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Organização do Estado Brasileiro

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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 
1 
Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 
Aula 4 
Olá Pessoal, prontos para mais uma aula? Hoje veremos a 
Organização do Estado Brasileiro, é um assunto muito 
interessante! Tenho certeza que vão gostar, vocês verão que essa 
enormidade de páginas vai passar rápido, rápido. Vamos nessa! 
Organização Político-administrativa: 
Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou 
seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a 
formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da 
Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem 
nada a ver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma 
entidade autônoma da federação, O território federal náo é 
autônomo, pois integra à União. 
Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e 
sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A 
soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um 
fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o 
poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do 
seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de 
igual ou superior magnitude e tornando-se um país 
independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se 
manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, 
entendida como a união de todos os entes internos, representando 
todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da 
soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, 
apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e 
Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e 
que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito 
internacional. 
Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o 
Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a 
União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta 
(República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de 
direito público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a 
visão interna e a externa. Veja: 
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2 
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1. Visão interna do Brasil: Federação formada por Estados, 
Municípios e Distrito Federal. Todos sendo harmonizados pelo 
poder central (União), sendo assim, 4 espécies d e pessoas 
jurídicas de direito público interno. 
2. Visão externa do Brasil: República Federativa do Brasil, como 
única pessoa jurídica de direito público externo. 
Vítor, por que dizemos então que eles são autônomos? 
Dizemos isso porque eles possuem relativa independência entre si, 
esta independência, que chamaremos de autonomia, se manifesta 
através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 
1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus 
governantes sem interferência de outros entes; 
2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias 
constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos 
municípios e do DF); 
Pais X
República Federativa 
do Brasil 
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3 
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3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis 
através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as 
diretrizes do processo em âmbito federal. 
4- Auto-administração: capacidade de se administrarem de forma 
independente, tomando suas próprias decisões executivas e 
legislativas. 
(Para alguns doutrinadores a auto-organização englobaria a 
autolegislação). 
• Princípios da organização do Estado. 
Temos que relembrar aqui uma coisa que, em concursos, se costuma 
cobrar com bastante frequência: os princípios constitucionais que se 
referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos entes (Estados, 
Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles: 
Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da 
Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a 
intervenção federal. 
Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais 
que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, 
como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos 
orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. 
Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão 
expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal 
limitando o poder constituinte do Estado-membro. 
• Brasília: 
CF, Art. 18, § 1º - Brasília é a Capital Federal. 
Até a Constituição de 1969, tínhamos a disposição "O Distrito Federal 
é a Capital da União". Com a Constituição de 1988 mudou-se o texto 
para "Brasília é a Capital Federal". Essa mudança feita há mais de 20 
anos ainda gera muitas discussões nos concursos. Veremos que o 
Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, por este motivo, 
a banca ESAF considera que Brasília e Distrito Federal são a mesma 
coisa. Por outro lado, o CESPE considera que são coisas distintas, 
justificando a mudança do texto. 
Solução: vamos usar a literalidade da Constituição - Brasília é a 
Capital Federal - com exceção da ESAF, onde consideraremos que a 
capital federal pode ser Brasília ou o Distrito Federal (já que para ela 
são a mesma coisa). 
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1. (ESAF/MPU/ 2004) Em decorrência do princípio federativo, a 
União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios 
são entes da organização político-administrativa do Brasil. 
Comentários: 
Errado. Os entes são apenas a União, os Estados, o DF e os 
Municípios. Já os Territórios não são entes, eles integram a União, e 
não são dotados de autonomia. 
Gabarito: Errado. 
2. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) A organização político-administrativa 
da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição 
de 1988, compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. 
Comentários: 
São todos autônomos, despidos de soberania (CF art. 18 caput). 
Soberania é o poder supremo para agir dentro de um território. 
Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão limitados 
pelos princípios da Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
3. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) A organização político-
administrativa da União compreende os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na própria 
Constituição Federal. 
Comentários: 
Conseguiram achar a pegadinha? 
Os Estados, DF e Municípios não fazem parte da organização político-
administrativa da União, mas sim, juntamente com a própria União, 
fazem parte da organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil (CF art. 18 caput). 
Maldade pura!!! 
Gabarito: Errado. 
4. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Nem o governo federal, nem os 
governos dos Estados, nem os dos Municípios ou o do Distrito Federal 
são soberanos, porque todos são limitados, expressa ou 
implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal. 
Comentários: 
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Os entes federativos são todos autônomos, despidos de soberania (CF 
art. 18 caput). Soberania é o poder supremo para agir dentrode um 
território. Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão 
limitados pelos princípios da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
5. (ESAF/PGFN/ 2007) São integrantes do pacto federativo 
brasileiro os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios, 
todos autônomos, já que a soberania é atributo exclusivo da União. 
Comentários: 
A União não é soberana, a única pessoa soberana é a República 
Federativa do Brasil, estando a União apenas autorizada a usar 
temporariamente esta soberania ao tratar de relações internacionais 
e editar leis nacionais, sem contudo se apropriar de tal atributo. 
Gabarito: Errado. 
6. (ESAF/AFT/ 2006) Na República Federativa do Brasil, a União 
exerce a soberania do Estado brasileiro e se constitui em pessoa 
jurídica de Direito Público Internacional, a fim de que possa exercer o 
direito de celebrar tratados, no plano internacional. 
Comentários: 
Quem é pessoa jurídica de direito público internacional é a República 
Federativa do Brasil, a União é apenas pessoa jurídica de direito 
público interno, sendo autônoma, mas não Soberana. 
Gabarito: Errado. 
7. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Os Estados-membros se auto-
organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos 
Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo 
de subordinação por parte da União. 
Comentários: 
As bancas costumam muito fazer essa maldade: colocam coisas 
fundamentalmente certas, mas com pequenos deslizes. É correto 
dizer: Os Estados membros promovem uma escolha direta de seus 
representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que 
haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. Porém, o 
erro cometido foi que, neste caso, segundo a doutrina, a questão 
deveria se referir a faceta da autonomia chamada "autogoverno" e 
não "auto-organização". 
Gabarito: Errado. 
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8. (ESAF/ATA-MF/ 2009) A autonomia estadual também se 
caracteriza pelo autogoverno, uma vez que d itam suas re-
spectivas 
Constituições. 
Comentários: 
Neste caso, segundo a doutrina, o correto seria "auto-organização" 
e 
não "autogoverno". 
Gabarito: Errado. 
9. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Os Estados-membros em sua tríplice 
capacidade garantidora d e autonomia se auto-adminis-
tram 
normatizando sua própria legislação e regras de competência. 
Comentários: 
O correto, segundo a d outrina, seria "auto-organização" (ou 
"autolegislação", se pensássemos em quatro facetas) na e não "auto-
administração". 
