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CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 5 E aí pessoal, tranquilo? Hoje trataremos de um tema bastante importante para a sua prova, ainda bem que é bastante fácil...rs, vamos começar?? Da Administração Pública Disposições Gerais: Princípios Constitucionais da Administração Pública: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...). A redação atual do art. 37 foi dada pela EC 19/98 que inseriu o princípio da eficiência efetivando, assim, a implantação da chamada “Administração Pública Gerencial” no Brasil. Estes princípios se aplicam tanto à administração pública direta (órgãos pertencentes à estrutura desconcentrada do governo federal, estadual, municipal ou do distrito federal) quanto à administração pública indireta (entidades descentralizadas vinculadas aos governos, tais como as autarquias – Banco Central, SUSEP... –, fundações públicas – IBGE, Fiocruz... -, empresas públicas – Caixa Econômica Federal... – e sociedades de economia mista – Banco do Brasil, Petrobrás...). As iniciais destes princípios formam um mnemônico muito utilizado: o LIMPE. Vamos entender cada um dos princípios: • Legalidade - É considerado o princípio fundamental da administração pública, pois toda a conduta do agente público deve ser pautada no que dispõe a lei. A legalidade pode ser empregada em duas visões: 1- Para o cidadão - legalidade é poder fazer tudo aquilo que a lei não proíba. 2- Para o agente público - legalidade é poder fazer somente aquilo que a lei permite ou autoriza. É importante ainda que lembremos que legalidade é um conceito amplo que significa agir conforme a lei, ou dentro dos limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas espécies de poderes dos administradores públicos: CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 2 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) Poder vinculado – quando o administrador público deve cumprir exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem margem de atuação por sua conveniência e oportunidade. b) Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas gerais, os limites, do mandamento, deixando margem para uma atuação de acordo com a conveniência e oportunidade do administrador público. • Impessoalidade - Os atos praticados pelo agente público devem ser imputados ao órgão da administração e não ao agente público. Assim, o agente público é apenas a forma de exteriorizar a vontade da administração, um mero executor do ato, não podendo deixar que aspectos subjetivos, pessoais, influenciem na sua execução. Possui também dois prismas de observação: 1- Do administrador – o agente público deve ser impessoal ao praticar o ato. 2- Do administrado – o particular, como destinatário do ato, não deve ser favorecido ou prejudicado por suas características pessoais. • Moralidade - Ao administrador público não basta cumprir o que está na lei, deve-se guiar por padrões éticos de conduta e zelo pelo alcance do interesse público. O ato administrativo que for considerado imoral será inconstitucional, devendo ser invalidado. • Publicidade - os atos administrativos devem estar revestidos de total transparência para poderem ser fiscalizados pela sociedade (salvo àqueles que forem essenciais à segurança da sociedade e do Estado) • Eficiência - Inserido pela EC 19/98. Diz que o administrador público deve ser racional no uso dos gastos, buscando sempre ter o melhor benefício com o menor custo dos recursos públicos. Também orienta o agente público a ter resultados satisfatórios em termos de quantidade e qualidade no desempenho de sua atividade. Estes 5 princípios arrolados acima, são o que chamamos princípios constitucionais explícitos da administração pública. A doutrina, no entanto, reconhece que teríamos alguns princípios implícitos na Constituição, como: Supremacia do Interesse Público – O interesse público, que é coletivo, deve prevalecer sobre o interesse particular; Indisponibilidade do Interesse Público - Os bens e o interesse público pertencem à coletividade, eles são indisponíveis, logo, o CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 3 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR administrador deverá apenas geri-los não podendo agir como “bem entender” sobre os esses bens e interesses confiados à sua guarda. Princípio da Finalidade – A finalidade dos atos deve ser sempre o alcance do interesse público. Princípio da Razoabilidade e o da Proporcionalidade – No âmbito da administração pública, esses princípios direcionam o administrador a ponderar a sua atuação diante do caso concreto e agir sem extremos em sua atividade, o chamado “entendimento do homem médio”. 1. (ESAF/ANA/2009) Os bens e o interesse público são indisponíveis, porque pertencem à coletividade. O Administrador é mero gestor da coisa pública e não tem disponibilidade sobre os interesses confiados à sua guarda e realização em razão do princípio da indisponibilidade do interesse público, que não pode ser atenuado. Comentários: Os princípios, diferentemente das regras, comportam um diferente grau de concretização. Ou seja, eles podem ser cumpridos total ou parcialmente, já que podem acabar entrando em colisão com outros princípios. Assim, havendo colisão de princípios eles deverão ser ponderados no caso concreto e decidir qual irá prevalecer sobre o outro. Desta forma, não se pode dizer que “não pode ser atenuado”. Gabarito: Errado. 2. (FCC/DPE-RS/2011) Na relação dos princípios expressos no artigo 37, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil, NÃO consta o princípio da a) moralidade. b) eficiência. c) probidade. d) legalidade. e) impessoalidade. Comentários: Os princípios expressos da Administração Pública são aquele famoso “LIMPE” que está no art. 37 da Constituição. A questão, maldosamente, tirou a “publicidade” e colocou “probidade”, que também começa com “P”. A letra C é o gabarito, o correto seria “publicidade”. Gabarito: Letra C. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 4 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 3. (FCC/AJAJ-TRT 4º/2011) O conteúdo do princípio constitucional da legalidade, a) não exclui a possibilidade de atividade discricionária pela Administração Pública, desde que observados os limites da lei, quando esta deixa alguma margem para a Administração agir conforme os critérios de conveniência e oportunidade. b) impede o exercício do poder discricionário pela Administração, haja vista que esse princípio está voltado para a prática dos atos administrativos vinculados, punitivos e regulamentares. c) autoriza o exercício do poder discricionário pelo administrador público, com ampla liberdade de escolha quanto ao destinatário do ato, independentemente de previsão normativa. d) impede a realização de atos administrativos decorrentes do exercício do poder discricionário, por ser este o poder que a lei admite ultrapassar os seus parâmetros para atender satisfatoriamente o interesse público. e) traça os limites da atuação da Administração Pública quando pratica atos discricionários externos, mas deixa ao administrador público ampla liberdade de atuação para os atos vinculados internos. Comentários: Legalidade é um conceito amplo que significa agir conforme alei, ou dentro dos limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas espécies de poderes dos administradores públicos: Poder vinculado – quando o administrador público deve cumprir exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem margem de atuação por sua conveniência e oportunidade. Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas gerais, os limites, do mandamento, deixando margem para uma atuação de acordo com a conveniência e oportunidade do administrador público. Gabarito: Letra A. 4. