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UFRRJ - ICE - DEMAT Prof.a Aline Material para a aula de Ca´lculo III Temas: “Teorema de Stokes e Teorema da Divergeˆncia de Gauss” Parte I: Teorema de Stokes Definic¸a˜o 1 Seja S uma superf´ıcie orientada por um campo de vetores normais unita´rios −→n . Dizemos que a fronteira ∂S de S possui orientac¸a˜o positiva se a superf´ıcie S esta´ a` esquerda de uma pessoa que caminha ao longo de ∂S com o vetor −→n representando sua posic¸a˜o vertical. Teorema de Stokes Seja S uma superf´ıcie orientada, lisa por partes, cuja fronteira e´ formada por uma curva C fechada, simples, lisa por partes, com orientac¸a˜o positiva. Seja −→ F um campo vetorial cujas func¸o˜es componentes teˆm derivadas parciais cont´ınuas em uma regia˜o aberta de R3 que conte´m S. Enta˜o ∫ C −→ F · d~r = ∫ ∫ S rot −→ F · d~S Observac¸a˜o 1 Como ∫ C −→ F · d~r = ∫ C 〈 −→ F , −→ T 〉 ds e ∫ ∫ S rot −→ F · d~S = ∫ ∫ S 〈 rot −→ F ,−→n 〉 dS, o Teorema de Stokes nos diz que, sob as condic¸o˜es dadas, a integral de linha em torno da curva fronteira de S da componente tangencial de −→ F e´ igual a integral de superf´ıcie da componente normal do rotacional de −→ F . Como a curva fronteira, orientada positivamente, da superf´ıcie orientada S e´ fre- quentemente denotada por ∂S, o Teorema de Stokes pode ser escrito como ∫ ∫ S rot −→ F · d~S = ∫ ∂S −→ F · d~r Exemplo 1 Calcule ∫ C −→ F · d~r, onde −→ F (x, y, z) = (−y2, x, z2) e C e´ a curva de intersec¸a˜o do plano y+ z = 2 com o cilindro x2 + y2 = 1. Oriente C no sentido anti-hora´rio quando vista de cima. 1 Parte II: Teorema da Divergeˆncia de Gauss Definic¸a˜o 2 Seja E uma regia˜o limitada do R3, tendo como fronteira uma superf´ıcie S = ∂E. Dizemos que ∂E esta´ orientada positivamente se o vetor normal em cada ponto de ∂E aponta para fora de E. Por exemplo, se E e´ a regia˜o de R3 definida por E = {(x, y, z) ∈ R3; 1 ≤ x2 + y2 + z2 ≤ 4}, sua fronteira ∂E e´ formada por duas esferas centradas na origem. ∂E esta´ orientada positivamente se os vetores normais a` esfera exterior apontarem no sentido contra´rio a` origem e os vetores normais a` esfera interior apontarem para a origem. Definic¸a˜o 3 Considere −→ F (x, y, z) = (P (x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)) um campo vetorial com derivadas parciais definidas num subconjunto aberto de R3. O divergente de −→ F (ou a divergeˆncia de −→ F ), denotado por div −→ F , e´ definido por div −→ F = ∂P ∂x + ∂Q ∂y + ∂R ∂z Teorema de Gauss (Teorema da Divergeˆncia) Seja E uma regia˜o so´lida, fechada e limitada de R3, cuja fronteira S = ∂E e´ uma superf´ıcie orientada positivamente (ou seja, para fora). Seja −→ F um campo vetorial cujas func¸o˜es componentes teˆm derivadas parciais cont´ınuas em uma regia˜o aberta de R3 que conte´m E. Enta˜o ∫ ∫ S −→ F · d~S = ∫ ∫ E ∫ div −→ F dV, ou seja, ∫ ∫ ∂E −→ F · d~S = ∫ ∫ E ∫ div −→ F dV, Observac¸a˜o 2 O Teorema da Divergeˆncia afirma que, sob as condic¸o˜es dadas, o fluxo de −→ F pela superf´ıcie fronteira de E e´ igual a` integral tripla do divergente de −→ F em E. Exemplo 2 Determine o fluxo do campo vetorial −→ F (x, y, z) = (z, y, x) sobre a esfera unita´ria x2 + y2 + z2 = 1. 2
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