Gabarito: Errado. 
10. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) O Distrito Federal é chamado 
d e 
Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal. Comentários: 
Grande discussão paira em relação a este enunciado, porém, este 
foi 
o pensamento d a banca ESAF, considerou DF e Brasília 
como 
sinônimos. Cabe ressaltar que para outras bancas, como o CESPE, a 
resposta a se marcar deverá se errado. 
Gabarito: Correto. 
11. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Brasília é a Capital Federal. 
Comentários: 
Diferentemente d e questões polêmicas d e anos anteriores, a ESAF 
desta vez limitou-se a transcrever o art. 18 §1º d a Constitu-
ição 
literalmente. 
Gabarito: Correto. 
12. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) A criação de territórios federais, que 
fazem parte d
a União, d epende d e emenda à Constituição. 
Comentários:
Depende de lei
complementar (CF, art. 18 §2º). 
Gabarito: Errado. 
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13. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Os Territórios Federais integram 
a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei complementar. 
Comentários: 
Perfeita literalidade do art. 18 §2º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
Reorganização do espaço territorial: 
A d outrina costuma relacionar as hipóteses d e reorganização 
d o espaço territorial da seguinte forma: 
� Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu 
território d ando origem a outros entes. O ente 
inicial deixa de existir. 
� Desmembramento-formação - Uma parte d e um ente 
se d esmembra formando um novo ente. O ente inicial 
continua existindo e agora temos um ente completamente 
novo. 
� Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente 
se desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, 
ela é anexada por outro existente. O ente inicial continua 
existindo e não temos a formação de um ente novo, mas 
um aumento territorial de outro. 
� Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam 
um ente novo. Os entes iniciais deixam de existir. 
14. (FCC/Analista - TRT-SP/ 2008) No que concerne à 
Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos 
Estados-membros, todos com personalidades d iferentes, 
desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a 
hipótese de alteração divisional interna denominada fusão. 
Comentários: 
Isso será caso de cisão e não de fusão, que é quando dois ou mais 
entes se agregam para formar um ente novo. 
Gabarito: Errado. 
15. (CESPE/AGU/ 2009) No tocante às hipóteses de alteração 
da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na 
subdivisão, há a manutenção d a identidade d o ente federativo 
primitivo, enquanto, no d esmembramento, tem-se 
o desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário. 
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Comentários: 
O termo "cisão" ou "subdivisão" é usado quando um ente subdivide 
o seu território dando origem a outros entes. Desta forma, o ente 
inicial deixa de existir. 
Gabarito: Errado. 
Reorganização territorial de Estados e territórios federais: 
CF, art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, 
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos E stados ou Territórios Federais, 
mediante aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei 
complementar. 
Atenção a essas duas disposições: 
••• Aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito; e 
••• Elaboração d e uma lei complementar pelo Congresso 
Nacional. 
Jurisprudência: 
Recentemente, o STF d ecidiu que na reorganização territorial 
d e 
Estados, o termo “população d iretamente interessada” d eve 
ser 
entendido como “toda a população do Estado”. 
Procedimento: 
O procedimento de plebiscitos e referendos está estabelecido pela Lei 
9.709/98. 
Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso 
Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for desfavorável, 
não 
há prosseguimento d os procedimentos, não se passando para 
fase 
seguinte. Porém, se a consulta for favorável à reorganização, o 
processo será enviado às respectivas assembleias para que estas 
opinem pela sua aprovação ou rejeição. 
Essa manifestação d a assembleia legislativa, no entanto, 
é 
meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação 
vinculativa (Lei 9.709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, 
podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. 
Após isso, a matéria segue para o CN, onde então deverá ser votada 
como lei complementar para que se desfeche o processo. 
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16. (ESAF/ATRFB/ 2012) Os Estados podem incorporar-se entre 
si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou 
formarem novos Estados ouTerritórios Federais, mediante aprovação 
da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do 
Congresso Nacional, por lei ordinária. 
Comentários: 
Errado o correto seria lei complementar e não "lei ordinária" (CF, art. 
18, § 3º). 
Gabarito: Errado. 
17. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/ 2013) Para fins de 
desmembramento de um Estado, deve haver consulta prévia à população 
diretamente interessada, compreendendo esta somente a população da 
área a ser destacada. 
Comentários: 
Errado. Recentemente, o STF decidiu que na reorganização territorial 
de Estados, o termo “população diretamente interessada” deve ser 
entendido como “toda a população do Estado”. Tal decisão foi 
proferida no caso do plebiscito sobre a divisão do Pará, quando toda a 
população foi consultada sobre a divisão do Estado. 
Gabarito: Errado. 
18. (ESAF/Auditor RFB/ 2012) A Constituição Federal permite a 
criação de novos Estados. No que diz respeito a esse tema (criação 
de Estados), é correto afirmar que: 
a) é vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em 
decorrência da criação de Estado, encargos referentes à despesa com 
pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou 
externa da administração pública. 
b) o Congresso Nacional deve se manifestar através de Lei Ordinária, 
aprovando a proposta. 
c) a população diretamente interessada deve se manifestar, 
aprovando a proposição na hipótese de a Assembleia Estadual 
discordar da proposta. 
d) o Tribunal de Justiça do novo Estado poderá funcionar com 
desembargadores do Tribunal de Justiça dos Estados limítrofes, pelo 
prazo máximo de dois anos, até que se organize o Tribunal do novo 
Estado. 
e) o primeiro Governador do novo Estado será indicado pelo 
Presidente da República, com mandato de no máximo dois anos, 
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prazo em que d evem estar concluídas as primeiras eleições gerais 
estaduais. 
Comentários: 
Essa questão foi cobrada neste concurso, em decorrência da previsão 
no edital d o tópico “Das Disposições Constitucionais Gerais”. Assim 
vejamos: 
Letra A - Correto. Segundo o art. 234 d a Constituição, é vedado à 
União, d ireta ou indiretamente, assumir em d ecorrência 
d esta criação: 
• encargos referentes a despesas com pessoal inativo; e 
• encargos e amortizações d a d ívida interna ou externa 
d a Administração Pública, inclusive da indireta. 
Letra B - Errado. A lei deve ser complementar e não ordinária. 
Letra C - Errado. O procedimento está invertido, primeiramente há a 
manifestação da população diretamente interessada, se a consulta for 
desfavorável, não há prosseguimento d os procedimentos, 
não passando para a assembleia legislativa. 
