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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 1 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Aula 4 Olá Pessoal, prontos para mais uma aula? Hoje veremos a Organização do Estado Brasileiro, é um assunto muito interessante! Tenho certeza que vão gostar, vocês verão que essa enormidade de páginas vai passar rápido, rápido. Vamos nessa! Organização Político-administrativa: Sabemos que o Brasil adota como forma de Estado a federação, ou seja, o modo de distribuição geográfica do poder político se dá com a formação de entidades autônomas que segundo o art. 18 da Constituilção são 4: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Não confunda Distrito Federal com território federal, não tem nada a ver uma coisa com outra. O Distrito Federal é uma entidade autônoma da federação, O território federal náo é autônomo, pois integra à União. Art. 18, § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Veja que estamos falando de autonomia, não de soberania. A soberania, que a Constituição adota em seu art. 1º, I, como um fundamento da República Federativa do Brasil (definida como o poder supremo que o Estado Brasileiro possui nos limites do seu território, não se sujeitando a nenhum outro poder de igual ou superior magnitude e tornando-se um país independente de qualquer outro no âmbito internacional) irá se manifestar apenas na pessoa da República Federativa do Brasil, entendida como a união de todos os entes internos, representando todo o povo brasileiro, povo este que é o verdadeiro titular da soberania. O ente federativo "União" não possui soberania, apenas autonomia tal como os Estados, Distrito Federal e Municípios. A República Federativa do Brasil é a única soberana e que se manifesta internacionalmente como pessoa jurídica de direito internacional. Assim, embora a União (e somente a União) possa representar o Brasil externamente, lá fora ninguém sabe que está "tratando com a União" e sim com a República Federativa do Brasil. Somente esta (República Federativa do Brasil) é que é pessoa jurídica de direito público externo. Assim, temos 2 visões de nosso país: a visão interna e a externa. Veja: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 2 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 1. Visão interna do Brasil: Federação formada por Estados, Municípios e Distrito Federal. Todos sendo harmonizados pelo poder central (União), sendo assim, 4 espécies d e pessoas jurídicas de direito público interno. 2. Visão externa do Brasil: República Federativa do Brasil, como única pessoa jurídica de direito público externo. Vítor, por que dizemos então que eles são autônomos? Dizemos isso porque eles possuem relativa independência entre si, esta independência, que chamaremos de autonomia, se manifesta através de três ou quatro facetas (dependendo do doutrinador): 1- Autogoverno: capacidade de os entes escolherem seus governantes sem interferência de outros entes; 2- Auto-organização: capacidade de instituírem suas próprias constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso dos municípios e do DF); Pais X República Federativa do Brasil CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 3 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 3- Autolegislação: capacidade de elaborarem suas próprias leis através de um processo legislativo próprio, embora devam seguir as diretrizes do processo em âmbito federal. 4- Auto-administração: capacidade de se administrarem de forma independente, tomando suas próprias decisões executivas e legislativas. (Para alguns doutrinadores a auto-organização englobaria a autolegislação). • Princípios da organização do Estado. Temos que relembrar aqui uma coisa que, em concursos, se costuma cobrar com bastante frequência: os princípios constitucionais que se referem aos direcionamentos aplicáveis aos diversos entes (Estados, Municípios e DF) que formam a nossa federação. São eles: Os princípios sensíveis - são aqueles presentes no art. 34, VII da Constituição Federal, que se não respeitados poderão ensejar a intervenção federal. Os princípios federais extensíveis - são aqueles princípios federais que são aplicáveis pela simetria federativa aos demais entes políticos, como por exemplo, as diretrizes do processo legislativo, dos orçamentos e das investiduras nos cargos eletivos. Os princípios estabelecidos - são aqueles que estão expressamente ou implicitamente no texto da Constituição Federal limitando o poder constituinte do Estado-membro. • Brasília: CF, Art. 18, § 1º - Brasília é a Capital Federal. Até a Constituição de 1969, tínhamos a disposição "O Distrito Federal é a Capital da União". Com a Constituição de 1988 mudou-se o texto para "Brasília é a Capital Federal". Essa mudança feita há mais de 20 anos ainda gera muitas discussões nos concursos. Veremos que o Distrito Federal não pode ser dividido em municípios, por este motivo, a banca ESAF considera que Brasília e Distrito Federal são a mesma coisa. Por outro lado, o CESPE considera que são coisas distintas, justificando a mudança do texto. Solução: vamos usar a literalidade da Constituição - Brasília é a Capital Federal - com exceção da ESAF, onde consideraremos que a capital federal pode ser Brasília ou o Distrito Federal (já que para ela são a mesma coisa). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 4 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 1. (ESAF/MPU/ 2004) Em decorrência do princípio federativo, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e os Territórios são entes da organização político-administrativa do Brasil. Comentários: Errado. Os entes são apenas a União, os Estados, o DF e os Municípios. Já os Territórios não são entes, eles integram a União, e não são dotados de autonomia. Gabarito: Errado. 2. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988, compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. Comentários: São todos autônomos, despidos de soberania (CF art. 18 caput). Soberania é o poder supremo para agir dentro de um território. Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão limitados pelos princípios da Constituição Federal. Gabarito: Errado. 3. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) A organização político- administrativa da União compreende os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos na forma do disposto na própria Constituição Federal. Comentários: Conseguiram achar a pegadinha? Os Estados, DF e Municípios não fazem parte da organização político- administrativa da União, mas sim, juntamente com a própria União, fazem parte da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil (CF art. 18 caput). Maldade pura!!! Gabarito: Errado. 4. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Nem o governo federal, nem os governos dos Estados, nem os dos Municípios ou o do Distrito Federal são soberanos, porque todos são limitados, expressa ou implicitamente, pelas normas positivas da Constituição Federal. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 5 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Os entes federativos são todos autônomos, despidos de soberania (CF art. 18 caput). Soberania é o poder supremo para agir dentrode um território. Nenhum ente político tem poder supremo, pois todos estão limitados pelos princípios da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 5. (ESAF/PGFN/ 2007) São integrantes do pacto federativo brasileiro os Estados-Membros, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, já que a soberania é atributo exclusivo da União. Comentários: A União não é soberana, a única pessoa soberana é a República Federativa do Brasil, estando a União apenas autorizada a usar temporariamente esta soberania ao tratar de relações internacionais e editar leis nacionais, sem contudo se apropriar de tal atributo. Gabarito: Errado. 6. (ESAF/AFT/ 2006) Na República Federativa do Brasil, a União exerce a soberania do Estado brasileiro e se constitui em pessoa jurídica de Direito Público Internacional, a fim de que possa exercer o direito de celebrar tratados, no plano internacional. Comentários: Quem é pessoa jurídica de direito público internacional é a República Federativa do Brasil, a União é apenas pessoa jurídica de direito público interno, sendo autônoma, mas não Soberana. Gabarito: Errado. 7. