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AULA_08_Instr cirurgico_fios e sintese_2013_02

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ - SC 
ENSINO CLINICO V TEÓRICO-CIRÚRGICO 
ENSINO CLÍNICO V PRÁTICO 
Prof.ª MSc. Erika Boller 
 
AS INTERVENÇÕES CIRÚRGICAS SÃO REALIZADAS EM QUATRO FASES OU 
TEMPOS FUNDAMENTAIS 
 
 
 
 
 
 
 1 - Diérese - é o rompimento da continuidade dos tecidos, podendo ser mecânica ou física. A 
diérese ou divisão constitui manobra cirúrgica destinada a criar uma via de acesso, através dos tecidos. 
A diérese pode ser mecânica ou física. 
1.1 Diérese mecânica - é feita através do uso de material cortante. Ex: bisturi e tesouras. 
1.2 Diérese Física - utiliza o calor, o resfriamento intenso ou raio laser para romper os tecidos. 
 
 Diérese - tem como princípios fundamentais: 
1 - Seccionar toda a espessura do plano de uma só vez; 
2 - Não afunilar a incisão; 
3 - Seccionar planos subjacentes em maior extensão (para evitar afunilamento); 
4 - Não biselar a incisão; 
5 - Não comprometer grandes vasos e nervos da região; 
6 - Acompanhar preferencialmente as linhas de força da pele; 
7 - Seccionar as aponeuroses na direção de suas fibras para que ocorre boa cicatrização. 
 
 2 - Hemostasia - é o processo pelo qual se impede, detêm ou previne o sangramento. No ato 
cirúrgico, evita-se a perda excessiva de sangue, propiciando melhores condições técnicas e aumentando, assim, 
o rendimento do trabalho. Após a operação, favorece a evolução normal da ferida operatória, evita a infecção e 
afasta a necessidade de reoperaçâo para a drenagem de hematomas e abscessos. Pode ser temporária ou 
definitiva, preventiva ou corretiva. 
 
Tipos de hemostasia: 
2.1 - Hemostasia preventiva: pode ser medicamentosa e cirúrgica, sendo que a primeira é baseada em exames 
laboratoriais e a segunda realizada com a finalidade de interromper a circulação durante o ato cirúrgico, 
temporária ou definitivamente. 
2.2 - Hemostasia de urgência: esta hemostasia é realizada, quase sempre em condições não favoráveis e com 
material improvisado como por exemplo: garrotes, torniquetes, compressão digital. 
2.3 - Hemostasia curativa: é a hemostasia que se realiza no decorrer da intervenção cirúrgica e pode ser 
medicamentosa, mecânica, física ou biológica. 
 
3 - Cirurgia propriamente dita – constitui a realização do procedimento cirúrgico. Possui caráter 
curativo, paliativo, estético/corretivo, diagnóstico. Nessa etapa os tecidos já estão separados, a cavidade aberta, 
o funcionamento do órgão deverá ser alterado e o órgão deverá ser extirpado. Representa o tempo mais 
elaborado da intervenção e exige maiores cuidados da equipe de cirurgia. 
1 - Diérese 
2 - Hemostasia 
3 - Cirurgia propriamente dita 
4 – Síntese 
 2 
4 - Síntese - é a união dos tecidos (suturas): a síntese cirúrgica é uma operação fundamental que 
consiste na aproximação das bordas de tecidos seccionados ou ressecados. Tem como objetivo manter a 
continuidade tecidual e facilitar as fases iniciais do processo de cicatrização. 
 
É a união de tecidos, que será mais perfeita quanto mais anatômica for a separação, para facilitar o 
processo de cicatrização e restabelecer a continuidade tecidual por primeira intenção. Pode ser realizada da 
seguinte forma: 
- Cruenta: a união de tecidos é realizada por meio de instrumentos apropriados com agulhas de sutura e fios 
cirúrgicos permanentes ou removíveis. 
- Incruenta: consiste na aproximação dos tecidos com auxílio de gesso, adesivos (esparadrapos) ou ataduras. 
- Completa: a união ou aproximação dos tecidos, realizada em toda a extensão da incisão cirúrgica. 
- Incompleta: consiste na aproximação incompleta em toda a extensão da ferida em consequência da colocação 
de dreno em determinado local da incisão cirúrgica. 
- Imediata: ocorre imediatamente após a segmentação deles por traumatismos. 
- Mediata: Consiste na união dos tecidos após algum tempo depois do rompimento da continuidade ou 
contiguidade deles. 
 
