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exercicios resolvidos contabilidade aula 10-p1

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2008 
CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS 
Prof. José Jayme Moraes Junior 
 
CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS - ICMS-RJ – AULA 10 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 2 
CONTABILIDADE GERAL EM EXERCÍCIOS 
ICMS-RJ 
Prezado Aluno, 
 
Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante 
a aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previa-
mente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simu-
lar uma situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, 
considere um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta 
metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz. 
 
Cometi um erro na questão 7 do TCM/PA, pois considerei apenas 3 anos de uso 
do equipamento e a questão falava em 4 anos. Com isso, o gabarito preliminar 
está perfeito. Segue a correção: 
 
Questão 7 – TCM/PA 
IV – Ano 4: 
Receita Bruta de Vendas = 5.000 unidades x R$ 5,00 25.000 
(-) Gastos incorridos na produção e venda = 5.000 x R$ 3,00 (15.000) 
Resultado do Ano 4 10.000 
 
Valor Presente 4 = 10.000/(1 + 10%)4 = 10.000/1,14 = 6.830,13 
 
Valor em Uso = 9.090,90 + 8.264,46 + 7.513,15 + 6.830,13 = 31.698,64 
 
IV – Cálculo do Valor Recuperável: 
 
Valor Líquido de Venda = 27.000 
Valor em Uso = 31.698,64 
 
Como o valor em uso é maior que o valor líquido de venda: 
 
Valor Recuperável = Valor em Uso = 31.698,64 
 
Valor Recuperável 31.698,64 
(-) Valor Contábil (30.000) 
Como o valor recuperável é maior que o valor contábil, não há ajuste a 
fazer. 
 
GABARITO: A 
 
Na questão 9, o cálculo está certo, mas há um erro de valor: 
7.5. Lucros retidos/prejuízo do exercício 56.142,86 56.142,86/72.142
,86 = 77,82% 
 
Caso tenha dúvidas sobre as questões, por favor envie um e-mail para jjmora-
esjr@ig.com.br. 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 3 
Prova 12. Fiscal de Rendas – MS – 2006 - FGV 
Questões Comentadas e Resolvidas 
 
167. De acordo com a Resolução CFC 750/93, assinale a alternativa correta. 
 
(a) O princípio da continuidade estabelece que a empresa não poderá ser liqui-
dada. 
(b) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores 
igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Ativo. 
(c) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores 
igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Passivo. 
(d) O princípio da oportunidade estabelece que o contador deverá escolher a 
prática contábil que melhor atenda aos interesses da empresa. 
(e) O princípio da objetividade estabelece que o contador só poderá reconhecer 
os atos e fatos que afetam o patrimônio da empresa se esses forem compro-
vados mediante nota fiscal ou contrato lavrado em cartório. 
 
Resolução 
 
A Resolução CFC 750/93 é sempre muito cobrada em prova e trata dos princí-
pios da Contabilidade. É muito importante saber os princípios e seus conceitos 
para a prova. Portanto, guarde os princípios: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos analisar as alternativas: 
 
(a) O princípio da continuidade estabelece que a empresa não poderá ser li-
quidada. 
 
Princípio da Continuidade: a continuidade ou não da entidade, bem 
como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da 
classificação e avaliação das mutações patrimoniais qualitativas e quanti-
tativas. Assim, por exemplo, se há previsão de que uma determinada 
empresa vai se extinguir no próximo exercício, ao fazer o seu balanço, 
tal empresa não poderá classificar suas obrigações a longo prazo no pas-
O artigo 3o da Resolução no 750/93 enumera os princípios 
fundamentais, conforme descrito abaixo: 
 
Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: 
 
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
III) o da OPORTUNIDADE; 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
VII) o da PRUDÊNCIA. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 4 
sivo exigível a longo prazo, e sim no passivo circulante. Se há, por e-
xemplo, a previsão de que a empresa não irá se extinguir, as despesas a 
serem apropriadas a longo prazo deverão ser, no atual balanço, classifi-
cadas como ativo realizável a longo prazo. Se há, por exemplo, previsão 
que uma determinada empresa irá se fundir com outra empresa, deverá 
haver no seu patrimônio líquido a incorporação de todas as reservas e 
lucros ao capital social, a fim de facilitar a redistribuição das ações na 
nova empresa após a fusão. 
 
Ou seja, não estabelece que a empresa não pode ser liquidada. A alter-
nativa está ERRADA. 
 
(b) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores 
igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Ativo. 
 
Princípio da Prudência: sempre que se apresentarem alternativas igual-
mente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alte-
rem o Patrimônio Líquido, deve-se adotar o menor valor para os com-
ponentes do Ativo e o maior para os componentes do Passivo. As-
sim, por exemplo, se uma empresa adquiriu matéria-prima por R$ 
2.500,00 e, por ocasião do encerramento do seu exercício social, o valor 
de mercado for de R$ 2.000,00, a empresa deverá avaliar a matéria-
prima por R$ 2.000,00, fazendo uma provisão para ajuste ao valor de 
mercado no valor de R$ 500,00. Se, por exemplo, uma empresa estiver 
sendo processada por um ex-funcionário, podendo pagar uma indeniza-
ção de R$ 50.000,00, tal empresa deve supor que pagará, fazendo uma 
provisão para contingências no referido valor, representando tal conta 
uma obrigação da empresa (passivo). A alternativa está ERRADA. 
 
(c) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores 
igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Passivo. 
 
 A alternativa está CORRETA (vide alternativa anterior). 
 
(d) O princípio da oportunidade estabelece que o contador deverá escolher a 
prática contábil que melhor atenda aos interesses da empresa. 
 
Princípio da Oportunidade: o registro do patrimônio e de suas muta-
ções devem ser feitos de imediato e com a extensão correta, in-
dependentemente das causas que as originaram. Assim, por exem-
plo, se uma empresa adquiriu, mercadorias à vista por R$ 4.800,00 em 
20 de agosto de 2005, o registro de tal fato deve ser feito nos livros con-
tábeis na mesma data. Ou seja, o contador não deverá escolher a prática 
contábil que melhor atenda aos interesses da empresa e sim a prática 
contábil que registre o fato de imediato e com a extensão correta. A al-
ternativa está ERRADA. 
 
 
 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 5 
 
(e) O princípio da objetividade estabelece que o contador só poderá reconhecer 
os atos e fatos que afetam o patrimônio da empresa se esses forem compro-
vados mediante nota fiscal ou contrato lavrado em cartório. 
 
Primeiramente, convém esclarecer que a objetividade é uma convenção 
contábil. Além disso, a convenção da objetividade não é tratada na Reso-
lução CFC 750/93. Ou seja, a alternativa já estaria errada por estes mo-
tivos. 
 
Contudo, é importante entender o enunciado da “Convenção da Objetivi-
dade”: 
 
Enunciado: “Para procedimentos igualmente relevantes, resultantes 
da aplicação dos princípios contábeis, preferir-se-ão, em ordem de-
crescente: a) os que puderem ser comprovados por documentos e 
critérios objetivos; b) os que puderem ser corroborados por con-
senso de pessoas qualificadas da profissão reunidasem comitês de 
pessoas ou em entidade que possuem autoridade sobre princípios 
contábeis.” 
 
Logo, a convenção da objetividade não estabelece que o contador só po-
derá reconhecer os atos e fatos que afetam o patrimônio da empresa se 
esses forem comprovados mediante nota fiscal ou contrato lavrado em 
cartório. Esta convenção especifica que os atos ou fatos devem ser com-
provados por documentos e critérios objetivos. A alternativa está 
ERRADA. 
 
GABARITO: C 
 
168. A respeito da principal característica do Ativo Permanente, que o difere 
do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazo, assinale a alternativa corre-
ta (Ignore a Deliberação CVM 488/05). 
 
(a) O ativo permanente diferido é idêntico às despesas antecipadas do ativo 
circulante. 
(b) O ativo permanente é avaliado pelo custo histórico de aquisição. 
(c) O ativo permanente investimento pode ser reavaliado. 
(d) O ativo permanente representa as aplicações de recursos que a empresa 
não tem por objetivo transformar diretamente em dinheiro. 
(e) O ativo permanente representa as origens de recursos classificadas em: 
Investimentos, Imobilizado e Diferido. 
 
Resolução 
 
Primeiramente, há que se ressaltar que a questão fala para ignorar a Delibera-
ção CVM 488/05, pois nesta resolução não há classificação do ativo em Ativo 
Circulante, Ativo Realizável a Longo Prazo e Ativo Permanente. De acordo com 
esta resolução, o ativo é dividido em circulante e não circulante, com as se-
guintes características: 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 6 
 
Ativo Circulante: quando se espera que seja realizado, ou é mantido 
para venda, negociação ou consumo dentro dos 12 meses seguintes à 
data do balanço; ou é um ativo em dinheiro ou equivalente, cuja utiliza-
ção não está restrita. 
 
Ativo Não Circulante: Todos os outros ativos, que devem incluir os 
créditos com entidades ligadas e administradores que não constituírem 
negócios usuais na exploração do objeto da entidade, devem ser classifi-
cados como não circulantes. O grupo de “não circulante” deverá ser des-
dobrado em ativo realizável a longo prazo, investimentos, ativo imobili-
zado, ativo intangível e ativo diferido. 
 
