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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ - SC
ENSINO CLINICO V TEÓRICO-CIRÚRGICO 
ENSINO CLÍNICO V PRÁTICO 
Prof.ª MSc. Erika Boller
RECEPÇÃO DE PACIENTES NO CENTRO CIRÚRGICO
1.1 Objetivo: Promover a recepção de pacientes ambulatoriais ou não no Centro Cirúrgico
1.2 Enfermeiro ou Técnico em Enfermagem 
1. Receber o paciente, identificando-o e se identificando; 
2. Verificar prontuário e exames anexos do paciente, registrando e protocolo específico; 
3. Registrar no prontuário o horário de chegada e condições clínicas do paciente; 
4. Confirmar a realização dos procedimentos pré-operatórios indicados para a cirurgia proposta, tais como: jejum, tricotomia, administração de pré-anestésicos, retirada de prótese, alergia medicamentosa; 
5. Lavar as mãos; 
6. Verificar e registrar os sinais vitais; 
7. Realizar punção venosa e administrar medicação, conforme prescrição médica; 
8. Confirmar a reserva de bolsas de sangue no banco de sangue; 
9. Confirmar reserva de leito na UTI, conforme solicitação do anestesista. 
1.3 OBSERVAÇÕES / CONSIDERAÇÕES
Na admissão no Centro Cirúrgico, o paciente deverá estar acompanhado do prontuário e dos exames médicos solicitados; 
Em se tratando de pacientes ambulatoriais, conferir a documentação necessária, atentar que, para este tipo de paciente, inexiste o prontuário. 
PREPARO DA UNIDADE CIRURGICA
2.1 PROCEDIMENTOS NA SALA DE CIRURGIA
São as atividades desenvolvidas pela circulante de sala, antes, durante e após o ato cirúrgico, seguindo um modo padronizado, com a finalidade de oferecer e assegurar condições funcionais e técnicas.
Esses procedimentos se iniciam antes da chegada do paciente à sala cirúrgica.
a) Montagem da Sala Cirúrgica
a)	Ler com atenção o pedido de cirurgia, certificando-se quanto às observações sobre o material, aparelhos ou alguma particularidade especial à realização do ato cirúrgico;
b)	Equipar a sala com os aparelhos solicitados;
c)	Testar o funcionamento de aparelhos elétricos, inclusive os focos, pontos de gás, luz e aspirador;
d)	Revisar o material esterilizado existente na sala, complementar o que falta e providenciar o específico para aquela cirurgia;
e)	Colocar o pacote de campos e o de aventais, as luvas e a caixa de instrumentos em local acessível para sua utilização no momento necessário;
f) e outros...
b) Atendimento Durante a Cirurgia
a)	Receber o paciente na sala cirúrgica, e, enquanto este estiver consciente, conversar com ele e orientá-lo sobre os procedimentos que está executando;
b)	Observar que o paciente NUNCA fique sozinho na sala;
c)	Auxiliar a equipe de cirurgia a paramentar-se: ajudar a vestir o avental, amarrar os cadarços e o cinto, e, em seguida, apresentar as luvas;
d) 	Fornecer material na mesa do instrumentador;	
e)	Auxiliar na colocação ou colocar o paciente em posição funcional e adequada à cirurgia e, se preciso, utilizar coxins;
f) 	Colaborar com o anestesista na observação do gotejamento das infusões, dos líquidos drenados, no caso de estar com sonda, do sangue aspirado no frasco do aspirador e de sinais e sintomas do paciente, tais como: cianose das extremidades, palidez, sudorese e outros;
g) 	Estar atenta quanto à solicitação de materiais na mesa do instrumentador, funcionamento dos aparelhos e pedidos de materiais extras;
h)	Receber e identificar a peça anatômica de acordo com as normas instituídas pelo Serviço de Anatomia Patológica;
i) 	Verificar o número das compressas, após o uso, nas cirurgias de cavidade, e controlar o peso das mesmas e de gazes, para avaliar a perda sangüínea nas grandes cirurgias;	
j)	Fazer as anotações conforme as normas administrativas do hospital (folha de gastos e relatório de enfermagem, que deve abranger ocorrências com o paciente na sala, medicamentos e infusões usadas, início e término da cirurgia), de maneira clara e objetiva; e outros.
c) Atendimento Após a Cirurgia
a)	Auxiliar a equipe a se desvestir;
b) 	Vestir e agasalhar o paciente conforme as condições climáticas;
c)	Transferir o paciente da mesa cirúrgica para a maca, observando as infusões endovenosas, o curativo cirúrgico e a permeabilidade de sondas e drenos, após autorização do anestesista;
d) 	Providenciar o transporte do paciente para o Centro de Recuperação Pós-Anestésica e/ou Unidade de Origem e encaminhá-lo com o prontuário completo, tendo o cuidado de conduzir a maca ou cama pela cabeceira, para facilitar a observação;
e)	Recolher o lixo e providenciar para que a sala seja limpa e, outros
LIMPEZA RECOMENDADA EM CENTRO CIRURGICO
A limpeza de uma sala consiste não somente em rotinas de limpeza de equipamentos, piso, paredes e portas, mas também o controle ambiental.
