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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
1 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 
Aula 0: 
Fala pessoal, tudo certo? 
Hoje daremos início a nosso curso específico para Analista Tributário 
da Receita Federal do Brasil. O edital ainda não saiu, mas é 
importante iniciarmos os estudos desde já. Antes, porém, de 
efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme 
estarmos aqui ao seu lado nesta preparação. 
Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 
2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também 
aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos públicos: o 
Direito Constitucional. 
Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO. Sou ex-
Oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola 
Naval e Pós-graduado em Direito Constitucional. 
Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição 
Federal Anotada para Concursos" publicado pela Editora Ferreira 
e dos livros "Vou t er que estudar Direito Constitucional! 
E Agora?" e "Questões Comentadas de Direito Constitucional 
– FGV", ambos pela Editora Método. 
Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, 
da coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde 
também participo sendo autor das seguintes obras: 
-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF; 
-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - 
CESPE; 
-1001 Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC; 
-1001 Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF 
(este em parceria com Francisco Valente). 
Contamos agora com a preciosa ajuda do professor Rodrigo Duarte, 
que é nosso colega de TRE-GO, bacharel em Direito pela Universidade 
Federal da Bahia e pós-graduado em Direito Constitucional. 
Este será um curso de Teoria e Exercícios, t odos comentados, 
com foco na banca ESAF para Analista Tributário da Receita Federal 
do Brasil. Eventualmente, poderemos usar alguma questão de outra 
banca examinadora para fins de preencher alguma lacuna no estudo. 
Nossa filosofia é de sempre preparar nossos alunos alcançar a nota 
10, para isso, será imperioso sua dedicação e seu compromisso. Por 
mais difícil que à primeira vista possa parecer, não podemos nos 
contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-se, a 
concorrência é grande! Mas não é por isso que seu estudo será um 
martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao máximo para que 
CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
2 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 
nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos da forma mais 
agradável possível. 
A nossa programação de aulas é a seguinte: 
Aula 0- Princípios fundamentais da Constituição de 1988. 
Aula 1 – Teoria Geral dos Direitos Fundamentais e Direitos e 
deveres individuais e coletivos (parte 1). 
Aula 2- Direitos e deveres individuais e coletivos (parte 2). 
Aula 3- Direitos sociais. Nacionalidade brasileira. 
Aula 4- A organização nacional. União. Estados. Distrito 
Federal. Municípios. Competências. 
Aula 5- Administração Pública: princípios constitucionais. 
Preparados para iniciar o último passo para a aprovação? Então 
vamos lá! 
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS: 
Primeiro, vamos entender um pouco melhor o que seriam esses 
"Princípios Fundamentais": 
• Conceito: São os princípios básicos da estruturação e organização 
do Estado e do seu Poder Político. 
• Na Constituição: Vão do art. 1º ao 4º. 
• Sinônimos: Princípios político-constitucionais (pois organizam o 
Estado, os que decorrem deles são os jurídico-constitucionais), 
- tudo que for relacionado ao termo "político" estará dando idéia 
de "organização"- são também chamados de normas-síntese, 
normasmatriz (pois sintetizam e servem de origem 
para diversos desdobramentos ao longo da Constituição). 
• Princípios Fundamentais X Princípios Gerais do Direito: Não 
se pode confundir os princípios fundamentais com os princípios 
gerais do direito constitucional. Enquanto aqueles estão positivados 
na Constituição, estes formam um estudo teórico, são aplicáveis a 
vários ordenamentos. 
1. (ESAF/Advogado-IRB/2006 - Adaptada) Segundo a 
doutrina, os princípios político-constitucionais são materializados 
sob a forma de normas-princípio, as quais, freqüentemente, são 
desdobramentos dos denominados princípios fundamentais. 
Comentários: 
Os princípios político-constitucionais são os próprios princípios 
fundamentais. 
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Gabarito: Errado. 
2. (ESAF/Analista-SUSEP/2010 - Adaptada) Muito se tem 
falado acerca dos princípios constitucionais. Sobre tais princípios, é 
correto afirmar que: 
a) É correto dizer que há distinção entre os princípios constitucionais 
fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional. 
b) as normas-sínteses ou normas-matrizes não têm eficácia plena e 
aplicabilidade imediata. 
c) os princípios jurídico-constitucionais não são princípios 
constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros 
desdobramentos dos princípios fundamentais. 
d) quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem 
por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-
fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a 
toda a ordenação constitucional. 
Comentários: 
Letra A - Correto. 
Letra B - Errado. Os princípios fundamentais, em regra, definem a 
forma de Estado, a forma de Governo, estabelecem os fundamentos 
do Estado, e, assim, possuem eficácia plena. Existem exceções como 
as normas programáticas do art. 3º. No entanto está errado dizer os 
princípios fundamentais "não têm eficácia plena e aplicabilidade 
imediata", generalizando. 
Letra C - Errado. Como vimos, os jurídico-constitucionais são 
desdobramentos dos político-constitucionais. Isso também não é uma 
afirmação 100%. Canotilho diz que "muitas vezes" são 
desdobramentos. De qualquer forma, está incorreta a questão. Mas 
nessa o examinador quase escorregou. 
Letra D - Errado. Normas-fim são as normas que direcionam o poder 
público a alcançar um objetivo, uma norma programática. Segundo 
Canotilho, a determinação constitucional segundo a qual as ordens 
econômicas e social tem por fim realizar a justiça social constitui uma 
norma-fim, que permeia todos os direitos econômicos e sociais e os 
demais princípios informadores da ordem econômica são da mesma 
natureza. 
Gabarito: Letra A. 
Cobrança do tema: 
A cobrança dos princípios fundamentais pode se dar de duas formas: 
literalidade ou cobrança de doutrina/jurisprudência. 
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Cobrança de literalidade: 
Todas as bancas cobram a literalidade dos art. 1ª ao 4º da 
Constituição e não raramente tentam confundir o candidato com os 
nomes que ali aparecem. 
Assim, existem 4 coisa que devem estar completamente 
decoradas: 
(POR FAVOR!!! Esqueça seu telefone, seu endereço, mas não 
esqueça da literalidade destes artigos) 
FUNDAMENTOS (art. 1º): 
(So-Ci-Di-Val-Plu) 
� soberania; �
cidadania; 
� dignidade da pessoa humana; 
� valores sociais do trabalho e da 
livre iniciativa; 
� pluralismo político. 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS 
(art. 3º): 
� Construir uma sociedade livre, justa 
e SOLIDÁRIA; 
� Garantir o desenvolvimento 
nacional; 
� ERRADICAR a pobreza e a 
marginalização e REDUZIR asdesigualdades sociais e regionais; e 
� Promover o bem de todos, sem 
preconceitos de origem, raça, sexo, 
cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação. 
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS 
RELAÇÕES INTER-
NACIONAIS (art. 4º): 
(in-pre-auto-não-igual-
defe-so-re-co-co) 
� independência nacional; 
� prevalência dos direitos humanos; 
� autodeterminação dos povos; �
não intervenção; 
� igualdade entre os Estados; �
defesa da paz; 
� solução pacífica dos conflitos; 
� repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
� cooperação entre os povos para o 
progresso da humanidade; 
� concessão de asilo político. 
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OBJETIVO DO BRASIL NO 
PLANO 
INTERNACIONAL(art. 4º, 
§único): 
� Buscar a integração política, 
econômica, social e cultural 
entre os povos da AMERICA 
LATINA, visando formar uma 
comunidade LATINO-AMERICANA 
de nações. 
Não esqueçam também a literalidade do caput do art. 1º e seu 
parágrafo único e do art. 2º: 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada 
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e 
do Distrito Federal, constitui-se em Estado 
Democrático de Direito (...). 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que 
o exerce por meio de representantes eleitos ou 
diretamente, nos termos desta Constituição. 
Art. 2º São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
Mais tarde, veremos os desdobramentos dessas coisas, ok? Agora, 
trate de ficar repetindo isso tudo para você mesmo, até decorar cada 
palavrinha. 
Para te ajudar nessa tarefa árdua, vamos ver questões que deixarão 
essa decoreba mais agradável: 
3. (ESAF/Analista - MI/ 2012) Sobre os princípios 
fundamentais da República Federativa do Brasil de 1988, é incorreto 
afirmar que 
a) a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. 
b) a República Federativa do Brasil tem como um dos seus 
fundamentos o monismo político. 
c) a República Federativa do Brasil constitui-se em Es-
tado Democrático de Direito. 
d) se constituiu como um dos objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais. 
e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais, dentre outros, pelo princípio da independência 
nacional. 