Visto isso, e desconsiderando esta Resolução, vamos resolver a questão: 
 
De acordo com a Lei no 6.404/76, as contas, no Balanço Patrimonial, serão 
classificadas do seguinte modo: 
 
- No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no 
curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos 
em despesas do exercício seguinte (art. 179, I, da Lei no 
6.404/76); 
 
- No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte (pessoais ou reais), assim como os 
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades 
coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou participantes no 
lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na ex-
ploração do objeto da companhia (art. 179, II, da Lei no 6.404/76); 
 
- Em investimentos: as participações permanentes em outras soci-
edades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ati-
vo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da 
companhia ou da empresa (art. 179, III, da Lei no 6.404/76); 
 
- No ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens des-
tinados à manutenção das atividades da companhia e da empresa, 
ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade in-
dustrial ou comercial (art. 179, IV, da Lei no 6.404/76); e 
 
- No ativo diferido: as aplicações de recursos em despesas que con-
tribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício so-
cial, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas durante o 
período que anteceder o início das operações sociais (art. 179, V, 
da Lei no 6.404/76). 
 
Além disso, há que se destacar que o Ativo Permanente é dividido em: Inves-
timentos, Imobilizado e Diferido. 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 7 
 
Vamos à análise das alternativas: 
 
(a) O ativo permanente diferido é idêntico às despesas antecipadas do ativo 
circulante. 
 
O ativo permanente diferido corresponde às aplicações de recursos em 
despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um 
exercício social, enquanto que as despesas antecipadas do ativo cir-
culante correspondem a despesas do período seguinte pagas ante-
cipadamente. A alternativa está ERRADA. 
 
(b) O ativo permanente é avaliado pelo custo histórico de aquisição. 
 
 De acordo com o art. 183 da Lei no 6.404/76: 
 
- os investimentos em participação no capital social de outras socie-
dades, ressalvado os avaliados pelo Método de Equivalência Pa-
trimonial, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas 
prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver com-
provada como permanente, e que não será modificado em razão do 
recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonifi-
cadas. 
 
- os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de pro-
visão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou 
para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este 
for inferior. 
 
- os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, de-
duzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou 
exaustão. 
 
- o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das 
contas que registrem a sua amortização. 
 
Ou seja, não é todo o ativo permanente que é avaliado pelo custo de a-
quisição, visto que há investimentos avaliados pelo Método de Equivalên-
cia Patrimonial. A alternativa está ERRADA. 
 
(c) O ativo permanente investimento pode ser reavaliado. 
 
De acordo com o art. 182, § 3°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas 
como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor a-
tribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base 
em laudo aprovado pela assembléia-geral. Ou seja, a lei só fala em ele-
mentos do ativo, dando a entender que qualquer elemento do ativo po-
deria ser avaliado. 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 8 
Entretanto, NBC T 19.6 - REAVALIAÇÃO DE ATIVOS, em seu item 
19.6.1.2, transcrito abaixo, estabelece: 
 
19.6.1.2 - O valor da reavaliação do ativo imobilizado é a dife-
rença entre o valor líquido contábil do bem e o valor de mercado, 
com base em laudo técnico elaborado por três peritos ou entidade 
especializada. 
 
 Além disso, de acordo com a Deliberação CVM no 183/95: 
 
“13. A Lei no 6.404/76 menciona que a reavaliação pode ser feita 
para os "elementos do ativo", o que pode dar o entendimento de 
abranger não só itens do imobilizado, como de investimentos e ati-
vo diferido, além de estoques, entre outros. A legislação fiscal é 
mais restritiva e refere-se somente a itens do ativo permanente 
não abrangendo, portanto, os estoques ou outros ativos constantes 
do Circulante ou Realizável a Longo Prazo. 
 
14. O entendimento neste Pronunciamento é de que a reavaliação 
seja restrita a bens tangíveis do ativo imobilizado, desde que não 
esteja prevista sua descontinuidade operacional.” 
 
Logo, o ativo permanente investimento não pode ser reavaliado. A alter-
nativa está ERRADA. 
 
(d) O ativo permanente representa as aplicações de recursos que a empresa 
não tem por objetivo transformar diretamente em dinheiro. 
 
 A alternativa está CORRETA. 
 
(e) O ativo permanente representa as origens de recursos classificadas em: 
Investimentos, Imobilizado e Diferido. 
 
O ativo permanente representa as aplicações de recursos classificadasem: Investimentos, Imobilizado e Diferido. A alternativa está ERRADA. 
 
GABARITO: D 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 9 
169. A Cia. Comercial Distress está passando por dificuldades financeiras. Seu 
balanço patrimonial em 01/01/2006 era apresentado conforme segue: 
 
Ativo Circulante 10.010,00 Passivo Circulante 11.000,00 
Disponibilidades 10,00 Fornecedores 8.000,00 
Duplicatas a Receber 10.000,00 Impostos a recolher 3.000,00 
Ativo Permanente 4.990,00 Patrimônio Líquido 4.000,00 
Imobilizado 4.990,00 Capital Social 4.000,00 
Total do ATIVO 15.000,00 PASSIVO + PL 15.000,00 
 
Em 02/01/2006, o gerente da Cia. Comercial Distress foi ao banco e descontou 
as duplicatas a receber (no valor total de $ 10.000,00). O banco efetuou o de-
pósito na conta corrente da Cia. Comercial Distress no valor de $ 9.980,00. 
Com base nessas informações, assinale o valor do Passivo Circulante apresen-
tado no Balanço Patrimonial da Cia. Comercial Distress, apurado logo após a 
realização de tal transação. 
 
(a) $ 9.980,00 
(b) $ 9.990,00 
(c) $ 10.010,00 
(d) $ 11.000,00 
(e) $ 15.000,00 
 
Resolução 
 
Percebe-se, pelo enunciado da questão, que houve um desconto de duplicatas 
pela empresa no banco, com despesas bancárias de R$ 20,00 (R$ 10.000,00 – 
R$ 9.980,00). Logo, o lançamento a ser efetuado seria o seguinte: 
 
 Diversos 
 a Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
 Bancos (Ativo Circulante) 9.980 
 Despesas Bancárias (Despesas) 20 10.000 
 
Ou seja, não houve alteração no Passivo Circulante devido a este lançamento, 
que continua com o saldo de R$ 11.000,00 (Fornecedores + Impostos a Reco-
lher). 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 10 
Neste ponto, há que se destacar os principais lançamentos de desconto de du-
plicatas, que são muito importantes para a prova: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: D 
 
170. Em 30/09/2005, a Cia. Compra Bem comprou mercadorias no valor total 
de $ 24.000,00, a prazo, sendo a seguinte forma de pagamento: 6 prestações 
trimestrais iguais, vencendo a primeira em 30/12/2005. Considere que a Cia. 
Compra Bem pagou a prestação que venceu no dia 30/12/2005 e ignore qual-
quer tributo e qualquer outra informação não apresentada neste enunciado. No 
Balanço Patrimonial da Cia. Compra Bem apurado em 31/12/2005, qual era o 
valor dos fornecedores a pagar reconhecidos no Passivo Circulante (PC) e no 
Exigível a Longo Prazo (ELP), respectivamente? 
 
(a) zero e $ 24.000,00 
(b) $ 4.000,00 e $ 16.000,00 
(c) $ 16.000,00 e $ 4.000,00 
(d) $ 16.000,00 e $ 8.000,00 
(e) $ 20.000,00 e $ 4.000,00 
 
 
 
Lançamentos de Duplicatas Descontadas: 
 
1) Na remessa para o Banco: 
 
Diversos 
a Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
 Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) 
Juros e Comissões Bancárias (Despesa) 
 
2) No pagamento pelo Cliente: 
 
Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 
 
3) Pagamento pelo Cliente ao Banco com atraso (multa e 
correção monetária ficam com o Banco) 
 
Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
 a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 
 
4) Falta de pagamento pelo Cliente 
 
Diversos 
a Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) 
 Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) 
 Despesas Financeiras (Despesa) 
 
 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 11 
 
Resolução 
 
Nesta questão, deve ser conhecido como é realizada a distinção de contas 
classificadas no Passivo Circulante e no Passivo Exigível a Longo Prazo. De a-
cordo com o art. 180 da Lei no 6.404/76, as obrigações da companhia, inclusi-
ve financiamentos para aquisição de direitos do ativo permanente, serão clas-
sificadas no passivo circulante, quando o vencimento ocorrer no exercício se-
guinte, e no passivo exigível a longo prazo, quando o vencimento ocorrer em 
prazo maior. 
 
Contudo, há uma exceção, pois, quando o ciclo operacional (*) da empresa 
tiver duração maior que o exercício social, a classificação em circulante ou lon-
go prazo terá por base o prazo do ciclo operacional. 
 
(*) Ciclo Operacional: tempo que a empresa leva para renovar seus estoques 
somado ao tempo de recebimento das vendas a prazo. 
 
Para a prova, é importante guardar que: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, agora vamos à resolução da questão: 
 
I - 30/09/2005: 
 
Compra de Mercadorias a prazo = 24.000 
 
Pagamento: 6 prestações trimestrais iguais, vencendo a primeira em 
30/12/2005. 
 
Valor das Prestações = 24.000/6 = 4.000 
 
Vencimento das Prestações: 
 
Primeira Prestação = 30/12/2005 
Segunda Prestação = 31/03/2006 
Terceira Prestação = 30/06/2006 
Quarta Prestação = 30/09/2006 
Quinta Prestação = 31/12/2006 
Sexta Prestação = 31/03/2007 
 
Passivo Circulante: até 31/12/2006 => 5 prestações = 5 x 4.000 = 20.000 
Passivo Circulante: obrigações com vencimento até o 
final do exercício seguinte ou até o final do ciclo ope-
racional. 
 
