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APOSTILA 
 
Matéria: Direito Constitucional 
Publicação: 2ª Edição 
 
Portal Prova da Ordem 
Rua Lauro Linhares, 2055, sala 705, Bloco Flora, Trindade, Fpolis/SC, CEP 88036-002 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
SUMÁRIO 
1. Direito Constitucional 
2. Constituição 
2.1 Classificação Dogmática das Constituições 
2.2 Classificação da Constituição Federal Brasileira 
2.3 Objeto 
 
3. Aplicabilidade das Normas Constitucionais 
 
4. Controle de Constitucionalidade 
4.1 Fundamentos do Controle de Constitucionalidade 
4.2 Inconstitucionalidade 
4.3 Formas de Inconstitucionalidade 
4.4 Distinção entre Ação de Inconstitucionalidade por Omissão e Mandado de Injunção 
4.5 Sistema de Controle de Constitucionalidade 
4.6 Sistema Brasileiro de Controle de Constitucionalidade 
4.7 Critérios de Exercício de Controle de Constitucionalidade 
4.8 Competência para propor Ação Direta de Constitucionalidade e Ação Declaratória de 
Constitucionalidade 
4.9 Efeitos da Declaração de Inconstitucionalidade 
4.10 Eficácia da Sentença que decida a Inconstitucionalidade 
4.11 Espécies de Ações de Inconstitucionalidade 
 
5. Federalismo 
5.1 União 
5.2 Estados Federados 
5.3 Municípios 
5.4 Distrito Federal 
 
6. Poder Constituinte 
6.1 Poder Constituinte Originário 
6.2 Poder Constituinte Derivado 
 
7. Poder de Reforma da Constituição 
7.1 Emenda Constitucional 
7.2 Limitação às Emendas Constitucionais 
 
8. Repartição de Competências 
8.1 Espécies de Competências 
8.2 Modelos de Repartição de Competências 
8.3 Princípio adotado pela Constituição Federal de 1988 para Repartição de Competências 
 
9. Organização dos Poderes 
9.1 Poder Legislativo 
9.2 Poder Executivo 
9.3 Poder Judiciário 
 
10. Remédios Constitucionais 
 
APOSTILA 
 
Matéria: Direito Constitucional 
Publicação: 2ª Edição 
 
Portal Prova da Ordem 
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1. DIREITO CONSTITUCIONAL 
É o ramo do direito público interno destinado a analisar e interpretar as normas constitucionais, os 
princípios e normas fundamentais do Estado. Tem por função regulamentar e delimitar o poder 
estatal e de garantir os direitos considerados fundamentais e por objeto o estudo das normas que 
integram a constituição política do Estado. 
 
 
2. CONSTITUIÇÃO 
Considerada a lei fundamental do Estado, consiste no sistema de normas jurídicas, escritas ou 
costumeiras, que regem a forma do Estado e de seu Governo, o modo de aquisição e o exercício 
do poder, além de estabelecer seus órgãos e os limites de ação destes. Define os direitos 
fundamentais dos cidadãos e as respectivas garantias. 
A Constituição Federal contém duas partes distintas: 
� Disposições permanentes 
� Disposições transitórias. 
As disposições transitórias integram a Constituição, possuindo a mesma rigidez e a mesma 
eficácia das disposições permanentes, ainda que por um período limitado. 
Os atos transitórios podem ser alterados seguindo-se o mesmo procedimento de alteração dos 
dispositivos presentes no corpo da Constituição, por emenda constitucional. 
Preâmbulo Constitucional 
É a parte introdutória que contém a enunciação de certos princípios, os quais refletem a síntese da 
posição ideológica do constituinte. O preâmbulo caracteriza-se como um importante elemento de 
interpretação das normas constitucionais. 
O preâmbulo é parte integrante da Constituição Federal, tendo em vista que sua redação foi objeto 
de votação, assim como todos os artigos do texto constitucional. 
Contudo, segundo entendimento do STJ, o preâmbulo não possui força normativa, não serve 
como parâmetro do Controle de Constitucionalidade das Leis, tão pouco é de observância 
obrigatória no âmbito das Constituições Estaduais. 
 
