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Universidade Federal do Ceará – campus de Sobral Faculdade de Medicina Aparelho Locomotor Sistema Muscular Monitoria de Anatomia Humana Acadêmico: Joab da Silva Lima Sobral - 2017 Sumário I – Introdução ........................................................................................................................................................... 1 II – Músculo estriado esquelético II.I Estruturas acessórias .................................................................................................................................... 1 II.II Denominação ............................................................................................................................................... 1 III – Membros inferiores III.I Região da Coxa ........................................................................................................................................... 1 III.I.I músculos anteriores ........................................................................................................................... 2 III.I.II músculos mediais ...............................................................................................................................2 Canal dos adutores ............................................................................................................................ 3 Hiato dos adutores ............................................................................................................................ 3 III.I.III músculos posteriores ........................................................................................................................3 Fossa poplítea ...................................................................................................................................3 III.II Região Glútea ............................................................................................................................................. 3 III.III Região da perna .........................................................................................................................................4 III.III.I compartimento anterior .................................................................................................................4 III.III.III compartimento lateral ..................................................................................................................4 III.III.III compartimento posterior ............................................................................................................. 5 III.III.III.I grupo muscular superficial .............................................................................................5 III.III.III.II grupo muscular profundo ............................................................................................. 5 III.IV Região do pé ............................................................................................................................................ 5 III.IV.I 1ª camada ...................................................................................................................................... 5 III.IV.II 2ª camada ..................................................................................................................................... 6 III.IV.III 3ª camada .................................................................................................................................... 6 III.IV.IV 4ª camada ................................................................................................................................... 6 IV – Membros superiores IV.I Músculos toracoapendiculares .................................................................................................................. 6 IV.I.I Anteriores ......................................................................................................................................... 6 IV.II Posteriores .........................................................................................................................................6 IV.II.I Superficiais .............................................................................................................................. 6 IV.II.II profundos ............................................................................................................................... 7 IV.II.III escapolumerais ......................................................................................................................7 IV.II Região do braço ........................................................................................................................................ 7 IV. II.I Músculos flexores .......................................................................................................................... 7 IV.II.II Músculos extensores ..................................................................................................................... 7 Fossa cubital ...................................................................................................................................8 IV.III Região do antebraço ........................................................................................................................................8 IV. III.I Músculos Flexores ...............................................................................................................................8 IV.III.I.I Camada superficial ..................................................................................................................8 IV.III.I.II Camada intermediária ............................................................................................................8 IV.III.I.III Camada profunda ..................................................................................................................8 IV.III.II Músculos extensores ..........................................................................................................................9 IV.III.II.I Camada superficial ................................................................................................................ 9 IV.III.II.II Camada profunda ................................................................................................................. 9 IV.III.II.III Músculos salientes da camada profunda ............................................................................ 9 Tabaqueira anatômica ........................................................................................................ 10 IV.IV Região da mão ........................................................................................................................................ 10 IV.IV.I Compartimento tenar ...................................................................................................................10 IV.IV.II Compartimento adutor ................................................................................................................ 10 IV.IV.III Compartimento hipotenar .......................................................................................................... 10 IV.IV.IV Compartimento central .............................................................................................................. 10 IV.IV.V Compartimento interósseo ......................................................................................................... 10 V – Músculos da Parede torácica ........................................................................................................................... 10 VI – Músculo Diafragma .......................................................................................................................................... 11 VII – Músculos da Parede abdominal ..................................................................................................................... 11 VII.I Músculos da parede abdominal ântero- lateral ......................................................................................11 VII.I.I Músculos planos ............................................................................................................................11 VII.I.II Músculos verticais .........................................................................................................................12 VII.II Músculos da parede abdominal posterior .............................................................................................12 VIII – Músculos da Pelve e Períneo VIII.I Diafragma pélvico ...................................................................................................................................12 VIII.II Músculos do Períneo ............................................................................................................................. 13 IX – Músculos do Dorso IX.I Músculos extrínsecos do Dorso .........................................................................................................................13 IX.I.I Camada superficial .............................................................................................................................13 IX.I.II Camada intermediária .......................................................................................................................13 IX.II Músculos intrínsecos do Dorso .................................................................................................................13 IX.II.I Camada superficial ...........................................................................................................................13 IX.II.II Camada intermédia .........................................................................................................................13 IX.II.III Camada profunda ..........................................................................................................................13 IX.II.IV Camada profunda menor .............................................................................................................. 