelo crime de responsabilidade 
e ter suspensa a suas transferências voluntárias. 
Há, também, possibilidade de abatimento do débito. Por exemplo, se uma pessoa deve IRPF, a 
União poderá abater esse débito do precatório. Outra possibilidade é o mercado de precatório, 
ou seja, a transferência deste. E, por último, a possibilidade de compra de imóveis públicos com 
tal crédito, desde que seja previsto pela lei relacionada ao ente devedor. 
22. Discorra sobre a fiscalização financeira e orçamentária 
Os três poderes executam o controle financeiro interno, já o controle externo é realizado 
privativamente pelo Congresso Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas. 
A fiscalização tem as finalidades de averiguar a legalidade, que é a adequação do orçamento às 
previsões; a legitimidade, que é o exame de mérito sobre a despesa atingir aos fins pretendidos; 
e a economicidade, que é a análise do custo-benefício, ou seja, se fora realizado o maior número 
de atividades com o menor valor. 
A fiscalização atinge a quatro campos: O campo financeiro, pois verifica o movimento de entrada 
e saída de dinheiro; o campo patrimonial, onde se analisa se houve acréscimo ou decréscimo do 
 
Glória Corrêa QUETIONÁRIO – QUESTÕES SUBJETIVAS – CONFORME CADERNO (Prof. Paulo Pimenta) 
patrimônio do ente; contábil, que trata dos números; e operacional, que se relaciona ao 
procedimento para arrecadação e para a realização de despesas. 
O TCU é órgão auxiliar, responsável juntamente ao CN, para a realização do controle externo. 
Suas atribuições são divididas em três âmbitos: 
a) Atividade de fiscalização em sentido estrito: trata-se do julgamento de contas dos 
administradores de Direito Público, a fiscalização dos recursos da União que são 
repassados, e a análise de contas do Presidente da República. Neste último caso, emitir-
se-á um parecer prévio, 60 dias após a apresentação das contas, que será encaminhado 
ao CN e será votado/apreciado. 
b) Controle de legalidade dos atos: onde se busca controlar a legalidade dos atos de 
nomeação do serviço público e de desligamentos, como o caso de aposentadoria. 
c) Adoção de providências práticas: Aqui trata-se dos atos concretos, onde se verificará se 
houve irregularidade. Havendo a irregularidade, o TCU estipulará prazo para que essaseja sanada. 
No âmbito estadual, temos os TCE’s. No âmbito municipal, temos os TCM’s. No entanto, houve 
lei que proibiu a criação de mais tribunais de contas, permanecendo assim, tão somente, os já 
existentes. 
É importante salientar, que além dos controles interno e externo, há o controle social, que diz 
respeito ao poder do povo de representação de denúncia em relação ao acompanhamento do 
orçamento.

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