 
2.1. CLASSIFICAÇÃO DOGMÁTICA DAS CONSTITUIÇÕES 
� Quanto ao conteúdo: materiais e formais; 
� Quanto à forma: escritas e não escritas; 
� Quanto ao modo de elaboração: dogmáticas e históricas; 
� Quanto à origem: populares (democráticas) ou outorgadas; 
� Quanto à estabilidade: rígidas, flexíveis e semi rígidas. 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
Matéria: Direito Constitucional 
Publicação: 2ª Edição 
 
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2.2 CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL BRASILEIRA 
� Quanto ao conteúdo: formal 
� Quanto à forma: escrita 
� Quanto ao modo de elaboração: dogmática 
� Quanto à origem: popular/democrática 
� Quando à estabilidade: rígida 
 
Constituição formal: peculiar modo de existir do Estado, reduzido, sob forma escrita, a um 
documento solenemente estabelecido pelo Poder Constituinte e somente modificável por 
processos e formalidades especiais estabelecidos na própria constituição. 
 
Constituição escrita: codificada e sistematizada num texto único, elaborado por um órgão 
constituinte, encerrando todas as normas tidas como fundamentais sobre a estrutura do Estado, a 
organização dos poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de atuação e os direitos 
fundamentais. 
 
Constituição dogmática: escrita e elaborada por um órgão constituinte, sistematizando os 
dogmas ou as ideias fundamentais da teoria política e do direito dominante naquele momento. 
 
Constituição popular/democrática e promulgada: origina-se de um órgão constituinte composto 
de representantes do povo, eleitos para o fim de elaborar e estabelecer a constituição. No caso do 
Brasil, a Assembleia Nacional Constituinte foi eleita e promulgou a CF/88). 
 
Constituição rígida: somente modificada mediante processos, solenidades e exigências formais 
especiais1, diferentes e mais difíceis que os de formação das leis ordinárias ou complementares. 
 
 
 
2.3 OBJETO 
Estabelecer a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos, o modo de aquisição do poder e 
a forma de seu exercício, limites de sua atuação, assegurar os direitos e garantias dos indivíduos 
(individuais e coletivos), fixar o regime político e disciplinar os fins sócio-econômicos do Estado, 
bem como os fundamentos dos direitos econômicos, sociais e culturais. 
 
 
 
1
 CF/88. “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: I - de um terço, no 
mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da 
República; III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. § 1º - A Constituição 
não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado 
de sítio. § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos 
membros. § 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. § 4º - Não será objeto de 
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto 
direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias 
individuais. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada 
não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. 
 
APOSTILA 
 
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3. APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
Todas as normas constitucionais têm eficácia no plano abstrato, isto é, independem de terem sido 
regulamentadas. 
Quanto à sua eficácia, as normas constitucionais classificam-se em: 
� Plena: produzem a plenitude dos seus efeitos, independentemente de regulamentação ou 
complementação por norma infraconstitucional2l. São as normas de aplicabilidade direta, 
imediata e integral3. 
� Contida ou Redutível ou Restringível: apesar de não dependerem de regulamentação, as 
normas constitucionais podem ter reduzido o seu alcance pela atividade do legislador 
ordinário, em virtude de autorização constitucional4. 
Têm aplicabilidade direta, imediata e integral, mas o seu alcance poderá ser reduzido em 
razão da existência na própria norma de uma cláusula expressa de redutibilidade5 ou em 
razão dos princípios da proporcionalidade e razoabilidade6. Nas normas contidas há uma 
redução de seu alcance. 
 