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Os Estados-membros se auto- organizam por meio da escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. Comentários: As bancas costumam muito fazer essa maldade: colocam coisas fundamentalmente certas, mas com pequenos deslizes. É correto dizer: Os Estados membros promovem uma escolha direta de seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação por parte da União. Porém, o erro cometido foi que, neste caso, segundo a doutrina, a questão deveria se referir a faceta da autonomia chamada "autogoverno" e não "auto-organização". Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 6 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 8. (ESAF/ATA-MF/ 2009) A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez que d itam suas re- spectivas Constituições. Comentários: Neste caso, segundo a doutrina, o correto seria "auto-organização" e não "autogoverno". Gabarito: Errado. 9. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Os Estados-membros em sua tríplice capacidade garantidora d e autonomia se auto-adminis- tram normatizando sua própria legislação e regras de competência. Comentários: O correto, segundo a d outrina, seria "auto-organização" (ou "autolegislação", se pensássemos em quatro facetas) na e não "auto- administração". Gabarito: Errado. 10. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) O Distrito Federal é chamado d e Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal. Comentários: Grande discussão paira em relação a este enunciado, porém, este foi o pensamento d a banca ESAF, considerou DF e Brasília como sinônimos. Cabe ressaltar que para outras bancas, como o CESPE, a resposta a se marcar deverá se errado. Gabarito: Correto. 11. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Brasília é a Capital Federal. Comentários: Diferentemente d e questões polêmicas d e anos anteriores, a ESAF desta vez limitou-se a transcrever o art. 18 §1º d a Constitu- ição literalmente. Gabarito: Correto. 12. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) A criação de territórios federais, que fazem parte d a União, d epende d e emenda à Constituição. Comentários: Depende de lei complementar (CF, art. 18 §2º). Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 7 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 13. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Comentários: Perfeita literalidade do art. 18 §2º da Constituição. Gabarito: Correto. Reorganização do espaço territorial: A d outrina costuma relacionar as hipóteses d e reorganização d o espaço territorial da seguinte forma: � Cisão ou Subdivisão - Um ente subdivide o seu território d ando origem a outros entes. O ente inicial deixa de existir. � Desmembramento-formação - Uma parte d e um ente se d esmembra formando um novo ente. O ente inicial continua existindo e agora temos um ente completamente novo. � Desmembramento-anexação - Uma parte de um ente se desmembra, porém, ao invés de formar um novo ente, ela é anexada por outro existente. O ente inicial continua existindo e não temos a formação de um ente novo, mas um aumento territorial de outro. � Fusão - Dois ou mais entes se agregam e assim formam um ente novo. Os entes iniciais deixam de existir. 14. (FCC/Analista - TRT-SP/ 2008) No que concerne à Organização do Estado, se um Estado for dividido em vários novos Estados-membros, todos com personalidades d iferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário, ocorrerá a hipótese de alteração divisional interna denominada fusão. Comentários: Isso será caso de cisão e não de fusão, que é quando dois ou mais entes se agregam para formar um ente novo. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/AGU/ 2009) No tocante às hipóteses de alteração da divisão interna do território brasileiro, é correto afirmar que, na subdivisão, há a manutenção d a identidade d o ente federativo primitivo, enquanto, no d esmembramento, tem-se o desaparecimento da personalidade jurídica do estado originário. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 8 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Comentários: O termo "cisão" ou "subdivisão" é usado quando um ente subdivide o seu território dando origem a outros entes. Desta forma, o ente inicial deixa de existir. Gabarito: Errado. Reorganização territorial de Estados e territórios federais: CF, art. 18, § 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos E stados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Atenção a essas duas disposições: ••• Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e ••• Elaboração d e uma lei complementar pelo Congresso Nacional. Jurisprudência: Recentemente, o STF d ecidiu que na reorganização territorial d e Estados, o termo “população d iretamente interessada” d eve ser entendido como “toda a população do Estado”. Procedimento: O procedimento de plebiscitos e referendos está estabelecido pela Lei 9.709/98. Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for desfavorável, não há prosseguimento d os procedimentos, não se passando para fase seguinte. Porém, se a consulta for favorável à reorganização, o processo será enviado às respectivas assembleias para que estas opinem pela sua aprovação ou rejeição. Essa manifestação d a assembleia legislativa, no entanto, é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa (Lei 9.709/98, art. 4º, §3º), nem mesmo essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. Após isso, a matéria segue para o CN, onde então deverá ser votada como lei complementar para que se desfeche o processo. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 9 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 16. (ESAF/ATRFB/ 2012) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ouTerritórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei ordinária. Comentários: Errado o correto seria lei complementar e não "lei ordinária" (CF, art. 18, § 3º). Gabarito: Errado. 17. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/ 2013) Para fins de desmembramento de um Estado, deve haver consulta prévia à população diretamente interessada, compreendendo esta somente a população da área a ser destacada. Comentários: Errado. Recentemente, o STF decidiu que na reorganização territorial de Estados, o termo “população diretamente interessada” deve ser entendido como “toda a população do Estado”. Tal decisão foi proferida no caso do plebiscito sobre a divisão do Pará, quando toda a população foi consultada sobre a divisão do Estado. Gabarito: Errado. 18. (ESAF/Auditor RFB/ 2012) A Constituição Federal permite a criação de novos Estados. No que diz respeito a esse tema (criação de Estados), é correto afirmar que: a) é vedado à União, direta ou indiretamente, assumir, em decorrência da criação de Estado, encargos referentes à despesa com pessoal inativo e com encargos e amortizações da dívida interna ou externa da administração pública. b) o Congresso Nacional deve se manifestar através de Lei Ordinária, aprovando a proposta. c) a população diretamente interessada deve se manifestar, aprovando a proposição na hipótese de a Assembleia Estadual discordar da proposta. d) o Tribunal de Justiça do novo Estado poderá funcionar com desembargadores do Tribunal de Justiça dos Estados limítrofes, pelo prazo máximo de dois anos, até que se organize o Tribunal do novo Estado. e) o primeiro Governador do novo Estado será indicado pelo Presidente da República, com mandato de no máximo dois anos, CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 10 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br prazo em que d evem estar concluídas as primeiras eleições gerais estaduais. Comentários: Essa questão foi cobrada neste concurso, em decorrência da previsão no edital d o tópico “Das Disposições Constitucionais Gerais”. Assim vejamos: Letra A - Correto. Segundo o art. 234 d a Constituição, é vedado à União, d ireta ou indiretamente, assumir em d ecorrência d esta criação: • encargos referentes a despesas com pessoal inativo; e • encargos e amortizações d a d ívida interna ou externa d a Administração Pública, inclusive da indireta. Letra B - Errado. A lei deve ser complementar e não ordinária. Letra C - Errado. O procedimento está invertido, primeiramente há a manifestação da população diretamente interessada, se a consulta for desfavorável, não há prosseguimento d os procedimentos, não passando para a assembleia legislativa. Letra