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DIREITO CIVIL - LINDB E PARTE GERAL

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DIREITO CIVIL – LINDB E PARTE GERAL 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO ...................................................................................... 13 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 13 
2. ESTRUTURA DA LINDB ........................................................................................................................................ 13 
2.1. VIGÊNCIA DAS NORMAS: ART. 1º E 2º ........................................................................................................ 13 
2.2. OBRIGATORIEDADE DA NORMA: ART. 3º ................................................................................................... 17 
2.3. INTEGRAÇÃO DA NORMA: ART. 4º ............................................................................................................. 18 
2.3.1. Métodos de Colmatação .................................................................................................................... 19 
2.4. INTERPRETAÇÃO DA NORMA: ART. 5º ....................................................................................................... 23 
2.5. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO: ART. 6º ..................................................................................................... 24 
2.6. APLICAÇÃO DA LEI NO ESPAÇO: ART. 7º A 19 ............................................................................................ 26 
3. ANTINOMIAS JURÍDICAS OU LACUNAS DE COLISÃO .......................................................................................... 29 
3.1. CRITÉRIOS BÁSICOS DE SOLUÇÃO DOS CHOQUES ENTRE NORMAS .......................................................... 29 
3.1.1. Critério Cronológico ............................................................................................................................ 29 
3.1.2. Critério da Especialidade .................................................................................................................... 29 
3.1.3. Critério Hierárquico ............................................................................................................................ 29 
3.2. CLASSIFICAÇÃO DAS ANTINOMIAS ............................................................................................................. 30 
3.2.1. Antinomia de 1º Grau ......................................................................................................................... 30 
3.2.2. Antinomia de 2º Grau ......................................................................................................................... 30 
3.2.3. Antinomia Aparente ........................................................................................................................... 30 
3.2.4. Antinomia Real ................................................................................................................................... 30 
3.3. ANTINOMIAS DE 2º GRAU .......................................................................................................................... 30 
3.3.1. Norma especial e anterior X norma geral posterior (especialidade x cronológico) ........................... 30 
3.3.2. Norma superior anterior X norma inferior posterior (hierárquico x cronológico) ............................. 30 
3.3.3. Norma geral superior X norma especial inferior (hierárquico x especialidade) ................................. 30 
4. RESUMO LINDB ....................................................................................................... Erro! Indicador não definido. 
5. FONTES DO DIREITO ........................................................................................................................................... 31 
5.1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................. 31 
5.2. LEI ............................................................................................................................................................... 32 
5.3. COSTUMES .................................................................................................................................................. 32 
5.4. ANALOGIA ................................................................................................................................................... 33 
5.5. PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO .................................................................................................................. 33 
5.6. DOUTRINA .................................................................................................................................................. 34 
5.7. JURISPRUDÊNCIA ........................................................................................................................................ 34 
 
 
5.8. EQUIDADE ................................................................................................................................................... 34 
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL ................................................................................................................................. 35 
1. HISTÓRICO DO DIREITO CIVIL NO MUNDO ......................................................................................................... 35 
2. HISTÓRICO DO DIREITO CIVIL BRASILEIRO ......................................................................................................... 35 
3. VALORES QUE PERMEIAM O CÓDIGO CIVIL DE 2002 ......................................................................................... 37 
3.1. SOCIALIDADE .............................................................................................................................................. 37 
3.2. ETICIDADE ................................................................................................................................................... 38 
3.3. OPERABILIDADE .......................................................................................................................................... 38 
3.3.1. Atenção: Conceito aberto X Cláusula geral ........................................................................................ 39 
3.4. SISTEMATICIDADE....................................................................................................................................... 40 
4. DIÁLOGO DAS FONTES (DIÁLOGO DE COMPLEMENTARIDADE, DIÁLOGO DE CONEXÃO) ................................. 40 
5. ESTRUTURA DO DIREITO CIVIL ............................................................................................................................ 41 
6. CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL X PUBLICIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL ............................................. 41 
7. COLISÃO ENTRE NORMA PRIVADA E NORMA CONSTITUCIONAL (ver Constitucional) ...................................... 42 
8. CONFLITOS NORMATIVOS DO DIREITO CIVIL (ver Humberto Ávila, Teoria dos Princípios/ Ver Constitucional)
 44 
9. REPERSONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL (DESPATRIMONIALIZAÇÃO) ................................................................. 45 
PARTE GERAL .............................................................................................................................................................. 47 
CAPACIDADE E PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................................................................................ 47 
1. PERSONALIDADE JURÍDICA ................................................................................................................................. 47 
1.1. PESSOA FÍSICA OU NATURAL ...................................................................................................................... 47 
1.1.1. Em que momentoa pessoa física ou natural adquire personalidade? .............................................. 47 
1.1.2. Nascituro e teorias explicativas .......................................................................................................... 47 
1.1.3. Observações ....................................................................................................................................... 48 
1.2. PERSONALIDADE JURÍDICA x CAPACIDADE JURÍDICA................................................................................. 49 
2. CAPACIDADE JURÍDICA ....................................................................................................................................... 50 
2.1. CONCEITO ................................................................................................................................................... 50 
2.2. INCAPACIDADE ........................................................................................................................................... 50 
2.2.1. Incapacidade absoluta ........................................................................................................................ 50 
2.2.2. Incapacidade relativa .......................................................................................................................... 51 
2.2.3. Absolutamente Incapazes (hipóteses)................................................................................................ 51 
2.2.4. Relativamente Incapazes (hipóteses) ................................................................................................. 52 
2.2.5. Esquema ............................................................................................................................................. 53 
3. EFEITOS DA REDUÇÃO DA MAIORIDADE CIVIL CC/02 (21Æ18) ......................................................................... 54 
4. EMANCIPAÇÃO ................................................................................................................................................... 54 
 
