Buscar

CCJ0035-WL-B-PP-Processo Civil I - Aula 5 - Adriano Pinto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
Profº Adriano Pinto 
 
AULA 5 
 
Tutelas de urgência. Terceiros. Resposta do réu 
 
 
I - TUTELAS DE URGÊNCIA 
 
A regra geral do Direito Processual é formular o pedido na PI e obter uma resposta 
após o devido processo legal. A essa resposta o CPC dá o nome de sentença (art. 162, 
parágrafo 1º do CPC). É um dos atos do Juiz que já estudamos anteriormente. 
No entanto, em determinadas situações a URGÊNCIA MATERIAL OU 
INSTRUMENTAL faz com que seja necessário e possível a concessão de DECISÕES 
JUDICIAIS ANTECIPATÓRIAS do exercício de algum direito MATERIAL ou 
INSTRUMENTAL. 
 
A urgência pode ser uma urgência material ou cautelar (= processual). 
 
 URGÊNCIA MATERIAL = TUTELA ANTECIPADA DE MÉRITO 
- Principais artigos expoentes no CPC: arts. 273, 461 
- Antecipa-se os EFEITOS DA TUTELA PRETENDIDA 
- Exemplo: art. 928 (é uma antecipação de tutela específica da proteção possessória) 
 
 URGÊNCIA INSTRUMENTAL = TUTELA CAUTELAR 
LIVRO III DO CPC – ART. 670 DO CPC 
- Visa à PRESERVAÇÃO PREVENTIVA de um bem / pessoa / direito a produção de uma 
prova 
 
 
1. URGÊNCIA MATERIAL = TUTELA ANTECIPADA DE MÉRITO 
 
ART. 273 - ART. 461 – ART. 928 
 
PETIÇÃO INICIAL contendo pedido “X” 
 
Sequência dos atos processuais: 
1) CITAÇÃO 
2) RESPOSTA DO RÉU >> Pode ser: 
a) CONTESTAÇÃO 
b) EXCEÇÕES CABÍVEIS 
c) RECONVENÇÃO 
3) AUDIÊNCIA PRELIMINAR 
4) AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO 
5) SENTENÇA 
 
Regra: O pedido “X” é concedido somente na sentença 
Mas em determinadas situações previstas em lei, o pedido feito na PI (X) ou alguns 
pedidos incidentais que eventualmente venham a ser feitos no curso do processo não 
precisam aguardar o momento da sentença. 
 
Como já dito, a expressão “liminar” não pode significar sinônimo nem de uma tutela 
cautelar e nem de uma tutela antecipada de mérito. 
 
 
* Dúvida: Quando um processo está muito tempo em conclusão, qual a medida que 
a parte Autora pode tomar? 
 Primeiramente, procurar entender o porquê da demora. 
Se a demora for injustificável, peticionar o juízo, a fim de que o juiz se manifeste 
sobre o excesso de prazo além do legalmente previsto para a devolução do processo. 
Em último caso, pode caber uma reclamação à Corregedoria, ao Tribunal ou até 
mesmo ao CNJ. 
 Interessante pergunta porque pode ser que nós tenhamos direito a uma antecipação 
dos efeitos da tutela e, até mesmo, à sentença. Por exemplo, se são 3 pedidos cumulados, 
sendo que um dos direitos é incontroverso, o juiz pode deferir aquele que está liberado (art. 
273 §3º) e continuar com aqueles outros dois que exigem uma análise mais apurada. Assim, 
tanto pode sair um pedido de sentença imediata como, também, um pedido de antecipação 
de tutela sem que ninguém esteja morrendo ou sem que ninguém esteja perdendo seu 
patrimônio. 
 
* Dúvida: Caso o juiz não defira a urgência e, em sede de agravo, a 2ª instância 
defira e com a cognição extensiva do processo o juiz denegue o pedido do Autor, 
pode este juiz, na sentença de 1º grau, cancelar a urgência dada pela 2ª instância 
ou não? 
 Este é um caso polêmico mas em tese sim. 
Isto porque a análise do Tribunal foi feita sobre os fatos até aquele dado momento e, 
com o passar do tempo, novas provas foram sendo produzidas, novos fatos foram 
trabalhados (nova realidade)e, entende-se, em um 1º momento, que aquela decisão do 
Tribunal não precisa mais ser perpetuada. O juiz tem essa autonomia. Pensar de forma 
diversa seria retirar do juiz a legitimidade para decidir sobre todo o restante do processo. 
Não podemos confundir a hierarquia do Tribunal com o objeto da análise que ele faz. O 
Relator, em sede de agravo, quando está no art. 527, III, está olhando para o pedido feito e 
está verificando se tem alguém morrendo hoje ou alguém ficando insolvente hoje. E eu 
preciso que essa decisão seja concedida. E ele concede o efeito suspensivo ou o efeito ativo, 
dependendo do caso concreto. Se depois, no decorrer dos autos, o não assiste razão à parte, 
ele tem que proferir a sentença normalmente. E ele o fará, fundamentadamente. 
 Obs: Já caiu na prova da Defensoria. Essa questão tem essa pegadinha por causa da 
hierarquia entre TJ e Juiz. 
 
 
1.1. REQUISITOS DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA 
 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela 
pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da 
alegação e: 
 I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
 II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. 
 § 1o Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu 
convencimento. 
 § 2o Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do 
provimento antecipado. 
 § 3o A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as 
normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. 
 § 4o A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão 
fundamentada. 
 § 5o Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
 § 6o A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos cumulados, 
ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 
 
 
Os requisitos do caput do art. 273 são requisitos fixos: QQ QUE SEJA A 
MODALIDADE de T.A. do art. 273, PREVALECEM OS REQUISITOS DO CAPUT. 
Como assim? Eu posso até ter um tipo de T.A. concedida nos incisos do art. 273, que 
pode tratar da simples demora processual (como foi a dúvida nº1). 
Então se um processo está sendo postergado pela má atitude da parte e que leva a 
uma má atitude indireta, sem dolo, do juiz, que não consegue sentenciar, eu posso ter uma 
T.A. 
E vejam: eu vou olhar para o caput e não vou ver ninguém morrendo porque aqui 
não há nenhuma menção a periculum in mora (não há nenhuma menção no caput ao 
requisito de dano irreparável ou de difícil reparação). 
Os requisitos do caput são requisitos objetivos. 
 
1) REQUERIMENTO DA PARTE 
Cabe T.A. de mérito de ofício? 
Não, pois está claro no caput do art. 273 que há necessidade de requerimento da 
parte. Portanto, É VEDADA A ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA EX OFFICIO, 
AINDA QUE SE TRATE DE DIREITO INDISPONÍVEL. 
Também poderão fazê-lo, exemplificativamente: 
 o assistente simples (não se o opondo o assistido) e litisconsorcial 
 o opoente 
 o denunciante 
 o réu quando da reconvenção 
 o réu nas ações dúplices e de pedidos contrapostos e ainda 
 o MP na qualidade de parte e de custus legis. 
 
2) PROVA INEQUÍVOCA 
Para o doutrinador CÂNDIDO RANGEL DINAMARCO, a expressão “prova inequívoca” 
parece traduzir, em princípio, PROVA TÃO ROBUSTA QUE NÃO PERMITA EQUÍVOCOS 
OU QUAISQUER DÚVIDAS. Prova inequívoca não é a mesma coisa que (fumus bonis iuris) 
do processo cautelar. 
O juízo de verossimilhança ou de probabilidade, como é sabido, tem vários graus, 
que vão desde o mais intenso até o mais tênue. O juízo fundado em prova inequívoca, uma 
PROVA QUE CONVENÇA BASTANTE, que NÃO APRESENTE DUBIEDADE, é seguramente 
mais intenso que o juízo assentado em simples fumaça, que somente permite a visualização 
de mera silhueta ou contorno sombreado de um direito. 
Se eu apresento um vídeo da CET-Rio que flagra uma colisão entre um veículo e um 
ônibus de transporte municipal, ese vídeo comprova, de forma inequívoca, de quem foi a 
responsabilidade pelo acidente? Não. Ele comprova, de forma inequívoca, que houve uma 
colisão, que houve um nexo de causalidade entre o veículo particular A e o ônibus B. 
[Aluno]: Mas o vídeo demonstra que o veículo ultrapassouo sinal vermelho! (Ou: 
Demonstra que o veículo estava na contramão!) 
[Profº]: Está claro mesmo? É visível que o sinal estava vermelho para um lado e 
aberto para o outro? É visível que não haveria nenhum defeito no equipamento? Haveria 
algum motivo para o motorista estar trafegando na contramão ou vc pode afirmar que era 
vontade própria do motorista? 
Enfim, PROVA INEQUÍVOCA é aquela que demonstra, efetivamente, um 
FATO. 
Ex: O meu cliente é associado do plano de saúde X. Sempre pagou as mensalidades 
pontualmente >> O plano de saúde, sem motivo, verbalmente, negou a minha internação na 
UTI, violando o direito à informação, violando o CDC, dentre outros direitos >> A prova 
inequívoca pode até não servir para a procedencia do pedido mas, nesse momento, ela serve 
para demonstrar que o direito contratual à internação do meu cliente foi negado. 
 
3) VEROSSIMILHANÇA DA ALEGAÇÃO 
É juízo de convencimento a ser feito sobre a realidade fática apresentada pelo autor. 
‘aparência de verdade’. “verossimilhança é o mesmo que verossímil (do latim 
verosimile), que significa semelhante à verdade; que tem aparência de verdade; que não 
repugna à verdade; ou provável” (J. E. CARREIRA ALVIM). 
 
 
Portanto: O caput é a espinha dorsal da T.A. Os requisitos do caput não podem 
faltar. Mas os requisitos dos incisos I e II não precisam estar cumulativamente presentes. 
 
 
4) PERIGO DE DANO À INTEGRIDADE FÍSICA ou MORAL DA PESSOA NATURAL ou À 
ECONOMIA (SOLVÊNCIA) DA PESSOA JURÍDICA ou NATURAL (art. 273, I) 
 
 
5) ABUSO DE DIREITO DE DEFESA OU O MANIFESTO PROPÓSITO PROTELATÓRIO 
DO RÉU (art. 273, II) 
- Fazer a associação com o art. 14, CPC (MÁ FÉ PROCESSUAL) >> Uso indevido da 
máquina judiciária 
- Ex: Peticionar à toa, fazer alegações infudadas, interpor recursos manifestamente 
improcedentes 
- Aqui, ninguém está morrendo. Aqui, o bem jurídico tutelado é o RESPEITO AO IMPÉRIO DA 
LEI, RESPEITO AO JUDICIÁRIO 
- O dispositivo legal fala em “RÉU” mas pode ser Autor, 3º, etc 
- A pegadinha é que aqui a T.A. está sendo deferida, embora não haja ninguém morrendo 
mas mera má fé procesual. 
 
 
A T.A. do art. 273 é classificada como uma T.A. GENÉRICA porque SE APLICA A 
TODO E QQ PROCEDIMENTO (comum ordinário, comum sumário, especial). 
 Então, o que seria T.A. ESPECÍFICA? 
Art. 928, CPC: Direito material concedido. Parece um instituto novo. Mas 
Art. 928. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá, SEM OUVIR O RÉU, a 
expedição do MANDADO LIMINAR de manutenção ou de reintegração; no caso contrário, 
determinará que o autor justifique previamente o alegado, citando-se o réu para comparecer 
à audiência que for designada. 
 Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de direito público não será deferida a 
manutenção ou a reintegração liminar sem prévia audiência dos respectivos representantes 
judiciais. 
 
