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Aula 05

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CURSO ON-LINE - D. CONST. ATRFB 
PROFESSORES: VÍTOR CRUZ e RODRIGO DUARTE 
1 
Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 
Aula 5 
E aí pessoal, tranquilo? Hoje trataremos de um tema bastante 
importante para a sua prova, ainda bem que é bastante 
fácil...rs, vamos começar?? 
Da Administração Pública 
Disposições Gerais: 
Princípios Constitucionais da Administração Pública: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte (...). 
A redação atual do art. 37 foi dada pela EC 19/98 que inseriu o 
princípio da eficiência efetivando, assim, a implantação da chamada 
“Administração Pública Gerencial” no Brasil. 
Estes princípios se aplicam tanto à administração pública direta 
(órgãos pertencentes à estrutura desconcentrada do governo 
federal, estadual, municipal ou do distrito federal) quanto à 
administração pública indireta (entidades descentralizadas vinculadas 
aos governos, tais como as autarquias – Banco Central, SUSEP... –, 
fundações públicas – IBGE, Fiocruz... -, empresas públicas – 
Caixa Econômica Federal... – e sociedades de economia mista – 
Banco do Brasil, Petrobrás...). 
As iniciais destes princípios formam um mnemônico muito utilizado: o 
LIMPE. Vamos entender cada um dos princípios: 
• Legalidade - É considerado o princípio fundamental da 
administração pública, pois toda a conduta do agente público 
deve ser pautada no que dispõe a lei. A legalidade pode ser 
empregada em duas visões: 
1- Para o cidadão - legalidade é poder fazer tudo aquilo que a 
lei não proíba. 
2- Para o agente público - legalidade é poder fazer somente 
aquilo que a lei permite ou autoriza. 
É importante ainda que lembremos que legalidade é um 
conceito amplo que significa agir conforme a lei, ou dentro dos 
limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas espécies 
de poderes dos administradores públicos: 
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a) Poder vinculado – quando o administrador público deve 
cumprir exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem 
margem de atuação por sua conveniência e oportunidade. 
b) Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas 
gerais, os limites, do mandamento, deixando margem para uma 
atuação de acordo com a conveniência e oportunidade do 
administrador público. 
• Impessoalidade - Os atos praticados pelo agente público 
devem ser imputados ao órgão da administração e não ao 
agente público. Assim, o agente público é apenas a forma de 
exteriorizar a vontade da administração, um mero executor do 
ato, não podendo deixar que aspectos subjetivos, pessoais, 
influenciem na sua execução. Possui também dois prismas de 
observação: 
1- Do administrador – o agente público deve ser impessoal 
ao praticar o ato. 
2- Do administrado – o particular, como destinatário do ato, 
não deve ser favorecido ou prejudicado por suas características 
pessoais. 
• Moralidade - Ao administrador público não basta cumprir o 
que está na lei, deve-se guiar por padrões éticos de conduta e 
zelo pelo alcance do interesse público. O ato administrativo que 
for considerado imoral será inconstitucional, devendo ser 
invalidado. 
• Publicidade - os atos administrativos devem estar revestidos 
de total transparência para poderem ser fiscalizados pela 
sociedade (salvo àqueles que forem essenciais à segurança da 
sociedade e do Estado) 
• Eficiência - Inserido pela EC 19/98. Diz que o administrador 
público deve ser racional no uso dos gastos, buscando sempre 
ter o melhor benefício com o menor custo dos recursos 
públicos. Também orienta o agente público a ter resultados 
satisfatórios em termos de quantidade e qualidade no 
desempenho de sua atividade. 
Estes 5 princípios arrolados acima, são o que chamamos princípios 
constitucionais explícitos da administração pública. A doutrina, no 
entanto, reconhece que teríamos alguns princípios implícitos na 
Constituição, como: 
Supremacia do Interesse Público – O interesse público, que é 
coletivo, deve prevalecer sobre o interesse particular; 
Indisponibilidade do Interesse Público - Os bens e o interesse 
público pertencem à coletividade, eles são indisponíveis, logo, o 
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administrador deverá apenas geri-los não podendo agir como “bem 
entender” sobre os esses bens e interesses confiados à sua guarda. 
Princípio da Finalidade – A finalidade dos atos deve ser sempre o 
alcance do interesse público. 
Princípio da Razoabilidade e o da Proporcionalidade – No 
âmbito da administração pública, esses princípios direcionam o 
administrador a ponderar a sua atuação diante do caso concreto e 
agir sem extremos em sua atividade, o chamado “entendimento do 
homem médio”. 
1. (ESAF/ANA/2009) Os bens e o interesse público são 
indisponíveis, porque pertencem à coletividade. O Administrador é 
mero gestor da coisa pública e não tem disponibilidade sobre os 
interesses confiados à sua guarda e realização em razão do princípio 
da indisponibilidade do interesse público, que não pode ser atenuado. 
Comentários: 
Os princípios, diferentemente das regras, comportam um diferente 
grau de concretização. Ou seja, eles podem ser cumpridos total ou 
parcialmente, já que podem acabar entrando em colisão com outros 
princípios. Assim, havendo colisão de princípios eles deverão ser 
ponderados no caso concreto e decidir qual irá prevalecer sobre o 
outro. Desta forma, não se pode dizer que “não pode ser 
atenuado”. 
Gabarito: Errado. 
2. (FCC/DPE-RS/2011) Na relação dos princípios expressos no 
artigo 37, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil, 
NÃO consta o princípio da 
a) moralidade. 
b) eficiência. 
c) probidade. 
d) legalidade. 
e) impessoalidade. 
Comentários: 
Os princípios expressos da Administração Pública são aquele famoso 
“LIMPE” que está no art. 37 da Constituição. A questão, 
maldosamente, tirou a “publicidade” e colocou “probidade”, que 
também começa com “P”. A letra C é o gabarito, o correto seria 
“publicidade”. 
Gabarito: Letra C. 
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3. (FCC/AJAJ-TRT 4º/2011) O conteúdo do princípio 
constitucional da legalidade, 
a) não exclui a possibilidade de atividade discricionária pela 
Administração Pública, desde que observados os limites da lei, 
quando esta deixa alguma margem para a Administração agir 
conforme os critérios de conveniência e oportunidade. 
b) impede o exercício do poder discricionário pela Administração, haja 
vista que esse princípio está voltado para a prática dos atos 
administrativos vinculados, punitivos e regulamentares. 
c) autoriza o exercício do poder discricionário pelo administrador 
público, com ampla liberdade de escolha quanto ao destinatário do 
ato, independentemente de previsão normativa. 
d) impede a realização de atos administrativos decorrentes do 
exercício do poder discricionário, por ser este o poder que a lei 
admite ultrapassar os seus parâmetros para atender 
satisfatoriamente o interesse público. 
e) traça os limites da atuação da Administração Pública quando 
pratica atos discricionários externos, mas deixa ao administrador 
público ampla liberdade de atuação para os atos vinculados internos. 
Comentários: 
Legalidade é um conceito amplo que significa agir conforme alei, ou 
dentro dos limites traçados pela lei. Diante disso, surgem as duas 
espécies de poderes dos administradores públicos: 
Poder vinculado – quando o administrador público deve cumprir 
exatamente os mandamentos traçados pela lei, sem margem de 
atuação por sua conveniência e oportunidade. 
Poder discricionário – quando a lei traça apenas as linhas gerais, 
os limites, do mandamento, deixando margem para uma atuação de 
acordo com a conveniência e oportunidade do administrador público. 
Gabarito: Letra A. 
4. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O importante princípio da 
legalidade, que foi inserido expressamente pela EC 19/98, indica que 
os gestores da coisa pública deverão desempenhar seus encargos de 
modo a otimizar legalmente o emprego dos recursos que a sociedade 
lhes destina. 