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Comentários: 
Letra A - Correto, é o disposto no art. 1º da Constituição Federal. 
Letra B - Errado, o pluralismo político é um fundamento da República 
Federativa do Brasil, e não o monismo. 
Letra C - Correto, também consta no caput do art. 1º da 
Constituição. 
Letra D - Correto, é o disposto no art. 3º, III. 
Letra E - Correto, é o disposto no art. 4º, I. 
Gabarito: Letra B 
4. (ESAF/PFN/2012) Sobre os princípios fundamentais da 
Constituição de 1988, é correto afirmar que 
a) a República Federativa do Brasil é formada pela união dissolúvel 
dos Estados, Municípios e Distrito Federal. 
b) são entes da Federação, dentre outros, as Regiões Metropolitanas. 
c) a União é pessoa jurídica de direito público externo. 
d) constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, dentre outros, os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa. 
e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais, dentre outros, pelo princípio de repúdio ao terrorismo 
e ao racismo. 
Comentários: 
Letra A - A união dos entes da República é INDISSOLÚVEL, e não 
solúvel como diz a questão, veja o art. 1º da Constituição. Errado. 
Letra B – As regiões metropolitanas não fazem parte da República 
Federativa do Brasil. Errado. 
Letra C – A República Federativa da União é que de pessoa jurídica de 
direito internacional, a União é de direito público interno. Errado. 
Letra D - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são 
fundamentos da República e não objetivos. 
Letra E – Correto, é o constante do art. 4º, VIII. 
Gabarito: Letra E. 
5. (ESAF/ Analista Tributário- RFB/ 2012) A República 
Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo 
princípio da concessão de asilo político. 
Comentários: 
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Correto, reproduz o disposto no art. 4º, X. 
Gabarito: Correto. 
6. (FCC/ Técnico Judiciário- TRE-PR/2012) A Carta Africana 
dos Direitos do Homem e dos Povos, assinada por Estados do 
continente africano em 1981, enuncia, em seu artigo 20, que todo 
povo tem um direito imprescritível e inalienável, pelo qual determina 
livremente seu estatuto político e garante seu desenvolvimento 
econômico e social pelo caminho que livremente escolher. 
Na Constituição da República Federativa do Brasil, o teor de referido 
enunciado encontra equivalência no princípio de regência das relações 
internacionais de: 
a) repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
b) construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
c) erradicação da pobreza e da marginalização. 
d) autodeterminação dos povos. 
e) concessão de asilo político. 
Comentários: 
As opções das letras “A” e “E” são princípios que regem o Brasil nas 
relações internacionais, mas não é o que guarda relação com o 
enunciado, ou seja, não é isto que a questão está pedindo, atenção! 
A letra “B” transcreve um dos objetivos da República Federativa do 
Brasil, conforme Art. 3º, I, logo também não é o gabarito. Enquanto 
a letra “C” se refere ao objetivo constante no art. 3º, III. 
Logo, o item correto é a letra D, pois o enunciado se refere á 
autodeterminação dos povos, conforme descrito no Art. 4º, III da 
Constituição, que é justamente a independência que um Estado 
Soberano possui em face dos outros Estados Soberanos. 
Gabarito: Letra D. 
7. (FCC/ Técnico Judiciário-TRF-2ª REGIÃO/2012) Quanto às 
relações internacionais, o Brasil rege-se, segundo expressamente 
disposto no artigo 4º da Constituição Federal brasileira pelo princípio: 
a) do juiz natural. 
b) do efeito mediato. 
c) da sucumbência 
d) da igualdade entre os Estados 
e) da concentração 
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Comentários: 
Das opções acima a única que está inserida no artigo 4º é a letra D. 
Gabarito: letra D. 
8. (CESPE/ Analista- Câmara dos Deputados/2012) Os 
princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais 
incluem a cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade e a concessão de asilo político. 
Comentários: 
O item traz a redação dos incisos IX e X do Art. 4º da Constituição, 
veja: Art. 4º- A República Federativa do Brasil rege-se nas suas 
relações internacionais pelos seguintes princípios: (...) IX - 
cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - 
concessão de asilo político. 
Gabarito: Correto. 
9. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção que indica um dos 
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. 
a) Valorizar a cidadania. 
b) Valorizar a dignidade da pessoa humana. 
c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária. 
e) Garantir a soberania. 
Comentários: 
A respostadessa está literalidade do art. 3º da Constituição. 
Gabarito: Letra D. 
10. (ESAF/AFC-CGU/2008) A República Federativa do Brasil 
possui fundamentos e as relações internacionais do País devem ser 
regidas por princípios. Assinale a única opção que contempla um 
fundamento da República e um princípio que deve reger as relações 
internacionais do Brasil. 
a) Soberania e dignidade da pessoa humana. 
b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional. 
c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. 
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Comentários: 
Fundamentos são apenas os do art. 1º, o famoso So-ci-di-val-plu. 
Assim, elimina-se a letra B e E. 
Princípios que regem a República nas relações internacionais 
são os do art. 4º. 
Elimina-se, então, a letra A, pois dignidade da pessoa humana é um 
fundamento ("di" do so-ci-di-val-plu) e a letra C, também (valores 
sociais do trabalho e da livre iniciativa é o "val" do so-ci-di-val-plu). 
Sobrou a letra D, gabarito da questão. 
11. (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da 
República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3o da 
Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais 
do trabalho e da livre iniciativa. 
Comentários: 
Estes são "fundamentos" elencados no art. 1º da Constituição e não 
"objetivos fundamentais" os quais estão expressos no art. 3º da CF. 
Gabarito: Errado. 
12. (ESAF/ATRFB/2009) Todo o poder emana do povo, que o 
exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da 
Constituição Federal. 
Comentários: 
O Brasil tem como regime político a democracia mista, ou seja, a 
regência do poder está nas mãos do povo, que o exerce por meio de 
seus representantes eleitos e também diretamente usando o 
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. (CF, art. 1°, parágrafo 
único e art. 14). 
Gabarito: Errado. 
13. (ESAF/ATRFB/2009) A República Federativa do Brasil não 
adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre 
os Estados. 
Comentários: 
Trata-se de princípio que rege o Brasil em suas relações 
internacionais (CF, art. 4°, V). 
Gabarito: Errado. 
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14. (ESAF/ATA-MF/2009) Marque a opção correta. 
a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, 
geográfica, política e educacional dos povos da América Latina. 
b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos 
fundamentos da República Federativa do Brasil. 
c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade 
constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. 
d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é 
princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações 
internacionais. 
e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a 
República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. 
Comentários: 
Letra A – Errado. A integração será econômica, política, social e 
cultural (CF art. 4º parágrafo único). 
Letra B - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, I). 
Letra C - Errado. Seria um princípio que rege as relações 
internacionais, e não um objetivo fundamental. 
Letra D - Errado. Seria um objetivo fundamental (CF, art. 3º, IV). 
Letra E - Correto. É o que dispõe a CF em seu artigo 4º, VIII. 
Gabarito: Letra E. 
Cobrança Doutrinária e Jurisprudencial: 
Agora vamos ir um pouco mais fundo nesse buraco. ´ 
Já falamos que os princípios fundamentais são as normas-síntese, ou 
seja, aquele pontinho de onde deriva quase tudo que está por vir no 
ordenamento jurídico. 
Imagine você o quanto de coisa implícita não está presente nestes 4 
artigos? É muita coisa... mas, vamos devagarzinho que tudo será 
resolvido, não é nenhuma loucura não! 
Primeiro, vamos analisar o que diz o art. 1º da CF: 
A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito 
Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito (...). 
Veja que ela traz palavras que nos remetem à "República", 
"Federação", "Democracia"... 
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Então, temos os seguintes institutos da organização do 
Estado: 
Forma de Governo: República 
Forma de Estado: Federação 
Regime de Governo ou 
Político: 
Democracia (mista ou semi-
direta) 
Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF) 
Pulo do Gato: 
A forma está no nome "República Federativa" ou seja, forma de 
governo = República / forma de Estado = Federação. 
E o que quer dizer uma "Forma de governo", uma "Forma de Estado" 
ou um "Sistema de governo"??? 