14 X – Músculos Suboccipitais e profundos do pescoço ............................................................................................. 14 XI - Músculos do pescoço XI.I Músculos Cutâneos superficiais ..................................................................................................................14 XI.I.I Região esternocleidomastóidea .........................................................................................................14 XI.I.II Região cervical posterior ...................................................................................................................14 XI.II Região cervical lateral ................................................................................................................................14 XI.III Região cervical anterior ............................................................................................................................15 XI.III.I Músculos supra-hióideos ................................................................................................................15 XI.III.II Músculos infra-hióideos ................................................................................................................15 XI.III.II.I Plano superficial ................................................................................................................15 XI.III.II.II Plano profundo ................................................................................................................15 XI.IV Músculos pré-vertebrais .........................................................................................................................15 XI.IV.I Músculos vertebrais anteriores ....................................................................................................15 XI.IV. II Músculos vertebrais laterais .......................................................................................................16 XI.V Músculos Para-vertebrais ........................................................................................................................16 Trígonos do Pescoço ...............................................................................................................................16 XII. Músculos da cabeça XII.I Músculos da face e do couro cabeludo .......................................................................................................16 XII.I.I Músculos do couro cabeludo, da fronte, do supercílio e do Nariz .....................................................16 XII.I.II Músculos da boca, dos lábios e das bochechas .................................................................................17 XII.I.III Músculos da abertura das órbitas ....................................................................................................17 XII.II Músculos da orelha ...................................................................................................................................17 XII.III Músculos da Mastigação ..........................................................................................................................18 XII.IV Músculos extrínsecos do bulbo ocular .....................................................................................................18 XIII. Referências .......................................................................................................................................................19 Abreviações – O: Origem I: Inserção FP: fixação proximal FD: fixação distal F: Função IN: inervação FS: Fixação superior FI: Fixação inferior 1 I.INTRODUÇÃO O Sistema Muscular é formado por todos os músculos do corpo, a maioria dos que recebem nome são do tipo estriado esquelético. As células musculares são chamadas de fibras musculares pois são longas e estreitas quando relaxadas e são especializadas na contração, movimentando ou modificando a estrutura de uma parte do corpo. Existem três tipos de músculo: Estriado esquelético – Somático, voluntário, de aparênciaestriada, que estabiliza e movimenta ossos e outras estruturas. Estriado Cardíaco - visceral, involuntário, forma o coração e partes adjacentes de grandes vasos (ex: aorta). Músculo Liso - visceral, involuntário, não estriado, forma a parede dos vasos sanguíneos e de órgãos ocos. II. MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO Principais funções: Movimento, sustentação estática, dão forma ao corpo, fornecem calor. Chamados apenas de músculos, possuem porções carnosas avermelhadas e contrateis (cabeças ou ventres), porções brancas não contrateis (tendões) que os fixam nos ossos e outras estruturas (cartilagens, outros músculos, fáscias, ligamentos). É preciso lembrar que alguns tendões formam lâminas planas denominado aponeuroses. O comprimento de um músculo é dado pela distância entre suas inserções. II.I ESTRUTURAS ACESSÓRIAS: Fáscias: envolvem um músculo ou grupo muscular, mantendo-os em posição durante a contração, origem ou inserção muscular além de ser vias de passagem para vasos e nervos. Bainhas fibrosas/bainhas sinoviais: Formados por tecido conectivo denso. Inseridos nos ossos formando canais nos quais os tendões deslizam. Cada bainha sinovial forma dois cilindros concêntricos entre os quais existe a sinóvia. Mesotendão: Continuidade entre o cilindro interno e externo da bainha sinovial na qual os vasos sanguíneos entram e saem. Em cirurgias é de fundamental importância manter a integridade destes, pois sua lesão causa aderências fibróticas que dificultam o movimento. II.II DENOMINAÇÂO: Os músculos são designados (nominados), com base na(no): Posição: lateral, anterior, posterior. Comprimento: curto, longo. Ventre muscular: Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com tendões intermediários entre eles. Digástricos, poligástricos se apresentam dois ou mais ventres. Ação: Ação principal decorrente da contração do músculo: flexor, extensor, abdutor e etc. Função: Agonista – principal responsável pela produção de um movimento específico do corpo por meio de sua contração concêntrica. Fixador – estabiliza as partes proximais de um membro mediante contração isométrica, enquanto ocorre movimentação distal. Sinergista – complementa a ação de um agonista, auxiliando diretamente (componente mais fraco do movimento) ou indiretamente (fixador de uma articulação interposta quando um agonista passa mais de uma articulação). Antagonista – se opõe a ação de outro, de forma primária (oposição direta à um musculo agonista) secundária (utiliza-se de um sinergista). Local de fixação(origem): Quando se originam por mais de um tendão apresenta mais de uma cabeça ou origem, isto é bíceps, tríceps, quadríceps, com base se apresentam duas, três, quatro cabeças de origem. Local de fixação(inserção): Quando se inserem por um ou dois tendões, bicaudados, policaudados quando possuem dois ou mais tendões de inserção. Formato: Planos – fibras paralelas, frequentemente com uma aponeurose, ex: sartório. Peniformes – semelhante a penas na organização fascicular (semi, peni e multipeniformes) ex: extensor longo do dedo, reto femoral e deltoide respectivamente. Fusiformes – formato de fuso, extremidades afiladas, ventre(s) redondo ou espesso, ex: bíceps braquial. Triangulares ou Convergentes – Originam-se em uma área larga e convergem para formar um único tendão, ex: peitoral maior. Quadrados – quatro lados iguais ex: reto abdominal. Circulares ou esfincterianos – circundam um orifício ou abertura, quando contraído fecha-os, ex: orbicular do olho. III. MEMBROS INFERIORES III.I REGIÃO DA COXA Organizados em três compartimentos por septos musculares, organizados da superfície interna da fáscia lata até a linha áspera do fêmur, os compartimentos são: anterior (ou extensor) suprido pelo nervo femoral, sendo o maior de modo geral e inclui o fêmur, medial (ou adutor) nervo obturatório, posterior (flexor) suprido pelo nervo tibial do nervo isquiático. 