Letra D – Errado. Não há tal previsão constitucional. O que se deve 
observar, segundo o artigo 235 da Constituição nos dez primeiros 
anos da criação de Estado, serão as seguintes normas básicas: 
I – a Assembleia Legislativa será composta de dezessete 
Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos 
mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a 
esse número, até um milhão e quinhentos mil; 
II – o Governo terá no máximo dez Secretarias; 
III – o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, 
pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada 
idoneidade e notório saber; 
IV – o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores; 
V – os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo 
Governador eleito, escolhidos da seguinte forma: 
a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco 
anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do 
Estado originário; 
b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e ad-
vogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com 
dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o 
procedimento fixado na Constituição; 
VI – no caso de Estado proveniente de Território Federal, os 
cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos 
dentre juízes de direito de qualquer parte do País; 
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VII – em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o pri-
meiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público se-
rão nomeados pelo Governador eleito após concurso público 
de provas e títulos; 
VIII – até a promulgação da Constituição Estadual, respon-
derão pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela 
Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, 
com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados 
pelo Governador eleito e demissíveis ad nutum; 
IX – se o novo Estado for resultado de transformação de 
Território Federal, a transferência de encargos financeiros 
da União para pagamento dos servidores optantes que 
pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte 
forma: 
a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por 
cento dos encargos financeiros para fazer face ao 
pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante 
sob a responsabilidade da União; 
b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos 
de trinta por cento e, no oitavo, dos restantes cinquenta por 
cento; 
X – as nomeações que se seguirem às primeiras, para os 
cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na 
Constituição Estadual; 
XI – as despesas orçamentárias com pessoal não poderão 
ultrapassar cinquenta por cento da receita do Estado. 
Letra E - Errado. Não há tal previsão na Constituição. Em todos os 
dispositivos, inclusive no art. 235 da Constituição, sempre há 
referência ao governador "eleito". 
Gabarito: Letra A. 
19. (ESAF/ATA-MF/ 2009) A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento dos Estados far-se-ão por lei complementar 
federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
Comentários: 
Pessoal, ATENÇÃO!!! 
Falou em "Estudos de viabilidade" tem que falar de município, senão 
está, de pronto, errado. A questão está errada, desta forma, por 
contrariar o disposto na CF art. 18 §§3º e 4º, 
Gabarito: Errado. 
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20. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Os Estados podem incorporar-se 
entre si, subdividir se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, 
ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
aprovação da população diretamente interessada, por meio de 
plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. 
Comentários: 
Trata-se da transcrição literal do art. 18 §3º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
21. (ESAF/Analista-SUSEP/ 2010) Sobre a organização Político-
Administrativa e a formação dos Estados, é correto afirmar que: 
a) de acordo com as disposições constitucionais vigentes, é possível 
criar novos Estados, mesmo que não seja por intermédio de divisão 
de outro ou outros Estados. 
b) os Territórios Federais transformados em Estados não podem mais 
restabelecer a situação anterior. 
c) poderá ocorrer a fusão entre Estados. Nesse caso, nem todos 
perdem a primitiva personalidade, pois, ao surgir o Estado novo, este 
adquire a personalidade de um deles. 
d) nos processos de transformação dos Estados, o Senado não está 
obrigado a ouvir nem ao pronunciamento plebiscitário, nem ao das 
Assembleias, notando-se que estas não decidem, apenas opinam pela 
aprovação, pela rejeição, ou simplesmente se abstêm de tomar 
partido. 
e) qualquer processo de transformação do Estado deve passar por 
um pronunciamento plebiscitário favorável à alteração, devendo oprocesso ser remetido ao Senado, a quem cabe a aprovação das 
alterações, mediante lei. 
Comentários: 
Letra A – Errado, segundo a ESAF. Mas, em nosso 
entendimento essa alternativa estaria correta. No entanto, 
vamos primeiramente observar o pensamento da ESAF: atualmente, 
todo o território nacional está dividido em 26 estados + 1 Distrito 
Federal. Não existe em nosso país, atualmente, territórios federais. 
Logo, para se formar novos estados, precisa-se necessariamente 
dividir algum outro, não há a possibilidade de transformar territórios 
em Estados, pois não há territórios. 
Porém, a banca esqueceu que se poderia formar um novo Estado 
através da fusão de outros dois ou mais, o que tornaria a assertiva 
correta. 
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Letra B - Errado. A própria Constituição admite essa hipótese quando 
diz, em seu art. 18 §2º, que os Territórios Federais integram a União, 
e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado 
de origem serão reguladas em lei complementar. 
Letra C - Errado. A fusão entre estados ocorre para dar lugar a um 
novo estado, distinto daqueles que se fundiram. Dessa forma, ambos 
os estados deixam de existir para dar lugar a um novo ente de 
personalidade diferente. Caso houvesse manutenção da 
personalidade de um deles, seria caso de anexação e não de fusão. 
Letra D - Correto. Entendemos que esta assertiva etária errada. 
Primeiro que a oitiva é feita pelo Congresso e não pelo "Senado", este 
seria o erro, além disso, eles o CN é obrigado a ouvir o 
pronunciamento plebiscitário, bem como aos pronunciamentos das 
assembleias legislativas, caso estes sejam feitos (embora estes 
pronunciamentos sejam meramente opinativos e não vinculativos). 
Assim. Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o 
Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for 
favorável à reorganização, o processo será enviado às respectivas 
assembléias para que estas opinem pela sua aprovação ou rejeição. 
Segundo a lei 9709/98, essa manifestação da assembleia legislativa, 
é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação 
vinculativa nem essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster 
da manifestação. 
Letra E - Errado. Encontramos dois erros: um erro é que será 
remetido ao Congresso e não ao Senado. Outro erro, é que será 
elaborada uma lei complementar e não somente uma "lei" que induz 
a pensar em "lei ordinária". 
Gabarito Oficial: letra D / Gabarito que deveria ser o correto = 
letra A. 
22. (FCC/Procurador-TCE-AP/ 2010) Em dezembro de 2009, foi 
aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que 
autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado 
de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e 
sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² 
e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses 
Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A 
referida proposta de criação do Estado de Carajás 
a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os 
entes da Federação é indissolúvel. 
b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia 
Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do 
Estado de Tocantins. 
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c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, 
somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado 
em Estado. 
d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à 
população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo 
Congresso Nacional, por lei complementar. 
e) d everia ser precedida d e Estudos d e Viabilidade, apresentados 
e publicados na forma d a lei, e ser aprovada por lei d o Estado d o 
Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal. 
Comentários: 
Pode haver reorganização d os Estados na vigência d a atual 
constituição. Logo, é incorreta a letra A e B da questão. Porém, para 
que ocorra, precisamos de: 
••• Aprovação d a população d iretamente interessada, através 
d e plebiscito; e 
••• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. 
Assim, a letra D é a alternativa correta. Já a letra E se refere a 
criação de Municípios e não de Estados. e a letra C é absurda. 
Gabarito: Letra D. 