Vamos lá: 
Basicamente são as repúblicas (todos exercem o poder) e as 
monarquias (só um exerce o poder). 
Características da Monarquia: 
1- Vitaliciedade - O governante terá o governo em suas mãos por 
toda a sua vida. Não há temporariedade. 
2- Hereditariedade - Não há eletividade. O governo é passado de 
pai para filho, como herança. 
a) Forma de Governo
É maneira como se dá a instituição 
do poder na sociedade e como se 
dá a relação entre governantes e 
governados. Quem deve exercer o 
poder e como este se exerce. 
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Características da República: 
A coisa é do povo. Embora, o povo escolha representantes para a 
gestão de "sua coisa", estes representantes não se apoderam da 
coisa pública. Assim, é essencial que tenhamos em uma república: 
1- Temporariedade dos mandatos: Pois assim, nenhum 
representante tomará para si a feição do poder, permanecendo 
ilimitadamente no cargo. Haverá uma rotatividade dos cargos 
públicos para que diversas pessoas, com pluralidade de opiniões e 
idéias possam representar a sociedade. 
2- Eletividade dos cargos políticos: Os cargos políticos só serão 
legítimos se providos por eleições, de acordo com a vontade do povo. 
3 - Transparência na gestão pública, através de prestação de 
contas, levando a uma responsabilidade dos governantes: Os 
representantes não podem se apoderar do patrimônio que é de todos, 
nem geri-los como bem entenderem. Devem promover uma gestão 
que esteja alinhada com a finalidade do bem comum. 
4- Separação das funções do Poder Político entre diferentes 
agentes. 
Observações: 
1- O art. 2º dos ADCT dispõe: "no dia 7 de setembro de 1993 o 
eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou 
monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo 
ou presidencialismo) que devem vigorar no País". O plebiscito 
aconteceu e definiu através do voto popular que o Brasil seria uma 
república presidencialista. 
2- A forma de governo republicana não está presente entre as 
chamadas "cláusulas pétreas" (vide CF, art. 60, §4º), ou seja, não 
está presente naquela relação das disposições que não podem ser 
abolidas (ou reduzidas) de nossa Constituição. 
3- Embora não seja uma cláusula pétrea, a forma republicana é um 
princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII), ou seja, um 
princípio que se não for observado poderá ensejarem uma 
intervenção federal. 
15. (ESAF/AFC-STN/2005) Forma de governo diz respeito ao 
modo como se relacionam os poderes, especialmente os Poderes 
Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a classificação 
dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias. 
Comentários: 
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Realmente a forma de governo é concretizada (segundo Maquiavel e 
também atualmente) nas repúblicas e monarquias, porém, a forma 
de governo é o desenho, é a maneira pela qual se dá a instituição do 
poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e 
governados. Assim, na república teremos o poder de todos e na 
monarquia o poder de apenas um. O que o enunciado falou, na 
verdade seria o conceito de "sistema de governo" (relação entre os 
órgãos). 
Gabarito: Errado. 
16. (ESAF/-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de 
organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. 
Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e 
pelo processo eleitoral periódico. 
Comentários: 
República é a forma de governo adotada pela Constituição e não a 
forma de Estado adotada, que foi a federação. 
Gabarito: Errado. 
17. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como 
características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a 
necessidade de prestação de contas pela administração pública. 
Comentários: 
Exato. Todas essas características permitem, conjuntamente que haja 
um escolha direta dos representantes, um revezamento dos 
governantes e que se demonstre que a "coisa pública" não está sendo 
apropriada por eles. 
Gabarito: Correto. 
18. (ESAF/AFC-CGU/2006) Em função da forma de governo 
adotada na Constituição de 1988, existe a obrigação de prestação de 
contas por parte da administração pública. 
Comentários: 
Isso aí. A forma de governo que adotamos foi a república o que 
implicitamente pressupõe uma administração transparente dos 
recursos públicos. 
Gabarito: Correto. 
19. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o 
Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, 
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portanto, o princípio republicano como um dos princípios 
fundamentais do Estado brasileiro. 
Comentários: 
O sistema de governo é o presidencialismo, a republica é a forma de 
governo. 
Gabarito: Errado. 
20. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a 
necessidade de legitimidade popular do presidente da República, 
razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial 
desse princípio. 
Comentários: 
República é a “coisa pública”, ou seja, pressupõe o execício do voto e 
a periodicidade das eleições. 
Gabarito: Errado. 
21. (ESAF/ENAP/2006) Como conseqüência direta da adoção do 
princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado 
brasileiro, a Constituição estabelece que a República Federativa do 
Brasil é composta pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e 
do Distrito Federal. 
Comentários: 
Trata-se de uma decorrência do federalismo e não do princípio 
republicano. 
Gabarito: Errado. 
O Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de 
distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de 
entidades autônomas (vide art. 18). Essa autonomia se manifesta 
através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 
b) Forma de Estado
O modo de exercício do poder 
político em função do território 
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Autogoverno: 
capacidade de os entes 
escolherem seus governantes 
sem interferência de outros 
entes; 
Auto-organização: 
capacidade de instituírem suas 
próprias constituições (no caso 
dos estados) ou leis orgânicas 
(no caso dos municípios e do 
DF); 
Autolegislação: 
capacidade de elaborarem suas 
próprias leis através de um 
processo legislativo próprio, 
embora devam seguir as 
diretrizes do processo em âmbito 
federal; 
Autoadministração: 
capacidade de se administrarem 
de forma independente, tomando 
suas próprias decisões executivas 
e legislativas. 
Observações: 
1- Para alguns doutrinadores não haveria a separação entre auto-
organização e autolegislação. 
2- Estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, 
que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da 
República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o 
Estado brasileiro possui nos limites do seu território, não se su-
jeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e 
tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito 
internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República 
Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes 
internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o 
verdadeiro titular da soberania. 
3- Nem mesmo o ente federativo "União" possui soberania, a União 
possui apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e 
Municípios. A República Federativa do Brasil é única soberana e que 
se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito 
internacional. 
Estados simples X Estados complexos: 
Um Estado pode se desenhar territorialmente com o reconhecimento 
ou não de autonomias regionais. Quando houver repartições regionais 
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dotadas de autonomia, estaremos diante de um Estado complexo ou 
composto. Quando não houver autonomias regionais com poder de se 
auto-organizarem, estaremos diante de um estado simples ou 
unitário. 
Os estados complexos são basicamente as federações e as 
confederações (embora existam outros tipos menos comuns como a 
União real ou União Pessoal). 
Federação x Confederação: Em uma federação temos um Estado 
fracionado em unidades autônomas. Nas confederações as unidades 
não são simplesmente autônomas, elas são soberanas. Assim, a 
federação é uma união indissolúvel, ou seja, os entes não têm o 
direito de secessão. Já nas confederações, os Estados podem se 
separar do bloco. 
Características da nossa federação: 
1. Indissolubilidade: Pelo fato de os entes não possuírem o 
direito de secessão. 
2. Cláusula Pétrea Expressa: A Constituição expressamente 
protegeu a forma federativa de estado como uma cláusula pétrea 
(CF, art. 60§4º), impedindo assim que uma emenda constitucional 
possa vir a dissolver a federação ou ofender o pacto federativo 
(autonomia dos entes federados); 
3. Federação por segregação, ou movimento centrífugo: 
diferentemente do EUA, onde haviam vários Estados que se 
"agregaram" (movimento centrípeto) para formar o país, no Brasil 
tinha-se apenas um Estado que se desmembrou em outros. 
4. Federalismo de 3º grau: até a promulgação da 
Constituição Brasileira de 1988, os Municípios não possuíam 
autonomia, tínhamos, então, um federalismo de 2º grau, formado 
apenas pelas esferas federal e estadual. Após a promulgação da 
Constituição vigente, o país passou a ter um federalismo de 3º grau, 
reconhecendo os Municípios como autônomos e, assim, adotando 
uma espécie bem peculiar de federação. OBS- Alguns autores, 
embora usem o mesmo motivo exposto, classificam o federalismo 
brasileiro como “2º grau” e não “3º grau”. 
5. Federalismo cooperativo: existe uma repartiçãode 
competências de forma que cada ente federativo irá contribuir para a 
finalidade do Estado, havendo a previsão de competências que são 
comuns a todos, além de colaborações técnicas e financeiras para a 
prestação de alguns serviços públicos, e repartição das receitas 
tributárias. 