3.1 CONCEITOS DE LIMPEZA, DESCONTAMINAÇÃO, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO
3.1.1 LIMPEZA - é a remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os artigos ou superfícies, reduzindo a população bacteriana. Deve preceder os procedimentos de desinfecção e/ou esterilização, possibilitando o contato entre agente antimicrobiano e o material.
3.1.2 DESCONTAMINAÇÃO - deve reduzir o número de microrganismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros para o manuseio, isto é, ofereçam menor risco ocupacional. Procedimento utilizado em artigos contaminados por matéria orgânica (sangue, pus, secreções corpóreas) para a destruição de microrganismos patogênicos na forma vegetativa antes de iniciar o processo de limpeza. Tem como objetivo proteger as pessoas que irão proceder à limpeza destes artigos.
3.1.3 DESINFECÇÃO - eliminação ou destruição de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de serem patogênicos ou não, exceto esporos bacterianos, presentes nos artigos e objetos inanimados, mediante aplicação de agentes químicos ou físicos.
3.1.4 ESTERILIZAÇÃO - processo de destruição de todas as formas de vida microbiana, ou seja, bactérias nas formas vegetativa e esporulada, fungos e vírus, mediante a aplicação de agentes físicos e químicos. Os microrganismos são mortos a tal ponto que não seja possível detectá-los num meio de cultura padrão. 
3.2 TIPOS DE LIMPEZA RECOMENDADA NA SALA DE OPERAÇÕES
3.2.1 LIMPEZA TERMINAL – realizada diariamente após o termino do ultimo procedimento cirúrgico.
3.2.2 LIMPEZA PREPARATORIA – é recomendado que seja realizada pouco tempo antes do inicio da montagem da sala da primeira cirurgia do dia. 
 
3.3.3 LIMPEZA OPERATORIA – é realizada durante o procedimento cirúrgico, quando ocorre a contaminação do chão com matéria orgânica, quando houver presença de resíduo ou queda de material. 
3.3.4 LIMPEZA CONCORRENTE – é realizada após o termino de uma cirurgia e antes do inicio de outra para a remoção de sujidade e matéria orgânica em mobiliários, equipamentos e superfícies.
LIMPEZA DA SALA DE OPERAÇÃO
As superfícies fixas (pisos, paredes, mobiliários, tetos, portas e equipamentos) não representam risco potencial na transmissão de infecção. Recomendado desinfecção localizada quando houver respingo ou presença de matéria orgânica e após realizar limpeza com água e sabão.
Os locais úmidos são propícios para o crescimento de germes ou fungos, e as áreas empoeiradas albergam germes. Por isso, é necessário secar bem as superfícies e de ser proibida a varredura seca nas áreas hospitalares.
Os panos de limpeza e chão, escovas, baldes, deverão ser lavados nas salas de utilidades, após o uso em locais contaminados. As secreções dos frascos de aspiração são desprezados no expurgo.
CUIDADOS COM SALAS CIRÚRGICAS
3.4.1 Na Sala Cirúrgica Asséptica: a desinfecção deve ser feita diariamente em todas as superfícies dos móveis, suportes e focos. Após terminar a cirurgia devem ser limpos com desinfetantes a mesa, o piso e o material necessário. 
3.4.2 Na sala de Cirurgia Séptica: nesta sala ficam somente os materiais necessários para a cirurgia. Nesta, as entradase saídas de pessoal devem constituir exceção. Na porta desta sala è fixado o aviso: CONTAMINADO.