2
 Normas infraconstitucionais são as normas legais e administrativas que estão dispostas abaixo 
da Constituição. 
3
 Exemplo: CF/88. “Art. 2. São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. “Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da 
República Federativa do Brasil. § 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, 
o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão 
ter símbolos próprios”. 
4
 CF/88. “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à 
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] XIII - é livre o 
exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a 
lei estabelecer; [...]”. 
5
 Cláusula expressa de redutibilidade: O legislador poderá contrariar ou excepcionar o que está 
previsto na norma constitucional contida, pois há na própria norma uma cláusula de redutibilidade. 
Exemplo: CF/88. Art.5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] LVIII - o 
civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas 
em lei;[...]”. A Lei n. 12.037, de 2009 (Identificação criminal do civilmente identificado) restringiu 
aquela norma constitucional. 
6
 Princípios da proporcionalidade e razoabilidade: Mesmo que não exista norma que contenha 
uma cláusula expressa de redutibilidade, o legislador poderá reduzi-la baseado nos princípios da 
proporcionalidade e razoabilidade. Exemplo: CF/88. Art. 5º [...]: LVII - ninguém será considerado 
culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; [...]. O art. 59 da Lei n. 11.343, 
de 2006 (Lei que instituiu o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – Sisnad) 
determina que nos “crimes previstos nos artigos 33, caput e § 1º, e 34 a 37 desta Lei, o réu não 
poderá apelar sem recolher-se à prisão, salvo se for primário e de bons antecedentes, assim 
reconhecido na sentença condenatória”. 
 
APOSTILA 
 
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� Limitada: não produzem a plenitude de seus efeitos, dependendo de regulamentação para 
terem plena eficácia. Norma constitucional não regulamentada caracteriza 
“inconstitucionalidade por omissão”7. A regulamentação pode derivar de mandado de 
injunção e de Ação Declaratória de Inconstitucionalidade (ADIN) por omissão; 
Nas normas de eficácia limitada, há uma ampliação da eficácia e aplicabilidade. 
 
 
4. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Controle de constitucionalidade é a defesa da Constituição, observando seus valores, para afastar 
os que lhe são impróprios. É a manutenção dos valores que presidem a sociedade, pela exclusão 
de escolhas feitas contra os princípios comuns. 
 
 
4.1 FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
� Princípio da Supremacia da Constituição: Todas as normas que integram a ordenação 
jurídica nacional só serão válidas se se conformarem com as normas constitucionais federais. 
Assim, no caso de conflito de normas prevalece a norma constitucional. 
� Rigidez Constitucional: Por ser rígida, toda autoridade só encontra fundamento na 
constituição e só ela confere poderes, atribuições e competências governamentais. A 
Constituição Brasileira é rígida, por isso de difícil modificação. (Vide art. 60, § 2º). 
 
4.2 INCONSTITUCIONALIDADE 
Toda inconstitucionalidade deve ser excluída do ordenamento jurídico, porque representa uma 
negação dele, e a inconstitucionalidade justifica o controle de normas e atos. 
Desse modo, a conformidade com os ditames constitucionais vai além da atuação positiva, uma 
vez que a omissão na aplicação das normas, quando determinado pela Constituição, constitui 
conduta inconstitucional. 
 
Portanto, inconstitucionalidade é a contrariedade à Constituição Federal, à Constituição Estadual, 
à Lei Orgânica do Distrito Federal. Entretanto, não há inconstitucionalidade se houver 
contrariedade à Lei Orgânica de um Município. 
 
 
 
 
 
7
 CF/88. “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]VII - o direito de 
greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; [...]”. 
 
APOSTILA 
 
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4.3 FORMAS DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Podem ser classificadas em: 
 
� Inconstitucionalidade por Ação: advém da produção de atos legislativos ou administrativos 
que contrariem normas ou princípios constitucionais. 
As normas devem observar a verticalidade, isto é, as inferiores só valem se compatíveis com 
as superiores. Constatada a incompatibilidade, diz-se que a norma é inconstitucional. 
 
� Inconstitucionalidade por Omissão: ocorre quando o legislador constitucional incumbiu o 
legislador ordinário ou complementar a praticar atos requeridos para tornar aplicáveis normas 
constitucionais e o direito não foi realizado por omissão do legislador. 
 