Passivo Exigível a Longo Prazo: obrigações com venci-
mento após o final do exercício seguinte ou após o fi-
nal do ciclo operacional. 
 
Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade Geral em Exercícios – ICMS/RJ 12 
Passivo Exigível a Longo Prazo: após 31/12/2006 => 1 prestação = 4.000 
 
 Lançamento em 30/09/2005: 
 
 Mercadorias (Ativo Circulante) 
 a Diversos 
 a Fornecedores a Pagar (Passivo Circulante) 20.000 
 a Fornecedores a Pagar (PELP) 4.000 24.000
 
II – 31/12/2005: Elaboração do Balanço Patrimonial 
 
Primeiramente, cabe destacar que, em 31/12/2005, a primeira prestação 
já foi paga, de acordo com o seguinte lançamento (ATENÇÃO!!! Esta 
era pegadinha da questão. O concursando mais desatento marca-
ria a letra “e”): 
 
Fornecedores a Pagar (Passivo Circulante) 
a Bancos (Ativo Circulante) 4.000 
 
Logo, em 31/12/2005, os saldos das contas “Fornecedores” do PC e do 
PELP seriam: 
 
 Fornecedores a Pagar (PC) = 20.000 – 4.000 = 16.000 
Fornecedores a Pagar (PELP) = 4.000 
 
GABARITO: C 
 
Com base no enunciado a seguir, responda às questões 171 e 172. 
 
A Cia. Comercial Ju-Ju é uma empresa mercantil contribuinte do ICMS por mo-
vimentação econômica (alíquota = 20%), contribuinte do IR pelo Lucro Real 
(25%), contribuinte da CS (10%), contribuinte de PIS e COFINS (2% e 8%, 
respectivamente), não-contribuinte de IPI nem do ISS. (Observe que, para fa-
cilitar os cálculos, as alíquotas deste enunciado não correspondem às alíquotas 
verdadeiras. Portanto, considere as taxas apresentadas neste enunciado.) 
 
Seu estoque inicial de mercadorias, em maio (01/05/2006), era composto por 
100 unidades do produto "Felicidade" e estava avaliado pelo valor total de $ 
1.000,00. No dia 10/05/2006, a Cia. Comercial Ju-Ju adquiriu 100 unidades do 
produto "Felicidade". Os dados na nota fiscal de compra eram os seguintes: 
 
I - o Fornecedor é um fabricante; 
II - a compra foi negociada FOB no estabelecimento do fornecedor (free on bo-
ard no embarque); 
III - valor das mercadorias (com impostos) = $ 1.500,00 pelas 100 unidades; 
IV - IPI sobre as mercadorias (10%), por fora; 
V - ICMS sobre as mercadorias (20%); 
VI - PIS sobre as mercadorias (2%); 
VII - COFINS sobre as mercadorias (8%); 
VIII - frete intermunicipal (com impostos) = $ 500,00; 
 
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IX - ICMS sobre o frete (20%); 
X - PIS sobre o frete (2%); 
XI - COFINS sobre o frete (8%). 
 
171. Deacordo com a Instrução SRF 404/04 e com base, somente, nas infor-
mações deste enunciado, apure o custo unitário das mercadorias adquiridas 
em 10/05/2006, que foi lançado no Estoque. 
 
(a) $ 14,00 
(b) $ 15,35 
(c) $ 15,50 
(d) $ 16,00 
(e) $ 21,50 
 
Resolução 
 
Primeiramente, é necessário conhecer a Instrução SRF 404/04 que fala da 
COFINS e PIS não cumulativos, ou seja, a COFINS e o PIS não farão parte do 
custo da mercadoria e será classificada em COFINS e PIS a Recuperar. Além 
disso, a Instrução SRF 404/04 determina que, para o cálculo do crédito da 
COFINS e PIS, no caso de revenda de mercadorias, o valor do ICMS integra o 
custo do bem. 
 
Demais conceitos importantes: 
 
(I) FOB (Free On Board): Indica que a mercadoria é colocada a bordo por 
conta do vendedor, correndo a partir daí todas as despesas por conta 
do comprador. Ou seja, frete e seguro por conta do comprador. 
 
(II) ICMS, PIS e COFINS na importação: a base de cálculo inclui o IPI. 
 
Aqui, cabe destacar a diferença entre FOB e CIF: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo do custo unitário das mercadorias adquiridas em 10/05/2006: 
 
O ICMS, o PIS e a COFINS são recuperáveis, ao passo que o IPI, por não ser 
recuperável, integra o valor da mercadoria a ser debitado na conta estoque. 
Como a empresa compradora não é contribuinte do IPI, o PIS e a COFINS inci-
dem sobre o valor do IPI. 
FOB (Free on Board): as despesas de frete/seguro 
são a cargo do comprador, portanto entram como 
custos das mercadorias compradas. 
 
CIF (Cost, Insurance, Freight): as despesas de fre-
te/seguro são a cargo do vendedor, logo estas não 
integrarão no custo da mercadoria p/ o compra-
dor, mas sim, serão despesas p/ o vendedor. 
 
 
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O valor do frete pago pelo comprador também integra o valor da mercadoria a 
ser debitado na conta estoque. O ICMS, o PIS e a COFINS sobre o frete são 
recuperáveis. 
 
COMPRAS = R$ 1.500,00 
IPI = 10% x R$ 1.500,00 = R$ 150,00 
ICMS = 20% x R$ 1.500,00 = R$ 300,00 
PIS = 2% x (R$ 1.500,00 + R$ 150,00) = R$ 33,00 
COFINS = 8% x (R$ 1.500,00 + R$ 150,00) = R$ 132,00 
FRETE = R$ 500,00 
ICMS s/ frete = 20% x R$ 500,00 = R$ 100,00 
PIS s/ frete = 2% x R$500,00 = R$ 10,00 
COFINS s/ frete = 8% x R$ 500,00 = R$ 40,00 
 
O valor a ser debitado na conta estoque de mercadorias é de: 
 
Compras 1.500 
(+) IPI s/ Compras 150 
(-) ICMS s/ Compras (300) 
(-) PIS s/ Compras (33) 
(-) Cofins s/ Compras (132) 
(+) Frete 500 
(-) ICMS s/ Frete (100) 
(-) PIS s/ Frete (10) 
(-) Cofins s/ Frete (40) 
Custo das Mercadorias 1.535 
 
Como foram adquiridas 100 unidades o valor unitário foi de: 
 
Custo Unitário das Mercadorias = R$ 1.535,00/100 = R$ 15,35 
 
GABARITO: B 
 
172. Considere que a Cia. Comercial Ju-Ju avalia seu estoque pelo Custo Mé-
dio Ponderado Móvel e que no dia 15/05/2006 vendeu 150 unidades da mer-
cadoria "Felicidade" pelo preço unitário de $ 40,00. Com base, somente, nes-
sas informações, apure o Custo dos Produtos Vendidos em 15/05/2006. 
 
(a) $ 1.767,50 
(b) $ 1.800,00 
(c) $ 1.901,25 
(d) $ 2.075,00 
(e) $ 2.362,50 
 
Resolução 
 
Primeiramente, vamos entender o conceito de Custo Médio Ponderado Móvel: 
 
 
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Custo Médio Ponderado Móvel: o custo médio de cada unidade em es-
toque é alterado pelas compras de outras unidades por um preço dife-
rente (a cada nova aquisição de mercadorias, uma nova média é calcula-
da). 
 
Estoque Inicial = 100 unidades (Valor Total = R$ 1.000,00) 
Custo das Compras = 100 unidades (Valor Total = R$ 1.535,00 => calculado 
na questão 36) 
 
Custo Médio Ponderado Móvel = (1.000 + 1.535)/200 = 2.535/200 = 12,675 
 
Custo dos Produtos Vendidos = 12,675 x 150 unidades = R$ 1.901,25 
 
GABARITO: C 
 
Com base no enunciado a seguir, responda às questões 173 a 175. 
 
A Cia. Comercial Complexa e Extensa apurou o seguinte Balanço Patrimonial 
em 01/01/2005: 
 
ATIVO $ PASSIVO + PL $ 
Ativo circulante 100.000,00 Patrimônio Líquido 100.000,00 
Caixa 100.000,00 Capital Social 100.000,00 
 
Durante o primeiro semestre de 2005, ocorreram as seguintes transações: 
 
I - Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital So-
cial da empresa em $ 100.000,00, da seguinte forma: 
 
$ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro; 
$ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na 
cidade de Corumbá; e 
$ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2008. 
 
II - A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da merca-
doria "Dificuldade", por $1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O paga-
mento ao fornecedor foi realizado à vista. 
 
III - A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da merca-
doria "Dificuldade", por $ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda 
foi negociada a prazo. 
 
IV - A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade 
(1/2) das Duplicatas a Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 
2005 (no segundo semestre). 
 
V - No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um emprés-
timo bancário no valor de $ 70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, 
mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao final de cada mês. A 
 
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Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos 
acordados (inclusive no mês de abril). 
 
VI - No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um ca-
minhão, à vista, por $ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida 
útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a sucata, e o método de depreciação 
adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e Extensa 
reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). 
 
VII - A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas adminis-
trativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despe-
sas, $ 8.000,00 eram referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente 
a Serviços Contratados de Terceiros. 
 
Desconsidere a incidência de qualquer tributo, bem como qualquer outra variá-
vel não apresentada neste enunciado. Sabe-se que 25% do lucro do semestre 
foram provisionados como dividendos, mas ainda não foram pagos. 
 