Quais as principais funções das suturas? 
Conjunto de materiais destinado a unir temporariamente as bordas de uma ferida, auxiliando no 
desenvolvimento da síntese definitiva realizada pelo processo biológico de cicatrização, visando a restituição da 
continuidade anatômica e funcional dos tecidos divididos. Desta forma, espera-se que a sutura desempenhe a 
função de manter os tecidos unidos, enquanto o processo de cicatrização se desenvolve sem demora e com o 
mínimo de cicatriz, devendo-se manter sem alterações até a resistência tênsil adequada. 
 
 
INSTRUMENTAL CIRÚRGICO, TÉCNICA DE PREPARO DA MESA DE INSTRUMENTAÇÃO 
 
INTRODUÇÃO 
Sabemos que a palavra cirurgia significa operação manual, pois deriva do grego cheir (mão) e ergon 
(trabalho). É evidente que um ato cirúrgico requer também instrumentos para aumentar a destreza do operador e 
possibilitar a realização de manobras impossíveis de serem executadas apenas com as mãos. Usamos os 
termos instrumento para denominar cada peça, em particular; e instrumental para o conjunto destas peças. O 
número de instrumentos cirúrgicos é incontável; ao longo dos tempos os cirurgiões vêm criando e modificando 
novos elementos, que não são incorporados aos já existentes. Quase sempre levam o nome de seus 
idealizadores, muitas vezes diferindo apenas em detalhes muito pequenos. Estes instrumentos serão objetos de 
comentários, divididos em suas diferentes categorias. 
 
DISTRIBUIÇÃO 
Há muitas formas de se dispor os instrumentos numa mesa, em função do tipo de mesa, tipo de cirurgia 
e até da preferência do instrumentador. Os instrumentais cirúrgicos são agrupados conforme o uso durante o ato 
cirúrgico: há a participação de instrumentais próprios adequados ao tempo da cirurgia que se destinam. 
 
 
TÉCNICA DE PREPARO DA MESA DE INSTRUMENTAÇÃO 
 
 A mesa antes de receber os instrumentos deverá ser adequadamente preparada. Inicialmente, deve ser 
recoberta por um impermeável esterilizado para evitar contaminação de instrumentos de pontas finas como 
agulhas que podem perfurar o campo e fazer contato com a superfície da mesa. 
 O impermeável também isola contra queda de líquidos sobre a mesa, dificultando a contaminação 
através da mesma. Sobre o impermeável esterilizado coloca-se então campo duplo para poder receber os 
instrumentos. 
 
Disposição do instrumental na mesa: a colocação dos instrumentos na mesa de instrumentação deve 
seguir a mesma ordem usada na classificação dos mesmos: 1. diérese; 2. preensão; 3. hemostasia; 4. 
exposição; 5. especial; 6. síntese. 
 
 3 
Fig. 01- Mesa principal de instrumentação - divisão por grupos 
 
ESPECIAIS 
 
 
PREENSÃO 
PINÇAS ANATÔMICAS 
COM DENTE / SEM DENTE 
 
SÍNTESE 
PORTA-AGULHA 
FIO + AGULHA 
 
EXPOSIÇÃO 
AFASTADORES + PINÇAS 
DE CAMPO 
 
HEMOSTASIA 
KOCHER / KELLY / HALSTED 
 
DIÉRESE 
TESOURA + BISTURI 
 
Para tanto, imagina-se dividida a superfície da mesa em seis partes, guardando cada parte uma área 
mais ou menos proporcional ao número e tamanho dos instrumentos (Fig. 01). Todos os instrumentos deverão 
ter suas pontas viradas para o lado da área de instrumentação, exceto os porta-agulhas, porque nessa posição 
serão apanhados pela instrumentadora para passar ao cirurgião e auxiliares. Os instrumentos devem ocupar 
sempre uma posição específica e constante tanto inicialmente como após o uso (Fig. 02). 
 
Área de instrumentação - seqüência de uso 
                  
 
ESPECIAL 
 
PREENSÃO 
 
SÍNTESE 
EXPOSIÇÃO + 
PINÇAS CAMPO 
 
 
HEMOSTASIA 
 
 
DIÉRESE 
 
                 
Fig. 02 - Sentido da disposição dos instrumentos com a mesa de instrumentação situada à direita da 
mesa de cirurgia. 
 
Fig. 03 - Mesa principal de instrumentação com montagem paraficar à esquerda da mesa cirúrgica. 
 
O material de diérese, preensão e exposição são colocados na parte proximal e as gazes e 
compressas ficam na parte distal. Os instrumentos ficam em posição inversa com as pontas para trás, para 
facilitar uma empunhadura direta pelo auxiliar. 
 
