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FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS SANTO AGOSTINHO- FACET 4º PERÍODO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CAROLINA OLIMPIO CIRO PORTO BANEIRA DE ALMEIDA DEBORA RAIANE DE BRITO EMILLY OLIVEIRA COUTINHO FELIPE DANIEL PEREIRA JOYCE FARIAS PARAÍSO MARCOS DAVID FERREIRA GOMES MIRRAELLY MAYRA DA SILVA TARCIO HENRIQUE OLIVEIRA SISTEMAS DE AQUECIMENTO DE CALDEIRAS Montes Claros, 2016 CAROLINA OLIMPIO CIRO PORTO BANEIRA DE ALMEIDA DEBORA RAIANE DE BRITO EMILLY OLIVEIRA COUTINHO FELIPE DANIEL PEREIRA JOYCE FARIAS PARAÍSO MARCOS DAVID FERREIRA GOMES MIRRAELLY MAYRA DA SILVA TARCIO HENRIQUE OLIVEIRA SISTEMAS DE AQUECIMENTO DE CALDEIRAS Projeto Interdisciplinar apresentado para avaliação, do 4º período do Curso de Engenharia de Produção, turno Noturno, da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho de Montes Claros – FACET, ministrado pelo Professor Edson Barbosa Andrade, disciplina de Fenômenos de Transportes. Montes Claros, 2016 RESUMO Este estudo apresenta uma breve análise sobre o custo e viabilidade do metano, cavaco de madeira e biogás para um dia de fornecimento de vapor em uma determinada indústria tendo com fim a assepsia da tubulação, aquecimento de reatores e operações unitária. Foi realizada a análise da demanda diária de vapor, custo e quantidade de cada produto. Esta análise foi feita através de modelagem matemática, baseando-se em orçamentos de custos e tendo em vista os princípios da livre concorrência e baseando-se nos preceitos de sustentabilidade visando cenários futuros. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 1.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 5 1.1.1 Objetivos específicos .................................................................................................... 5 2. METODOLOGIA ................................................................................................................... 6 2.1 RESULTADOS E DISCURSÕES ........................................................................................... 6 3. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 11 5 1. INTRODUÇÃO É comum a utilização do vapor para fornecer a energia necessária em indústrias e empresas que requerem uma grande quantidade de calor para o seu funcionamento. Deste modo, pode-se dizer que, vapor consiste na união do elemento químico água com o elemento físico energia ou calor. Esse vapor geralmente é produzido em caldeiras, que são instrumentos térmicos que possuem a finalidade de transformar água em vapor, utilizando para isso a queima de qualquer tipo de combustível. Sendo assim, nos dias atuais, classificam-se caldeiras, de acordo com os gases, em dois tipos básicos: flamotubulares, no qual os gases atravessam o interior do tubo e aquecem a água e aquatubulares, onde os gases circulam por fora dos tubos e a vaporização da água se dá dentro dos mesmos. Destarte, o presente estudo tem como objetivo demonstrar a crescente necessidade de melhor aproveitamento da energia em processos industriais, visando uma redução dos custos envolvidos na produção e uma diminuição do impacto ambiental, causado pela geração da energia utilizada. Portanto, pode ser identificado como uma oportunidade de melhoria em uma determinada indústria, o sistema de aquecimento de caldeiras e a queima de combustíveis, tais como cavaco de madeira que são pequenos pedaços de madeira obtidos através da picagem de toras, sobras das serrarias, indústrias moveleiras e da madeira descartada, do metano, um gás que não possui cor (incolor) nem cheiro (inodoro) e do biogás gás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica resíduos orgânicos, por bactérias. 