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22. (ESAF/AFC-STN/2005) A divisão fundamental de formas de 
Estados dá-se entre Estado simples ou unitário e Estado composto ou 
complexo, sendo que o primeiro tanto pode ser Estado unitário 
centralizado como Estado unitário descentralizado ou region-
al. Comentários: 
Segundo a doutrina, os Estados se dividem territorialmente de duas 
maneiras: 
Estados simples ou unitários, que podem ser basicamente: 
o Centralizados ou puros; 
o Descentralizados; 
o Desconcentrados; 
Estados compostos ou complexos, que podem ser 
basicamente: 
o União pessoal; 
o União Real; 
o Confederação; ou 
o Federação. 
Gabarito: Correto. 
23. (ESAF/AFTE-RN/2005) O Estado unitário distingue-se do 
Estado federal em razão da inexistência de repartição regional de 
poderes autônomos, o que não impede a existência, no Estado 
unitário, de uma descentralização administrativa do tipo autárquico. 
Comentários: 
A descentralização adminitrativa para se formar a adminis-
tração 
indireta não rompe com o unitarismo do Estado, o qual só é 
prejudicado quando ocorre uma descentralização política formando
se entes federativos autônomos. 
Gabarito: Correto. 
24. (ESAF/AFTE-RN/2005) Em um Estado federal temos sempre 
presente uma entidade denominada União, que possui personalidade 
jurídica de direito público internacional, cabendo a ela a 
representação do Estado federal no plano internacional. Comentári-
os: 
Entendemos que a existência de um poder central é 
imprescindível 
para se formar uma federação, já que é ele o responsável pela 
ponderação dos interesses dos diversos membros da federação. O 
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erro da questão está em afirmar que a União é pessoa jurídica de 
direito internacional, quando na verdade é de direito público interno. 
Gabarito: Errado. 
25. (ESAF/AFC-CGU/2006) Não é elemento essencial do princípio 
federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e as 
coletividades regionais autônomas. 
Comentários: 
A questão é um pouco mal formulada. Em síntese devemos observar 
que a federação é caracterizada por um poder central - a nossa União 
Federal – e os entes políticos regionais autônomos – Estados. Chamar 
o poder central de União é uma particularidade do ordenamento 
brasileiro, porém, nesta questão, a contrário sensu, podemos inferir 
que o pensamento ESAF é o seguinte: É elemento essencial do 
princípio federativo a existência de dois tipos de entidade - a União e 
as coletividades regionais autônomas. 
Gabarito: Errado. 
A democracia mista ou semi-direta foi eleita como o regime 
político brasileiro (vide preâmbulo e art. 1º), assim, quem é 
responsável por reger a política brasileira é o povo, o detentor do 
poder, que direciona as ações do governo de duas formas: 
1- Diretamente, através do uso do plebiscito, referendo e da 
iniciativa popular, ou 
2- Indiretamente, através dos representantes eleitos pelo próprio 
povo. 
26. (FCC/TCE-CE/2006) Democracia semidireta é aquela que se 
caracteriza pela eleição de representantes do povo, por meio do voto, 
dotada de mecanismos de participação popular direta, como o 
plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. 
Comentários: 
A democracia mista ou semi-direta é o regime político adotado pelo 
Brasil e caracteriza-se justamente pelo fato de os governantes serem 
c) Regime Político
Sem conceito pacífico na doutrina. 
Dizemos que é a forma pela qual se 
dá a "regência" das decisões 
políticas do Estado. 
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eleitos para representar o povo, e em nome dele exercerem o Poder. 
Porém, o povo resguarda uma parcela do exercício que se dará 
através de: 
• Plebiscito (Consulta popular antes de se fazer algo); 
• Referendo (Consulta popular para ratificar ou não algo que já 
foi feito); e 
• Iniciativa Popular (Propositura de leis ordinárias e 
complementares através da iniciativa dos próprios cidadãos que 
subscrevem o projeto de lei). 
Gabarito: Correto. 
Existem basicamente dois sistemas de governo: o presidencialismo 
e o parlamentarismo. 
No Presidencialismo, o Poder Executivo tem uma grande 
independência em relação ao Legislativo. No parlamentarismo ocorre 
uma maior dependência entre estes poderes já que eles atuam em 
colaboração. 
Chefe de Estado 
É o membro do Poder Executivo 
que exerce o papel de 
representante do Estado, 
principalmente no âmbito 
externo, mas também como 
representante moral perante o 
povo, no âmbito interno. 
Chefe de Governo 
É o membro do Poder Executivo 
responsável por chefiar o 
governo, ou seja, a direção das 
políticas públicas em âmbito 
interno. 
No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. O Presidente tem 
em suas mãos tanto a chefia de Estado quanto a chefia de governo. 
d) Sistema de 
Governo 
modo através do qual se relacionam 
os órgãos dos Poderes do Estado 
(especialmente Executivo e 
Legislativo). 
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No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. Existe uma 
pessoa como o chefe de Estado e outra como chefe de governo 
27. (ESAF/TCU/2006) Imagine que uma certa constituição 
disponha que o exercício das funções do Poder Executivo é dividido 
entre um Chefe de Estado e um Chefe de Governo. Este último é 
escolhido entre os integrantes do Poder Legislativo e depende da 
vontade da maioria do parlamento para se manter no cargo. De seu 
turno, em certas circunstâncias, o Executivo pode dissolver o 
Legislativo, convocando novas eleições. A partir dessas 
considerações, é certo dizer: 
a) Uma tal constituição, pelas características acima delineadas, 
introduz a forma federativa de Estado. 
b) Um Estado-membro no Brasil poderia, se quisesse, adotar o 
mesmo regime referido no enunciado da questão. 
c) De uma constituição como a referida pode-se afirmar, com 
segurança, que se classifica como uma constituição flexível, 
instituindo um regime tipicamente antidemocrático, na medida em 
que permite um autêntico golpe de Estado (a dissolução do 
parlamento pelo Executivo). 
d) A constituição aludida assumiu característica própria de regime 
parlamentarista, em que a separação entre os poderes do Estado não 
costuma ter a mesma rigidez do regime presidencialista. 
e) De acordo com a informação dada, a norma constitucional referida 
consagra regime parlamentarista, Estado unitário e apresenta 
característica de constituição flexível. 
Comentários: 
Letra A - Estado federal, não tem nada haver com isso. Trata-se de 
um Estado cujo modo de distribuição geográfica do poder político se 
da com a formação de entidades autônomas. 
Letra B - Os Estados-membros, embora tenham auto-organização, 
esta sofre limites, reconhecidos pela Jurisprudência e pela Doutrina, 
além de ter de observar certas diretrizes. Pelo princípio da simetria 
federativa, impõe então uma obrigatoriedade para que o Estado 
observe certos princípiosfundamentais da Constituição, e um deles, 
de observância obrigatória, é o sistema de governo, que deve ser nos 
moldes do "presidencialismo", sendo o Governador o chefe do 
Executivo estadual. É completamente vedado que um Estado ou 
Município escolha o parlamentarismo como seu sistema de governo. 
Letra C - Viagem pura! Constituição flexível é aquela que o 
procedimento para alterar seu texto é simples, o mesmo do 
estabelecido para as leis ordinárias. 
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Letra D - Agora sim, perfeito. Estas são as características de um 
regime parlamentarista. 
Letra E - Está correto em falar de parlamentarismo, porém, não 
existe elementos suficientes para que se fale em Estado Unitário e 
Constituição flexivel. 
Gabarito: Letra D. 
28. (ESAF/AFTE-RN/2005) Sistema de governo pode ser 
definido como a maneira pela qual se dá a instituição do poder na 
sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. 
Comentários: 
O enunciado nos traz a definição de forma de governo, República ou 
Monarquia, assim se definirá se o governo estará na mão de uma 
pessoa (Monarquia, Mono = um), ou se estará na mão de todos 
(República, res publica = coisa pública). Falar em sistema de governo 
é falar em "relações entre órgãos (Poderes)" - lembra do sistema 
respiratório e etc.? 
Gabarito da questão é errado. 
29. (ESAF/AFTE-RN/2005) O presidencialismo é a forma de 
governo que tem por característica reunir, em uma única autoridade, 
o Presidente da República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo. 
Comentários: 
Eita!... quanta maldade! 