Comentários: 
Tudo que o enunciado trouxe estaria correto se o princípio indicado 
fosse o da "eficiência" e não o da "legalidade". O princípio da 
eficiência que foi expressamente inserido pela EC 19/98 e que 
direciona o administrador na otimização dos gastos. 
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5 
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Gabarito: Errado. 
5. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) O princípio constitucional 
que exige da administração pública ação rápida e precisa para 
produzir resultados que satisfaçam as necessidades da população 
denomina-se princípio da razoabilidade. 
Comentários: 
O correto seria o princípio da eficiência, já que razoabilidade é 
ponderar a atuação do administrador ao caso concreto e agir sempre 
nos limites do "homem médio", sem adotar extremos em sua 
atividade. 
Gabarito: Errado. 
Cargos públicos: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis 
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos 
em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
A redação deste inciso também foi dada pela EC 19/98. Essa emenda 
abriu a possibilidade de que os estrangeiros possam ocupar 
cargos públicos, desde que na forma da lei. 
Outra norma semelhante pode ser encontra na Constituição, art. 207, 
§ 1º → Universidades e instituições de pesquisa científica e tec-
nológica podem admitir professores, técnicos e cientistas 
estrangeiros, na forma da lei. 
6. (ESAF/TFC-CGU/2008) os cargos, empregos e funções 
públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, estando vedado o acesso pelos estrangeiros, na 
forma da lei. 
Comentários: 
Aos estrangeiros também serão acessíveis os cargos públicos, porém, 
isso será na forma da lei (CF, Art. 37, I). 
Gabarito: Errado. 
7. (ESAF/AFC-CGU/2008) Contemplam princípios aos quais 
deve obedecer a administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: Eficiência e acessibilidade aos cargos, empregos e 
funções públicas aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
em igualdade de condições. 
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Comentários: 
Estrangeiros só têm acesso a cargos públicos na forma da lei. É o 
disposto pela Constituição em seu art. 37, I. 
Gabarito: Errado. 
8. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Somente 
brasileiro (nato ou naturalizado) pode ocupar cargo, função ou 
emprego público na Administração Pública. 
Comentários: 
Os cargos são acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei (CF, art. 
37, I). 
Gabarito: Errado. 
9. (ESAF/TRF/2006) A Constituição assegura, sem restrições, 
o acesso de brasileiros e estrangeiros a cargos públicos. 
Comentários: 
Os cargos são acessíveis aos estrangeiros, na forma da lei (CF, art. 
37, I). 
Gabarito: Errado. 
10. (FCC/AJAA- Taquigrafia/ 2012) Dentre as regras da 
Constituição Federal a respeito da investidura em cargos públicos 
está aquela segundo a qual os cargos, empregos e funções públicas 
são acessíveis apenas aos brasileiros natos, não podendo ser 
exercidos por brasileiros naturalizados, nem por estrangeiros. 
Comentários: 
A Constituição, em seu art. 37, I versa que os cargos, empregos e 
funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os 
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na 
forma da lei. Infere-se então que tanto os brasileiros natos, quanto 
os naturalizados, e até mesmo, na forma da lei, os estrangeiros, 
poderão exercer cargo público, ressalvados obviamente os cargos 
privativos de brasileiros natos dispostos no art. 12 §3º da 
Constituição. 
Gabarito: Errado. 
Ingresso no serviço público: 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 
aprovação prévia em concurso público de provas ou de 
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provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em 
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão 
declarado em lei de livre nomeação e exoneração; 
Com a redação dada pela EC 19/98 esse inciso passou a prever que 
os concursos deverão ser realizados de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei. 
Em regra, qualquer cargo público, seja ele efetivo (cargo 
propriamente dito) ou não-efetivo (emprego público) precisa ser 
provido por concurso público. Há, no entanto, exceções: 
• Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração. É o que chamamos 
de cargos demissíveis ad nutum. Veremos mais detalhes à 
frente. 
• Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por 
tempo determinado para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público. 
11. (FCC/AJAA- Taquigrafia/ 2012) Os cargos em comissão, 
exercidos exclusivamente por servidores de carreira, destinamse 
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. 
Comentários: 
Os cargos em comissão não são exercidos apenas por servidores de 
carreira. Eles podem ser exercidos por qualquer pessoa, podendo, no 
entanto, a lei prever um percentual deles para serem exclusivos de 
servidores de carreira (CF, art. 37, V). 
Gabarito: Errado. 
12. (FCC/AJAA- Taquigrafia/ 2012) A investidura em cargo, 
mas não a investidura em emprego, depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos. 
Comentários: 
Tanto empregos públicos quanto os cargos públicos exigem con-
curso 
público para a investidura (CF, art. 37, II). 
Gabarito: Errado. 
13. (FCC/Oficial - DPE-SP/2010) A obrigatoriedade da 
realização de concurso público aplica-se para 
a) preenchimento de cargo eletivo e emprego público. 
b) provimento de cargo comissionado e função. 
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c) provimento de cargo efetivo e emprego público. 
d) apenas para provimento de cargo efetivo. 
e) apenas para preenchimento de emprego público. 
Comentários: 
Sabemos que pelo art. 37, II da Constituição, a investidura em cargo 
ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público. Assim, não importa se estamos diante de um "cargo 
efetivo" - cargo estatutário, no qual poderemos após 3 anos nos 
tornarmos estáveis - ou "emprego público" - cargos de regime 
privado, regidos pela CLT -, ambos precisam de aprovação em 
concurso público, principalmente para atender ao princípio da 
impessoalidade na administração pública. 
A pegadinha começa quando a FCC me vem com um cargo "eletivo", 
no lugar de "efetivo" na letra A...casca de banana pura! A resposta 
certa é a letra C! 
O cargo em comissão na letra B é uma exceção ao concurso público, 
já que é acessível a qualquer pessoa, por indicação da autoridade 
nomeante. Esses cargos devem ser criados por lei e destinarem-se 
apenas às funções de chefia, direção ou assessoramento, não pode 
ser qualquer função não... ok?! 
Gabarito: Letra C. 
14. (FCC/Defensor-DP-SP/2009) O principio constitucional da 
exigibilidade de concurso público aplica-se aos poderes e entes da 
federação, exceto às sociedades de economia mista e paraestatais 
com regime celetista. 
Comentários: 
Errado. Embora as entidades paraestatais admitam o seu pessoal sob 
o regime privado (celetista), elas também devem observar a 
obrigatoriedade do concurso público (CF, art. 37, II), pois a 
Constituição trouxe esta obrigação tanto para o provimento de cargos 
quanto de empregos públicos. 
Gabarito: Errado. 
15. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) A única 
exceção ao princípio constitucional do concurso público, que 
compreende os princípios da moralidade, da igualdade, da eficiência, 
entre outros, consiste na possibilidade, expressa na CF, de nomeação 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
Comentários: 
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Na Constituição temos 3 exceções expressas ao concurso público: 
• Exceção 1: Nomeações para cargo em comissão, de-
clarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
• Exceção 2: Nos casos da lei, poderá haver contratação por 
tempo determinado para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público. 
Gabarito: Errado. 
Prazo de validade do concurso público 
III - o prazo de validade do concurso público será de até 
dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de 
convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade 
sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, 
na carreira; 
A não observância da obrigatoriedade do concurso público e do prazo 
de validade deste implicará a nulidade do ato e a punição da 
autoridade responsável, nos termos da lei (CF, art. 37, § 2º). 
