Buscar

CCJ0035-WL-A-PP-Processo Civil I - Aula 2 - Adriano Pinto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Profº Adriano Pinto
AULA 2
2. COMPETÊNCIA (art. 92 e ss., CF c/c arts 86 a 124, CPC)
- É a legalidade para que o órgão jurisdicional possa, uma vez provocado em sua inércia, realizar sua função estatal de prevenir ou compor litígios, tendo como base a lei, doutrina e jurisprudencial. É um pressuposto processual e pode ter caráter absoluto ou relativo.
- O tema é de suma importância e diretamente relacionado ao Princípio da competência legal e imparcialidade do juiz (art. 5º LIII e XXXVII da CF 88) e vem sendo abordada em provas e concursos nos mais variados aspectos. 
- É UM PRESSUPOSTO PROCESSUAL: Deve existir
 Acórdão que interpretou mal uma ADin >> Tem que recorrer ao STJ
 Reclamar sobre um direito real imobiliário >> Ler art. 95, CPC.
JUSTIÇA – FORO – JUÍZO
Competência pode estar ligada à ideia de JUSTIÇA: Justiça Comum, Especial (Trabalhista, Eleitoral, Militar) >> Na maioria das vezes, a resposta está na CF
Competência pode estar ligada à ideia de FORO >> Foro = Comarca (Justiça Estadual) ou Seção Judiciária (Justiça Federal)
Competência pode estar ligada à ideia de JUÍZO
Para facilitar a compreensão de enunciados, veja o que preparamos no slide seguinte:
QUESTIONÁRIO LÓGICO E PRÁTICO PARA OBTER A COMPETÊNCIA CORRETA:
1º É competente a AUTORIDADE JUDICIÁRIA BRASILEIRA OU ESTRANGEIRA ? 
R: CF, Tratados/ Convenções, CPC(art. 88 a 91) e legislação extravagante.
2º Dentre as autoridades judiciárias brasileiras, é competente o STF ou STJ?
R: CF, Regimento interno dos tribunais , CPC e legislação extravagante.
Se eu elimino as competências do STF e do STJ, ficarei com apenas as competências da Justiça Comum e da Justiça especializada.
Ex: REsp, Homologação de sentença estrangeira >> STJ
3º Sendo competente alguma “JUSTIÇA ”, qual seria:
R: CF, CPC, CLT e legislação extravagante.
Permite verificar se a competência é da Justiça Comum ou especializada.
4º Sendo competente tal “justiça”, qual o FORO (ou localidade) competente?
R: CPC (arts 94 a 124 do CPC) e legislação extravagante.
5º Dentro deste foro competente, qual o JUÍZO competente.
R: CPC (arts 94 a 124 do CPC), legislação extravagante e regras de organização judiciária.
Por exemplo, o examinador, em uma prova, pode dar indagar: Se um sueco entra no escritório de um advogado e relata que firmou um contrato com um argentino, para que este importasse da China determinadas mercadorias e trouxesse para cá. Qual a ação a ser proposta? Onde a ação deveria ser proposta? Isto é, qual o foro competente? Qual a justiça competente? Pode perguntar também qual o juízo competente? (Cível, Família, Criminal, empresarial, de Fazenda Pública, Juizado Federal, etc). Ler arts. 88 a 91, CPC.
Assim, sobre COMPETÊNCIA precisamos saber:
QUESTIONÁRIO LÓGICO E PRÁTICO – ver slide anterior 
INTERNA x EXTERNA – arts. 88 a 91 do CPC. 
FORO – art. 94 a 100 do CPC.
JUÍZO – CPC, regras de organização judiciária e legislação extravagante.
 COMPETÊNCIA ABSOLUTA 
Criada em prol do interesse público
NÃO PODE SER MODIFICADA PELAS PARTES
NÃO PRECLUI >> Significa que pode ser alegada a QUALQUER TEMPO >> Ler art. 485, CPC: Tanto a INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUIZ como o seu IMPEDIMENTO podem ser discutidas a qq tempo, inclusive APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO (pois se trata de um ERRO GRAVE). Ambas são matérias de ordem pública. 