2 III.I.I Músculos anteriores da coxa Tendem a sofrer atrofia rapidamente com a doença, e muitas vezes há necessidade de fisioterapia para restabelecer a força, o tônus e a simetria com o lado oposto. Pectíneo: músculo de transição entre os compartimentos anterior e medial. Quadrangular plano, localizado na parte anterior da face superomedial da coxa. Formado por duas camadas (superficial e profunda) suprido por dois nervos diferentes (Femoral e um ramo do oburatório). Aduz, flete e auxilia na rotação medial da coxa. FP: Ramo superior do púbis. FD: Linha pectínea do fêmur. Iliopsoas: Formado pela parte terminal de dois músculos, psoas maior e ilíaco. Principal flexor da coxa, fica geralmente oculto na parede abdominal posterior e pelve maior, não só produz movimento, mas estabiliza (fixa). É ativo durante a caminhada em declive, quando sua contração resiste à aceleração. É um musculo postural ativo na postura de pé, mantendo a lordose lombar normal. Psoas maior: longo, espesso, fusiforme, é o filé mignon nos animais, segue em sentido inferolateral até chegar ao trocanter menor do fêmur. FP – Processos transversos das vértebras lombares. FD – Trocanter menor do fêmur. IN - ramos do plexo lombar. Ilíaco: triangular, grande, situado ao longo da face lateral da parte inferior do psoas maior.FP – Crista ilíaca, fossa ilíaca. FD - Trocanter menor. IN – nervo femoral. Sartório: Ou costureiro, o músculo mais longo do corpo é semelhante a uma fita. Segue em sentido lateral e medial através da parte anterossuperior da coxa. Superficial, atua em duas articulações, fletindo a articulação do quadril e do joelho, abduzindo fracamente e rotacionando lateralmente a coxa. É um musculo principalmente sinergista, já que suas ações são fracas. FP – EIAS, FD – Parte superior da face medial da tíbia. IN – nervo femoral. Quadríceps femoral: Dá o principal volume dos músculos anteriores da coxa, é o maior e um dos mais fortes músculos do corpo. Tem quatro partes: Reto femoral, vastos lateral, medial e intermédio. É um músculo biarticular, produzindo movimentos no quadril e no joelho. Estende o joelho contra a gravidade, importante para se levantar da posição agachada, escalar e subir escadas. Estabiliza a articulação do quadril e ajuda o M. iliopsoas a fletir a coxa. Absorve o choque em impactos no calcanhar. Os tendões desse músculo se unem na parte distal da coxa para formar o tendão do quadríceps. O ligamento da patela é a continuidade desse tendão, ou seja, a patela é o maior osso sesamoide do corpo. Reto femoral: Tem esse nome pois desce reto na coxa, cruza duas articulações, fleti a coxa e estende a perna na articulação do quadril. É suscetível à lesão e avulsão da EIAI durante o chute, daí o nome de “músculo do chute”. FP – EIAI. FD – tuberosidade da tíbia (indiretamente) Músculos vastos: Seus nomes indicam posição em torno do corpo do fêmur. O M. vasto intermédio deriva o M. articular do joelho, traciona a membrana sinovial superiormente durante a extensão da perna, tendo um número variável de alças musculares. Mesmas funções do reto. Obs: Os retinaculos ajudam a formar a capsula articular da articulação do joelho. FP FD Inervação V. medial Linha intertrocatérica Tuberosidade da tíbia. Retinaculos lateral e medial da patela Nervo Femoral V. lateral Trocanter maior V. intermédio Faces ant. e lat. do corpo femoral III.I.II Músculos mediais da coxa Em geral há fixação proximal na face anteroinferior externa da pelve óssea (púbis, ramo isquiopúbico e túber isquiático) e na membrana obturatória. Na linha áspera do fêmur ocorre a fixação distal. Todos são supridos pelo nervo obturatório, exceto a parte do jarrete(extensora) do adutor magno que é suprido pela parte tibial do nervo isquiático. Adutor longo: Grande, em formato de leque, mais anterior do grupo dos adutores, forma o limite medial do trígono femoral. Ao longo de seu comprimento cobreas faces anteriores do músculo adutor curto e face média do adutor magno. Aduz a coxa. FP: inferior ao tubérculo púbico. Adutor curto: Situa-se profundamente aos músculos pectíneos e adutor longo. Alarga-se ao longo do seu comprimento em direção à fixação distal. “Divide” o nervo obturatório em partes anterior e posterior, seguindo nas mesmas direções da face do músculo. Adutor magno: Triangular, maior no grupo dos adutores. Tem uma margem espessa e medial que contem a parte adutora e extensora. A parte adutora abre-se em leque para fixação distal na linha áspera, a parte extensora (do jarrete) tem fixação no tubérculo do adutor. Alguns autores descrevem o músculo adutor mínimo, que corresponde à parte mais anterior e superior do músculo adutor magno. 3 Canal dos adutores: É uma passagem longa e estreita no terço médio da coxa. Estende-se do ápice do trígono femoral, onde o sartório cruza sobre o adutor longo até o hiato dos adutores, no tendão do adutor magno. Proporciona uma passagem intramuscular para artérias e veias femorais, o nervo safeno e o nervo para o vasto medial, levando os vasos femurais até a fossa poplítea, onde tornam-se vasos poplíteos. É limitado ântero-lateralmente pelo vasto medial, posteriormente pelos adutores longo e magno e medialmente pelo sartório. Grácil: longo, em forma de coreia, o mais superficial dos grupos dos adutores e o que tem ação mais fraca. Ele une-se a dois outros músculos biarticulares (sartório e semitendíneo), assim os três tem diferentes inervações, mas com uma inserção tendínea comum: a pata de ganso, na parte superior da face medial da tíbia(FD). Atua na flexão e rotação medial da perna, além de ser sinergista na adução. FP – ramo inferior do púbis. Obturador externo: Plano, pequeno, posição profunda na parte superomedial da coxa. Estende-se na superfície externa da membrana obturada(FP) à face posterior do trocanter maior(FD). Roda lateralmente a coxa e é também inervado pelo nervo obturatório. Hiato dos adutores É uma abertura entre a fixação distal aponeurótica da parte adutora do adutor magno e a fixação distal tendínea da parte do jarrete. Dá passagem aos vasos femorais proveniente do canal dos adutores até a fossa poplítea. A abertura está localizada supero- lateralmente ao tubérculo do adutor no fêmur III.I.III Músculo posteriores da coxa Semitendíneo: Metade de sua extensão é tendão, possui ventre fusiforme, que é geralmente interrompido por uma intersecção tendínea. FP - Tuber isquiático. FD – Face medial da parte superior da tíbia. Semimembranáceo: Largo, forma membranácea achatada de sua fixação próxima no tuber isquiático(FP). O seu tendão, distalmente, divide-se em três partes: 01 fixação direta na face posterior do Côndilo medial da tíbia(FD) 02 fusão à face poplítea 03 uma parte que reforça a parte intercondilar da capsula articular do joelho, formando o lig. Poplíteo oblíquo. *Os dois estendem a coxa e fletem a perna, girando-a medialmente quando o joelho está fletido. São inervados pela divisão tibial do nervo isquiático. Bíceps femoral: Tem duas cabeças, uma longa e uma curta, se juntando na parte inferior da coxa, tendo seu tendão fixado na cabeça da fíbula. Cabeça longa – inicia no túber isquiático(FP) e cruza para o outro lado oferecendo proteção para o nervo isquiático depois de descer até a face posterior da coxa. O nervo fibular comum segue o tendão do bíceps. IN: divisão tibial do nervo isquiático. Cabeça curta – origina-se da lábio lateral do terço inferior da linha áspera(FP). É inervado pela divisão fibular do nervo isquiático. Lesão na região posterior da coxa pode atingir apenas uma das cabeças do bíceps, devido a dupla inervação. O músculo flete a perna e roda-a lateralmente quando o joelho está fletido. *FD – face lateral da cabeça da fíbula. **Musculos do jarrete: Semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral. Transpõem duas articulações, produzindo extensão do quadril e flexão do joelho. A cabeça curta do bíceps é o único que não tem essas funções. Fossa Poplítea É um compartimento do membro inferior preenchido principalmente por gordura. Superficialmente quando o joelho é fletido, a fossa poplítea apresenta-se com uma depressão em forma de losango, posterior à articulação do joelho. Superficialmente é limitada: súperolateral – bíceps femoral. Súpero medial – semimembranáceo. Inferolateral e medial – cabeças lateral e medial do gastrocnêmio respectivamente. Posteriormente – pele e fáscia poplítea. Profundamente é limitada: superiormente – linhas supracondilares lateral e medial do fêmur. Inferiormente – linha para o músculo sóleo da tíbia. Conteúdo da fossa: extremidade da veia safena parva, artérias e veias poplíteas, nervos tibial, fibular comum e cutâneo femoral posterior, linfonodo e vasos linfáticos poplíteos. III.II REGIÃO GLÚTEA São organizados em duas camadas, uma superficial que consiste nos três grandes glúteos, e uma profunda que consiste em músculos menores: obturador interno, gêmeos superior e inferior e quadrado femoral. Glúteo máximo: mais superficial, mais pesado e com fibras mais grossas do corpo. Ele cobre todos os outros glúteos, com exceção do terço anterossuperior do glúteo médio. Parte de suas fibras superficiais se inserem no trato iliotibial(FD), parte de suas fibras profundas fixam-se à tuberosidade glútea do fêmur(FD). Recebe na parte superior do seu trajeto a via profunda do nervo isquiático. Principais funções: extensão e 4 rotação lateral da coxa. Sua paralisia não afeta seriamente a marcha em superfície plana. Inervado pelo nervo glúteo inferior. *as bolsas glúteas separa o glúteo máximo das estruturas adjacentes, são sacos contendo liquido lubrificante. Em geral há três bolsas: trocantérica, isquiática e intermuscular do músculo glúteo. Glúteo médio e mínimo: forma de leque e suas fibras convergem em direção ao mesmo alvo. Mesma ação (aduz e roda medialmente a coxa, também estabilizam-a) e inervação (N. Glúteo superior). FD – face lateral e anterior do trocanter maior do fêmur respectivamente. *A fixação proximal dos músculos superficiais é: superfície póstero-lateral e as margens das asas do ílio (linhas glúteas). São em geral, extensores, adutores e abdutores da coxa. Tensor da fáscia lata: fusiforme, cerca de 15 cm de comprimento. Está encerrado entre duas camadas de fáscia lata. É basicamente um flexor da coxa, mas em geral não tem ação independente, sendo um sinergista e fixador na abdução da coxa. Tensiona a fáscia lata e o trato iliotibial FP – EIAS. FD – trato iliotibial. IN: nervo glúteo superior. Piriforme: formato de pera, localizado na parede posterior da pelve menor e posterior à articulação do quadril. Deixa a pelve através do forame isquiático maior até sua FD na margem superior do trocanter maior. É o ponto de referência na região