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O importante princípio da legalidade, que foi inserido expressamente pela EC 19/98, indica que os gestores da coisa pública deverão desempenhar seus encargos de modo a otimizar legalmente o emprego dos recursos que a sociedade lhes destina. Comentários: Tudo que o enunciado trouxe estaria correto se o princípio indicado fosse o da "eficiência" e não o da "legalidade". O princípio da eficiência que foi expressamente inserido pela EC 19/98 e que direciona o administrador na otimização dos gastos. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 5 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 5. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) O princípio constitucional que exige da administração pública ação rápida e precisa para produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população denomina-se princípio da razoabilidade. Comentários: O correto seria o princípio da eficiência, já que razoabilidade é ponderar a atuação do administrador ao caso concreto e agir sempre nos limites do "homem médio", sem adotar extremos em sua atividade. Gabarito: Errado. Cargos públicos: I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; A redação deste inciso também foi dada pela EC 19/98. Essa emenda abriu a possibilidade de que os estrangeiros possam ocupar cargos públicos, desde que na forma da lei. Outra norma semelhante pode ser encontra na Constituição, art. 207, § 1º → Universidades e instituições de pesquisa científica e tec- nológica podem admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei. 6. (ESAF/TFC-CGU/2008) os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, estando vedado o acesso pelos estrangeiros, na forma da lei. Comentários: Aos estrangeiros também serão acessíveis os cargos públicos, porém, isso será na forma da lei (CF, Art. 37, I). Gabarito: Errado. 7. (ESAF/AFC-CGU/2008) Contemplam princípios aos quais deve obedecer a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: Eficiência e acessibilidade aos cargos, empregos e funções públicas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País em igualdade de condições. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 6 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Estrangeiros só têm acesso a cargos públicos na forma da lei. É o disposto pela Constituição em seu art. 37, I. Gabarito: Errado. 8. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Somente brasileiro (nato ou naturalizado) pode ocupar cargo, função ou emprego público na Administração Pública. Comentários: Os cargos são acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei (CF, art. 37, I). Gabarito: Errado. 9. (ESAF/TRF/2006) A Constituição assegura, sem restrições, o acesso de brasileiros e estrangeiros a cargos públicos. Comentários: Os cargos são acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei (CF, art. 37, I). Gabarito: Errado. 10. (FCC/AJAA- Taquigrafia/ 2012) Dentre as regras da Constituição Federal a respeito da investidura em cargos públicos está aquela segundo a qual os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis apenas aos brasileiros natos, não podendo ser exercidos por brasileiros naturalizados, nem por estrangeiros. Comentários: A Constituição, em seu art. 37, I versa que os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei. Infere-se então que tanto os brasileiros natos, quanto os naturalizados, e até mesmo, na forma da lei, os estrangeiros, poderão exercer cargo público, ressalvados obviamente os cargos privativos de brasileiros natos dispostos no art. 12 §3º da Constituição. Gabarito: Errado. Ingresso no serviço público: II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 7 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração; Com a redação dada pela EC 19/98 esse inciso passou a prever que os concursos deverão ser realizados de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. Em regra, qualquer cargo público, seja ele efetivo (cargo propriamente dito) ou não-efetivo (emprego público) precisa ser provido por concurso público. Há, no entanto, exceções: • Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, declarado em lei de livre nomeação e exoneração. É o que chamamos de cargos demissíveis ad nutum. Veremos mais detalhes à frente. • Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. 11. (FCC/AJAA- Taquigrafia/ 2012) Os cargos em comissão, exercidos exclusivamente por servidores de carreira, destinamse apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. Comentários: Os cargos em comissão não são exercidos apenas por servidores de carreira. Eles podem ser exercidos por qualquer pessoa, podendo, no entanto, a lei prever um percentual deles para serem exclusivos de servidores de carreira (CF, art. 37, V). Gabarito: Errado. 12. (FCC/AJAA- Taquigrafia/ 2012) A investidura em cargo, mas não a investidura em emprego, depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos. Comentários: Tanto empregos públicos quanto os cargos públicos exigem con- curso público para a investidura (CF, art. 37, II). Gabarito: Errado. 13. (FCC/Oficial - DPE-SP/2010) A obrigatoriedade da realização de concurso público aplica-se para a) preenchimento de cargo eletivo e emprego público. b) provimento de cargo comissionado e função. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 8 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR c) provimento de cargo efetivo e emprego público. d) apenas para provimento de cargo efetivo. e) apenas para preenchimento de emprego público. Comentários: Sabemos que pelo art. 37, II da Constituição, a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público. Assim, não importa se estamos diante de um "cargo efetivo" - cargo estatutário, no qual poderemos após 3 anos nos tornarmos estáveis - ou "emprego público" - cargos de regime privado, regidos pela CLT -, ambos precisam de aprovação em concurso público, principalmente para atender ao princípio da impessoalidade na administração pública. A pegadinha começa quando a FCC me vem com um cargo "eletivo", no lugar de "efetivo" na letra A...casca de banana pura! A resposta certa é a letra C! O cargo em comissão na letra B é uma exceção ao concurso público, já que é acessível a qualquer pessoa, por indicação da autoridade nomeante. Esses cargos devem ser criados por lei e destinarem-se apenas às funções de chefia, direção ou assessoramento, não pode ser qualquer função não... ok?! Gabarito: Letra C. 14. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O principio constitucional da exigibilidade de concurso público aplica-se aos poderes e entes da federação, exceto às sociedades de economia mista e paraestatais com regime celetista. Comentários: Errado. Embora as entidades paraestatais admitam o seu pessoal sob o regime privado (celetista), elas também devem observar a obrigatoriedade do concurso público (CF, art. 37, II), pois a Constituição trouxe esta obrigação tanto para o provimento de cargos quanto de empregos públicos. Gabarito: Errado. 15. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A única exceção ao princípio constitucional do concurso público, que compreende os princípios da moralidade, da igualdade, da eficiência, entre outros, consiste na possibilidade, expressa na CF, de nomeação para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 9 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Na Constituição temos 3 exceções expressas ao concurso público: • Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, de- clarado em lei de livre nomeação e exoneração. • Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Gabarito: Errado. Prazo de validade do concurso público III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; A não observância da obrigatoriedade do concurso público e do prazo de validade deste implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei (CF, art. 37, § 2º). No recente entendimento do STJ e do STF, o candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas, tem direito subjetivo a ser nomeado durante o prazo de validade do concurso previsto no edital, diferentemente do que ocorria no passado, onde o entendimento era de “mera expectativa de direito”. Veja o julgado do STF1 ocorrido em Setembro de 2008: "(...) 1. Os candidatos aprovados em concurso público têm direito subjetivo à nomeação para a posse que vier a ser dada nos cargos vagos existentes ou nos que vierem a vagar no prazo de validade do concurso. 2. A recusa da Administração Pública em prover cargos vagos quando existentes candidatos aprovados em concurso público deve ser motivada, e esta motivação é suscetível de apreciação pelo Poder Judiciário.(...)". 16. (ESAF/TFC-CGU/2008) O prazo de validade do concurso público será de até quatro anos, prorrogável uma vez, por igual período. Comentários: Será de dois anos, prorrogáveis por mais dois (CF, art. 37 III). 1 RE 227480 / RJ - RIO DE JANEIRO. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 10 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 17. (ESAF/TRF/2006) Conforme disciplina constitucional, nenhum concurso poderá ter prazo de validade inferior a dois anos. Comentários: O concurso poderá ter qualquer prazo de validade, desde que não extrapole o prazo de dois anos prorrogáveis por mais dois anos (CF, art. 37, III). Logo, é plenamente aceitável concurso com prazo de validade inferior a dois anos. Gabarito: Errado. 18. (ESAF/TRF/2006) Havendo novo concurso público, durante o prazo de validade de concurso anterior, será dada prioridade para a convocação dos primeiros classificados no novo concurso, em razão do princípio da eficiência, que implica obter melhor qualidade para o serviço público. Comentários: A prioridade deverá ser dos classificados no primeiro concurso, se ainda estiver dentro do prazo de validade (CF, art. 37, IV). Gabarito: Errado. 19. (ESAF/AFC-CGU/2006) Segundo a jurisprudência do STF, não é permitida a regionalização de critérios de concorrência em concursos para acesso a cargos públicos, por ofensa ao princípio da universalidade que informa esse tipo de concurso. Comentários: Segundo a jurisprudência, não há qualquer incostitucionalidade de tal procedimento, sendo a regionalização ou a especialização para concursos critérios de discricionariedade administrativa. Gabarito: Errado. 20. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Comentários; CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 11 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Correto. De acordo com a Constituição deverá ser dada prioridade aos classificados no primeiro concurso, se ainda estiver dentro do prazo de validade (CF, art. 37, IV). Gabarito: Correto. Funções de confiança e Cargos em Comissão V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; Essa redação foi dada pela EC 19/98, a partir da qual as funções de confiança passam a ser preenchidas exclusivamente por servidores efetivos, além de prever que tanto os cargos em comissão quanto as funções de confiança passariam a serem destinados apenas às atribuições de chefia, direção ou assessoramento. Esquematizando: Funções de confiança �Exclusivamente para servidores ocupantes de cargo efetivo; X Cargos em comissão �Embora acessível a qualquer pessoa, a lei pode prever condições e percentuais mínimos para serem preenchidos por servidores de carreira. Os cargos efetivos podem ser isolados ou estruturados em carreiras. Observe que para assumir uma função de confiança, a pessoa já é ocupante de qualquer cargo efetivo e é designado para ela. Já o cargo em comissão, se trata de novo cargo e não uma simples função, qualquer pessoa pode assumir e a lei irá reservar percentual para os de carreira. Dica: Função – efetivo / Cargo em Comissão – Carreira Essas funções de confiança e cargos em comissão, por serem providas sem concurso público, frequentemente são usadas como Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 12 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR forma de favorecimento de parentes ou aliados políticos (nepotismo). O nepotismo é uma clara afronta aos princípios da moralidade administrativa, impessoalidade e eficiência, já que constitui uma prática reprovável, que não trata com isonomia possíveis candidatos ao cargo, e ainda, muitas vezes preterindo alguém mais qualificado para o exercício do mesmo. Devido a isso, gerou-se recentemente uma grande discussão no STF a fim de coibir tal prática. Como resultado desses julgamentossobre casos concretos, surgiu a súmula vinculante nº 13, vejamos: • Súmula V inculante nº 13 → A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. • Inaplicabilidade da súmula vinculante nº 13 → À nomeação de irmão de Governador de Estado no cargo de Secretário de Estado, não se aplica a súmula vinculante nº 13 por se tratar de cargo de natureza política, já que secretários de Estado são agentes políticos2. Esquematizando a súmula vinculante 13: O imbróglio gira em torno de 3 pessoas: 1- Temos a pessoa que pretende ser nomeada - chamaremos de "Vida-Boa" 2- Temos a autoridade nomeante - que chamaremos de "Chefe malandro 1" 3- Temos uma outra pessoa que não é a autoridade nomeante, mas que ocupa cargo direção, chefia ou assessoramento, dentro dessa mesma pessoa jurídica em questão - "Chefe malandro 2". Segundo a súmula vinculante 13: O "Chefe Malandro 1" não pode nomear o "Vida-boa", se este for cônjuge ou parente até 3º grau do próprio "Chefe Malandro 1" ou do "Chefe Malandro 2" 2 STF – Rcl–MC–AgR 6650 / PR – PARANÁ – 16/10/2008 - Entendimento firmado com base no R.Ex. 579.951/RN. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 13 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 21. (ESAF/ATA-MF/2009) As funções de confiança serão preenchidas por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei. Comentários: De acordo com o disposto na Constituição em seu art. 37, V, esta previsão é para os “cargos em comissão”. Para funções de confiança serão aceitos somente servidores efetivos, sempre, não há necessidade de serem de “carreira” e nem de se estabelecerem percentuais mínimos em lei. Gabarito: Errado. 22. (ESAF/ANA/2009) A Constituição Federal não proíbe a nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Comentários: A constituição proíbe o nepotismo, embora não seja uma proibição expressa no texto, trata-se de uma proibição implícita nos princípios da moralidade e da eficiência da administração pública. Assim o STF editou a súmula vinculante de nº 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Gabarito: Errado. 23. (ESAF/AFC-CGU/2008) As funções de confiança serão destinadas apenas para servidores ocupantes de cargo efetivo, e o preenchimento de cargos em comissão, destinados apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento, serão ocupados por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei. Comentários: É a transcrição do disposto pela Constituição em seu art. 37, V. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 14 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Correto. 