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CCJ0035-WL-B-AMMA-04-Litisconsórcio e Assistência

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I. Aula nº 04. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
TEMA: LITISCONSÓRCIO E ASSISTÊNCIA. 
 
Litisconsórcio. 
O litisconsórcio significa a reunião de duas ou mais pessoas assumindo, 
simultaneamente, a posição de autor ou réu (cúmulo subjetivo no processo). É 
sinônimo de pluralidade de partes num dos polos da relação jurídico-
processual. Nesse caso, os diversos litigantes são chamados de litisconsortes. 
Está previsto no art. 46/49 do Estatuto processual vigente. A formação do 
litisconsórcio tem a finalidade de trazer economia processual e harmonia aos 
julgados, já que permite que a questão objeto do processo seja decidida em 
apenas um processo. No entanto, exige-se a existência de uma inter-relação 
entre as situações jurídicas de direito material dos litisconsortes, sem a qual 
não há que se cogitar da formação de litisconsórcio. 
 
 O estudo da classificação serve ao melhor entendimento do instituto. O 
litisconsórcio pode ser classificado quanto ao polo da relação jurídica, em ativo 
(de demandantes), passivo (de demandados) ou misto (de demandantes e 
demandados), sendo certo que este último é também chamado de recíproco ou 
bilateral. 
 
Outra classificação é quanto à obrigatoriedade de formação (necessário 
ou facultativo). Há litisconsórcio necessário quando a presença de todos os 
litisconsortes é essencial para que o processo se desenvolva em direção ao 
provimento final de mérito. A legitimidade é plúrima, sob pena de extinção do 
feito sem resolução do mérito. O litisconsórcio necessário (art. 47 do CPC) 
pode se dar por determinação legal ou pela natureza da relação jurídica. Por 
outro lado, a noção de litisconsórcio facultativo retira-se por exclusão, podendo 
ou não se formar, a critério dos litigantes (não-obrigatório). 
 
Ainda, quanto à uniformidade da decisão, o litisconsórcio pode ser 
unitário ou simples. No litisconsórcio unitário o julgamento terá de ser o mesmo 
para todos os litisconsortes (procedente ou improcedente). Segundo Fredie 
Didier Junior, o litisconsórcio unitário é a unidade da pluralidade: vários são 
considerados um. Ao revés, a mera possibilidade de a decisão ser diferente já 
torna o litisconsórcio simples. Ocorre quando há uma relação jurídica cindível, 
pelo que cada uma das partes é tratada de forma autônoma. 
 
O litisconsórcio também pode ser classificado quanto ao momento de 
formação em inicial ou ulterior. O primeiro surge de forma contemporânea à 
formação do processo (art. 263 do CPC). Ocorrendo após a instauração do 
processo, o litisconsórcio será considerado ulterior. 
 
Há, também, o litisconsórcio multitudinário. 
 
 
Assistência (art. 50/55 do CPC). 
A previsão legal da assistência está fora do capítulo VI “Da Intervenção de 
Terceiros” do Estatuto Processual vigente, o que não a afasta do conceito de 
espécie interventiva. Basta mencionar que o próprio CPC assim a reconhece 
no art. 280. Tem como figuras: assistente e assistido. 
 
Na hipótese, o terceiro espontaneamente ingressa em processo alheio para 
auxiliar uma das partes em juízo. Pode ocorrer a qualquer tempo ou grau de 
jurisdição, assumindo o terceiro o processo no estado em que ele se encontra 
(art. 50 CPC). O interesse jurídico (não meramente econômico ou afetivo) é 
pressuposto da intervenção. Ocorre quando a decisão puder influir de forma 
reflexa ou direta na relação de direito material de que o terceiro é titular. 
 
 Possui duas espécies: assistência simples (coadjuvante) e qualificada 
(litisconsorcial). Na primeira, prevista no art. 50 do CPC, o terceiro não é sujeito 
da relação jurídica deduzida no processo, como não tem qualquer relação 
jurídica controvertida com o adversário do assistido, embora esteja 
subordinado pela sentença desfavorável a este. É justamente por isso que o 
assistente não pode ir de encontro à opção processual do assistido, uma vez 
que propugna lide que não é sua (interpretação a contrario sensu do art. 53 do 
CPC). Na assistência qualificada, diversamente, o terceiro tem relação jurídica 
com o adversário do assistido (também é titular do direito material), pelo que o 
assistente não fica sujeito à atuação do assistido (não se aplica a disposição do 
art. 53 do CPC). 
 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de 
Direito Processual Civil, Vol. I. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 
2012.

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