 
4.1. VOLUNTÁRIA (ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, I, 1ª PARTE).......................................................................... 55 
4.2. JUDICIAL (ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, I, 2º PARTE.) ............................................................................... 55 
4.3. LEGAL (ART. 5º, PARÁGRAFO ÚNICO, II A V): ............................................................................................. 56 
5. EXTINÇÃO DA PESSOA FÍSICA OU NATURAL ....................................................................................................... 57 
5.1. AUSÊNCIA (art. 6º CC) ................................................................................................................................. 58 
5.2. OUTRAS HIPÓTESES DE MORTE PRESUMIDA (art. 7º CC) .......................................................................... 60 
5.3. “COMORIÊNCIA” ......................................................................................................................................... 61 
6. PESSOA JURÍDICA ................................................................................................................................................ 61 
6.1. CONCEITO ................................................................................................................................................... 61 
6.2. TEORIAS EXPLICATIVAS DA PESSOA JURÍDICA ............................................................................................ 62 
6.2.1. Corrente negativista (Brinz, Planiol, Duguit) ...................................................................................... 62 
6.2.2. Corrente afirmativista ........................................................................................................................ 62 
6.3. PRESSUPOSTOS EXISTENCIAIS DA PESSOA JURÍDICA ................................................................................. 63 
6.4. PERSONIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA..................................................................................................... 63 
6.4.1. Considerações iniciais ......................................................................................................................... 63 
6.4.2. Sociedades despersonificadas (irregulares ou de fato) ...................................................................... 64 
6.4.3. Entes despersonalizados (personificação anômala) ........................................................................... 65 
6.5. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS .................................................................................................. 66 
6.5.1. Espécies de pessoa jurídica de direito privado ................................................................................... 66 
6.6. FUNDAÇÕES (Importante MP) .................................................................................................................... 67 
6.6.1. Fundação de direito privado ............................................................................................................... 68 
6.6.2. Etapas para constituição de uma fundação de direito privado .......................................................... 68 
6.6.3. Fiscalização das fundações (papel do MP) ......................................................................................... 69 
6.6.4. Alteração do estatuto da Fundação ................................................................................................... 69 
6.6.5. Destino do patrimônio da fundação extinta....................................................................................... 70 
6.6.6. Procedimento da instituição da fundação pelo CPC .......................................................................... 70 
6.7. SOCIEDADES................................................................................................................................................ 71 
6.7.1. Conceito .............................................................................................................................................. 71 
6.7.2. Espécies de sociedade (ver empresarial)............................................................................................ 71 
6.8. ASSOCIAÇÕES ............................................................................................................................................. 74 
6.8.1. Considerações ..................................................................................................................................... 74 
6.8.2. O Estatuto das Associações (requisitos: art. 54 CC) ........................................................................... 75 
6.8.3. Assembleia Geral ................................................................................................................................ 75 
6.8.4. Dissolução da associação .................................................................................................................... 75 
6.8.5. Exclusão do associado ........................................................................................................................ 76 
 
 
6.9. EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ................................................................................................................ 76 
6.9.1. Convencional ...................................................................................................................................... 76 
6.9.2. Administrativa .................................................................................................................................... 76 
6.9.3. Judicial ................................................................................................................................................ 76 
6.10. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA (“Disregard Doctrine”) ........................................................77 
6.10.1. Histórico .............................................................................................................................................. 77 
6.10.2. Conceito .............................................................................................................................................. 77 
6.10.3. Desconsideração x Despersonalização ............................................................................................... 78 
6.10.4. Desconsideração x Despersonalização x Corresponsabilidade x Solidariedade ................................. 78 
6.10.5. Requisitos da desconsideração da pessoa jurídica (art. 50 cc) .......................................................... 79 
6.10.6. Direito Positivo ................................................................................................................................... 81 
6.10.7. Diferenças entre o art.50 CC/02 e art. 28 CDC ................................................................................... 82 
6.10.8. Observações importantes sobre desconsideração da pessoa jurídica ............................................... 82 
6.10.9. “Desconsideração inversa da personalidade jurídica” ou “Desconsideração da personalidade 
jurídica inversa” ou “Desconsideração da personalidade jurídica na modalidade inversa” .............................. 84 
DIREITOS DA PERSONALIDADE ................................................................................................................................... 85 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 85 
2. CONTEÚDO JURÍDICO DO PRINCÍPIO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ..................................................... 86 
2.1. DIREITOS DA PERSONALIDADE X LIBERDADES PÚBLICAS ........................................................................... 88 
3. FONTES DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ...................................................................................................... 88 
4. INÍCIO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ........................................................................................................ 88 
4.1. TEORIA NATALISTA ..................................................................................................................................... 89 
4.2. TEORIA CONCEPCIONISTA .......................................................................................................................... 89 
4.3. TEORIA CONDICIONALISTA ......................................................................................................................... 89 
5. TÉRMINO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ................................................................................................... 90 
5.1. MORTE REAL OU PRESUMIDA SEM DECRETAÇÃO DE AUSÊNCIA .............................................................. 90 
5.2. TUTELA JURÍDICA DOS DP APÓS A MORTE ................................................................................................. 91 
6. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ..................................................................................... 93 
7. DIREITOS DA PERSONALIDADE DA PESSOA JURÍDICA ........................................................................................ 94 
8. CONFLITO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE E LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ............................ 95 
9. TUTELA JURÍDICA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE (art. 12) ........................................................................ 96 
9.1. CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................................................ 96 
9.2. TUTELA PREVENTIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ......................................................................... 98 
9.2.1. Tutela inibitória (preventiva) .............................................................................................................. 98 
9.2.2. Tutela reintegratória ou de remoção do ilícito (também preventiva) ............................................... 98 
 
 
9.3. TUTELA REPRESSIVA DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE .......................................................................... 99 
9.3.1. Tutela Ressarcitória ou Reparatória (repressiva) ............................................................................... 99 
9.4. QUESTÕES ESPECÍFICAS .............................................................................................................................. 99 
10. TUTELA REPRESSIVA (REPARATÓRIA ou RESSARCITÓRIA) DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE - DANOS 
MORAIS ..................................................................................................................................................................... 100 
11. TUTELA JURÍDICA COLETIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ............................................................... 102 
12. DIREITOS DA PERSONALIDADE E AS PESSOAS PÚBLICAS (CELEBRIDADES) .................................................. 104 
13. CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ................................................................................... 104 
13.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 105 
13.2. DIREITOS RELACIONADOS À INTEGRIDADE PSÍQUICA .......................................................................... 105 
13.2.1. Direito a honra (CRFB art. 5º, X) ....................................................................................................... 105 
13.2.2. Direito a imagem (CC art. 20) ........................................................................................................... 106 
13.2.3. Direito à privacidade (CC art. 21) ..................................................................................................... 109 
13.2.4. Direito ao nome (art. 16 a 19 do CC) ................................................................................................ 111 
13.3. DIREITOS DA PERSONALIDADE RELATIVOS À INTEGRIDADE FÍSICA ..................................................... 114 
13.3.1. Tutela jurídica do corpo vivo ............................................................................................................ 115 
13.3.2. Tutela jurídica do corpo morto ......................................................................................................... 118 
13.3.3. Autonomia do paciente ou livre consentimento informado ............................................................ 119 
13.4. PROTEÇÃO DA INTEGRIDADE INTELECTUAL (DIREITO AUTORAL) ........................................................ 120 
13.4.1. Considerações ................................................................................................................................... 120 
13.4.2. Efeitos jurídicos do direito autoral (Lei 9.610/98) ............................................................................ 121 
DOMICÍLIO ................................................................................................................................................................ 122 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 122 
2. MUDANÇA DE DOMICÍLIO ................................................................................................................................ 123 
3. DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA ..................................................................................................................... 123 
4. CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO ........................................................................................................................124 
4.1. DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO ......................................................................................................................... 124 
4.2. DOMICÍLIO LEGAL OU NECESSÁRIO .......................................................................................................... 124 
4.2.1. Domicílio do Incapaz ......................................................................................................................... 124 
4.2.2. Domicílio do Servidor Público ........................................................................................................... 125 
4.2.3. Domicílio do Militar .......................................................................................................................... 125 
4.2.4. Domicílio do Marítimo (marinha mercante) .................................................................................... 125 
4.2.5. Preso ................................................................................................................................................. 125 
4.3. DOMICÍLIO DE ELEIÇÃO ............................................................................................................................ 125 
BENS JURÍDICOS........................................................................................................................................................ 126 
 