24. (FCC/Serviço de Notas e Registro - TJPA/2011) A nomeação de irmão de Secretário de Estado para exercer cargo de confiança de assessoria na Secretaria de que este é titular a) não pode ser objeto de questionamento judicial, em virtude do princípio da separação de poderes, por se tratar de ato de competência do Poder Executivo. b) pode ser objeto de mandado de segurança coletivo, impetrado pelo Ministério Público, por ofensa a interesse difuso protegido constitucionalmente. c) é passível de impugnação por qualquer cidadão, por meio de ação popular, em virtude de ofensa à moralidade administrativa. d) pode ser objeto de habeas data, impetrado por quem preencha os requisitos para o cargo, com vistas à anulação do ato de nomeação. e) não conflita com os princípios constitucionais da Administração Pública, uma vez que não traz prejuízo ao erário. Comentários: A questão trata da súmula vinculante 13, a qual proíbe o nepotismo na administração pública, vedando a nomeação de parentes até o 3º grau para os cargos de confiança. Não confunda essa questão que fala de um secretário nomeando o seu irmão para um cargo de confiança com a decisão do STF sobre a inaplicabilidade da súmula vinculante 13, onde disse ser lícita um governador nomeando o seu irmão para ser secretário. Segundo o STF, a nomeação para os cargos de Ministros e Secretários, por serem cargos políticos, não precisam observar a súmula vinculante 13. Gabarito: Letra C. 25. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Na administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, os cargos em comissão serão preenchidos exclusivamente por servidores ocupantes de cargos efetivos. Comentários: Os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa. As funções de confiança é que devem ser preenchidas tão somente por servidores efetivos (CF, art. 37, V). Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 15 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Associação sindical VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 26. (ESAF/TFC-CGU/2008) É garantido aos servidores civis e militares o direito à livre associação sindical. Comentários: Militares não podem se sindicalizar (CF, art. 142 §3º, IV), já ao servidor público civil é garantido este direito (CF, art. 37, VI). Gabarito: Errado. 27. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) É garantido ao servidor público civil e ao militar o direito à livre associação sindical e à reunião em qualquer local, vedada a interferência estatal no seu funcionamento. Comentários: O sevidor militar não pode se sindicalizar. Somente o civil poderá. Gabarito: Errado. Direito de greve do servidor: VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Essa redação foi dada pela EC 19/98 que mudou a exigência de "lei complementar" para "lei ordinária específica". Em tempo, lei específica é aquela lei que trata de um assunto exclusivo. Não se trata de uma nova espécie de lei, é uma lei ordinária, comum, porém, não pode tratar de outros assuntos que não sejam aquele específico, constitucionalmente determinado. Assim, não poderá, por exemplo, a lei tratar da greve dos servidores públicos e ao mesmo tempo, versar sobre outros temas, como ingresso em carreiras públicas, remuneração e etc. Em decisão tomada no julgamentodos Mandados de Injunção 670, 708 e 712 o Supremo determinou que enquanto não editada essa lei específica referida deve-se aplicar a lei de greve dos trabalhadores privados aos servidores públicos. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 16 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 28. (ESAF/MDIC/2012) Sobre a Administração Pública e seus servidores, é correto afirmar que o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar. Comentários: Errado. Nos termos da Constituição (CF, art. 37, VII), o direito de greve dos servidores será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica (lei ordinária que trate exclusivamente do assunto), vale lembrar que antes da EC 19/98 havia a exigência da lei complementar para disciplinar o assunto, porém, com a elaboração da EC 19/98, a exigência mudou de “lei complementar” para “lei- ordinária-específica”. Gabarito: Errado. 29. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A Constituição proíbe o direito de greve dos servidores públicos civis e militares. Comentários: A proibição é apenas para os militares, os civis poderão fazer greve, nos termos de lei específica (CF, art. 37,VII). Importante lembrar que segundo o posicionamento do STF - MI 670, 708 e 712 - enquanto não editada tal lei específica, esta greve deverá obedecer as mesmas regras dos empregados regidos pela CLT. Gabarito: Errado. Portadores de deficiência na Administração Pública VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; Lei nº 8.112/90 – Rege os Servidores Públicos Federais – Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso. 30. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) As pessoas portadoras de deficiência não podem ser submetidas a concurso público para provimento de cargos públicos. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 17 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Errado. Elas têm direito à participação no certame, inclusive com reserva específica de vagas, já que a Constituição traz o mandamento em seu art 37, VIII de que a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão. Gabarito: Errado. Contratação para atender a necessidade temporária de ex- cepcional interesse público Vimos na “Exceção 2 à regra de obrigatoriedade do concurso público”, no art. 37, II. IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público; 31. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Comentários: Correto. Trata-se de uma das exceções à regra da obrigatoriedade do concurso público (CF, art. 37, II e IX), tal como as nomeações para cargos em comissões (CF, art. 37, V). Gabarito: Correto. A remuneração e o subsídio dos servidores públicos: X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; Essa redação foi dada pela EC 19/98 que passou a exigir uma "lei ordinária específica" para fixar ou alterar a remuneração dos servidores. STF – Súmula nº 679 → A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto de convenção coletiva. STF – Súmula nº 681 → É inconstitucional a vinculação de vencimentos de servidores estaduais e municipais a índices federais de correção monetária. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 18 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 32. (CESPE/AJAJ - STM/2011) A CF assegura ao servidor público a revisão geral anual de sua remuneração ou subsídio mediante lei específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo e estabelece o direito à indenização na hipótese de não cumprimento da referida determinação constitucional. Comentários: É assegurada pela Constituição a revisão geral anual da remuneração (CF, art. 37, X) sempre na mesma data e sem distinção de índices, porém, não há qualquer previsão de indenização por não cumprimento. Outro erro é que a iniciativa é privativa em cada caso, sendo feita pelo chefe do Poder Executivo somente para o âmbito do Executivo daquela esfera, e não para todos os servidores. Gabarito: Errado. Limites máximos da remuneração (“Tetos”): XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; Este inciso é bem extenso, mas é de extrema importância. Encontramos remissão a ele em diversos pontos da Constituição, isso porque tal dispositivo estabelece o chamado “teto remuneratório”, ou seja, o limite máximo para as remunerações dentro do serviço público. Vamos organizar o dispositivo: CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 19 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR � A regra do “teto” vale para qualquer membro de poder ou ocupante de cargo, emprego ou função pública, de qualquer poder, seja administração direta, Autarquia, Fundação Pública, e