1.1 OBJETIVO GERAL Determinar qual produto possui menor custo e maior eficiência para o aquecimento de caldeira. 1.1.1 Objetivos específicos Analisar e mensurar a viabilidade do metano, cavaco de madeira e biogás para o aquecimento de caldeiras na produção de vapor, voltado para aquecimento de reatores, assepsia da tubulação e operações unitárias em uma indústria. 6 2. METODOLOGIA O presente trabalho pode ser caracterizado como descritivo, quando procura descrever sistematicamente uma área de interesse ou fenômeno, de acordo com Lakatos e Marconi (2001). Como também de caráter quantitativo, uma vez que busca por meio de dados numéricos apresentar um resultado. As informações e dados necessários para a análise foram obtidos através de cálculos, bem como através dos manuais de caldeiras, buscando também um embasamento teórico com qualidade e de referências comprovadas em livros, artigos, apostilas e sites especializados da internet. 2.1 RESULTADOS E DISCURSÕES Para análise de custos e viabilidade de cada produto primeiramente foram recolhidos alguns dados primários para o cálculo da demanda diária de vapor, água e energia, para posteriormente calcular quantidades e custos. DADOS PRODUTO PCI PCS Metano 11.290Kcal.kg-1 13.250Kcal.kg138 Cavaco de Madeira 4.300Kcal.kg-1 ***** Biogás 8.033Kcal.kg-1 ***** PRESSÃO TEMPERATURA ENERGIA NECESSÁRIA 10bar 25°c 664Kcal.Kg-1 DEMANDA DE VAPOR DA INDUSTRIA 13.200Kg.s -1 O primeiro passo então foi calcular as demandas de água, vapor e energia, para utilizarmos na quantidade necessária de cada produto. Para isso utilizamos a regra de 3: Demanda diária de vapor em kg/s: (13.200kg/s) x (86.400s) = 1.140.480,000Kg/s Demanda diária de água: 1 Litro de água gera 1kg de vapor, logo a demanda de água será: 1.140.480,000L/1000 = 1.140.480m³ Demanda diária de energia: 7 1kg de vapor 664Kcal 1.140.480,000 x = 757,2788x109 O cálculo da quantidade foi realizado na sequência: Quantidade necessária de cada produto: CAVACO DE MAEIRA 4.300Kcal 1kg de cavaco 757,2788x109 x = 176,11x106kg METANO 11.290Kcal 1kg 757,2788x109 x = 67,07x106kg BIOGÁS 8.033Kcal 1kg 757,2788x109 x = 94,27x106Kg Realizamos também o cálculo da quantidade de vapor produzido por unidade do produto, levando em conta o PCI e as Kcal. Onde PCI: Poder Calorifico Inferior e kcal, quilocaloria. Vapor produzido por unidade do produto: CAVACO DE MAEIRA 664Kcal 1kg de cavaco x 4.300Kcal.kg-1 = 6,4759kg METANO 664Kcal 1kg de metano x11.290Kcal.kg-1 = 17,0030kg BIOGÁS 664Kcal 1kg de biogás x 8.033Kcal.kg-1 = 12,0979kg Para o cálculo dos custos se fez necessário o uso da densidade de cada produto, o seu valor em m³ e kg como também quantidade necessária para gerar a demanda diária de vapor. Custos diários 8 PRODUTO DENSIDADE VALOR UNIDADE ÁGUA Não influencia R$ 23,96 m³ METANO 0,656kg/m³ R$ 1,80 m³ BIOGÁS 1,15kg/m³ R$ 1,31 R$ 1,02 kg m³ CAVACO DE MADEIRA 285kg/m³ (média) R$ 130,00 T ÁGUA (1.140.480m³) x *(23,962 m³) = R$ 27.328.181,76 *Incluso o custo da água do esgoto dinâmico com coleta e do esgoto dinâmico com coleta e tratamento; CAVACO DE MADEIRA Como o valor dado está para tonelada, dividimos por 1000, sendo assim temos: (130) / (1000) = R$ 0.13 kg de cavaco, tendo um custo diário de (176,11x106kg) x (0.13) = R$ 22.894.300 kg; Passando para m³ temos: (176,11x106kg) / (285kg/m³) = 617.929,82m³ e um custo diário de (617.929,82m³) x *(37,05m) = R$ 22.894.300m³ *Utilizamos a relação massa/volume. 