 
1. BENS JURÍDICOS ................................................................................................................................................ 126 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS .............................................................................................................. 127 
2.1. MÓVES E IMÓVEIS .................................................................................................................................... 127 
2.1.1. Bens imóveis ..................................................................................................................................... 127 
2.1.2. Bens móveis ...................................................................................................................................... 130 
2.2. FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS ........................................................................................................................ 131 
2.2.1. Bens fungíveis ................................................................................................................................... 131 
2.2.2. Bens infungíveis ................................................................................................................................ 131 
2.3. CONSUMÍVEIS E INCONSUMÍVEIS (CLASSIFICAÇÃO QUANTO A CONSUNTIBILIDADE) ............................ 132 
2.3.1. Bens consumíveis ............................................................................................................................. 132 
2.3.2. Bens inconsumíveis .......................................................................................................................... 132 
2.4. BENS DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS ................................................................................................................ 132 
2.4.1. Bens divisíveis ................................................................................................................................... 132 
2.4.2. Bens indivisíveis ................................................................................................................................ 132 
2.5. SINGULARES E COLETIVOS OU UNIVERSALIDADES................................................................................... 132 
2.5.1. Bens singulares ................................................................................................................................. 132 
2.5.2. Bens coletivos ou universalidades .................................................................................................... 133 
2.6. PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS ........................................................................................................................ 133 
2.6.1. Bens principais (ou independentes) ................................................................................................. 133 
2.6.2. Bens acessórios (ou dependentes) ................................................................................................... 133 
3. BEM DE FAMÍLIA ............................................................................................................................................... 135 
3.1. HISTÓRICO ................................................................................................................................................ 135 
3.2. BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO ................................................................................................................ 136 
3.2.1. Noções gerais .................................................................................................................................... 136 
3.2.2. Inalienabilidade relativa ................................................................................................................... 136 
3.2.3. Impenhorabilidade limitada ............................................................................................................. 136 
3.2.4. Teto para o bem de família voluntário ............................................................................................. 137 
3.2.5. Afetação de valores mobiliários ao bem de família voluntário ........................................................ 137 
3.2.6. Administração do bem de família voluntário. Art. 1720 do CC. ....................................................... 137 
3.2.7. Extinção do bem de família voluntário. Art. 1721 e 1722 do CC. ..................................................... 138 
3.3. BEM DE FAMÍLIA LEGAL ............................................................................................................................ 138 
3.3.1. Noções gerais .................................................................................................................................... 138 
3.3.2. Alcance do bem de família legal ....................................................................................................... 139 
3.3.3. Exceções a impenhorabilidade do bem de família legal .................................................................. 140 
3.3.4. Outras questões jurisprudenciais acerca do bem de família ........................................................... 145 
 
 
TEORIA DO FATO JURÍDICO ...................................................................................................................................... 146 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 146 
1.1. SUPORTE FÁTICO ...................................................................................................................................... 147 
1.1.1. Suporte fático hipotético ou abstrato .............................................................................................. 147 
1.1.2. Suporte fático concreto .................................................................................................................... 147 
1.1.3. Suporte fático constituído de elementos positivos .......................................................................... 147 
1.1.4. Suporte fático constituído de elementos negativos ......................................................................... 147 
1.2. A FENOMENOLOGIA DA JURIDICIZAÇÃO .................................................................................................. 147 
1.2.1. Como ocorre a juridicização .............................................................................................................147 
1.2.2. Suporte fático deficiente .................................................................................................................. 148 
1.3. CONSEQUÊNCIAS DA INCIDÊNCIA ............................................................................................................ 148 
1.3.1. Juridicização ...................................................................................................................................... 148 
1.3.2. Pré-exclusão de juridicidade............................................................................................................. 149 
1.3.3. Invalidação ........................................................................................................................................ 149 
1.3.4. Deseficacização ................................................................................................................................. 149 
1.3.5. Desjuridicização ................................................................................................................................ 149 
2. PLANOS DOS FATOS JURÍDICOS: UMA VISÃO GERAL ....................................................................................... 149 
2.1. PLANO DA EXISTÊNCIA ............................................................................................................................. 149 
2.2. PLANO DA VALIDADE ................................................................................................................................ 149 
2.3. PLANO DA EFICÁCIA .................................................................................................................................. 150 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS: FATO JURÍDICO LATO SENSU ............................................................ 150 
3.1. ESQUEMA GRÁFICO1 (MELLO) ................................................................................................................. 151 
3.2. ESQUEMA GRÁFICO2 (STOLZE) ................................................................................................................. 151 
3.3. FATO JURÍDICO STRICTO SENSU ............................................................................................................... 151 
3.3.1. Ordinário ........................................................................................................................................... 152 
3.3.2. Extraodinário .................................................................................................................................... 152 
3.4. ATO-FATO JURÍDICO ................................................................................................................................. 152 
3.4.1. Espécies de ato-fato jurídico ............................................................................................................ 152 
3.5. ATO JURÍDICO LATO SENSU ...................................................................................................................... 153 
3.5.1. Noções gerais .................................................................................................................................... 153 
3.5.2. Espécies de atos jurídicos ................................................................................................................. 153 
3.6. ATO JURÍDICO STRICTO SENSU ................................................................................................................. 154 
3.6.1. Noções gerais .................................................................................................................................... 154 
3.6.2. Classificação dos atos jurídicos stricto sensu ................................................................................... 154 
3.7. NEGÓCIO JURÍDICO .................................................................................................................................. 155 
 