Nesse caso, o Juiz determina a expedição de mandado de reintegração / 
manutenção, sem ouvir o réu, incontinenti (logo em seguida) ao recebimento da petição 
inicial (isto é, “liminar” concedida entre a petição inicial e a citação do réu). 
A expressão “LIMINAR” traduz um decisão judicial antecipatória do DIREITO 
MATERIAL. Portanto, nada mais é do que uma TUTELA ANTECIPADA. Porém, uma T.A. 
que não serve para qq um, é uma T.A. que só serve para AQUELE QUE VAI DEMANDAR 
EM JUÍZO UMA PROTEÇÃO POSSESSÓRIA do seu IMÓVEL. Por isso, é classificada como 
uma T.A. ESPECÍFICA. 
Os requisitos são os mesmos? 
Claro que não. Para que seja deferida a expedição do mandado liminar, só 
preciso demonstrar que o ESBULHO / TURBAÇÃO tenha sido com menos de ano e 
dia. 
 Posso preencher os requisitos do art. 273, porém vai dar mais trabalho. 
 
 
* Dúvida: Quais as principais diferenças entre a TUTELA CAUTELAR e a TUTELA 
ANTECIPADA? 
 
 TUTELA CAUTELAR: 
 Preservação para poder exercer o processo de conhecimento ou de execução. 
 Pode abranger a PROTEÇÃO DE: 
a) BENS (arresto) 
 Ex: MEDIDA CAUTELAR DE ARRESTO >> Sou credor de uma pessoa e fico 
sabendo que ela está dilapidando seu patrimônio >> Se eu conseguir provar isto, 
posso pedir uma medida cautelar de arresto (art. 813) para o Juiz arrestar / 
bloquear 100.000,00 do seu patrimônio, que é a quantia que ela me deve >> Se 
o devedor não efetuar o pagamento, ficarei com esse patrimônio 
b) PESSOAS (busca e apreensão de pessoas, como menores que estejam sendo 
vítimas de maus tratos) ou 
b) DOCUMENTOS 
 Ex: Perícia a ser feita em um prédio que é objeto de uma ação movida por seu 
Síndico em face da construtora e esse prédio apresenta defeitos que ameaçam a 
integridade física dos moradores >> O Síndico alega que não vai consertar por 
estar em litígio com a construtora e que vai precisar provar os defeitos em juízo 
>> Síndico mal assessorado juridicamente pois bastava requerer uma CAUTELAR 
PARA A PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVA e o perito iria atestar se os 
defeitos causam risco ou não, se o prédio foi construído corretamente, etc e, 
inclusive, poderia atestar a necessidade de interdição ou não >> A prova ficaria 
congelada, podendo o prédio até ser demolido 
 
 TUTELA ANTECIPADA: Relacionado com o direito material. Pode atingir tanto a 
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA como o DIREITO MATERIAL / ECONÔMICO (obrigação 
de fazer, de dar ou de pagar quantia certa) 
 
* Dúvida: No caso de uma liminar deferida sem ouvir a parte contrária e houver 
dano material ao réu, este pode pedir uma caução para proteger o seu bem? 
 Pode sim. Inclusive, o juiz deve atentar muito bem para isso pois um dos requisitos 
para a concessão da T.A. é a possibilidade de reversão da medida. 
 
* Obs: O aluno utilizou a expressão “LIMINAR”, que poderá ser empregada em 2 sentidos: 
a) LIMINAR CAUTELAR: Caso em que estou conseguindo um instrumento para poder 
exercer o processo ou 
b) LIMINAR DE DIREITO MATERIAL: Caso em que estou conseguindo o próprio DIREITO 
MATERIAL 
 
 Tanto em um caso como no outro, se uma parte causar dano à outra e houver a 
reversão da medida, aquela deverá indenizar. 
No caso das cautelares, isso está claro no art. 811, CPC (responde e responde nos 
mesmos autos). 
No caso de T.A., o fundamento está no art. 273 §2º: o juiz não deve conceder a T.A 
se houve receio de perigo de irreversibilidade do provimento antecipado. Ou, pode conceder 
mediante uma CAUÇÃO. 
 
 
2. URGÊNCIA INSTRUMENTAL = TUTELA CAUTELAR 
 
LIVRO III DO CPC – ART. 670 DO CPC 
 
 DICAS IMPORTANTES ! 
 
 GENÉRICA X ESPECÍFICA - É importante sabermos que existe, ao menos em sede de 
doutrina a idéia de: 
 T.A. genérica (art. 273 do CPC) e 
 T.A. específica (art. 928 do CPC). 
 
 FUNGIBILIDADE LEGAL - (art. 273, § 7º do CPC) >> Idéia de aproveitamento 
daquilo que foi feito (= daquilo que, tecnicamente, não era o procedimento / ato / meio 
mais adequado para se atingir determinado resultado) por aquilo que poderia / deveria 
ter sido feito corretamente. Contudo, tal fato não cria nenhum gravame para se 
conhecer o direito que se pretendeu. Não causa prejuízo ao direito de ação e defesa da 
outra parte e também não viola nenhuma norma de orden pública no proceso. 
§ 7o Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, 
poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em 
caráter incidental do processo ajuizado. 
 Ex: Um advogado tem dúvidas entre aplicar uma MEDIDA CAUTELAR para sustar os 
efeitos de uma LICITAÇÃO PÚBLICA ou uma AÇÃO DE ANULAÇÃO DA LICITAÇÃO 
PÚBLICA com pedido de T.A para que o seu cliente possa participar da licitação em 
igualdade de condições com os demais participantes >> Qual é o correto? 
Dependendo do direito, da tese jurídica e da doutrina que o juiz segue, pode-se ter 1 
ou outra resposta >> 
a) Se se pretendePRESERVAR para ANULAR depois, o mais correto 
tecnicamente é a TUTELA CAUTELAR 
b) Se já se está com a AÇÃO PRINCIPAL, e pretende-se ANULAR para, em 
seguida, o cliente poder PARTICIPAR, pede-se uma T.A. 
 
O que menos importa é o FORMALISMO pois o Direito Processual debe servir como 
INSTRUMENTO. Haveria, ainda, uma 3ª via, o MANDADO DE SEGURANÇA. 
Pesquisando-se a jurisprudencia, será possível constatar decisões nas 3 linhas. O que 
+ importa é o juiz analizar o fato. Se o advogado pediu errado mas estiverem 
presentes os requisitos, o juiz DEVE (TEM QUE) conceder a medida cabível. 
 
 A fungibilidade pode ocorrer em TODO O SISTEMA PROCESSUAL (em atos 
processuais no 1º e 2º graus de jurisdição, como no ámbito recursal) e, também, no 
DIREITO MATERIAL (por ex, estou em dúvida com relação a certo contrato, se é 
uma locação especial ou um arrendamento). 
 Exemplo de fungibilidade recursal: Antigamente, havia uma dúvida em relação ao 
RECURSO À IMPUGNAÇÃO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: seria agravo ou 
apelação? >> A Lei 1.060/50 fala em “apelação” mas o correto, tecnicamente, é 
AGRAVO pois a impugnação não é ação mas mero INCIDENTE. Portanto, não seria 
resolvida por sentença mas, sim, DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. 
 Cândido Rangel Dinamarco considera a fungibilidade recursal como uma VIA DE 
MÃO DUPLA: pode ocorrer tanto quando se requer indevidamente uma T.A. quando 
o correto é a CAUTELAR, ou quando se requer uma CAUTELAR mas o correto é T.A. 
 
 HIPÓTESES LEGAIS POUCO VENTILADAS: MÁ-FÉ PROCESSUAL E PEDIDO 
INCONTROVERSO - art. 273, II e 273, § 6º do CPC. 
 Lembrando que CUMULAÇÃO DE PEDIDOS, AQUI, É, NA VERDADE, 
CUMULAÇÃO DE AÇÕES: tenho 2 pretensões e vou, em um único processo, exercer 
ação em face das 2 >> Ex: Quero cobrar 10.000,00 não pagos pelo demandado e 
também quero a devolução de um quadro não entregue pelo mesmo >> Se o réu, 
uma vez citado, não atende ao ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA sobre as 2 
pretensões, AQUELA QUE NÃO FOI IMPUGNADA TORNAR-SE-Á 
INCONTROVERSA >> Se o advogado do Autor for “esperto”, requererá T.A. em 
relação ao PEDIDO INCONTROVERSO >> O que se pretende aqui é evitar que um 
direito incontroverso fique “morto” debaixo do braço do juiz aguardando ele decidir o 
restante. Veja que aqui não há ninguém morrendo. 
 
 PODER GERAL DE CAUTELA – LIVRO III – EXCLUSIVIDADE DA TUTELA CAUTELAR. 
 Arts. 796 a 798, CPC 
 O juiz PREVENTIVAMENTE, TOMA DECISÕES NO PROCESSO, PROVOCADO OU NÃO 
pelas partes, visando à PROTEÇÃO de PESSOAS ou de MEIOS DE PROVA 
 Trata-se da LEGITIMIDADE DO JUIZ PARA ORDENAR PROVIDÊNCIAS 
ASSECURATÓRIAS previstas expressamente em lei e outras que, embora não 
especificadas normativamente, sejam NECESSÁRIAS À PROTEÇÃO DO DIREITO 
PROVÁVEL CONTRA O DANO IMINENTE. As medidas de simples segurança que 
possuem regulação expressa na lei são consideradas “cautelares nominadas” pela 
literatura (art. 813 e ss); as demais são conhecidas por “cautelares inominadas”. 
Atentos a essa previsão legal, a título de introdução ao tema, podemos dizer que “o 
poder cautelar geral do juiz” é uma aptidão jurídica da qual está investido o 
magistrado para ordenar medidas cautelares “nominadas” e “inominadas” se presentes 
os pressupostos do “fumus boni iuris” e o “periculum in mora”. Valendo-se desse 
atributo ínsito à jurisdição, o juiz pode, por exemplo, autorizar ou vedar a prática de 
determinados atos, ordenar a guarda judicial de pessoas e depósito de bens, e impor a 
prestação de caução (art. 799). [http://istoedireito.blogspot.com/2008/06/o-poder-
geral-de-cautela-do-juiz.html] 
 Isso viola a imparcialidade do juiz? 
Não. Primeiro porque O JUIZ NÃO ESTÁ CONCEDENDO O DIREITO MATERIAL (se o 
fizesse, estaría “advogando” para uma das partes). Segundo porque o juiz está 
trabalhando para que a relação jurídica autor-juiz-réu seja, pelo menos, capaz de ser 
efetiva. O que o juiz não quer é que, ao final dos 2 anos, período durante o qual 
correu o processo, o Autor, saindo vencedor no processo, seja frustrado no exercício 
do seu direito judicialmente reconhecido pelo fato do Réu ter se livrado de seu 
patrimonio. 
 