Neste caso caracteriza-se inconstitucional e é pressuposto para a propositura de ação de 
inconstitucionalidade por omissão. 
 
A Ação Declaratória de Inconstitucionalidade por omissão objetiva a emissão de uma lei ou 
de um ato administrativo normativo destinados a proceder à regulamentação de uma norma 
constitucional que não possui auto-executividade. 
 
Preceitua o art. 103, § 2º da CF/88: 
 
Art. 103. Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao poder competente para a adoção das providências 
necessárias e, em se tratando de órgão administrativo,para fazê-lo em trinta dias. 
 
 
4.4 DISTINÇÃO ENTRE AÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO E 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
 
Com a finalidade de remediar a omissão regulamentadora da norma constitucional dotada de 
efeito limitado, a Constituição de 1988 criou uma ação constitucional denominada de mandado de 
injunção. 
 
O artigo 5º, inciso LXXI prescreve que: “conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta 
de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”. 
 
A Lei 13.300/2016 veio disciplinar o processo e o julgamento dos mandados de injunção individual 
e coletivo. O artigo 2º diz que conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou 
parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 
� Ação de inconstitucionalidade por omissão: se inscreve no contencioso jurisdicional 
abstrato de competência exclusiva do Supremo Tribunal Federal e, declarada a 
inconstitucionalidade por omissão, será dada ciência ao poder competente para a adoção das 
providências necessárias, nos termos do art. 103, § 2º da CF/88. 
 
APOSTILA 
 
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O art. 12-H da Lei n. 9.868/99 que dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de 
inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal 
Federal estabelece que: 
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto 
no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
§ 1o Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências deverão ser 
adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado 
excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o 
interesse público envolvido. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
§ 2o Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que 
couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Art. 8o Lei 13.300: Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção 
para: 
I - determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora; 
II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, das liberdades ou 
das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que poderá o 
interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida a mora 
legislativa no prazo determinado. 
 
� Mandado de Injunção: reconhecendo o juiz ou tribunal que o direito que a constituição 
concede é ineficaz ou inviável em razão da ausência de norma infraconstitucional, o juiz ou o 
tribunal, por força do próprio mandado de injunção, fará a integração do direito à ordem jurídica, 
tornando-o eficaz e passível de ser exercido. 
 
4.5 SISTEMA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
O sistema de controle de constitucionalidade tem a finalidade de defender a supremacia 
constitucional contra as inconstitucionalidades, e objetiva estabelecer: 
� Controle Político: quando entrega a verificação de inconstitucionalidade a órgão de natureza 
política. Quem exerce o controle político é o Poder Legislativo, por meio das Comissões, e o 
Poder Executivo por meio do Veto Político e do Veto Jurídico. 
� Jurisdicional: quando a Constituição outorga ao Judiciário a faculdade de declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou outros atos de Poder Público; 
� Misto: realiza-se quando a constituição submete certas categorias de lei ao controle político e 
outras ao controle jurisdicional. 
 
 
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4.6 SISTEMA BRASILEIRO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Conforme a Constituição Federal, o sistema brasileiro de controle de constitucionalidade adota: 
� A inconstitucionalidade por ação ou omissão; 
� O controle é jurisdicional e o exercício do controle por via de exceção e por ação direta de 
inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade 
� Combina os critérios difuso e concentrado, este de competência do STF. 
� Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo 
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
do Poder Público (Art. 97). 
 
4.7 CRITÉRIOS DE EXERCÍCIO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
� Controle difuso: permite que qualquer juiz ou tribunal reconheça a inconstitucionalidade de 
determinado ato jurídico. 
� Controle concentrado: é o tipo de controle feito apenas por um órgão, cuja função é 
unicamente a de versar sobre a constitucionalidade de leis. 
No controle concentrado é necessário demonstrar relevante interesse público e a 
manifestação de 2/3 do tribunal. 
Há mudança dos efeitos do ex tunc para o ex nunc. 
Admite-se a participação de pessoa estranha à causa para contribuir para a solução da lide 
(amicus curiae). 
 