 
3.7.1. Noções gerais .................................................................................................................................... 155 
3.7.2. Classes de negócios jurídicos ............................................................................................................ 155 
3.7.3. Elementos constitutivos do negócio jurídico ................................................................................... 158 
3.8. FATO/ATO ILÍCITO ..................................................................................................................................... 158 
TEORIA DO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................................................................................ 159 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 159 
2. PLANO DE EXISTÊNCIA ...................................................................................................................................... 159 
2.1.1. Manifestação de vontade ................................................................................................................. 159 
2.1.2. Agente............................................................................................................................................... 159 
2.1.3. Objeto ............................................................................................................................................... 159 
2.1.4. Forma ................................................................................................................................................ 160 
3. PLANO DE VALIDADE ........................................................................................................................................ 160 
3.1. CONCEITO E PRESSUPOSTOS .................................................................................................................... 160 
3.2. OBSERVAÇÕES .......................................................................................................................................... 161 
3.3. PECULIARIDADES QUANTO AO PRESSUPOSTO DE VALIDADE “FORMA” ................................................. 161 
4. PLANO DE EFICÁCIA .......................................................................................................................................... 162 
5. TEORIAS EXPLICATIVAS DO NEGÓCIO JURÍDICO .............................................................................................. 163 
5.1. TEORIA VOLUNTARISTA (DA VONTADE) ................................................................................................... 163 
5.2. TEORIA OBJETIVA (DA DECLARAÇÃO) ....................................................................................................... 163 
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................................................................................ 163 
1. DISPOSIÇÃO DA MATÉRIA................................................................................................................................. 163 
2. VÍCIOS NO NEGÓCIO JURÍDICO ......................................................................................................................... 164 
2.1. ERRO ......................................................................................................................................................... 164 
2.1.1. Conceito e características ................................................................................................................. 164 
2.1.2. Erro x vício redibitório ...................................................................................................................... 165 
2.1.3. Esquema sobre o erro.......................................................................................................................166 
2.2. DOLO ......................................................................................................................................................... 166 
2.2.1. Conceito e características ................................................................................................................. 166 
2.2.2. Dolo negativo .................................................................................................................................... 166 
2.2.3. Dolo bilateral .................................................................................................................................... 167 
2.2.4. Dolo de terceiro ................................................................................................................................ 167 
2.2.5. Dolo do representante legal ou convencional ................................................................................. 167 
2.2.6. Esquema ........................................................................................................................................... 167 
2.3. COAÇÃO .................................................................................................................................................... 168 
2.3.1. Conceito e características ................................................................................................................. 168 
 
 
2.3.2. Coação de terceiro ............................................................................................................................ 168 
2.4. LESÃO ........................................................................................................................................................ 168 
2.4.1. Conceito e previsão legal .................................................................................................................. 169 
2.4.2. Requisitos da lesão ........................................................................................................................... 169 
2.4.3. Lesão x Teoria da imprevisão (“rebus sic stantibus”) ....................................................................... 170 
2.4.4. Lesão Consumerista .......................................................................................................................... 170 
2.5. ESTADO DE PERIGO .................................................................................................................................. 171 
2.6. FRAUDE CONTRA CREDORES .................................................................................................................... 172 
2.6.1. Conceito ............................................................................................................................................ 172 
2.6.2. Hipóteses legais de fraude contra credores ..................................................................................... 173 
2.6.3. Questões especiais da Jurisprudência .............................................................................................. 174 
2.6.4. Natureza Jurídica da sentença na Ação Pauliana ............................................................................. 175 
2.6.5. Consideração quanto à natureza da ação pauliana à luz da Teoria da Ação – direitos potestativos, 
ações constitutivas ........................................................................................................................................... 176 
2.7. SIMULAÇÃO .............................................................................................................................................. 176 
2.7.1. Conceito ............................................................................................................................................ 176 
2.7.2. Espécies de Simulação ...................................................................................................................... 177 
2.7.3. Observações importantes ................................................................................................................. 178 
2.8. RESUMO DOS VÍCIOS NO NEGÓCIO JURÍDICO ......................................................................................... 178 
PLANO DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO ........................................................................................................... 179 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 179 
2. CONDIÇÃO ........................................................................................................................................................ 180 
2.1. CONCEITO ................................................................................................................................................. 180 
2.1.1. Futuridade ........................................................................................................................................ 180 
2.1.2. Incerteza ........................................................................................................................................... 180 
2.2. CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO ................................................................................................................ 180 
2.2.1. Quanto ao modo de atuação ............................................................................................................ 180 
2.2.2. Quanto à licitude .............................................................................................................................. 181 
2.2.3. Quanto a origem ............................................................................................................................... 183 
3. TERMO .............................................................................................................................................................. 183 
3.1. CONCEITO ................................................................................................................................................. 183 
3.2. CARACTERÍSICAS ....................................................................................................................................... 184 
4. MODO OU ENCARGO ........................................................................................................................................ 184 
5. CONDIÇÃO x TERMO x ENCARGO ..................................................................................................................... 185 
TEORIA DAS INVALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................................................. 186 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 186 
2. NULIDADE ABSOLUTA ....................................................................................................................................... 186 
2.1. ANÁLISE DO ART. 166 CC .......................................................................................................................... 186 
2.2. CARACTERÍSTICAS DA NULIDADE ABSOLUTA ........................................................................................... 187 
2.2.1. Declaração de ofício. Legitimidade ................................................................................................... 188 
2.2.2. Confirmação ..................................................................................................................................... 188 
2.2.3. Efeito ex tunc .................................................................................................................................... 188 
3. NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE) ...........................................................................................................188 
3.1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................................................... 188 
3.2. CARACTERÍSTICAS DA NULIDADE RELATIVA ............................................................................................. 189 
3.2.1. Impossibilidade de declaração de ofício. Legitimidade .................................................................... 189 
3.2.2. Prazo decadencial ............................................................................................................................. 189 
3.2.3. Confirmação ..................................................................................................................................... 190 
3.2.4. Eficácia ex tunc ................................................................................................................................. 190 
ATO ILÍCITO ............................................................................................................................................................... 191 
1. NOÇÕES GERAIS ................................................................................................................................................ 191 
1.1. CONCEITO E EVOLUÇÃO ........................................................................................................................... 191 
1.2. SÍNTESE ..................................................................................................................................................... 192 
2. EFEITOS DA ILICITUDE (CIVIL) ........................................................................................................................... 192 
2.1. EFEITO INDENIZANTE ................................................................................................................................ 192 
2.2. EFEITO CADUCIFICANTE............................................................................................................................ 193 
2.3. EFEITO INVALIDANTE ................................................................................................................................ 193 
2.4. EFEITO AUTORIZANTE ............................................................................................................................... 193 
2.5. OUTROS EFEITOS ...................................................................................................................................... 194 
3. ELEMENTOS DO ATO ILÍCITO ............................................................................................................................ 194 
3.1. QUAIS SÃO OS ELEMENTOS DO ATO ILÍCITO? .......................................................................................... 194 
3.2. CONCLUSÃO .............................................................................................................................................. 195 
4. ESPÉCIES (MODELOS) DE ATO ILÍCITO .............................................................................................................. 196 
4.1. ATO ILÍCITO SUBJETIVO ............................................................................................................................ 196 
4.2. ATO ILÍCITO OBJETIVO (ABUSO DE DIREITO OU ILÍCITO IMPRÓPRIO)...................................................... 196 
4.3. SUBESPÉCIES DO ATO ILÍCITO OBJETIVO .................................................................................................. 198 
4.3.1. Venire contra factum proprium (teoria dos atos próprios) .............................................................. 198 
4.3.2. Supressio (Verwirkung) e Surrectio (erwirkung) .............................................................................. 199 
4.3.3. “Tu quoque” e “Cláusula de Estoppel” ............................................................................................. 200 
4.3.4. Duty to mitigate the loss (dever de mitigar o dano) ........................................................................ 200 
 