23. (CESPE/AJAJ - STM/ 2011) O processo d e formação d os 
estados-membros exige a participação da população interessada por 
meio de plebiscito, medida que configura condição prévia, essencial e 
prejudicial à fase seguinte. Assim, d esfavorável o resultado 
d a consulta prévia feita ao povo, não se passará à fase seguinte 
d o processo. 
Comentários: 
Isso aí, o plebiscito favorável é essencial para que se consiga 
reorganizar o território d o Estado. Caso o plebiscito seja 
desfavorável, desde já deve ser paralisado o procedimento, pois não 
ser poderá cumprir as exigências constitucionais para tal. 
Gabarito: Correto. 
24. (CESPE/Técnico - MPU/ 2010) Considere que determinado 
estado da Federação tenha obtido aprovação tanto de sua população 
diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso 
Nacional, por meio d e lei complementar, para se d esmembrar em 
dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta 
pela Constituição para incorporação, subdivisão, desmembramento ou 
formação de novos estados ou territórios federais. 
Comentários: 
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É exatamente o disposto no art. 18 § 3º da Constituição, o qual 
permite que os Estados possam incorporar-se entre si, subdividir-se 
ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, desde que observe os requisitos de: 
� Aprovação da população diretamente interessada, através de 
plebiscito; e 
� A Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. 
Gabarito: Correto. 
Reorganização territorial de Municípios: 
CF, art. 18 §4º A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos E studos de Viabilidade Muni-
cipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Atenção a essas três disposições: 
• far-se-á por lei estadual no período de lei complementar 
federal; 
• Aprovação, por plebiscito, da população envolvida; 
• Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos 
de Viabilidade Municipal. 
Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de 
Municípios! 
Segundo o posicionamento do STF (STF, ADI’S 2.812-RS, 
2.994-BA e ADI 3.013-BA), essa previsão da dependência 
de lei complementar federal faz com que a norma se torne d e 
eficácia limitada, e como tal norma ainda não existe, isto inviabiliza 
a criação d e novos Municípios. Mas, houve criações d e Municípios 
sem observância d esta d isposição, e estas criações 
foram declaradas inconstitucionais pelo STF, porém, tal discussão 
ensejou a edição da EC nº 57/08 que acrescentou o artigo abaixo: 
CF, ADCT, art. 96 → Ficam convalidados (confirmados, com 
a validade ratificada...) os atos d e criação, 
fusão, 
incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido 
publicada até 31 d e d ezembro d e 2006, atendidos os requisitos 
estabelecidos na legislação d o respectivo Estado à época d e suacriação. 
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Observação: Quem convoca o plebiscito para redefinição de 
Estados é o Congresso Nacional, pois o tema é de 
abrangência nacional. Quem convoca o plebiscito para 
redefinição de Municípios é a Assembleia Legislativa, pois é 
tema estadual. 
25. (ESAF/ATRFB/ 2012) A fusão de Municípios far-se-á por lei 
estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar 
Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos Municípios envolvidos, sendo prescindível a realização 
de Estudo de Viabilidade Municipal. 
Comentários: 
Errado. Deve-se sempre ligar "estudos de viabilidade" aos 
"municípios" (CF, art. 18, § 4º). Não se pode dizer que é 
“prescindível” (dispensada) o correto seria dizer que é 
“imprescindível”. 
Gabarito: Errado 
26. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) A criação, a incorporação, a 
fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, 
dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e 
dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações 
dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de 
Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. 
Comentários: 
Novamente a banca usa da literalidade, esta pode ser encontrada no 
art. 18 §4º da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
27. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) A criação de Municípios deve ser 
feita por lei complementar federal. 
Comentários: 
De acordo com o art. 18 §4º da Constituição, será por lei estadual 
no período de lei complementar federal. 
Gabarito: Errado. 
28. (ESAF/TCU/ 2006) Nos termos da Constituição Federal, a 
criação de novos municípios, que é feita por lei estadual, só poderá 
se realizar quando for publicada a lei complementar federal que 
disciplinar o período dentro do qual será autorizada essa criação. 
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Comentários: 
É isso mesmo. O STF declarou inconstitucional muitas criações de 
Municípios devido a falta lei complementar federal para disciplinar o 
tema. Isso contribuiu que contribuiu para a edição da EC 57/08 que 
inclui o art. 96 nos ADCT � Ficam convalidados (confirmados, com a 
validade ratificada,...) os atos de criação, fusão, incorporação e 
desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 
de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na 
legislação do respectivo Estado à época de sua criação. 
Gabarito: Correto. 
29. (ESAF/PGFN/ 2007) Para a criação de novos Municípios é 
necessária prévia consulta por plebiscito convocado pela Câmara de 
Vereadores. 
Comentários: 
Não é a Câmara de Vereadores que convoca, e sim a Assembleia 
Legislativa. 
Gabarito: Errado. 
30. (FCC/TJAA – TRF 1ª/ 2011) A incorporação de Municípios 
far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei 
Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante 
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação 
a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado. 
b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa. 
c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado. 
d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento. 
e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados 
na forma da lei. 
Comentários: 
Letra A, B, C e D = Tudo balela... 
Só a letra E traz algo realmente condizente: Nos termos da CF, art. 
18 §4º a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado 
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados 
e publicados na forma da lei. 
E Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de 
Municípios! 
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Gabarito: Letra E. 
Vedações aos entes federativos: 
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou 
seus representantes relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse 
público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre 
si. 
31. (ESAF/ATA-MF/ 2009) É vedado aos Estados manter relação 
de aliança com representantes de cultos religiosos ou igrejas, 
resguardando-se o interesse público. 
Comentários: 
Somente pode haver cooperação entre entes estatais e entidades 
religiosas quando se tratar de interesse público (CF, art. 19). 
Gabarito: Correto. 
32. (ESAF/CGU/ 2006) Por ser a República Federativa do Brasil 
um Estado laico, a Constituição Federal veda qualquer forma de 
aliança com cultos religiosos. 
Comentários: 
Não é qualquer forma de aliança que é vedada, pois poderá haver 
cooperação entre entes estatais e entidades religiosas quando se 
tratar de interesse público (CF, art. 19). 
Gabarito: Errado. 
33. (FCC/Analista - TRT 15ª/ 2009) Aos Estados é permitida, na 
forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas. 
Comentários: 
Não só aos Estados, mas a todos os entes políticos é vedada esta 
subvenção, ressalvada somente, como vimos, a colaboração de 
interesse público nos termos da Constituição, art. 19, I. 
Gabarito: Errado. 
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34. (CESPE/Promotor-MPE-RN/ 2009) É vedado à União, aos 
estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou 
igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter 
com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. 
Comentários: 
Trata-se de uma limitação imposta pelo constituinte a todos os entes, 
insculpida no art. 19, I. 
Gabarito: Correto. 