Instrumentais cirúrgicos são agrupados conforme o uso durante o ato cirúrgico, de modo, que em 
cada tempo cirúrgico, há participação de instrumentais próprios, adequados ao tempo da cirurgia a que se 
destinam. Assim se agrupam em seis grupos distintos: 
 
1 - Diérese – composto por instrumentos de corte: tesouras e bisturis; em cirurgias gerais, pelo trépano, 
rugina e outros. Os cabos de bisturi mais utilizados são: 
1. Cabo nº 3 - utiliza lâminas menores, que possibilitam incisões mais críticas, delicadas (nº 10, 11, 12, 15). 
2. Cabo nº 4 - utiliza lâminas maiores, são mais usados em procedimentos maiores (nº 20, 21, 22, 23, 24, 25). 
 
 4 
As tesouras são instrumentos de diérese que separam os tecidos. A despeito de poderem ser 
denominadas pelo nome de seus idealizadores, geralmente as tesouras são classificadas de acordo com a 
forma das extremidades de suas lâminas, que podem ser Rombas ou Finas. Das suas possíveis combinações, 
derivam as tesouras: Romba- Romba (RR), Fina-Fina (FF) e Romba-Fina (RF). 
 
Estes instrumentos são encontrados nas versões Reta (R) e Curva (C). Na rotina cirúrgica são usadas 
as tesouras de MAYO, na versão RRR, para fáscias e corte de fios. Também as tesouras de METZENBAUM, 
para a diérese mais delicada de tecidos e que, por serem mais longas e finas, são bem utilizadas em cavidades, 
alcançando estruturas mais profundamente situadas. 
 
Fig 04 - 05 – Cabo de bisturi e Tesoura de Metzembaum reta 
 
2 – Preensão - o instrumental é destinado a agarrar tecidos, chamados de pinças de dissecção; basicamente 
compõe-se de pinças anatômicas com ou sem dente, cuja função é imobilizá-los para que sejam seccionados ou 
suturados. 
 
Fig. 06; 07; 08 - Pinça Adson delicada; pinça Adson com dente; pinça de dissecção sem dente. 
 
Pinça de Foerster - a pinça de FOERSTER é uma pinça de longas hastes, com anéis na extremidade de sua 
parte prensora, apropriada para conduzir pequenas compressas de gaze. Originalmente concebidas para 
utilização na obstetrícia humana, são largamente empregadas na antissepsia do campo operatório. Possuem 20 
cm ou mais, nas versões reta ou curva. 
 
Pinça de Allis - uma pinça muito utilizada na preensão de tecidos, com mínima lesão. Sua porção prensora 
possui hastes que não se tocam, com exceção das extremidades, curvadas uma em direção à outra e com 
dentículos. Isto explica serem menos traumáticas. 
 
 
Fig. 09 - Foerster Fig. 10 - Allis 
 
Pinça de Babcock - as pinças de BABCOCK têm os mesmos usos das pinças de ALLIS. Diferem destas últimas 
por terem a parte prensora um pouco mais larga e também fenestradas. 
 
Pinça de Doyen - as pinças intestinais, de DOYEN são muito longas, com a parte prensora em forma de 
lâminas, flexíveis. A largura e elasticidade das suas lâminas distribui melhor a compressão, evitando maiores 
traumas nas alças intestinais. São imprescindíveis nas ressecções intestinais, nas enteranastomoses. Podem 
ser retas ou curvas. 
 5 
 
Fig. 11 - Babcock Fig. 12 - Doyen 
 
3 - Hemostasia – grupo formado pela pinças hemostáticas retas ou curvas, providas ou não de dentes, 
denominadas Kelly, Kocher, Crile e Halstead. A hemostasia temporária pode ser executada, no decorrer da 
cirurgia, com instrumentos prensores, dotados de travas, denominados pinças hemostáticas. Também levam os 
nomes dos seus criadores; sendo muito semelhantes entre si, diferindo em pequenos detalhes. São 
diferenciadas, quase sempre, pelo desenho e ranhuras da parte interna de seus ramos prensores. 
 
 Fig. 13 - Crile reta Fig. 14 - Kelli Curva Fig. 15 - Halsted Curva (mosquitinho) 
 
As pinças hemostáticas mais freqüentemente utilizadas na nossa rotina são: 
 Pinça de Crile - possuem ranhuras transversais em toda a extensão da sua parte prensora. Isto lhe confere 
utilidade também no pinçamento de pedículos, quando a pinça é aplicada lateralmente, não sendo utilizada a 
extremidade. Por ser totalmente ranhurada, não desliza, fixa-se muito bem às estruturas que compõem o 
pedículo. Tamanhos variam entre 14 a 16 cm, nas versões reta ou curva. 
 
 Pinça de Kelly - em quase tudo é semelhante à de Crile, com exceção das ranhuras da sua parte prensora, 
que ocupam apenas 2/3 da sua extensão, com pequenas variações para mais ou para menos dependendo do 
fabricante. Tamanhos variam de 14 a 16 cm, versões reta ou curva. 
 