 
 Na nova proposta do CPC, o livro III (que trata da tutela cautelar) tende a ser 
esvaziado. O que é importante entender no livro III é que as cautelares podem ser: 
a) PREVENTIVAS (OU PREPARATÓRIAS): não existe proceso algum tramitando em juízo 
ou 
b) INCIDENTAIS: Aquelas que surgem incidentalmente, quando já se tem um processo em 
curso. Ex: Há um processo em curso e eu quero requerer, incidentalmente, um 
ARRESTO 
 
Essa é uma classificação quanto ao MOMENTO 
As cautelares protegem BENS, PESSOAS e MEIOS DE PROVA 
Quem causar o dano, tem o dever de REPARAR 
As cautelares podem ser TÍPICA (NOMINADAS) ou ATÍPICAS 
 
 
 Pode-se ter uma TUTELA ANTECIPADA em sede de EXECUÇÃO? 
 Processo de cognição: Serve para definir o direito que está juridicamente indefinido. 
T.A. cabe em processo de conhecimento em razão da demora até ser proferida a 
sentença. É como se a T.A. fosse uma execução provisória. 
A decisão judicial ao final proferida resolve o direito em litígio. 
Não se fala T.A. em sede de execução porque a execução em si é o cumprimento da 
decisão judicial. Além disso, toda execução reflete ou gera uma tutela judicial 
instantânea. 
 
 
II - TERCEIROS NO CPC 
 
No CPC, a expressão “TERCEIROS” é encontrada em 3 momentos: 
 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (arts. 56 a 80). 
 TERCEIRO PREJUDICADO (art. 499): 3º que aparece no momento recursal. É o 3º 
que tem INTERESSE JURÍDICO na lide. Não teve a oportunidade de realizar a 
intervenção mas agora pode recorrer porque a legitimação para o recurso é um 
pouco + extensa do que a legitimidade para a ação. O art. 499 fala da legitimidade 
para recorrer. 
 EMBARGOS DE TERCEIROS (art. 1046): Muito fácil e que cai muito em concursos 
 
 
É importante entendermos que apesar de aparecerem em momentos distintos, o 
TERCEIRO é aquele que ingressa na relação jurídica processual e exerce 
AÇÃO/RECURSO A SEU FAVOR (tem INTERESSE JURÍDICO). 
 
 
1. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 
Vejamos os casos de INTERVENÇÃO DE TERCEIROS (arts. 56 a 80). 
 OPOSIÇÃO 
 NOMEAÇÃO À AUTORIA 
 DENUNCIAÇÃO DA LIDE 
 CHAMAMENTO AO PROCESSO 
 
a) OPOSIÇÃO (art. 56, CPC). 
- QUEM pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e 
réu, poderá, até ser proferida sentença, oferecer oposição contra ambos >> Distribuo uma 
AÇÃO AUTÔNOMA que depois será DISTRIBUÍDA POR DEPENDÊNCIA 
* ATENÇÃO: Com a legalidade acima, estamos diante de casos concretos que envolvem 
DIREITO DE PROPRIEDADE!!!!!! 
 Por isso, ao estudar, fazer a correlação CPC-CC >> PROPRIEDADE: direito real (1225, CC 
c/c art. 56, CPC) 
 
b) NOMEAÇÃO À AUTORIA (art. 62, CPC) 
- Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, 
deverá nomear à autoria o proprietário ou possuidor. 
* ATENÇÃO: Aqui o legislador foi mais claro e estamos diante de casos concretos que 
envolvem DIREITO DE PROPRIEDADADE E POSSE !!!!!! 
 Por isso, ao estudar, fazer a correlação CPC-CC >> POSSE e PROPRIEDADE 
 
c) DENUNCIAÇÃO À LIDE: (art. 70 do CPC). 
I - ALIENANTE: na ação em que terceiro reinvidica a coisa. 
II - PROPRIETÁRIO OU POSSUIDOR INDIRETO: que exerça posse direta da coisa 
demandada. 
III - OBRIGADO LEGAL: pela lei ou contrato. 
* ATENÇÃO: O objetivo é permitir um direito de ação garantista a pessoas envolvidas no 
direito material mas não listadas originariamente na relação procesual >> É permitir o 
DIREITO DE REGRESSO para quem não foi inicialmente listado na relação processual 
 
d) CHAMAMENTO AO PROCESSO (art. 77, CPC) 
I - DEVEDOR: na ação em que o fiador for o réu. 
II - OUTROS FIADORES: quando citado apenas um deles. 
III - TODOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS 
 
* ATENÇÃO: OTEMA AQUI É RELAÇÃO DEVEDOR -DEVEDOR OU DEVEDOR-GARANTIDOR E 
AINDA GARANTIDOR-GARANTIDOR. 
Instituição civil tratado: S O L I D A R I E D A D E ! 
Fazer a devida c/c CC-CPC: obrigação, solidariedade e garantia 
 
 
2. EMBARGOS DE TERCEIROS (art.1046, CPC) 
 
Art. 1.046. Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens 
por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação 
judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer Ihe sejam manutenidos ou 
restituídos por meio de embargos. 
 
 “Quem, não sendo parte no processo”: Quem não é parte no processo é TERCEIRO 
 O 3º é atingido pela decisão judicial. O rol é exemplificativo 
 Ex: Uma decisão judicial decreta a interdição de funcionamento do posto de gasolina X 
>> A decisão determina que o Oficial lacre o posto todo >> Eu sou uma sociedade ltda 
que atuo dentro desse posto de gasolina >> Entro com embargos de terceiros e digo 
que a ação, proposta pela distribuidora de combustível (por ex, Petrobrás), tem a ver 
tão-somente com o POSTO e não com as outras PJ´s que funcionam dentro daquele 
local. 
 Questão de bem imóveis cai muito em concursos >> Por ex, ganhei um terreno do meu 
pai mas não realizo a transferência >> Construo uma casa e resido no imóvel por 25 
anos >> Uma pessoa que está processando o meu pai quer penhorar o imóvel e 
desconhece a minha história familiar (porque o que ele tira no RI é o imóvel do meu 
pai) >> Por isso, eu tenho que aparecer no processo para contar a história, justificar, 
apresentar documentos, etc. 
 
* ATENÇÃO! Institutos do Direito Civil que trazem questões de relevo para o Processo Civil: 
ESBULHO – TURBAÇÃO – POSSE - PROPRIEDADE 
3. RESPOSTA DO RÉU NO CPC 
- O réu não é obrigado a responder. A revelia não constitui ato ilícito. Ele tem, sim, o 
ÔNUS DE RESPONDER, porque, NÃO RESPONDENDO, PODE SOFRER PREJUÍZO. 
Responde por interesse próprio, não no interesse do autor, nem por interesse público. 
- A RESPOSTA DO RÉU é verdadeiro exercício do direito de ação deste. É na verdade, o 
atendimento possível ao princípio da isonomia processual. Se pensarmos pela ótica do 
demandado/réu, a sua fala é o seu direito de ação, ainda que por provocação, por 
reação à provocação do demandante/autor. 
- Partindo da REGRA GERAL DO PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO, o réu pode 
oferecer com base no art. 297 do CPC: 
a) CONTESTAÇÃO 
b) RECONVENÇÃO 
c) EXCEÇÕES: o réu ataca o Juiz / Juízo e, indiretamente, ataca o Autor 
 
Essas respostas do réu são as previstas pelo CPC. A contestação é a resposta existente 
em todos os tipos de procedimento (se não houvesse contestação, não haveria como o réu 
contraditar os termos da P.I), inclusive na ação ou procedimento monitório (que nós temos a 
nomenclatura de embargos e continuaremos por enquanto come la). 
Além disso, há a IMPUGNAÇÃO AO VALOR DA CAUSA e IMPUGNAÇÃO À 
GRATUIDADE. Não são respostas formais do art. 297 mas a oportunidade que o réu tem 
para se manifestar sobre elas (pelo menos a impugnação ao valor da causa porque o da 
gratuidade pode ser em um momento posterior) é nesse momento. 
Em uma questão de concurso, verificar qual é o PROCEDIMENTO. 
No JEC, por exemplo, não são possíveis todos esses tipos de resposta. 
 
 
1.1 PRAZO PARA O OFERECIMENTO DE RESPOSTA 
- O prazo para o oferecimento de resposta, trate-se de exceção, contestação ou 
reconvenção, é de 15 dias, no PROCEDIMENTO ORDINÁRIO. Conta-se: 
a) Da data da juntada aos autos do A.R. da carta (art. 241, I); 
b) Da data da junta aos autos do MANDADO devidamente cumprido (art. 241, II); 
c) Da data da junta aos autos da CARTA DE ORDEM, precatória ou rogatória, 
devidamente cumprida (art. 241, IV); 
d) Do termo final do prazo fixado pelo juiz, para o aperfeiçoamento da citação, no 
caso de CITAÇÃO POR EDITAL (art. 241, I). 
 
 
1.2 EXISTÊNCIA DE + DE 1 RÉU 
- Havendo vários réus, é a última citação, comprovada nos autos, que importa para o início 
da contagem do prazo (art. 241, III). O prazo pode ser: 
- comum (art. 298), ou 
- em dobro: se tiverem diferentes procuradores (art. 191). 
- Se o autor desiste da ação quanto a algum réu ainda não citado, o prazo para os demais 
oferecerem resposta corre da intimação do despacho que a homologar (art. 298, § 
único). 
 
 
1.3. FAZENDA PÚBLICA 
O MP, a União, os Estados, o DF, os Municípios, bem como suas autarquias e 
fundações, têm o prazo de 45 dias para CONTESTAR (art. 188). 
Contestação, no artigo 188, tem o significado de "resposta", abrangendo, pois, 
CONTESTAÇÃO, EXCEÇÃO e RECONVENÇÃO. 
Cuidado porque É SIMPLES O PRAZO PARA A FAZENDA PÚBLICA OPOR 
EMBARGOS DO DEVEDOR, dado que não constituem contestação, nem recurso, mas 
AÇÃO. 
 
 
1.5. CITAÇÃO 
- Importância: É através da citação que o réu toma conhecimento que contra ele existe 
uma ação e exerce seu direito de defesa (princípio constitucional) 
- A citação é uma NORMA PROCESSUAL CONSTITUCIONAL porque revela um princípio 
processual na Constituição (princípio da Ampla Defesa) 
 Obs: Normas Processuais Constitucionais (NPC) x Normas Constitucionais Processuais 
(NCP) 
- NPC: são os princípios de processo na Constituição (ex: ampla defesa) 
- NCP: são as garantias processuais constitucionais (ex: mandado de 
segurança) 
 
- FORMAS DE CITAÇÃO> pode ser: 
 
 - Por VIA POSTAL 
 - REAL - Por OFICIAL DE JUSTIÇA 
Citação 
- FICTA - Com HORA CERTA: quando o réu se esconde do oficial de 
 justiça 
 - Por EDITAL: quando o réu está em local incerto ou não 
 do 
 
 
1.5.1. FEITA A CITAÇÃO 
- Realizada a citação em período de férias, ou em feriado, o prazo para a resposta 
começa a correr no 1º DIA ÚTIL SEGUINTE ao feriado ou ao término das férias. 
- Também é de 15 dias o prazo para o reconvindo oferecer contestação, contado da 
intimação de seu procurador (art. 316), ou da última intimação, no caso de vários 
reconvindos. 
- Apresentada a resposta ou decorrido o prazo para seu oferecimento, a desistência da 
ação depende do consentimento do réu (art. 267, § 4º). 
- Citado, pode o réu: 
1) Reconhecer a procedência do pedido 
2) Ficar revel ou 
3) Responder: respondendo, pode, isolada ou conjuntamente, oferecer defesa 
processual, alegar falta de condição da ação, apresentar defesa de mérito e reconvir. 
 Modalidades de resposta: 
 1) Contestar 
O réu pode 2) Excepcionar 
 3) Reconvir 
 
 A CONTESTAÇÃO, a RECONVENÇÃO e a EXCEÇÃO serão objeto, cada uma delas, de 
PETIÇÕES AUTÔNOMAS: 
 A contestação e a reconvenção são JUNTADAS AOS AUTOS e 
 A exceção é autuada em apenso aos AUTOS PRINCIPAIS (art. 299). 
 