glútea, porque ele determina o nome dos vasos e nervos. Ex: superior a ele emergem os vasos e nervos glúteos superiores. FP – ligamento sacrotuberal. IN: ramificação dos ramos anteriores de S1 e S2. Obturador interno e Gêmeos superior e inferior: Os três formam um musculo tricipital, o tríceps coxae que ocupa a abertura entre os músculos piriforme e quadrado femoral. O tendão deste tem posição horizontal na nádega enquanto segue a face medial do trocanter maior do fêmur (FD). O obturador interno está parcialmente localizado na pelve. Os pequenos gêmeos são reforços extrapélvicos triangulares e estreitos do musculo obturador interno. FP – Face pélvica da membrana obturadora, espinha isquiática, túber isquiático respectivamente.IN: Nervo para o musculo obturador interno (gêmeo superior tb), nervo para o quadrado femoral (gêmeo inferior). Rodam lateralmente a coxa estendida e abduzem a coxa fletida. Quadrado Femoral: Quadrangular, plano, curto. Estáinferiormente ao tríceps coxae. É um rotador lateral da coxa. FP – margem lateral do túber isquiático. FD- tubérculo quadrado da crista intertrocantérica. IN: nervo para o quadrado femoral. III.III REGIÃO DA PERNA Formado por três compartimentos: anterior, lateral e posterior da perna, divididos por septos intermusculares anterior e posterior e a membrana interóssea. Os músculos de cada compartimento tem função e inervação iguais. III.III.I Compartimento anterior da perna: F: Dorsiflexores da articulação talocrural. IN: nervo fibular profundo. Tibial anterior: O dorsiflexor mais medial e superficial, delgado. Começa na metade da perna e desce ao longo da face anterior da tíbia. Tem trajeto que segue dentro de sua própria bainha sinovial. Cruza duas articulações: talocalcânea e transversa do tarso. FP – Côndilo lateral da tíbia. FD – Faces medial e inferior do cuneiforme medial. Extensor longo dos dedos: o mais lateral do compartimento anterior. Este torna-se tendíneo acima do tornozelo, formando quatro tendões que se fixam às falanges média e distal dos quatro dedos laterais(FD), sendo estes tendões recobertos por uma bainha sinovial comum. Cada tendão forma uma expansão extensora (aponeurose dorsal) que se divide em duas faixas laterais e uma faixa central. FP – Côndilo lateral da tíbia. Fibular terceiro: Compartilha a bainha sinovial do ELD, sendo sua parte separada. Na parte proximal os dois músculos são contínuos, na parte distal o tendão do musculo é separado e se fixa ao 5º metatarsal (FD). Contribue na eversão do pé. Este musculo nem sempre está presente. FP – terço inferior da face anterior da fíbula. Extensor longo do hálux: fino, produndamente entre o TA e o ELD, se fixa superiormente na metade média da fíbula (FP), passa profundamente ao retináculo dos extensores terminando na face dorsal da base da falange distal do hálux. III.III.II Compartimento lateral da perna F: eversores do pé. IN: Nervo fibular superficial Fibular longo: é o mais longo e superficial dos dois fibulares. Estreito, estende-se da cabeça da fíbula (FP) à base do 1º metatarso (FD). Seu tendão pode ser palpado e observado proximal e posteriormente ao maléolo lateral. O FL atravessa o compartimento inferior (abaixo da tróclea fibular) e entra em sulco inferiormente ao cubóide. Ajuda a estabilizar o corpo apoiado por apenas um pé. Fibular curto: fusiforme, profundamente ao FL. Com frequência o tendão do fibular terceiro, funde-se ao tendão do FC. FP – dois terços inferiores da face lateral da fíbula. FD – tuberosidade do 5º metatarso. 5 III.III.III Compartimento posterior da perna O maior dos três compartimentos, é separado pelo septo muscular transverso em grupo muscular superficial e profundo. III.III.III.I grupo muscular superficial – formam o músculo da panturrilha. Nesse está situado o tendão do calcâneo (formado pelos músculos gastrocnêmio e sóleo) onde ocorre sua fixação na tuberosidade do calcâneo, embora tenham um tendão em comum os dois músculos podem agir sozinhos. Inervados pelo Nervo tibial. *M. tríceps sural formado pelo gastrocnêmio e sóleo. Gastrocnêmio: mais superficial no compartimento posterior, forma a parte mais proeminente da panturrilha. Fusiforme, com duas cabeças(lateral e medial), biarticular. As cabeças se unem na margem inferior da fossa poplítea, onde formam os limites inferolateral e ínferomedial dessa fossa. F: flexão plantar do tornozelo estendido, eleva o calcanhar durante a marcha. FP da cabeça lateral e medial – face lateral do côndilo lateral femoral, e face poplítea do fêmur respectivamente. FD – tuberosidade do calcâneo através do tendão do calcâneo. Sóleo: Localizado profundamente ao gastrocnêmio, considerado o burro de carga da flexão plantar, é um grande musculo plano. A sua FP é contínua em formato de U invertido nas faces posteriores da fíbula e tíbia(linha para o músculo sóleo), que entre eles está localizado o arco tendíneo do sóleo. Pode ser palpado quando o indivíduo está na ponta dos pés. F: flexão plantar do tornozelo independentemente da posição do joelho, estabiliza a perna sobre o pé. FD – mesmo do gastrocnêmio. Plantar: pequeno, ventre curto e tendão longo, sendo que seu tamanho e formato variam muito. Está ausente em 5-10% das pessoas. Atua com o músculo gastrocnêmio, mas devido a densidade de fusos musculares pode ser considerado um órgão de propriocepção para os flexores plantares maiores. Seu tendão pode ser removido e utilizado em enxertos sem causar incapacidade. FP – extremidade inferior da linha supracondilar do fêmur. FD – mesmo do gastrocnêmio. III.III.III.II grupo muscular profundo Inervados pelo nervo tibial Poplíteo: Fino, triangular, forma a parte inferior do assoalho da fossa poplítea. Sua fixação tendínea proximal ocorre na face lateral do côndilo lateral do fêmur, e distalmente ocorre fixação carnosa na face posterior da tíbia que é coberta pela fáscia poplítea. A bolsa do poplíteo situa-se profudamente ao tendão do músculo poplíteo. F: Flete fracamente o joelho. Flexor longo do hálux: potente flexor de todas as articulações do hálux. O tendão desse músculo segue posteriormente à extremidade distal da tíbia, ocupando um sulco na face posterior do tálus, que é contínuo com o um sulco inferior ao sustentáculo do tálús (no calcâneo). FP – dois terços inferiores da face posterior da tíbia. FD – base da falange distal do hálux. Flexor longo dos dedos: Menor que o FLH, embora movimente quatro dedos. Sua direção de tração é realinhado pelo músculo quadrado plantar. Antes de se fixar distalmente se divide em quatro tendões que por sua vez se inserem na base das falanges distais dos quatro dedos laterais. FP – parte medial da face posterior da tíbia, inferior à LMS. Tibial posterior: O mais profundo no compartimento posterior. Situa-se entre o FLD e o FLH. Tradicionalmente descrito como um inversor do pé, sua principal função é fixar o arco longitudinal medial durante a sustentação do peso. FP – face posterior da fíbula e membrana interóssea. FD – tuberosidade do navicular, cuboide e cuneiforme. III.IV REGIÃO DO PÉ Dos 20 músculos individuais, 14 estão na face plantar, 2 na face dorsal, 4 intermediários. Compartimentos da planta do pé(separado por septos intermusculares). Medial – abdutor e flexor curto do hálux, tendão do músculo flexor longo do hálux. Central – flexor curto dos dedos, tendões dos músculos flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos, adutor do hálux, quadrado plantar e lumbricais. Lateral – abdutor e flexor curto do dedo mínimo. Interósseo do pé – músculos interósseos dorsais e plantares. Dorsal do pé – extensor curto do hálux e extensor curto dos dedos III.IV.I 1ª camada Abdutor do hálux: FP – tubérculo medial(TM) da tuberosidade do calcâneo. FD – base da falange proximal do 1º dedo. F: abduz e flete o hálux. IN: Nervo plantar medial Flexor curto dos dedos: FP – TM. FD – dois lados das falanges médias dos quatro dedos laterais. F: flete os quatro dedos laterais. Nervo plantar medial. Abdutor do dedo mínimo: FP – tubérculos medial e lateral. FD – base da falange proximal do dedo mínimo. Abduz e flete o dedo mínimo. Nervo plantar lateral. 6 III.IV.I 2ª camada Quadrado plantar: FP – face medial do calcâneo. FD – margem posterolateral do tendão do m. flexor longo dos dedos. Ajuda o FLD a fletir os dedos laterais. Nervo plantar lateral. Lumbricais: FP – tendão do M. flexor longo dos dedos. FD- face medial dos quatro dedos laterais. IN: 1 medial – nervo plantar medial, 3 laterais – nervo plantar lateral. Fletem as falanges proximais e estendem a falange media e distal. III.IV.I 3ª camada Flexor curto do hálux: FP – faces plantares do cuboide e cuneiforme lateral. FD – lados da base da falange proximal do 1º dedo. Nervo plantar medial. Adutor do hálux: FP – bases do 2º-4º metatarsal (cabeça oblíqua), articulação metatarsofalângicas(cabeça transversa). FD - falange proximal do 1º dedo. Ramo profundo do nervo plantar lateral. Flexor do dedo mínimo: FP – base do 5ª metatarso. FD – base da falange proximal do 5º dedo. Ramo superficial do nervo plantar lateral. III.IV.II 4ª camada Interósseos plantares(3 musculos): FP - faces mediais do 3º-5º metatarsais. FD – faces mediais das bases das falanges do 3 ao 5º dedos. Nervo plantar lateral. Aduz os dedos. MM. semipeniformes Interósseos dorsais (4 músculos): FP – faces adjacentes dos metatarsos. FD – faces laterais dos dedos. Nervo plantar lateral. Abduz os dedos. MM. peniformes *são pouco importantes individualmente, porque o controle fino dos dedos não é importante para a maioria das pessoas No dorso do pé temos o extensor curto dos dedos e extensor curto do hálux sendo este parte do extensor curto dos dedos. Os