Temos em países parlamentaristas uma chefia dualista: O Presidente 
ou Monarca é o chefe de Estado e o Primeiro-Ministro é o chefe de 
governo. 
O Brasil é um país presidencialista. Isso acontece conosco? Não, pois 
no presidencialismo a chefia de governo e de Estado estão juntas na 
mão do Presidente. 
Ora, então está correto dizer que "O presidencialismo (...) tem por 
característica reunir, em uma única autoridade, o Presidente da 
República, a Chefia do Estado e a Chefia do Governo"? Sim. 
A questão, porém, está correta? Não! Por que Vítor? 
Ora, aí entra a maldade da banca. Presidencialismo é sistema de 
governo e não forma de governo. Forma de governo é república ou 
monarquia. 
Gabarito da questão é errado. 
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30. (ESAF/AFRF/2001) De uma Constituição que adota uma chefia 
dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo, 
em que a permanência deste no cargo depende da confiança do 
Poder Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do 
presidencialismo. 
Comentários: 
Esta é a característica típica do parlamentarismo. 
Gabarito: Errado. 
31. (ESAF/AFC-CGU/2004) Em um Estado Parlamentarista, a 
chefia de governo tem uma relação de dependência com a maioria do 
Parlamento, havendo, por isso, uma repartição, entre o governo e o 
Parlamento, da função de estabelecer as decisões políticas 
fundamentais. 
Comentários: 
No parlamentarismo temos a separação entre chefia de governo e 
chefia de Estado. A chefia de governo geralmente exercida pelo 
primeiro-ministro é essencialmente dependente do parlamento. 
Gabarito: Correto. 
Estado Democrático de Direito: 
O Estado democrático de direito é a fase atual da evolução dos 
Estados. 
Primeiramente, com a Revolução Francesa instala-se o que 
chamamos de "Estado de Direito" ou "Estado Liberal de Direito". O 
Estado é de direito pois se submete aos comandos da lei. 
O Estado Liberal de Direito era um Estado "individualista", ou seja, 
preocupava-se com as liberdades individuais. O conceito de liberdade 
e igualdade, neste tipo de Estado, porém, era deturpado, pois o 
indivíduo era visto como um ser abstrato, "ideal", ignoravam-se as 
disparidades reais e diferenças econômicas, sociais e culturais entre 
eles. Desta forma, o Estado Liberal de Direito cometeu diversas 
injustiças pois preocupava-se apenas com a formalidade das 
liberdades, as declarações eram generalistas e abstratas. 
Surge então um Estado Social de Direito, ou Estado Material de 
Direito. Agora, preocupa-se não somente com a formalidade das 
liberdades, mas também em dotar os indivíduos de reais condições 
para exercê-las e realizar uma justiça social. Este Estado tentava 
compatibilizar o sistema capitalista com o Estado do bem-estar social 
(Welfare State). 
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Acontece que tanto o Estado Liberal de Direito quanto o Estado Social 
de Direito nem sempre eram caracterizados com um "Estado 
Democrático", ou seja, aquele Estado fundado na Soberania Popular e 
que teria o povo como regente dos rumos do país. Inclusive, o Estado 
Social de Direito recebia críticas de que se estaria usando a política 
do bem-estar social para encobrir uma exploração capitalista ainda 
mais cruel. 
Assim temos o surgimento do Estado Democrático de Direito. 
O Estado de Direito se funda no princípio basilar da "legalidade". O 
Estado Democrático de Direto continua a ter a "legalidade" como 
base, mas esta legalidade não serve apenas para limitar o poder do 
Estado, mas serve de instrumento de transformação da sociedade 
devendo estar apoiada na soberania popular, no pluralismo de 
idéias, no respeito aos direitos fundamentais e na realização 
da justiça social (democracia social, econômica, cultural e 
política). 
J. Afonso da Silva, então, nos ensina que o termo "Estado 
Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado 
de Direito" com "Estado Democrático". Podemos inferir que estamos 
diante de um Estado pautado na justiça social, e cujas leis refletem a 
finalidade de alcançar o bem comum. 
De acordo com o referido autor, teríamos os seguintes "princípios" 
do Estado Democrático de Direito e a sua tarefas fundamental: 
a) Princípio da Constitucionalidade - A Constituição rígida é a 
norma superior e legitimada pela vontade popular, devendo ser 
respeitada. 
b) Princípio democrático - A democracia deve ser representativa e 
participativa (democracia mista), além de pluralista com respeito 
as minorias. 
c) Sistema de direitos fundamentais. 
d) Princípio da Justiça Social. 
e) Princípio da igualdade - que deve ser a busca pela igualdade 
material (tratar de forma desigual os desiguais na medida de suas 
desigualdades) e não apenas uma igualdade formal. 
f) Princípio da divisão dos poderes. 
g) Princípio da legalidade 
h) Princípio da Segurança Jurídica. 
Tarefa fundamental = Superar as desigualdades sociais e 
regionais e instaurar um regime democrático que realize a justiça 
social. 
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Alexandre de Moraes ainda adverte que não se consegue conceitu-
ar 
um verdadeiro Estado democrático de direito sem a existência de um 
Poder Judiciário autônomo e independente, para que exerça sua 
função de guardião das leis e garantidor da ordem na estru-
tura 
governamental republicana. 
Lembrem-se ainda que a Constituição adotou expressamente como os 
fundamentos do Estado Democrático de Direito no qual se constitui 
a República Federativa do Brasil: � 
a soberania; 
� a cidadania; 
� a dignidade da pessoa humana; 
� os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; �
o pluralismopolítico. 
Vamos resolver as questões: 
32. (ESAF/AFT/2006) A concretização do Estado Democrático de 
Direito como um Estado de Justiça material contempla a efetiva 
implementação de um processo de incorporação de todo o povo 
brasileiro nos mecanismos de controle das decisões. 
Comentários: 
Estado de justiça material é aquela superação do generalismo e 
formalismo do Estado de Direito a qual se une a efetiva democracia 
com todo o povo participando da regência política. 
Gabarito: Correto. 
33. (ESAF/AFC-CGU/2006) O pluralismo político, embora 
desdobramento do princípio do estado Democrático de Direito, não é 
um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Comentári-
os: 
Acertou-se ao dizer que o pluralismo político é um desdobramento do 
Estado Democrático de Direito. Porém, errou-se ao dizer que ele não 
é um fundamento da República Federativa do Brasil. 
Gabarito: Errado. 
34. (ESAF/Técnico da Receita Federal/2006) Segundo a 
doutrina, não se constitui em um princípio do Estado Democrático de 
Direito o princípio da constitucionalidade, o qual estaria ligado apenas 
à noção de rigidez constitucional. 
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Comentários: 
Nós vimos que o princípio da Constitucionalidade é um princípio do 
Estado Democrático de Direito. 
Gabarito: Errado. 
35. (ESAF/Auditor da Receita Federal/2006) Segundo a 
doutrina, o princípio do Estado Democrático de Direito resulta da 
reunião formal dos elementos que integram o princípio do Estado 
Democrático e o princípio do Estado de Direito. 
Comentários: 
Vimos que de acordo com José Afonso da Silva o termo "Estado 
Democrático de Direito" é mais que a mera junção formal do "Estado 
de Direito" com "Estado Democrático", o que nos leva a um Estado 
pautado na justiça social, e cujas leis refletem a finalidade de 
alcançar o bem comum. 
Gabarito: Errado. 
36. (ESAF/APO-MPOG/2005) O conteúdo do princípio do estado 
democrático de direito, no caso brasileiro, não guarda relação com o 
sistema de direitos fundamentais, uma vez que esse sistema possui 
disciplina própria no texto constitucional. 
Comentários: 
O sistema de direitos fundamentais é um princípio do Estado 
democrático de direito. 
Gabarito: Errado. 
37. (FESAG/Analista do TRE-ES/2005) Um dos pilares do 
Estado Democrático de Direito é a divisão das funções estatais, 
consagrada pela doutrina constitucional sob a denominação "Princípio 
da Separação dos Poderes". Nesse sentido, a Independência dos 
Poderes importa que, entre outras características, a investidura e a 
permanência das pessoas num dos órgãos do governo não dependam 
da confiança e nem da vontade dos outros. 