 
4.3.5. Substancial performance (adimplemento substancial, inadimplemento mínimo, adimplemento 
fraco ou ruim) ................................................................................................................................................... 201 
4.3.6. Violação positiva do contrato (violação de deveres anexos) ........................................................... 201 
5. EXCLUDENTES DA ILICITUDE (art. 188 do CC)................................................................................................... 202 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ..................................................................................................................................... 203 
(UMA VISÃO GERAL) ................................................................................................................................................. 203 
1. CONCEITOS ....................................................................................................................................................... 203 
1.1. PRESCRIÇÃO .............................................................................................................................................. 203 
1.2. DECADÊNCIA ............................................................................................................................................. 203 
2. REGRAMENTO .................................................................................................................................................. 204 
2.1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................................................... 204 
2.2. CAUSAS IMPEDITIVAS, SUSPENSIVAS E INTERRUPTIVAS .......................................................................... 204 
2.2.1. Causas impeditivas e suspensivas .................................................................................................... 205 
2.2.2. Causas interruptivas ......................................................................................................................... 206 
2.3. ALTERAÇÃO DE PRAZOS ............................................................................................................................ 207 
2.4. PRAZOS PRESCRICIONAIS NO CC .............................................................................................................. 207 
2.5. QUEM PODE ALEGAR A PRESCRIÇÃO E A DECADÊNCIA? ......................................................................... 208 
2.6. CONTAGEM DE PRAZO ............................................................................................................................. 209 
2.7. O QUE É PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE? ................................................................................................. 209 
2.8. PRESCRIÇÃO CONTRA A FAZENDA ............................................................................................................ 210 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ..................................................................................................................................... 210 
(APROFUNDAMENTO) .............................................................................................................................................. 210 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 210 
2. PRESCRIÇÃO/DECADÊNCIA X DIFERENTES TIPOS DE DIREITOS ........................................................................ 211 
2.1. DIREITOS SUBJETIVOS (DIREITOS A UMA PRESTAÇÃO) ............................................................................ 211 
2.2. DIREITOS POTESTATIVOS ..........................................................................................................................211 
3. PRESCRIÇÃO (ART. 189 DO CC) ......................................................................................................................... 212 
4. DECADÊNCIA (art. 207) ..................................................................................................................................... 212 
5. CARACTERÍSTICAS DA PRESCRIÇÃO .................................................................................................................. 213 
5.1. 1ª CARACTERÍSTICA: ADMISSIBILIDADE DE RENÚNCIA (CC, ART. 191) .................................................... 213 
5.2. 2ª CARACTERÍSTICA: PODE SER CONHECIDA EM QUALQUER TEMPO OU GRAU DE JURISDIÇÃO (CC, ART. 
193) 214 
5.3. 3ª CARACTERÍSTICA: ADMITE SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO (CC, ART. 197, 198, 199, 202) .................... 214 
5.4. 4ª CARACTERÍSTICA: POSSIBILIDADE DE O JUIZ RECONHECÊ-LA DE OFÍCIO ............................................ 217 
5.5. PRESCRIÇÃO DA EXCEÇÃO ........................................................................................................................ 218 
6. CARACTERÍSTICAS DA DECADÊNCIA ................................................................................................................. 219 
 
 
6.1. 1ª CARACTERÍSTICA: NÃO ADMITE RENÚNCIA ......................................................................................... 219 
6.2. 2ª CARACTERÍSTICA: PODE SER CONHECIDA A QUALQUER TEMPO OU GRAU DE JURISDIÇÃO .............. 219 
6.3. 3ª CARACTERÍSTICA: OS PRAZOS DE DECADÊNCIA, POR SEREM DE ORDEM PÚBLICA, NÃO ADMITEM 
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO ............................................................................................................................... 220 
6.4. 4ª CARACTERÍSTICA: OS PRAZOS LEGAIS DE DECADÊNCIA NÃO PODEM SER ALTERADOS PELA VONTADE 
DAS PARTES .......................................................................................................................................................... 220 
6.5. 5ª CARACTERÍSTICA: O JUIZ DEVE CONHECER DE OFÍCIO A DECADÊNCIA LEGAL .................................... 220 
7. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: APLICAÇÃO ........................................................................................................ 220 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEI DE INTRODUÇÃ O Ã S NORMÃS DO DIREITO BRÃSILEIRO 
 
*Cristiano Chaves 
 
Antiga Lei de Introdução ao Código Civil. 
1. INTRODUÇÃO 
 O Código Civil Francês (1804) instalou uma série de inovações no ordenamento jurídico; porém, 
essas modificações não tinham como serem efetivadas naquele momento histórico, oportunidade na qual 
foi editada uma Lei de Introdução com a finalidade de acomodar as modificações do CC ao ordenamento 
jurídico. 
 No Brasil aconteceu a mesma coisa, surgindo a necessidade de criação de uma “Lei de Introdução 
ao Código Civil - LICC” (hoje Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - LINDB) para acomodar 
o Código Civil que surgia na época, compatibilizando o sistema jurídico. 
 A antiga “LICC” (hoje LINDB) nada introduz ao CC, na verdade, não mantém qualquer relação 
com ele. 
 Enquanto o objeto de estudo do CC é a tutela da pessoa humana, a LINDB preocupa-se com a 
própria norma jurídica, sendo essa o seu o objeto de estudo. Há, portanto, uma diversidade de objetos e, 
sendo assim, a “LICC” não era e não é um diploma legal introdutório do CC apesar desse antigo nome. 
 A LINDB, na verdade, é um diploma legal multidisciplinar que se aplica universalmente a qualquer 
ramo do direito. É, portanto, um código geral sobre a elaboração e aplicação das normas jurídicas; tem 
como objetivo, então, a elaboração, vigência e aplicação de leis. Seja qual for o ramo do direito, as normas 
devem ser elaboradas e aplicadas conforme a “LICC” ou LINDB. 
 Trata-se, portanto, de uma norma de SOBREDIREITO (lex legum) 
 Na expressão de Arruda Alvim, a “LICC” é um código de normas e não um apêndice ao CC. Vê-
se, então, que o nome LICC era indevido, tanto que foi modificado para Lei de Introdução às Normas 
do Direito Brasileiro (LINDB). 
 Assim, a LINDB é autônoma e independente do CC. Prova disso é que o CC foi alterado e a LINDB 
continuou a mesma. 
2. ESTRUTURA DA LINDB 
A estrutura da LINDB pode ser dividida em 07 tópicos para a sua melhor compreensão. 
 