D – Errado. Não há tal previsão constitucional. O que se deve observar, segundo o artigo 235 da Constituição nos dez primeiros anos da criação de Estado, serão as seguintes normas básicas: I – a Assembleia Legislativa será composta de dezessete Deputados se a população do Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, e de vinte e quatro, se igual ou superior a esse número, até um milhão e quinhentos mil; II – o Governo terá no máximo dez Secretarias; III – o Tribunal de Contas terá três membros, nomeados, pelo Governador eleito, dentre brasileiros de comprovada idoneidade e notório saber; IV – o Tribunal de Justiça terá sete Desembargadores; V – os primeiros Desembargadores serão nomeados pelo Governador eleito, escolhidos da seguinte forma: a) cinco dentre os magistrados com mais de trinta e cinco anos de idade, em exercício na área do novo Estado ou do Estado originário; b) dois dentre promotores, nas mesmas condições, e ad- vogados de comprovada idoneidade e saber jurídico, com dez anos, no mínimo, de exercício profissional, obedecido o procedimento fixado na Constituição; VI – no caso de Estado proveniente de Território Federal, os cinco primeiros Desembargadores poderão ser escolhidos dentre juízes de direito de qualquer parte do País; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 11 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br VII – em cada Comarca, o primeiro Juiz de Direito, o pri- meiro Promotor de Justiça e o primeiro Defensor Público se- rão nomeados pelo Governador eleito após concurso público de provas e títulos; VIII – até a promulgação da Constituição Estadual, respon- derão pela Procuradoria-Geral, pela Advocacia-Geral e pela Defensoria-Geral do Estado advogados de notório saber, com trinta e cinco anos de idade, no mínimo, nomeados pelo Governador eleito e demissíveis ad nutum; IX – se o novo Estado for resultado de transformação de Território Federal, a transferência de encargos financeiros da União para pagamento dos servidores optantes que pertenciam à Administração Federal ocorrerá da seguinte forma: a) no sexto ano de instalação, o Estado assumirá vinte por cento dos encargos financeiros para fazer face ao pagamento dos servidores públicos, ficando ainda o restante sob a responsabilidade da União; b) no sétimo ano, os encargos do Estado serão acrescidos de trinta por cento e, no oitavo, dos restantes cinquenta por cento; X – as nomeações que se seguirem às primeiras, para os cargos mencionados neste artigo, serão disciplinadas na Constituição Estadual; XI – as despesas orçamentárias com pessoal não poderão ultrapassar cinquenta por cento da receita do Estado. Letra E - Errado. Não há tal previsão na Constituição. Em todos os dispositivos, inclusive no art. 235 da Constituição, sempre há referência ao governador "eleito". Gabarito: Letra A. 19. (ESAF/ATA-MF/ 2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento dos Estados far-se-ão por lei complementar federal, após divulgação dos Estudos de Viabilidade, apresentados e publicados na forma da lei. Comentários: Pessoal, ATENÇÃO!!! Falou em "Estudos de viabilidade" tem que falar de município, senão está, de pronto, errado. A questão está errada, desta forma, por contrariar o disposto na CF art. 18 §§3º e 4º, Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 12 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 20. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Comentários: Trata-se da transcrição literal do art. 18 §3º da Constituição. Gabarito: Correto. 21. (ESAF/Analista-SUSEP/ 2010) Sobre a organização Político- Administrativa e a formação dos Estados, é correto afirmar que: a) de acordo com as disposições constitucionais vigentes, é possível criar novos Estados, mesmo que não seja por intermédio de divisão de outro ou outros Estados. b) os Territórios Federais transformados em Estados não podem mais restabelecer a situação anterior. c) poderá ocorrer a fusão entre Estados. Nesse caso, nem todos perdem a primitiva personalidade, pois, ao surgir o Estado novo, este adquire a personalidade de um deles. d) nos processos de transformação dos Estados, o Senado não está obrigado a ouvir nem ao pronunciamento plebiscitário, nem ao das Assembleias, notando-se que estas não decidem, apenas opinam pela aprovação, pela rejeição, ou simplesmente se abstêm de tomar partido. e) qualquer processo de transformação do Estado deve passar por um pronunciamento plebiscitário favorável à alteração, devendo oprocesso ser remetido ao Senado, a quem cabe a aprovação das alterações, mediante lei. Comentários: Letra A – Errado, segundo a ESAF. Mas, em nosso entendimento essa alternativa estaria correta. No entanto, vamos primeiramente observar o pensamento da ESAF: atualmente, todo o território nacional está dividido em 26 estados + 1 Distrito Federal. Não existe em nosso país, atualmente, territórios federais. Logo, para se formar novos estados, precisa-se necessariamente dividir algum outro, não há a possibilidade de transformar territórios em Estados, pois não há territórios. Porém, a banca esqueceu que se poderia formar um novo Estado através da fusão de outros dois ou mais, o que tornaria a assertiva correta. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 13 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Letra B - Errado. A própria Constituição admite essa hipótese quando diz, em seu art. 18 §2º, que os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. Letra C - Errado. A fusão entre estados ocorre para dar lugar a um novo estado, distinto daqueles que se fundiram. Dessa forma, ambos os estados deixam de existir para dar lugar a um novo ente de personalidade diferente. Caso houvesse manutenção da personalidade de um deles, seria caso de anexação e não de fusão. Letra D - Correto. Entendemos que esta assertiva etária errada. Primeiro que a oitiva é feita pelo Congresso e não pelo "Senado", este seria o erro, além disso, eles o CN é obrigado a ouvir o pronunciamento plebiscitário, bem como aos pronunciamentos das assembleias legislativas, caso estes sejam feitos (embora estes pronunciamentos sejam meramente opinativos e não vinculativos). Assim. Para que ocorra a reorganização do território do Estado, o Congresso Nacional irá convocar o plebiscito. Se a consulta for favorável à reorganização, o processo será enviado às respectivas assembléias para que estas opinem pela sua aprovação ou rejeição. Segundo a lei 9709/98, essa manifestação da assembleia legislativa, é meramente opinativa, não se constituindo em uma manifestação vinculativa nem essencial, podendo as mesmas inclusive, se abster da manifestação. Letra E - Errado. Encontramos dois erros: um erro é que será remetido ao Congresso e não ao Senado. Outro erro, é que será elaborada uma lei complementar e não somente uma "lei" que induz a pensar em "lei ordinária". Gabarito Oficial: letra D / Gabarito que deveria ser o correto = letra A. 22. (FCC/Procurador-TCE-AP/ 2010) Em dezembro de 2009, foi aprovado pelo Senado Federal projeto de Decreto Legislativo que autoriza a realização de plebiscito sobre a criação do chamado Estado de Carajás. O novo Estado seria formado por 38 Municípios do sul e sudeste do atual Estado do Pará, com extensão total de 285.000 km² e 1.300.000 habitantes. O plebiscito seria realizado nesses Municípios, seis meses após a publicação do Decreto Legislativo. A referida proposta de criação do Estado de Carajás a) é inconstitucional, uma vez que a união estabelecida entre os entes da Federação é indissolúvel. b) seria possível somente durante os trabalhos de Assembleia Nacional Constituinte, a exemplo do que ocorreu com a criação do Estado de Tocantins. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 14 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br c) deveria ser precedida da criação do Território de Carajás, o qual, somente após demonstrar sua viabilidade, seria então transformado em Estado. d) é compatível com a Constituição desde que, ademais da consulta à população interessada, mediante plebiscito, seja aprovada pelo Congresso Nacional, por lei complementar. e) d everia ser precedida d e Estudos d e Viabilidade, apresentados e publicados na forma d a lei, e ser aprovada por lei d o Estado d o Pará, dentro do período determinado por lei complementar federal. Comentários: Pode haver reorganização d os Estados na vigência d a atual constituição. Logo, é incorreta a letra A e B da questão. Porém, para que ocorra, precisamos de: ••• Aprovação d a população d iretamente interessada, através d e plebiscito; e ••• Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. Assim, a letra D é a alternativa correta. Já a letra E se refere a criação de Municípios e não de Estados. e a letra C é absurda. Gabarito: Letra D. 23. (CESPE/AJAJ - STM/ 2011) O processo d e formação d os estados-membros exige a participação da população interessada por meio de plebiscito, medida que configura condição prévia, essencial e prejudicial à fase seguinte. Assim, d esfavorável o resultado d a consulta prévia feita ao povo, não se passará à fase seguinte d o processo. Comentários: Isso aí, o plebiscito favorável é essencial para que se consiga reorganizar o território d o Estado. Caso o plebiscito seja desfavorável, desde já deve ser paralisado o procedimento, pois não ser poderá cumprir as exigências constitucionais para tal. Gabarito: Correto. 24. (CESPE/Técnico - MPU/ 2010) Considere que determinado estado da Federação tenha obtido aprovação tanto de sua população diretamente interessada, por meio de plebiscito, como do Congresso Nacional, por meio d e lei complementar, para se d esmembrar em dois estados distintos. Nesse caso, foi cumprida a exigência imposta pela Constituição para incorporação, subdivisão, desmembramento ou formação de novos estados ou territórios federais. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 15 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br É exatamente o disposto no art. 18 § 3º da Constituição, o qual permite que os Estados possam incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, desde que observe os requisitos de: � Aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito; e � A Elaboração de uma lei complementar pelo Congresso Nacional. Gabarito: Correto. Reorganização territorial de Municípios: CF, art. 18 §4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos E studos de Viabilidade Muni- cipal, apresentados e publicados na forma da lei. Atenção a essas três disposições: • far-se-á por lei estadual no período de lei complementar federal; • Aprovação, por plebiscito, da população envolvida; • Deve-se apresentar e publicar, na forma da lei, Estudos de Viabilidade Municipal. Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de Municípios! Segundo o posicionamento do STF (STF, ADI’S 2.812-RS, 2.994-BA e ADI 3.013-BA), essa previsão da dependência de lei complementar federal faz com que a norma se torne d e eficácia limitada, e como tal norma ainda não existe, isto inviabiliza a criação d e novos Municípios. Mas, houve criações d e Municípios sem observância d esta d isposição, e estas criações foram declaradas inconstitucionais pelo STF, porém, tal discussão ensejou a edição da EC nº 57/08 que acrescentou o artigo abaixo: CF, ADCT, art. 96 → Ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada...) os atos d e criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 d e d ezembro d e 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação d o respectivo Estado à época d e suacriação. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 16 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Observação: Quem convoca o plebiscito para redefinição de Estados é o Congresso Nacional, pois o tema é de abrangência nacional. Quem convoca o plebiscito para redefinição de Municípios é a Assembleia Legislativa, pois é tema estadual. 25. (ESAF/ATRFB/ 2012) A fusão de Municípios far-se-á por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, sendo prescindível a realização de Estudo de Viabilidade Municipal. Comentários: Errado. Deve-se sempre ligar "estudos de viabilidade" aos "municípios" (CF, art. 18, § 4º). Não se pode dizer que é “prescindível” (dispensada) o correto seria dizer que é “imprescindível”. Gabarito: Errado 26. (ESAF/EPPGG-MPOG/ 2009) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Comentários: Novamente a banca usa da literalidade, esta pode ser encontrada no art. 18 §4º da Constituição. Gabarito: Correto. 27. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar federal. Comentários: De acordo com o art. 18 §4º da Constituição, será por lei estadual no período de lei complementar federal. Gabarito: Errado. 28. (ESAF/TCU/ 2006) Nos termos da Constituição Federal, a criação de novos municípios, que é feita por lei estadual, só poderá se realizar quando for publicada a lei complementar federal que disciplinar o período dentro do qual será autorizada essa criação. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 17 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Comentários: É isso mesmo. O STF declarou inconstitucional muitas criações de Municípios devido a falta lei complementar federal para disciplinar o tema. Isso contribuiu que contribuiu para a edição da EC 57/08 que inclui o art. 96 nos ADCT � Ficam convalidados (confirmados, com a validade ratificada,...) os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação. Gabarito: Correto. 29. (ESAF/PGFN/ 2007) Para a criação de novos Municípios é necessária prévia consulta por plebiscito convocado pela Câmara de Vereadores. Comentários: Não é a Câmara de Vereadores que convoca, e sim a Assembleia Legislativa. Gabarito: Errado. 30. (FCC/TJAA – TRF 1ª/ 2011) A incorporação de Municípios far-se-á por Lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação a) do parecer favorável do Procurador-Geral do Estado. b) da decisão do Presidente da Assembleia Legislativa. c) do Decreto Estadual emitido pelo Governador do Estado. d) do parecer favorável do Ministro do Planejamento. e) dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Comentários: Letra A, B, C e D = Tudo balela... Só a letra E traz algo realmente condizente: Nos termos da CF, art. 18 §4º a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. E Lembrem-se: estudo de viabilidade é só no caso de Municípios! CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 18 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Gabarito: Letra E. Vedações aos entes federativos: Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - recusar fé aos documentos públicos; III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 31. (ESAF/ATA-MF/ 2009) É vedado aos Estados manter relação de aliança com representantes de cultos religiosos ou igrejas, resguardando-se o interesse público. Comentários: Somente pode haver cooperação entre entes estatais e entidades religiosas quando se tratar de interesse público (CF, art. 19). Gabarito: Correto. 32. (ESAF/CGU/ 2006) Por ser a República Federativa do Brasil um Estado laico, a Constituição Federal veda qualquer forma de aliança com cultos religiosos. Comentários: Não é qualquer forma de aliança que é vedada, pois poderá haver cooperação entre entes estatais e entidades religiosas quando se tratar de interesse público (CF, art. 19). Gabarito: Errado. 33. (FCC/Analista - TRT 15ª/ 2009) Aos Estados é permitida, na forma da lei, a subvenção a cultos religiosos ou igrejas. Comentários: Não só aos Estados, mas a todos os entes políticos é vedada esta subvenção, ressalvada somente, como vimos, a colaboração de interesse público nos termos da Constituição, art. 19, I. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 19 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 34. (CESPE/Promotor-MPE-RN/ 2009) É vedado à União, aos estados, ao DF e aos municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança. Comentários: Trata-se de uma limitação imposta pelo constituinte a todos os entes, insculpida no art. 19, I. Gabarito: Correto. Questões gerais 35. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) Assinale a única opção correta relativa à organização político-administrativa da República Federativa do Brasil, segundo as normas da Constituição de 1988. a) Compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos soberanos, nos termos da Constituição. b) A criação de territórios federais, que fazem parte da União, depende de emenda à Constituição. c) O Distrito Federal é chamado de Brasília e com esse nome constitui a Capital Federal. d) A criação de Municípios deve ser feita por lei complementar federal. e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou estrangeiros. Comentários: Organização político-administrativa está lá no art. 18 e 19 da Constituição. Vejamos: Letra A - Errado. Pois são autônomos e não soberanos. Letra B - Errado. Exige-se apenas lei complementar, não precisa de emenda. Letra C - Correto. Sem polêmicas!!! Esse é o pensamento da ESAF sobre o tema, embora muita gente não concorde com isso. Letra D - Errado. Será por lei estadual no período de lei complementar federal. Letra E - Errado. A vedação é somente na criação de distinção entre brasileiros, entre estrangeiros pode haver distinção, por exemplo, os estrangeiros de um país podem possuir procedimentos de entrada no território nacional facilitado ou dificultado se comparado com os CURSOON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 20 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br procedentes de algum outro país, sem que haja inconstitucionalidade nisso. Gabarito: Letra C. 36. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/ 2010) Relativamente à organização do Estado, assinale a afirmativa incorreta. a) A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. b) A autonomia federativa assegura aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná- los, autorizar ou proibir seu funcionamento, na forma da lei. c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. d) Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. e) A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Comentários: Letra A - Correto. Questão simples, essa assertiva cobra a literalidade do art. 18 da Constituição. Letra B - Errado. Segundo o art. 19 da Constituição, É VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. Letra C - Correto. Literalidade do art. 19, III da Constituição. Letra D - Correto. Literalidade do art. 18, §3º da Constituição. Letra E - Correto. Agora a literalidade usada foi a do art. 18, §4º da Constituição. Gabarito: Letra B. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 21 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Bens Públicos: Existem bens exclusivos da União e outros que dependendo da situação poderão pertencer tanto a União, quanto aos Estados, ou aos Municípios e até mesmo a terceiros. Para responder as questões deste tema, colocarei abaixo um resumo sobre os Bens Públicos que foi retirado do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos": União e Estados: ♦ Terras Devolutas: Regra � Estados; Exceção � União, se indispensáveis: � À defesa d as fronteiras, fortificações e con- struções militares ou vias federais de comunicação; ou � À preservação ambiental. Terras Devolutas são aquelas que nunca tiveram proprietários ou foram d evolvidas, ficando sem d ono, passam então a integrar o patrimônio público. ♦ Ilhas FLUVIAIS e LACUSTRES: Regra � Estados; Exceção � União, se fizer limite com outros países. ♦ Águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito: Regra � Estados; Exceção � União, se na forma d a lei, d ecorrerem d e obras d a União. ♦ Lagos, rios e demais águas correntes: Regra � Estados; Exceção � União: � Se banhar mais de um Estado; � Se fizerem limite com países ou se deles provier- em ou se estenderem; � Também o são os terrenos marginais destes e as praias fluviais. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 22 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br União, Estados e Municípios: ♦ Ilhas COSTEIRAS e OCEÂNICAS: Municípios � Quando for sede do Município, salvo se for afetada por serviço público ou unidade ambiental federal (nestes casos será da União); Estados � Quando estiverem em seu domínio; União � As demais, inclusive o caso acima. Elas podem ainda ser de terceiros. Somente à União: � Todos que atualmente lhe pertencem ou os que lhe vierem a ser atribuídos; � Praias marítimas, os terrenos de marinha e seus acrescid- os; � O mar territorial; � Os recursos naturais d a plataforma continental e d a zona econômica exclusiva; � Os recursos minerais, inclusive do subsolo; � Os potenciais de energia hidráulica; � As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; � As terras tradicionalmente ocupadas pelos índi- os. Observe que todos os recursos minerais são propriedade da União e, em se tratando d a plataforma continental e d a zona econôm- ica exclusiva, também o serão todos os demais recursos naturais além dos minerais. • É assegurado aos entes federativos bem como a órgãos d a administração d ireta d a União, participação no resultado d a exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins d e geração d e energia elétrica e d e outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração. Faixa de fronteira faixa até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 23 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br • A faixa de fronteira é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Bens públicos quanto à finalidade: O código civil divide esses bens públicos em 3 espécies, que se referem à destinação do bem: 1 - Bens de uso comum: São os destinados ao uso de toda a população, indistintamente. Ex: rios, mares, estradas, ruas e praças. 2 - Bens de uso especial: Estão destinados a uma finalidade específica, são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, e suas autarquias. Ex. Repartições públicas, bibliotecas, quartéis. 3- Bens dominicais: Não estão destinados nem a uma finalidade especial, nem são de uso comum. São aqueles bens dos quais o Estado pode se desfazer. 37. (ESAF/ATRFB/ 2012) As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são bens da União. Comentários: Correto. Sempre que estivermos diante de temas “sensíveis”, como atividade nuclear, guerra, índios, mais uma vez estaremos diante de competência da União. Gabarito: Correto. 38. (ESAF/ATRFB/ 2012) Os recursos minerais do subsolo são bens dos Municípios. Comentários: Errado. Entre outros, são bens da União: • Os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; • Os recursos minerais, inclusive do subsolo; Gabarito: Errado 39. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Incluem-se entre os bens dos Estados as terras devolutas não compreendidas entre as da União. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 24 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br As terras devolutas em regras são dos Estados. Somente serão da União se indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei (CF, art. 20, II e art. 26, IV). Gabarito: Correto. 40. (ESAF/CGU/ 2006) As cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos, desde que não situados em terras de propriedade dos Estados, pertencemà União. Comentários: Segundo o art. 20, X, da Constituição, não há esta restrição para que pertençam à União. Eles serão sempre da União. Gabarito: Errado. 41. (ESAF/CGU/ 2006) Pertencem aos Estados as ilhas fluviais localizadas em seu território, que não se situem na zona limítrofe com outros países. Comentários: É o disposto no art. 26, III combinado com o art. 20, IV da Constituição Federal. Gabarito: Correto. 42. (ESAF/TCU/ 2006) O aproveitamento, pela União, dos potenciais hidroenergéticos localizados em cursos de água que integrem os bens estaduais, depende de expressa autorização do poder executivo estadual e far-se-á mediante compensação financeira por essa exploração. Comentários: Prescinde (dispensa) de autorização tal exploração por parte da União (CF, art. 21 XII, b), já que a Constituição atribuiu somente a União a prerrogativa de explorar estes potenciais, ainda que sob o regime de concessão, permissão ou autorização. Gabarito: Errado. 43. (FCC/Técnico-TRE-AL/ 2010) Incluem-se entre os bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União. emergentes e em depósito, incluídas, em regra, as decorrentes de obras da União (C/E). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 25 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Comentários: As águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, são: Regra � Esta- dos; Exceção � União, se na forma da lei, decorrerem de obras da União. Desta forma, erra a questão, pois d eve-se "excluir" as que decorrerem de obras da União. Gabarito: Errado. 44. (FCC/Técnico-TRT-MG/ 2010 - Adaptada) A faixa d e fronteira deve observar a medida de até cento e oitenta quilômetros de largura. Comentários: O correto seria faixa até 150 km de largura, e lembrando que isso é somente ao longo das fronteiras terrestres. Muitas questões tentam dizer "aéreas", "marítimas" e assim se tornam incorretas. Gabarito: Errado. 