Fig. 16 - Pinça de Crile Fig. 17 - Pinça de Kelly 
 
 Pinça de Halsted - pinça hemostática pequena, de ramos prensores delicados, prestam-se muito bem para 
pinçamento de vasos de menor calibre, pela sua precisão, é totalmente ranhurada na parte prensora. 
Geralmente são utilizadas pinças de 12 cm, nas versões reta ou curva. 
 
 Pinça de Kocher - de forma semelhante às de CRILE, as pinças de Kocher têm a face interna da sua parte 
prensora totalmente ranhuradas no sentido transversal. Diferem por possuirem "dente de rato" na sua 
extremidade, o que se por um lado aumenta muito a sua capacidade de prender-se aos tecidos, por outro a 
torna muito mais traumática. São apresentadas em tamanhos variados, retas ou curvas. 
 
Fig. 18 - Pinça de Halsted Fig. 19 - Pinça de Kocher 
 
 Campo operatório - as pinças de campo operatório, ou simplesmente PINÇAS DE CAMPO têm por 
finalidade fixar os panos de campo, fenestrados ou não, à pele do paciente, para impedir que a sua posição seja 
 6 
alterada durante o trabalho. Sua extremidade é curva e perfura o pano e a pele do paciente. Pinças disponíveis 
de 8-10 cm, pinças maiores são de 14 a 15 cm. 
 
 
 
Fig. 20 - Pinça de Backhaus 
 
4 – Exposição – composto por instrumentos de exposição que como o nome indica, afastam e retêm 
os tecidos ou órgãos, permitindo a melhor visualização da cavidade operatória. Compõem este grupo os 
afastadores de Farabeuf, Balfour, Gosset, Finochetto e outros indicados de acordo com o tipo de cirurgia. 
 
Os afastadores mais simples são os de FARABEUF, constituídos basicamente de uma lâmina metálica 
dobrada no formato da letra "C". Um pouco mais elaborados são os afastadores de VOLKMANN, que podem ser 
dotados de duas a seis garras, rombas ou agudas, na extremidade que retém os tecidos. São utilizados pelo 
assistente, que facilita as manobras do cirurgião, ficando, por isto, com as mãos ocupadas. 
 
 
Fig.21 a 24- Afastador de Farabeuf, Balfour, Afastador Senn-Mueller e Afastador de Volkmann 
 
 
Fig. 25 - Afastador de Gosset Fig. 26 - Afastador de Finochietto 
 
5 - Instrumental especial 
Instrumentos especiais - nesta categoria estão instrumentos que são ou foram desenvolvidos para 
manobras específicas em certos órgãos ou tecidos. Sua diversidade é enorme e podemos exemplificar isto 
citando o instrumental usado nas cirurgias ortopédicas. São instrumentais cuja indicação é determinada pelo tipo 
de cirurgia. Ex: Fotófaro para cirurgias de otorrino e Tesoura de castroviejo para cirurgias oftálmicas. 
 
 
Fig. 27 – 28 -Fotófaro e Tesoura de castroviejo. 
 
6 – Síntese - Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e instrumentais, destinadas a 
unir os tecidos separados (manobras de fechamento da ferida cirúrgica), restituindo sua continuidade anatômica 
e funcional, por meio de suturas,constituído pelas agulhas de sutura e porta-agulhas: os tipos mais comuns são 
Hegar e Marthieu. 
 7 
As agulhas são os instrumentos utilizados para conduzir o fio de sutura através dos tecidos. Embora 
haja porta-agulhas muito delicados para a preensão de agulhas pequenas, uma característica destes 
instrumentos é a robustez da sua parte prensora, bastante diferenciada das pinças hemostáticas. 
 
 Fig. 29 - Porta agulha com videa; Fig. 30 - Porta-agulha Crile-wood 
 
 
 
Fig. 31 -Mayohegar Fig 32 - Mathieu 
 
 
 
Fig. 33a-b) Forma de segmentos das agulhas; 33c) Corte transversal de uma agulha de sutura. 
 
FIXAÇÃO DO FIO: Pode ser atraumática e traumática. Atraumática: quando o fio e a agulha são 
montados pelo fabricante. Traumática: quando o fio é montado na agulha durante o ato cirúrgico pelo cirurgião 
ou instrumentador. 
______________________________________________________ 
 
1.0 - FIOS DE SUTURA E SÍNTESE 
 
Fio é uma porção de material sintético ou derivado de fibras vegetais ou estruturas orgânicas, flexível 
de secção circular com diâmetro muito reduzido em relação ao comprimento. Destina-se a contenção ou fixação 
de estruturas orgânicas ou elementos usados em cirurgias através de sutura e nós. 
 
1- CONCEITO DE SINTESE: Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e instrumentais, 
destinadas a unir os tecidos separados, restituindo sua continuidade anatômica e funcional. 
 