 1- Vigência das normas: art. 1º e 2º. 
 2- Obrigatoriedade da norma: art. 3º. 
 3- Integração da norma: art. 4º. 
 4- Interpretação da norma: art. 5º. 
 5- Aplicação da lei no tempo: art. 6º. 
 6- Aplicação da lei no espaço: artigos 7º a 19. 
2.1. VIGÊNCIA DAS NORMAS: ART. 1º E 2º 
 Vigência e existência são conceitos diversos. 
 A existência da norma se dá no momento da sua promulgação. Mas ao existir não significa que a 
lei tenha vigência, mas sim que formalmente é um fato jurídico (não possui coercibilidade). 
 
 
 O momento da existência não se confunde com a vigência. Isso porque, depois de promulgada, a 
lei precisa de um iter legislativo para que as pessoas tenham conhecimento da norma para, somente 
depois, passar a ter vigência: publicação → lapso temporal → vigência. 
 A lei só ganha vigência depois da vacatio legis (lapso temporal para que as pessoas tenham 
conhecimento de sua existência). 
 Então, há uma grande diferença entre a EXISTÊNCIA da lei e sua VIGÊNCIA. Há a promulgação, 
publicação, vacatio legis e vigência. 
 
Art. 1º, LINDB → salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
QUARENTA E CINCO DIAS depois de oficialmente publicada. 
§1º → nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
§3º → se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a 
correr da nova publicação. 
§4º → as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
 Neste período de vacatio legis a lei já existe, mas ainda não tem vigência. A LC 95/98, no seu art. 
8º, modificou o art. 1º da LINDB, de modo que a partir de agora toda norma legal deve, obrigatoriamente, 
cumprir um período de vacatio legis. 
 
Art. 8º, LC 95/98 → a vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a 
contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada 
a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de pequena 
repercussão. 
 
 E o prazo de vacatio legis deve corresponder ao número de dias necessário para que todas as 
pessoas conheçam a lei. Assim, toda norma legal deve ter um período de vacatio legis que deve ser 
expresso em um número de dias. 
 
 A fórmula que se conhecia, “esta lei entra em vigor na data de sua publicação”, só poderá ser 
utilizada para as leis de pequena repercussão. 
 
Exemplo: A Lei 11.280/06 criou a possibilidade de conhecimento de ofício da prescrição. Esta lei não é 
de pequena repercussão com certeza. Assim, esta lei não poderia entrar em vigor no momento de sua 
publicação. Ela teve, então, um período de vacatio legis de 90 dias, pois este foi o prazo que o legislador 
entendeu necessário para que todos dela tomassem conhecimento. 
 
 Mas essa é uma NORMA IMPERFEITA, pois não há sanção para o seu descumprimento. Ou seja, 
como é o próprio legislador quem tem que dizer se a lei é de pequena repercussão ou não, ele mesmo 
não criou sanções para quando fosse dito, na nova lei, que ela entraria em vigor no momento de sua 
publicação, apesar de esta não ser de pequena repercussão. 
 
Exemplo: lei que determinou que a separação e o divórcio poderiam ser feitos em Cartório entrou em 
vigor na data de sua publicação, apesar de ser de extrema importância e grande repercussão. 
 
 Regra: toda lei tem que ter um prazo de vacatio legis, e este prazo tem que estar expresso em 
dias. 
Contagem do prazo de vacatio legis (art. 8º, §1º, LC 95/98): a contagem do prazo da vacatio legis 
possui uma regra autônoma/própria,incluindo-se o primeiro e o último dia, entrando a lei em vigor 
no dia subsequente a consumação integral do prazo. 
 
Art. 8º, §1º, LC 95/98 → a contagem do prazo para entrada em vigor das leis que 
estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação 
e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à sua 
consumação integral. 
 
 
 
 Na prática, o resultado é idêntico ao encontrado na contagem dos prazos processuais. Esta regra 
de contagem justifica a razão de toda vacatio legis ser contada em dias. 
 Segundo a doutrina, não importa se o ultimo dia for feriado ou final de semana, entrando em vigor 
a norma mesmo assim, ou seja, a data não é prorrogada para o dia seguinte (Tartuce, p. 05). 
 Nem sempre a vacatio legis é estabelecida em dia, de modo que nesses casos não será possível 
a aplicação da regra do §1º do art. 8º da LC 05/98. Exemplo: CC/02. 
 
Art. 2044, CC → este Código entrará em vigor 1 (um) ano após a sua publicação. 
 
 Dessa forma, se o prazo de vacatio legis for fixado em mês ou ano, indevidamente, já que de 
ordinário ele deveria ser expresso em dias, utiliza-se a regra do art. 132, CC que estabelece que prazo 
em mês ou ano é contado de “data a data”, pouco interessando quantos dias existam entre as datas. 
 
Art. 132, CC → salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se 
os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. 
§3º → os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou 
no imediato, se faltar exata correspondência. 
 
 Assim, o CC/02, que foi publicado em 11/01/02, entrou em vigor no dia 11/01/03. É importante 
perceber que todas essas regras, que emanam do art. 8º, LC 95/98, fizeram com que o art. 1º, LINDB, se 
tornasse subsidiário. Isto, porque só utilizaremos o prazo do art. 1º quando o legislador não tiver 
estabelecido um prazo de vacatio legis expresso e não se tratar de uma lei de pequena 
repercussão. 
 
 Além disso, essas regras somente se aplicam às normas legais. 
 
 As normas jurídicas administrativas (portarias, decretos, regulamentos, resoluções) sempre 
entrarão em vigor na data de sua publicação (Decreto nº 572/1890). 
 