3.4.3 Limpeza de SO após procedimentos infectados ou de longa duração: recomenda-se que seja realizada com os mesmos critérios da limpeza terminal, levando-se em consideração a necessidade ou não da limpeza total das paredes e do teto; 
3.4.4 Limpeza de SO em situações de contato ou isolamento respiratório: os cuidados começam antes da cirurgia. É aconselhável que a sala tenha o mínimo de material, para evitar o aumento de área onde os microorganismos possam se depositar durante o ato cirúrgico. Depois de o paciente ser encaminhado da SO diretamente para a unidade, o funcionário – utilizando o EPI adequado – executará a limpeza da sala. No caso de doenças transmissíveis por aerossóis, o uso da Mascara N95 é obrigatória.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
É o vestuário especifico de acordo com os procedimentos realizados em CC. Tradicionalmente, inclui o uniforme privativo (calça e blusa), propé ou sapato privativo, gorro, máscara, avental cirúrgico e luva cirúrgica. O uniforme deve ser restrito ao ambiente do CC com o objetivo de proteção dos profissionais envolvidos no cuidado ao paciente em tal unidade crítica. 
4.1 AVENTAIS
Os aventais devem ser utilizados com o propósito de diminuir chances de exposição a sangue ou outros fluidos orgânicos. Deve apresentar as seguintes características: material de boa qualidade, não alergênico e resistente; proporcionar barreira antimicrobiana efetiva; permitir execução de atividades com conforto; e garantir conforto térmico ao usuário, alem da disponibilidade de vários tamanhos, possibilidade de esterilização e boa relação custo beneficio, entre outros aspectos. O material deve ser de tecido de algodão ou sintético, desde que apresentarem as características recomendadas acima.
4.2 CAMPOS
Utilizados na cobertura do paciente e área próxima da ferida cirúrgica até as regiões mais distantes e coberturas de mesa e instrumentais. Tem como finalidade manter a temperatura do paciente e atuar como barreira microbiológica para o paciente e equipe. São divididos em 
Campos corporais que cobrem o corpo do paciente e delimitam o campo operatório;
Campos de incisão que cobrem a pele ao redor da incisão cirúrgica após a antissepsia;
Campos de extremidade da ferida, que são colocados para cobrir as extremidades da ferida enquanto o cirurgião faz a incisão.
A eficácia dos campos esta relacionada com a barreira microbiana. Os campos de algodão são muito utilizados por sua maleabilidade e aquecimento do paciente, porem perdem sua capacidade de barreira em contato com a umidade.
4.3 GORROS E TOUCAS 
Têm a função de proteger os cabelos, orelhas e testa da contaminação através de aerossóis gotículas de sangue e saliva. Os modelos mais indicados são aqueles descartáveis que protegem cabelos, cobrem totalmente as orelhas e toda a testa. Não há necessidade de ser estéril, pois não entra em contato com o campo cirúrgico.
4.3.1 Normas para a utilização das toucas:
- os cabelos deverão estar presos;
- devem ser trocadas sempre que contaminadas por fluidos como aerossóis advindos de diversos procedimentos e de exposição à saliva e a sangue nos atos de cirurgia.
4.4 PROPÉS E SAPATOS PRIVATIVOS
Tem como objetivo servir de barreira na prevenção da contaminação do chão das áreas criticas por agentes microbianos externos, podendo ser substituídos por sapatos de uso exclusivo do CC. A sua importância tem sido discutida, uma vez que os microrganismos presentes no chão não tem capacidade de se suspenderem até a altura que possa atingir o sitio cirúrgico ou superfícies e objetos em contato com o sitio cirúrgico. 
Ainda não existem estudos suficientes e conclusivos que recomendem a abolição do uso, e nem a sua eficácia no controle ambiental no CC. Recomenda-se que os propés ou sapatos privativos sejam de material resistente a perfurações e rasgos e antiderrapantes, devendo-se utilizar sapatos fechados mesmo com o uso da cobertura. 
4.5 MÁSCARAS
Atuam como barreira mecânica na prevenção de contaminação do sitio cirúrgico com microrganismos provenientes da boca e nariz dos profissionais da equipe de saúde. A máscara é utilizada como medida de prevenção de riscos ocupacionais, sendo com unanimidade nesse sentido, para prevenção de contaminação de mucosa oral e nasal dos patógenos veiculados pelo sangue. A máscara deverá ser descartável e apresentar camada tripla, para filtração eficiente.
4.5.1 Normas para a utilização das máscaras:
- devem ser colocadas após o gorro e antes dos óculos de proteção;
- devem adaptar-se confortavelmente à face, sem tocar lábios e narinas;
- não devem ser ajustadas ou tocadas durante os procedimentos;
- devem ser trocadas sempre que se tornarem úmidas, quando dos procedimentos geradores de aerossóis ou respingos, ou apresentarem qualquer teor de sujidade, o que diminui sua eficiência;
- não devem ser usadas fora da área de atendimento, nem ficar penduradas no pescoço;
- devem ser descartadas nos locais apropriados, após o uso em cada turno devem ser removidas enquanto o profissional estiver com luvas;
- para sua remoção, devem o mínimo possível ser manuseadas e somente pelos bordos ou cordéis, tendo em vista a contaminação.