173. De acordo com a Lei 6.404/76, determine o valor total das Origens de 
Recursos da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresentado na Demonstra-
ção das Origens e Aplicações de Recursos, apurada em 30/06/2005. 
 
(a) $ 70.000,00 
(b) $ 80.000,00 
(c) $ 91.075,00 
(d) $ 154.300,00 
(e) $ 156.300,00 
 
Resolução 
 
Há duas maneiras de fazer esta questão. A primeira é por meio dos lançamen-
tos. Para isso, faz-se necessário conhecer o conceito de origem, para a De-
monstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): 
 
Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que au-
mentem o capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou re-
dução do passivo circulante, em operações que envolvam também os 
grupos não circulantes 
 
Vamos analisar cada uma das operações da empresa: 
 
I - Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital So-
cial da empresa em $ 100.000,00, da seguinte forma: 
 
$ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro; 
$ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na 
cidade de Corumbá; e 
$ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2008. 
 
 
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Logo, esta empresa possui um saldo da conta “Capital a Integralizar” de 
R$ 100.000,00. Os R$ 20.000,00, como somente serão integralizados em 
2008, não farão parte do lançamento atual. 
 
 Lançamento: 
 
 Diversos 
 a Capital a Integralizar (Patrimônio Líquido – Retificadora) 
 Caixa (Ativo Circulante) 50.000 
 Terreno (Ativo Permanente) 30.000 80.000 
 
Observe que, houve um aumento do Ativo Circulante em R$ 50.000,00, 
caracterizando uma origem. Entretanto, cabe ressaltar, que a integraliza-
ção do capital social em bens do ativo permanente deve ser classificada 
como origem e aplicação na DOAR (ou seja, o fato se anula). 
 
Portanto, importante para a prova: 
 
 
 
 
 
 
 
 Logo, neste item, houve uma origem de R$ 80.000,00 (origem I). 
 
Aqui, cabe destacar as outras exceções que poderão aparecer em prova: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
II - A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da merca-
doria "Dificuldade", por $1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O paga-
mento ao fornecedor foi realizado à vista. 
 
Integralização de Capital em bens do Ativo Perma-
nente: representa origem com aumento de Capital e 
aplicação no recebimento dos bens do Ativo Perma-
nente. 
Aquisição de bens do Ativo Permanente (Investimentos ou 
Imobilizado) pagáveis a Longo Prazo: Neste caso, há uma a-
plicação pelo aumento do Ativo Permanente e ao mesmo tem-
po uma origem pelo financiamento obtido pelo aumento no E-
xigível a Longo Prazo. 
 
Conversão de Empréstimos de Longo Prazo em Capital: Neste 
caso há uma origem pelo aumento de capital e, simultanea-
mente, uma aplicação pela redução do Exigível a Longo Prazo. 
 
Venda de bens do Ativo Permanente recebível a Longo Prazo: 
Operação que também deve ser demonstrada na origem, como 
se fosse recebido o valor da venda, e na aplicação, como se 
houvesse o empréstimo sido feito para recebimento a Longo 
Prazo. 
 
 
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 Compra de Mercadorias à vista = 50.000 x 1,50 = 75.000 
 
 Lançamento: 
 
 Mercadorias (Ativo Circulante) 
 a Caixa (Ativo Circulante) 75.000 
 
Neste caso, houve um aumento do AC e uma redução no mesmo valor, 
sem causar alteração nas origens. 
 
III - A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da merca-
doria "Dificuldade", por $ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda 
foi negociada a prazo. 
 
 Venda a Prazo = 45.000 x 2 = 90.000 
 
 Lançamentos: 
 
 Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 
 a Receita Bruta de Vendas (Receita) 90.000 
 
 CMV (Despesa) 
 a Mercadorias (Ativo Circulante) = 45.000 x 1,50 67.500 
 
Neste caso, houve uma origem de R$ 22.500,00 (origem III), represen-
tada pelo resultado da subtração do aumento do AC (R$ 90.000,00) pela 
redução do AC (R$ 67.500,00). 
 
IV - A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade 
(1/2) das Duplicatas a Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 
2005 (no segundo semestre). 
 
 Metade das Duplicatas a Receber = 90.000/2 = 45.000 
 
 Lançamento: 
 
 Caixa (Ativo Circulante) 
 a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 45.000 
 
Neste caso, houve um aumento do AC e uma redução no mesmo valor, 
sem causar alteração nas origens. 
 
V - No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um emprés-
timo bancário no valor de $ 70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, 
mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao final de cada mês. A 
Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos 
acordados (inclusive no mês de abril). 
 
A empresa obteve um empréstimo de R$ 70.000,00 e haverá pagamento 
de juros mensais de R$ 400,00. 
 
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Primeiramente, como o valor do principal do empréstimo somente será 
pago em 2009, o lançamento seria: 
 
Bancos (Ativo Circulante) 
a Empréstimos de LP (PELP) 70.000 
 
O pagamento dos juros (até o balanço de 30/06/2005) ocorreu em 
30/04/2005, 31/05/2005 e 30/06/2005. O lançamento consolidado seria: 
 
Juros Passivos (Despesas) 
a Bancos (Ativo Circulante) = 3 x 400 1.200 
 
Neste item, houve um aumento das origens de R$ 68.800,00 (origem V), 
representado pelo resultado da diferença entre o aumento do AC (R$ 
70.000,00) e a redução do AC (R$ 1.200,00). 
 
VI - No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um ca-
minhão, à vista, por $ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida 
útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a sucata, e o método de depreciação 
adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e Extensa 
reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). 
 
 Neste item, convém relembrar alguns conceitos envolvendo depreciação: 
 
 
 
 
 
 
Caso exista valor residual (definido abaixo), o custo de aquisição do bem 
deverá ser subtraído do valor residual para o cálculo da depreciação. 
Valor Residual: valor provável da realização do bem após ser to-
talmente depreciado. Caso o valor residual seja diferente de ZERO, 
deverá ser subtraído do valor do custo de aquisição do bem a ser 
depreciado. Este resultado é que servirá de base de cálculo para a 
taxa de depreciação. 
 
 Finalmente, o método de depreciação linear pode ser definido como: 
 
Vamos aos cálculos: 
 
Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha 
Reta: método de depreciação onde a depreciação acumulada é dire-
tamente proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear. Pode-
se calcular a depreciação, por este método, de duas formas: 
 
- Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou 
- Divide-se o valor depreciado pelo tempo de vida útil. 
Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem 
 
Depreciação = Custo de Aquisição do Bem x Período x Taxa 
 
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A – Aquisição do caminhão: 
 
 Compra de caminhão à vista = 60.000 
 
 Lançamento: 
 
 Caminhão (Ativo Permanente) 
 a Caixa (Ativo Circulante) 60.000 
 Redução do AC é uma aplicação de recursos. 
 
B – Despesas com Depreciação até 31/06/2005: 
 
 Vida Útil = 5 anos 
 Taxa de Depreciação = 1/5 = 0,2 = 20% ao ano 
 Período Depreciado = maio e junho = 2 meses 
 Depreciação = Método Linear 
 
 Despesas com Depreciação = Valor do Bem x Período x Taxa 
 Despesas com Depreciação = 60.000 x 2 meses/12 meses x 0,2 
 Despesas com Depreciação = 60.000/6 x 0,2 = 2.000 
 
Lançamento: 
 
Despesas com Depreciação (Despesa) 
a Depreciação Acumulada (Ativo Permanente – Retificadora) 2.000 
 
Não afeta o AC e nem o PC. Logo, não afeta as origens e nem as aplica-
ções. 
 
VII - A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas adminis-
trativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despe-
sas, $ 8.000,00 eram referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente 
a Serviços Contratados de Terceiros. 
 
 Pagamento de despesas: 
 
 Despesas Administrativas = 10.000 
 Despesas Comerciais = 5.000 
 
 Lançamento: 
 
 Diversos 
 a Caixa (Ativo Circulante) 
 Despesas Administrativas (Despesa) 10.000 
 Despesas Comerciais (Despesa) 5.000 15.000 
 
Apesar de ter diminuído o AC, não deve ser considerada uma aplicação e 
sim uma redução da origem, pois faz parte do cálculo do Lucro Líquido 
do Exercício. Logo, neste item, houve uma redução das origens em R$ 
15.000,00 (Redução de Origens VII = 15.000). 
 
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Cálculo das Origens = Origem I + Origem III + Origem V – Redução VII 
 Cálculo das Origens = 80.000 + 22.500 + 68.800 – 15.000 = 156.300 
 
 
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Uma outra forma de calcular seria considerando a estrutura da DOAR. Primei-
ramente, de posse dos lançamentos, seria calculado o Lucro Líquido do Exercí-
cio: 
 
Receita Bruta de Vendas 90.000 
 (-) CMV (67.500) 
 Lucro Bruto 22.500 
 (-) Despesas de Juros (1.200) 
 (-) Despesas com Depreciação (2.000) 
 (-) Despesas Administrativas (10.000) 
 (-) Despesas Comerciais (5.000) 
 Lucro Líquido do Exercício 4.300 (origem) 
 
Transferência para Lucros Acumulados: 
 Resultado do Exercício 
 a Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) 4.300 
 
Para verificar as demais origens vamos analisar os lançamentos efetuados, 
considerando a estrutura abaixo (DOAR): 
 
(+) Resultado Líquido do Exercício 4.300 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão 2.000 
(+) Aumento do REF 0 
(-) Diminuição do REF 0 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 0 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 0 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 0 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 0 
(+) Prejuízo na Venda de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0 
(-) Lucro na Venda de Bens e Direitos do Ativo Permanente 0 
Lucro Ajustado 6.300 
(+) Aumento do Passivo Exigível a Longo Prazo (PELP) 70.000 
(empréstimo obtido) 
(+) Alien. de Bens e Direitos do Ativo Permanente (valor da venda) 0 
(+) Diminuição do Ativo Realizável a Longo Prazo (ARLP) 0 
(+) Realiz. do Capital Social e Contrib. para Reservas de Capital 80.000 
 
TOTAL DE ORIGENS = 6.300 + 70.000 + 80.000 = 156.300 
 
Ainda há o cálculo dos dividendos a pagar, que não influencia no resultado da 
questão, por ser uma aplicação: 
 
VIII - Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como divi-
dendos, mas ainda não foram pagos. 
 