Durante o prazo de vacatio, a lei, que já existe, mas não tem vigência, pode ser modificada? 
 Ora, se ela existe, só pode ser modificada através de lei nova, mesmo no período de vacatio legis. 
Sendo assim, a modificação de uma lei dentro do seu período de vacatio legis só pode ocorrer através de 
uma nova lei. 
 Porém, a correção de erros materiais ou inexatidões pode ser feita através da simples republicação 
da lei com as devidas correções. 
 No caso de republicação da lei, o prazo de vacatio legis volta a correr do zero somente para a 
parte que foi corrigida. 
 O prazo de vacatio legis, portanto, reinicia SOMENTE para a parte que foi retificada e não para as 
demais, que continuam contando o prazo normalmente. 
 
Art. 1º, §3º, LINDB → se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de 
seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores 
começará a correr da nova publicação. 
Art. 1º, §4º, LINDB → as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 
 Revogação: uma vez cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até 
que venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue Æ princípio da continuidade. 
 
 Já podemos notar, então, que a revogação de uma lei pode ser expressa ou tácita, bem como que 
no sistema brasileiro só se admite a revogação de uma lei através de outra lei. 
 
Art. 2º, LINDB → não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que 
outra a modifique ou revogue. 
§1º → a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando 
seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava 
a lei anterior. 
 
 
 
 O art. 9º da LC 95/98 estabeleceu uma novidade no que tange a revogação das normas, dispondo 
que a revogação das normas preferencialmente deve ser expressa. Sendo assim, toda vez que for editada 
uma nova lei, essa deverá indicar de forma expressa quais os dispositivos legais revogados por ela. 
 
Art. 9º, LC 95/98 → a cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as 
leis ou disposições legais revogadas. 
 
 Deve-se evitar, então, aquela velha e inútil fórmula “revogam-se todas as disposições em 
contrário”, pois esta leva a crer que estaria revogando expressamente quando não está. 
 Esta regra não se aplica às leis temporárias, pois estas cessam ao alcançar o termo indicado. 
 E, quando o legislador não revogar expressamente os dispositivos legais, será aplicada a regra 
de que fica revogado tudo aquilo que for contrário à nova regra. 
 
 O Direito Brasileiro não admite o dessuetudo, que é a revogação da lei pelos costumes (uma lei 
que não conseguiu “pegar”, por exemplo). 
 
 O STJ é firme neste sentido, mesmo quanto às leis que não são respeitadas ou observadas. Este 
é o caso observado quanto às casas de prostituição, que não deixaram de ser crime, apesar de serem 
toleradas em todo o Brasil. 
 
 A revogação necessariamente se dará por outra lei, que revogará expressa ou tacitamente, no 
todo ou em parte a lei antiga. 
 
 A revogação é gênero da qual ab-rogação e derrogação são espécies. 
 
 * ab-rogação: é a revogação total da lei. 
 * derrogação: é a revogação parcial da lei. 
 
 Sobre revogação de lei devemos ter cuidado com a redação do §2º do art. 2º da LICC. 
 
Art. 2º, § 2º, LINDB → a lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a 
par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
 
 Esse dispositivo estabelece que uma lei nova, que trate da mesma matéria de lei anterior, e que 
traga disposições que estejam ao lado (a par) da outra lei, não revoga a lei anterior, mas sim que será 
utilizada juntamente com aquela. 
 
 Repristinação: é o restabelecimento dos efeitos de uma lei que foi revogada pela revogação da 
lei revogadora. 
A revogação da lei revogadora não restabelece os efeitos da lei revogada. 
 
Ex.: Lei A → Lei B → Lei C. A Lei C revoga a Lei B, os efeitos da Lei A não serão restabelecidos. 
 
Art. 2º, § 3º → salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter 
a lei revogadora perdido a vigência. 
 
 Porém, o próprio § 3º do art. 2º da LINDB abre uma exceção à repristinação ao dizer que pode 
haver efeitos repristinatórios quando houver expressa disposição neste sentido na lei. 
 Ou seja, o Direito Brasileiro não admite a repristinação como um instituto, mas aceita que existam 
efeitos repristinatórios quando houver expressa disposição neste sentido. Atente-se que isso não é 
tecnicamente repristinação, pois o que existe é a vigência de nova lei que traz efeitos repristinatórios, 
trazendo de volta os efeitos de uma lei anterior. 
 
 O art. 27 da Lei 9.868/98 estabelece a possibilidade de efeitos repristinatórios no controle 
concentrado de constitucionalidade. Isto, porque, a lei revogada será tratada como se nunca tivesse 
existido nem nunca tivesse produzido efeitos. Sendo assim, a lei revogada volta a surtir efeitos. 
 
 
 
Art. 27, Lei 9868/98 → ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, 
e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, 
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir 
de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
 
 No exemplo dito acima, se a Lei B fosse declarada inconstitucional, ela passaria a ser tratada 
como se nunca tivesse existido e nunca tivesse produzido efeitos; sendo assim, a Lei A poderia surtir 
seus efeitos normalmente. 
 
CUIDADO: isso é exclusivo do controle concentrado. No controle difuso não é possível, pois este gera 
efeitos inter partes tão-somente. 
 
 A jurisprudência do STF tem entendido que, ao declarar a inconstitucionalidadede uma lei em 
controle concentrado, pode ser modulada a eficácia desta decisão a fim de preservar a segurança jurídica. 
Isso porque, quando as leis são submetidas ao controle de constitucionalidade, já estão em vigor por 
certo lapso temporal e a sua retirada do ordenamento jurídico sem qualquer ressalva pode trazer mais 
prejuízos. 
 Desta maneira, o STF pode declarar a inconstitucionalidade sem efeitos retroativos. Isto, na 
prática, leva à perpetuação dos efeitos já ocorridos pela lei inconstitucional, revogando as leis 
anteriormente existentes e vigentes. 
 Assim, se o STF imprimir eficácia ex nunc a decisão do controle de constitucionalidade, não haverá 
efeito repristinatório, pois a lei revogadora, declarada inconstitucional, produziu efeitos, implicando na 
revogação da anterior a si. 
 Dessa forma, nem toda declaração de inconstitucionalidade implica efeitos repristinatórios. 
Isso porque eventualmente admite-se uma declaração de inconstitucionalidade sem efeitos retroativos, 
assim se mantendo a revogação da lei. 
2.2. OBRIGATORIEDADE DA NORMA: ART. 3º 
Art. 3º, LINDB → ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 
 O art. 3º da LINDB traz presunção de que todas as pessoas conheçam a lei. Por isso, a LINDB 
cria uma proibição de desconhecimento da lei para que ninguém possa se furtar à sua incidência. 
 Ninguém pode se escusar de cumprir a lei, alegando o desconhecimento dela. Ou seja, toda lei 
traz consigo uma presunção de conhecimento por todos. 
 
Princípio da Obrigatoriedade Relativa/Mitigada: a presunção de conhecimento da lei não é absoluta, 
uma vez que se existem situações excepcionais expressamente previstas em lei em que se admite a 
alegação de erro de direito. 
 