4.6 ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Recomenda-se o uso de óculos de proteção para os membros da equipe de cirurgia durante todo o tempo do procedimento operatório. Óculos de proteção devem ser usados para proteção ocular contra acidentes ocupacionais e contaminação proveniente de aerossóis ou respingos de sangue e saliva. Os óculos e máscara devem se adaptar de maneira confortável ao rosto do profissional, portanto, é importante que vários modelos sejam experimentados, de modo a verificar o mais adequado para cada tipo de rosto. 
4.6.1 Normas para a utilização dos óculos de proteção:
- devem ser utilizados durante a manipulação de instrumentos na área de lavagem;
- devem ser utilizados: quando necessário, na desinfecção de superfícies; e, 
- NÃO devem ser utilizados fora da área de trabalho.
Cuidados: a limpeza dos óculos de proteção ou protetores faciais deve ser realizada através da sua lavagem e desinfecção com álcool 70%, após cada procedimento.
4.7 LUVAS
Sempre que houver possibilidade de contato direto com sangue e saliva, contato com a mucosa ou com superfície contaminada, o profissional deve utilizar luvas. Embora as luvas não protejam contra perfurações de agulhas, está comprovado que elas podem diminuir a penetração de sangue em até 50% do seu volume. Luvas não estéreis são adequadas para exames e outros procedimentos não cirúrgicos; luvas estéreis devem ser usadas para os procedimentos cirúrgicos.
4.7.1 Uso das luvas
- antes do atendimento de cada paciente, o profissional deve lavar suas mãos e colocar novas luvas. Após o tratamento de cada paciente ou antes de deixar a clínica, o profissional deve remover e descartar as luvas e lavar as mãos.
- em procedimentos de longa duração as luvas deverão ser substituídas pois essas NÃO resistem ao contato prolongado com as secreções.
- tanto as luvas para procedimento como as cirúrgicas deverão ser descartadas, não sendo permitida a sua reutilização, pois os anti-sépticos aumentam o tamanho e o número de orifícios nas luvas e removem o revestimento externo da maioria das luvas comerciais.
4.7.2 Normas na utilização das luvas:
- as luvas NÃO devem ser utilizadas fora das áreas de tratamento;
- as luvas devem ser trocadas entre os tratamentos de diferentes pacientes;
- a parte externa das luvas NÃO deve ser tocada na sua remoção;
- as luvas devem ser checadas quanto à presença de rasgos ou furos antes e depois de colocadas, devendo ser trocadas, caso isso ocorra;
- se as luvas se esgarçarem ou rasgarem, durante o tratamento de um paciente, devem ser removidas e eliminadas, 
- superfícies ou objetos fora do campo operatório NÃO podem ser tocados por luvas usadasno tratamento do paciente. Recomenda-se a utilização de sobreluvas ou pinças esterilizadas;
- em procedimentos cirúrgicos demorados, com sangramento intenso, e em casos de pacientes que se saiba houver risco de contaminação, está indicado o uso de dois pares de luvas;
- se ocorrerem acidentes com instrumentos pérfurocortantes, as luvas devem ser removidas e eliminadas, as mãos devem ser lavadas e o acidente comunicado ao professor responsável da unidade.
4.8 PROTETORES DE RADIAÇÃO
Avental de chumbo e protetor de tireoide. A radiação pode ser prejudicial tanto ao paciente quanto ao cirurgião dentista portanto seu uso deve ser OBRIGATÓRIO.
4.9 CUIDADOS COMPLEMENTARES
Os profissionais que possuem o hábito de circular em ambientes públicos com as mesmas roupas usadas durante os atendimentos clínicos, funcionam como verdadeiros transportadores de microorganismos, colocando em risco a saúde de sua própria família.
O uso de porta toalha e toalha em tecido são fontes potenciais de contaminação. Nos atendimentos críticos, todos os equipamentos de proteção individual devem estar autoclavados ou caso sejam descartáveis, devem ser estéreis e serem de uso único para cada cliente atendido.
 
DEGERMAÇÃO DAS MÃOS
A degermação das mãos é uma conduta de baixo custo e extremamente relevante no contexto da prevenção da infecção hospitalar. É preciso, pois, que os profissionais de saúde sejam alertados e conscientizados sobre a necessidade da adesão aos corretos métodos para essa prática, uma vez que a flora (residente e mais frequentemente, transitória) pode ser causadora de contaminação e infecção hospitalar. 