Comentários: 
Exatamente! Lembramos que a questão está falando da "regra", já 
que existem exceções sobre a questão da nomeação de membros dos 
poderes, como a nomeação dos ministros do STF serem feitas pelo 
Presidente da República após aprovação do Senado Federal. 
Gabarito: Correto. 
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38. (OAB/OAB-MG/2005) São características essenciais do 
paradigma "Estado Democrático de Direito", EXCETO: 
a) vinculação dos atos estatais à Constituição. 
b) consolidação do Estado Mínimo. 
c) vinculação do legislador à Constituição. 
d) afirmação do princípio da soberania popular. 
Comentários: 
O erro está somente na letra B, já que Estado Mínimo (Estado que se 
preocupa em prover somente os serviços essenciais como segurança 
pública e etc.) não tem nada haver com Estado Democrático de 
Direito. 
Gabarito: Letra B. 
39. (ESAF/Técnico MPU/2004) Como decorrência da adoção do 
princípio do Estado Democrático de Direito, temos o princípio da 
independência do juiz, cujo conteúdo relaciona-se, entre outros 
aspectos, com a previsão constitucional de garantias relativas ao 
exercício da magistratura. 
Comentários: 
Vimos que não se consegue um verdadeiro Estado democrático de 
direito sem a existência de um Poder Judiciário autônomo e 
independente, para que exerça sua função de guardião das leis e 
garantidor da ordem na estrutura governamental republicana. Assim, 
as garantias da magistratura se fundam no Estado Democrático de 
Direito e na Soberania Popular. 
Gabarito: Correto. 
Tripartição funcional do poder: 
CF, art. 2º. São Poderes da União, independentes e 
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o 
Judiciário. 
1- Esta é uma cláusula pétrea, não pode ser abolida (ou reduzida) de 
nossa Constituição. 
2- Este artigo mostra que ao mesmo tempo em que os Poderes são 
independentes, são também harmônicos entre si, o que forma o 
chamado “sistema de freios e contrapesos” (check and balances), 
onde um Poder vai sempre atuar de forma a impedir o exercício 
arbitrário na atuação do outro. 
Exemplos de "freios e contrapesos" são vários na Constituição: o 
poder de veto exercido pelo Presidente aos projetos de lei, a 
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necessidade de aprovação do Senado para que o Presidente possa 
nomear certas autoridades (elencadas pela Constituição), o 
controle que o Judiciário exerce sobre atos públicos que violem os 
dispositivos da Constituição ou das leis, entre outros. 
3- Decorrente do sistema de freios e contrapesos, tem-se também a 
formação, em cada Poder, das funções típicas e atípicas. As típicas 
seriam aquelas precípuas de cada um; as atípicas seriam as funções 
que seriam precípuas de outro Poder. 
Poder Função típica Função Atípica
Executivo Administrar Julgar e Legislar
Legislar e fiscalizar através do 
Legislativo
controle externo 
Julgar e 
Administrar 
Judiciário Julgar 
Legislar e 
Administrar 
Embora a Constituição tenha elencado 3 Poderes do Estado, seguindo 
a famosa teoria da "separação dos poderes" de Montesquieu, 
atualmente o uso do termo "separação dos poderes" ou "divisão dos 
poderes" é alvo de críticas. O Poder do Estado para a doutrina 
majoritária é apenas um (unicidade do poder político), e assim como 
a sua soberania, é indelegável (o interesse do povo não pode ser 
usurpado) e imprescritível (não se acaba com o tempo). Desta forma, 
o que se separa ou se divide não é o Poder do Estado (Poder Político) 
e sim as funções deste Poder, daí termos a aplicação da expressão 
"tripartição funcional do Poder" (ou "distinção das funções do poder"). 
O Poder a que nos referimos, é o Poder Político, que continua uno, 
porém, exercido através das funções executiva, legislativa e 
judiciária. Lembrando que o titular deste Poder é o povo, e os 
agentes ao exercerem cada uma destas funções devem agir em nome 
do povo. É oportuno que relembremos agora as características do 
Poder Político: 
� Unicidade - Ele é apenas um, indivisível. Impede-se, assim, que 
haja conflitos ou fracionamentos criando interesses diversos 
daquele que é o real interesse do povo. 
� Titularidade do Povo - "Todo o poder emana do povo" - O povo 
é o titular da soberania e são os seus interesses que irão 
prevalecer. 
� Imprescritibilidade - Este poder é permanente, não se acaba 
com o tempo. 
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� Indelegabilidade - O povo não pode abrir mão de seu poder. 
Embora haja representantes, estes sempre agem em nome do 
seu povo. 
Peculiaridades das funções do Poderno sistema atual: 
Embora a Constituição Federal tenha adotado o poder político com 
suas funções distribuídas por “três Poderes”, a realidade se mostra 
mais complexa. A existência no Brasil do Ministério Público e dos 
Tribunais de Contas, por si, já é suficiente para relativizar esta 
tripartição. Embora, não seja um consenso, nem nos parece viável, a 
existência de um “quarto poder” 1 , achamos correto, ao menos, 
aceitar a existência de uma “quarta função do poder político”, assim, 
tais órgãos (MP e Tribunal de Contas) poderiam estar enquadrados 
em uma chamada “função fiscalizatória”2. 
A função legislativa, poderia ainda estar dividida em espécies: 
legislativa constitucional, legislativa ordinária e a normativa 
infralegal. 
Na função executiva, poderíamos ainda distinguir 3 a “função 
administrativa propiramente dita” que é basicamente a gestão da 
máquina pública, da “função de governo” que seria a função política, 
exercendo o direcionamento das políticas públicas e funções 
colegislativas (sanção, promulgação e publicação das leis). 
Jurisprudência: 
• Segundo o STF, os mecanismos de freios e contrapesos 
estão previstos na Constituição Federal, sendo vedado à 
Constituição Estadual inovar criando novas hipóteses de 
interferências de um poder em outro (ADI 3046). 
• Também se configura inconstitucional novas exigências de 
aprovações, como, por exemplo, a não observância do prazo 
de 15 dias – art. 83, CF – para a necessidade de licença pela 
Assembléia Legislativa para que o Governador ou Vice venha 
se ausentar do país (ADI 738). 
• Ofende o princípio da independência e harmonia entre os 
poderes, sendo assim, inconstitucional a norma que 
subordina convênios, acordos, contratos e atos de 
 
1 Tese que não é majoritariamente aceita. 
2 Como também entende José Luiz Quadros Magalhães, em MAGALHÃES, José Luiz 
Quadros de. A teoria da separação de poderes. Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 
489, 8 nov. 2004. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/5896>. 
Acesso em: 11 abr. 2011. 
3 Como também faz José Afonso da Silva – Curso de Direito Constitucional Positivo. 
33ª Ed., pg. 645. 
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Secretários de Estado à aprovação da Assembléia Legislativa 
(ADI 676). 
40. (ESAF/CGU/2004) O poder político de um Estado é 
composto pelas funções legislativa, executiva judicial e tem por 
características essenciais a unicidade, a indivisibilidade e a 
indelegabilidade. 
Comentários: 
É a tripartição funcional clássica adotada pela Constituição Federal de 
1988 em uma visão atual, onde destaca-se a unicidade do Poder 
Político ocorrendo apenas uma atribuição das suas funções 
(executiva, legislativa e judiciária) aos Poderes do Estado. 
Gabarito: Correto. 
41. (ESAF/ATA-MF/2009) A divisão funcional do poder é, mais 
precisamente, o próprio federalismo. 
Comentários: 
O federalismo é uma repartição geográfica, e de acordo com a 
predominância do interesse (interesse nacional – União-, interesse 
regional – Estados -, e interesse local - Municípios). A questão trata 
da repartição funcional entre Executivo, Legislativo e Judiciário, logo, 
está incorreta. 
Gabarito:Errado. 
42. (ESAF/AFT/2006) Segundo a doutrina, "distinção de funções 
do poder" e "divisão de poderes" são expressões sinônimas e, no 
caso brasileiro, é um dos princípios fundamentais da República 
Federativa do Brasil. 
Comentários: 
A doutrina repudia o nome “divisão” ou “separação” do poder, já que 
o Poder Estatal é uno, indivisível. Assim, o correto seria apenas a 
triparição "funcional" do poder. 
Gabarito: Errado. 
43. (ESAF/AFTE-RN/2005) A adoção do princípio de separação 
de poderes, inspirado nas lições de Montesquieu e materializado na 
atribuição das diferentes funções do poder estatal a órgãos 
diferentes, afastou a concepção clássica de que a unidade seria uma 
das características fundamentais do poder político. 