2 - NORMAS PARA UMA BOA SUTURA 
 anti-sepsia e assepsia corretas; hemostasia adequada; 
 união de tecidos de mesma natureza, de acordo com os diferentes planos; 
 abolição dos espaços mortos; 
 lábios ou bordas das feridas limpas e sem anfractuosidades; 
 ausência de corpos estranhos ou de tecidos desvitalizados; 
 emprego de suturas e fios adequados, realizados com técnica apropriada. 
 
 8 
Se houvesse um material de sutura ideal, teria que se escolher somente o tamanho apropriado. Não 
existe um material de sutura ideal, porém os que existem disponíveis possuem excelentes propriedades. 
 
 
3- CARACTERÍSTICAS DE UM MATERIAL DE SUTURA IDEAL 
Devido às múltiplas condições orgânicas, diferentes tipos de tecidos onde são usados, não existe fio 
ideal. Contudo, procura-se, na medida do possível, um fio que: 
 
 
4 - CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS DAS SUTURAS 
Os fios são geralmente classificados em dois grandes grupos: absorvíveis e não absorvíveis. 
Fios absorvíveis: são aqueles que sofrem degradação e rapidamente perdem sua tensão de 
estiramento em 60 dias. 
 Fios não absorvíveis: são aqueles que retêm a força de tensão por mais de 60 dias. 
 
Os fios ainda podem ser classificados como naturais e sintéticos. Dentro dos materiais naturais 
absorvíveis tem-se o categute cirúrgico e o colágeno. Material sintético absorvível é o ácido poliglicólico 
(Dexon), poliglactina (Vycril) e Maxon. Nas fibras naturais não absorvíveis (incluindo os metais), tem-se a seda, 
algodão e o tântalo. 
Materiais sintéticos não absorvíveis incluem: Poliamidas (náilon, caprolactam polimerizado); 
Poliéster; Novafil; Plásticos poliolefino (polipropileno e polietileno); e, Polibutester. 
 
5- SUTURAS ABSORVÍVEIS DE ORIGEM ANIMAL 
 
5.1- Categute - ainda é o fio mais usado em suturas até agora. É preparado tanto da submucosa do 
intestino delgado de ovinos ou da camada serosa do intestino delgado de bovinos. Teve seu nome 
originariamente dito por ser espichado como uma corda, porém mais tarde foi mudado para gato jovem (do 
inglês "kit" e "cat"). É um material capilar, multifilamentoso, composto de muitas tiras que são torcidas em 
máquinas, polidas de maneira a ter uma superfície regular e macia que parecem ser de fio monofilamentoso. 
 
 
 
A absorção do categute após seu implante obedece a um mecanismo de duas partes: 
 O categute médio perde ao redor de 33% de sua tensão original após sete dias de implantado e cerca 
de 67 % após 28 dias. O categute cirúrgico está disponível na forma simples e cromado. 
1. Tenha adequada resistência tênsil, resistência a trações e torções; 
2. Seja flexível e ao mesmo tempo não seja elástico; 
3. Calibre fino e regular; mole, flexível; 4. Seja material homogênio; 
5. Desperte baixa reação tecidual do organismo; não provocar ou 
causar infecção; 
6. Mantenha o mínimo de tensão até a cicatrização do tecido; 
7. Não possuir ação carcinogênica; 8. Fácil manuseio 
9. Manter as bordas da ferida aproximadas até a cicatrização da ferida. 
- primeiro a perda da tensão de estiramento resulta na 
separação molecular por ação de ácidos hidrolíticos e 
atividades colagenolítica; 
- segundo, a digestão e absorção são feitos por enzimas 
proteolíticas que ocorre tardiamente. 
 
 9 
O tratamento com sais de cromo resulta em um aumento das ligações intermoleculares, tendo como 
resultado o aumento da tensão superficial e a resistência à digestão, com decréscimo da reatividade tecidual. 
Comercialmente é oferecido nos diâmetros de 7-0 (mais fino) a 4 (mais grosso) e vem veiculado em álcool. 
Vantagens - muito bom manuseio, porém quando molhado, escorrega e enfraquece. 
Desvantagens - reação inflamatória que provoca ocasionando a irregularidade na absorção. 
 
5.2 - O Colágeno é composto de material monofilamentoso, feito de tendão flexor de bovino, tratado 
com formaldeído ou sais de cromo, ou ambos. Sua natureza não asséptica e simplicidade no processamento são 
algumas vantagens, se comparado ao categute cirúrgico. As suturas de colágeno são feitas atualmente em 
diâmetros finos e são usadas quase que exclusivamente em cirurgia oftálmica. 
 