No recente entendimento do STJ e do STF, o candidato aprovado em 
concurso público, dentro do número de vagas previstas, tem direito 
subjetivo a ser nomeado durante o prazo de validade do concurso 
previsto no edital, diferentemente do que ocorria no passado, onde o 
entendimento era de “mera expectativa de direito”. Veja o julgado do 
STF1 ocorrido em Setembro de 2008: 
"(...) 1. Os candidatos aprovados em concurso público 
têm direito subjetivo à nomeação para a posse que vier 
a ser dada nos cargos vagos existentes ou nos que 
vierem a vagar no prazo de validade do concurso. 2. A 
recusa da Administração Pública em prover cargos vagos 
quando existentes candidatos aprovados em concurso 
público deve ser motivada, e esta motivação é suscetível 
de apreciação pelo Poder Judiciário.(...)". 
16. (ESAF/TFC-CGU/2008) O prazo de validade do concurso 
público será de até quatro anos, prorrogável uma vez, por igual 
período. 
Comentários: 
Será de dois anos, prorrogáveis por mais dois (CF, art. 37 III). 
 
1
 RE 227480 / RJ - RIO DE JANEIRO. 
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Gabarito: Errado. 
17. (ESAF/TRF/2006) Conforme disciplina constitucional, 
nenhum concurso poderá ter prazo de validade inferior a dois anos. 
Comentários: 
O concurso poderá ter qualquer prazo de validade, desde que não 
extrapole o prazo de dois anos prorrogáveis por mais dois anos (CF, 
art. 37, III). Logo, é plenamente aceitável concurso com prazo de 
validade inferior a dois anos. 
Gabarito: Errado. 
18. (ESAF/TRF/2006) Havendo novo concurso público, durante 
o prazo de validade de concurso anterior, será dada prioridade para a 
convocação dos primeiros classificados no novo concurso, em razão 
do princípio da eficiência, que implica obter melhor qualidade para o 
serviço público. 
Comentários: 
A prioridade deverá ser dos classificados no primeiro concurso, se 
ainda estiver dentro do prazo de validade (CF, art. 37, IV). 
Gabarito: Errado. 
19. (ESAF/AFC-CGU/2006) Segundo a jurisprudência do STF, 
não é permitida a regionalização de critérios de concorrência em 
concursos para acesso a cargos públicos, por ofensa ao princípio da 
universalidade que informa esse tipo de concurso. 
Comentários: 
Segundo a jurisprudência, não há qualquer incostitucionalidade de tal 
procedimento, sendo a regionalização ou a especialização para 
concursos critérios de discricionariedade administrativa. 
Gabarito: Errado. 
20. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Durante o prazo 
improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em 
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado 
com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou 
emprego, na carreira; 
Comentários; 
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Correto. De acordo com a Constituição deverá ser dada prioridade 
aos classificados no primeiro concurso, se ainda estiver dentro do 
prazo de validade (CF, art. 37, IV). 
Gabarito: Correto. 
Funções de confiança e Cargos em Comissão 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em 
lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento; 
Essa redação foi dada pela EC 19/98, a partir da qual as funções de 
confiança passam a ser preenchidas exclusivamente por servidores 
efetivos, além de prever que tanto os cargos em comissão quanto as 
funções de confiança passariam a serem destinados apenas às 
atribuições de chefia, direção ou assessoramento. 
Esquematizando: 
Funções de confiança �Exclusivamente para servidores 
ocupantes de cargo efetivo; 
X 
Cargos em comissão �Embora acessível a qualquer 
pessoa, a lei pode prever condições e 
percentuais mínimos para serem 
preenchidos por servidores de carreira. 
Os cargos efetivos podem ser isolados ou estruturados em carreiras. 
Observe que para assumir uma função de confiança, a pessoa já é 
ocupante de qualquer cargo efetivo e é designado para ela. Já o 
cargo em comissão, se trata de novo cargo e não uma simples 
função, qualquer pessoa pode assumir e a lei irá reservar percentual 
para os de carreira. 
Dica: Função – efetivo / Cargo em Comissão – Carreira 
Essas funções de confiança e cargos em comissão, por serem 
providas sem concurso público, frequentemente são usadas como 
Destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento
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forma de favorecimento de parentes ou aliados políticos (nepotismo). 
O nepotismo é uma clara afronta aos princípios da moralidade 
administrativa, impessoalidade e eficiência, já que constitui uma 
prática reprovável, que não trata com isonomia possíveis candidatos 
ao cargo, e ainda, muitas vezes preterindo alguém mais qualificado 
para o exercício do mesmo. 
Devido a isso, gerou-se recentemente uma grande discussão no STF 
a fim de coibir tal prática. Como resultado desses julgamentossobre 
casos concretos, surgiu a súmula vinculante nº 13, vejamos: 
• Súmula V inculante nº 13 → A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido 
em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o 
exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas, viola a Constituição Federal. 
• Inaplicabilidade da súmula vinculante nº 13 → À 
nomeação de irmão de Governador de Estado no cargo de 
Secretário de Estado, não se aplica a súmula vinculante nº 13 
por se tratar de cargo de natureza política, já que secretários 
de Estado são agentes políticos2. 
Esquematizando a súmula vinculante 13: 
O imbróglio gira em torno de 3 pessoas: 
1- Temos a pessoa que pretende ser nomeada - chamaremos de 
"Vida-Boa" 
2- Temos a autoridade nomeante - que chamaremos de "Chefe 
malandro 1" 
3- Temos uma outra pessoa que não é a autoridade nomeante, mas 
que ocupa cargo direção, chefia ou assessoramento, dentro dessa 
mesma pessoa jurídica em questão - "Chefe malandro 2". 
Segundo a súmula vinculante 13: O "Chefe Malandro 1" não pode 
nomear o "Vida-boa", se este for cônjuge ou parente até 3º grau do 
próprio "Chefe Malandro 1" ou do "Chefe Malandro 2" 
 
2
 STF – Rcl–MC–AgR 6650 / PR – PARANÁ – 16/10/2008 - Entendimento firmado com base no R.Ex. 
579.951/RN. 
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21. (ESAF/ATA-MF/2009) As funções de confiança serão 
preenchidas por servidores de carreira nos casos, condições e 
percentuais mínimos previstos em lei. 
Comentários: 
De acordo com o disposto na Constituição em seu art. 37, V, esta 
previsão é para os “cargos em comissão”. Para funções de confiança 
serão aceitos somente servidores efetivos, sempre, não há 
necessidade de serem de “carreira” e nem de se estabelecerem 
percentuais mínimos em lei. 
Gabarito: Errado. 
22. (ESAF/ANA/2009) A Constituição Federal não proíbe a 
nomeação de cônjuge, companheiro, ou parente, em linha reta, 
colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive da autoridade 
nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em 
cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de 
cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada 
na Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Comentários: 
A constituição proíbe o nepotismo, embora não seja uma proibição 
expressa no texto, trata-se de uma proibição implícita nos princípios 
da moralidade e da eficiência da administração pública. Assim o STF 
editou a súmula vinculante de nº 13: A nomeação de cônjuge, 
companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até 
o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da 
mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de 
confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública 
direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante 
designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
Gabarito: Errado. 
23. (ESAF/AFC-CGU/2008) As funções de confiança serão 
destinadas apenas para servidores ocupantes de cargo efetivo, e o 
preenchimento de cargos em comissão, destinados apenas às 
atribuições de direção, chefia e assessoramento, serão ocupados por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei. 
Comentários: 
É a transcrição do disposto pela Constituição em seu art. 37, V. 
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Gabarito: Correto. 