 O réu até poderia, maliciosamente, por exemplo, argüir a incompetencia absoluta do juiz 1 dia antes de ser proferida a sentença. Terá uma punição se comprovada a malícia mas ele pode fazer isso.
 Por mais que a INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA seja uma materia importante, existe o principio da segurança jurídica. Então, o LIMITE para que possa ser arguida é de até 2 anos do trânsito em julgado 
Pode ser de:
Justiça
Tribunal
Foro (no sentido de comarca) e de Juízo
Não prorroga (na hora que descobrir, vai para o juízo competente)
Deve ser alegada:
Se for o réu: na CONTESTAÇÃO (em preliminar de contestação)
Se for um 3º ou MP: no 1º momento em que for detectada a incompetência
Se for o juiz ou tribunal: no 1º momento ou DE OFÍCIO 
 COMPETÊNCIA RELATIVA
Criada em prol do interesse das partes 
PODE SER MODIFICADA pelas partes. FORO DE ELEIÇÃO
Pode ser uma competência de: 
Foro
Juízo
Prorroga
Deve ser alegada:
Se for o réu: via EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA 
Se for o juiz (art. 112 § único, CPC; Súm. 33, STJ): em casos excepcionais, o juiz pode se manifestar acerca da INCOMPETÊNCIA RELATIVA (essa autorização veio em 2006, ficando a Súm. 33, portanto, mitigada). O art. 112 § único diz que O JUIZ PODE SER MANIFESTAR DE OFÍCIO NOS CONTRATOS DE ADESÃO. Muito importante!!! Cuidado porque esse contrato de adesão não exclusivamente do Direito do Consumidor (pois o CDC já prevê essa proteção). Esse caso pode acontecer, portanto, entre 2 empresários, entre 2 pessoas que não sejam consumidores: basta que a negociação seja de adesão. 
MECANISMOS DE CONTROLE:
a) LIVRE MANIFESTAÇÃO NOS AUTOS
b) EXCEÇÃO DE INCOMPETENCIA
c) PRELIMINAR EM CONTESTAÇÃO e 
d) CONFLITO DE INCOMPETÊNCIA (art. 115, CPC). (tópico de resposta do réu): 
Quando o CONFLITO FOR ENTRE JUÍZES, o mecanismo de controle que vai ao Presidente do TJ, que decidirá qual é o juízo e foro competente. 
Quando o CONFLITO FOR DENTRO DE UM MESMO TRIBUNAL, o Chefe do Tribunal decide.
Quando o CONFLITO FOR ENTRE TRIBUNAIS DISTINTOS, o STJ decide (art. 105, CF). Quando o CONFLITO FOR ENTRE O STJ E UM TRIBUNAL, o STF decide. 
Art. 115.  Há conflito de competência:
I - quando dois ou mais juízes se declaram competentes;
II - quando dois ou mais juízes se consideram incompetentes;
III - quando entre dois ou mais juízes surge controvérsia acerca da reunião ou separação de processos >> Por critério de prevenção ou mecanismo semelhante
* Sobre competencia, treinar MUITO. Ler do art. 94 ao 100, CPC.
Art. 94: Regra geral do DOMICÍLIO DO RÉU. Competência RELATIVA GENÉRICA (ou geral ou comum)
 Cuidado na interpretação deste artigo! DIREITO PESSOAL x REAL?
O art. 1225, CC traz quais são os direitos reais.
a) Se a causa de pedir do Autor for de:
DIREITO PESSOAL (obrigações e contratos) ou de 
DIREITO REAL SOBRE BENS MÓVEIS (o bem móvel pode ser transportado), 
o Autor deverá propor a ação no DOMICÍLIO DO RÉU
b) Se a demanda for sobre DIREITO REAL IMOBILIÁRIO, o Autor deverá propor a ação no FORO DO DOMICÍLIO DA COISA (= estão no domicílio da coisa: meios de prova, perícia, Cartório que registrou, confrontante) 
Como se costuma derrubar o candidato nos exames da OAB? 
A pegadinha é que quase todos os exemplos que aprendemos na faculdade são sobre direitos reais sobre bens imóveis. Por isso, não podemos nos esquecer de que, quando alguém quer discutir a propriedade de uma caneta, o demandante não deve acionar o réu no foro da situação da coisa. 