 
2. RESPOSTAS DO RÉU 
 
2.1. CONTESTAÇÃO 
- É a verdadeira resposta no sentido de contraposição do réu em face do pedido formulado 
pelo autor. 
- Através da contestação, o réu pode aduzir a sua defesa, respondendo o pedido inicial, 
contrapondo-se à pretensão do autor. 
- É um ÔNUS (e não uma obrigação) porque o réu sofrerá os efeitos da revelia 
- Regra: até 15 dias para contestar 
 O prazo de defesa é comum a todos os réus, quando houver litisconsórcio passivo (art. 
298). Mas será contado em dobro (30 dias), se os litisconsortes estiverem 
representados por advogados  (art. 191). 
 O início do prazo de resposta só se verifica após a citação do último litisconsorte (art. 
241, II). Porém, se o autor desistir da ação quanto a algum réu ainda não citado, 
todos os demais deverão ser intimados do despacho que deferir a desistência (art. 298 
§ único). 
- Nessa peça, o contestante deve alegar toda a matéria de defesa, expondo as razões de 
fato e de direito, com que impugna o pedido do autor, e especificar as provas que pretendeproduzir, (art. 300, CPC). 
 
- Na contestação o réu deve abordar: PRELIMINARES + MÉRITO 
 
I) Preliminarmente >> Matérias do art. 301 >> Direito procesual 
 As matérias do art. 301 são de ORDEM PÚBLICA e, como tal, não sofrem 
PRECLUSÃO. Com exceção da convenção de arbitragem, podem ser conhecidas de 
ofício pelo Juiz. 
II) Fatos e fundamentos >> Mérito, conf. art. 300 >> Direito material 
 
Portanto, se for perguntado na prova se na contestação cai direito material e procesual, 
a resposta é sim. 
OUVI ATÉ AQUÍ (NA 2ª VEZ) 
 
2.1.1. AUSÊNCIA DE CONTESTAÇÃO: REVELIA (art. 319, CPC) 
- REVELIA não é a ausência de qq resposta. Revelia é a ausência de contestação tempestiva 
ou a simples ausência de contestação. SE O RÉU APRESENTOU RECONVENÇÃO OU 
EXCEÇÃO TEMPESTIVOS MAS NÃO OFERECEU CONTESTAÇÃO, É REVEL. 
 
- A INCONTROVÉRSIA ou CONFISSÃO PARCIAL podem gerar deferimento de T.A. (art. 
273, § 6º do CPC), se se tratar de DIREITO MATERIAL e for DISPONÍVEL 
 
- EFEITOS DA REVELIA (art. 320, CPC) = PRESUNÇÃO DA VERACIDADE DOS FATOS 
 Revelia relevante: Proporciona ao juiz encerrar a RJ processual, concedendo tudo o 
que foi requerido na P.I. É a revelia que é relevante para o encerramento do 
processo. 
 Revelia irrelevante: Uma ou + questões do art. 320 estão presentes 
 
- Efeito material  (1) Presunção (relativa) da VERACIDADE DOS 
FATOS alegados pelo autor (art. 319) 
Efeitos da 
Revelia - Efeito processual (2) Perda do DIREITO DE INTIMAÇÃO dos atos 
 Do processo (art. 322) 
 (3) JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE 
 (art. 330, II) 
 
(1) Presunção (relativa) da VERACIDADE DOS FATOS alegados pelo autor (art. 319) 
Quando o réu é revel, há necessariamente presunção de veracidade dos fatos? 
Não. Ex: Se o inquilino perde o prazo para propor ação renovatória (isto é, houve 
decadência do seu direito) e, apesar disso, move essa ação em face do proprietário, este não 
será obrigado a contestar, uma vez que o juiz pode reconhecer a decadência de ofício. 
Assim, mesmo revel, não se presumirão verdadeiros os fatos. 
 
* Atenção porque as seguintes hipóteses NÃO INDUZIRÃO AO EFEITO MATERIAL DA 
REVELIA: 
 
1.a) Hipóteses do art. 320 
O art. 319 traz a regra (presunção relativa da veracidade dos fatos). 
O art. 320 traz algumas exceções a essa regra 
Art. 320. A revelia não induz, contudo, o efeito mencionado no artigo antecedente: 
I - Se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação (*) 
II - Se o litígio versar sobre direitos indisponíveis; 
III - Se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público, que a lei 
considere indispensável à prova do ato 
 
(*) Na verdade, a redação está incorreta. O correto seria: “Se, sendo unitário o 
litisconsórcio, um dos litisconsortes contestar”. No litisconsórcio unitário, todos os 
atos se comunicam pois a sentença é uniforme. 
 
* Art. 320, I: 
 
Ex: MP ajuíza ação de bigamia em face de João e de sua 2ª esposa Maria  Como o 
litisconsórcio é unitário, os atos se comunicam  Se João não contesta (revel) mas Maria 
sim, a contestação desta favorecerá aquele  Não se aplica aqui a regra do art. 48 
(litisconsortes considerados como litigantes distintos), mas sim a sua exceção, que 
é o art. 509 (o recurso interposto por um dos litisconsortes a todos aproveita). 
E se João e Maria contestam, o juiz julga procedente (anula o casamento) mas 
apenas Maria apela? Os efeitos da decisão do recurso alcançam João pois o litisconsórcio é 
unitário. 
E se Maria contesta mas João reconhece a procedência do pedido do MP, já que quer 
se separar dela? As teses são contraditórias mas o juiz terá que proferir sentença uniforme. 
 
Ex: Usucapião: a lei diz que o litisconsórcio é necessário 
E se o litisconsórcio é simples, um dos réus contesta e o outro fica revel? 
Neste caso, aplica-se o art. 48 (princ. cardial do litisconsórcio). Não se aplica o art. 
320, I. Há presunção de veracidade dos fatos quanto ao litisconsorte que não contestou. 
 
* Obs: Litisconsórcio multitudinário 
Art. 46 § único: “O juiz poderá limitar o litisconsórcio facultativo quanto ao número de litigantes, 
quando este comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a defesa. O pedido de limitação 
interrompe o prazo para resposta, que recomeça da intimação da decisão” 
 
 Erros: 
1) O juiz DEVE, e não “pode”, em obediência à rapidez na prestação jurisdicional. 
2) “O pedido de limitação” – esta expressão dá a entender que alguém tenha que pedir. 
Errado. O juiz DEVE fazê-lo de ofício - As partes podem requerer a limitação caso 
ele não o faça. 
Ex: Há 100 litisconsortes e o juiz limita em 5  O que ocorre em relação aos d+, que foram 
preteridos? Há 2 posições: 
1) Extinção do processo (Alexandre Câmara)  Crítica a esse posicionamento: se a 
ação fosse ajuizada no último dia de prescrição, os preteridos seriam prejudicados. 
2) Hipótese de desmembramento em outros processos na mesma ação (entendimento 
dominante) 
 
* Art. 320, II: Quando causa versar sobre DIREITOS INDISPONÍVEIS. 
- Neste caso (assim como no anterior), A REVELIA NÃO DISPENSA O AUTOR DE 
PROVAR A VERACIDADE DE SUAS ALEGAÇÕES. 
- Ex: Ação de investigação de paternidade, em que a revelia do demandado não exime o 
autor do ônus de provar que o réu é o seu pai. 
- DIREITOS INDISPONÍVEIS: Direitos essenciais da personalidade também chamados 
fundamentais, absolutos, personalíssimos, eis que inerentes da pessoa humana. Entre 
os direitos fundamentais do ser humano, devem figurar o direito à vida, à liberdade, à 
honra, à integridade física e psíquica. Conforme, de resto, prescreve o art. 1035, CC, 
SÓ COM REFERÊNCIA A DIREITOS PATRIMONIAIS DE CARÁTER PRIVADO SE 
PERMITE TRANSAÇÃO. Conseqüentemente, direitos indisponíveis são todos aqueles 
que: 
 não possuem um CONTEÚDO ECONÔMICO determinado 
 não admitem RENÚNCIA ou não comportam TRANSAÇÃO. 
 
* Art. 320, III: Se a PETIÇÃO NÃO VIER ACOMPANHADA DE INSTRUMENTO 
PÚBLICO que a lei considere indispensável à prova do ato jurídico. 
 
1.b) Quando se nomeia CURADOR ESPECIAL (art. 9°, II, CPC) nos casos em que ao réu 
é revel (citado com hora certa ou por edital), podendo aquele oferecer contestação por 
negação geral (art. 302, § único)  Afasta a produção do efeito material da revelia. 
- Ex: Réu que, embora citado através da citação ficta, não comparece à audiência  A lei 
processual garante a esse réu um curador especial (dá-se essa garantia pois entende-se 
que a citação ficta é frágil, isto é, o réu que não é encontrado para receber a citação não 
está, necessariamente, de má-fé). 
 Fundamento que garante ao réu um curador: art. 9°, II, CPC – Em razão do princípio 
da ampla defesa, todos têm direito a um mínimo de defesa 
 No RJ, a curadoria é exercida pela DP (em outros Estados, pelo MP ou Procuradoria) 
 
1.c) Quando, revel o réu, seu ASSISTENTE OFERECER CONTESTAÇÃO, atuando como 
seu “gestor de negócios” (art. 52). 
 
(2) PERDA DO DIREITO DE INTIMAÇÃO DOS ATOS DO PROCESSO (art. 322) 
- Apenas enquanto o réu permanecer ausente 
- Este efeito processual não exclui a fluência dos prazos processuais, os quais deverão ser 
todos respeitados. 
 
3) JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE (art. 330, II) 
- Significa o julgamento imediato do mérito. 
- É efeito que decorre naturalmente da revelia. Produzindo a revelia seu efeito principal, os 
fatos alegados pelo demandante não precisarão ser provados (art. 334, IV, CPC), o que 
implicará a desnecessidade de outras atividades processuais destinadas à formação do 
convencimento judicial. Por esta razão, deverá o juiz, de imediato, proferir sentença de 
mérito, julgando a pretensão do autor (art. 269, I). 
 
 Art. 330. O juiz conhecerá diretamente do pedido, proferindo sentença:I - quando a QUESTÃO DE MÉRITO FOR UNICAMENTE DE DIREITO, ou, sendo de 
DIREITO E DE FATO, NÃO HOUVER NECESSIDADE DE PRODUZIR PROVA EM 
AUDIÊNCIA; 
 “Questão unicamente de direito” = questão suscitada nos autos e cuja prova / 
base legal é muito forte (por ex, a situação fática enquadra-se perfeitamente em 
uma hipótese prevista em lei), não havendo muito o que discutir e nem mais provas 
a serem produzidas. Nesse caso, de nada serviria a AIJ. 
II - quando ocorrer a REVELIA (art. 319) 
 Não é toda revelia que importa no julgamento antecipado da lide pois, como vimos, 
existem as hipóteses do art. 320 (revelia irrelevante). 
 