24. (FCC/Serviço de Notas e Registro - TJPA/2011) A 
nomeação de irmão de Secretário de Estado para exercer cargo de 
confiança de assessoria na Secretaria de que este é titular 
a) não pode ser objeto de questionamento judicial, em virtude do 
princípio da separação de poderes, por se tratar de ato de 
competência do Poder Executivo. 
b) pode ser objeto de mandado de segurança coletivo, impetrado 
pelo Ministério Público, por ofensa a interesse difuso protegido 
constitucionalmente. 
c) é passível de impugnação por qualquer cidadão, por meio de ação 
popular, em virtude de ofensa à moralidade administrativa. 
d) pode ser objeto de habeas data, impetrado por quem preencha os 
requisitos para o cargo, com vistas à anulação do ato de nomeação. 
e) não conflita com os princípios constitucionais da Administração 
Pública, uma vez que não traz prejuízo ao erário. 
Comentários: 
A questão trata da súmula vinculante 13, a qual proíbe o nepotismo 
na administração pública, vedando a nomeação de parentes até o 3º 
grau para os cargos de confiança. 
Não confunda essa questão que fala de um secretário nomeando o 
seu irmão para um cargo de confiança com a decisão do STF 
sobre a inaplicabilidade da súmula vinculante 13, onde disse ser lícita 
um governador nomeando o seu irmão para ser secretário. 
Segundo o STF, a nomeação para os cargos de Ministros e 
Secretários, por serem cargos políticos, não precisam observar a 
súmula vinculante 13. 
Gabarito: Letra C. 
25. (CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) Na administração 
pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos 
estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios, os cargos em 
comissão serão preenchidos exclusivamente por servidores ocupantes 
de cargos efetivos. 
Comentários: 
Os cargos em comissão podem ser preenchidos por qualquer pessoa. 
As funções de confiança é que devem ser preenchidas tão somente 
por servidores efetivos (CF, art. 37, V). 
Gabarito: Errado. 
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Associação sindical 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre 
associação sindical; 
26. (ESAF/TFC-CGU/2008) É garantido aos servidores civis e 
militares o direito à livre associação sindical. 
Comentários: 
Militares não podem se sindicalizar (CF, art. 142 §3º, IV), já ao 
servidor público civil é garantido este direito (CF, art. 37, VI). 
Gabarito: Errado. 
27. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) É garantido ao servidor 
público civil e ao militar o direito à livre associação sindical e à 
reunião em qualquer local, vedada a interferência estatal no seu 
funcionamento. 
Comentários: 
O sevidor militar não pode se sindicalizar. Somente o civil poderá. 
Gabarito: Errado. 
Direito de greve do servidor: 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos 
limites definidos em lei específica; 
Essa redação foi dada pela EC 19/98 que mudou a exigência de "lei 
complementar" para "lei ordinária específica". 
Em tempo, lei específica é aquela lei que trata de um assunto 
exclusivo. Não se trata de uma nova espécie de lei, é uma lei 
ordinária, comum, porém, não pode tratar de outros assuntos que 
não sejam aquele específico, constitucionalmente determinado. 
Assim, não poderá, por exemplo, a lei tratar da greve dos servidores 
públicos e ao mesmo tempo, versar sobre outros temas, como 
ingresso em carreiras públicas, remuneração e etc. 
Em decisão tomada no julgamentodos Mandados de Injunção 670, 
708 e 712 o Supremo determinou que enquanto não editada essa lei 
específica referida deve-se aplicar a lei de greve dos trabalhadores 
privados aos servidores públicos. 
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28. (ESAF/MDIC/2012) Sobre a Administração Pública e seus 
servidores, é correto afirmar que o direito de greve será exercido nos 
termos e nos limites definidos em lei complementar. 
Comentários: 
Errado. Nos termos da Constituição (CF, art. 37, VII), o direito de 
greve dos servidores será exercido nos termos e nos limites definidos 
em lei específica (lei ordinária que trate exclusivamente do assunto), 
vale lembrar que antes da EC 19/98 havia a exigência da lei 
complementar para disciplinar o assunto, porém, com a elaboração 
da EC 19/98, a exigência mudou de “lei complementar” para “lei-
ordinária-específica”. 
Gabarito: Errado. 
29. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A 
Constituição proíbe o direito de greve dos servidores públicos civis e 
militares. 
Comentários: 
A proibição é apenas para os militares, os civis poderão fazer greve, 
nos termos de lei específica (CF, art. 37,VII). Importante lembrar que 
segundo o posicionamento do STF - MI 670, 708 e 712 - enquanto 
não editada tal lei específica, esta greve deverá obedecer as mesmas 
regras dos empregados regidos pela CLT. 
Gabarito: Errado. 
Portadores de deficiência na Administração Pública 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos 
públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá 
os critérios de sua admissão; 
Lei nº 8.112/90 – Rege os Servidores Públicos Federais – Às pessoas 
portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em 
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam 
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais 
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso. 
30. (FCC/Assistente - TCE - AM/2008) As pessoas portadoras 
de deficiência não podem ser submetidas a concurso público para 
provimento de cargos públicos. 
Comentários: 
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Errado. Elas têm direito à participação no certame, inclusive com 
reserva específica de vagas, já que a Constituição traz o mandamento 
em seu art 37, VIII de que a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e 
definirá os critérios de sua admissão. 
Gabarito: Errado. 
Contratação para atender a necessidade temporária de ex-
cepcional interesse público 
Vimos na “Exceção 2 à regra de obrigatoriedade do concurso público”, 
no art. 37, II. 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de 
excepcional interesse público; 
31. (FCC/Analista - TRF 5ª/2008) A lei estabelecerá os casos de 
contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público. 
Comentários: 
Correto. Trata-se de uma das exceções à regra da obrigatoriedade do 
concurso público (CF, art. 37, II e IX), tal como as nomeações para 
cargos em comissões (CF, art. 37, V). 
Gabarito: Correto. 
A remuneração e o subsídio dos servidores públicos: 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de 
que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou 
alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa 
em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na 
mesma data e sem distinção de índices; 
Essa redação foi dada pela EC 19/98 que passou a exigir uma "lei 
ordinária específica" para fixar ou alterar a remuneração dos 
servidores. 
STF – Súmula nº 679 → A fixação de vencimentos dos servidores 
públicos não pode ser objeto de convenção coletiva. 
STF – Súmula nº 681 → É inconstitucional a vinculação de 
vencimentos de servidores estaduais e municipais a índices federais 
de correção monetária. 
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32. (CESPE/AJAJ - STM/2011) A CF assegura ao servidor público 
a revisão geral anual de sua remuneração ou subsídio mediante lei 
específica de iniciativa do chefe do Poder Executivo e estabelece o 
direito à indenização na hipótese de não cumprimento da referida 
determinação constitucional. 
Comentários: 
É assegurada pela Constituição a revisão geral anual da remuneração 
(CF, art. 37, X) sempre na mesma data e sem distinção de índices, 
porém, não há qualquer previsão de indenização por não 
cumprimento. Outro erro é que a iniciativa é privativa em cada caso, 
sendo feita pelo chefe do Poder Executivo somente para o âmbito do 
Executivo daquela esfera, e não para todos os servidores. 
Gabarito: Errado. 
Limites máximos da remuneração (“Tetos”): 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, 
autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais 
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie 
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do 
Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o 
subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do 
Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e 
cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do 
Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores 
Públicos; 
Este inciso é bem extenso, mas é de extrema importância. 
Encontramos remissão a ele em diversos pontos da Constituição, isso 
porque tal dispositivo estabelece o chamado “teto remuneratório”, ou 
seja, o limite máximo para as remunerações dentro do serviço 
público. 
Vamos organizar o dispositivo: 
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� A regra do “teto” vale para qualquer membro de poder ou 
ocupante de cargo, emprego ou função pública, de qualquer 
poder, seja administração direta, Autarquia, Fundação Pública, 
e ainda, caso recebam recursos públicos para custeio 
(despesas do dia-a-dia), irá alcançar as Empresas Públicas, 
Sociedades de Economia Mista e suas subsidiárias. 