Questões gerais 
35. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) Assinale a única opção correta 
relativa à organização político-administrativa da República Federativa 
do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988. 
a) Compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. 
b) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, 
depende de emenda à Constituição. 
c) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui 
a Capital Federal. 
d) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar 
federal. 
e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
criar distinções entre brasileiros ou estrangeiros. 
Comentários: 
Organização político-administrativa está lá no art. 18 e 19 da 
Constituição. Vejamos: 
Letra A - Errado. Pois são autônomos e não soberanos. 
Letra B - Errado. Exige-se apenas lei complementar, não precisa de 
emenda. 
Letra C - Correto. Sem polêmicas!!! Esse é o pensamento da ESAF 
sobre o tema, embora muita gente não concorde com isso. 
Letra D - Errado. Será por lei estadual no período de lei 
complementar federal. 
Letra E - Errado. A vedação é somente na criação de distinção entre 
brasileiros, entre estrangeiros pode haver distinção, por exemplo, os 
estrangeiros de um país podem possuir procedimentos de entrada no 
território nacional facilitado ou dificultado se comparado com os 
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procedentes de algum outro país, sem que haja inconstitucionalidade 
nisso. 
Gabarito: Letra C. 
36. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/ 2010) Relativamente à 
organização do Estado, assinale a afirmativa incorreta. 
a) A organização político-administrativa da República Federativa do 
Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. 
b) A autonomia federativa assegura aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-
los, autorizar ou proibir seu funcionamento, na forma da lei. 
c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios 
criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos 
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população 
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso 
Nacional, por lei complementar. 
e) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de 
Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado 
por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, 
mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após 
divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e 
publicados na forma da lei. 
Comentários: 
Letra A - Correto. Questão simples, essa assertiva cobra a literalidade 
do art. 18 da Constituição. 
Letra B - Errado. Segundo o art. 19 da Constituição, É VEDADO à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer 
cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o 
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações 
de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração 
de interesse público. 
Letra C - Correto. Literalidade do art. 19, III da Constituição. 
Letra D - Correto. Literalidade do art. 18, §3º da Constituição. 
Letra E - Correto. Agora a literalidade usada foi a do art. 18, §4º da 
Constituição. 
Gabarito: Letra B. 
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Bens Públicos: 
Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da 
situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou 
aos Municípios e até mesmo a terceiros. 
Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo 
sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal 
Anotada para Concursos": 
União e Estados: 
♦ Terras Devolutas: 
Regra � Estados; 
Exceção � União, se indispensáveis: 
� À defesa d as fronteiras, fortificações e con-
struções 
militares ou vias federais de comunicação; ou �
À preservação ambiental. 
Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou 
foram d evolvidas, ficando sem d ono, passam então a integrar 
o 
patrimônio público. 
♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES: 
Regra � Estados; 
Exceção � União, se fizer limite com outros países. 
♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e 
em depósito: 
Regra � Estados; 
Exceção � União, se na forma d a lei, d ecorrerem d e obras 
d a 
União. 
♦ Lagos, rios e demais águas correntes: 
Regra � Estados; 
Exceção � União: 
� Se banhar mais de um Estado; 
� Se fizerem limite com países ou se deles provier-
em 
ou se estenderem; 
� Também o são os terrenos marginais destes e 
as 
praias fluviais. 
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União, Estados e Municípios: 
♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS: 
Municípios � Quando for sede do Município, salvo se for afetada 
por serviço público ou unidade ambiental federal 
(nestes casos será da União); 
Estados � Quando estiverem em seu domínio; 
União � As demais, inclusive o caso acima. 
Elas podem ainda ser de terceiros. 
Somente à União: 
� Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a 
ser atribuídos; 
� Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescid-
os; 
� O mar territorial; 
� Os recursos naturais d a plataforma continental e d a 
zona 
econômica exclusiva; 
� Os recursos minerais, inclusive do subsolo; 
� Os potenciais de energia hidráulica; 
� As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e 
pré-históricos; 
� As terras tradicionalmente ocupadas pelos índi-
os. 
Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União 
e, em se tratando d a plataforma continental e d a zona econôm-
ica 
exclusiva, também o serão todos os demais recursos naturais 
além 
dos minerais. 
• É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos 
d a administração d ireta d a União, participação no 
resultado d a 
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para 
fins d e geração d e energia elétrica e d e outros 
recursos 
minerais no respectivo território, plataforma continental, mar 
territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação 
financeira por essa exploração. 
Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao 
longo das fronteiras terrestres 
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• A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa 
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão 
reguladas em lei. 
Bens públicos quanto à finalidade: 
O código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se 
referem à destinação do bem: 
1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a 
população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças. 
2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade 
específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou 
municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas, 
quartéis. 
3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade 
especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o 
Estado pode se desfazer. 
37. (ESAF/ATRFB/ 2012) As terras tradicionalmente ocupadas 
pelos índios são bens da União. 
Comentários: 
Correto. Sempre que estivermos diante de temas “sensíveis”, como 
atividade nuclear, guerra, índios, mais uma vez estaremos diante de 
competência da União. 
Gabarito: Correto. 
38. (ESAF/ATRFB/ 2012) Os recursos minerais do subsolo são 
bens dos Municípios. 
Comentários: 
Errado. Entre outros, são bens da União: 
• Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica 
exclusiva; 
• Os recursos minerais, inclusive do subsolo; 
Gabarito: Errado 
39. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Incluem-se entre os bens dos Estados 
as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
Comentários: 
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As terras devolutas em regras são dos Estados. Somente serão da 
União se indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e 
construções militares, das vias federais de comunicação e à 
preservação ambiental, definidas em lei (CF, art. 20, II e art. 26, IV). 
Gabarito: Correto. 
40. (ESAF/CGU/ 2006) As cavidades naturais subterrâneas e 
os sítios arqueológicos e pré-históricos, desde que não situados em 
terras de propriedade dos Estados, pertencemà União. 
Comentários: 
Segundo o art. 20, X, da Constituição, não há esta restrição para que 
pertençam à União. Eles serão sempre da União. 
Gabarito: Errado. 
41. (ESAF/CGU/ 2006) Pertencem aos Estados as ilhas fluviais 
localizadas em seu território, que não se situem na zona limítrofe 
com outros países. 
Comentários: 
É o disposto no art. 26, III combinado com o art. 20, IV da 
Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
42. (ESAF/TCU/ 2006) O aproveitamento, pela União, dos 
potenciais hidroenergéticos localizados em cursos de água que 
integrem os bens estaduais, depende de expressa autorização do 
poder executivo estadual e far-se-á mediante compensação financeira 
por essa exploração. 
Comentários: 
Prescinde (dispensa) de autorização tal exploração por parte da União 
(CF, art. 21 XII, b), já que a Constituição atribuiu somente a União a 
prerrogativa de explorar estes potenciais, ainda que sob o regime de 
concessão, permissão ou autorização. 
