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CCJ0035-WL-A-AMMA-03-Partes e Procuradores

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I. Aula nº 03.
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br
TEMA: PARTES, CAPACIDADE PROCESSUAL, DEVERES E ALTERAÇÕES SUBJETIVAS NO PROCESSO.
PARTES.
Para ser considerado como “parte”, há a necessidade de que o sujeito esteja efetivamente participando do processo com a possibilidade de deduzir pretensões ou requerimentos, bem como esteja atuando sob o prisma do contraditório. Inclusive, é bastante comum estabelecer uma pequena distinção entre ser “parte principal” e “parte secundária”.
CAPACIDADE PROCESSUAL.
A “capacidade processual” deve ser reputada como um gênero, abrangendo como espécies a “capacidade de ser parte”, a “capacidade de estar em juízo” e, também, a “capacidade postulatória”, de modo que a mesma somente estará presente quando as três espécies forem respeitadas. É que, caso ausente qualquer uma delas, o processo poderá seguir uma trilha que o conduzirá a extinção (art. 267, inciso VI), a uma suspensão (v.g. art. 265, inciso I) ou mesmo a revelia (art. 13, inciso II), conforme o caso. 
DEVERES DO ADVOGADO.
Em todas as circunstâncias de sua vida profissional, estará obrigado o advogado a cumprir os deveres sintetizados no Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/1994) e no Código de Ética e Disciplina da OAB (publicado no Diário da Justiça da União, em 01/03/1995), quando contribuirá para o prestígio da classe e da advocacia (art. 31, Lei nº 8.906/1994), e, especialmente, para o desenvolvimento da função jurisdicional. Agindo como mediador dos conflitos de interesses, o advogado não pode de forma alguma encorajar indivíduos ao ajuizamento de demandas com propósito manifestamente infundado (art. 2, parágrafo único, inciso VII, Código de Ética e Disciplina da OAB). E, da mesma maneira, não poderá o patrono resolver por falsear a verdade nos autos, estribando-se na má-fé (art. 6º, do Código de Ética e Disciplina da OAB), nem advogar contra literal disposição de lei, exceto quando fundamentado na inconstitucionalidade, injustiça ou em pronunciamento judicial anterior (art. 34, inciso VI, da Lei nº 8.906/1994), ou mesmo provocar conscientemente, por ato próprio, a anulação do processo em que funcione (art. 34, inciso X, da Lei nº 8.906/1994).
ESTABILIZAÇÃO SUBJETIVA DO PROCESSO.
É até comum afirmar que, no processo de conhecimento, a estabilização subjetiva se daria com a citação do demandado, uma vez que o art. 264, literalmente, dispõe que feita a citação serão mantidas as mesmas partes. No entanto, mesmo após a citação podem ocorrer mudanças nos pólos processuais, como em casos de alienação do suposto direito litigioso (art. 42, parágrafo 1º), nomeação a autora (art. 62), ingresso de assistente simples (art. 51) ou mesmo falecimento de uma das partes, o que motivará a habilitação dos sucessores (art. 1.055), salvo se o direito for considerado intransmissível, caso em que o processo deverá ser realmente extinto com arrimo no art. 267, inciso IX. A sucessão processual, que é o ingresso de novas partes substituindo as anteriores, é instituto freqüente na ciência processual. Portanto, é melhor concluir que, no processo civil, não se deve falar em estabilidade subjetiva, já que diversas situações admitem o ingresso ulterior de outras partes ao processo, mas apenas nestas situações excepcionais.
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de Direito Processual Civil, Vol. I. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 2012.

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