dois são supridos pelo nervo fibular profundo. IV. MEMBROS SUPERIORES IV.I MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES IV.I.I MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES ANTERIORES Os 4 músculos dessa região movem o cíngulo do membro superior. Peitoral maior: grande, em forma de leque, compreende as partes clavicular (flete o úmero) e esternocostal (sendo esta muito maior e responsável pela maior parte da parede anterior da axila, F – estende o antebraço quando fletido). Junto com o músculo deltoide forma o sulco deltopeitoral por onde passa a veia cefálica. Estes dois músculos com a clavícula formam o trígono clavipeitoral. F – adução e rotação medial do braço, as duas partes juntas. FP – face anterior da clavícula e face anterior do esterno. FD – lábio lateral do sulco intertubercular do úmero. IN: nervos peitoral lateral e medial. Peitoral menor: é quase totalmente coberto pelo peitoral maior. Formato triangular, vai das extremidades anteriores da 3ª-5ª costela (FP) ao processo coracoide da escápula (FD). É usado como ponto de referência em cirurgias na axila. Estabiliza a escapula, deslocando-a inferior e anteriormente contra a parede torácica. IN: Nervo peitoral medial. Subclávio: posição horizontal na PA. Pequeno, redondo, inferior à clavícula. Oferece proteção para os vasos subclávios e o tronco superior do plexo braquial. F – fixa e deprime a clavícula. FP – junção da 1ª costela a sua cartilagem. FD – face inferior do terço médio da clavícula (Sulco do m.sublclávio). IN: nervo para o músculo subclávio. Serrátil anterior: situa-se sobre a parte lateral do tórax e forma a parede medial da axila. Possui alças e digitações carnosas que se fixam na face anterior da margem medial da escápula (FD). É chamado de “músculo do boxeador” devido ser protrator da escápula. Sua parte inferior roda a escápula. FP – faces externa das partes laterais das 1ª-8ª costela. IN – nervo torácico longo. IV.I.II MÚSCULOS TORACOAPENDICULARES POSTERIORES Fixam o esqueleto apendicular superior ao esqueleto axial. IV.I.II.I MM.TORACOAPENDICULARES POSTERIORES SUPERFICIAIS(extrínsecos do ombro) Trapézio: triangular, cobre a face posterior do pescoço e a metade superior do tronco. Fixa o cíngulo do membro superior ao crânio e à coluna vertebral, além de ajudar a suspender o membro superior, é um músculo superficial do dorso e um músculo cervical que pode movimentar o crânio. Suas fibras tem 3 direções: descendentes, médias (ou transversas) e ascendentes. Estas primeiras e últimas fibras atuam na rotação da escápula sobre a parede torácica. FP – terço médio da linha nucal superior. FD – terço lateral da clávicula, acrômio e espinha da escápula. IN: nervo acessório. Latíssimo do dorso: cobre uma grande área do dorso. Formato de leque, ele estende, retrai e roda o úmero medialmente. Junto com o peitoral maior é um poderoso adutor do úmero. FP – processos espinhosos das 6 vértebras torácicas inferiores. FD – assoalho do sulco intertubercular do úmero. IN: N. toracodorsal. 7 IV.I.II.II MM. TORACOAPENDICULARES POSTERIORES PROFUNDOS (extrínsecos do ombro) Levantador da escápula: seu terço superior situa-se profundamente ao esternocleidomastóideo, seu terço inferior profundamente ao trapézio. Atua com o trapézio para elevar e fixar a escapula e estender o pescoço. FP – tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras c1-c4. FD – margem medial da escápula. IN: nervos dorsal da escápula. Romboides (maior e menor): Formam um paralelogramo equilátero oblíquo, situam-se profundamente ao trapézio. O maior é fino e plano e duas vezes mais largo que o menor. Retraem e giram a escápula, deprimindo sua cavidade glenoidal. FP – processos espinhosos de T2-T5, processos espinhosos de c7-T1 respectivamente. FD – margem medial da escápula, extremidade medial da espinha da escápula respectivamente. IN: nervo dorsal da escápula. IV.I.II.III MM.ESCAPULOUMERAIS (intrínsecos do ombro) Deltóide: espesso, forte, cobre o ombro e tem contorno arredondado. É dividido em partes semipeniformes anterior e posterior e uma parte média multipeniforme. A contração junta dessas três parte abduz o braço. Suas partes A e P são utilizados para balançar os membros durante a marcha. FP – terço lateral da clavícula. Acrômio e escápula. FD – tuberosidade para o músculo deltoide do úmero. IN: nervo axilar. Redondo maior: espesso, arredondado. Segue lateralmente a partir do terço inferior da escápula. Efetua a adução e rotação medial do braço. É também um estabilizado do úmero na cavidade glenoidal. FP – ângulo inferior da escápula. FD – lábio medial do sulco intertubercular do úmero. IN: N. subescapular inferior. IV.I.II.III.I MM. DO MANGUITO ROTATOR Todos estes são rotadores do úmero, com exceção do supraespinal que auxilia o Deltóide na abdução do braço. Os tendões desses músculos fundem-se e reforçam a capsula articular da articulação do ombro. Supraespinal: ocupa a fossa supraespinal da escápula. FP – fossa supraespinal da escápula. FD – face média do tubérculo maior do úmero. Nervo supraescapular. Infraespinhal: ocupa a fossa infraespinhal e é coberto pelo deltoide e trapézio. Roda lateralmente o úmero. FP – fossa infraespinhal. FD – face média do tubérculo maior do úmero. IN: N. supraescapular. Redondo menor: estreito, alongado, não muito delimitado do infraespinal(juntos). Efetua a rotação lateral do braço e ajuda na sua adução. Inervado pelo nervo axilar. FP – margem lateral da escápula. FD – face inferior do tubérculo maior do úmero. Subescapular: espesso, triangular, forma a parte da parede posterior da axila. É o principal rotador medial do braço e também o aduz. FP – fossa subescapular. FD – tubérculo menor do úmero. NN. Subescapulares superior e inferior. IV.II REGIÃO DO BRAÇO É dividido em grupo anterior(flexores) e posterior(extensores), separado pelo úmero e septos intermusculares lateral e medial. Atuam na articulação do cotovelo e do ombro. IV.II.I MÚSCULOS FLEXORES (compartimento anterior) IN: N. Musculocutâneo Bíceps braquial: sua fixação proximal tem duas cabeças. A curta (FP extremidade do processo coracoide) e a longa (FP - tubérculo supraglenoidal), se juntando distalmente na tuberosidade do rádio através de aponeurose. Pode apresentar uma terceira cabeça. É triarticular, supina e flete o antebraço. O tendão da cabeça longa passa pelo sulco intertubercular e é coberto pelo lig. Transverso do úmero, este mantém o tendão no sulco. Distalmente forma uma fáscia que cobre os músculos flexores fundindo-se à fáscia do antebraço, esta fáscia protege as estruturas presentes na fossa cubital. Braquial: fusiforme, achatado, profundamente ao bíceps braquial. É o principal flexor do antebraçoe mantenedor dessa posição, não é afetado por pronação e nem supinação. FP – face anterior do úmero, metade distal. FD – processo coronoide e tuberosidade da ulna. Coracobraquial: alongado da face superomedial do braço. É um ponto de referência e localização, devido ser perfurado pelo N. musculocutâneo e ajudar a localizar o forame nutrício do úmero. Fleti, aduzo braço e estabiliza a articulação do ombro. FP – processo coracoide da escápula. FD – face medial do úmero. IV.II.II MÚSCULOS EXTENSORES (compartimento posterior) IN: N. Musculocutâneo Tríceps braquial: fusiforme, tem três cabeças: longa, lateral e medial. É o principal extensor do antebraço. -Cabeça longa: FP – tubérculo infraglenoidal escapular. A menos ativa, cruza a articulação do ombro. Quando aduzida serve como M. direcional. -Cabeça lateral: FP – superior ao sulco do nervo radial do úmero. É a mais forte, recrutada em atividades contra a resistência. -Cabeça medial: FP – inferior ao sulco do nervo radial do úmero. Carro-chefe na extensão do antebraço. Próxima a fixação distal desse músculo, há a bolsa subtendínea do M. tríceps braquial que reduz o atrito entre seu tendão e o olécrano. 8 Ancôneo: pequeno, triangular, situa-se na face póstero-lateral do cotovelo. Pode estar fundido ao Tríceps braquial. Os dois citados anteriormente(ancôneo e tríceps) estendem o antebraço e tensionam a capsula articular do cotovelo. FP – epicôndilo lateral do úmero. FD – face lateral do olecrano. Fossa cubital Observada como uma depressão na face anterior do cotovelo. Limites - superior: linha imaginária entre os epicôndilos medial e lateral. Medialmente: Musculo Pronador redondo. Lateralmente: Músculo braquiorradial. Assoalho: Músculo Supinador e Músculo braquial. Teto: fáscias do braço e antebraço, aponeurose do Bíceps braquial. Conteúdo – parte terminal da artéria braquial, e início de seus ramos radial e ulnar, veias acompanhantes das artérias, tendão do bíceps braquial, nervos mediano e radial. Superficialmente à fossa temos a veia intermédia do cotovelo. IV.III REGIÃO DO ANTEBRAÇO. Para que a região distal do antebraço e da mão operem com funcionalidade e com volume mínimo, a parte carnosa e volumosa dos músculos estão situados proximalmente nessa região. Em geral os MM flexores situam-se em posição anterior e os extensores posteriores separados pelo rádio, ulna e membrana interóssea. 