Gabarito: Errado. 
43. (FCC/Técnico-TRE-AL/ 2010) Incluem-se entre os bens dos 
Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da 
União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as 
decorrentes de obras da União (C/E). 
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Comentários: 
As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em 
depósito, são: 
Regra � Esta-
dos; 
Exceção � União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. 
Desta forma, erra a questão, pois d eve-se "excluir" as que 
decorrerem de obras da União. 
Gabarito: Errado. 
44. (FCC/Técnico-TRT-MG/ 2010 - Adaptada) A faixa d e 
fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros 
de largura. 
Comentários: 
O correto seria faixa até 150 km de largura, e lembrando que isso é 
somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões 
tentam 
dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas. 
Gabarito: Errado. 
45. (FCC/Técnico-TRT-MG/ 2010 - Adaptada) São bens d a 
União, dentre outros, os potenciais d e energia hidráulica e os sítios 
arqueológicos. 
Comentários: 
Perfeito, exatamente como vimos no re-
sumo. Gabarito: Correto. 
46. (CESPE/Analista – CNPq/ 2011) Consideram-se terras d a 
União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, 
das
fortificações, d as construções militares e d as vias federais d
e
comunicação, bem como indispensáveis à preservação ambiental, e
as áreas de fronteiras. 
Comentários: 
As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, em-
bora 
possam ser da União se indispensáveis: 
� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares 
ou vias federais; ou 
� À preservação ambiental. 
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Erra a questão ao dizer que “as áreas de fronteira” são bens da 
União. Não basta ser área de fronteira para ser bem da União, ela 
tem que ser “indispensável à defesa das fronteiras”. 
Gabarito: Errado. 
47. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/ 2009) São bens 
da União as terras devolutas. 
Comentários: 
As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, embora 
possam ser da União se indispensáveis: 
� À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares 
ou vias federais; ou 
� À preservação ambiental. 
Não se pode então fazer esta afirmação: "São bens da União as 
terras devolutas". 
Gabarito: Errado. 
48. (CESPE/AGU/ 2009) As terras devolutas são espécies de 
terras públicas que, por serem bens de uso comum do povo, não 
estão incorporadas ao domínio privado. São indisponíveis as terras 
devolutas ou arrecadadas pelos estados-membros, por ações 
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
Constituem bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa 
das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias 
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei. 
Comentários: 
As terras devolutas não são bens de uso comum, são bens 
dominicais, ou seja, bens que não possuem nenhuma destinação 
estatal específica, nem são de uso indistinto da população. 
Gabarito: Errado. 
49. (CESPE/ACE-TCU/ 2009) Caso o estado do Amazonas 
conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em 
terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o 
referido título será nulo, visto que essa área pertence à União. 
Comentários: 
Questão muito maldosa. Em regra as terras devolutas pertencem aos 
Estados, porém pertencerão à União caso sejam "indispensáveis" à 
defesa das fronteiras ou à preservação ambiental. O fato da terra 
encontrar-se na zona de fronteira, por si, não a faz ser um bem da 
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União, assim seria se fosse considerada "indispensável à defesa da 
fronteira". 
Gabarito: Errado. 
50. (CESPE/Promotor - MPE-ES/ 2010) A faixa de até 50 km de 
largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de 
fronteira é considerada fundamental para a defesa do território 
nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. 
Comentários: 
Embora a faixa de fronteira seja realmente considerada fundamental 
para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização devam 
ser reguladas em lei. Tal faixa é de até 150km de largura ao longo 
das fronteiras terrestres. 
Gabarito: Errado. 
51. (CESPE/AGU/ 2009) Os rios públicos são bens da União 
quando situados em terrenos de seu domínio, ou ainda quando 
banharem mais de um estado da Federação, ou servirem de limites 
com outros países, ou se estenderem a território estrangeiro ou dele 
provierem. Os demais rios públicos bem como os respectivos 
potenciais de energia hidráulica pertencem aos Estados-membros da 
Federação. 
Comentários: 
A questão traz muita informação verdadeira, porém, está falha já que 
os potenciais de energia hidráulica serão sempre bens da União, vide 
art. 20, VIII CF. 
Gabarito: Errado. 
52. (CESPE/ACE-TCU/ 2008) As riquezas minerais, como o 
petróleo, são bens da União. 
Comentários: 
Conforme vimos, todos os recursos minerais, inclusive do subsolo, 
pertencem somente à União (CF, art. 20, IX). Lembrando que no caso 
da plataforma continental e da ZEE, pertencerá à União não só os 
minerais, como todos os recursos naturais (minérios, vegetais, 
animais...) ali existentes. 
Gabarito: Correto. 
Competências Administrativas e Legislativas: 
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Teoria e noções gerais sobre o tema: 
Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente, 
os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente 
complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente 
dissipados, se, antes d e iniciarmos o estudo, atentarmos para 
algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as 
competências. 
Existem 2 tipos d e competência elencadas na Con-
stituição: competência material (administrativa) e competência 
legislativa. 
A competência material (realizar as coisas) pode ser: 
• Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União 
poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum 
outro ente, ou 
• Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os 
entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir 
para concretizar aquiloque está exposto. 
A competência legislativa (regulamentar como as coisas ser-
ão feitas) pode ser: 
• privativa da União (art. 22) - quando couber somente 
a União legislar sobre o tema - embora neste caso, 
através d e uma lei complementar, ela permita que os 
Estados façam a regulamentação de questões específicas 
-; ou 
• Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer 
nada além d as normas gerais (normas genéricas que se 
aplicam a todos os entes) e com base nessas normas 
gerais - sem precisar receber a d elegação d a União - os 
Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é 
concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um 
certo ponto (a regulamentação do tema): 
Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária 
de chamar "competência exclusiva" a competência material 
Normas Gerais
Norma Específica 
Suplementar 
Regulamentação 
do tema 
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executável somente pela União, e de "competência privativa" a 
competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis 
com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência 
exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou 
seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova 
somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE). 
Critério para repartição de competências: 
As competências são instituídas de acordo com o critério da 
"predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de 
âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as 
coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local. 
Outro imporante princípio, que vigora notadamente para as 
competências comuns seria o princípio da subsidiariedade que diz 
que nada será exercido por um poder de nível superior, caso possa 
ser cumprido pelo inferior. Isso porque os governos locais estão mais 
próximos da população e sabem a sua real necessidade, sendo os 
primeiros a executar as políticas sociais comuns (CF, art. 23) 
Técnica utilizada para a repartição de competências: 
A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi 
a seguinte: 
1- Enumerar as competências da União e dos Municípios - 
Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais 
seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF, 
art. 30). 