 A alegação de erro de direito só pode ser feita em casos previstos em lei. 
 
Esses casos previstos em lei são muito mais numerosos no Direito Penal. Exemplos: art. 21, CP 
(erro de proibição); art. 65, II, CP (atenuante da pena); art. 8º, Lei de Contravenções Penais. 
 
No Direito Civil há apenas DOIS casos em que se permite a alegação de erro de direito, quais 
sejam: 
 
 a) Casamento putativo (art. 1.561, CC): no caso de casamento nulo ou anulável celebrado com 
boa-fé, os efeitos do ato serão ser preservados em relação aos filhos. 
 
Art. 1561, CC → embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por ambos 
os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os 
efeitos até o dia da sentença anulatória. 
 
 
 
Exemplo: casamento de A com B, sua irmã. 
 
Æ Erro de fato: A não sabia que B era sua irmã. 
Æ Erro de direito: A sabia que B era sua irmã, mas não sabia quer era proibido o casamento entre irmãos. 
O que é necessário aqui é que as pessoas estejam de BOA-FÉ. 
 
 b) Erro como vício de vontade no negócio jurídico (art. 139, III, CC): esse erro pode ser alegado 
para o desfazimento do negócio jurídico. 
 
Art. 139, III, CC → o erro é substancial quando sendo de direito e não implicando 
recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico. 
 
Exemplo: compra de terreno em Petrópolis/RJ em área que fora considerada de uso público por Lei 
Municipal. 
 
Obrigatoriedade “simultânea”: antigamente, a lei se tornava obrigatória por etapas: primeiro na capital 
federal, depois nas zonas litorâneas e depois ia se interiorizando. Agora, ela entra em vigor em todos os 
locais do país ao mesmo tempo. 
2.3. INTEGRAÇÃO DA NORMA: ART. 4º 
 Integrar significa colmatar, preencher lacunas. A integração da norma é a atividade pela qual o 
juiz complementa a norma. E essa necessidade de complementação da norma surge porque o legislador 
não tem como prever todas as situações possíveis no mundo fático. 
 
A lacuna nunca irá se referir ao ordenamento, mas sim apenas à legislação. Assim, mesmo que 
exista lei lacunosa, o ordenamento é completo, pois existem mecanismos de integração, de colmatação. 
 
 O ordenamento jurídico vedou o “non liquet”, que significa que o juiz não pode se eximir do dever 
de julgar alegando lacuna ou desconhecimento da norma. 
 
Art. 4º, LINDB → quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. ÎPara lembrar: ordem 
alfabéticaÆA,C,P. 
 
 Esse dispositivo traz um rol TAXATIVO e preferencial de integração da norma. Sendo assim, o 
juiz deve se valer dessa ordem e somente dos critérios integrativos colocados neste dispositivo. 
 
 Havendo lacuna, o juiz está obrigado a promover a integração da norma; colmatará o vazio. 
 
 Além disso, como se presume que o juiz conhece todas as leis, basta que a parte narre o fato 
(narra-se o fato que eu te darei o direito – iura novit curiae). 
 
Exceções: o juiz pode determinar à parte interessada que faça prova da EXISTÊNCIA e VIGÊNCIA da 
lei alegada em 4 hipóteses: 
 
 a) direito municipal. 
 b) direito estadual. 
 c) direito estrangeiro. 
 d) direito consuetudinário. 
 
 Alexandre Câmara alerta que o juiz só pode mandar a parte fazer prova de direito municipal e 
estadual que não seja de sua jurisdição. Caso contrário, ou seja, se o direito municipal ou estadual for do 
local de sua jurisdição, o juiz não poderá determinar que a parte faça prova porque se presume que ele 
conheça a lei. 
 
 
 
 E quando o juiz for utilizar direito estrangeiro, ele poderá mandar a parte fazer prova. 
 
 No entanto, o Protocolo de Las Leñas determina que o juiz não pode mandar a parte fazer prova 
das leis de países integrantes do MERCOSUL, pois, neste caso, se presume que o juiz conheça a 
legislação. 
 
 Isto se aplica também a documentos estrangeiros oriundos de países do MERCOSUL. Assim, 
quando vier o documento de um país do MERCOSUL, o juiz não pode mandar fazer a tradução 
juramentada, pois igualmente se presume que ele conhece a tal língua. 
 
Espécies de Lacunas, conforme Maria Helena Diniz: 
 
a) Lacuna normativa: ausência total de norma para um caso concreto; 
 
b) Lacuna ontológica: presença de norma para o caso concreto, mas que não tenha eficácia 
 social; 
 
c) Lacuna axiológica: presença de norma para o caso concreto, mas cuja aplicação seja 
 insatisfatória ou injusta; 
 
d) Lacuna de conflito ou antinomia: choque de duas ou mais normas válidas, pendente de 
 solução no caso concreto. 
 
Presente uma lacuna, deverão ser utilizadas as formas de integração da norma jurídica. 
2.3.1. Métodos de Colmatação 
 Na integração, da norma o juiz deverá se valer da analogia, dos costumes e dos princípios gerais 
de direito, devendo utilizar esses métodos nesta ordem porque o art. 4º da LINDB estabeleceu um rol 
taxativo e preferencial. 
 
OBS.: a doutrina moderna contesta a obrigatoriedade de aplicar os métodos de colmatação na exata 
ordem do art. 4º, principalmente no que concerne aos princípios constitucionais (Nesse sentido: Tepedino 
e Tartuce). 
 
 a) Analogia: é primeiro mecanismo de integração. É o preenchimento da lacuna através da 
comparação. Por meio da analogia, compara-se uma determinada hipótese, não prevista em lei, com 
outra, já contemplada em lei. O seu fundamento é a igualdade jurídica. 
 
A analogia pode ter duas formas: 
 
 b1) analogia legis: se concretiza pela comparação de um caso não previsto com outro já previsto 
em lei. Assim a lacuna será integrada comparando-se uma situação atípica (não tratada na norma) com 
uma outra situação especificadamente prevista em lei (típica). 
 
 b2) analogia iuris: o juiz preenche a lacuna com a comparação do caso com o sistema como um 
todo. Dessa forma, compara-se a situação não prevista em lei com os valores do sistema e não com um 
dispositivo legal. 
 
Exemplo: união homoafetiva, que não está prevista em lei, e os conflitos jurídicos decorrentes destas 
uniões também não têm previsão legal, sendo que o juiz não pode se negar a resolvê-los. O juiz poderá 
solucionar tais casos com regras semelhantes, como as regras da união estável, por exemplo, se valendo 
de analogia legis, portanto. Foi o que decidiu o STF.

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