* Não confundir o JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE (art. 330) com a SENTENÇA 
LIMINAR (art. 285-A e 295)! 
 
 
2.1.2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTESTAÇÃO 
- Na contestação o réu deve atender ao princípio da eventualidade e do ônus da impugnação 
específica (arts. 300 – 303, CPC). 
 
a) PRINCÍPIO DO ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA (art. 302, CPC) 
- O réu tem o ÔNUS DE IMPUGNAR CADA UM DOS FATOS ALEGADOS PELO AUTOR 
(deve atacar item por item), de forma precisa e específica, sob o risco de se 
presumirem verdadeiros os fatos não contestados (ou seja, sob pena do pedido 
autoral restar INCONTROVERSO, o que permitiria a concessão de T.A. ao Autor com fulcro 
no art. 273 §6º). 
 Somente NÃO SE OPERA TAL PRESUNÇÃO quando: 
I - O fato alegado e não impugnado for daqueles que não admitem confissão (art. 302, 
I), assim considerados os que se referirem a direitos indisponíveis (art. 351); 
II - A 
 
Obs: O réu pode deixar de impugnar um ou outro fato, caso o “conjunto da obra” mostre  
 
- Exceção a este princípio: a CONTESTAÇÃO POR NEGATIVA GERAL (por ex, dizer: “é 
tudo mentira”) é possível apenas para o advogado dativo, curador especial ou 
membro do MP (é prerrogativa deles, que podem contestar dessa forma, sem que se 
opere a revelia ou a presunção da veracidade dos fatos)  Por meio da contestação por 
negativa geral, TRANSFERE-SE PARA O AUTOR A OBRIGAÇÃO DE PROVAR TUDO O 
QUE FOI DITO. 
 Se a matéria é de direito, o curador pode contestar normalmente (por ex, em ação de 
cobrança ajuizada por administradora de cartão de crédito, pode falar da abusividade dos 
juros cobrados) e contestar por negativa geral quanto aos fatos. 
 
b) PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE (art. 300) 
- O réu deve apresentar, em sua contestação, TODA A MATÉRIA DE DEFESA ( = defesa 
processual + defesa de mérito) 
- Quando o réu argüi uma preliminar, pode deixar de contestar? 
 Tecnicamente pode, porém, é recomendável que ele conteste pois pode ocorrer de o juiz 
superar a preliminar (quer dizer, rejeitá-la) e, caso ele não apresente sua defesa de 
mérito, considerar-se-á como se não tivesse contestado. 
 
- Não ocorrendo os efeitos da revelia, o juiz determinará ao autor que especifique as provas 
que pretende produzir na audiência (art. 324). Ao réu, restará o direito de alegar em sua 
defesa, apenas as matérias supervenientes à contestação, uma vez que a perda do prazo 
de defesa, tem como efeito, a ocorrência da preclusão do direito do réu. 
 
 
2.1.3. 
- A Lei 11.277/2006 adicionou o art. 285-A ao CPC, que admite a TOTAL 
IMPROCEDÊNCIA DO PLEITO AUTORAL LIMINARMENTE (sem a citação do réu), 
quando a MATÉRIA CONTROVERTIDA FOR UNICAMENTE DE DIREITO, nos casos em 
que já existir no juízo decisões reiteradas contrárias ao pedido do autor  Essa 
improcedência é COM mérito (para fazer CJ MATERIAL) 
 Tal dispositivo não viola o Princípio da Ampla Defesa (já que favorecerá o réu) mas 
há discussão quanto à violação do Princípio do Contraditório (= representado pela 
dialética), prejudicando o autor. O prof° entende que não há violação ao Princ. do 
Contraditório pois o Princípio da Efetividade do Processo deve se sobrepor (deve 
haver utilidade na ação). 
 
- Quando o juiz recebe a petição inicial, ele verifica as (1) condições da ação e os (2) 
pressupostos de existência e validade  Há 4 possibilidades: 
1) Petição inicial preenchendo todos os requisitos  O juiz dá o “cite-se” (art. 285) 
2) Juiz determina a EMENDA (284 c/c 295), sob pena de indeferimento 
3) Indeferimento SEM mérito da petição inicial (art. 295 c/c 297, I) 
4) Indeferimento COM mérito da petição inicial (art. 285-A) 
 
 PRECLUSÃO (= perda do direito de praticar um ato) 
a) TEMPORAL: ocorre quando o CPC institui um prazo à prática de um ato, e a parte 
queda-se inerte sem cumprir o seu ônus processual. 
b) LÓGICA: quando a parte pratica ato incompatível com o que pretendia praticar. 
 Ex: O réu, assim que citado, reconhece o pedido autoral e requer expedição da guia 
para pagamento das custas. Mas, no dia seguinte, quer contestar  Não pode. 
c) CONSUMATIVA: ocorre com a perda da faculdade processual, em razão da parte já 
ter realizado o ato e querer complementar o mesmo. 
 Ex: Se o réu contestou no 5° dia, o ato já está consumado (não poderia emendar a 
contestação). 
 
 Portanto, preclusão é a PERDA DA FACULDADE DE PRATICAR ALGUM ATO 
PROCESSUAL, pelo(a): 
 decurso do prazo (preclusão temporal) 
 prática de ato incompatível com aquele que se pretendia praticar (preclusão lógica) 
 falta de um ato anterior que autoriza o posterior (preclusão consumativa). 
 
 PRAZOS – Tipos: 
a) PRÓPRIOS 
- São para as partes 
- Conseqüência para a inobservância de prazo próprio: PRECLUSÃO (= Sanção jurídica) 
 
b) IMPRÓPRIOS 
- São para o juiz e seus auxiliares 
- Conseqüência para a inobservância: Sanção administrativa 
- Exceção: Art. 475, CPC – Haverá conseqüência jurídica em razão de inobservância de 
prazo impróprio nos casos de reexame necessário. O art. 475 lista hipóteses que, em 
razão do interesse público, a sentença do juiz só produzirá efeitos depois de examinada 
pelo Tribunal (equivocadamente chamado de recurso de ofício). Enquanto não examinada, 
a sentença não tem eficácia. O juiz tem um prazo para remeter os autos para o Tribunal 
(art. 475 §1°) e, se não o faz, o Presidente avoca (determina que os autos subam). A 
parte, verificando a inércia do juiz, também pode peticionar diretamente ao Presidente do 
TJ, dizendo que o juiz da Vara de Fazenda Pública não remeteu o processo. 
 
 
 
 TIPOS DE DEFESA 
 
 a.1) Peremptória 
 Tipos a) Processual a.2) Dilatória 
 de b.1) Direta 
Defesa b) Mérito b.2) Indireta 
 
 
a) DEFESA PROCESSUAL 
- É a defesa no plano da RELAÇÃO PROCESSUAL 
 Relação processual: rj de ordem pública, que nasce da propositura da ação, 
aperfeiçoando-se com a citação do demandado, vinculando, assim, autor, juiz e réu 
- Objetivo: INVALIDAR A RELAÇÃO PROCESSUAL OU REVELAR IMPERFEIÇÕES FORMAIS 
QUE PREJUDIQUEM O JULGAMENTO DO MÉRITO. Estas alegações, de caráter 
prejudicial, devem ser apreciadas e SUA CONSEQÜENTE SOLUÇÃO HÁ DE PRECEDER 
O JULGAMENTO DO MÉRITO DA DEMANDA. É nas chamadas preliminares que o réu 
irá argüir todas as objeções de caráter processual que impeçam o exame adequado da lide. 
 
a.1) PEREMPTÓRIA 
- É aquela que, uma vez acolhida, leva à EXTINÇÃO DO PROCESSO (vícios + graves) 
- Ex: Alegações de perempção, litispendência ou CJ 
 
a.2) DILATÓRIA 
- Mesmo quando acolhidas, não provocam a extinção do processo, mas RETARDAM O SEU 
DESFECHO (há uma paralisação temporária do curso normal do procedimento, 
enquanto o obstáculo processual não seja removido) 
- Ex: Alegação de nulidade da citação, incompetência de juízo, impedimento e suspeição, 
deficiência de representação da parte. 
- Obs> Incompetência relativa é EXCEÇÃO (matéria de defesa) e não preliminar. 
Portanto, não pode ser conhecida de ofício. Se o réu não argüi a incompetência relativa por 
via de exceção, ocorre a prorrogação da competência. 
 
b) DEFESA DE MÉRITO 
- É a defesa no plano do DIREITOMATERIAL 
 Relação de direito material: é objeto da controvérsia existente entre as partes (lide ou 
litígio) e que configura o mérito da causa. 
- Quando o réu ataca o FATO JURÍDICO que constitui o mérito da causa 
 
b.1) DIRETA 
- Quando é dirigida contra a própria PRETENSÃO DO AUTOR 
- Exemplo de defesa direta: PRESCRIÇÃO 
- Quando se ataca: 
1) O próprio FATO ARGÜIDO PELO AUTOR (ex: negativa de se haver celebrado o 
contrato em que se funda a ação) 
2) As CONSEQÜÊNCIAS JURÍDICAS QUE DA CAUSA DEDUZ (ex: afirmação de que a 
cláusula contratual invocada pelo demandante não tem o sentido que este lhe atribui). 
 
b.2) INDIRETA 
- Quando o réu invoca outro FATO NOVO que seja impeditivo, modificativo ou extintivo 
do direito do autor 
- Ex: Prescrição, compensação, alegação de pagamento ou coação. 
 
 Procedimento a observar nas DEFESAS PROCESSUAIS – variável pois podem ser 
formuladas em: 
 INCOMPETÊNCIA RELATIVA, IMPEDIMENTO, SUSPEIÇÃO (art. 304): são 
defesas processuais com procedimento próprio  AUTOS APARTADOS 
 As demais defesas integram a contestação como PRELIMINARES DA 
CONTESTAÇÃO (art. 301) 
 
 
2.1.3. PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO (art. 301) 
- A contestação deve abranger, antes da discussão do mérito, as questões tidas como 
“preliminares”, relacionadas no art. 301: 
 I - Inexistência ou nulidade da citação defesa DILATÓRIA 
 II - Incompetência absoluta; 
 III - Inépcia da petição inicial  defesa PEREMPTÓRIA (é acolhível nos casos do art. 295 
§ único) 
 IV - Perempção 
 V - Litispendência defesa PEREMPTÓRIA 
 VI - Coisa julgada 
 VII - Conexão  defesa DILATÓRIA 
 VIII - Incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização  defesa 
DILATÓRIA 
 IX - Convenção de arbitragem  defesa PEREMPTÓRIA 
 XI - Falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar  defesa 
 DILATÓRIA 
 
- São questões de ordem FORMAL e, portanto, PROCESSUAL. 
 Isso porque permitem opor ao autor alegações que possam invalidar a relação 
processual ou revelar imperfeições formais capazes de prejudicar o julgamento do 
mérito. 
- Essas argüições se revestem de caráter PREJUDICIAL, de maneira que seu exame e 
solução hão de preceder à apreciação do mérito. Por isso é que o art. 301 dispõe que 
compete ao contestante, antes de discutir o mérito, alegar, se for o caso, as preliminares 
ali listadas. 
- Em sendo acolhidas, o juiz: 
(1) INDEFERE a petição inicial ou 
(2) manda EMENDAR 
 
A SENTENÇA QUE ACOLHE AS PRELIMINARES é TERMINATIVA (art. 267)  Portanto, 
as hipóteses do art. 269 não são preliminares pois a sentença nesse caso é definitiva 
 
 Portanto: - Art. 267: sentença terminativa  Quando o juiz ACOLHE AS PRELIMINARES 
 - Art. 269: sentença definitiva (ex: prescrição)  Nos casos em que NÃO SE 
 TRATA DE PRELIMINAR 
 
Qual a natureza jurídica da PRESCRIÇÃO? 
É de PREJUDICIAL DE MÉRITO pois impossibilita o reconhecimento do direito 
do autor. 
A prescrição sempre foi tida como MATÉRIA DE DEFESA (isto é, o juiz não podia 
conhecer de ofício) e, paradoxalmente, podia ser argüida a qualquer momento. Mas com a 
edição da Lei nº 11.280 / 06, o juiz passou a poder conhecer de ofício (art. 219 § 5° O 
juiz pronunciará, de ofício, a prescrição). 
 