2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para 
os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa, 
cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe forem 
vedados". 
Observação - Existe uma exceção: A União possui 
competência residual quando se trata de "matéria tributária", 
podendo instituir novos impostos e contribuições que não 
foram previstos no texto constitucional. 
3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF 
possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as 
remanescentes dos Estados. 
Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou 
residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas 
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competências expressas no art. 25. 
• Art. 25 §2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais d e gás canalizado, 
na forma da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação. 
• Art. 25 §3º - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru-
pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, 
o planejamento e a execução de funções públicas de interesse 
comum. 
A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2º foi 
inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe 
que “é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF 
modificado por EC entre 1º de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95) 
até a EC 32/01”, o que tornaria desnecessário esse texto. 
DICA FINAL SOBRE AS NOÇÕES GERAIS: 
As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são: 
1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24, 
já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em 
concursos. 
2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2º e 
3º). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então 
caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!! 
Literalidade dos art. 21 ao 24 (União), 25 (Estados) e 30 
(Municípios) - Dicas para entender a literalidade e resolver as 
questões: 
1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério 
da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo 
nacional ou internacional, já sabemos que é competência da 
União. 
2- Como a União é o poder central da federação, responsável por 
uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela 
que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", 
"normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro 
estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG, 
RS... isto é inimaginável) 
3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade 
nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez 
estaremos diante de competência da União. 
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4- Como vimos, as competências federativas encontram-se 
basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes, 
o Município só participa de 1 rol de competências: Competência 
"administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma 
questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser 
legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa 
para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho 
(CF, art. 30, I e II). 
(OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois 
esta entende que os Municípios legislam concorrentemente, 
agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando 
também aparece com uma dessa) 
5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos... 
assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar 
florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da 
Constituição e o patrimônio público. 
6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os 
entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo 
abaixo: 
Competência Comum: 
Legislação concorrente - 
legislar sobre: 
proteger os documentos, as 
obras e outros bens de valor 
histórico, artístico e cultural; 
proteção ao patrimônio 
histórico, cultural, artístico, 
turístico e paisagístico; 
proporcionar os meios de 
acesso à cultura, à educação e 
à ciência; 
educação, cultura, ensino e 
desporto; 
proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em 
qualquer de suas formas; 
responsabilidade por dano ao 
meio ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos 
de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e 
paisagístico; 
preservar as florestas, a fauna 
e a flora; 
florestas, caça, pesca, fauna, 
conservação da natureza, 
defesa do solo e dos recursos 
naturais, proteção do meio 
ambiente e controle da 
poluição. 
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7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que 
podem ser executados pelos entes de formadireta ou sob regime 
de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela 
literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram 
previstos da seguinte forma: 
• União → diretamente ou por autorização, permissão e 
concessão; 
• Municípios → diretamente ou por permissão e concessão; 
• Estados → diretamente ou apenas por concessão. 
Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já 
está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou 
concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar 
em "concessão", senão já está errado. 
Pegadinhas que sempre caem nos concursos, logo VOCÊ TEM 
QUE ACERTAR: 
Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar 
pra trás, pois todo mundo vai acertar: 
1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que 
são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 
concorrentes. Assim temos: 
Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico 
e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); 
Privativos da União - O que sobrou! 
2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União; 
X 
Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, 
em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento 
urbano. 
3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União 
(CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; 
X 
Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa 
concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais 
da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão 
os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus 
processos. 
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4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social 
+ Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de 
competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII). 
X 
Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = 
A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime 
próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a 
saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos. 
5- Legislar sobre educação = Competência concorrente. 
X 
Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = 
Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e 
nacional, será competência da União. 
Jurisprudência: 
Súmula vinculante n° 2: "É inconstitucional a lei ou ato normativo 
estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e 
sorteios, inclusive bingos e loterias.” 
Isso porque segundo o art. 22, XX compete à União legislar sobre os 
sistemas de consórcios e sorteios. 
Sobre as noções gerais, vamos ver algumas questões: 
53. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A União 
poderá, por meio de lei ordinária, delegar aos Estados e ao Distrito 
Federal questões específicas acerca das matérias de sua competência 
legislativa privativa. 
Comentários: 
Errado. Diz a Constituição, Lei complementar (e não lei ordinária) 
poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das 
matérias relacionadas neste artigo (Par. único do Art. 22). 
Gabarito: Errado 
54. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A 
competência da União para legislar sobre normas gerais e dos 
Estados e do Distrito Federal para legislar sobre normas específicas é 
chamada competência legislativa concorrente e compreende, entre 
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outras matérias, orçamento, juntas comerciais, direito tributário e 
registros públicos. 
Comentários: 
Errado. De fato o item dá o conceito de competência legislativa 
concorrente, conforme previsão do art. 24 da CF, que enumera as 
matérias em seus incisos. Ainda o mencionado artigo prevê, em seu 
§1º, que no âmbito da legislação concorrente, a competência da 
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. No entanto, o único 
erro do item é afirmar que legislar sobre Registros Públicos é de 
competência concorrente, considerando que tal competência é 
privativa da União (art. 22, XXV). 
Gabarito: Errado 
55. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) Estão entre as 
matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria 
processual, desapropriação e trânsito e transporte. 
Comentários: 
Errado. Essa questão exige um pouco mais de atenção do candidato. 
Primeiramente importante observar que os municípios não têm, 
segundo maioria doutrinária, competência legislativa concorrente, 
não podendo “concorrentemente”, legislar sobre orçamento e 
procedimento em matéria processual que são matérias de 
concorrência legislativa, mas somente entre União, Estados e DF (art. 
24, II e XI). Por fim, a competência para legislar sobre trânsito e 
transporte é privativa da União (Art. 22, XI). 
Gabarito: Errado. 
56. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) Compete aos 
Municípios e ao Distrito Federal explorar diretamente, ou mediante 
concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. 
Comentários: 
Errado. Cabe aos Estados, e não aos municípios, explorar 
diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória 
para a sua regulamentação (art. 25, §2º). 
Gabarito: Errado. 
57. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) São bens dos 
Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes 
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e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as 
decorrentes de obras da União. 
Comentários: 
Correto. Tais águas são bens dos Estados (art. 26, I). 
Gabarito: Correto. 
58. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) ao Distrito 
Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos 
municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o 
seu Poder Judiciário. 
Comentários: 
Errado. Realmente ao DF são atribuídas as competências reservadas 
aos Estados e municípios (Art. 32, §1º), no entanto, Segundo o art. 
21, XIII da Constituição, competirá à União organizar e manter o 
Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal. 
Gabarito: Errado. 
59. (ESAF/TCU/ 2001) Em matéria de legislação concorrente, 
não havendo legislação estadual sobre a matéria, cabe à União suprir 
a omissão, tanto em aspectos de normas gerais como de normas 
específicas. 