6 - FIOS DE SUTURA ABSORVÍVEIS DE ORIGEM SINTÉTICA 
Esses tipos de suturas foram introduzidos para reduzir a variação na absorção e conseqüente perda de 
tensão superficial associada aos produtos naturais. 
 
6.1- Ácido poliglicólico (PGA) – Dexon: é um polímero multifilamentoso do ácido glicólico (ácido 
hidroxia-cético) que foi descrito pela primeira vez em 1970. Seu nome comercial é Dexon, nos tamanhos 7-0 a 3. 
 
 
. 
O método de absorção de Dexon difere do categute. A absorção está associada com uma grande 
redução do processo inflamatório se comparado com o categute. A absorção completa ocorre usualmente em 
100 a 120 dias. O Dexon é relativamente forte e similar ao poliglactina 910 (Vicryl) e ao Nylon monofilamentoso. 
Tem maior tensão de estiramento que o categute, seda e algodão. A perda da tensão é ao redor de 37% nos 
primeiros 7 dias após o implante e 80% em dois dias. Nenhuma tensão está presente aos 28 dias. 
 
6.2 - Poliglactina 910 – (Vicryl) é uma fibra sintética, trançada, composta de ácido glicólico e láctico, 
em uma proporção de 9:1. Seu nome comercial é Vicryl; é mais hidrofóbico e mais resistente à hidrólise que o 
Dexon. 
O mecanismo de absorção é o mesmo do Dexon (hidrólise), e ocorre entre 60 e 90 dias após o 
implante. É mais forte que o PGA em todo tempo do implante, principalmente de 0 a 35 dias. Esta sutura perde 
50% de sua tensão depois de 14 dias e 80% após 21 dias.Sua absorção não depende do diâmetro da sutura. 
 
6.3 Polidiaxonona (PDS) - esta sutura sintética monofilamentosa é um polímero da paradioxanona, 
possui grande flexibilidade, maior que o Dexon, Vicryl ou polipropileno. A perda da tensão de estiramento é 
menor que do Dexon ou do Vycril. Perde 26% de sua tensão após duas semanas, 42% após 4 semanas e 86% 
após 8 semanas. A absorção é mais lenta que o Dexon e o Vicryl. Existe ainda evidência aos 91 dias e fica 
totalmente absorvida em 182 dias após o implante. 
O PDS II é um produto novo que possui todas as características do "velho" PDS exceto que o tempo de 
retenção da tensão do estiramentofoi aumentado. Os macrófagos e os fibroblastos são as células mais 
observadas na absorção. 
 
6.4- Poligliconato – Maxon - esse é um fio de sutura recente, produzido a partir de um copolimero do 
carbonato de glicolideo e trimetilene (GTMC). Esta sutura foi feita para ter o desempenho previsível de uma 
sutura sintética absorvível "in vivo" com as características de manuseio de uma sutura monofilamentosa. 
O Maxon tem uma tensão de estiramento inicial superior a do Dexon, Vicryl e Polidiaxanona. É 
degradado por hidrólise. Retém a tensão de estiramento em 81% aos 14 dias, 59% em 28 dias e 30% em 42 
dias. De uma maneira geral, a meia vida da tensão (tempo em que a tensão diminui em 50%) das suturas 
sintéticas absorvíveis é: 
- Dexon - 2 semanas 
- Vicryl - 2 semanas 
- Maxon - 3 semanas 
- Polidioxanona - 6 semanas. 
 10 
7- FIOS NÃO ABSORVÍVEIS. De origem natural: Seda; Algodão; e, Metais; 
 
7.1- Seda - é obtida da larva do bicho da seda. Está disponível na forma torcida ou trançada. Pode ser 
tratada por imersão em óleo vegetal, cera ou silicone, a fim de diminuir a capilaridade. Apesar de ser classificada 
como uma sutura não absorvível, ela pode ser absorvida em longo prazo. A seda perde 30% de sua tensão de 
estiramento em duas semanas, 50% em um ano e praticamente toda tensão ao redor de dois anos. 
Vantagens: barata, excelente manuseio, e boa segurança nos nós. 
Desvantagens: maior reação tecidual que outros materiais não absorvíveis. A cera ou o silicone 
diminuem a segurança dos nós, e ela fica mais fraca quando molhada. É recomendada para unir tecidos em 
presença da contaminação. 
 
7.2 Algodão - possui fibras naturalmente torcidas. Foi introduzido no final da década de 1930. 
Vantagens: aumentar sua tensão de estiramento quando molhado. Outras vantagens incluem uma 
melhor segurança nos nós que a seda, perda lenta da tensão de estiramento (50% em 6 meses e 70% em 2 
anos). Desvantagens: provoca uma reação tecidual semelhante à da seda, potencializa infecções, é muito 
capilar e seu manuseio não é muito bom. 
 