 Dividendos Provisionados = 25% x LLEx = 25% x 4.300 = 1.075 
 
 Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) 
 a Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 1.075 
 
 
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GABARITO: E 
 
 
174. De acordo com o Pronunciamento IBRACON 20/99, determine o valor do 
Fluxo de Caixa Líquido da Atividade de Investimento da Cia. Comercial Com-
plexa e Extensa, apresentado na Demonstração dos Fluxos de Caixa, apurada 
em 30/06/2005. 
 
(a) $ 91.075,00 negativos 
(b) $ 90.000,00 negativos 
(c) $ 60.000,00 negativos 
(d) $ 13.800,00 positivos 
(e) $ 113.800,00 positivos 
 
Resolução 
 
Para a resolução desta questão é preciso saber o conceito de fluxo de caixa 
líquido da atividade de investimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além disso, há que se ressaltar que um fluxo negativo representa saída de di-
nheiro do caixa e um fluxo positivo representa entrada de dinheiro no caixa. 
 
No caso concreto questão, a única atividade de investimento que ocorreu foi a 
aquisição de um caminhão, conforme lançamento reproduzido abaixo: 
 
Compra de caminhão à vista = 60.000 
 
 Lançamento: 
 
 Caminhão (Ativo Permanente) 
 a Caixa (Ativo Circulante) 60.000 
 
Logo, houve um fluxo de investimento negativo de R$ 60.000,00. 
 
GABARITO: C 
 
 
 
 
Fluxo dos Investimentos: estão ligados aos desem-
bolsos referentes às aquisições de ativos imobiliza-
dos, que são utilizados na produção de bens e servi-
ços, de investimentos em outras sociedades, bem 
como os recebimentos na alienação desses ativos. 
Incluem, ainda, os desembolsos relativos à conces-
são de empréstimos a terceiros e os recebimentos 
na amortização desses empréstimos. 
 
 
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175. De acordo com o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP 01/06, determine o Valor 
Adicionado Total a Distribuir da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresen-
tado na Demonstração do Valor Adicionado, apurada em 30/06/2005. 
 
(a) $ 4.300,00 
(b) $ 13.500,00 
(c) $ 14.700,00 
(d) $ 20.500,00 
(e) $ 21.500,00 
 
Resolução 
 
De acordo com o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP 01/06, a demonstração do valor 
adicionado é estruturada da seguinte maneira: 
 
1.12 Demonstração do Valor Adicionado – DVA 
A riqueza gerada pela empresa, medida no conceito de valor adicionado, é cal-
culada a partir da diferença entre o valor de sua produção e o dos bens produ-
zidos por terceiros utilizados no processo de produção da empresa. A atual e a 
potencial aplicações do valor adicionado mostram o aspecto econômico e social 
que o seu conceito envolve: (i) como índice de avaliação do desempenho na 
geração da riqueza, ao medir a eficiência da empresa na utilização dos fatores 
de produção, comparando o valor das saídas com o valor das entradas, e (ii) 
como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na 
distribuição da riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, 
dos Agentes Financiadores e dos Acionistas. 
O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, den-
tro de uma visão global de desempenho, para a geração de riqueza da econo-
mia na qual está inserida, sendo resultado do esforço conjugado de todos os 
seus fatores de produção.. 
A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço 
Social, constitui, desse modo, uma importante fonte de informações à medida 
que apresenta esse conjunto de elementos que permitem a análise do desem-
penho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim como 
dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza. 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA) 
em R$ mil 20XX 20XX 
DESCRIÇÃO 
1-RECEITAS 
 
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1.1) Vendas de mercadoria, produtos e serviços 
1.2) Provisão p/devedores duvidosos – Rever-
são/(Constituição) 
 
1.3) Não operacionais 
2-INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui ICMS e 
IPI) 
 
2.1) Matérias-Primas consumidas 
2.2) Custos das mercadorias e serviços vendidos 
2.3) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 
2.4) Perda/Recuperação de valores ativos 
3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 
4 – RETENÇÕES 
4.1) Depreciação, amortização e exaustão 
5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA 
ENTIDADE (3-4) 
 
6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 
6.1) Resultado de equivalência patrimonial 
6.2) Receitas financeiras 
7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 
8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 
8.1) Pessoal e encargos 
 
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8.2) Impostos, taxas e contribuições 
8.3) Juros e aluguéis 
8.4) Juros s/ capital próprio e dividendos 
8.5) Lucros retidos / prejuízo do exercício 
* O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. 
 
Vamos à resolução da questão: 
 
1. Receitas: 
Receita Bruta de Vendas 90.000 
 
2. Insumos Adquiridos de Terceiros: 
 Custo das Mercadorias Vendidas 67.500 
 Despesas Administrativas 10.000 
 Despesas Comerciais 5.000 
 (-) Despesas com Pessoal e Encargos (8.000) (*) 74.500 
 
3. Valor Adicionado Bruto (1-2) 15.500 
 
4. Retenções 
 Despesas com Depreciação 2.000 
 
5. Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade(3-4) 13.500 
(*) As despesas com pessoal e encargos deve ser retirada, pois faz parte desta 
parte da DVA. 
GABARITO: B 
 
176. Cia. Industrial e Comercial NECC apurou a contagem física de seu esto-
que (inventário) em 31/12/2005. Segundo identificado, seu estoque estava 
avaliado a $ 500.000,00, antes de qualquer ajuste eventualmente necessário 
para os seguintes eventos: 
 
I - mercadorias adquiridas por $ 60.000,00, na modalidade "à disposição do 
comprador no estabelecimento do vendedor" (free on board no embarque), 
embarcaram no dia 30/12/2005 e só chegaram ao estabelecimento da Cia. 
Comercial NECC no dia 06/01/2006; 
 
II - produtos em elaboração foram remetidos, em 15/12/2005, para benefici-
amento numa terceira empresa, a Beneficiamentos Terceirizados Ltda. 
 
III - Esses produtos estavam avaliados ao custo de $ 30.000,00 e só retorna-
ram ao estabelecimento da Cia. Industrial e Comercial NECC no dia 
04/01/2006. 
 
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Com base, somente, nessas informações, apure o valor do Estoque Final da 
Cia. Industrial e Comercial NECC, em 31/12/2005. 
 
(a) $ 440.000,00 
(b) $ 500.000,00 
(c) $ 530.000,00 
(d) $ 560.000,00 
(e) $ 590.000,00 
 
Resolução 
 
I - Estoque Final Apurado em Inventário Físico = 500.000 
 
II – Ajustes: 
 
II.1 – Aquisição de Mercadorias em 30/12/2005 = 60.000 
 
Aqui, independe se as mercadorias só chegaram ao estabelecimen-
to do comprador em 06/01/2006, pois o fato gerador ocorreu com 
a aquisição. Logo, estas mercadorias devem ser consideradas no 
estoque final no dia 31/12/2005. 
 
II.2 – Houve remessa de R$ 30.000,00 em produtos em elaboração para 
beneficiamento em uma terceira empresa (retornaram à empresa no dia 
04/01/2006). 
 
Também devem ser considerados no estoque final, pois são produ-
tos em elaboração que foram beneficiados em outra empresa, mas 
retornarão para serem vendidos. 
 
Estoque Final Ajustado = EF Apurado em Inventário Físico + Ajustes 
 Estoque Final Ajustado = 500.000 + 60.000 + 30.000 = 590.000 
 
GABARITO: E 
 
177. A Cia. Comercial Norte-Nordeste adquiriu, em 29/12/2005, mercadorias 
pelo custo de $ 50.000,00. Os termos do contrato de compra previam que o 
vendedor traria as mercadorias ao estabelecimento da Cia. Comercial Norte-
Nordeste (CIF ou FOB destino). O transporte custou: 
I - $ 200,00 de empacotamento; 
II - $ 500,00 de frete. 
 
Essas mercadorias foram recebidas pela Cia. Comercial Norte-Nordeste no dia 
31/12/2005. No Balanço Patrimonial da Cia. Norte-Nordeste, apurado em 
31/12/2005, qual valor deve ter sido adicionado aos Estoques? 
 
(a) zero. 
(b) $ 50.000,00. 
(c) $ 50.200,00. 
 
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(d) $ 50.500,00. 
(e) $ 50.700,00. 
 