- As questões de ordem pública não se submetem à preclusão. 
  Questões de ordem pública = são aquelas constantes no art. 301, CPC, exceto 
inciso IX. 
- Se existem preliminares, o advogado do réu não pode deixar de argüi-las  Embora 
possam ser argüidas a qualquer tempo, já que são questões de ordem pública, o 
momento oportuno para falar das preliminares é a contestação (art. 267 §1° c/c 
301). Aquele que retarda as questões de natureza processual suportará a sanção 
do art. 22, CPC (“será condenado nas custas a partir do saneamento do processo e 
perderá, ainda que vencedor na causa, o direito a haver do vencido honorários 
advocatícios”). 
 
RECURSO 
- Cabe agravo da decisão que recusa a juntada aos autos da contestação, determina seu 
desentranhamento, assim como da que rejeita impugnação eventualmente oferecida pelo 
autor. 
 
 
2.2. RECONVENÇÃO 
- É a verdadeira AÇÃO DO RÉU em face do autor nos termos dos arts. 315 – 318 do CPC. 
- Finalidade: Permitir ao Réu, no mesmo processo em que já existe, ACIONAR O AUTOR 
POR TEMÁTICA CONEXA AO MÉRITO. A finalidade é evitar um novo processo e 
aproveitar o momento processual já existente (princ. economia processual). É uma opção 
do Réu. 
- Deve haver um mínimo de identidade entre a reconvenção e a ação principal 
 Ex: Ação principal de dissolução de sociedade movida por um dos sócios em face da 
sociedade  Sociedade ré promove ação de reconvenção solicitando a dissolução parcial da 
sociedade com a exclusão desse sócio 
 
* Observações: 
1) NA RECONVENÇÃO UTILIZAMOS A NOMENCLATURA DE RECONVINTE (RÉU) E 
RECONVINDO (AUTOR). 
 
2) TEMOS PEDIDO CONTRAPOSTO E NÃO RECONVENÇÃO NO(A): 
 PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO (art. 278, §1º, CPC) 
 Ação de competência dos JEC´s (art. 31, Lei 9.099/95). 
 
 Em regra, também não cabe reconvenção no RITO ESPECIAL, no entanto, pode 
caber, em algumas hipóteses, pedido contraposto. Exs: 
- AÇÃO POSSESSÓRIA (art. 922, CPC) e PRESTAÇÃO DE CONTAS: não cabe 
reconvenção por absoluta desnecessidade pois, sendo ações dúplices, a 
contestação do demandado já tem força reconvencional. 
- AÇÃO RENOVATÓRIA DE LOCAÇÃO (art. 72 §4°, Lei 8245/91) 
- AÇÃO DE DEPÓSITO – Previsão legal: art. 903. 
 
* Obs: O pedido contraposto é formulado na própria contestação 
 
3) Súm. 292 E 258, STF – CABIMENTO DE RECONVENÇÃO EM: 
 AÇÃO MONITÓRIA 
 AÇÃO DECLARATÓRIA. 
4) REAÇÃO DO JUIZ: PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES e OUTROS: (art. 323 – 329 do CPC) 
RECONHECER A REVELIA, aplicando ou não seus efeitos. REVELIA RELEVANTE / 
IRRELAVANTE. 
7) DETERMINAR MANIFESTAÇÃO DO AUTOR: ocorre nas hipóteses dos art. 326 e 327 do 
CPC, abrindo prazo para RÉPLICA. 
8) EXTINÇÃO DO PROCESSO, nos casos permitidos pelo 267/ 285-A e 269 do CPC, 
incluíndo o JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE (art. 330). 
9) AUDIÊNCIA PRELIMINAR, nas hipóteses previstas no art 331 do CPC. 
 
 
2.2.1. PRESSUPOSTOS DA RECONVENÇÃO 
 
a) LEGITIMIDADE DA PARTE 
- Só o réu é legitimado ativo para ajuizar a reconvenção e só o autor pode ser reconvindo. 
 
> Obs: 
I) Não pode o réu, em seu próprio nome, reconvir ao autor, quando este demandar em 
nome de outrem (art. 315, § único). No caso de SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL, é o 
substituído, e não o substituto, que se considera para determinar a legitimidade para a 
reconvenção. Assim, O RÉU SOMENTE PODE RECONVIR CONTRA O SUBSTITUÍDO, 
NÃO CONTRA O SUBSTITUTO PROCESSUAL. 
 Se alguma das partes na demanda original ali está como LEGITIMADO 
EXTRAORDINÁRIO, exercendo a substituição processual de outrem só poderá se 
admitir a reconvenção se nesta demanda a parte figurar, também, como 
SUBSTITUTA PROCESSUAL. 
 Ex: Se X propõe ação em face de B, estando o autor em juízo, em nome próprio, na 
defesa de interesse de C (substituição processual), o réu B só poderá reconvir se a 
demanda reconvencional for dirigida a X na qualidade de substituto processual 
de C (e, obviamente, se X mantiver, para esta demanda, a legitimidade ad causam 
extraordinária que tem para a demanda principal). 
II) Pela natureza especial do instituto, NÃO SE PODE ADMITIR QUE O RECONVINTE 
CONSTITUA LITISCONSÓRCIO COM 3° PARA RECONVIR AO AUTOR. 
 Mas, havendo LITISCONSÓRCIO ATIVO (pluralidade de autores), pode o réu 
reconvir em face de um só deles. O inverso tb é possível. 
 
b) CONEXÃO (art. 315) - Há que se considerar a existência de 2 situações distintas: 
b.1) CONEXÃOCOM A AÇÃO PRINCIPAL OU 
b.2) CONEXÃO COM O FUNDAMENTO DE DEFESA 
 
b.1) RECONVENÇÃO CONEXA COM A DEMANDA PRINCIPAL 
- Trata-se de hipótese de conexão entre 2 demandas, o que ocorrerá toda vez que entre elas 
houver comunhão de objeto ou de causa de pedir 
 
b.1.1) CONEXÃO PELA CAUSA DE PEDIR (causa petendi) 
- Significa que a ação principal e a reconvenção têm como fundamento o MESMO 
TÍTULO  Demandas fundadas no mesmo ato jurídico, na mesma CP remota ou 
próxima. 
- Ex1: Se o autor pede a condenação do réu ao cumprimento de uma obrigação 
prevista num contrato, pode o réu reconvir pleiteando a anulação do contrato  
Demandas fundadas na mesma CP remota (o contrato) 
- Ex2: Se o autor pleiteia uma indenização por dano causado a um bem seu, poderá o réu 
reconvir pleiteando indenização a um dano por ele sofrido, alegando que o mesmo 
se seu naquele mesmo evento danoso  Demandas fundadas na mesma CP próxima 
- Ex3: Um contraente pede a condenação do réu a cumprir o contrato, mediante entrega 
do objeto vendido; e o réu reconvém pedindo a condenação do autor a pagar o 
saldo do preço fixado no mesmo contrato  Mesma CP remota (contrato) 
 
b.1.2) RECONVENÇÃO CONEXA COM O PEDIDO (objeto) 
- Há identidade do objeto quando os pedidos das 2 partes visam o mesmo fim 
- O que se exige é a identidade do pedido mediato, pois do contrário (identidade de 
pedidos imediatos) haveria conexão entre todas as demandas condenatórias. 
- Ex1: Se um dos cônjuges pleiteia a separação judicial fundado em injúria grave, pode o 
outro cônjuge reconvir pedindo a separação em razão de adultério  Há identidade de 
pedidos mediatos porque em ambas as demandas se pleiteia a separação 
- Ex2: Um contraente pede a rescisão do contrato por inadimplemento do réu e este 
reconvém pedindo a mesma rescisão, mas por inadimplemento do autor. 
 
b.2) RECONVENÇÃO CONEXA COM OS FUNDAMENTOS DA DEFESA 
- Ocorre quando o fato jurídico invocado na contestação para resistir à pretensão ao autor, 
sirva também para fundamentar um pedido próprio do réu contra aquele 
- Ex: A contestação alega ineficácia do contrato por ter sido fruto de coação e a reconvenção 
pede a sua anulação e a condenação do autor em perdas e danos, pela mesma razão 
jurídica. 
- Ex: Demanda em que o autor pretende a condenação do réu ao pagamento de uma 
quantia em $, em que o réu contesta alegando compensação entre a dívida exigida pelo 
autor, e outra, de que ele é credor, e o demandante, devedor. Sendo esta 2ª obrigação de 
valor superior àquela cujo pagamento o demandante exige na sua demanda, e 
pretendendo o réu ver o autor condenado a pagar o excesso, deverá reconvir, sendo sua 
reconvenção cabível porque conexa com o que foi alegado na contestação. 
 
c) COMPETÊNCIA: O juízo da causa principal deve ser competente para apreciar a 
demanda reconvencional (art. 109) 
 
d) RITO: Deve haver compatibilidade entre os procedimentos aplicáveis (1) à causa 
principal e à (2) reconvenção 
- Só cabe no RITO ORDINÁRIO pois o oferecimento de uma reconvenção cria um certo 
retardamento para o processo (porque há + de 1 relação jurídica a ser analisada). O rito 
ordinário é aquele que suporta retardamento. 
- Não é cabível no rito sumário: o art. 275 lista os casos de rito sumário (até 60 sal. min) 
 No entanto, há possibilidade de o réu oferecer o chamado pedido contraposto em 
ação dúplice (Art. 278 §1°: “É lícito ao réu, na contestação, formular pedido em seu 
favor, desde que fundado nos mesmos fatos referidos na inicial). Significa que o réu pode 
promover ação em face do autor, mas não é a reconvenção porque não precisa cumprir os 
requisitos dos arts. 282 e 283, e nem exige citação. E se o réu oferecer reconvenção no 
rito sumário? Tecnicamente, não é correto o juiz receber. 
- Não é cabível nos procedimentos especiais (art. 890 e ss). Mas nestes tb é possível o 
pedido contraposto em ação dúplice. 
- Motivo da necessidade de compatibilidade de ritos: Porque o juiz deve julgar, na mesma 
sentença, a ação e a reconvenção (art. 318), entendendo-se condicionado o cabimento 
desta a rito que possibilite a instrução conjunta de ambas. É invocável o disposto no inciso 
II do artigo 292, assim como em seu parágrafo único. 
 