17 músculos cruzam a articulação do cotovelo enquanto outros atuam no punho e dedos. IV.III.I MM. FLEXORES – PRONADORES DO ANTEBRAÇO (compartimento anterior, N. mediano). O tendão destes são mantidos no lugar pelo lig. Carpal palmar e retináculo dos músculos flexores. IV.III.I.I Camada ou grupo superficial A FP é feita por um tendão comum – tendão comum dos flexores. Pronador redondo: fusiforme, o mais lateral desse grupo. Forma o limite medial da fossa cubital. Possui duas cabeças, a ulnar e a umeral. FD – meio da convexidade da face lateral do rádio. Flexor radial do carpo: fusiforme, longo, medial ao PR. No meio do antebraço sua parte carnosa vira tendão que chega ao se aproximar do punho torna-se semelhante a um cordão. Para chegar a sua fixação distal (base do 2º osso metacarpal) ele atravessa um sulco vertical no osso trapézio na sua própria bainha (bainha do tendão do músculo FRC). Abduz a mão, além de fletir. Palmar longo: pequeno, fusiforme, pode estar ausente uni ou bilateralmente. Possui um ventre curto e um tendão longo, sendo este um guia útil para o nervo mediano no punho. FD – metade distal dos retináculo dos MM. Flexores. Flete a mão, tensiona a aponeurose palmar. *Flexor ulnar do carpo: o mais medial dos flexores superficiais, sozinho ele flete e aduz a mão no punho. O nervo ulnar passa entre suas cabeça umeral e ulnar de sua fixação proximal. O tendão do FUC é útil como guia do nervo e artéria ulnar. Cabeça umeral: FP – do grupo superficial. Cabeça ulnar: FP – olecrano. A fixação distal é feita no osso pisiforme, hâmulo do hamato e no 5º osso metacarpal. IN. Nervo ulnar. IV.III.I.II Camada ou grupo intermediário Flexor superficial dos dedos: as vezes é considerado componente do grupo superficial porque se fixa à origem comum dos flexores. O nervo mediano e a artéria ulnar entram no antebraço passando entre suas cabeças umeroulnar(FP – epicôndilo medial, origem comum dos flexores) e radial(FP – metade superior da margem anterior do rádio). Dá origem a quatro tendões (estes revestidos por uma bainha comum dos tendões dos MM. Flexores) que passam profundamente ao retináculo dos músculos flexores, através do túnel do carpo até se fixar distalmente no corpo das falanges médias dos quatro dedos mediais. Ele flete as falanges médias nas articulações interfalângicas dos quatro dedos mediais. IN: Nervo mediano. IV.III.I.III Camada ou grupo profundo Flexor profundo dos dedos: Flete as falanges distais do 2ª ao 5ª dedo. Espesso, veste a face anterior da ulna. Dividi-se em 4 partes que originam quatro tendões que passam pela bainha citada no músculo FSD, anteriormente. O tendão que vai ao dedo indicador se separa mais precocemente do outros. Cada tendão entra na bainha fibrosa de seu dedo.FP – ¾ proximais das faces medial e anterior da ulna. -Parte medial: FD – base das falanges distais do 4º e 5º dedo (nervo ulnar) -Parte lateral: FD – base das falanges distais do 2º e 3º dedo (nervo interósseo anterior) Flexor longo do polegar: lateralmente ao FPD, onde reveste a face anterior do rádio, seu tendão plano passa profundamente aos retináculo dos flexores e tem sua própria bainha: bainha do tendão do músculo FLP. Flete primariamente a falange distal, secundariamente a falange proximal e o 1º osso metacarpal. Pode ajudar na flexão radiocarpal. FP – face anterior do rádio. FD – base da falange distal do polegar. N. interósseo anterior. Pronador quadrado: quadrangular e faz a pronação do antebraço. É o músculo mais profundo da face anterior do antebraço, por isso não pode ser palpado (pode ser considerado algumas vezes uma quarta camada muscular) é o único que se une á ulna(FP – quarto distal da face anterior da ulna) em uma extremidade e o rádio em outra(FD – quarto distal da face anterior do rádio). Fibras profundas unem o rádio e a ulna. IN: nervo interósseo anterior. 9 IV.III.II MM. EXTENSORES DO ANTEBRAÇO (compartimento posterior, nervo radial). Os tendões dos extensores(origina-se no epicôndilo lateral do úmero) são mantidos no lugar pelo retináculo dos MM. Extensores, que impede o fenômeno “corda de arco” dos tendões. Quando os tendões passam sobre o dorso do punho eles são revestidos por bainhas sinoviais que reduzem o atrito dos tendões. IV.III.II.I Camada superficial Braquiorradial: fusiforme, superficialmente na face anterolateral do braço, forma a margem lateral da fossa cubital. É um flexor do antebraço (mesmo estando no compartimento posterior), é mais ativo durante movimentos rápidos. Junto com o supinador são os únicos do compartimento que são incapazes de atuar no punho, pois não atravessam a cabeça do rádio. Enquanto desce o músculo situa-se sobre o nervo e a artéria radial, a parte distal do tendão é coberto pelos músculos abdutores longo e curto do polegar até chegar na extremidade distal do rádio, proximal ao processo estiloide (FD). Extensor radial longo do carpo: parte deste músculo fusiforme se funde com o braquiorradial. É indispensável para cerrar o punho. FD – face dorsal da base do 2º metacarpo. *FP dos dois citados anteriormente – crista supraepicondilar do úmero. Extensor radial curto do carpo: Tem origem distal no membro e se fixa adjacente ao ERLC na mão, em seu trajeto é coberto pelo mesmo. Em geral atual sinergicamente com o radial longo, quando sozinho abduz ou estende a mão. FD – base do 3º osso metacarpal, face dorsal. Extensor dos dedos: extensor do quatro dedos mediais, ocupa a face posterior do antebraço. Na região próximal seus quatro tendões unem-se ao tendão do músculo indicador para passar profundamente ao retináculo dos extensores através da bainha sinovial comum dos extensores. Os tendões na região proximal são unidos por conexões intertendíneas, assim, normalmente nenhum desses dedos pode permanecer em flexão completa enquanto os outros estão em extensão. Ao longodas falanges dos quatro dedos mediais os tendões achatam-se para formar expansões extensoras, estas são aponeuroses tendínea triangulares. Cada “capuz” como também e chamado cada expansão, é fixado de cada lado ao lig. Palmar. A principal ação do extensor dos dedos é a extensão das falanges proximais. FD – expansão extensoras dos quatro dedos mediais. Extensor do dedo mínimo: porção parcialmente separada do Extensor dos dedos, atravessa um compartimento separado para chegar a expansão do músculo extensor do 5º dedo (FD), este compartimento é a bainha do tendão do músculo extensor do dedo mínimo. *Os três citados anteriormente tem sua FP no Epicôndilo lateral do úmero. Extensor ulnar do carpo: fusiforme, longo, tem duas cabeças: uma cabeça umeral do tendão comum dos extensores(FP) e uma cabeça ulnar que se origina de uma aponeurose que é compartilhada também pelo FUC e FPD (FP). Na sua porção distal seu tendão passa em um sulco entre a cabeça da ulna e o processo estiloide. Estende a mão, com o FUC aduz a mão. FD – base do 5º osso metacarpal. IV.III.II.II Camada profunda Supinador: situa-se profundamente na fossa cubital. Espirala-se medial e distalmente a partir de sua origem contínua (FP - Epicôndilo lateral, lig. Colateral radial e anular). Semelhante a uma lâmina, envolve o colo e parte proximal do corpo do rádio. O ramo profundo do nervo radial (IN) o separa em partes superficial e profunda. F – agonista primário para supinação lenta e sem oposição. FD – terço proximal do rádio, faces anterior, lateral e posterior. Extensor do indicador: possui um ventre estreito e alongado. Confere independência ao dedo indicador, pode agir sozinho (apontar o dedo) ou junto com o Extensor dos dedos. FP – terço distal da ulna, face posterior. FD – expansão do músculo extensor do 2º dedo. IN: nervo interósseo posterior. IV.III.II.III Músculos salientes da camada profunda (N. interósseo posterior) Músculos salientes do polegar: situam-se profundamente aos extensores superficiais e “afloram” /emergem do sulco na parte lateral do antebraço que divide os músculos extensores. Abdutor longo do polegar: ventre longo, fusiforme, distal ao músculo supinador. Seu tendão e ventre podem ser divididos em duas partes, uma da qual se fixa ao osso trapézio e não na base do 1º metacarpal (FD). Atua com o Curto do polegar e o extensor do polegar. FP – metades proximais da ulna, rádio, face posteriores. Extensor curto do polegar: fusiforme, situa-se distalmente ao ALP, é parcialmente coberto por ele. Estende a falange proximal do polegar. FP – face posterior do terço distal do rádio. FD – base da falange proximal do polegar, face dorsal. Extensor longo do polegar: O tendão passa sob o retináculo dos extensores dentre de sua própria bainha (bainha do T. do M. ELP) medial ao tubérculo dorsal do rádio, usando-o como tróclea (polia) para modificar a linha de tração enquanto segue a base da falange distal do polegar (FD). Faz a adução do polegar estendido e a rotação lateral. FP – face posterior do terço médio da ulna. 10 Tabaqueira anatômica Espaço criado entre os tendões do músculo Extensor longo do polegar. Limites: anteriormente – tendões do Abdutor longo do Polegar e Extensor Curto do Polegar. Posteriormente – Músculo ELP. É visível durante a extensão total do polegar, isso puxa os tendões para cima formando uma cavidade triangular. A artéria radial fica no assoalho da tabaqueira, o proc. Estiloide do rádio pode ser palpado na sua região proximal. O Osso escafoide e o trapézio podem ser palpados no assoalho da tabaqueira entre o proc. Estiloide radial e o 1º osso metacarpal. IV.IV REGIÃO DA MÃO. Os músculos intrínsecos da mão estão localizados em cinco compartimentos. IV.III.I COMPARTIMENTO TENAR Formam a eminência tenar na superfície lateral da palma, sua principal ação é a oposição do polegar. Abdutor curto do Polegar: forma a parte anterolateral da eminência tenar, abduz o polegar e auxilia o músculo oponente durante os estagágios iniciais da oposição. FP – Retináculo dos Flexores e tubérculos do osso escafoide e trapézio. FD –Fl da base da falange proximal do polegar. IN: ramo recorrente do N. mediano Flexor curto do polegar: medial ao ACP, possui dois ventres que compartilham um tendão entre si. A fixação distal desse tendão é em um osso sesamoide, além de fletir, ele ajuda na oposição do polegar. -cabeça superficial: ramo