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* CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA SADIA Profª Msc. Liliam Cristiana Júlio Tonnera Profª Esp. Elaine Cristina da Cunha * CRESIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA SADIA O desenvolvimento integral da infância é fundamental ao desenvolvimento humano e à construção do capital social. O crescimento (C) e o desenvolvimento (D) são indicadores de saúde das crianças. O MS preconiza que a atenção à saúde da criança deve se estruturar a partir do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (ACD). A OMS estima que 10% da população de qualquer país é constituída por pessoas com algum tipo de eficiência/necessidade. * CRESIMENTO E DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA SADIA A primeira condição para que uma criança se desenvolva bem é o afeto de sua mãe ou da pessoa que estar encarregada de cuidar dela. Para que a criança atinja todo seu potencial de desenvolvimento é necessário estar atento à sua EVOLUÇÃO NORMAL e aos fatores que possam intervir nesta evolução. Todos os profissionais de saúde devem orientar as famílias a promoverem o crescimento e o desenvolvimento saudável. * CRESCIMENTO INFANTIL Corresponde às alterações biológicas que implicam em aumento corporal da criança, manifestadas pelo aumento do tamanho das células (hipertrofia) e pelo aumento do número de células (hiperplasia). Referencia-se por: Peso Estatura Perímetro cefálico e torácico Alteração das fontanelas Dentição Alterações na proporção corporal e tecidos corporais * * DESENVOLVIMENTO INFANTIL É o aumento da capacidade do indivíduo na realização de funções cada vez mais complexas. É um processo que vai desde a concepção, envolvendo vários aspectos, que vão desde o crescimento físico até a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva da criança. Referencia-se por: Habilidades motoras grossas Habilidades motoras finas Desenvolvimento da linguagem Desenvolvimento cognitivo Desenvolvimento social e afetivo * FATORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO Fatores intrínsecos: genéticos, metabólicos e malformações (podem estar correlacionados); Fatores extrínsecos: alimentação, condições sociais, higiene, habitação cultura e cuidados com a criança. As condições em que ocorre o crescimento, em cada momento da vida da criança, incluindo o período intra-uterino, determinam as suas possibilidades de atingir ou não seu potencial máximo de crescimento, influenciado por sua carga genética. * * AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO O crescimento pode ser avaliado mediante o controle de peso, estatura e perímetro cefálico, com auxílio de parâmetros de normalidade definidos através de fórmulas e das curvas. As medidas físicas refletem a taxa de crescimento da criança e qualquer alteração no padrão das mesmas, pode indicar problemas. A técnica de verificação, o registro e as interpretações devem ser exatos; mais importante que os valores deve ser a observação das tendências, diferenças súbitas e os graves desvios do padrão normal. * AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO PESO (P): excelente indicador das condições de saúde e da nutrição da criança. Suas variações na infância são rápidas e importantes. As maiores informações não são obtidas com o peso de um momento preciso, mas na sua evolução no tempo (curva de peso). O método de pesagem, por sua vez, deve ser preciso para não oferecer dados incorretos. *** A criança dobra de peso aos 5 meses e triplica aos 12 meses. No primeiro ano, a criança cresce, em estatura, cerca de 50% da estatura do nascimento * * * GANHO PONDERAL NOS DOIS PRIMEIROS ANOS DE VIDA Até 3 meses 750 a 900 gramas por mês 3 a 6 meses 600 gramas por mês 5 meses a 1 ano 300 a 400 gramas por mês 1 a 2 anos 200 a 300 gramas por mês * * AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO Comprimento - Altura: é uma medida fiel do crescimento de uma criança. Sua curva espelha a vida anterior e torna visível toda a história do crescimento. Por exemplo, uma lentidão no crescimento da estatura indica o começo de uma desnutrição dois a três meses antes, ao contrário do peso que pode variar muito e rapidamente. A estatura é uma medida estável e regular, porém é mais difícil de medir do que o peso. Até dois anos, a criança é medida deitada e são necessárias duas pessoas para tomar essa medida. * * * AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO PERÍMETRO CEFÁLICO (PC): é a circunferência do crânio, que aumenta rapidamente no primeiro ano de vida, a fim de adaptar-se ao crescimento do cérebro. Essa medida permite identificar “alterações”. Deverá ser verificada no nascimento e em cada consulta. * * AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO PERÍMETRO TORÁCICO (PT): medida da circunferência do tórax. A característica dessa medida consiste na mudança de sua relação com o perímetro craniano (PC). Relação entre PC e PT Até 6 meses: PC é superior a PT Cerca de 6 meses: PC é igual a PT Cerca de 9 meses: PC é inferior a PT * * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR Menor de 1 mês Reflexo de Moro Reflexo cócleo-palpebral Reflexo de sucção Braços e pernas flexionados Reflexo de preensão palmar/plantar 1 mês a menor que 2 meses Vocaliza Esperneia alternadamente Sorriso social Abre as mãos * AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS Reflexo de moro: com a criança deitada em decúbito dorsal sobre uma superfície lisa e forrada, esta deve ser bruscamente repuxada. Outra maneira é fazer um estímulo sonoro forte: bater palmas logo acima da cabeça da criança. * AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS Preensão palmar e plantar: colocar o dedo do examinador na palma da mão ou do pé da criança no nível das metacarpofalangíanas. A criança responde com flexão de todos os dedos, flexão e adução do polegar, simultaneamente. * AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS Reflexos de sucção: é provocado tocando-se os lábios da criança, o que desencadeia movimentos de sucção dos lábios e da língua. * AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS Reflexo cutâneo-plantar (Babinski): imobilize o membro inferior com a mão apoiada na porção média da perna, realizando pequenas e sucessivas excitações na borda externa do pé, na região inframaleolar. A resposta será de extensão do hálux, com ou sem abertura em leque dos dedos. * AVALIAÇÃO DOS REFLEXOS Reflexo de marcha: em suspensão vertical, numa superfície dura, segurando o bebê pelas axilas, realizar o contato da planta dos pés com a superfície, a criança estenderá os joelhos, que se mantinham semi-fletidos. * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 2 meses Fixa o olhar no rosto do examinador ou da mãe; Segue objeto na linha média; Reage ao som; Eleva a cabeça; 4 meses Responde ao examinador; Segura objetos; Emite sons; Sustenta a cabeça; * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 6 meses Alcança um brinquedo; Leva objetos a boca; Localiza o som; Rola; 9 meses Brinca de esconde–achou; Transfere objetos de uma mão para outra; Duplica sílabas; Senta sem apoio; * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 12 meses Imita gestos; Faz pinça; Jargão (fala); Anda com apoio; 15 meses Executa gestos a pedido; Coloca blocos na caneca; Produz uma palavra; Anda sem apoio; * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 18 meses Identifica 2 objetos; Rabisca espontaneamente; Produz 3 palavras; Anda para trás; 24 meses Tira roupa; Constrói torre de 3 cubos; Aponta 2 figuras; Chuta a bola; * * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 2 a 3 anos Gosta de ajudar a se vestir; Demonstra suas alegrias, tristezas e raivas; Gosta de ouvir histórias e está cheia de perguntas; Diz seu nome e nomeia objetos como sendo seus; Controle dos esfíncteres. *DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 3 a 4 anos Gosta de brincar com outras crianças; Tem interesse em aprender sobre tudo o que a cerca,inclusive contar e reconhecer as cores. Ajuda a vestir-se e a calçar os sapatos. Brinca imitando as situações do seu cotidiano e os seus pais. Veste-se com auxílio. * DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR 4 a 6 anos Gosta de ouvir histórias, aprender canções, ver livros e revistas. Veste-se e toma banho sozinha; Escolhe suas roupas, sua comida e seus amigos; Corre e pula alternando os pés; Gosta de expressar as suas ideias, comentar o seu cotidiano e, às vezes, conta histórias; * * * * CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE Fatores ambientais/individuais: • Nutrição • Condições de vida e higiene • Estimulação • Proteção contra agravos • Uso de drogas • Medicamentos • Atividade física • Sono • Estresse • Incapacidades funcionais • Doenças crônicas * * * *
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