ainda, caso recebam recursos públicos para custeio (despesas do dia-a-dia), irá alcançar as Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e suas subsidiárias. � Abrange o somatório de todas as parcelas remuneratóri- as, salvo as de caráter indenizatório. (Na esfera feder- al, segundo a lei 8112/90, as parcelas indenizatórias seriam: Ajuda de custo, diária, transporte e auxílio moradia). Segundo o dispositivo, os tetos são os seguintes: TETO FEDERAL E GERAL ��� Subsídio dos Ministros do STF. TETO ESTADUAL / DISTRITAL: � Para o PL �Subsídio dos Dep. Estaduais; � Para o PE �Subsídio do Governador; � Para o PJ �Subsídio do Desembargador do TJ (este é limitado a 90,25% do STF, e também se aplica aos membros do MP, Procuradores e DP). TETO MUNICIPAL ��� Subsídio do Prefeito Teto entre os Poderes: XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo PoderExecutivo; Esse inciso se refere tão somente aos cargos da estrutura administrativa dos Poderes. Tal inciso não se aplica aos detentores de mandatos eletivos e demais agentes políticos. Desta forma, não há inconstitucionalidade alguma em o Presidente da República ter um subsídio inferior ao de um Ministro do STF ou Deputado Federal. 33. (ESAF/PGFN/2007) O subsídio mensal dos membros do Judiciário, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer natureza, e (§ 12) É Facultado aos Est./DF, através de emenda à CE ou à Lei Org. do DF fixar o subsídio do Desembargador do TJ como teto único, este será limitado a 90,25% do subsídio dos Min. do STF (salvo p/ os Deputados e Vereadores) CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 20 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR ainda as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal. Comentários: Não se inclui neste rol, as parecelas de caráter exclusivamente indenizatórios como é o caso das ajudas de custo, transporte, diárias e auxílio-moradia. Gabarito: Errado. 34. (ESAF/CGU/2006) Em face de emenda constitucional, o subsídio dos Deputados Estaduais têm por limite a remuneração dos Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado. Comentários: Não existe tal emenda que preveja isso. O que existe é a possibilidade de por “Emenda à Constituição estadual” ser fixado este limite único para o Estado como sendo o subsídio dos Desembargadores do TJ, porém, este limite único, não se aplica aos Deputados ou Vereadores. Veja o que dispõe a CF em seu art. 37 § 12: “Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores”. Gabarito: Errado. 35. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Comentários: Correto. É a perfeita disposição do teor da Constituição em seu art. 37, XII. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 21 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 36. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) A remuneração ou o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos do poder judiciário do estado-membro não poderá exceder o subsídio mensal dos desembargadores do respectivo tribunal de justiça, limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Comentários: O respaldo para essa questão está no inciso XI do art. 37, que estabelece os “tetos remuneratórios”. Em se tratado de Estados, temos que, os limites de cada um dos Poderes Estaduais deve respeitar os seguintes tetos: � Para o PL �Subsídio dos Dep. Estaduais; � Para o PE �Subsídio do Governador; � Para o PJ � Subsídio do Desembargador do TJ (este é limitado a 90,25% do STF, e também se aplica aos membros do MP, Procuradores e DP). Gabarito: Correto. Não vinculação ou equiparação remuneratória XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; Assim, não se pode estabelecer, por exemplo, que o vencimento do Auditor Fiscal da Receita Federal deve ser idêntico ao do Auditor do TCU, ou ainda dizer que deverão ganhar 80% do subsídio de um juiz federal. Isso implicaria em uma cadeia remuneratória, sempre que a remuneração de um aumentasse, em uma “bola de neve”, iria aumentar a remuneração dos outros. Essa vinculação ou equiparação só será permitida nas hipóteses constitucionais, por exemplo: • CF, art. 39, § 5º → Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos; • CF, art. 93, V - O subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal (...). CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 22 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 37. (ESAF/ATA-MF/2009) É vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Comentários: A Constituição realmente veda este tipo de vinculação ou equiparação através de seu art. 37, XIII. Gabarito: Correto. 38. (ESAF/TFC-CGU/2008) a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração de pessoal do serviço público tem amparo na Constituição. Comentários: É vedada tal vinculação ou equiparação expressamente pela Constituição em seu art. 37, XIII. Gabarito: Errado. 39. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) É inconstitucional a lei que estabeleça que todos os aumentos recebidos por membros de certa carreira do Executivo serão automaticamente estendidos a integrantes de outra carreira do mesmo Poder. Comentários: Seria uma ofensa ao disposto no art. 37, XIII da Constituição, que veda a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies re- muneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Gabarito: Correto. 40. (FCC/EPP-SP/2009) Determinado Município estabelece por meio de lei que os cargos de Fiscal de Tributos Municipais são de provimento em comissão, percebendo os seus ocupantes a mesma remuneração dos Fiscais de Renda do Estado respectivo. Essa lei municipal é duplamente inconstitucional, tanto em relação à forma de provimento, quanto em relação à vinculação remuneratória estabelecida. Comentários: A forma de provimento é inconstitucional, pois a Constituição estabelece em seu art. 37, V, que os cargos em comissão (bem como as funções de confiança) devem se restringir às atividades de " direção, chefia ou assessoramento". A outra inconstitucionalidade repousa sobre a vedação à vinculação remuneratória (CF, art. 37, XIII) Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 23 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 41. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/ 2012) Dado o princípio da separação de poderes, os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Comentários: A questão abordou o conhecimento sobre o teor do art. 37, XII da Constituição, segundo o qual os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. Gabarito: Errado 42. (CESPE/AGU/2009) O Poder Judiciário, fundado no princípio da isonomia previsto na Carta da República, pode promover a equiparação dos vencimentos de um servidor com os de outros servidores de atribuições diferentes. Comentários: Isto seria inconstitucional, já que a Constituição impede pelo art. 37, XIII a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. Gabarito: Errado. 43. (CESPE/ABIN/2008) Não seria inconstitucional a lei que estabelecesse que a remuneração dos agentesde inteligência da ABIN seria vinculada à remuneração dos oficiais de inteligência, de forma que, sendo majorada a remuneração destes, a remuneração daqueles seria majorada no mesmo percentual de forma automática. Comentários: A Constituição impede, pelo art. 37, XIII, a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; Gabarito: Errado. Vedação do aumento da remuneração “em cascata”: XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores; As gratificações e acréscimos na remuneração do servidor devem ter uma base de cálculo que não leve em consideração aqueles acréscimos que já foram concedidos, ou seja, não poderá haver “acréscimo sobre acréscimo”. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 24 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 44. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) Os servidores públicos estaduais, ao contrário do que ocorre com os servidores públicos federais, não gozam da garantia da irredutibilidade de vencimentos. Comentários: A irredutibilidade (CF, art. 37, XV) alcança todos os servidores, sejam eles federais, estaduais ou municipais, já que o disposto sobre a administração pública na Constituição Federal são regras de aplicação em âmbito nacional. Gabarito: Errado. 45. (CESPE/MPS/2010) Para o fim de concessão de acréscimos posteriores, poderão ser computados os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público. Comentários: Nos termos do art. 37, XIV da Constituição, os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. É o que se chama de vedação ao "efeito cascata", que é o efeito que poderia ocorrer do cálculo de acréscimos tendo como base outros acréscimos. Gabarito: Errado. Irredutibilidade XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; Ou seja, eles são irredutíveis, salvo se estiverem irregulares (ultrapassando algum teto; não estiver observando a vedação ao efeito cascata; ferindo a isonomia tributária). Os dispositivos do art. 153, III e § 2º, I versam sobre o “imposto de renda”, que não pode ser alegado como ofensa à irredutibilidade. Acumulação de cargos públicos Agora vamos ver um assunto muito cobrado em concursos: XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI (tetos remuneratórios): a) a de dois cargos de professor; CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 25 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (incluído pela EC 19/98) c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela EC 34/01, antes somente os médicos possuíam esta faculdade). XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; Vemos, então, que os cargos públicos são em regra inacumuláveis com outros cargos, empregos e funções também públicas remuneradas. A possibilidade de se acumularem cargos públicos remunerados simultâneos é exceção, e só pode ocorrer quando se tratar dos cargos expressamente previstos na Constituição e houver compatibilidade de horários para essa acumulação. Em todo caso, o somatório das remunerações, não podem ultrapassar os tetos remuneratórios constitucionalmente estabelecidos (CF, art. 37, XI). Existe ainda outra acumulação que é vedada pela Constituição: a acumulação de proventos de aposentadoria: CF, art. 37, § 10 → É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 (RPPS) ou dos arts. 42 e 142 (militar) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. CF, art. 40 § 6º → Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. Vamos organizar isso tudo? Regra 1 → É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos; Exceção → Se houver compatibilidade de horários, poderá se acumular: • professor + professor; • professor + cargo técnico ou científico; CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 26 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • profissional de saúde + profissional de saúde. (Entenda-se: cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, que possuam profissões regulamentadas). Regra 2 → É vedado acumular cargos ou empregos públicos com proventos públicos de aposentadoria: Ex- ceção → Pode acumular da seguinte forma: • provento + provento ou remuneração de cargos acumuláveis, conforme visto acima; • provento + mandato Eletivo; • provento + cargo em comissão. � Mesmo acumulando, o somatório da remuneração mensal, inclusive de proventos de aposentadoria, não poderá ultrapassar aqueles tetos vistos anteriormente; � A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público. Jurisprudência Segundo o STJ: “É inconstitucional a acumulação de um cargo de natureza burocrática com outro de professor.” “O cargo ocupado deve ter natureza técnica para os fins de acumulação com o cargo de professor”. 46. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/ 2013) As vedações às acumulações remuneradas de cargos, empregos ou funções públicas não se aplicam quando houver compatibilidade de horário. Comentários: Errado, excepcionais são as hipótese de acúmulo de cargo público (a) dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. A vedação tem lugar em todas as demais hipóteses, independente da compatibilidade de horários. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 27 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 47. (ESAF/ATA-MF/2009) A proibição de acumular cargos estende-se a empregos e funções e abrange as sociedades de economia mista, como é o caso do Banco do Brasil S/A. Comentários: Trata-se de uma disposição constitucional encontrada no art. 37, XVII. Gabarito: Correto. 48. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Os cargos de uma autarquia podem ser cumulados com empregos em sociedades de economia mista, com a única condição de haver compatibilidade de horário de trabalho entre eles. Comentários: A compatibilidade de horários realmente é uma condição, mas não é a única. Segundo a Constituição em seu art. 37, XVI, deve-se seguir as seguintes regras: Regra � É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos; Exceção� Se houver compatibilidade de horários, poderá se acumular: o Professor + Professor;o Professor + Cargo técnico ou científico; o Profissional de Saúde + Profissional de Saúde. Gabarito: Errado. 49. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) O aposentado pode sempre acumular proventos com a remuneração de outro cargo público a que tenha chegado por concurso público. Comentários: Não é sempre que se poderá acumular. Deve-se seguir algumas regras constitucionalmente estabelecidas. Segundo a Constituição em seu art. 37 §10º, as condições são as seguintes: Regra � É vedado acumular cargos públicos com proventos de aposentadoria (RPPS); Exceção � Pode acumular da seguinte forma: o Provento + Provento ou remuneração de cargos acumuláveis; o Provento + Mandato Eletivo o Provento + Cargo em Comissão CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 28 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 50. (ESAF/AFC-CGU/2006) Nos termos da CF/88, existe a possibilidade de acumulação de proventos da inatividade, decorrente de aposentadoria em cargo público, com a remuneração de outro cargo público efetivo. Comentários: Embora a regra seja ser vedada tal acumulação, realmente existe essa possibilidade. Segundo a Constituição em seu art. 37 §10º. Deve-se seguir a regra: Regra � É vedado acumular cargos públicos com proventos de aposentadoria (RPPS); Exceção � Pode acumular da seguinte forma: o Provento + Provento ou remuneração de cargos acumuláveis; o Provento + Mandato Eletivo o Provento + Cargo em Comissão Gabarito: Correto. 51. (CESPE/TJAA-CNJ/ 2013) Considere que determinado servidor público aposentado tenha se candidatado a deputado estadual. Nessa situação hipotética, caso seja eleito, ele poderá perceber simultaneamente os proventos de sua aposentadoria e os vencimentos de deputado. Comentários: A Constituição prevê tal possibilidade no art. 37, § 10, que diz ser vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 (RPPS) ou dos arts. 42 e 142 (militar) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, mas que ficariam ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. Esquematizando, a acumulação de proventos de aposentadoria poderá se dar da seguinte forma: • provento + provento ou remuneração de cargos acumulá- veis, conforme visto acima; • provento + mandato Eletivo; • provento + cargo em comissão. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 29 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 52. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/ 2012) Admite-se a acumulação por servidor público de proventos de aposentadoria em cargo público com a remuneração percebida pelo exercício de cargo em comissão. Comentários: Em regra, tal como é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos (excepcionadas as hipóteses constitucionais), também é vedada a acumulação de proventos públicos de aposentadoria. As exceções a estas regras são as seguintes: 1. Provento + Provento ou remuneração de cargos acumuláveis (exceções constitucionais à acumulação de cargos) 2. Proventos + Mandato eletivo; 3. Provento + Cargos em comissão. A hipótese cobrada pela questão foi “Provento + Cargos em comissão”. Gabarito: Correto. 53. (ESAF/AFC-CGU/2006) Segundo a CF/88, não é possível a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência do servidor público. Comentários: É possível esta percepção, pois pode acontecer no caso de aposentadorias em cargos acumuláveis (CF, art. 37 §10º) – como por exemplo: Professor + Prodessor; ou Cargo técnico + Professor, entre outros (vide CF, art. 37, XVI). Gabarito: Errado. Precedência da administração fazendária e seus servidores fiscais XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 54. (ESAF/ATA-MF/2009) A administração fazendária e seus servidores fiscais terão precedência sobre os demais setores administrativos dentro de suas áreas de competência. Comentários: Mais uma disposição literal, esta pode ser encontrada na Constituição em seu art. 37, XVIII. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 30 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Correto. 55. (ESAF/AFC-CGU/2008) A administração fazendária e seus servidores fiscais, dentro de suas áreas de competência,terão prioridade sobre os servidores dos demais Poderes da União, na forma da lei. Comentários: A precedência é em relação aos demais setores adminstrativos e não em relação aos demais Poderes (CF, art.. 37, XVIII). Gabarito: Errado. Administração Pública Indireta XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; Essa redação foi dada pela EC 19/98. Anteriormente, precisava-se de lei específica para criar qualquer entidade da adm. pública indireta, atualmente só a autarquia precisa ser criada diretamente por lei específica, as demais entidades bastam que estejam autorizadas a sua criação neste tipo de lei. A EC 19/98 também passou a prever a edição de uma lei complementar para definir as áreas de atuação da fundação, que antes era chamada expressamente de "fundação pública". Essa mudança de nomenclatura de "fundação" para "fundação pública" levou parte da doutrina a considerar que as fundações pertencentes à adm. pública não precisariam mais observar a obrigatoriedade de um regime jurídico de direito público. Assim temos: Somente por lei específica poderá: � Ser criada autarquia; e � Ser autorizada a instituição de: o Empresa pública; o Sociedade de economia mista; e o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso, definir as áreas de sua atuação; 56. (FCC/AJEM- TRT 11ª/ 2012) Segundo a Constitu- ição Federal, a instituição de fundação pública deve ser autorizada por CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 31 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) ato administrativo emanado pelo Poder Público federal que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. b) ato administrativo emanado pelo Poder Público municipal, do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. c) ato administrativo emanado pelo Poder Público estadual que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. d) lei específica, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação. e) decreto municipal, emitido pelo Prefeito do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. Comentários: A questão cobra a disposição do art. 37, XIX exige lei específica para ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. Gabarito: Letra D. 57. (ESAF/TFC-CGU/2008) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. Comentários: É a literalidade do art. 37, XIX, segundo o qual somente por lei específica poderá: � Ser criada autarquia;e � Ser autorizada a instituição de: o Empresa pública; o Sociedade de economia mista; e o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso, definir as áreas de sua atuação; Gabarito: Correto. Criação das subsidiárias e participação das entidades da ad- ministração indireta em empresa privada: XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 32 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; 58. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Independe de autorização legislativa, a criação de subsidiárias de autarquias, empresas públicas e de fundação. Comentários: Contraria o disposto no art. 37, XX da Constituição o qual impõe que depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de sub- sidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada. Gabarito: Errado. Licitação pública XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 59. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Toda contratação de obra e serviço pela Administração Pública deve ser precedida de licitação, não podendo a lei excepcionar essa obrigação. Comentários: Se observarmos o disposto na Constituição art. 37, XXI, veremos que a redação começa com "ressalvados os casos especificados na legislação...". Ou seja, não é uma coisa absoluta. Assim, temos os chamados casos de dispensa de licitação e inexigibilidade (lei 8.666/93). Gabarito: Errado. 60. (ESAF/AFC-CGU/2008) A contratação de obras, convênios, compras e alienações mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições aos concorrentes, permitidas exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações, nos termos da lei. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 33 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Ao analisar o disposto pela Constituição em seu art. 37, XXI, percebemos que os convênios não se incluem no rol de obrigatoriedade de licitaçào, estes só obedecem as regras de licitação subsidiariamente (conforme dispõe a lei 8666/93). Gabarito: Errado. As administrações tributárias da União, Estados, DF e Municípios: XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 61. (ESAF/AFC-CGU/2008) Haverá destinação prioritária de recursos para a realização de atividades das administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, desde que haja autorização judicial para tanto. Comentários: Errou-se ao dizer “desde que haja autorização judicial” – vide CF art. 37, XXII –, pois será na forma da lei ou convênio. Gabarito: Errado. 62. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) As administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma a) desassociada, sendo vedado o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais. b) integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. c) separada, dividindo-se em três órgãos multidisciplinares, controladores dos cadastros e de informações fiscais em âmbito nacional, estadual e municipal. d) separada, dividindo-se em dois órgãos multidisciplinares, controladores dos cadastros e de informações fiscais em âmbito nacional. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 34 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR e) subordinada à Receita Federal, sendo que, por ordem judicial, serão compartilhados os cadastros e as informações fiscais. Comentários: Essa questão é brincadeira, né?! A Constituição Federal toda preocupada em estabelecer um federalismo cooperativo, onde as 3 esferas da Federação atuem de forma integrada, com repartição de receitas e colaboração de esforços, e a questão me vem com “separada”, “dissociada”... Deixa disso! A resposta é letra B! Integrada! Segundo a CF, art. 37, XXII: as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. Gabarito: Letra B. Publicidade dos atos administrativos: § 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. Participação do usuário da administração pública § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 35 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Improbidade administrativa § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. § 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. O parágrafo 4º merece atenção, pois é muito cobrado em concursos. Deve-se ter atenção a esta diferença: � suspensão → dos direitos políticos; � perda → da função pública; O parágrafo 5º também merece atenção para fins de concurso, veja que os ilícitos terão seus prazos de prescrição disciplinado em lei, isto quer dizer que após este prazo, previsto em lei, o Estado não poderá mais punir o infrator. Porém,a Constituição não prevê a possibilidade para prescrição das ações de ressarcimento. Ou seja, ainda que o infrator não possa mais ser punido pelo Estado, ele deverá ressarcir os danos causados ao erário. Dessa forma, podemos esquematizar as consequências dos atos de improbidade administrativa da seguinte forma: � SUSPENSÃO dos direitos políticos; � PERDA da função pública; � Indisponibilidade dos bens; � O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e gradação previstas em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos. 63. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A Constituição da República previu consequências graves para os administradores que praticam atos de improbidade administrativa. Assinale, entre as opções abaixo, aquela que não se coaduna com as consequências pela prática dos atos de improbidade administrativa. a) Suspensão dos direitos políticos. b) Indisponibilidade dos bens. c) A perda da nacionalidade. d) Ressarcimento ao erário. e) Perda da função pública. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 36 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: As consequências para os condenados por improbidade administrativa estão previstas no art. 37 §4º da Constituição. Combinando com o §5º do mesmo artigo, podemos esquematizar da seguinte forma: � SUSPENSÃO dos direitos políticos; � PERDA da função pública; � Indisponibilidade dos bens; � O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e gradação previstas em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos. O erro, dessa forma, está na letra C, já que não existe pena de banimento no Brasil, sendo a perda da nacionalidade declarada apenas nos termos do art. 12 §4º da Constituição, não sendo aplicável aos condenados por improbidade. Gabarito: Letra C. 64. (ESAF/ATA-MF/2009) Os atos de improbidade administrativa importarão a indisponibilidade dos bens sem prejuízo da ação penal cabível. Comentários: A prática de atos de improbidade administrativa importam em diversas sanções, previstas no art. 37 §4º da Constituição, como a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos e a indisponibilidade dos bens, conforme dito no enunciado. Tudo isto, sem prejuízo de que seja movida uma ação penal contra o infrator. Gabarito: Correto. 65. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) A ação de ressarcimento contra servidor que causa prejuízo ao erário é imprescritível. Comentários: Da combinação do art. 37 §4º da Constituição com o §5º, vemos que a norma não previu a possibilidade de prescrição para o efetivo ressarcimento ao erário. Assim, a ação de ressarcimento ao erário será imprescritível, e este será feito na forma e gradação previstas em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a lei poderá preverá a prescrição para punição dos ilícitos. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 37 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Responsabilidade Civil do Estado § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Esses elementos "dolo e culpa" são chamados de "elemento subjetivo", pois refletem a intenção da pessoa – dolo (caso haja intenção em fazer o ato) ou culpa (caso não haja intenção). Quando a apuração da responsabilidade leva em consideração o elemento subjetivo, estamos diante de uma a "responsabilidade subjetiva", mas quando a responsabilidade independe do dolo ou culpa, é o caso da "responsabilidade objetiva", pois é apurada sem levar em consideração qual foi a intenção do agente. A responsabilidade civil do Estado, em regra, é objetiva. O Estado responderá objetivamente aos danos que seus agentes causarem a terceiros. Caso seja apurada o dolo ou a culpa do agente, o Estado fará uma ação de regresso contra ele. Então temos: PJ de direito público; PJ de direito privado prestadoras de serviços públicos. • Essa é a regra da responsabilização do Estado, que é a “Teoria do Risco Administrativo”, onde existe a “Responsabilidade Objetiva” (independente de dolo ou culpa). • Temos como exceção o art. 21, XXIII, que trata da re- sponsabilidade civil por danos nucleares independente da existência de culpa, que embora também seja objetiva, é aceita pela doutrina como “Teoria do Risco Integral” e não “Teoria do Risco Administrativo”. • Ainda existe doutrinariamente no Brasil a “Teoria da Culpa Anônima” onde o Estado se responsabilizará pela inexistência do serviço público, que, diferentemente das Responderão (objetivamente) pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 38 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR outras duas vistas, é “subjetiva”, depende de culpa, ou seja, da inexistência do serviço ou da má prestação. Jurisprudência: Atualmente (desde o final de 2009) o STF entende que as concessionárias de serviço público respondem objetivamente por danos causados, tanto aos usuários quanto aos não-usuários do serviço3. Antes, a jurisprudência dizia que esta responsabilidade era somente em se tratando dos usuários. 66. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A responsabilidade civil objetiva somente se aplica a atos praticados por agentes públicos, jamais a atos praticados por agente de pessoa jurídica de direito privado. Comentários: A Constituição dispõe em seu art. 37 § 6º que as pessoas jurídicas de direito público bem como as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Esses elementos "dolo e culpa" são chamados de "elemento subjetivo", quando a responsabilidade depende do elemento subjetivo, temos a "responsabilidade subjetiva", quando não depende, temos a "responsabilidade objetiva". Gabarito: Errado. 67. (FCC/Técnico - Informática - TRF 5ª /2008) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos não responderão pelos danos causados por seus agentes a terceiros. Comentários: Errado. A responsabilidade da administração pública é de ordem objetiva (CF, art. 37, §6º). Ou seja, a administração pública responde pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, independentemente de ter havido dolo ou culpa. Gabarito: Errado. 68. (CESPE/MPS/2010) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus 3 RE 591874 / MS - MATO GROSSO DO SUL - Julgamento em 26/08/2009. CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 39 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR agentes, nessa qualidade, causem a terceiros, sendo assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Comentários: Trata-se da chamada "responsabilidade objetiva" do Estado, expressa na Constituição em seu art. 37 § 6º, segundo o qual as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
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