 
4.8 COMPETÊNCIA PARA PROPOR AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE E 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
De acordo com o artigo 103 da CF/88, e de acordo com a redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004, são competentes para propor ação direta de constitucionalidade e 
ação direta de constitucionalidade: 
� Presidente da República; 
� Mesa do Senado Federal; 
� Mesa da Câmara dos Deputados; 
� Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
� Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
� Procurador-Geral da República; 
� Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
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� Partido político com representação no Congresso Nacional; 
� Confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
OBS: O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de 
inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
4.9 EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE 
� Declaração de inconstitucionalidade na via indireta - não anula a lei nem a revoga; 
teoricamente a lei continua em vigor, eficaz e aplicável, até que o Senado Federal suspenda 
sua executoriedade (art. 52, X). 
� Declaração de inconstitucionalidade na via direta - importa suprimir a eficácia e 
aplicabilidade da lei ou ato. 
 
4.10 EFICÁCIA DA SENTENÇÃO QUE DECIDE A INCONSTITUCIONALIDADE 
A) Na via de exceção: 
� Resolve-se pelos princípios processuais. 
� A arguição de inconstitucionalidade é questão prejudicial e gera um procedimento incidenter 
tantum, que busca a simples verificação da existência ou do vício alegado. 
� A sentença é declaratória e faz coisa julgada somente no caso e entre as partes. 
� No que diz respeito ao caso concreto, a declaração surte efeitos ex tunc, no entanto a lei 
contínua eficaz e aplicável, até que seja suspensa sua executoriedadepelo Senado. 
� O ato não revoga nem anula a lei, apenas lhe retira a eficácia, daí por diante ex nunc. 
B) No processo de ação direta de inconstitucionalidade genérica: 
� Tem por objeto a própria questão de inconstitucionalidade, isto é, visa banir do ordenamento 
jurídico a lei ou o ato normativo estadual ou federal em tese atingidos pelo vício da 
inconstitucionalidade. 
� Qualquer decisão que a decrete deverá ter eficácia erga omnes (genérica) e obrigatória. 
� A sentença faz coisa julgada material, que vincula as autoridades aplicadoras da lei, que não 
poderão mais dar-lhe execução sob pena de arrastar a eficácia da coisa julgada, uma vez que 
a declaração de inconstitucionalidade em tese visa precisamente atingir o efeito imediato de 
retirar a aplicabilidade da lei. 
C) No processo de ação de inconstitucionalidade interventiva: 
� Visa não apenas obter a declaração de inconstitucionalidade, mas também restabelecer a 
ordem constitucional no Estado, ou Município, mediante a intervenção. 
 
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� A sentença não será meramente declaratória, não cabendo ao Senado a suspensão da 
execução do ato. 
� A Constituição declara que o decreto se limitará a suspender a execução do ato impugnado, 
se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. 
� A decisão tem um efeito condenatório que fundamenta o decreto de intervenção. 
� A condenação tem efeito constitutivo da sentença que faz coisa julgada material erga omnes. 
 
4.11 ESPÉCIES DE AÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE 
� ADIN GENÉRICA: 
 
Conceito: (art. 102, I, a, CF) banir do ordenamento jurídico a lei ou o ato normativo estadual ou 
Federal, atingidos, em tese, pelo vício da inconstitucionalidade. 
 
Autor da ação: pessoas listadas no art. 103. Justificar a propositura da ação – art. 103, IV, V, IX, 
CF 
 
Foro: STF. 
 
Quorum de instalação: ⅔ de seus membros, ou seja, 8 ministros. 
 
Quorum de aprovação: maioria absoluta, ou seja, pelo menos 6 dos 11 ministros do STF devem 
se manifestar pela inconstitucionalidade. 
 