� Abrange o somatório de todas as parcelas remuneratóri-
as, 
salvo as de caráter indenizatório. (Na esfera feder-
al, 
segundo a lei 8112/90, as parcelas indenizatórias seriam: Ajuda 
de custo, diária, transporte e auxílio moradia). 
Segundo o dispositivo, os tetos são os seguintes: 
TETO FEDERAL E GERAL ��� Subsídio dos Ministros do STF. 
TETO ESTADUAL / DISTRITAL: 
� Para o PL �Subsídio dos Dep. Estaduais; �
Para o PE �Subsídio do Governador; 
� Para o PJ �Subsídio do 
Desembargador do TJ (este é limitado 
a 90,25% do STF, e também se aplica 
aos membros do MP, Procuradores e 
DP). 
TETO MUNICIPAL ��� Subsídio do Prefeito Teto entre os Poderes: 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do 
Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo 
PoderExecutivo; 
Esse inciso se refere tão somente aos cargos da estrutura 
administrativa dos Poderes. Tal inciso não se aplica aos detentores de 
mandatos eletivos e demais agentes políticos. Desta forma, não há 
inconstitucionalidade alguma em o Presidente da República ter um 
subsídio inferior ao de um Ministro do STF ou Deputado Federal. 
33. (ESAF/PGFN/2007) O subsídio mensal dos membros do 
Judiciário, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer natureza, e 
(§ 12) É Facultado aos 
Est./DF, através de 
emenda à CE ou à Lei 
Org. do DF fixar o 
subsídio do 
Desembargador do TJ 
como teto único, este 
será limitado a 90,25% 
do subsídio dos Min. do 
STF (salvo p/ os 
Deputados e Vereadores) 
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ainda as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei, não 
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Não se inclui neste rol, as parecelas de caráter exclusivamente 
indenizatórios como é o caso das ajudas de custo, transporte, diárias 
e auxílio-moradia. 
Gabarito: Errado. 
34. (ESAF/CGU/2006) Em face de emenda constitucional, o 
subsídio dos Deputados Estaduais têm por limite a remuneração dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado. 
Comentários: 
Não existe tal emenda que preveja isso. O que existe é a 
possibilidade de por “Emenda à Constituição estadual” ser fixado 
este limite único para o Estado como sendo o subsídio dos 
Desembargadores do TJ, porém, este limite único, não se aplica aos 
Deputados ou Vereadores. Veja o que dispõe a CF em seu art. 37 § 
12: 
“Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica 
facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos 
Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 
noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio 
mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se 
aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos 
Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores”. 
Gabarito: Errado. 
35. (FCC/Oficial de Justiça - TJ-PA/2009) Os vencimentos dos 
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
Comentários: 
Correto. É a perfeita disposição do teor da Constituição em seu art. 
37, XII. 
Gabarito: Correto. 
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36. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) A remuneração ou o 
subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos do 
poder judiciário do estado-membro não poderá exceder o subsídio 
mensal dos desembargadores do respectivo tribunal de justiça, 
limitado a 90,25% do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do 
Supremo Tribunal Federal (STF). 
Comentários: 
O respaldo para essa questão está no inciso XI do art. 37, que 
estabelece os “tetos remuneratórios”. Em se tratado de Estados, 
temos que, os limites de cada um dos Poderes Estaduais deve 
respeitar os seguintes tetos: 
� Para o PL �Subsídio dos Dep. Estaduais; 
� Para o PE �Subsídio do Governador; 
� Para o PJ � Subsídio do Desembargador do TJ (este é limitado 
a 90,25% do STF, e também se aplica aos membros do MP, 
Procuradores e DP). 
Gabarito: Correto. 
Não vinculação ou equiparação remuneratória 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer 
espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público; 
Assim, não se pode estabelecer, por exemplo, que o vencimento do 
Auditor Fiscal da Receita Federal deve ser idêntico ao do Auditor do 
TCU, ou ainda dizer que deverão ganhar 80% do subsídio de um 
juiz federal. 
Isso implicaria em uma cadeia remuneratória, sempre que a 
remuneração de um aumentasse, em uma “bola de neve”, iria 
aumentar a remuneração dos outros. 
Essa vinculação ou equiparação só será permitida nas hipóteses 
constitucionais, por exemplo: 
• CF, art. 39, § 5º → Lei da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação 
entre a maior e a menor remuneração dos servidores 
públicos; 
• CF, art. 93, V - O subsídio dos Ministros dos Tribunais 
Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do 
subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal (...). 
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37. (ESAF/ATA-MF/2009) É vedada a vinculação ou equiparação 
de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração 
de pessoal do serviço público. 
Comentários: 
A Constituição realmente veda este tipo de vinculação ou equiparação 
através de seu art. 37, XIII. 
Gabarito: Correto. 
38. (ESAF/TFC-CGU/2008) a vinculação ou equiparação de 
quaisquer espécies remuneratórias para efeito de remuneração de 
pessoal do serviço público tem amparo na Constituição. 
Comentários: 
É vedada tal vinculação ou equiparação expressamente pela 
Constituição em seu art. 37, XIII. 
Gabarito: Errado. 
39. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) É 
inconstitucional a lei que estabeleça que todos os aumentos recebidos 
por membros de certa carreira do Executivo serão automaticamente 
estendidos a integrantes de outra carreira do mesmo Poder. 
Comentários: 
Seria uma ofensa ao disposto no art. 37, XIII da Constituição, que 
veda a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies re-
muneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público. 
Gabarito: Correto. 
40. (FCC/EPP-SP/2009) Determinado Município estabelece por 
meio de lei que os cargos de Fiscal de Tributos Municipais são de 
provimento em comissão, percebendo os seus ocupantes a mesma 
remuneração dos Fiscais de Renda do Estado respectivo. Essa lei 
municipal é duplamente inconstitucional, tanto em relação à forma de 
provimento, quanto em relação à vinculação remuneratória 
estabelecida. 
Comentários: 
A forma de provimento é inconstitucional, pois a Constituição 
estabelece em seu art. 37, V, que os cargos em comissão (bem como 
as funções de confiança) devem se restringir às atividades de " 
direção, chefia ou assessoramento". A outra inconstitucionalidade 
repousa sobre a vedação à vinculação remuneratória (CF, art. 37, 
XIII) 
Gabarito: Correto. 
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41. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/ 2012) Dado o princípio da 
separação de poderes, os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo. 
Comentários: 
A questão abordou o conhecimento sobre o teor do art. 37, XII da 
Constituição, segundo o qual os vencimentos dos cargos do Poder 
Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos 
pagos pelo Poder Executivo. 
Gabarito: Errado 
42. (CESPE/AGU/2009) O Poder Judiciário, fundado no princípio 
da isonomia previsto na Carta da República, pode promover a 
equiparação dos vencimentos de um servidor com os de outros 
servidores de atribuições diferentes. 
Comentários: 
Isto seria inconstitucional, já que a Constituição impede pelo art. 37, 
XIII a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço 
público. 
Gabarito: Errado. 
43. (CESPE/ABIN/2008) Não seria inconstitucional a lei que 
estabelecesse que a remuneração dos agentesde inteligência da 
ABIN seria vinculada à remuneração dos oficiais de inteligência, de 
forma que, sendo majorada a remuneração destes, a remuneração 
daqueles seria majorada no mesmo percentual de forma automática. 
Comentários: 
A Constituição impede, pelo art. 37, XIII, a vinculação ou 
equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
Gabarito: Errado. 
Vedação do aumento da remuneração “em cascata”: 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor 
público não serão computados nem acumulados para fins de 
concessão de acréscimos ulteriores; 
As gratificações e acréscimos na remuneração do servidor devem ter 
uma base de cálculo que não leve em consideração aqueles 
acréscimos que já foram concedidos, ou seja, não poderá haver 
“acréscimo sobre acréscimo”. 