Resolução 
 
Como contrato de compra previa CIF ou FOB destino, os custos de empacota-
mento e frete correm por conta do vendedor. Logo, o custo das mercadorias 
para Cia. Norte-Nordeste será igual ao valor de aquisição: 
 
 Custo das Mercadorias Adquiridas = 50.000 
 
GABARITO: B 
 
178. A Cia. Comercial Phonetel é uma loja de aparelhos celular. Em agosto de 
1995 comprou da Motorotel 100 unidades de aparelhos analógicos por $ 
100,00 cada, e esperava revendê-los por $ 300,00 cada. Ocorre que, em se-
tembro de 1995, quando a Cia. Comercial Phonetel ainda tinha 80 unidades 
daquele aparelho analógico em estoque, surgiu a tecnologia de aparelhos digi-
tais. Em função desse avanço tecnológico, a Motorotel passou a vender (aos 
revendedores) os antigos aparelhos analógicos por $ 40,00 a unidade, e os no-
vos aparelhos digitais por $ 180,00 cada. Por outro lado, a Cia. Comercial Pho-
netel baixou o preço de venda dos antigos aparelhos analógicos, passando a 
revendê-los por $ 110,00 cada. Considere que todas as transações são à vista, 
que não há impostos, e que a Motorotel não tem nenhuma obrigação contratu-
al (nem legal) de substituir o estoque de aparelhos analógicos de seus reven-
dedores por aparelhos digitais. Determine o valor da provisão para redução ao 
valor de mercado que a Cia. Comercial Phonetel deve reconhecer em seu Ativo 
Circulante para atender à regra do "Custo ou Mercado – dos dois o menor". 
 
(a) zero 
(b) $ 10,00 
(c) $ 60,00 
(d) $ 290,00 
(e) $ 4.800,00 
 
Resolução 
 
Cia. Comercial Phonetel 
 
I - Agosto de 1995: compra de 100 unidades de aparelhos analógicos por $ 
100,00 cada. 
 
II – Setembro de 1995: ainda possuía 80 unidades em estoque. 
 
 Saldo da conta Estoque de Mercadorias = 80 x 100 = 8.000 
 
Devido ao surgimento de nova tecnologia, o fornecedor passou a vender 
os aparelhos analógicos por R$ 40,00. 
 
 
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Além disso, a comercial Phonetel passou a revender estes aparelhos por 
R$ 110,00. 
 
 
De acordo com art. 183, da Lei no 6.404/76, os direitos que tive-
rem por objeto mercadorias e produtos do comércio da compa-
nhia serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provi-
são para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. 
Como os aparelhos analógicos ainda estão sendo vendidos por R$ 
110,00, valor maior que o custo unitário de aquisição dos aparelhos (R$ 
100,00), não há razão para realizar provisão para ajuste dos estoques ao 
valor de mercado. Logo, não há provisão a ser realizada. 
 
ATENÇÃO!!! A pegadinha da questão era a seguinte: o examinador que-
ria induzir o concursando a pensar que o custo de aquisição dos apare-
lhos analógicos, como diminuiu de R$ 100,00 para R$ 40,00, geraria 
uma provisão de R$ 60,00 por unidade, o que daria uma provisão total 
de R$ 4.800,00 (80 unidades x R$ 60,00). Isto está errado, mas ha-
via resposta (letra “e”). Você deve comparar o valor de aquisição 
(R$ 100,00) ao valor de mercado do produto (R$ 110,00). Como o 
valor de mercado é maior, não há provisão a fazer. ATENÇÃO!!! 
 
GABARITO: A 
 
179. A Cia. Phillipe-Cruz, fabricante de cigarros, costuma comprar todas as 
folhas de tabaco fornecidas por seus produtores rurais na época da safra (mar-
ço de cada ano), mesmo que tal quantidade seja superior à estimativa de con-
sumo no processo produtivo de um ano (até a safra do próximo ano), porque, 
dessa forma, a empresa aproveita o baixo preço e armazena a matéria-prima 
em silos de última geração que lhe permitem manter as folhas de tabaco por 
10 anos, preservando as características originais. Considere que, no início de 
março de 2006 (antes da safra), a Cia. Phillipe-Cruz tinha em estoque de ma-
téria-prima 100kg de folhas de tabaco, avaliados pelo valor total de $ 
10.000,00. No mês de março de 2006, a safra foi excelente, e a Cia. Phillipe-
Cruz comprou de seus produtores rurais 1 000kg de folhas de tabaco ao valor 
total de $ 111.000,00. Quando chega em 31/12/2006, o gerente do almoxari-
fado da Cia. Phillipe-Cruz identifica que foram consumidos efetivamente 450kg 
de folhas de tabaco no processo produtivo. Nessa mesma data, o diretor de 
produção verifica no orçamento que a estimativa de consumo de folhas de ta-
baco para o próximo ano (2007) é de 530kg. Ignore qualquer tributo e consi-
dere, somente, as informações apresentadas neste enunciado. Considerando 
que a Cia. Phillipe-Cruz avalia seu estoque de matéria-prima pelo critério PEPS, 
determine o valor do estoque de matéria-prima (folhas de tabaco) classificado 
no Realizável a Longo Prazo. 
 
(a) zero 
(b) $ 13.200,00 
(c) $ 13.320,00 
(d) $ 71.500,00 
 
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(e) $ 72.150,00 
 
 
 
 
 
Resolução 
 
Primeiramente, vamos ao conceito do métodoPEPS de controle de estoques: 
 
PEPS ou FIFO (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai, First-In-
First-Out): por este método, à medida que ocorrem as vendas, vai-se 
dando baixa no estoque a partir das primeiras compras (mercadorias 
mais antigas), ou seja, vendem-se ou consomem-se antes as primeiras 
mercadorias compradas. 
 
 
Cia. Phillipe-Cruz 
 
Início de março de 2006: Estoque Inicial = 10.000 (100 kg de folhas de taba-
co) 
 
Mês março de 2006: Compras = 111.000 (1.000 kg de folhas de tabaco) 
 Custo Unitário = 111.000/1.000 = 111 
 
Em 31/12/2006: 
 
I - Folhas de Tabaco consumidas no processo produtivo = 450 kg 
 
Logo, como o método utilizado é o PEPS, saíram as seguintes quantida-
des do estoque: 
 
100 kg do Estoque Inicial 10.000 
350 kg da Compras = 350 x 111 38.850 
 450 kg de Folhas de Tabaco 48.850 
 
 Estoque Final = (1.000 – 350) = 650 kg 
 Estoque Final = 650 kg x R$ 111,00 = 72.150 
 
II - Estimativa de consumo de folhas de tabaco para 2007 = 530 kg 
 
 Estoque Final (Ativo Circulante) = 530 kg x R$ 111,00 = 58.830 
 
Estoque Final (ARLP) = (650 – 530) = 120 kg 
Estoque Final (ARLP) = 120 kg x R$ 111,00 = 13.320 
 
GABARITO: C 
 
 
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180. A Cia. Industrial 501 S/A só fabrica o produto JSC, tem uma capacidade 
instalada que lhe permite produzir, no máximo, 2.000 unidades do produto 
JSC, por mês. Em janeiro de 2006, a Cia. Industrial 501 S/A incorreu nos se-
guintes gastos: 
I - matéria-prima direta: $ 7,00 por unidade de JSC fabricada; 
II - mão-de-obra direta: $ 3,00 por unidade de JSC fabricada; 
III - aluguel do parque fabril: $ 9.000,00 por mês; 
IV - salário dos diretores: $ 12.000,00 por mês; 
V - força, luz, água e esgoto: $ 16.000,00 por mês. 
 
Sabendo-se que o preço de venda de cada unidade do produto JSC é $ 40,00 e 
considerando, somente, essas informações, e sem considerar, portanto, a le-
gislação tributária, determine a quantidade de produtos JSC que a Cia. Indus-
trial 501 S/A precisa fabricar e vender por mês para ter um lucro operacional 
mensal de $ 20.000,00. 
(a) Não adianta, sempre vai apurar prejuízo. 
(b) 1.234 unidades (valor arredondado) 
(c) 1.728 unidades (valor arredondado) 
(d) 1.900 unidades 
(e) 2.000 unidades 
 
Resolução 
Para resolver esta questão é preciso conhecer duas estruturas: a Demonstra-
ção do Resultado do Exercício e método de custeio por absorção (quando a 
questão não mencionar o método de custeio utilizado, deve-se utilizar o méto-
do de custeio por absorção): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 
Receita Bruta 
(-) Deduções da Receita Bruta 
(=) Receita Líquida 
(-) Custo das Mercadorias/Produtos/Serviços Vendidos/Prestados 
(=) LUCRO BRUTO 
(-) Despesas c/ Vendas 
(-) Despesas Financeiras 
(+) Receitas Financeiras 
(-) Despesas Gerais e Administrativas 
(-) Outras Despesas Operacionais 
(+) Outras Receitas Operacionais 
(=) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL 
(+) Receitas Não-operacionais 
(-) Despesas Não-operacionais 
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA 
(-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda 
(-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro 
 Participações de Debêntures 
 Participações de Empregados 
 Participações de Administradores 
 Participações de Partes Beneficiárias 
(=) LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
Lucro/Prejuízo Líquido por Ação 
 
 
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ATENÇÃO!!! É preciso que você memorize estas duas estruturas para a 
prova. 
 
Vamos à resolução da questão. 
 
I – Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos (CPV): 
 
Primeiramente, temos que calcular os custos indiretos de fabricação e, 
para isso, é necessário saber a diferença entre custos de fabricação e 
despesas: 
 
Custo: Corresponde ao gasto com bens ou serviços que serão utili-
zados na produção de outros bens ou serviços, ou seja, são gastos 
relacionados à atividade de produção. 
Método do Custeio por Absorção 
 
Estoque inicial de materiais diretos 
(+) Custo de Aquisição das compras de materiais diretos 
(-) Estoque final de materiais diretos 
(=) Materiais Diretos Consumidos (MD) 
(+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 
(+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 
(=) Custo de Produção do Período (CPP) 
(+) Estoque inicial de produtos em elaboração 
(-) Estoque final de produtos em elaboração 
(=) Custo da Produção Acabada 
(+) Estoque inicial de produtos acabados 
(-) Estoque final de produtos acabados 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
 
 
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Exemplos: 
Salários e encargos sociais dos funcionários que trabalham na pro-
dução 
 Matéria-prima utilizada no processo produtivo 
Combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica 
 Aluguéis das instalações da fábrica 
 Seguro das instalações da fábrica 
 Seguros do maquinário utilizado na produção 
 Depreciação dos equipamentos utilizados na produção 
 Gastos com manutenção das máquinas utilizadas na produção 
 
Despesas: são gastos com bens ou serviços não utilizados nas ati-
vidades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de 
receitas. Ou seja, as despesas são itens que reduzem o patrimônio 
e que possuem a característica de representar sacrifícios no pro-
cesso de obtenção de receitas. 
 
Exemplos: 
 
Salários e encargos sociais do pessoal de vendas 
Salários e encargos sociais do pessoal da administração da indús-
tria 
Energia elétrica consumida nas instalações da administração da in-
dústria 
 Gastos com combustíveis e refeições do pessoal de vendas 
 Conta telefônica da administração e do pessoal de vendas 
 Aluguéis e seguros das instalações da administração da indústria
 
 Voltando à questão, teríamos os seguintes custos indiretos de fabricação: 
 
 Custo Indiretos de Fabricação (CIF) 
Aluguel do parque fabril 9.000 
força, luz, água e esgoto (*) 16.000 25.000 
 
(*) Como nada foi dito se a força, luz, água e esgoto era do parque fabril 
ou não, considera-se como um custo de produção. 
 
 Logo, “Salários de Diretores” é uma despesa e vai direto para a DRE. 
 
A questão pede a quantidade a ser produzida e vendida no período (Q) 
para obter um lucro operacional de R$ 20.000,00. 
 
 
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Como toda a quantidade produzida será vendida e não houve informação 
dos estoques iniciais de produtos em elaboração e de produtos acabados, 
podemos considerar que: 
 
Estoque Inicial de Produtos em Elaboração = 0 
Estoque Final de Produtos em Elaboração = 0 
Estoque Inicial de Produtos Acabados = 0 
Estoque Final de Produtos Acabados = 0 
 
(=) Materiais Diretos Consumidos (MD) 7 x Q 
(+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 3 x Q 
(+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 25.000 
(=) Custo de Produção do Período (CPP) 25.000 + 10 x Q 
(+) Estoque inicial de produtos em elaboração 0 
(-) Estoque final de produtos em elaboração 0 
(=) Custo da Produção Acabada 25.000 + 10 x Q 
(+) Estoque inicial de produtos acabados 0 
(-) Estoque final de produtos acabados 0 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 25.000 + 10 x Q 
 
II – Cálculo da quantidade a ser produzida e vendida: 
 
Receita Bruta de Vendas = Preço de Vendas x Quantidade = 40 x Q 
 
Receita Bruta de Vendas 40 x Q 
(-) Deduções da Receita Bruta 0 
ReceitaLíquida de Vendas 40 x Q 
(-) CPV (25.000 + 10 x Q) 
Lucro Bruto 30 x Q – 25.000 
(-) Salários dos Diretores (12.000) 
Lucro Operacional 20.000 
 
30 x Q – 37.000 = 20.000 30 x Q = 57.000 Q = 1.900 unidades 
 
GABARITO: D 
 
181. Com relação à classificação dos custos quanto ao volume (também cha-
mada de classificação quanto à formação), analise as afirmativas a seguir: 
 
I. Quanto ao volume, os custos são classificados em direto e indireto. 
II. O custo fixo unitário varia inversamente ao volume produzido. 
III. O custo variável total varia proporcionalmente ao volume produzido. 
 
Assinale: 
 
(a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
(b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
(c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
(d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
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Resolução 
 
Vamos analisar as alternativas: 
 
I. Quanto ao volume, os custos são classificados em direto e indireto. 
 
Os custos, em relação à apropriação aos produtos fabricados, podem ser 
divididos em custos diretos e custos indiretos. 
 
Os custos, em relação aos níveis de produção (volume), podem ser divididos 
em custos fixos, custos variáveis, custos semivariáveis e custos semifixos. A 
afirmativa é FALSA. 
 
 
 
 
II. O custo fixo unitário varia inversamente ao volume produzido. 
 
Custos fixos são aqueles cujos valores permanecem inalterados, in-
dependentemente do volume de produção da empresa. O custo fixo 
unitário é calculado dividindo-se os custos fixos pela quantidade 
produzida. Logo, o custo fixo unitário varia inversamente ao volume 
produzido, ou seja, quanto maior o volume produzido, menor o custo 
fixo unitário, e vice-versa. A afirmativa está CORRETA. 
 
III. O custo variável total varia proporcionalmente ao volume produzido. 
 
Os custos variáveis são aqueles cujos valores são alterados em fun-
ção do volume de produção da empresa, ou seja, quanto maior o vo-
lume de produção, no período, maior será o custo variável (os custo 
variáveis variam direta e proporcionalmente com o volume). A afir-
mativa está CORRETA. 
 
GABARITO: E 
 
182. Determinada empresa mercantil vendeu mercadorias a prazo (por $ 
20.000,00) para um cliente muito especial, de forma que lhe concedeu 20 me-
ses de prazo de pagamento, ou seja, a venda efetuada (30/11/2005) será co-
brada numa única parcela, somente em 02/07/2007. Considerando que o de-
partamento financeiro estima que a probabilidade de esse cliente não honrar 
sua dívida é de 10%, determine o valor e a classificação da Provisão para Cré-
ditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) no Balanço Patrimonial apurado em 
31/12/2005. 
 
(a) Não se deve contabilizar a PCLD, porque não é mais dedutível do Imposto 
de Renda. 
(b) Não se deve contabilizar a PCLD, porque 10% não são relevantes. 
(c) Deve-se contabilizar a PCLD no valor de $ 2.000,00, como retificadora do 
Ativo Circulante. 
 
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(d) Deve-se contabilizar a PCLD no valor de $ 2.000,00, sendo $ 1.200,00 co-
mo retificadora do Ativo Circulante e $ 800,00 como retificadora do Realizável 
a Longo Prazo. 
(e) Deve-se contabilizar a PCLD no valor de $ 2.000,00, como retificadora do 
Realizável a Longo Prazo. 
 
Resolução 
 
O conceito desta questão é o seguinte: 
 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: é o valor provisio-
nado ao final de cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, 
perdas decorrentes de não recebimento de direitos da empresa (Ex: Du-
plicatas a Receber, Clientes). O valor da provisão é obtido a partir da a-
plicação de um percentual (baseado em estudos realizados tendo por ba-
se as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre os valores dos direi-
tos existentes na época do Balanço Patrimonial. 
 
ATENÇÃO!!! A provisão para créditos de liquidação duvidosa não é de-
dutível para fins de apuração do lucro real (Regulamento do Imposto de 
Renda), mas isto não que dizer que a empresa não possa fazer a provi-
são. Esta era a “pegadinha” da questão. ATENÇÃO!!! 
 
De acordo com os dados da questão: 
 
Em 30/11/2005, a Empresa Mercantil vendeu mercadorias a prazo por R$ 
20.000,00: o pagamento será efetuado em parcela única, no dia 02/07/2007 
(após o término do exercício seguinte). 
 
 Lançamento: 
 
 Duplicatas a Receber (Ativo Realizável a Longo Prazo) 
 a Receita Bruta de Vendas 20.000 
 
Também haveria o lançamento referente ao custo das mercadorias ven-
didas (transcrito abaixo), mas não foram informados os valores e nem 
influencia no resultado da questão: 
 
Custo das Mercadorias Vendidas 
a Mercadorias (Ativo Circulante) 
 
De acordo com o Departamento Financeiro da empresa, a probabilidade de es-
se cliente não honrar sua dívida é de 10%. Logo, haveria uma constituição da 
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) no Balanço Patrimonial 
apurado em 31/12/2005. 
 
 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa = 10% x 20.000 = 2.000 
 
 Lançamento: 
 
 
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 Despesas com Provisão 
 a PCLD (Ativo Realizável a Longo Prazo – Retificadora) 2.000 
 
GABARITO: E 
 
 
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183. A Cia. Industrial Máquina Velha tem um parque fabril composto por má-
quinas adquiridas em janeiro de 1998 por $ 100.000,00 (à vista), as quais são 
depreciadas pelo método da linha reta – cotas constantes (desde a data de a-
quisição), estimando-se o tempo de vida útil de 10 (dez) anos e valor residual 
nulo. Em 31/12/2005, a Cia. Industrial Máquina Velha resolveu reavaliar seu 
Ativo Imobilizado e identificou que tais máquinas valem $ 30.000,00. De acor-
do com a Lei 6.404/76 e com os critérios estabelecidos pela Deliberação CVM 
183/95, determine o acréscimo líquido que a reavaliação gerou no Patrimônio 
Líquido da Cia. Industrial Máquina Velha, em 31/12/2005. (Considere que a 
Cia. Industrial Máquina Velha é contribuinte do IR à alíquota de 25% e ignore 
quaisquer outros tributos e informações.) 
 
