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CCJ0035-WL-B-AMMA-05-Ministério Público e Auxiliares da Justiça

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I. Aula nº 05. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
TEMA: JUIZ, AUXILIARES DA JUSTIÇA E O MINISTÉRIO PÚBLICO. 
 
 
Juiz e auxiliares da Justiça. 
 
O processo conta, durante o seu tramitar, com a participação de 
diversos sujeitos, entre os quais alguns podem ser considerados como “partes” 
e outros não. O magistrado, na condução do processo, pode praticar atos 
imbuídos de função jurisdicional ou não. Com efeito, ao proferir uma sentença 
de mérito não há dúvida de que se trata de um ato jurisdicional, muito embora 
isso já não ocorra quando o mesmo, na presidência de uma audiência de 
instrução e julgamento, se vale do seu poder de polícia para retirar do recinto 
aqueles que estão se comportando de maneira inadequada (art. 445, inciso II). 
 
 Neste art. 162, se verifica que o magistrado pode proferir sentenças, 
decisões interlocutórias e até mesmo despachos, todos eles com definição nos 
respectivos parágrafos deste mesmo dispositivo. Assim, sentença pode ser 
concebida como o ato do juiz que implica em alguma das situações previstas 
no art. 267 ou no art. 269, enquanto que as decisões interlocutórias são as 
demais decisões por ele proferidas no curso do processo que não sejam 
sentença e nem que ponham fim a fase de conhecimento ou de execução do 
processo. Vale dizer que, tanto a sentença quanto a decisão interlocutória, 
devem ser devidamente motivadas para atender ao imperativo constitucional 
previsto no art. 93, inciso IX da CRFB-88. É, também, o que estabelece o art. 
165. Os despachos, porém, não possuem qualquer conteúdo decisório e 
basicamente se destinam a impulsionar o processo como, por exemplo, quando 
é determinada a abertura de vista para uma das partes se manifestar sobre 
documento apresentada pela outra, dentre outros mais. Por este motivo, aliás, 
é que não se admite a interposição de recurso para impugnar eventual 
despacho que foi proferido, eis que o mesmo é despido de qualquer 
fundamentação ou mesmo conclusão conforme prevê, por sinal, o art. 504. 
 Quanto aos atos praticados pelos serventuários, este tema é tratado 
entre o art. 166 e art. 171 e, basicamente, estes atos se destinam a dar 
andamento ao processo, como a juntada de petições, a confecção e expedição 
de mandados e ofícios. Desta forma, não há em nenhum deles necessidade de 
fundamentação ou de qualquer conclusão. 
 
O Ministério Público. 
O art. 127 da CRFB-88 expressa que “o Ministério Público é instituição 
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incunbindo-lhe a 
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis”. 
 
 Estruturalmente, existem dois Ministérios Públicos: o Ministério Público 
da União (abrange o Ministério Público Federal, o Ministério Público do 
Trabalho, O Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e 
dos Territórios), além dos Ministério Públicos Estaduais, conforme indicam os 
incisos do art. 128 da CRFB-88. É importante mencionar, contudo, que não 
existe Ministério Público Eleitoral, muito embora haja esta função. 
 
 No direito processual civil, a função do Ministério Público se resume a 
ser um sujeito do processo, muito embora o mesmo possa tanto atuar como 
“parte principal” ou como “parte secundária”. Com efeito, o parquet agirá como 
“parte principal” quando integrar um dos pólos da demanda o que, em regra, 
ocorre usualmente no pólo ativo. No pólo passivo, já é mais difícil de se 
detectar algumas hipóteses, pois eventuais responsabilidades serão arcadas 
pelo ente fazendário que estruturou o respectivo Ministério Público, ou seja, se 
o ato questionado foi praticado por membro do Ministério Público Federal, 
eventual demanda será proposta em face da União. No entanto, por vezes esta 
própria instituição poderá figurar no pólo passivo como ocorre, por exemplo, 
nas ações rescisórias em processos que a mesma já tenha atuado como uma 
das partes principais. 
 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de 
Direito Processual Civil, Vol. I. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 
2012.

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