Comentários: 
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O poder do Estado é uno e indivisível, tal como a sua soberania. Essa 
unidade, no entanto, não conflita com a atribuição de funções 
conferida a cada um dos poderes do Estado, que juntos acabam por 
materializar esta unidade. Ou seja, o que se divide não é o poder 
(interesse do povo) e sim as suas funções. 
Gabarito: Errado. 
44. (ESAF/MRE/2004) O exercício de uma das funções do poder 
político do Estado por um determinado órgão se dá sob a forma de 
exclusividade, com vistas à preservação do equilíbrio no exercício 
desse poder. 
Comentários: 
Não há exclusividade no exercício da função, já que existem funções 
que são típicas de um poder e acabarão por se tornar funções atípicas 
de outros. 
Gabarito: Errado. 
45. (ESAF/MRE/2004) É característica fundamental do poder 
político do Estado ser ele divisível, o que dá origem às três funções 
que serão atribuídas a diferentes órgãos. 
Comentários: 
A tripartição do poder não pode ser encarada como uma divisão do 
poder político, e sim como o exercício funcional de cada uma de suas 
facetas. O poder político é uno, indivisível e inalienável. 
Gabarito: Errado. 
46. (ESAF/AFC-STN/2005) A função executiva, uma das funções 
do poder político, pode ser dividida em função administrativa e 
função de governo, sendo que esta última comporta atribuições 
políticas, mas não comporta atribuições co-legislativas. 
Comentários: 
Entendemos que a função executiva se divide na “função 
administrativa” e na “função de governo”. A função administrativa é 
basicamente a gestão da máquina pública enquanto a função de 
goveno seria a função política, exercendo o direcionamento das 
políticas públicas além das funções co-legislativas (sanção, 
promulgação e publicação das leis). 
Gabarito: Errado. 
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47. (ESAF/ SEFAZ-CE/2007) A Constituição Federal de 1988 
prevê independência e harmonia entre os Poderes Legislativo, 
Executivo e Judiciário. Logo, se o Poder Judiciário determinar que 
algum órgão administrativo adote providências em virtude de 
decisão judical, estaria o Poder Judiciário ferindo o princípio da 
independência dos poderes. 
Comentários: 
Os Poderes são independentes, porém harmônicos, e esse poder 
“correicional” que o Judiciário exerce é justamente uma das facetas 
do que chamamos de sistemas de “freios e contrapesos”, o que não 
fere a independência dos poderes. 
Gabarito: Errado. 
48. (ESAF/ MTE/2006) O exercício da função jurisdicional, uma 
das funções que integram o poder político do Estado, não é exclusivo 
do Poder Judiciário. 
Comentários: 
Ela também representa função atípica dos outros poderes. 
Gabarito: Correto. 
49. (ESAF/MRE/2004) O princípio da separação de poderes, 
previsto no art. 2º, da Constituição Federal, assegura a 
independência absoluta entre o Poder Legislativo, o Poder Executivo e 
o Poder Judiciário. 
Comentários: 
Os Poderes são independentes, porém harmônicos entre si, o que faz 
com que não se possa falar em "independência absoluta". 
Gabarito: Errado. 
CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DOS PRINCÍPIOS 
FUNDAMENTAIS: 
O prof. José Afonso da Silva, citando a doutrina do prof. Canotilho, 
classifica os Princípios Fundamentais como podendo ser relativos: 
(a) à existência, forma, estrutura e tipo de Estado - São aqueles 
que estão no art. 1º definindoa República Federativa do Brasil 
(Estado Federal), com Soberania, e sendo um Estado Democrático de 
Direito; 
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(b) à forma de governo e à organização dos Poderes – É a 
definição do Brasil como uma República (art. 1º) e seus poderes 
sendo independentes e harmônicos entre si (art. 2º); 
(c) à organização da sociedade – São os princípios do art. 3º I, 
que estabelece a sociedade com uma organização livre, justa e 
solidária; 
(d) ao regime político – Por sermos uma democracia, aqui se 
enquadram os princípios da cidadania, dignidade da pessoa humana, 
pluralismo político e, conforme o art. 1º parágrafo único, os princípios 
da soberania popular, representação política e participação popular 
direta; 
(e) à prestação positiva do Estado – Estão no art. 3º, II, III e VI 
da Constituição, são aqueles princípios que direcionam o Estado a 
agir ativamente para serem alcançados: independência e 
desenvolvimento nacional, justiça social (erradicar a pobreza e a 
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais) e não 
discriminação (promover o bem de todos, sem preconceitos de 
origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 
discriminação); e 
(f) à comunidade internacional – São todos aqueles que estão no 
art. 4º da Constituição, orientando a postura do Brasil em suas 
relações internacionais. 
50. (ESAF/AFC-CGU/2006) Sobre os princípios fundamentais na 
Constituição Federal de 1988, assinale a única opção correta. 
a) Não é elemento essencial do princípio federativo a existência de 
dois tipos de entidade - a União e as coletividades regionais 
autônomas. 
b) Rege a República Federativa do Brasil, em suas relações 
internacionais, o princípio da livre iniciativa. 
c) O pluralismo político, embora desdobramento do princípio do 
estado Democrático de Direito, não é um dos fundamentos da 
República Federativa do Brasil. 
d) O princípio republicano tem como características essenciais: a 
eletividade, a temporariedade e a necessidade de prestação de 
contas pela administração pública. 
e) É um dos objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, expresso no texto constitucional, a garantia do 
desenvolvimento nacional e a busca da auto-suficiência econômica. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Entendemos que toda a federação deve ter um 
poder central - este poder, em nosso país é chamado de União - para 
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que este possa agir em áreas de interesse nacional e também possa 
harmonizar possíveis conflitos entre as entidades autônomas 
regionais. 
Letra B - Errada. A Livre iniciativa é um "fundamento" da República 
constante no art. 1º, não um princípio das relações internacionais que 
encontramos no art. 4º. 
Letra C - Errada. Ele é um fundamento, já que está elencado na 
relação do art. 1º da Constituição Federal. Alternativa também está 
incorreta. 
D- É a alternativa correta. Quer saber por quê? Ora, se estamos 
falando de uma República (res publica = coisa pública) é porque a 
"coisa" pertence a todos. A forma de organizar o governo, é com este 
estando nas mãos do seu povo, ou seja, o governo será exercido por 
representantes do povo e deverá ter como características: 
a) Temporariedade; 
b) Eletividade; 
c) Responsabilidade dos governantes; 
d) Transparência na gestão pública e prestação de contas. 
Todas essas características permitem, conjuntamente que haja um 
escolha direta dos representantes, um revezamento dos governantes 
e que se demonstre que a "coisa pública" não está sendo apropriada 
por eles. 
Letra E - Errado. O erro consiste no fato de que a busca da auto-
suficiência não está elencada no art. 3º como um objetivo 
fundamental. 
Gabarito: Letra D. 
Pronto pessoal!!! Por hoje é só... 
Excelente estudo a todos. 
Grande abraço. 
Vítor Cruz e rodrigo Duarte 
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Pontos importantes a serem fixados: 
FUNDAMENTOS (art. 1º): 
(So-Ci-Di-Val-Plu) 
� soberania; �
cidadania; 
� dignidade da pessoa humana; �
valores sociais do trabalho e 
da livre iniciativa; �
pluralismo político. 
OBJETIVOS FUNDAMENTAIS 
(art. 3º): 
� Construir uma sociedade livre, 
justa e SOLIDÁRIA; 
� Garantir o desenvolvi-
mento nacional; 
� ERRADICAR a pobreza e a 
marginalização e REDUZIR as 
desigualdades sociais e 
regionais; e 
� Promover o bem de todos, 
sem preconceitos de origem, 
raça, sexo, cor, idade e 
quaisquer outras formas de 
discriminação. 
PRINCÍPIOS QUE REGEM AS 
RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
(art. 4º): 
(in-pre-auto-não-igual-defe-
so-re-co-co) 
� independência nacional; 
� prevalência dos direitos 
humanos; 
� autodeterminação dos povos; �
não intervenção; 
� igualdade entre os Estados; �
defesa da paz; 
� solução pacífica dos conflitos; �
repúdio ao terrorismo e ao 
racismo; 
� cooperação entre os povos 
para o progresso da 
humanidade; 
� concessão de asilo político. 