(a) zero 
(b) $ 7.500,00 
(c) $ 10.000,00 
(d) $ 20.000,00 
(e) $ 30.000,00 
 
Resolução 
 
Primeiramente, vamos aos dados da questões: 
 
Cia. Industrial Máquina Velha 
 
Máquinas = 100.000 (adquiridas em janeiro de 1998) 
Depreciação pelo método da linha reta – cotas constantes (desde a data de 
aquisição) 
 
Vida útil = 10 (dez) anos 
Valor residual = 0 
 
Em 31/12/2005: Reavaliação do Ativo Imobilizado 
 
 Reavaliação das Máquinas = 30.000 
 
 De acordo com a Deliberação CVM 183/95: 
 
Impostos Incidentes sobre a Reserva de Reavaliação 
34. A reavaliação positiva representa acréscimo de patrimônio lí-
quido que será tributado futuramente pela realização dos ativos. 
Considerando-se esse ônus existente sobre a reavaliação, no mo-
mento de seu registro deve-se reconhecer a carga tributária (im-
posto de renda e contribuição social) devida sobre a futura realiza-
ção dos ativos que a geraram. O lançamento contábil deve ser 
efetuado a débito de conta retificadora da reserva de reava-
liação (que pode ser através de conta retificadora para con-
trole fiscal) e a crédito de provisão para imposto de renda 
no Exigível a Longo Prazo. Esta provisão será transferida 
 
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para o Passivo Circulante à medida que os ativos forem sen-
do realizados. Os valores dos impostos e contribuições registra-
dos nopassivo devem ser atualizados monetariamente, em conso-
nância com o disposto no item 38. As eventuais oscilações nas alí-
quotas dos impostos e contribuições devem ser reconhecidas, se 
aplicável, em contrapartida à correspondente conta retificadora da 
reserva de reavaliação. 
35. Essa provisão para impostos incidentes sobre a Reserva 
de Reavaliação não deverá ser constituída para ativos que 
não se realizarão por depreciação, amortização ou exaustão 
e para os quais não haja qualquer perspectiva de realização 
por alienação ou baixa , como é o caso de terrenos . Nessa 
hipótese, o ônus fiscal somente será reconhecido contabilmente no 
futuro quando, por mudança de circunstâncias, ocorrer a alienação 
ou baixa. 
 
Retornando à questão: 
 
I – Cálculo do valor contábil da máquina em 31/12/2005: 
 
 Taxa de Depreciação = 1/Vida útil = 1/10 anos = 10% ao ano 
 Período = de janeiro/1998 a dezembro/2005 = 8 anos 
 
 Depreciação Acumulada = Custo de Aquisição (*) x Período x Taxa 
(*) Como o valor residual é igual a zero, o cálculo da depreciação terá 
como base de cálculo o custo de aquisição do bem. 
 
Depreciação Acumulada = 100.000 x 8 x 10% = 80.000 
 
Valor Contábil do Bem = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada 
Valor Contábil do Bem = 100.000 – 80.000 = 20.000 
 
 Lançamento: 
 
 Depreciação Acumulada (Ativo Permanente – Retificadora) 
a Máquinas (Ativo Permanente) 80.000 
 
II – Reavaliação: como as máquinas foram reavaliadas em R$ 30.000,00, ha-
verá a constituição da Reserva de Reavaliação no valor de R$ 10.000,00, con-
forme cálculo abaixo: 
 
 Reserva de Reavaliação = Valor da Reavaliação – Valor Contábil 
 Reserva de Reavaliação = 30.000 – 20.000 = 10.000 
 
 Lançamento: 
 
 Máquinas (Ativo Permanente) 
a Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) 10.000 
 
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Além disso, a constituição da Provisão para o Imposto de Renda, conforme es-
pecificado na Deliberação CVM 183/95: 
 
 Provisão para IR = 25% x Reserva de Reavaliação 
 Provisão para IR = 25% x 10.000 = 2.500 
 
 Lançamento: 
 
 Provisão para IR (Patrimônio Líquido – Retificadora) 
 a Tributos Diferidos (PELP) 2.500 
 
Logo, o acréscimo líquido do Patrimônio Líquido será de: 
 
 Acréscimo Líquido = Reserva de Reavaliação – Provisão p/ IR 
 Acréscimo Líquido = 10.000 – 2.500 = 7.500 
 
GABARITO: B 
 
184. De acordo com a Lei 6.404/76 e com os limites estabelecidos pela Delibe-
ração CVM 183/95, analise as afirmativas a seguir: 
 
I. A reavaliação é permitida para todo e qualquer item do ativo permanente 
imobilizado. 
II. A reavaliação só é permitida para os itens tangíveis do ativo permanente 
imobilizado. 
III. A reavaliação corresponde à diferença entre o valor de realização e o valor 
contábil do bem ora reavaliado. 
 
Assinale: 
 
(a) se somente a alternativa I estiver correta. 
(b) se somente a alternativa II estiver correta. 
(c) se somente a alternativa III estiver correta. 
(d) se somente as alternativas I e III estiverem corretas. 
(e) se somente as alternativas II e III estiverem corretas. 
 
Resolução 
 
Vamos analisar as alternativas de acordo com a Lei no 6.404/76 e com os limi-
tes estabelecidos pela Deliberação CVM 183/95: 
 
I. A reavaliação é permitida para todo e qualquer item do ativo permanen-
te imobilizado. 
 
De acordo com o art. 182, § 3°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas 
como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor a-
tribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base 
em laudo aprovado pela assembléia-geral. Ou seja, a lei só fala em e-
 
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lementos do ativo, dando a entender que qualquer elemento do 
ativo poderia ser avaliado. 
 
Além disso, de acordo com a Deliberação CVM no 183/95: 
 
“13. A Lei no 6.404/76 menciona que a reavaliação pode ser 
feita para os "elementos do ativo", o que pode dar o enten-
dimento de abranger não só itens do imobilizado, como de 
investimentos e ativo diferido, além de estoques, entre ou-
tros. A legislação fiscal é mais restritiva e refere-se somente a i-
tens do ativo permanente não abrangendo, portanto, os estoques 
ou outros ativos constantes do Circulante ou Realizável a Longo 
Prazo. 
 
14. O entendimento neste Pronunciamento é de que a reavaliação 
seja restrita a bens tangíveis do ativo imobilizado, desde que 
não esteja prevista sua descontinuidade operacional.” 
 
Logo, a afirmativa é FALSA, pois a interpretação conjunta da Lei com a 
Deliberação permite concluir que a reavaliação só é aplicada para os i-
tens tangíveis do ativo permanente imobilizado. 
 
II. A reavaliação só é permitida para os itens tangíveis do ativo permanente 
imobilizado. 
 
 A afirmativa está CORRETA (vide explicação do item I). 
 
III. A reavaliação corresponde à diferença entre o valor de realização e o va-
lor contábil do bem ora reavaliado. 
 
A reavaliação corresponde à diferença entre o valor da nova avaliação e 
o valor líquido contábil do bem. Logo, a afirmativa é FALSA 
 
GABARITO: B 
 
185. Sabendo-se que: 
 
I - a Cia. ORA participa na Cia. A com somente 8 ações ordinárias (com direito 
a voto); 
II - a Cia. ORA participa na Cia. B com somente 60 ações preferenciais (sem 
direito a voto); 
III - o Patrimônio Líquido da Cia. ORA está avaliado a $ 100.000,00; 
IV - a participação que a Cia. ORA tem na Cia. A lhe custou $ 1.000,00 e não 
lhe permite preponderar nas deliberações sociais nem o poder de eleger a 
maioria dos administradores, apenas um administrador; 
V - a participação que a Cia. ORA tem na Cia. B lhe custou $ 3.000,00 e não 
lhe permite preponderar nas deliberações sociais nem o poder de eleger a 
maioria dos administradores; 
VI - a Cia. ORA tem créditos não vinculados à atividade operacional, de $ 
8.000,00 contra a Cia. B; 
 
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VII - o Capital Social da Cia. A é composto por 100 ações, sendo 50 ações or-
dinárias (com direito a voto) e 50 ações preferenciais (sem direito a voto); 
VIII - o Capital Social da Cia. B é composto por 100 ações, sendo 40 ações or-
dinárias (com direito a voto) e 60 ações preferenciais (sem direito a voto); 
IX - os investimentos da Cia. ORA nas Cias. A e B são permanentes; 
 
determine qual método (Equivalência Patrimonial ou Custo de Aquisição ou 
Marcação a Mercado) a Cia. ORA deverá utilizar na avaliação dos investimentos 
na Cia. A e na Cia. B, respectivamente, de acordo com a Lei 6.404/76 e com 
as interpretações dadas pelas Deliberações CVM 247/96, 269/97, 285/98 e 
408/04. 
 
(a) equivalência patrimonial e equivalência patrimonial 
(b) custo de aquisição e custo de aquisição 
(c) equivalência patrimonial e custo de aquisição 
(d) custo de aquisição e equivalência patrimonial 
(e) marcação a mercado e equivalência patrimonial 
 
Resolução 
 
Para resolver a questão é necessário conhecer os conceitos relacionados à E-
quivalência Patrimonial de acordo com a Lei no 6.404/76 e com as interpreta-
ções dadas pelas Deliberações CVM 247/96, 269/97, 285/98 e 408/04 (an-
tes das alterações da Lei no 11.638/07): 
 
Primeiramente, há que se ressaltar que as Deliberações CVM 247/96, 269/97 
(na verdade é 269/98), 285/98 e 408/04 (na verdade é 408/01) não têm nada 
a ver com o assunto em questão, motivo pelo qual a questão deve ter sido a-
nulada. O certo seria: Instruções CVM 247/96, 269/97, 285/98 e 408/04 (esta 
instrução também não tem nada a ver com o assunto em questão). 
 
De acordo com o art. 248. da Lei no 6.404/76, são avaliados pelo Método de 
Equivalência

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