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* * Tricomoníase * * Trichomonas Ordem – Diplomonadida (simetria bilateral) Gênero – Trichomonas (parasitas flagelados do trato geniturinário humano) Trichomonas vaginalis Isolado pela primeira vez em 1836 por Donné em paciente com vaginite; Marchand (1894), Miura (1894) e Dock (1896) – uretrite masculina. * * Trichomonas Trichomonas tenax Comensal da cavidade bucal humana e de primatas. Pentatrichomonas hominis Comensal do trato intestinal humano. Existem outros animais parasitados por outras espécies de tricomonas: porcos, bois, galinhas, répteis e anfíbios. * * MORFOLOGIA O T. vaginalis é uma célula polimorfa; Espécimes vivos – elipsóides, ovais ou esféricos; Pseudópodes Preparações fixadas e coradas x organismos vivos; Não possui cistos; pH, temperatura, tensão de oxigênio, força iônica – alteram seu aspecto; * * MORFOLOGIA Meios de cultura X preparações de secreções – forma; Presença de 4 flagelos anteriores desiguais que se originam no complexo citossomal; Axóstilo; Núcleo elipsóide. * * BIOLOGIA Local de infecção: trato geniturinário de homens e mulheres produzindo infecção; Reprodução: multiplicação por fissão binária longitudinal; Não há formação de cistos; Formas arredondadas, imóveis, aparentemente sem flagelos – pseudocistos ou formas degenerativas. * * TRANSMISSÃO Doença venérea transmitida através da relação sexual; Sobrevive por mais de uma semana sob o prepúcio do homem sadio após o coito com mulher infectada; Homem como vetor da doença; Sobrevive por períodos curtos: assentos de vasos sanitários, roupas e águas de banho; * * TRANSMISSÃO Via não venérea: tricomoníase em crianças (recém-nascidos e virgens); Transmissão não sexual – incomum; Transmissão neonatal em meninas durante o parto; * * CICLO BIOLÓGICO Estágio Infectante Estágio de Diagnóstico Trofozoítos em secreções vaginais, prostáticas e na urina Multiplicação por fissão binária longitudinal Trofozoíto na vagina ou orifício uretral * * PATOLOGIA Sinais e Sintomas Alta especificidade de localização; Infecção somente no trato urogenital humano; * * SINTOMAS Mulher Período de incubação variando de 3 a 20 dias. Forma assintomática ao estado agudo; Infecta principalmente epitélio do trato genital; Localização:Exocérvix; Sem corrimento endocervical purulento; * * SINTOMAS Mulher Secreção mucopurulenta – associação com Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis ou herpes simples; Vaginite – corrimento vaginal fluido de cor amarelo-esverdeada, bolhoso, de odor fétido, mais freqüentemente no período pós-menstrual. Prurido ou irritação vulvovaginal de intensidade variável e dores no baixo ventre; * * SINTOMAS Mulher pH vaginal; Dor e dificuldade nas relações sexuais; Desconforto nos genitais externos; Dor ao urinar; Aumento da freqüência miccional; Mais sintomática durante a gravidez ou entre mulheres que tomam medicação anticoncepcional oral. * * SINTOMAS Homem Comumente assintomática; Uretrite com leve sensação de prurido na uretra; Pela manhã, antes de urinar – corrimento claro, viscoso e pouco abundante com desconforto ao urinar; Secreção escassa durante o dia; Complicações: epididimite, prostatite, cistite; * * DIAGNÓSTICO Dificuldade do diagnóstico de homens Clínico: dificilmente através de sinais e sintomas; Laboratorial: essencial para diagnóstico e diferenciação de outras doenças transmissíveis. * * DIAGNÓSTICO a) Parasitológico: Coleta da amostra Homem: Colher com alça de platina ou swab de algodão não absorvente material uretral; Mais facilmente encontrado no sêmen que na urina ou esfregaços; * * DIAGNÓSTICO Homem: Examinar o sedimento centrifugado dos primeiros 20mL da urina matinal; Secreção prostática e material subprepucial são coletados com swab molhado em solução salina isotônica. * * DIAGNÓSTICO Mulher: Sem higiene durante um período de 18 a 24h anterior à coleta; Tricomonas mais abundantes durante os primeiros dias após a menstruação; Utilizar espéculo não lubrificado e swab de algodão não absorvente. * * EPIDEMIOLOGIA Patógeno encontrado com mais freqüência em DSTs; 3 milhões de mulheres e 1 milhão de homens nos EUA; 180 milhões de mulheres no mundo – 1/3 de todas as vaginites diagnosticadas; Transmissão sexual com ampla distribuição geográfica; * * EPIDEMIOLOGIA Alta prevalência - grupos de baixo nível econômico, pacientes de clínicas ginecológica, pré-natais e em serviços de doenças sexualmente transmissíveis; Persistência do parasito – sobrevivência do hospedeiro humano; Sensível à dissecação e altas temperaturas - sobrevivem fora de seu hábitat por algumas horas em altas umidades; * * EPIDEMIOLOGIA Sobrevida -mais de 48h a 10°C no exsudato vaginal, 3h na urina, 6h no sêmen ejaculado e 24h em toalhas de pano molhadas com água a 35°C; Raras infecções de neonatos e de meninas na puberdade que tiveram contato com mães infectadas; Altas prevalências – mulheres de 20 a 30 anos; Destruição pelo calor a 44°C. * * PROFILAXIA Mesmas medidas recomendadas para outras DSTs; Diagnóstico precoce da doença em sintomáticos, na triagem de mulheres sexualmente ativas e no tratamento dos doentes. * * Azomicina (1954) – Metronidazol. Efetivo contra infecções pelo tricomonas no trato geniturinário; Atual resistência; Usados: Metronidazol (Flagil), Tinidazol (Fasigyn), Ornidazol (Tiberal), Secnidazol (Secnidazol), Nimorazol (Nagoxin); Gestantes – contra-indicação por via oral. Usar cremes ou geléias. TRATAMENTO
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