Comentários: 
Em legislação concorrente, a União se limitará a fazer as normas 
gerais, não podendo legislar de forma específica (CF, at. 24 §1º). Os 
Estados/DF é que poderão, caso não haja normas gerais da União, 
legislar plenamente, fazendo normas gerais e específicas. 
Gabarito: Errado. 
60. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Cabe aos Estados explorar 
diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua 
regulamentação. 
Comentários: 
É o que dispõe a Constituição em seu art. 25 §2º. Trata-se de uma 
das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a 
outra é instituir regiões metropolitanas. 
Gabarito: Correto. 
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61. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/ 2009) Os Estados podem instituir 
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídaspor agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar 
a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum. 
Comentários: 
É a redação encontrada no art. 25 §3º da Constituição. Os Estados só 
possuem duas competências expressas, essa é uma delas. 
Gabarito: Correto. 
62. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Os Estados poderão, mediante lei 
complementar federal, instituir regiões metropolitanas, constituídas 
por regiões administrativas limítrofes. 
Comentários: 
A questão trata da competência estadual expressa no art. 25 §3º da 
Constituição. Porém, a lei complementar referida é estadual e não 
federal. 
Gabarito: Errado. 
63. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/ 2009) Cabe aos Estados organizar 
e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os 
serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, 
que tem caráter essencial. 
Comentários: 
A repartição geográfica de competências se dá de acordo com a 
predominância de interesse. Assim, serviços nacionais ficam a cargo 
da União, os regionais para os Estados e os locais para os Municípios. 
A redação do enunciado se encontra no art. 30, V da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
64. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/ 2009) Compete aos Municípios 
explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de 
gás canalizado. 
Comentários: 
É competência estadual encontrada no art. 25 §2º CF. Trata-se de 
uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, 
a outra é instituir regiões metropolitanas. 
Gabarito: Errado. 
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65. (ESAF/TCU/ 2006) A exploração dos serviços locais de gás 
canalizado pode ser feita pelos Estados, desde que a União, mediante 
instrumento próprio, faça uma autorização, concessão ou permissão 
para a sua execução. 
Comentários: 
Tal exploração será feita diretamente ou apenas mediante 
concessão, de acordo com a Constituição em seu art. 25 §2º. 
Gabarito: Errado. 
66. (ESAF/TRF/ 2006) Obedecendo ao princípio geral de 
repartição de competência adotado pela Constituição de 1988, a 
exploração dos serviços locais de gás canalizado foi reservada para os 
municípios. 
Comentários: 
É competência estadual encontrada no art. 25 §2º CF. Trata-se de 
uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, 
a outra é instituir regiões metropolitanas. 
Gabarito: Errado. 
Questões sobre a literalidade: 
67. (ESAF/ATRFB/ 2012) Sobre as competências da União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, assinale a única opção correta. 
a) Compete privativamente à União legislar sobre direito 
penitenciário. 
b) Compete privativamente à União legislar sobre registros públicos. 
c) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre desapropriação. 
d) Compete privativamente à União legislar sobre juntas comerciais. 
e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Inexistindo lei federal sobre 
normas gerais, os Estados não estão autorizados a exercer a 
competência legislativa plena. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Penitenciário é o "Penit" do Tri-Fi-Penit-Ec-Ur. Esses 
são os de legislação concorrente e não de legislação privativa (CF, art. 
24, I). 
Letra B - Correto. Registros públicos é da competência legislativa da 
União, pois precisa estar uniformizado em território nacional. (CF, art. 
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22, XXV). 
Letra C - Errado. Macete manjado em concursos: 
Legislar sobre desapropriação: competência privativa da União. 
X 
Promover a desapropriação: competência de todos os entes, de 
acordo com a sua área de atuação. 
Letra D – Errado. O registro da junta comercial é estadual. A União 
faz normas gerais para uniformizar, mas cada estado legisla de forma 
específica. É legislação concorrente (CF, art. 24, III). 
Item E – Errado. Inexistindo normas gerais, os estados estão sim 
autorizados a legislar de forma plena (CF, art. 24, § 3º). 
Gabarito: Letra B 
68. (ESAF/ATRFB/ 2009) É constitucional a lei ou ato normativo 
estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e 
sorteios, inclusive bingos e loterias. 
Comentários: 
Trata-se da reprodução literal da súmula vinculante n° 2: "É 
inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que 
disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e 
loteria”. Já que segundo o art. 22, XX, compete à União legislar sobre 
os sistemas de consórcios e sorteios. 
Gabarito: Errado. 
69. (ESAF/TFC-CGU/ 2008) Assinale a opção correta. Compete 
privativamente à União legislar sobre: 
a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e 
urbanístico. 
b) produção e consumo. 
c) orçamento. 
d) floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do 
solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle 
da poluição. 
e) trânsito e transporte. 
Comentários: 
Letra A - Errado. Estes direitos são de legislação concorrente (Tri-Fi-
Penit-Ec-Ur), estão presentes no art. 24, I. Os direitos de legislação 
privativa da União estão previstos no art. 22, I. 
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Letra B - Errado. Trata-se de legislação concorrente, presente na CF, 
art. 24, V. 
Letra C - Errado. Todos os entes possuem seu próprio orçamento. 
Temos o orçamento da União, os dos Estados e os dos Municípios, 
logo, é uma legislação concorrente (CF, art. 24, II). 
Letra D - Errado. Novamente legislação concorrente (CF, art. 24, VI) 
Letra E - Correto. Lembrando que legislar sobre trânsito e transporte 
é privativo da União (CF, art. 22, XI), mas estabelecer e implantar 
política de educação para a segurança do trânsito é uma competência 
material comum, presente na CF, art. 23, XII) 
Gabarito: Letra E. 
70. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) Assinale a única opção que 
contempla competências materiais comuns da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
a) Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, 
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos, 
estabelecer e implantar política de educação para a segurança do 
trânsito. 
b) Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de 
viação e promover programas de construção de moradias e a 
melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. 
c) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do 
território e de desenvolvimento econômico e social e preservar as 
florestas, a fauna e a flora. 
d) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive 
habitação, saneamento básico e transportes urbanos e cuidar da 
saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência. 
e) Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas 
e de programas de rádio e televisão e planejar promover a defesa 
permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas 
e as inundações. 
Comentários: 
Competência comum é o art. 23 da Constituição. Vamos ver a 
questão de uma forma simples e lógica: 
Letra A - Correto. Será comum tudo aquilo que for relacionado a um 
"direito difuso" (direito de uma coletividade indeterminada) onde 
todos são, de alguma forma, interessados. 
Letra B - Errado. Falou em diretrizes = competência da União. 
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PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO

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