7.3 - Suturas metálicas - Aço Inoxidável 
 
 
Tem sido usado por séculos. É atualmente a única sutura metálica com alguma aceitação. O aço 
inoxidável disponível é do tipo autêntico contendo ferro, cromo, níquel e molibdênio. Está disponível nas formas 
monofilamentosa ou torcida. 
Vantagens: não promove reação inflamatória nos tecidos, possui maior tensão de estiramento de todos 
os materiais quando implantado nos tecidos, possui a maior segurança nos nós de todos os materiais, pode ser 
autoclavado e é recomendado para tecidos com cicatrização lenta. 
Desvantagens: tendência a cortar os tecidos, manuseio pobre (principalmente para atar os nós), 
quebra quando torcido muitas vezes no mesmo ponto e promove necrose tecidual pelo movimento dos tecidos 
contra as pontas não flexíveis. 
 
Outras Suturas Metálicas - o tântalo, o alumínio e a prata têm sido usados como material de sutura, 
porém sem grande aceitação em cirurgia. O tântalo por ser um metal puro, tem sido usado como sutura e como 
malha para reparação de hérnias. 
 
8- FIOS DE SUTURA NÃO ABSORVÍVEIS SINTÉTICOS 
 
8.1- POLIAMIDAS 
 Nylon - é um termoplástico que contém aminas e é derivado do ácido adipico. Encontra-se 
disponível na forma de sutura mono e multifilamentosa. Após sua implantação, perde ao redor de 30% de sua 
tensão de estiramento em dois anos (o monofilamentoso). O nylon multifilamentoso perde toda sua tensão ao 
redor de seis meses. 
Vantagens: é biologicamente inerte não capilar na forma monofilamentosa e possui uma tensão de 
estiramento similar a do polipropileno. Possui grande aplicação como material de sutura. A incidência de 
infecção em tecidos contaminados contendo náilon monofilamentoso é mais baixa do que qualquer outro 
material de sutura não absorvível. Pode ser usado em qualquer tecido, porém não é recomendado para cavidade 
serosa ou sinovial, devido a irritação pela fricção de suas pontas. 
Desvantagens: pobre manuseio e pouca segurança nos nós. Possui memória que é a tendência de 
reverter a sua configuração original. A segurança dos nós pode ser melhorada, dando-se 4 ou 5 nós, o que 
prolonga o tempo de realização da sutura. 
 
 11 
 Caprolactam – é uma sutura de poliamida multifilamentosa, torcida, da família do nylon; está 
disponível somente em diâmetro grande. Quando comparado ao Nylon, o Caprolactam tem uma tensão de 
estiramento maior, porém quando molhado perde ao redor de 20% da tensão. Promove mais reação inflamatória 
quando usado em suturas de pele, que a de um grampo de aço inoxidável. 
 
 Poliéster - é uma sutura multifilamentosa, disponível em forma simples e coberta, com polibutilato, 
teflon e silicone. Foi introduzida no final da década de 50. 
Vantagens: é muito forte - a sutura não metálica mais forte que existe. As de pequeno diâmetro 
promovem grande tensão de estiramento inicial, com pequena perda após a implantação. Oferece um bom 
suporte para tecidos de lenta cicatrização. 
Desvantagens: manuseio limitado, grande coeficiente de fricção, pobre segurança dos nós 
(recomenda-se 5 nós apertados), é a mais reativa das suturas sintéticas (reação comparável à do categute). Seu 
uso em feridas contaminadas tem sido associada com infecção local persistente e reação tecidual exagerada. 
 
 Poliolefina - este material induz pequena reação nos tecidos e é hidrofóbica. Seus dois 
representantes disponíveis são o polipropileno e o polietileno. 
 
 
 
Vantagens: grande segurança nos nós, retém sua tensão de estiramento após a implantação nos 
tecidos, não é enfraquecido pelas enzimas teciduais e é por isso usado em sutura cardiovascular. Devido a sua 
grande flexibilidade, é recomendado para uso em tecidos que tenham capacidade de elongação, como pele e 
músculo cardíaco. Possui também o menor efeito potencial de transformar uma ferida contaminada em 
infectada. Desvantagens: o fio torna-se escorregadio. 
 
Polietileno – é uma sutura monofilamentosa com excelente tensão de estiramento, porém com muito 
pouca tensão nos nós. O polietileno é semelhante ao polipropileno com reação a mínima reatividade tecidual e 
sua resistência a contaminação bacteriana. A maior desvantagem é pouca segurança dos nós. 
 
 Polibutester – é o único copolímero que é flexível; é monofilamentoso e possui o nome comercial de 
Novafil. Seu manuseio é considerado melhor que o náilon e polipropileno, enquanto sua tensão e segurança dos 
nós são semelhantes. O material de sutura deve ser escolhido na base de suas propriedades biológicas 
conhecidas e da situação clínica presente no momento. 
 