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44. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) Os servidores públicos estaduais, 
ao contrário do que ocorre com os servidores públicos federais, não 
gozam da garantia da irredutibilidade de vencimentos. 
Comentários: 
A irredutibilidade (CF, art. 37, XV) alcança todos os servidores, sejam 
eles federais, estaduais ou municipais, já que o disposto sobre a 
administração pública na Constituição Federal são regras de aplicação 
em âmbito nacional. 
Gabarito: Errado. 
45. (CESPE/MPS/2010) Para o fim de concessão de acréscimos 
posteriores, poderão ser computados os acréscimos pecuniários 
percebidos por servidor público. 
Comentários: 
Nos termos do art. 37, XIV da Constituição, os acréscimos 
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados 
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. É o 
que se chama de vedação ao "efeito cascata", que é o efeito que 
poderia ocorrer do cálculo de acréscimos tendo como base outros 
acréscimos. 
Gabarito: Errado. 
Irredutibilidade 
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e 
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto 
nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, 
II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
Ou seja, eles são irredutíveis, salvo se estiverem irregulares 
(ultrapassando algum teto; não estiver observando a vedação ao 
efeito cascata; ferindo a isonomia tributária). Os dispositivos do art. 
153, III e § 2º, I versam sobre o “imposto de renda”, que não pode 
ser alegado como ofensa à irredutibilidade. 
Acumulação de cargos públicos 
Agora vamos ver um assunto muito cobrado em concursos: 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso 
XI (tetos remuneratórios): 
a) a de dois cargos de professor; 
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b) a de um cargo de professor com outro técnico ou 
científico; (incluído pela EC 19/98) 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais 
de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada 
pela EC 34/01, antes somente os médicos possuíam esta 
faculdade). 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e 
funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e 
sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder 
público; 
Vemos, então, que os cargos públicos são em regra inacumuláveis 
com outros cargos, empregos e funções também públicas 
remuneradas. A possibilidade de se acumularem cargos públicos 
remunerados simultâneos é exceção, e só pode ocorrer quando se 
tratar dos cargos expressamente previstos na Constituição e houver 
compatibilidade de horários para essa acumulação. Em todo caso, o 
somatório das remunerações, não podem ultrapassar os tetos 
remuneratórios constitucionalmente estabelecidos (CF, art. 37, XI). 
Existe ainda outra acumulação que é vedada pela Constituição: a 
acumulação de proventos de aposentadoria: 
CF, art. 37, § 10 → É vedada a percepção simultânea de proventos 
de aposentadoria decorrentes do art. 40 (RPPS) ou dos arts. 42 e 142 
(militar) com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os 
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
CF, art. 40 § 6º → Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos 
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a 
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de 
previdência previsto neste artigo. 
Vamos organizar isso tudo? 
Regra 1 → É vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos; 
Exceção → Se houver compatibilidade de horários, poderá se 
acumular: 
• professor + professor; 
• professor + cargo técnico ou científico; 
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• profissional de saúde + profissional de saúde. 
(Entenda-se: cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, que possuam profissões regulamentadas). 
Regra 2 → É vedado acumular cargos ou empregos públicos com 
proventos públicos de aposentadoria: Ex-
ceção → Pode acumular da seguinte forma: 
• provento + provento ou remuneração de cargos 
acumuláveis, conforme visto acima; 
• provento + mandato Eletivo; 
• provento + cargo em comissão. 
� Mesmo acumulando, o somatório da remuneração mensal, 
inclusive de proventos de aposentadoria, não poderá ultrapassar 
aqueles tetos vistos anteriormente; 
� A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades 
de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, 
direta ou indiretamente, pelo Poder Público. 
Jurisprudência 
Segundo o STJ: “É inconstitucional a acumulação de um cargo de 
natureza burocrática com outro de professor.” “O cargo ocupado 
deve 
ter natureza técnica para os fins de acumulação com o cargo de 
professor”. 
46. (ESAF/Analista Administrativo- DNIT/ 2013) As vedações 
às acumulações remuneradas de cargos, empregos ou funções 
públicas não se aplicam quando houver compatibilidade de horário. Comentários: 
Errado, excepcionais são as hipótese de acúmulo de cargo público (a) 
dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro 
técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde, com profissões regulamentadas. A vedação 
tem lugar em todas as demais hipóteses, independente da 
compatibilidade de horários. 
Gabarito: Errado. 
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47. (ESAF/ATA-MF/2009) A proibição de acumular cargos 
estende-se a empregos e funções e abrange as sociedades de 
economia mista, como é o caso do Banco do Brasil S/A. 
Comentários: 
Trata-se de uma disposição constitucional encontrada no art. 37, 
XVII. 
Gabarito: Correto. 
48. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Os cargos 
de uma autarquia podem ser cumulados com empregos em 
sociedades de economia mista, com a única condição de haver 
compatibilidade de horário de trabalho entre eles. 
Comentários: 
A compatibilidade de horários realmente é uma condição, mas não é 
a única. Segundo a Constituição em seu art. 37, XVI, deve-se seguir 
as seguintes regras: 
Regra � É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos; 
Exceção� Se houver compatibilidade de horários, poderá se 
acumular: 
o Professor + Professor;o Professor + Cargo técnico ou científico; 
o Profissional de Saúde + Profissional de Saúde. 
Gabarito: Errado. 
49. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) O 
aposentado pode sempre acumular proventos com a remuneração de 
outro cargo público a que tenha chegado por concurso público. 
Comentários: 
Não é sempre que se poderá acumular. Deve-se seguir algumas 
regras constitucionalmente estabelecidas. Segundo a Constituição em 
seu art. 37 §10º, as condições são as seguintes: 
Regra � É vedado acumular cargos públicos com proventos de 
aposentadoria (RPPS); 
Exceção � Pode acumular da seguinte forma: 
o Provento + Provento ou remuneração de cargos 
acumuláveis; 
o Provento + Mandato Eletivo 
o Provento + Cargo em Comissão 
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Gabarito: Errado. 
50. (ESAF/AFC-CGU/2006) Nos termos da CF/88, existe a 
possibilidade de acumulação de proventos da inatividade, decorrente 
de aposentadoria em cargo público, com a remuneração de outro 
cargo público efetivo. 
Comentários: 
Embora a regra seja ser vedada tal acumulação, realmente existe 
essa possibilidade. Segundo a Constituição em seu art. 37 §10º. 
Deve-se seguir a regra: 
Regra � É vedado acumular cargos públicos com proventos de 
aposentadoria (RPPS); 
Exceção � Pode acumular da seguinte forma: 
o Provento + Provento ou remuneração de cargos 
acumuláveis; 
o Provento + Mandato Eletivo 
o Provento + Cargo em Comissão 
Gabarito: Correto. 
51. (CESPE/TJAA-CNJ/ 2013) Considere que determinado 
servidor público aposentado tenha se candidatado a deputado 
estadual. Nessa situação hipotética, caso seja eleito, ele poderá 
perceber simultaneamente os proventos de sua aposentadoria e os 
vencimentos de deputado. 
Comentários: 
A Constituição prevê tal possibilidade no art. 37, § 10, que diz ser 
vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria 
decorrentes do art. 40 (RPPS) ou dos arts. 42 e 142 (militar) com a 
remuneração de cargo, emprego ou função pública, mas que ficariam 
ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os 
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre 
nomeação e exoneração. Esquematizando, a acumulação de 
proventos de aposentadoria poderá se dar da seguinte forma: 
• provento + provento ou remuneração de cargos acumulá-
veis, conforme visto acima; 
• provento + mandato Eletivo; 
• provento + cargo em comissão. 