45. (FCC/Técnico-TRT-MG/ 2010 - Adaptada) São bens d a União, dentre outros, os potenciais d e energia hidráulica e os sítios arqueológicos. Comentários: Perfeito, exatamente como vimos no re- sumo. Gabarito: Correto. 46. (CESPE/Analista – CNPq/ 2011) Consideram-se terras d a União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações, d as construções militares e d as vias federais d e comunicação, bem como indispensáveis à preservação ambiental, e as áreas de fronteiras. Comentários: As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, em- bora possam ser da União se indispensáveis: � À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou � À preservação ambiental. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 26 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Erra a questão ao dizer que “as áreas de fronteira” são bens da União. Não basta ser área de fronteira para ser bem da União, ela tem que ser “indispensável à defesa das fronteiras”. Gabarito: Errado. 47. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/ 2009) São bens da União as terras devolutas. Comentários: As terras devolutas são bens que em regra são dos Estados, embora possam ser da União se indispensáveis: � À defesa das fronteiras, fortificações e construções militares ou vias federais; ou � À preservação ambiental. Não se pode então fazer esta afirmação: "São bens da União as terras devolutas". Gabarito: Errado. 48. (CESPE/AGU/ 2009) As terras devolutas são espécies de terras públicas que, por serem bens de uso comum do povo, não estão incorporadas ao domínio privado. São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados-membros, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. Constituem bens da União as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei. Comentários: As terras devolutas não são bens de uso comum, são bens dominicais, ou seja, bens que não possuem nenhuma destinação estatal específica, nem são de uso indistinto da população. Gabarito: Errado. 49. (CESPE/ACE-TCU/ 2009) Caso o estado do Amazonas conceda título de propriedade de uma pequena área localizada em terras devolutas dentro da zona de fronteira com a Colômbia, o referido título será nulo, visto que essa área pertence à União. Comentários: Questão muito maldosa. Em regra as terras devolutas pertencem aos Estados, porém pertencerão à União caso sejam "indispensáveis" à defesa das fronteiras ou à preservação ambiental. O fato da terra encontrar-se na zona de fronteira, por si, não a faz ser um bem da CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 27 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br União, assim seria se fosse considerada "indispensável à defesa da fronteira". Gabarito: Errado. 50. (CESPE/Promotor - MPE-ES/ 2010) A faixa de até 50 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira é considerada fundamental para a defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei. Comentários: Embora a faixa de fronteira seja realmente considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização devam ser reguladas em lei. Tal faixa é de até 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres. Gabarito: Errado. 51. (CESPE/AGU/ 2009) Os rios públicos são bens da União quando situados em terrenos de seu domínio, ou ainda quando banharem mais de um estado da Federação, ou servirem de limites com outros países, ou se estenderem a território estrangeiro ou dele provierem. Os demais rios públicos bem como os respectivos potenciais de energia hidráulica pertencem aos Estados-membros da Federação. Comentários: A questão traz muita informação verdadeira, porém, está falha já que os potenciais de energia hidráulica serão sempre bens da União, vide art. 20, VIII CF. Gabarito: Errado. 52. (CESPE/ACE-TCU/ 2008) As riquezas minerais, como o petróleo, são bens da União. Comentários: Conforme vimos, todos os recursos minerais, inclusive do subsolo, pertencem somente à União (CF, art. 20, IX). Lembrando que no caso da plataforma continental e da ZEE, pertencerá à União não só os minerais, como todos os recursos naturais (minérios, vegetais, animais...) ali existentes. Gabarito: Correto. Competências Administrativas e Legislativas: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 28 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Teoria e noções gerais sobre o tema: Trata-se de um tema muito explorado em concursos e, geralmente, os candidatos têm aversão ao seu estudo pela aparente complexidade e extensão. Estes problemas são facilmente dissipados, se, antes d e iniciarmos o estudo, atentarmos para algumas lógicas usadas pelos Constituintes ao estabelecer as competências. Existem 2 tipos d e competência elencadas na Con- stituição: competência material (administrativa) e competência legislativa. A competência material (realizar as coisas) pode ser: • Exclusiva da União (art. 21) - quando só a União poderá realizar tais atos, sem poder delegar a nenhum outro ente, ou • Comum - ou paralela - (art. 23) - quando todos os entes da federação puderem, em pé de igualdade, agir para concretizar aquiloque está exposto. A competência legislativa (regulamentar como as coisas ser- ão feitas) pode ser: • privativa da União (art. 22) - quando couber somente a União legislar sobre o tema - embora neste caso, através d e uma lei complementar, ela permita que os Estados façam a regulamentação de questões específicas -; ou • Concorrente (art. 24) - quando a União não irá fazer nada além d as normas gerais (normas genéricas que se aplicam a todos os entes) e com base nessas normas gerais - sem precisar receber a d elegação d a União - os Estados irão elaborar as normas específicas. O nome é concorrente pois são 2 legislações que concorrem para um certo ponto (a regulamentação do tema): Observação 1 - Embora tenhamos a classificação doutrinária de chamar "competência exclusiva" a competência material Normas Gerais Norma Específica Suplementar Regulamentação do tema CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 29 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br executável somente pela União, e de "competência privativa" a competência legislativa, as bancas de concurso não são tão inflexíveis com isso. Diversas vezes colocam no enunciado: "competência exclusiva para legislar" ou "competência privativa para executar". Ou seja, fique atento, mas não marque incorreta uma questão de prova somente pr este fato (principalmente se a questão for do CESPE). Critério para repartição de competências: As competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", ou seja, a União faz as coisas de âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as coisas de âmbito regional, e os Municípios fazem no âmbito local. Outro imporante princípio, que vigora notadamente para as competências comuns seria o princípio da subsidiariedade que diz que nada será exercido por um poder de nível superior, caso possa ser cumprido pelo inferior. Isso porque os governos locais estão mais próximos da população e sabem a sua real necessidade, sendo os primeiros a executar as políticas sociais comuns (CF, art. 23) Técnica utilizada para a repartição de competências: A técnica utilizada pela Constituição para repartir as competências foi a seguinte: 1- Enumerar as competências da União e dos Municípios - Assim, ela estabeleceu de forma expressa e taxativamente quais seriam as competências federais (CF, art. 21 ao 24) e municipais (CF, art. 30). 2- Estabelecer a competência residual (ou remanescente) para os Estados - Assim, a competência estadual não foi taxativa, cabendo aos Estados fazer "tudo aquilo que não lhe forem vedados". Observação - Existe uma exceção: A União possui competência residual quando se trata de "matéria tributária", podendo instituir novos impostos e contribuições que não foram previstos no texto constitucional. 3- Atribuiu competência legislativa hibrida ao DF - Assim o DF possui as competências legislativas taxativas dos Municípios e as remanescentes dos Estados. Atenção!!! Em que pese a competência remanescente ou residual dos Estados/DF, existem para estes entes duas CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 30 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br competências expressas no art. 25. • Art. 25 §2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais d e gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. • Art. 25 §3º - Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agru- pamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. A vedação da medida provisória para regulamentar o art. 25 §2º foi inserida pela EC 05/95 e é importante observar que o art. 246 dispõe que “é vedado se regulamentar por MP qualquer artigo da CF modificado por EC entre 1º de janeiro de 95 (o que inclui a EC 05/95) até a EC 32/01”, o que tornaria desnecessário esse texto. DICA FINAL SOBRE AS NOÇÕES GERAIS: As únicas coisas que precisam estar completamente decoradas são: 1- Os parágrafos únicos do art. 22 e 23, e os parágrafos do art. 24, já que eles são cobrados literalmente, constantemente, em concursos. 