OBJETIVO DO BRASIL NO 
PLANO INTERNACIONAL(art. 
� Buscar a integração política, 
econômica, social e cultural 
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4º, §único): entre os povos da AMERICA 
LATINA, visando formar uma 
sociedade LATINO-
AMERICANA de nações. 
Classificação da República Federativa do Brasil: 
Forma de Governo: República 
Forma de Estado: Federação 
Regime de Governo ou 
Político: 
Democracia (mista ou semi-
direta) 
Sistema de Governo: Presidencialismo (art. 84 da CF) 
• Características da Monarquia: Vitaliciedade e 
hereditariedade; 
• Características da República: Temporariedade dos 
mandados; Eletividade dos cargos políticos; Transparência na 
gestão pública, através de prestação de contas, levando a uma 
responsabilidade dos governantes. 
Chefe de Estado 
É o membro do Poder Executivo 
que exerce o papel de 
representante do Estado, 
principalmente no âmbito 
externo, mas também como 
representante moral perante o 
povo, no âmbito interno. 
Chefe de Governo 
É o membro do Poder Executivo 
responsável por chefiar o 
governo, ou seja, a direção das 
políticas públicas em âmbito 
interno. 
• No presidencialismo, temos a unicidade da chefia. 
• No parlamentarismo, temos uma dualidade de chefia. 
Tarefa fundamental do Estado Democrático de Direito - Superar 
as desigualdades sociais e regionais e instaurar um regime 
democrático que realize a justiça social. 
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A tripartição funcional do Poder é uma cláusula pétrea e suas funções 
podem ser: 
Poder Função típica Função Atípica
Executivo Administrar Julgar e Legislar
Legislar e fiscalizar através do 
Legislativo controle externo 
Julgar e 
Administrar 
Judiciário Julgar 
Legislar e 
Administrar 
LISTA DAS QUESTÕES DA AULA: 
1. (ESAF/Advogado-IRB/2006 - Adaptada) Segundo a 
doutrina, os princípios político-constitucionais são materializados 
sob a forma de normas-princípio, as quais, freqüentemente, são 
desdobramentos dos denominados princípios fundamentais. 
2. (ESAF/Analista-SUSEP/2010 - Adaptada) Muito se temfalado acerca dos princípios constitucionais. Sobre tais princípios, é 
correto afirmar que: 
a) É correto dizer que há distinção entre os princípios constitucionais 
fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional. 
b) as normas-sínteses ou normas-matrizes não têm eficácia plena e 
aplicabilidade imediata. 
c) os princípios jurídico-constitucionais não são princípios 
constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros 
desdobramentos dos princípios fundamentais. 
d) quando a Constituição prevê que a ordem econômica e social tem 
por fim realizar a justiça social, não estamos diante de uma norma-
fim, por não abranger todos os direitos econômicos e sociais, nem a 
toda a ordenação constitucional. 
3. (ESAF/Analista - MI/ 2012) Sobre os princípios 
fundamentais da República Federativa do Brasil de 1988, é incorreto 
afirmar que 
a) a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel 
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. 
b) a República Federativa do Brasil tem como um dos seus 
fundamentos o monismo político. 
c) a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado 
Democrático de Direito. 
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d) se constituiu como um dos objetivos fundamentais da República 
Federativa do Brasil erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir 
as desigualdades sociais e regionais. 
e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais, dentre outros, pelo princípio da independência 
nacional. 
4. (ESAF/PFN/2012) Sobre os princípios fundamentais da 
Constituição de 1988, é correto afirmar que 
a) a República Federativa do Brasil é formada pela união dissolúvel 
dos Estados, Municípios e Distrito Federal. 
b) são entes da Federação, dentre outros, as Regiões Metropolitanas. 
c) a União é pessoa jurídica de direito público externo. 
d) constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil, dentre outros, os valores sociais do trabalho e da livre 
iniciativa. 
e) a República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais, dentre outros, pelo princípio de repúdio ao terrorismo 
e ao racismo. 
5. (ESAF/ Analista Tributário- RFB/ 2012) A República 
Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelo 
princípio da concessão de asilo político. 
6. (FCC/ Técnico Judiciário- TRE-PR/2012) A Carta Africana 
dos Direitos do Homem e dos Povos, assinada por Estados do 
continente africano em 1981, enuncia, em seu artigo 20, que todo 
povo tem um direito imprescritível e inalienável, pelo qual determina 
livremente seu estatuto político e garante seu desenvolvimento 
econômico e social pelo caminho que livremente escolher. 
Na Constituição da República Federativa do Brasil, o teor de referido 
enunciado encontra equivalência no princípio de regência das relações 
internacionais de: 
a) repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
b) construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 
c) erradicação da pobreza e da marginalização. 
d) autodeterminação dos povos. 
e) concessão de asilo político. 
7. (FCC/ Técnico Judiciário-TRF-2ª REGIÃO/2012) Quanto às 
relações internacionais, o Brasil rege-se, segundo expressamente 
disposto no artigo 4º da Constituição Federal brasileira pelo princípio: 
a) do juiz natural. 
b) do efeito mediato. 
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c) da sucumbência 
d) da igualdade entre os Estados 
e) da concentração 
8. (CESPE/ Analista- Câmara dos Deputados/2012) Os 
princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais 
incluem a cooperação entre os povos para o progresso da 
humanidade e a concessão de asilo político. 
9. (ESAF/TFC-CGU/2008) Assinale a opção que indica um dos 
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. 
a) Valorizar a cidadania. 
b) Valorizar a dignidade da pessoa humana. 
c) Observar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) Constituir uma sociedade livre, justa e solidária. 
e) Garantir a soberania. 
10. (ESAF/AFC-CGU/2008) A República Federativa do Brasil 
possui fundamentos e as relações internacionais do País devem ser 
regidas por princípios. Assinale a única opção que contempla um 
fundamento da República e um princípio que deve reger as relações 
internacionais do Brasil. 
a) Soberania e dignidade da pessoa humana. 
b) Prevalência dos direitos humanos e independência nacional. 
c) Cidadania e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
d) Pluralismo político e repúdio ao terrorismo e ao racismo. 
e) Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. 
11. (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da 
República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3o da 
Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais 
do trabalho e da livre iniciativa. 
12. (ESAF/ATRFB/2009) Todo o poder emana do povo, que o 
exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da 
Constituição Federal. 
13. (ESAF/ATRFB/2009) A República Federativa do Brasil não 
adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre 
os Estados. 
14. (ESAF/ATA-MF/2009) Marque a opção correta. 
a) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, 
geográfica, política e educacional dos povos da América Latina. 
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b) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos 
fundamentos da República Federativa do Brasil. 
c) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade 
constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. 
d) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, 
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é 
princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações 
internacionais. 
e) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a 
República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. 
15. (ESAF/AFC-STN/2005) Forma de governo diz respeito ao 
modo como se relacionam os poderes, especialmente os Poderes 
Legislativo e Executivo, sendo os Estados, segundo a classificação 
dualista de Maquiavel, divididos em repúblicas ou monarquias. 
16. (ESAF/-SEFAZ-CE/2007) A República é a forma de 
organização do Estado adotada pela Constituição Federal de 1988. 
Caracteriza-se pela temporariedade do mandato dos governantes e 
pelo processo eleitoral periódico. 
17. (ESAF/AFC-CGU/2006) O princípio republicano tem como 
características essenciais: a eletividade, a temporariedade e a 
necessidade de prestação de contas pela administração pública. 
18. (ESAF/AFC-CGU/2006) Em função da forma de governo 
adotada na Constituição de 1988, existe a obrigação de prestação de 
contas por parte da administração pública. 
19. (ESAF/MPU/2004) Nos termos da Constituição de 1988, o 
Brasil adota a república como sistema de governo, elegendo, 
portanto, o princípio republicano como um dos princípios 
fundamentais do Estado brasileiro. 
20. (ESAF/AFT/2006) A forma republicana não implica a 
necessidade de legitimidade popular do presidente da República, 
razão pela qual a periodicidade das eleições não é elemento essencial 
desse princípio. 
21. (ESAF/ENAP/2006) Como conseqüência direta da adoção do 
princípio republicano como um dos princípios fundamentais do Estado 
brasileiro, a Constituição estabelece que a República Federativa do

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