recorrente do nervo mediano -cabeça profunda: ramo profundo do nervo ulnar. FP - Retináculo dos Flexores e tubérculos do osso escafoide e trapézio Oponente do Polegar: quadrangular, profundo ao ACP e lateral ao FCP. FP– Retináculo dos Flexores e tubérculos do osso escafoide e trapézio. FD – face lateral do 1º osso metacarpal. IN: ramo recorrente do nervo mediano. F- além da oposição gira-o medialmente. IV.III.II COMPARTIMENTO ADUTOR Adutor do polegar: forma de leque, tem duas cabeças de origem separadas pela artéria radial. Em geral seu tendão tem um osso sesamoide. Aduz e move o polegar em direção à palma, dar força a preensão. A fixação distal é comum na base da falange proximal do polegar. Ramo profundo do nervo ulnar. -cabeça oblíqua: FP – base do 2º e 3º metacarpo, capitato e carpais adjacentes -cabeça transversa: FP – corpo do 3º osso metacarpal, face anterior. IV.III.III COMPARTIMENTO HIPOTENAR (IN: ramo profundo do nervo ulnar) Formam a eminência hipotênar na face medial da palmae movem o dedo mínimo. Abdutor do dedo mínimo: o mais superficial dos que formam a eminência, além de abduzir o 5º dedo flete sua falange proximal. FP – osso pisiforme. FD – base da falange proximal do dedo mínimo, FM. Flexor curto do dedo mínimo: tamanho variável, lateralmente ao ADM, flete a falange proximal do 5º dedo. FP – Hâmulo do hamato. FD - base da falange proximal do dedo mínimo, FM(face medial). Oponente do dedo mínimo: quadrangular, profundamente ao abdutor e flexor do 5º dedo. Efetua o deslocamento anterior e a rotação lateral do 5º metacarpo. Como o oponente do polegar, ele atua exclusivamente na articulação carpometacarpal. FP – Hâmulo do hamato. FD – margem medial do 5º osso metacarpal. ***Palmar curto: fino, pequeno, está na tela subcutânea da eminência hipotênar, mas não está no COMPARTIMENTO HIPOTENAR. Enruga a pele da eminência hipotênar e auxilia na preensão palmar. Cobre e protege o nervo e artéria ulnar. FP – margem medial da aponeurose palmar e a pele da mão são os locais de sua fixação proximal. IV.III.IV COMPARTIMENTO CENTRAL(músculos curtos). Lumbricais: os quatro músculos delgados foram assim denominados em razão de sua forma semelhante a um verme. Fletem os dedos na articulação metacarpofalângicas. FD – faces laterais da expansão extensora do 2º-5º dedo. 1º e 2º - FP – dois tendões laterais do M. FPD. Nervo mediano 3º e 4º - FP – três tendões mediais do M. FPD. Ramo profundo do nervo ulnar IV.III.V COMPARTIMENTO INTERÓSSEOS Interósseos: existem 4 dorsais, localizados entre os ossos metacarpais e 3 palmares, na superfície palmar dos ossos metacarpais. Os dorsais abduzem os dedos e os palmares aduzem. -dorsais: FP – faces adjacentes de dos ossos metacarpais. FD – bases das falanges proximais (2º ao 4º). -palmares: FP – faces palmares do 2º-5º metacarpo. FD – bases das falanges proximais (2º-5º dedo) Os dois são inervados pelo ramo profundo do nervo ulnar. V. MÚSCULOS DA PAREDE TORÁCICA. Serrátil posterior: descrito tradicionalmente como M. inspiratório, mas essa função não é apoiada por eletromiografia. Acreditava-se que o SP superior elevasse as quatros costelas superiores, e a SP inferior 11 deprimisse as costelas inferiores. Mas hoje, estudos mostram que estes tem função proprioceptiva. Estes músculos transpõem as aberturas superior e inferior do tórax. Pode ser o causador de dor miofascial SPS: Fixação superior (FS) – ligamento nucal, processos espinhosos de c3-c7.Fixação inferior (FI) – margens superiores das 2ª à 4ª costela. IN: 2º à 5º nervos intercostais. SPI: FS – Proc. Espinhosos de t11-l2. FI – margens inferiores da oitava à 12ª costela. IN: ramos inferiores dos nervos espinhais torácicos. Levantadores das costelas: 12 músculos em forma de leque que elevam as costelas, podem ter papel no movimento vertebral, propriocepção. FS – proc. Trasnverso de t7-t11. FI – costelas subjacentes (entre o tubérculo e o ângulo). IN: ramos primários posteriores de C8-T11. Intercostais: ocupam os espaços intercostais -externos: 11 pares, superiormente se fixam a margem irior das costelas, inferiormente à margens superiores das costelas. Na parte anterior suas fibras são substituídas por membranas intercostais externas. São os mais ativos durante a inspiração.Esse músculos tem continuidade com o os oblíquos externos na parede anterolateral do abdome. - internos: 11 pares, profundos e formam ângulos retos com os IE. Fixam-se nos corpos das costelas e nas suas cartilagens costais desde o esterno, anteriormente, e desde os ângulos das costelas, posteriormente. Os músculos intercostais internos inferiores são contínuos com os MM. Oblíquos internos. Intercostais íntimos: partes profundas dos intercostais internos, que são separados destes pelos nervos e vasos intercostais. Ocupam as faces médias dos espaços intercostais. *FS – margem inferior das costelas. *FI – margem superior das costelas. IN: nervo intercostal. Subcostais: tamanho e forma variáveis. Estendem-se da face interna do ângulo de uma costela até a face interna da costela inferior a ela Transverso do tórax: 4 ou 5 fascículos que se fixam, posteriormente, ao processo xifoide/parte inferior do corpo do esterno/cartilagens costais adjacentes(FS). Se fixam (supero lateralmente) da 2ª à 6ª costela(FI). Continuo inferiormente com o transverso do abdome. Abaixa as costelas. IN: Intercostais. VI. MÚSCULO DIAFRAGMA É uma divisória musculotendínea, com dupla cúpula, que separa a cavidade abdominal e torácica. Sua face superior é convexa, a inferior é côncava. É o principal músculo da inspiração. É deprimido centralmente pelo pericárdio, onde localiza-se o centro tendíneo, neste centro situa-se o forame da veia cava. Curva-se superiormente na cúpula direita e esquerda, sendo a direita mais alta devido a presença do fígado (obs: o nível das cúpulas varia segundo a postura, tamanho e distensão das vísceras entre outros fatores). A parte muscular adjacente do diafragma é dividida em três partes. 01 – parte esternal: duas alças que se fixam a face posterior do processo xifoide. 02 – parte costal: alças musculares que se fixam a face interna das cartilagens costais e costelas adjacentes(cúpulas incluídas). 03 – parte lombar: originada de dois arcos aponeuróticos (ligamentos arqueados medial e lateral) os pilares diafragmáticos estão incluídos nessa parte. Pilares diafragmáticos são feixes musculares originários da três vertebras lombares superiores. O direito, maior e mais longo: origina-se das três ou quatro primeiras vértebras lombares. O esquerdo: duas ou três primeiras vértebras lombares. Pode-se constatar que o hiato esofágico é uma formação do pilar direito. O ligamento arqueado mediano forma o hiato aórtico. IN: nervos frênicos. VII. MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL VII.I MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO LATERAL VII.I.I MÚSCULOS PLANOS Oblíquo externo: maior e mais superficial desse grupo. Sua parte muscular contribui para a parte ântero- lateral do abdome, e sua aponeurose para a parte anterior. Maioria de suas fibras corre ínfero-medialmente (mão no bolso). FP: faces externas da 5ª à 12ª costela. FD – linha alba, tubérculo púbico. Ele comprime e suporta as vísceras, flete e gira o tronco. Inferiormente, a margem inferior da aponeurose desse músculo, se espessa e se dobra para trás sobre si mesma para formar o ligamento inguinal(é um ponto de referência útil, ele age como um retináculo). Algumas fibras desse ligamento passam para cima, para cruzarem a linha alba e fundirem-se inferiores da aponeurose contralateral (formando o lig. Inguinal reflexo). IN: 6 nervos torácicos inferiores e nervo subcostal. Oblíquo interno: o intermediário dos três músculos planos, fino, abre-se em leque ântero-medialmente. A aponeurose desse músculo inicia sua formação na mesma linha da do M. oblíquo externo. Parte inferior dessa aponeurose curvam-se sobre o funículo espermático a medida que ele passa pelo canal inguinal. A 12 chamada “foice inguinal” é formada pela união das fibras tendíneas mediais mais inferiores com as fibras aponeurótica do transverso do abdome. O: fáscia toracolombar. I: margens inferiores das 10º-12º costela/linha alba/linha pectínea do púbis. IN: nervos toracoabdominais. F: comprime as vísceras/ flexiona e roda o tronco. VII.I.II MÚSCULOS VERTICAIS Tranverso do abdome: O mais interno dos três músculos planos do abdome. Suas fibras inferiores seguem paralelamente a direção do oblíquo interno. Essa dupla orientação de suas fibras (transversal e oblíqua) é ideal para comprimir o conteúdo abdominal e aumentar a pressão intra-abdominal. Entre ele e o oblíquo interno situa-se o plano neurovascular, que contém os vasos e nervos que suprem a parede abdominal antero-lateral. O: faces internas das 7º-12º cartilagem costal. I: linha alba com aponeurose do músculo oblíquo interno do abdome. F: comprime e sustenta as vísceras. N: nervos toracoabdominais. Reto do abdome: longo, largo, semelhante a uma tira, é o principal músculo da parede abdominal anterior. É três vezes mais largo na parte superior do que na parte inferior, é largo e fino superiormente e estreito e espesso inferiormente. É envolto pela bainha de mesmo nome(bainha esta que é formada por aponeurose de outros músculos, como o oblíquo externo). É sustentado anteriormente por intersecções tendínea, que o fixam à lamina anterior da bainha. O: sínfise púbica e crista púbica. I: processo xifoide/5º-7ª cartilagens costais. F: comprime as vísceras/flexiona o tronco/estabiliza a pelve. IN: NN toracoabdominais. Piramidal: triangular, pequeno, está ausente em 20% das pessoas. Situa-se inferiormente ao reto do