2- As duas competências expressas dos Estados (CF, art. 25 §§2º e 3º). Os Estados só tem essas duas competências expressas, então caem muito em prova, e não pode errar de jeito algum!!! Literalidade dos art. 21 ao 24 (União), 25 (Estados) e 30 (Municípios) - Dicas para entender a literalidade e resolver as questões: 1- Como as competências são instituídas de acordo com o critério da "predominância do interesse", sempre que se usar o termo nacional ou internacional, já sabemos que é competência da União. 2- Como a União é o poder central da federação, responsável por uniformizar as medidas e evitar os conflitos entre os entes, será ela que irá estabelecer as "diretrizes", "critérios", "bases", "normas gerais"... (tente imaginar o Rio de Janeiro estabelecendo uma norma geral para ser cumprida por SP, MG, RS... isto é inimaginável) 3- Se a questão tocar em temas "sensíveis" como atividade nuclear, guerra, índios, energia, telecomunicações mais uma vez estaremos diante de competência da União. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 31 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 4- Como vimos, as competências federativas encontram-se basicamente em 4 artigos da Constituição: 21,22,23 e 24. Destes, o Município só participa de 1 rol de competências: Competência "administrativa" comum. Logo, sempre que se deparar com uma questão que traga "compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios", essa competência nunca poderá ser legislativa, apenas administrativa, pois, competência legislativa para Município só ocorre na Constituição quando ele atua sozinho (CF, art. 30, I e II). (OBS. Isso não se aplica para questões da banca "CESPE", pois esta entende que os Municípios legislam concorrentemente, agregando o art. 30, II ao art. 24, a FCC de vez em quando também aparece com uma dessa) 5- A competência comum refere-se a temas coletivos, difusos... assim, caberá a todos os entes políticos unir forças para preservar florestas, fauna, combater a pobreza, zelar pela guarda da Constituição e o patrimônio público. 6- Geralmente as coisas que são de competência comum entre os entes, estarão atreladas a legislações concorrentes, veja o exemplo abaixo: Competência Comum: Legislação concorrente - legislar sobre: proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural; proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico; proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; educação, cultura, ensino e desporto; proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico; preservar as florestas, a fauna e a flora; florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 32 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 7- A Constituição dispôs expressamente sobre alguns serviços que podem ser executados pelos entes de formadireta ou sob regime de delegação (concessão, permissão ou autorização). Porém, pela literalidade da Constituição, os serviços ali expressos foram previstos da seguinte forma: • União → diretamente ou por autorização, permissão e concessão; • Municípios → diretamente ou por permissão e concessão; • Estados → diretamente ou apenas por concessão. Assim, se a questão cobrar "Municípios" e falar em "autorização" já está errada, pois pela literalidade Municípios = permissão ou concessão. Da mesma forma, se falar em "Estados", tem que falar em "concessão", senão já está errado. Pegadinhas que sempre caem nos concursos, logo VOCÊ TEM QUE ACERTAR: Essas coisas já são muiiiiito manjadas! Se você errar vai ficar pra trás, pois todo mundo vai acertar: 1- Direitos: Existem 5 que são de legislação concorrente, e 10 que são de legislação privativa da União - gravem somente os 5 concorrentes. Assim temos: Concorrentes- Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico - (Mnemônico: Tri - Fi - Penit - EC - Ur); Privativos da União - O que sobrou! 2- Legislar sobre desapropriação = É privativo da União; X Decretar a desapropriação = Poder Público (executivo) em geral, em especial o Municipal, que é o responsável pelo ordenamento urbano. 3- Direito Processual - Competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, I), já que não está no Tri-Fi-Penit-Ec-Ur; X Procedimentos em matéria processual - Competência legislativa concorrente (CF, art. 24, XI) - ou seja, observada as normas gerais da União, cada ente poderá estabelecer no seu âmbito, como serão os procedimentos a serem usados no andamentos dos seus processos. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 33 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 4- Seguridade social = é o conjunto de Saúde + Previdência Social + Assistência Social = Esse conjunto, como um todo, é de competência legislativa privativa da União (CF, art. 22, XXIII). X Previdência Social, bem como a proteção e defesa da saúde = A legislação é concorrente, pois cada ente possui o seu regime próprio de previdência (CF, art. 24, XII) e proteger e defender a saúde é algo que merece união de forças dos entes públicos. 5- Legislar sobre educação = Competência concorrente. X Legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional = Privativa da União, até porque, tudo que tiver diretrizes, bases e nacional, será competência da União. Jurisprudência: Súmula vinculante n° 2: "É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.” Isso porque segundo o art. 22, XX compete à União legislar sobre os sistemas de consórcios e sorteios. Sobre as noções gerais, vamos ver algumas questões: 53. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A União poderá, por meio de lei ordinária, delegar aos Estados e ao Distrito Federal questões específicas acerca das matérias de sua competência legislativa privativa. Comentários: Errado. Diz a Constituição, Lei complementar (e não lei ordinária) poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo (Par. único do Art. 22). Gabarito: Errado 54. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A competência da União para legislar sobre normas gerais e dos Estados e do Distrito Federal para legislar sobre normas específicas é chamada competência legislativa concorrente e compreende, entre CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 34 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br outras matérias, orçamento, juntas comerciais, direito tributário e registros públicos. Comentários: Errado. De fato o item dá o conceito de competência legislativa concorrente, conforme previsão do art. 24 da CF, que enumera as matérias em seus incisos. Ainda o mencionado artigo prevê, em seu §1º, que no âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. No entanto, o único erro do item é afirmar que legislar sobre Registros Públicos é de competência concorrente, considerando que tal competência é privativa da União (art. 22, XXV). Gabarito: Errado 55. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) Estão entre as matérias de competência legislativa concorrente da União, Estados, Distrito Federal e Municípios orçamento, procedimento em matéria processual, desapropriação e trânsito e transporte. Comentários: Errado. Essa questão exige um pouco mais de atenção do candidato. Primeiramente importante observar que os municípios não têm, segundo maioria doutrinária, competência legislativa concorrente, não podendo “concorrentemente”, legislar sobre orçamento e procedimento em matéria processual que são matérias de concorrência legislativa, mas somente entre União, Estados e DF (art. 24, II e XI). Por fim, a competência para legislar sobre trânsito e transporte é privativa da União (Art. 22, XI). Gabarito: Errado. 56. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) Compete aos Municípios e ao Distrito Federal explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei. Comentários: Errado. Cabe aos Estados, e não aos municípios, explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação (art. 25, §2º). Gabarito: Errado. 57. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) São bens dos Estados as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 35 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União. Comentários: Correto. Tais águas são bens dos Estados (art. 26, I). Gabarito: Correto. 58. (ESAF/Técnico Administrativo- DNIT/2013) ao Distrito Federal são atribuídas as competências reservadas aos Estados e aos municípios, inclusive organizar e manter o seu Ministério Público e o seu Poder Judiciário. Comentários: Errado. Realmente ao DF são atribuídas as competências reservadas aos Estados e municípios (Art. 32, §1º), no entanto, Segundo o art. 21, XIII da Constituição, competirá à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal. Gabarito: Errado. 59. (ESAF/TCU/ 2001) Em matéria de legislação concorrente, não havendo legislação estadual sobre a matéria, cabe à União suprir a omissão, tanto em aspectos de normas gerais como de normas específicas. Comentários: Em legislação concorrente, a União se limitará a fazer as normas gerais, não podendo legislar de forma específica (CF, at. 24 §1º). Os Estados/DF é que poderão, caso não haja normas gerais da União, legislar plenamente, fazendo normas gerais e específicas. Gabarito: Errado. 60. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação. Comentários: É o que dispõe a Constituição em seu art. 25 §2º. Trata-se de uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a outra é instituir regiões metropolitanas. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 36 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 61. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/ 2009) Os Estados podem instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídaspor agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Comentários: É a redação encontrada no art. 25 §3º da Constituição. Os Estados só possuem duas competências expressas, essa é uma delas. Gabarito: Correto. 62. (ESAF/ATA-MF/ 2009) Os Estados poderão, mediante lei complementar federal, instituir regiões metropolitanas, constituídas por regiões administrativas limítrofes. Comentários: A questão trata da competência estadual expressa no art. 25 §3º da Constituição. Porém, a lei complementar referida é estadual e não federal. Gabarito: Errado. 63. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/ 2009) Cabe aos Estados organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. Comentários: A repartição geográfica de competências se dá de acordo com a predominância de interesse. Assim, serviços nacionais ficam a cargo da União, os regionais para os Estados e os locais para os Municípios. A redação do enunciado se encontra no art. 30, V da Constituição. Gabarito: Errado. 64. (ESAF/APOFP-SEFAZ-SP/ 2009) Compete aos Municípios explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado. Comentários: É competência estadual encontrada no art. 25 §2º CF. Trata-se de uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a outra é instituir regiões metropolitanas. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 37 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 65. (ESAF/TCU/ 2006) A exploração dos serviços locais de gás canalizado pode ser feita pelos Estados, desde que a União, mediante instrumento próprio, faça uma autorização, concessão ou permissão para a sua execução. Comentários: Tal exploração será feita diretamente ou apenas mediante concessão, de acordo com a Constituição em seu art. 25 §2º. Gabarito: Errado. 66. (ESAF/TRF/ 2006) Obedecendo ao princípio geral de repartição de competência adotado pela Constituição de 1988, a exploração dos serviços locais de gás canalizado foi reservada para os municípios. Comentários: É competência estadual encontrada no art. 25 §2º CF. Trata-se de uma das únicas duas competências expressas aos Estados-membros, a outra é instituir regiões metropolitanas. Gabarito: Errado. Questões sobre a literalidade: 67. (ESAF/ATRFB/ 2012) Sobre as competências da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, assinale a única opção correta. a) Compete privativamente à União legislar sobre direito penitenciário. b) Compete privativamente à União legislar sobre registros públicos. c) Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre desapropriação. d) Compete privativamente à União legislar sobre juntas comerciais. e) No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados não estão autorizados a exercer a competência legislativa plena. Comentários: Letra A - Errado. Penitenciário é o "Penit" do Tri-Fi-Penit-Ec-Ur. Esses são os de legislação concorrente e não de legislação privativa (CF, art. 24, I). Letra B - Correto. Registros públicos é da competência legislativa da União, pois precisa estar uniformizado em território nacional. (CF, art. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 38 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br 22, XXV). Letra C - Errado. Macete manjado em concursos: Legislar sobre desapropriação: competência privativa da União. X Promover a desapropriação: competência de todos os entes, de acordo com a sua área de atuação. Letra D – Errado. O registro da junta comercial é estadual. A União faz normas gerais para uniformizar, mas cada estado legisla de forma específica. É legislação concorrente (CF, art. 24, III). Item E – Errado. Inexistindo normas gerais, os estados estão sim autorizados a legislar de forma plena (CF, art. 24, § 3º). Gabarito: Letra B 68. (ESAF/ATRFB/ 2009) É constitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. Comentários: Trata-se da reprodução literal da súmula vinculante n° 2: "É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre sistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loteria”. Já que segundo o art. 22, XX, compete à União legislar sobre os sistemas de consórcios e sorteios. Gabarito: Errado. 69. (ESAF/TFC-CGU/ 2008) Assinale a opção correta. Compete privativamente à União legislar sobre: a) direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. b) produção e consumo. c) orçamento. d) floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição. e) trânsito e transporte. Comentários: Letra A - Errado. Estes direitos são de legislação concorrente (Tri-Fi- Penit-Ec-Ur), estão presentes no art. 24, I. Os direitos de legislação privativa da União estão previstos no art. 22, I. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO DUARTE 39 Prof. Vítor Cruz e Rodrigo Duarte www.pontodosconcursos.com.br Letra B - Errado. Trata-se de legislação concorrente, presente na CF, art. 24, V. Letra C - Errado. Todos os entes possuem seu próprio orçamento. Temos o orçamento da União, os dos Estados e os dos Municípios, logo, é uma legislação concorrente (CF, art. 24, II). Letra D - Errado. Novamente legislação concorrente (CF, art. 24, VI) Letra E - Correto. Lembrando que legislar sobre trânsito e transporte é privativo da União (CF, art. 22, XI), mas estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito é uma competência material comum, presente na CF, art. 23, XII) Gabarito: Letra E. 70. (ESAF/AFC-CGU/ 2008) Assinale a única opção que contempla competências materiais comuns da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. a) Combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos, estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito. b) Estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação e promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico. c) Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social e preservar as florestas, a fauna e a flora. d) Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos e cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência. e) Exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão e planejar promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações. Comentários: Competência comum é o art. 23 da Constituição. Vamos ver a questão de uma forma simples e lógica: Letra A - Correto. Será comum tudo aquilo que for relacionado a um "direito difuso" (direito de uma coletividade indeterminada) onde todos são, de alguma forma, interessados. Letra B - Errado. Falou em diretrizes = competência da União. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ E RODRIGO
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