Efeitos: erga omnes (contra todos), vinculante e ex tunc. 
 
OBS: 
1) Lei distrital pode ser objeto de ADIN, se tiver conteúdo estadual. 
2) Municipal não pode. 
3) Cabe também de emenda constitucional, cabe de medida provisória e cabe de lei distrital que 
tenha conteúdo estadual. 
 
� ADIN INTERVENTIVA FEDERAL: 
 
Conceito: é uma ação em que se pede a intervenção federal. Pretende-se que a União faça 
intervenção no Estado membro ou no Distrito Federal. 
 
Autor da ação: Procurador Geral da República. 
 
Ordem: para que o presidente da república decrete a intervenção. 
 
� ADIN INTERVENTIVA ESTADUAL: 
 
Conceito: é uma ação em que se pede a intervenção estadual. Pretende-se que o Estado faça 
intervenção no município. 
 
 
APOSTILA 
 
Matéria: Direito Constitucional 
Publicação: 2ª Edição 
 
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Autor: procurador geral de justiça no tribunal de justiça. 
 
Foro: Tribunal de Justiça. 
 
� ADIN INTERVENTIVA FEDERAL: 
 
Ordem: para que o governador do Estado decrete a intervenção no município. 
Conceito: a União vai realizar a intervenção em Estado-Membro ou Distrito Federal porque foram 
violados princípios constitucionais sensíveis, como por exemplo, os direitos da pessoa humana ou 
não respeitar a forma republicana. 
 
� ADIN POR OMISSÃO: 
 
Conceito: utiliza-se quando se está diante de uma inconstitucionalidade por omissão. Há uma 
norma constitucional de eficácia limitada não regulamentada. 
 
Autor: pessoas nomeadas no Art. 103, da CF/88. 
 
Foro: STF. 
 
Efeitos: STF vai dar ciência se a omissão for de um poder competente. STF vai mandar fazer em 
30 dias se a omissão for de um órgão administrativo. 
 
OBS: o prazo de 30 dias pode ser ampliado para um prazo razoável a critério do STF. A lei prevê 
a possibilidade de medida cautelar em ADIN por omissão. Só é cabível contra norma de eficácia 
limitada não regulamentada. O que se pede é a regulamentação. (Ver art. 12H da Lei 9.868) 
 
� ADECON OU ADC: 
 
Conceito: há uma lei ou ato normativo federal inconstitucional e a União está perdendo no 
Judiciário em razão dessa inconstitucionalidade. 
 
Autor da ação: os indicados no art. 103, da CF/88. 
 
Foro: STF. 
 
Efeito: erga omnes, vinculante, ex tunc. 
 
OBS: A proposição de Ação Declaratória de Constitucionalidade só pode ser para lei federal 
inconstitucional e são necessários processos judiciais sobre o tema, contra a União. 
 
� ADPF – Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental: 
 
Conceito: Art. 102, §1. É utilizada usada quando órgão público violou preceito fundamental. Lei ou 
ato normativo federal, estadual ou municipal, inclusive anterior à Constituição Federal de 1988. 
 
É julgada pelo STF, nos termos da lei. Lei 9.882. 
 
Princípio da subsidiariedade: se houver algum mecanismo processual para sanar a lesão, não 
pode ser adotada ADPF. 
 
APOSTILA 
 
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Autor da ação: pessoas nomeadas no Art. 103. 
 
Foro: STF. 
Efeito: erga omnes, vinculante, ex tunc. 
 
 
5. FEDERALISMO 
Conceito: Refere-se a uma forma de Estado denominada Federação ou Estado Federal, 
caracterizada pela união de coletividades públicas dotadas de autonomia político-constitucional, 
ou seja, de autonomia federativa. 
O art. 19, da CF/88, apresenta vedações ao federalismo estabelecendo que: É vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou 
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na 
forma da lei, a colaboração de interesse público. 
Quer dizer que: É uma vedação constitucional que o Brasil não tenha uma religião oficial, pois é 
um país laico, leigo ou não confessional. 
II - recusar fé aos documentos públicos. 
Quer dizer que: Os documentos públicos gozam de presunção relativa de veracidade, não 
podendo ser recusados em razão da origem (escrituras, certidões, entre outros). 
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. 
Quer dizer que: Entre os entes federativos não podem estabelecer distinções ou preferências 
entre brasileiros em razão de sua origem (Estados, Distrito Federal, ou município). 
 