Gabarito: Correto. 
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52. (CESPE/Especialista Reg.-ANAC/ 2012) Admite-se a 
acumulação por servidor público de proventos de aposentadoria em 
cargo público com a remuneração percebida pelo exercício de cargo 
em comissão. 
Comentários: 
Em regra, tal como é vedada a acumulação remunerada de cargos 
públicos (excepcionadas as hipóteses constitucionais), também é 
vedada a acumulação de proventos públicos de aposentadoria. As 
exceções a estas regras são as seguintes: 
1. Provento + Provento ou remuneração de cargos acumuláveis 
(exceções constitucionais à acumulação de cargos) 
2. Proventos + Mandato eletivo; 
3. Provento + Cargos em comissão. 
A hipótese cobrada pela questão foi “Provento + Cargos em 
comissão”. 
Gabarito: Correto. 
53. (ESAF/AFC-CGU/2006) Segundo a CF/88, não é possível a 
percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de 
previdência do servidor público. 
Comentários: 
É possível esta percepção, pois pode acontecer no caso de 
aposentadorias em cargos acumuláveis (CF, art. 37 §10º) – como por 
exemplo: Professor + Prodessor; ou Cargo técnico + Professor, entre 
outros (vide CF, art. 37, XVI). 
Gabarito: Errado. 
Precedência da administração fazendária e seus servidores 
fiscais 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais 
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, 
precedência sobre os demais setores administrativos, na 
forma da lei; 
54. (ESAF/ATA-MF/2009) A administração fazendária e seus 
servidores fiscais terão precedência sobre os demais setores 
administrativos dentro de suas áreas de competência. 
Comentários: 
Mais uma disposição literal, esta pode ser encontrada na Constituição 
em seu art. 37, XVIII. 
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Gabarito: Correto. 
55. (ESAF/AFC-CGU/2008) A administração fazendária e seus 
servidores fiscais, dentro de suas áreas de competência,terão 
prioridade sobre os servidores dos demais Poderes da União, na 
forma da lei. 
Comentários: 
A precedência é em relação aos demais setores adminstrativos e não 
em relação aos demais Poderes (CF, art.. 37, XVIII). 
Gabarito: Errado. 
Administração Pública Indireta 
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia 
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade 
de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação; 
Essa redação foi dada pela EC 19/98. Anteriormente, precisava-se de 
lei específica para criar qualquer entidade da adm. pública indireta, 
atualmente só a autarquia precisa ser criada diretamente por lei 
específica, as demais entidades bastam que estejam autorizadas a 
sua criação neste tipo de lei. 
A EC 19/98 também passou a prever a edição de uma lei 
complementar para definir as áreas de atuação da fundação, que 
antes era chamada expressamente de "fundação pública". Essa 
mudança de nomenclatura de "fundação" para "fundação pública" 
levou parte da doutrina a considerar que as fundações pertencentes à 
adm. pública não precisariam mais observar a obrigatoriedade de um 
regime jurídico de direito público. 
Assim temos: 
Somente por lei específica poderá: 
� Ser criada autarquia; e 
� Ser autorizada a instituição de: 
o Empresa pública; 
o Sociedade de economia mista; e 
o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso, 
definir as áreas de sua atuação; 
56. (FCC/AJEM- TRT 11ª/ 2012) Segundo a Constitu-
ição Federal, a instituição de fundação pública deve ser autorizada 
por 
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a) ato administrativo emanado pelo Poder Público federal que, 
inclusive, definirá suas áreas de atuação. 
b) ato administrativo emanado pelo Poder Público municipal, do 
Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá 
suas áreas de atuação. 
c) ato administrativo emanado pelo Poder Público estadual que, 
inclusive, definirá suas áreas de atuação. 
d) lei específica, cabendo à lei complementar definir suas áreas de 
atuação. 
e) decreto municipal, emitido pelo Prefeito do Município onde estiver 
localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação. 
Comentários: 
A questão cobra a disposição do art. 37, XIX exige lei específica 
para ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à 
lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua 
atuação”. 
Gabarito: Letra D. 
57. (ESAF/TFC-CGU/2008) Somente por lei específica poderá 
ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. 
Comentários: 
É a literalidade do art. 37, XIX, segundo o qual somente por lei 
específica poderá: 
� Ser criada autarquia;e 
� Ser autorizada a instituição 
de: 
o Empresa pública; 
o Sociedade de economia mista; e 
o Fundação, cabendo à lei complementar, neste caso, 
definir as áreas de sua atuação; 
Gabarito: Correto. 
Criação das subsidiárias e participação das entidades da ad-
ministração indireta em empresa privada: 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a 
criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso 
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anterior, assim como a participação de qualquer delas em 
empresa privada; 
58. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Independe de autorização 
legislativa, a criação de subsidiárias de autarquias, empresas públicas 
e de fundação. 
Comentários: 
Contraria o disposto no art. 37, XX da Constituição o qual impõe que 
depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de sub-
sidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a 
participação de qualquer delas em empresa privada. 
Gabarito: Errado. 
Licitação pública 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as 
obras, serviços, compras e alienações serão contratados 
mediante processo de licitação pública que assegure 
igualdade de condições a todos os concorrentes, com 
cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da 
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação 
técnica e econômica indispensáveis à garantia do 
cumprimento das obrigações. 
59. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) Toda 
contratação de obra e serviço pela Administração Pública deve ser 
precedida de licitação, não podendo a lei excepcionar essa obrigação. 
Comentários: 
Se observarmos o disposto na Constituição art. 37, XXI, veremos que 
a redação começa com "ressalvados os casos especificados na 
legislação...". Ou seja, não é uma coisa absoluta. Assim, temos os 
chamados casos de dispensa de licitação e inexigibilidade (lei 
8.666/93). 
Gabarito: Errado. 
60. (ESAF/AFC-CGU/2008) A contratação de obras, convênios, 
compras e alienações mediante processo de licitação pública que 
assegure igualdade de condições aos concorrentes, permitidas 
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à 
garantia do cumprimento das obrigações, nos termos da lei. 
Comentários: 
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Ao analisar o disposto pela Constituição em seu art. 37, XXI, 
percebemos que os convênios não se incluem no rol de 
obrigatoriedade de licitaçào, estes só obedecem as regras de licitação 
subsidiariamente (conforme dispõe a lei 8666/93). 
Gabarito: Errado. 
As administrações tributárias da União, Estados, DF e 
Municípios: 
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao 
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de 
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a 
realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, 
inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
61. (ESAF/AFC-CGU/2008) Haverá destinação prioritária de 
recursos para a realização de atividades das administrações 
tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, que atuarão de forma integrada, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, desde que 
haja autorização judicial para tanto. 
Comentários: 
Errou-se ao dizer “desde que haja autorização judicial” – vide CF art. 
37, XXII –, pois será na forma da lei ou convênio. 
Gabarito: Errado. 
62. (FCC/TJAA – TRF 1ª/2011) As administrações tributárias da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de 
carreiras específicas, terão recursos prioritários para a realização de 
suas atividades e atuarão de forma 
a) desassociada, sendo vedado o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais. 
b) integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
c) separada, dividindo-se em três órgãos multidisciplinares, 
controladores dos cadastros e de informações fiscais em âmbito 
nacional, estadual e municipal. 
d) separada, dividindo-se em dois órgãos multidisciplinares, 
controladores dos cadastros e de informações fiscais em âmbito 
nacional. 
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e) subordinada à Receita Federal, sendo que, por ordem judicial, 
serão compartilhados os cadastros e as informações fiscais. 
Comentários: 
Essa questão é brincadeira, né?! 