Portanto: Os direitos reais vão definir a propriedade como foro da situação da coisa somente quando forem direitos reais sobre BENS IMÓVEIS (ler no CC quais são esses bens imóveis). Não se pode, automaticamente, associar direitos reais exclusivamente com bens imóveis. 
Art. 95: Competência ABSOLUTA dos direitos reais imobiliários
Art. 100: Regra de competência RELATIVA ESPECIALIZADA, pois trata da localização territorial do alimentando, da localização territorial da mulher (no caso da separação), do local onde deveria ser cumprida a obrigação, do local onde foi produzido o resultado (do dano) 
* Dúvida: O § único do art. 100, CPC determina como competente, nas “ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, o foro (1) do domicílio do autor ou (2) do local do fato”. A quem compete determinar o foro competente para propor a referida ação?
	A quem for propor. Quem propõe pode optar pelo foro do seu domicílio ou foro do local do fato. O réu pode reclamar se o Autor propuser a ação no foro do domicílio deste? Claro que não.
	Cuidado! “Em razão de delito” = é qq crime, não necessariamentede trânsito
* Dúvida: No caso de um contrato de prestação de serviço, em sendo eleito o foro da Comarca da Capital para dirimir eventuais conflitos, é possível ajuizar ação no foro de uma Regional, se for o local da prestação de serviços?
O foro da Comarca é um FORO ÚNICO. O que eu coloco no FORO DE ELEIÇÃO é a COMARCA. E para por aí. Não se pode eleger, de forma alguma, a REGIONAL pois, nesse caso, estaria elegendo uma VARA REGIONAL e não outro foro.
O foro da Comarca da Capital do Rio de Janeiro, por ser muito grande, é uma Comarca regionalizada. Mas a regionalização que existe, é uma ficção jurídica, pois existe apenas para facilitar a mobilidade das pessoas que estão distantes da Capital e de todos os bens e serviços prestados. Portanto, não se elege o foro da Comarca de Bangu, por exemplo. Elege-se o foro da Comarca da Capital. É como se no fórum da Erasmo Braga eu tivesse tantos andares para cima quantos fossem os fóruns regionais que nós conhecemos (Bangu, Santa Cruz, Méier, Barra da Tijuca, etc).
Da mesma forma, o foro da Comarca de Niterói é regionalizado, abrangendo a capital e a regional da Região Oceânica. 
Portanto, tenho que demandar na regional em que se situa a sede da empresa (Bangu) e não na Comarca da Capital. Mas demando em Bangu não por ser um foro eleito no contrato. É porque a Comarca eleita no contrato é regionalizada.
Se a sede estiver contida na área que vai da Tijuca até São Conrado, tem que ser na Capital (pois da Tijuca até São Conrado é o próprio foro da Capital que resolve).
	Lembrando que se se tratar de matéria do CDC ou se for demanda no Juizado Especial Cível, mitiga-se a regra do art. 94, podendo-se distribuir a petição inicial no foro do domicílio do Autor.
3. OUTRAS MATÉRIAS DE “ORDEM PÚBLICA.”
Aqui estamos destacando outros assuntos relacionados às condições da ação e pressupostos processuais e que também podem inviabilizar a validade e desenvolvimento regular do processo.
Uma boa observação é o disposto no art. 301 do CPC. Vamos ao CPC!
São as chamadas PRELIMINARES DE CONTESTAÇÃO (tópico que abordaremos oportunamente) e que dão boa dica sobre irregularidades processuais.
Elas são tradicionalmente chamadas de “ordem pública” pois OS JUÍZES PODEM SE MANIFESTAR DE OFÍCIO SOBRE SUA PRESENÇA OU AUSÊNCIA. 
* Cuidado: Art. 301, IX (convenção de arbitragem) – EXCEÇÃO em que o juiz não pode conhecer de ofício.
Assim, o art. 301 do CPC é uma boa dica de assuntos em que o Juiz podem agir sem manifestação da parte. É obrigação dele zelar para regularidade do processo.
Em que momento o Juiz pode se manifestar acerca das questões do art. 301?
Quando ele recebe a petição inicial ou quando ele eventualmente recebe a contestação do réu (que vem com a materia como preliminar). Porém, esta matéria NÃO PRECLUI.

Outros materiais