9 - SELEÇÃO DO TAMANHO DE SUTURA APROPRIADO 
A seleção da sutura apropriada envolve a escolha do tipo e tamanho certos. As suturas são medidas 
em sistema métrico ou USP. O menor tamanho é 10-0 (0000000000) e o maior 7. 
Os fios de aço inoxidável são classificados de acordo com a recomendação de Brown e Sharp (B&S), 
sendo que a medida 41 equivale a 7-0 e a medida 18 equivale a 7. 
 
10 - SELEÇÃO DE AGULHAS 
Os fatores importantes a serem considerados na seleção das agulhas são as características dos tecidos 
a serem suturados, a ferida e as agulhas propriamente ditas. Existem duas categorias de agulhas cirúrgicas; 
com fundo falso (não fechado) e com fundo verdadeiro (fechado). As agulhas cirúrgicas são feitas de aço 
inoxidável e são compostas pelo fundo, corpo e ponta. 
 
Agulhas - as agulhas cirúrgicas clássicas têm as formas de segmentos (¼ , 3/8 , ½ , e 5/8 ) de 
circunferência. As mais "abertas", ¼ e 3/8 de circunferência, são melhor empregadas em áreas que permitem 
maior liberdade de movimentos, como nas dermorrafias. As mais "fechadas", ½ e 5/8 de circunferência, têm 
melhor desempenho espaços de trabalho mais exíguos, como por exemplo, dentro de cavidades. Paraisto, o 
a) Polipropileno - Sutura 
introduzida em 1961 é um 
polímero do propileno, um 
derivado do gás propano. 
Disponível na cor azul e natural. 
 12 
cirurgião imprime na agulha, prensa ao porta-agulhas, um movimento de pronação-supinação mais acentuado, 
fazendo com que ela gire dentro do limite do seu raio. 
O terço anterior das agulhas geralmente tem seção transversal cilíndrica ou triangular. Por isto 
reservamos as agulhas cilíndricas para os órgãos mais brandos e bem irrigados como o estômago, útero, 
intestinos. Os mais densos e resistentes, como a pele, são suturados com agulhas cortantes. As agulhas retas e 
mistas (retas com extremidade curva) são pouco utilizadas na rotina. Cada vez mais utilizamos agulhas que já 
vêm montadas com fios, descartáveis, o que significa menos trauma para os tecidos. 
 
 
 
Fig. 34 - Categorias de agulhas cirúrgicas. 
 
Existem as formas mais comuns de agulhas que são as retas, meia curva e partes de círculo (3/8, 1/2, 
3/4, etc.). As agulhas mais retas são usadas em tecidos próximos a superfície e nos intestinos. As agulhas 
curvas são mais convenientes para feridas pequenas ou profundas ou em cavidades. 
 
O tipo da ponta também deve ser considerado na escolha das agulhas: as agulhas devem fazer 
um orifício grande o suficiente para permitir somente a passagem do material de sutura e serem grandes o 
suficiente e com formato adequado para permitir a execução das suturas de maneira rápida e precisa. 
 
11- ADESIVOS - o grupo de material que tem sido usado mais comumente como adesivos teciduais 
são os cianoacrilatos. Os monômeros do cianoacrilato são convertidos do estado líquido ao sólido por 
polimerização, um processo que é catalisado por pequenas quantidades de água presente na superfície dos 
tecidos. Esta operação leva cerca de 60 segundos, dependendo da espessura dos tecidos, do filme e da 
umidade presente. 
Os adesivos teciduais têm sido usados efetivamente em situações experimentais e clínicas, como em 
cirurgia oral, anastomose intestinal, úlceras de córnea, controle de hemorragia na superfície de órgãos 
parenquimatosos, anastomose microvascular e transplantes de pele. 
 
REFERENCIAS 
 ALMEIDA, Álvaro Enéas Ribeiro F. de; ALMEIDA, Zélia Maria Oliveira F. de. Instrumentos cirúrgicos. S/D 
 PAARA, O. M; SAAD, W. A. Instrumentação Cirúrgica. 3ª ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 
Sociedade Brasileira de Enfermeiros do Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Materiais e 
Esterilização (SOBECC). Práticas Recomendadas. São Paulo, 4ª ed., 2007. 
 GUTH, Erwin. Instrumentos cirúrgicos. São Paulo: Multigraf Editora Ltda, 1996. 
 Site www.edlo.com.br. 
- as agulhas não traumáticas são arredondadas e sem bordas e geralmente são usadas para órgãos 
parenquimatosos, tecido adiposo e músculo. 
- as agulhas traumáticas são cortantes e indicadas para tecidos com maior resistência como tecido fibroso e 
pele.

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