285kg/m³ 1m³ 1kg x = 0,003508771 1kg de cavaco R$0,13 1kg de cavaco 0,003508771 Assim temos: R$0,13 0,003508771 x 1m³ = R$ 37,05 Podemos perceber que a variação do custo em kg e m³ é pequena. METANO Como a quantidade (volume) está em kg, e o custo em m³ é necessário a conversão para m³. Para isso utilizamos a densidade do metano, que é de 0,656 kg/m³. Assim temos: (67,07x106kg) / (0,656 kg/m³) = 102,240x106m³ de metano por dia, com um custo de (102,240x106m³) x (1,80) = R$ 184.033.536,7m ³ BIOGÁS (94,27x106kg) x *(1,3196kg) = R$ 124.399.069,1 kg; 9 Passando de kg para m³ temos: (94,27x106kg) / (1,15kg/m³) = 81,973x106m³ de biogás por dia, com um custo de (81,973x106m³) x *(1,02m³) = R$83.612.460 m³ *Valor encontrado em 0,39 US$/kg convertido para R$; *Valor sem externalidade, efeitos colaterais da produção de bens ou serviços sobre outras pessoas que não estão diretamente envolvidas com a atividade. Para obtermos o custo mensal, basta multiplicar os valores por 30, percebendo também a diferença de preços entre os produtos. PRODUTO CUSTO MENSAL Água R$ 819.845.452,80 Cavaco de Madeira R$ 686.829.000,00 Metano R$ 5.521.006.101,00 Biogás R$ 2.508.373.800,00 DIFERENÇA DE PREÇO Metano e Biogás R$ 3.012.632.301,00 Biogás e Cavaco de M. R$ 1.821.544.800,00 Cavaco de M. e Metano R$ 4.834.177.101,00 Podemos observar uma enorme variação de preço entre os produtos. 10 3. CONCLUSÃO Baseando-se nos resultados obtidos e nas discussões apresentadas neste trabalho, pode-se concluir que: Levando em conta o custo final dos produtos, o cavaco de madeira apresenta uma variação menor, mesmo sendo necessário em maior quantidade, uma vez que um metro cúbico de gás equivale a 1,6kg de lenha. Porém deve ser considerado n fatores para a sua aquisição, tais como: logística, observando se o fornecedor fica a uma distância muito longa da indústria; umidade do cavaco, pois ela influenciará numa maior formação de fuligem e fumaça; reação de combustão, verificando se ela é completa ou incompleta, devido ao monóxido de carbono (substância tóxica) produzido pela queima incompleta dos combustíveis. E baseando- se nos princípios da livre concorrência, onde um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou serviço, os preços praticados tendem a se manter nos menores níveis possíveis e as empresas devem constantemente buscar formas de se tornarem mais eficientes, a fim de aumentarem seus lucros; Por outro lado, é notório os altos custos que cercam todos os produtos, mesmo que sejam requeridos em grandes, médias ou pequenas quantidades o investimento não deixará de ser alto, isso devido aos custos fixos e aos custos variáveis; O discurso da sustentabilidade está presente nas organizações. No entanto, é importante que exista sincronia entre o discurso e a prática. É evidente a necessidade de minimizar o uso de energias provenientes de fontes fósseis, além de mitigar os eventos causados pelas elevadas emissões de gases de efeito estufa. 11 REFERÊNCIAS BIZZO, Waldir A. Geração, Distribuição e Utilização de Vapor. UNICAMP, 2003. http://www.opcaoverde.com.br/ http://www.ufrgs.br/cursopgdr/downloadsSerie/derad005.pdf https://drive.google.com/file/d/0B-ZGHI4o5tS7Q1hPcGlwMTVnVXc/view https://explicatudo.com/como-fazer-uma-justificativa-de-um-projeto http://www.vega.com.br/CreditoCarbonoBiogas.html http://www.cavacosbrasil.com.br/ www.fragmaq.com.br/blog/energia-renovavel/cavacos-de-madeira/ http://www.gruposalmeron.com.br/biomassa-grupo-salmeron.html http://rwengenharia.eng.br/como-funciona-uma-caldeira/ http://www.webartigos.com/artigos/o-principio-da-livre-concorrencia-na-ordem- economica/90108/#ixzz4NXL5C6no http://celuloseonline.com.br/sabe-qual-deveria-ser-faixa-de-preco-da-biomassa-de- cavaco-de-madeira/ http://www.fahor.com.br/publicacoes/sief/2013/dimensionamento_de_uma.pdf https://drive.google.com/file/d/0B-ZGHI4o5tS7aXRnQlpsZkpTa28/view http://www.elektro.com.br/Media/Default/DocGalleries/Eficientiza%C3%A7%C3%A3 o%20Energ%C3%A9tica/GERACAO_DE_VAPOR_E_CALOR.pdf
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