abdome(O), e se fixa a face anterior do púbis e ao ligamento púbico anterior (I). termina na linha alba, tencionando-a. VII.II MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR Nessa parte estão o músculos: Ilíaco, psoas maior (já descritos anteriormente) e o quadrado do lombo. Quadrado do lombo: quadrilateral, forma uma lâmina muscular espessa na parede abdominal posterior. Próximo à 12ª costela o lig. Arqueado lateral cruza o músculo quadrado do lombo. O N. subcostal segue em sentido ínfero lateral em relação ao músculo. O plexo lombrar segue na sua face anterior. FS: parte medial da margem inferior da 12º costela e processos transversos lombares. FI: lig. Iliolombar e lábio interno da crista ilíaca. IN: ramos anteriores dos nervos t12/l1/l4. F: estende e flete a coluna vertebral. VIII. MÚSCULOS DA PELVE E PERÍNEO. Limites da cavidade pélvica Parede anteroinferior da pelve: corpos e ramos do púbis Paredes laterais da pelve: ossos do quadril, membrana obturadora, músculos obturadores internos (faces mediais desses músculos cobertos pela fáscia obturatória). Parede posterior (posterolateral e teto): sacro, cóccix, ligamentos sacroilíaco anterior, sacroespinal e sacro tuberal, músculos piriformes. Assoalho pélvico: formado pelo diafragma pélvico. VIII.I DIAFRAGMA DA PELVE Situa-se na pelve menor, separando a cavidade pélvica do períneo, a qual serve como teto. Tem o formato de tigela ou funil. Coccígeos(isquiococcígeo): origina-se na parte inferior das partes laterais do sacro e cóccix(FD), suas fibras carnosas situam-se sobre a face profunda do ligamento sacroespinal e se fixam a ela. FP – espinha isquiática. F: sustenta as vísceras pélvicas/flete o cóccix. Levantadordo ânus: lâmina muscular larga, parte maior e mais importante do diafragma, formado por três músculos. Está fixado proximalmente ao corpo do púbis/espinha isquiática, distalmente ao corpo do períneo/cóccix/paredes da próstata/vagina. Este músculo se fixa as três paredes da pelve menor conferindo- lhe uma aparência de uma rede suspensa por essas fixações. IN: Nervo para o músculo levantador do ânus/retal inferior/ plexo coccígeo. Na maior parte do tempo mantém contração tônica para sustentar as vísceras abdominopélvicas. Há contração ativa desse músculo em situações forçadas, como: tosse, espirro, vômito e etc. É perfurado centralmente pelo canal anal, e deve relaxar para permitir micção e defecação. -Puborretal: parte medial e mais estreita do levantador do ânus. Forma uma alça muscular em forma de “U”, que passa posteriormente à junção anorretal e delimita o hiato urogenital (abertura anterior entre as margens mediais dos músculos levantadores do ânus de cada lado, dá passagem à uretra, nas mulheres também à vagina). Tem um papel importante na manutenção da continência fecal durante sua contração ativa (após o enchimento do reto ou durante a peristalse quando o reto está cheio e o músculo esfincteriano é inibido). -Pubococcígeo: parte intermediária, mais larga, tem origem lateral ao músculo puborretal. Segue posteriormente em um plano quase horizontal. Suas fibras mediais fundem-se ao músculo contralateral formando parte do corpo ou ligamento anococcígeo (placa do músculo levantador do ânus). Alças 13 musculares que se estendem mais medialmente e se fundem à estruturas medianas são denominados de acordo com seu término (puboprostático, puboanal e etc.) - Ilíococcígeo: parte posterolateral do músculo levantador do ânus, é fino, em geral pouco desenvolvido. Posteriormente se funde ao corpo anococcígeo. VIII.II. MÚSCULOS DO PERÍNEO. Transverso profundo do períneo: O: ramo inferior do púbis. I: centro tendíneo do períneo. F: protege o levantador do ânus. Esfíncter externo da uretra: é parte do transverso profundo do períneo. O: fibras do transverso profundo do períneo. I: parede vaginal/tecido conectivo em volta da uretra. F contração da uretra, isola a bexiga durante a ejaculação. Transverso superficial do períneo: Inconstante. O: ramo do ísquio. I: centro tendíneo do períneo. F: suporta o transverso profundo. Isquiocavernoso: O: ramo do ísquio. I: Ramo do pênis/clitóris. F: age na ejaculação/orgasmo. Bulboesponjoso: No homem envolve o bulbo do pênis, na mulher envolve o bulbo do vestíbulo. O: centro tendíneo do períneo/rafe do pênis. I: envolve o bulbo do pênis/bulbo do vestíbulo. F: age na ejaculação/orgasmo. *Os músculos citados anteriormente são inervados pelo N. pudendo. XI. MÚSCULOS DO DORSO IX.I MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DO DORSO IX.I.I Camada superficial Compõe essa camada os seguintes músculos: trapézio, latíssimo do dorso, levantador da escápula e romboides, que foram descritos anteriormente. IX.I.II Camada intermediária Compõe essa camada o músculo Serrátil posterior, descrito anteriormente. IX.II MÚSCULOS INTRÍNSECOS DO DORSO Inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinhais, eles mantêm a postura e controlam os movimentos da coluna vertebral, são classificados em camadas. IXI.II.I Camada superficial Esplênios: espessos, planos e situam-se na face lateral e posterior do pescoço, cobrindo os músculos verticais como uma bandagem (o que explica seu nome). Originam-se (FP) na linha mediana do ligamento nucal e proc. espinhos de c7-t4 e estendem até (fixações distais) ao processo mastoide do temporal e terço lateral da linha nucal superior (esplênio da cabeça) e tubérculos dos processos transversos de c1-c3 (esplênio do pescoço). IN: ramos posteriores dos nervos espinhais. F: fletem lateralmente o pescoço e giram a cabeça. Estendem a cabeça e o pescoço. IX.II.II Camada intermédia Eretores da espinha: situam-se em um sulco de cada lado da coluna vertebral entre os processos espinhosos centralmente e os ângulos das costelas lateralmente, é dividido em três colunas: - Iliocostal do lombo (parte lombar, parte torácica, M.iliocostal do pescoço): forma a coluna lateral. FD: as fibras seguem superiormente até os ângulos das costelas inferiores e processos transversos das vértebras cervicais. - Longuissímo (do tórax, do pescoço, da cabeça): forma a coluna intermédia. FD: segue superiormente até as costelas, entre os tubérculos e os ângulos, processos transversos de vértebras torácicas e cervicais e proc. mastoide. - Espinal (do tórax, do pescoço, da cabeça): forma a coluna medial. FD: as fibras seguem superiormente até os processos espinhosos na região torácica superior e até o crânio. Cada coluna é dividida regionalmente em três partes (parte lombar, torácica e pescoço). A origem comum desses (FP) se faz através de um tendão largo que se fixa inferiormente a parte posterior da crista ilíaca, à face posterior do sacro aos ligamentos sacroilíacos e etc. F: São músculos dinâmicos (geradores de movimento) estendem a coluna vertebral e a cabeça, controlam o movimento via contração excêntrica. IN: ramos posteriores dos nervos espinhais. IX.II.III Camada profunda Grupo oblíquo de músculos curtos, transversoespinais. Semiespinal (da cabeça, do tórax, do pescoço): membro superficial do grupo, origina-se (FP) na metade na coluna vertebral (processos transversos de c4-t12. FD – seguem superomedialmente para o occipital e os processos espinhosos nas regiões torácicas e cervical. F: estende a cabeça e as regiões torácicas e cervicais. 14 Multífido: feixes musculares curtos e triangulares, forma a camada média. Mais espessos na região lombar. FP – face posterior do sacro, EIPS, lig. Sacroilíaco. Processos transversos de t1-t3. FD – fibras seguem obliquamente em sentido superomedial por toda a extensão dos processos espinhosos. F: estabiliza as vértebras durante movimentos locais da coluna vertebral. Rotadores: mais profundos dessa camada, são mais desenvolvidos na região torácica. FP – originam-se dos processos transversos das vértebras. FD – seguem superomedialmente para se fixarem junto à junção da lâmina e proc. transversos ou espinhosos das vértebras imediatamente acima (curto) ou 2 segmentos vertebrais (longo). F: ajudam na extensão local das vértebras e movimentos giratórios. Podem funcionar como órgãos de propriocepção. *todos inervados pelos ramos posteriores dos nervos espinhais. IX.II.IV Camada profunda menor Intertrasversários, interespinais, Levantadores das costelas são pequenos músculos profundos, relativamente exíguos na região torácica. Os dois primeiros unem os processos transversos e espinhosos respectivamente. Os levantadores das costelas representam os intertrasversários posteriores do pescoço. - Intertrasversários: FP – proc. transversos das vértebras cervicais e lombares. FD – proc. transversos das vértebras adjacentes. F – flexão lateral da coluna vertebral, estabilizam a coluna vertebral. IN: ramos posteriores e anteriores dos nervos espinhais. - Interespinais: FP – face superior dos processos espinhais das vértebras(cervical a lombar). FD - face inferior dos processos espinhosos. F: extensão e rotação da coluna vertebral. IN: ramos posteriores dos nervos espinhais. - Levantadores das costelas: FP – extremidade dos processos transversos das vértebras c7-t11. FD – seguem inferolateralmente e se inserem na costela entre o tubérculo e o ângulo. F: elevam as costelas, auxiliam na respiração, ajudam na flexão lateral da coluna. IN: ramos posteriores dos nervos espinhais de c8-t11. X. MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS E PROFUNDOS DO PESCOÇO (ou Mm. Para-vertebrais) A região suboccipital é um compartimento situado superiormente, na região cervical superior,e profundamente aos músculos: trapézio, esternocleidomastóideo, esplênio e semiespinal. Os quatro músculos são inervados
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