A escolha entre lavagem simples das mãos, uso de anti-sépticos e lavagem seguida de anti-séptico deve basear-se no grau de contaminação, no procedimento a ser realizado e na importância de reduzir-se a flora transitória e/ou residente. 
O anti-séptico de escolha deve ser aquele que melhor se adeqüe aos parâmetros de ação sobre a microbiota em questão, tolerância do profissional e custo. Para o uso hospitalar são mais indicados: álcool glicerinado a 2% 70Gl (que não resseca tanto a pele e é virucida e tuberculicida), iodóforos como PVPI e gluconato de clorhexidina. A CCIH deve ser consultada antes da compra de qualquer material envolvido na rotina da lavação de mãos. 
5.1 Preparo pré-cirúrgico das mãos 
É um procedimento que objetiva reduzir o risco de contaminação da ferida cirúrgica pela remoção ou destruição dos microorganismos da microbiota transitória e pela redução ou inativação da flora residente. 
Para melhor eficiência do procedimento o profissional deve: remover TODAS as jóias e relógios, ter unhas aparadas e sem esmalte, não podendo ser usada unhas postiças. Escova duras e reaproveitáveis devem ser evitadas. 
5.1.1 O material básico a ser utilizado consta de: 
água em pias com acionamento de pé, cotovelo ou joelho; 
dispensador de sabão líquido e anti-séptico; 
porta papel com toalha descartável; 
escovas individuais e estéreis; 
compressas estéreis; 
solução alcoólicas. 
5.1.2 O procedimento do preparo cirúrgico das mãos consiste em:
Abra a torneira, sem utilizar as mãos, molhando as mãos, antebraços e cotovelo; 
Coloque a solução detergente anti-séptica e espalhe-a nas mãos e antebraços; 
Pegue uma escova esterilizada e escove as unhas, dedos, mãos e antebraços, nesta ordem, sem retorno, por cinco minutos, mantendo as mãos em altura superior aos cotovelos; 
Use para as mãos e antebraços o lado da escova não utilizado para as unhas (no caso da escova ter só um lado, use duas escovas); 
Detenha-se, particularmente, nos sulcos, pregas e espaços interdigitais, articulações e extremidades dos dedos, com movimentos de fricção; 
Enxágüe os dedos, depois as mãos, deixando que a água caia por último nos antebraços que devem estar afastados do tronco, de forma que a água escorra para os cotovelos, procurando manter as mãos em plano mais elevado; 
Enxugue as mãos com compressas estéreis, que devem vir dobradas em quatro partes, enxugando-se primeiro uma das mãos e, com o outro lado enxuga-se a outra. Colocam-se estes lados um de encontro ao outro, de forma a se obter outros dois lados estéreis. Enxuga-se um antebraço. Vira-se a compressa na sua face interna e enxuga-se o outro antebraço, desprezando a compressas; 
Não use álcool após o uso dessas soluções, pois o efeito residual obtido com elas será anulado. 
... UM PEDAÇO DE JADE NÃO PODE SE TORNAR UM OBJETO DE ARTE SEM SER CINZELADO; UMA PESSOA NÃO PODE CONHECER OS GRANDES PRINCÍPIOS SEM A EDUCAÇÃO ... CONFÚCIO 
 
Bibliografia: 
PAARA, O. M; SAAD, W. A. Instrumentação Cirúrgica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2005.
FONSECA, Rosa Maria. Direção geral da SOBECC (Sociedade Brasileira de Enfermeiros em Centro Cirúrgico). 3. ed. São Paulo: SMC Comunicações, 2005.
GUIMARÃES, Caren Mello. Conceitos básicos de Urgências e Emergências. Curso de Enfermagem. Ulbra Gravataí. S/d.
ANTI-SÉPTICOS: CLOREXIDINA, IODO e IODÓFOROS
CLOREXIDINA ou Gluconato de clorexidina: agem por destruição da membrana celular e precipitação dos componentes internos da célula microbiana.
Amplo espectro sobre bactérias
Ação parcial sobre fungos.
Início de ação 15 segundos após a aplicação ou contato com a pele ou mucosa.
Exerce ação anti-séptica até 06 horas após a aplicação.
IODO E IODÓFOROS (PVP-I) ou Iodofórmios:
Agem sobre os microorganismos, penetrando na parede celular microbiana, oxidando e substituindo o conteúdo microbiano por iodo livre.
Boa ação contra bactérias, fungos e vírus. Inclusive contra o bacilo da tuberculose.
Promove oxidação e substituição dos componentes celulares pelo iodo livre.
Início rápido de ação, porém com pouca ação residual.
Provocam irritação na pele.

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