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CCJ0035-WL-B-PP-Processo Civil I - Petição Inicial - Rodrigo Duarte

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Processo de Conhecimento – Prof. Rodrigo Duarte 
 
PROCESSO DE CONHECIMENTO – PETIÇÃO INICIAL 
ARTS. 282 e seguintes 
 
1 – DA PETIÇÃO INICIAL – ART. 282 
 
 O art. 282, CPC, indica quais são os requisitos necessários à petição inicial 
que dá origem ao processo. 
 
o O juiz ou o tribunal, a que é dirigida; (competência) 
o Os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência 
do autor e do réu; (qualificação) 
o O fato e os fundamentos jurídicos do pedido; (causa de pedir) 
o O pedido, com suas especificações; 
o O valor da causa; 
o As provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos 
fatos alegados; 
o O requerimento para a citação do réu. 
 
 Para que seja deferida, a petição inicial deve preencher os requisitos dos 
arts. 282 e 283, CPC e não incidir nenhuma das hipóteses do art. 295, 
CPC. 
 Jurisprudência: 
 
“sem escapar ao regramento que disciplina o nosso sistema 
processual, o julgador não pode estar apegado ao formalismo 
exacerbado e desnecessário, devendo-se esforçar ao máximo para 
encerrar a sua prestação jurisdicional apresentando uma 
composição para a lide, cumprindo assim a atribuição que lhe foi 
deferida” (STJ, 1ª Turma, REsp 707.997/PE, rel. Min. Francisco 
Falcão, j. em 14.03.2006, DJ 27.03.2006, p. 182). 
 
 Verificado o Juiz que a petição inicial não preenche os requisitos exigidos 
nos arts. 282 e 283, ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de 
dificultar o julgamento de mérito, determinará que o autor a emende, ou 
a complete, no prazo de 10 (dez) dias – Este prazo não é 
peremptório. Caso contrário, o juiz indeferirá a petição inicial. 
(instrumentalidade das formas) 
 
 
Processo de Conhecimento – Prof. Rodrigo Duarte 
 
2 – DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL 
 
Durante o período do juízo de admissibilidade, o órgão jurisdicional tem o dever 
de identificar eventuais defeitos formais da petição inicial antes de determinar a 
citação do réu, oferecendo oportunidade para sua correção. Entretanto, se não 
corrigido o vício o processo será extinto sem resolução de mérito, evitando a sua 
continuidade defeituosa (art. 267, I c/c art. 295, CPC). 
 
A extinção será direta se o vício for insanável 
 
Obs: O juízo de admissibilidade consiste em um dos atos passíveis de delegação expressa ao 
escrivão ou chefe de secretaria. 
 
HIPÓTESES: 
Art. 295, I – inépcia da petição inicial. 
A inépcia consiste em defeitos formais da petição inicial relativos à formulação 
da pretensão. Ex. faltar pedido ou causa de pedir, da narração dos fatos não 
decorrer conclusão lógica, pedido juridicamente impossível (ausência de uma das 
condições da ação) e pedidos incompatíveis entre si. 
Art. 295, II – parte manifestamente ilegítima. 
Em sendo o réu a parte ilegítima, cabe oportunidade para emenda. Se for o autor, 
o vício será insanável – extinção imediata do processo (art. 267, I e VI c/c art. 
295, II, CPC) 
Art. 295, III – quando o autor carecer de interesse processual. 
Carência de ação (interesse de agir) 
Art. 295, IV – verificação, desde logo, da decadência ou a prescrição. (com 
resolução de Mérito. Art. 269, IV, CPC) 
Art. 295, V – procedimento inadequado. 
Trata-se de uma redundância do CPC, pois aqui deve ser observado o interesse 
de agir. 
Art. 295, VI – quando não atendidas as prescrições dos art. 39, parágrafo único, 
primeira parte, e 284. 
 Endereço do advogado e verificação dos demais vícios não arrolados. 
Art. 296 – Juízo de retratação. 
 
 
3 – PEDIDO 
 
Processo de Conhecimento – Prof. Rodrigo Duarte 
 
Pode-se definir pedido como sendo uma pretensão material deduzida em juízo 
(pretensão processual), que objetiva a concessão do bem da vida em litígio 
através de um provimento jurisdicional de determinada natureza. 
 
- O pedido deve ser juridicamente possível; 
- Coerente (relacionado com a causa de pedir); 
- Congruente (delimitado pela causa de pedir); 
- Certo e determinado. 
 
OBS: Exceção de pedido certo – Honorários advocatícios (súmula 256 do STF), 
juros (art. 293, CPC), correção monetária, custas processuais e etc. 
 
 Jurisprudência: 
 
“A regra no processo civil é que o pedido deve ser certo e 
determinado. A formulação de pedido genérico é excepcional e só 
pode ser admitida quando a lei expressamente consinta” (STJ, 4ª 
Turma, RMS 6.807/RS, rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, j. em 
14.05.1996, DJ 10.06.1996, p. 20.328). 
 
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS 
 
É lícito ao autor, em única demanda, cumular pedidos. 
 
Podendo ser: 
INICIAL – Quando os pedidos forem formulados no ato que originariamente 
contém a demanda; 
ULTERIOR – Quando o novo pedido for formulado depois da postulação 
inicial. 
 
PRÓPRIA – Quando o autor requer que vários pedidos sejam acolhidos 
simultaneamente. 
A cumulação própria pode ser dividida em: 
SIMPLES: Quando os pedidos forem absolutamente independentes entre si, 
podendo ser acolhidos (no todo ou em parte) ou rejeitados. EX: A cumulação de 
danos morais e danos materiais. 
OU 
 
Processo de Conhecimento – Prof. Rodrigo Duarte 
 
SUCESSIVA: Quando a análise do pedido posterior depender da procedência do 
pedido anterior. Há uma relação de prejudicialidade entre os pedidos, sendo que 
se o anterior for rejeitado, o posterior perderá o seu objeto. 
 
IMPRÓPRIA – Quando da formulação de vários pedidos ao mesmo tempo, 
aspirando-se que apenas um deles seja acolhido. O acolhimento de um, 
necessariamente, implica na impossibilidade de atendimento do outro. 
 
ESPÉCIES 
 
Além do simples, que não guarda inter-relação com outros pedidos, o pedido 
também admite as seguintes espécies: 
 
a) Alternativo – O pedido será alternativo quando o autor formula mais de 
um pedido, aspirando que qualquer um deles, sem preferência, seja 
atendido. Trata-se da CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA. 
 
b) Subsidiário (ou eventual) – Existe uma ordem com relação aos pedidos. 
Ocorre por conta da impossibilidade do atendimento do pedido principal. 
 
c) Sucessivo (já visto) – O pedido será sucessivo quando, para o seu 
atendimento, for necessário o acolhimento do pedido anterior que lhe é 
condicionante. Isso implica concluir que, se rejeitado o pedido anterior, 
automaticamente estará rejeitado o pedido posterior. 
 
ALTERAÇÃO DOS ELEMENTOS DA DEMANDA 
 
Em razão do princípio da estabilidade da demanda, citado o réu, o autor não 
pode mais, sem o consentimento deste, alterar os elementos identificadores da 
demanda (partes, causa de pedir e pedido). 
 
Podendo o autor modificar o pedido até a citação do réu. (art. 294, CPC) 
 
Não obstante isso, a alteração do pedido e da causa de pedir em nenhuma 
hipótese será permitida após o saneamento do processo.

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