A Constituição Federal toda preocupada em estabelecer um 
federalismo cooperativo, onde as 3 esferas da Federação atuem de 
forma integrada, com repartição de receitas e colaboração de 
esforços, e a questão me vem com “separada”, “dissociada”... Deixa 
disso! 
A resposta é letra B! Integrada! Segundo a CF, art. 37, XXII: as 
administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, 
exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos 
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma 
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de 
informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
Gabarito: Letra B. 
Publicidade dos atos administrativos: 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e 
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não 
podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou 
servidores públicos. 
Participação do usuário da administração pública 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário 
na administração pública direta e indireta, regulando 
especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços 
públicos em geral, asseguradas a manutenção de serviços 
de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa 
e interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a 
informações sobre atos de governo, observado o disposto no 
art. 5º, X e XXXIII; 
III - a disciplina da representação contra o exercício 
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. 
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Improbidade administrativa 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, 
a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação 
penal cabível. 
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos 
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que 
causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
O parágrafo 4º merece atenção, pois é muito cobrado em concursos. 
Deve-se ter atenção a esta diferença: 
� suspensão → dos direitos políticos; 
� perda → da função pública; 
O parágrafo 5º também merece atenção para fins de concurso, veja 
que os ilícitos terão seus prazos de prescrição disciplinado em lei, isto 
quer dizer que após este prazo, previsto em lei, o Estado não poderá 
mais punir o infrator. Porém,a Constituição não prevê a 
possibilidade para prescrição das ações de ressarcimento. Ou 
seja, ainda que o infrator não possa mais ser punido pelo Estado, ele 
deverá ressarcir os danos causados ao erário. 
Dessa forma, podemos esquematizar as consequências dos atos de 
improbidade administrativa da seguinte forma: 
� SUSPENSÃO dos direitos políticos; 
� PERDA da função pública; 
� Indisponibilidade dos bens; 
� O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e gradação 
previstas em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a 
lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos. 
63. (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A Constituição da República 
previu consequências graves para os administradores que praticam 
atos de improbidade administrativa. Assinale, entre as opções abaixo, 
aquela que não se coaduna com as consequências pela prática dos 
atos de improbidade administrativa. 
a) Suspensão dos direitos políticos. 
b) Indisponibilidade dos bens. 
c) A perda da nacionalidade. 
d) Ressarcimento ao erário. 
e) Perda da função pública. 
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Comentários: 
As consequências para os condenados por improbidade administrativa 
estão previstas no art. 37 §4º da Constituição. Combinando com o 
§5º do mesmo artigo, podemos esquematizar da seguinte forma: 
� SUSPENSÃO dos direitos políticos; 
� PERDA da função pública; 
� Indisponibilidade dos bens; 
� O ressarcimento ao erário imprescritível, e na forma e 
gradação previstas em lei. Embora o ressarcimento seja 
imprescritível, a lei preverá a prescrição para punição dos ilícitos. 
O erro, dessa forma, está na letra C, já que não existe pena de 
banimento no Brasil, sendo a perda da nacionalidade declarada 
apenas nos termos do art. 12 §4º da Constituição, não sendo 
aplicável aos condenados por improbidade. 
Gabarito: Letra C. 
64. (ESAF/ATA-MF/2009) Os atos de improbidade administrativa 
importarão a indisponibilidade dos bens sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
Comentários: 
A prática de atos de improbidade administrativa importam em 
diversas sanções, previstas no art. 37 §4º da Constituição, como a 
perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos e a 
indisponibilidade dos bens, conforme dito no enunciado. Tudo isto, 
sem prejuízo de que seja movida uma ação penal contra o infrator. 
Gabarito: Correto. 
65. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2006) A ação de 
ressarcimento contra servidor que causa prejuízo ao erário é 
imprescritível. 
Comentários: 
Da combinação do art. 37 §4º da Constituição com o §5º, vemos que 
a norma não previu a possibilidade de prescrição para o efetivo 
ressarcimento ao erário. Assim, a ação de ressarcimento ao erário 
será imprescritível, e este será feito na forma e gradação previstas 
em lei. Embora o ressarcimento seja imprescritível, a lei poderá 
preverá a prescrição para punição dos ilícitos. 
Gabarito: Correto. 
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Responsabilidade Civil do Estado 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos 
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Esses elementos "dolo e culpa" são chamados de "elemento 
subjetivo", pois refletem a intenção da pessoa – dolo (caso haja 
intenção em fazer o ato) ou culpa (caso não haja intenção). 
Quando a apuração da responsabilidade leva em consideração o 
elemento subjetivo, estamos diante de uma a "responsabilidade 
subjetiva", mas quando a responsabilidade independe do dolo ou 
culpa, é o caso da "responsabilidade objetiva", pois é apurada 
sem levar em consideração qual foi a intenção do agente. 
A responsabilidade civil do Estado, em regra, é objetiva. O Estado 
responderá objetivamente aos danos que seus agentes causarem a 
terceiros. Caso seja apurada o dolo ou a culpa do agente, o Estado 
fará uma ação de regresso contra ele. 
Então temos: 
PJ de direito público; 
PJ de direito privado prestadoras de serviços públicos. 
• Essa é a regra da responsabilização do Estado, que é a 
“Teoria do Risco Administrativo”, onde existe a 
“Responsabilidade Objetiva” (independente de dolo ou 
culpa). 
• Temos como exceção o art. 21, XXIII, que trata da re-
sponsabilidade civil por danos nucleares independente da 
existência de culpa, que embora também seja objetiva, 
é aceita pela doutrina como “Teoria do Risco 
Integral” e não “Teoria do Risco Administrativo”. 
• Ainda existe doutrinariamente no Brasil a “Teoria da 
Culpa Anônima” onde o Estado se responsabilizará pela 
inexistência do serviço público, que, diferentemente das 
Responderão (objetivamente) pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito 
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa. 
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outras duas vistas, é “subjetiva”, depende de culpa, ou 
seja, da inexistência do serviço ou da má prestação. 
Jurisprudência: 
Atualmente (desde o final de 2009) o STF entende que as 
concessionárias de serviço público respondem objetivamente por 
danos causados, tanto aos usuários quanto aos não-usuários do 
serviço3. Antes, a jurisprudência dizia que esta responsabilidade 
era somente em se tratando dos usuários. 
66. (ESAF/Técnico Administrativo – ANEEL/2004) A 
responsabilidade civil objetiva somente se aplica a atos praticados 
por agentes públicos, jamais a atos praticados por agente de pessoa 
jurídica de direito privado. 
Comentários: 
A Constituição dispõe em seu art. 37 § 6º que as pessoas jurídicas de 
direito público bem como as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso 
contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Esses elementos 
"dolo e culpa" são chamados de "elemento subjetivo", quando a 
responsabilidade depende do elemento subjetivo, temos a 
"responsabilidade subjetiva", quando não depende, temos a 
"responsabilidade objetiva". 
Gabarito: Errado. 
67. (FCC/Técnico - Informática - TRF 5ª /2008) As pessoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos não 
responderão pelos danos causados por seus agentes a terceiros. 
Comentários: 
Errado. A responsabilidade da administração pública é de ordem 
objetiva (CF, art. 37, §6º). Ou seja, a administração pública responde 
pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, 
independentemente de ter havido dolo ou culpa. 
Gabarito: Errado. 
68. (CESPE/MPS/2010) As pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus 
 
3
 RE 591874 / MS - MATO GROSSO DO SUL - Julgamento em 26/08/2009. 
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agentes, nessa qualidade, causem a terceiros, sendo assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Comentários: 
Trata-se da chamada "responsabilidade objetiva" do Estado, expressa 
na Constituição em seu art. 37 § 6º, segundo o qual as pessoas 
jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos

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