 Resumindo: 
- AÇÃO DÚPLICE: é a ação que comporta um pedido contraposto 
- PEDIDO CONTRAPOSTO: é uma ação veiculada na própria contestação 
 
 Existe alguma hipótese em que o réu, para reconvir, esteja obrigado a contestar o 
pedido do autor? 
 Sim, em algumas hipóteses em que o rito é especial. 
 Em tese, não cabe reconvenção no rito especial mas para alguns tipos de ação 
que correm sob esse rito, a lei dispõe que o réu, para poder reconvir, estará 
obrigado a contestar. FAZENDO-O, O RITO ESPECIAL TRANSFORMA-SE EM ORDINÁRIO, 
daí cabendo a reconvenção. Cuidado porque não são todas as hipóteses de rito especial mas 
tão-somente nos casos em que houver previsão legal. Ex: Ação de depósito – Previsão 
legal: art. 903. 
 
 Não cabe reconvenção para que o juiz declare a improcedência da ação. Nesse caso, falta 
o requisito do interesse, porque para tal não é necessário pedido reconvencional. 
 
 
2.2.2. PROCEDIMENTO 
- Em peça autônoma, dirigida ao juiz da causa mas em face do autor, no mesmo prazo 
da contestação (15 dias). 
 O art. 299 dispõe: “A contestação e a reconvenção serão oferecidas simultaneamente, 
em peças autônomas; a exceção será processada em apenso aos autos principais”. 
Assim, SE O RÉU APRESENTA CONTESTAÇÃO NO 5° DIA, NÃO PODERÁ + 
APRESENTAR RECONVENÇÃO em razão da PRECLUSÃO CONSUMATIVA. 
- A RECONVENÇÃO NÃO SERÁ AUTUADA EM APARTADO, devendo seu trâmite se dar nos 
autos do processo instaurado pela demanda principal. 
- Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor reconvindo será intimado, na pessoa do seu 
procurador, para contestá-la no prazo de 15 dias. 
 “Intimado”: errado  RECONVINDO SERÁ CITADO 
- A ausência de contestação do autor-reconvindo implicará REVELIA, sendo aplicáveis, aqui, 
todas as considerações acerca deste tema. 
- Art. 317: A DESISTÊNCIA DA AÇÃO, OU A EXISTÊNCIA DE QUALQUER CAUSA QUE A 
EXTINGA, NÃO OBSTA AO PROSSEGUIMENTO DA RECONVENÇÃO. 
 Porque as ações são autônomas (tratamento autônomo à reconvenção em relação à 
demanda original) 
 
 
 Contestação AIJ 
 __________x__________x__________x__________________ 
Única sentença 
 Reconvenção (art. 318) 
 
 ___________x___________ 
  
 1° despacho (mesmo despacho porque a rj é a mesma): 
 A x B “em réplica” 
 B x A “cite-se” 
 
 
- Art. 318: JULGAR-SE-ÃO NA MESMA SENTENÇA A AÇÃO E A RECONVENÇÃO. 
 Mas e se for uma reconvenção que não tenha nenhuma identidade com a ação principal? 
O juiz deverá indeferir liminarmente a petição inicial reconvencional. A determinação do 
julgamento na mesma sentença pelo art. 318 só vale quando a reconvenção for cabível. 
  PODE O RÉU RECORRER DA SENTENÇA QUE INDEFERIU A RECONVENÇÃO? 
 Sim. Quanto ao tipo de recurso cabível, o tema é controverso: agravo ou apelação? 
 A controvérsia se dá em razão da NATUREZA DA DECISÃO que indefere a reconvenção: 
1) É uma decisão interlocutória: portanto, o recurso é um agravo - O 
posicionamento da maioria é que seja um agravo pois quando o juiz indefere a 
reconvenção, o processo continua íntegro (prof° entende assim). 
2) É uma sentença: portanto, o recurso é a apelação - José Carlos Barbosa Moreira 
entende que é apelação pois, para ele, indeferimento de reconvenção é uma 
sentença. 
JCBM sugere, ainda, a apelação por instrumento (é uma ficção), que consistiria 
em anexar à apelação cópias do processo. Teria por objetivo evitar que o processo suba 
ao Tribunal, ficando o feito paralisado. 
A corrente (1), que entende que a decisão que indefere a reconvenção é uma 
decisãointerlocutória, justifica que não seria uma apelação pois este seria o recurso 
cabível contra a decisão que extingue o processo (e não a ação). Na reconvenção, o 
processo não é extinto, mas tão-somente a ação reconvencional (reconvenção = 1 
processo com 2 ações). 
 
 Obs: Tem-se entendido que a apelação manifestamente protelatória é ato atentatório ao 
exercício da jurisdição (art. 14, V c/c § único). Apesar do art. 17, VII prever tal situação, 
há utilidade na aplicação do art. 14 § único em razão deste prever a sanção (= multa). 
 
 
2.3. EXCEÇÕES 
 
2.3.1. CONCEITO 
a) Exceção abrange toda e qq DEFESA QUE TENDA A EXCLUIR DA APRECIAÇÃO 
JUDICIAL O PEDIDO DO AUTOR, seja no aspecto formal, seja no material (sentido 
amplo). 
b) Exceção é o incidente processual destinado a argüição da incompetência relativa 
do juízo, e de suspeição ou impedimento de juiz (art. 304) (sentido estrito) 
 
- Embora arroladas entre as respostas do réu (art. 297), a verdade é que 
eventualmente, também podem ser oferecidas pelo autor (somente nos casos de 
impedimento e de suspeição), conf. art. 304. 
- Aborda somente defesas processuais, todas dilatórias. 
- Podem ser opostas em razão de INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO – 
IMPEDIMENTO/SUSPEIÇÃO DO JUIZ, conforme as regras dos arts. 304-314, CPC. São 
verdadeiros INCIDENTES PROCESSUAIS e serão resolvidos por DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA. 
 
- O réu poderá argüir por meio de EXCEÇÃO: 
 a) a incompetência do Juízo: refere-se ao JUÍZO (ÓRGÃO JURISDICIONAL) 
 b) o impedimento do Juízo referem-se ao JUIZ, como pessoa encarregada da 
 c) a suspeição do Juízo prestação jurisdicional 
 
- A exceção é MATÉRIA DE DEFESA PROCESSUAL DILATÓRIA (porque não se volta 
propriamente contra o outro litigante mas sim contra o órgão jurisdicional ou seu titular). 
- Excipiente: aquele que propõe a exceção 
 Exceto: a parte contrária 
- Procedimentos para as exceções: 
- Incompetência (arts. 307 a 311) 
- Impedimento e Suspeição (arts. 312 a 314) 
 
 Oferecidos em peça escrita 
 Processados em apenso aos autos principais (art. 299). 
 
 
a) EXCEÇÕES DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO 
- Regra: o impedimento e a suspeição devem ser RECONHECIDOS PELO JUIZ DE 
OFÍCIO, ao tomar conhecimento do processo (art. 137). A exceção formulada pela parte é 
cabível quando o juiz descumpra o seu dever funcional de afastar-se da causa. 
- Como matéria de defesa, a parte poderá, através de petição escrita, conforme os arts. 
304 e 305, CPC, e na forma processual disciplinada nos arts. 312 ao 314, oferecer as 
exceções de impedimento ou de suspeição, especificando o motivo da recusa, com 
base nas proibições previstas nos artigos 134 (impedimentos) e 135 (suspeição de 
parcialidade do juiz). 
 
- Suspeição x Impedimento: 
 
Suspeição (art. 134) Impedimento (art. 135) 
- Comprometimento MENOR do juiz com o 
julgamento da coisa 
- Comprometimento MAIOR 
- Critério SUBJETIVO (causa interna) - Critério OBJETIVO (causa externa) 
- Ex: Amigo de juiz - Ex: Irmão de juiz 
Ambos devem ser reconhecidos pelo juiz de ofício (art. 137). A exceção formulada pela parte 
é cabível quando o juiz descumpra o seu dever funcional de afastar-se da causa. 
 
 
 Prazo (art. 305) 
- O direito de argüir exceções “pode ser exercido em qq tempo, ou grau de jurisdição” 
- Cabe à parte suscitar o incidente no prazo de 15 dias, contados: 
1) Da data do fato que ocasionou a incompetência, o impedimento ou a suspeição 
2) Na hipótese de o fato ser anterior ao ajuizamento da causa, o prazo começa a 
correr: 
2.1) Para o réu: a partir da citação 
2.2) Para o autor: a partir do momento em que tomou conhecimento da 
distribuição do feito ao juiz incapaz. 
- Embora o CPC preveja prazo para essas exceções, no caso de IMPEDIMENTO, pelo 
menos, é de admitir-se que NÃO OCORRE PRECLUSÃO da faculdade de argüir a 
incapacidade do juiz. Isto porque até depois da res iudicata, o CPC permite a invocação 
desse vício para rescindir a sentença (art. 485, II). 
 
 PROCEDIMENTO 
1) “A parte interessada deverá argüir o impedimento ou a suspeição, em petição 
fundamentada e devidamente instruída, na 1ª oportunidade em que lhe couber falar 
nos autos” (art. 135 §1°, 1ª parte). O excipiente fará petição escrita, que será dirigida ao 
próprio juiz rejeitado e será AUTUADA EM APENSO aos autos principais. Pode-se instrui-
la com os documentos comprobatórios das alegações e também do rol de testemunhas a 
serem ouvidas. 
 Não obstante, no incidente da exceção de suspeição ou impedimento, a posição do 
JUIZ (exceto) assemelha-se a de um RÉU durante a tramitação do procedimento 
incidental, tanto que, se a exceção for procedente, o juiz sofrerá até condenação nas 
custas (art. 314). 
 Naturalmente, NÃO SERÁ LÍCITO AO JUIZ INDEFERIR A PETIÇÃO. NÃO HÁ SEQUER 
LUGAR PARA OUVIDA DA PARTE CONTRÁRIA. A apreciação e julgamento do 
incidente tocam ao Tribunal Superior a que se acha subordinado. 
 Quando, porém, ocorrer objetivamente o DESCABIMENTO DA EXCEÇÃO (por 
intempestividade ou invocação de fato que, à evidência, não esteja entre os previstos nos 
arts. 134 e 135, CPC), poderá o próprio Juiz exceto denegá-la liminarmente, dentro do 
dever que lhe toca de “velar pela rápida solução do litígio” e de “prevenir ou reprimir qq ato 
contrário à dignidade da justiça” (art. 125, II e III). 
2) “O juiz mandará processar o incidente em separado e SEM SUSPENSÃO DA CAUSA, 
ouvindo o argüido no prazo de 5 dias, facultando a prova quando necessária e julgando o 
pedido” (art. 135 § 1º). O juiz poderá: 
2.1) Reconhecer de plano o impedimento ou a suspeição, caso em que ordenará a 
remessa dos autos ao seu substituto legal 
2.2) Não se dar por impedido ou suspeito: no prazo de 10 dias, exporá as suas 
razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, e 
determinará a remessa dos autos ao Tribunal, que apreciará e julgará a exceção. 
3) Art. 314 - Verificando que a exceção: 
 Não tem fundamento legal: O tribunal determinará o seu ARQUIVAMENTO 
 Tem fundamento legal: O tribunal CONDENARÁ O JUIZ NAS CUSTAS, mandando 
REMETER OS AUTOS AO SEU SUBSTITUTO LEGAL. 
 Por importar afastamento do magistrado do exercício da jurisdição e envolver matéria de 
ordem moral e de alta relevância, É INDISPENSÁVEL PROVA INDUVIDOSA. 
 
 IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO DE PESSOAS QUE NÃO SÃO JUÍZES 
- O órgão do MP, os serventuários da justiça, o perito e o intérprete também 
podem ser afastados do processo, por impedimento ou suspeição, nos mesmos casos dos 
juízes (art. 138). 
- Aplicam-se ao órgão do MP as disposições dos artigos 134 e 135, quando age como fiscal 
da lei ou representante de incapaz. 
 
 SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO DE JUIZ: 
 - Regra: SUSPENSÃO do processo (art. 306) 
 - Exceção: NÃO suspensão  aferição no caso concreto 
  
 O tratamento processual é  nos casos de suspeição de juiz e de outros serventuários da 
Justiça: 
- no caso do juiz: EM REGRA, SUSPENDE-SE O PROCESSO (art. 306) 
- no caso de outros: NÃO SUSPENDE (art. 138 §1°) porque não compromete a 
efetividade da prestação jurisdicional 
  
> Qual a razão de ser do art. 306, CPC? Qual o espírito da norma? 
 Determinar a suspensão SE houver prejuízo à efetividade da prestação 
jurisdicional. A suspensão ocorrerá ou não, dependerá do caso concreto. 
- Ex: Caso Varig  Não houve suspensão, não obstante um 3° tivesse argüido a suspeição 
do juiz pois seria violado o princípio da garantia ao emprego. 
 Princ. da Preservação da Empresa = a manutenção da unidade produtiva é de 
interesse social porque gera empregos e riqueza. 
- Essa necessidade de ponderação diante do caso concreto ocorre igualmente no art. 273 
§2°: será concedida tutela antecipada mesmo nos casos de irreversibilidade do provimento 
antecipado nas hipótesesde internação hospitalar com risco de vida. Portanto, deve-se 
evitar o apego à letra fria da lei. 
- É ilegal não suspender o processo quando há uma urgência na prestação jurisdicional? 
 Não. O Direito deve ser analisado à luz do caso concreto. Direito é o bom senso codificado. 
 
 Obs: Juiz de plantão = não são aplicáveis os princípios do juiz natural e da imparcialidade 
pois plantão é só medida de urgência 
 Assim, se o irmão de um juiz aproveita para requerer algo quando ele está de plantão, 
não poderá ser argüida a aplicação do princ. da imparcialidade, uma vez que este não se 
aplica para os juízes de plantão (plantão é só medida de urgência). 
 
 
3.2. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
- A incompetência do Juízo pode ser: 
 
a) RELATIVA (art. 112) 
- É objeto de EXCEÇÃO, isto é, DEPENDE DE ALEGAÇÃO DA PARTE, prorrogando-
se a competência, não sendo tempestivamente oferecida. 
- Razões de FATO (questões de ordem pública, não precluem e deve ser conhecida de 
ofício pelo juiz). 
- Jamais poderá ser decretada por iniciativa do próprio juiz, uma vez que a lei 
reconhece às parte a faculdade de prorrogar ou modificar a competência em tais 
casos, o que é possível (1) através de cláusula contratual expressa (art. 111) ou (2) 
de forma tácita, por meio de ausência de exceção declinatório do foto e de juízo no 
prazo legal. 
- O prazo é de 15 dias, contados na forma do prazo para a contestação. Decorrendo 
de fato superveniente, conta-se o prazo da data em que a parte dele deve 
ciência. 
 
b) ABSOLUTA 
- NÃO é argüida sob a forma de exceção, mas de simples PRELIMINAR DA 
CONTESTAÇÃO (art. 301, II). Ocorre que na vida forense prática os advogados têm 
argüido incompetência absoluta em exceção (o que não é tecnicamente correto). 
- Mesmo quando não alegada pelo contestante, pode ser declarada de ofício pelo 
juiz, EM QQ TEMPO OU GRAU DE JURISDIÇÃO (art. 113). Se o réu não argüi a 
incompetência absoluta no tempo oportuno e só faz no final do processo, receberá a 
sanção do art. 22, CPC. 
- Razões de DIREITO 
- Transitada em julgado sentença proferida por JUIZ ABSOLUTAMENTE INCOMPETENTE, 
cabe AÇÃO RESCISÓRIA, com fundamento no artigo 485, II. 
 
 Procedimento: 
1) A petição de exceção de incompetência deverá: 
- ser escrita, e estar distinta da inicial ou da contestação 
- estar fundamentada e devidamente instruída (art. 307) 
- conter o excipiente juntará osn de que dispõe ou indicará as fontes onde possam ser 
obtidas 
- conter a indicação do juízo afirmado competente (juízo para o qual a parte 
declina). 
 Sem esses requisitos, a petição será inepta e merecerá indeferimento liminar. O 
indeferimento também pode ocorrer nos casos de manifesta improcedência ou 
inépcia da petição (art. 310). 
2) Recebida a exceção, esta será AUTUADA EM APENSO ao processo principal, e terá 
como principal efeito, a SUSPENSÃO deste, até que seja definitivamente julgada. 
3) A seguir, o juiz ouvirá o excepto no prazo de 10 dias, designando AIJ, se necessária 
a produção de prova testemunhal, decidindo nos 10 dias seguintes: 
3.1) Se a exceção for julgada IMPROCEDENTE, o processo, que estava suspenso, 
retomará seu curso normal, mesmo que o excipiente interponha AGRAVO DE 
INSTRUMENTO. 
3.2) Se a exceção for julgada PROCEDENTE, o juiz determinará a remessa dos autos 
ao juiz competente (art. 311). 
3.2.1) Remetida a ação para o novo juízo, reconhecido como o competente pelo juiz 
anterior, poderá este recusar o recebimento dos autos, suscitando o que se 
chama de CONFLITO DE COMPETÊNCIA (art. 115): positivo, negativo ou em 
relação a controvérsia acerca da reunião ou separação de processos. 
 
 
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES 
- Art. 323. Findo o prazo para a resposta do réu (tenha ela sido oferecida ou não), o 
escrivão fará a CONCLUSÃO DOS AUTOS. O juiz, no prazo de 10 dias, determinará, 
conforme o caso, as providências preliminares: 
1) Réplica (arts. 326 a 328) 
2) Especificação de provas (art. 324) 
 3) Declaração incidental (art. 325) 
 
- Providência preliminares: São as PROVIDÊNCIAS QUE O JUIZ PRECISA TOMAR 
PRELIMINARMENTE AO JULGAMENTO DO MÉRITO 
 
O que pode acontecer após a contestação do réu? 
Se o réu contestou DIREITO FUNDAMENTAL PARA A EXISTÊNCIA DA 
PRETENSÃO DO AUTOR (é o que o art. 325 está dizendo), isto é, fundamental para validar 
a causa de pedir remota do Autor, o Juiz mandará o Autor se manifestar para, em 
querendo, requerer uma DECLARAÇÃO DE EXISTÊNCIA OU INEXISTÊNCIA DE 
VALIDADE OU NÃO DESSE DIREITO. 
 Com relação à apresentação da contestação, nós temos a aplicação de 3 artigos 
importantes: arts. 325, 326 e 327. 
 
Tratam-se de 3 artigos que propiciam que o Autor venha falar novamente nos 
autos a respeito de algum termo / elemento da defesa de contestação do réu. 
 
Posso dizer que essas etapas não são obrigatórias e que nem sempre 
ocorrerá a réplica? 
Sim, pois não posso adivinhar o que o réu irá falar. Só vamos falar em réplica na 
ocorrência dessas questões previstas nesses 3 artigos. Tirando essas questões, em 
tese, o Autor não consegue falar mais a respeito daqueles fatos e não consegue produzir 
mais provas, salvo aquelas que ele indicou no momento da P.I. 
 
- Saneamento do processo: é deixar o processo “maduro”, estável, para que o mérito seja 
julgado 
 
a) NO RITO ORDINÁRIO 
 
Qual o momento em que o juiz saneia o processo? 
Não há momento específico: o juiz vai promovendo o saneamento, desde 
quando recebe o processo (a petição inicial) até o momento de proferir a decisão 
saneadora final (na verdade, desde o início o juiz já vem proferindo decisões para sanear o 
processo mas chega um momento em que o juiz dá a decisão saneadora final, de forma que 
nada + pode desestabilizar o processo). 
O juiz saneia o processo na audiência do art. 331, CPC – que pode ocorrer ou não (*). 
 
Art. 331. Se não ocorrer qq das hipóteses previstas nas seções precedentes (hipóteses 
de JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE), e versar a causa sobre direitos que admitam 
transação, o juiz designará audiência preliminar, a realizar-se no prazo de 30 dias, 
para a qual serão as partes intimadas a comparecer, podendo fazer-se representar por 
procurador ou preposto, com poderes para transigir. 
  Nessa audiência, o juiz tem as seguintes tarefas: 
1) Tentar a CONCILIAÇÃO: se for conseguida, segue-se o 331 §1° 
2) Não havendo a conciliação, o juiz (331 §2°): 
2.1) ACABA DE SANEAR O PROCESSO (fase de depuração do processo). No 
que consiste essa atividade de saneamento? Analisar se há preliminares 
de contestação. O juiz pode ou não acolher as preliminares (o §2° fala em 
“questões processuais pendentes”) 
2.2) FIXA OS PONTOS CONTROVERTIDOS, isto é, o juiz resume os pontos que 
deverão ser decididos (facilita a visualização do processo) 
2.3) Decide se há necessidade ou não de PRODUÇÃO DAS PROVAS requeridas: 
defere ou indefere: 
 a) Se houver necessidade de prova, o juiz marca a AIJ 
 b) Se o juiz indeferir a produção de prova, as partes podem agravar 
 
- O JUIZ, QUANDO SANEIA O FEITO, NÃO PODE JULGAR ANTECIPADAMENTE O PROCESSO 
PORQUE TEM QUE ESPERAR DECORRER O PRAZO (10 DIAS) PARA AS PARTES 
AGRAVAREM, SE ASSIM QUISEREM. Isso porque a decisão do Tribunal, em relação ao 
recurso da parte, pode influenciar a decisão de mérito. 
- (*) A audiência de conciliação não é + obrigatória (o art. 331 fala em “designará” mas 
está errado porque não é norma cogente – o certo é: “poderá designar”). 
 Mas o saneador é obrigatório (pode ser proferido na audiência ou nos autos do próprio 
processo) 
- Quando o juiz opta por não realizar a audiência de conciliação? 
Ex: Quando o juiz pergunta, no processo, se as partes pretendem a conciliação, e elas 
dizem que não  Mas, sempre que possível, o juiz deve marcar essa audiência porque

Outros materiais

Perguntas Recentes