 
No Brasil a Federação é composta pelos seguintes entes: 
� Estados-Membros 
� Distrito Federal 
� Municípios. 
 
Art. 1º CF/88: “A Republica Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
FUNDAMENTOS”: 
� A Soberania. 
� A Cidadania. 
� A Dignidade da Pessoa Humana. 
� Os Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa. 
� O Pluralismo Político. 
 
APOSTILA 
 
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www.provadaordem.com.br Pág. 14 de 49Art. 18 CF/88: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil 
compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos 
desta Constituição”. 
 
 
 
5.1 UNIÃO 
Da organização político-administrativa da República Federativa do Brasil nasce a UNIÃO, pessoa 
jurídica de Direito Público com capacidade política. 
 
5.2 ESTADOS FEDERADOS 
Entes que detém a autonomia política e administrativa. Têm capacidade de elaborar suas próprias 
constituições estaduais, observadas as diretrizes da CF. 
Para criar ou extinguir um Estado, é necessária a realização de um plebiscito, aprovação do 
Congresso Nacional. 
A criação ou extinção de um Estado se dará por meio de uma lei complementar. 
 
5.3 MUNICÍPIOS 
Entes detentores de autonomia política e administrativa. Têm capacidade de elaborar sua Lei 
Orgânica Municipal. 
A criação ou extinção de um município deverá ser feita por meio de lei estadual, dentro do período 
determinado por lei complementar federal, e dependerá de consulta prévia, mediante plebiscito, às 
populações dos municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, 
apresentados e publicados na forma da lei, conforme preceitua o artigo 18 § 4º CF/88. 
 
5.4 DISTRITO FEDERAL 
Ente detentor de autonomia política e administrativa. Tem capacidade de elaborar sua Lei 
Orgânica - que possui status de Constituição - , e possui capacidade legislativa e administrativa, 
com as mesmas competências legislativas atribuídas aos Estados e aos Municípios. 
Art. 21 da CF/88: Compete a União: 
"XIII - Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e 
dos Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios." 
"XIV - Organizar e manter a polícia civil. A polícia militar e o corpo de bombeiros militar 
do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a 
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio. " 
 
 
APOSTILA 
 
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O Distrito Federal não pode ser dividido em municípios (não tem eleições municipais). 
OBS: Não confundir com ações afirmativas, ou discriminações positivas. Ações afirmativas são 
ações realizadas pelo Estado para proteger grupos de pessoas prejudicadas historicamente. 
Tratado internacional de combate ao racismo - Lei 12.288/10, art. 1, parágrafo único. 
 
6. PODER CONSTITUINTE 
Os poderes “constituídos” da República são os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 
O Poder Constituinte é aquele capaz de editar uma constituição, dar forma ao Estado e constituir 
Poderes. 
A titularidade do poder constituinte pertence ao povo, pois o Estado decorre da soberania popular, 
cujo conceito é mais abrangente do que o de nação. Assim, a vontade constituinte é a vontade do 
povo, expressa por meio de seus representantes. 
 
Art. 14 - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e 
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei mediante: 
I - Plebiscito; 
II - Referendo; 
III - Iniciativa Popular. 
 
A Constituição conferiu ao Congresso Nacional: 
A) A competência para elaborar as emendas constitucionais. 
B) Que o Poder Constituinte originário institua um Poder Constituinte reformador; isto é, o agente 
ou sujeito da reforma, é o poder constituinte originário, que, por esse método, atua em 
segundo grau, de modo indireto, pela outorga de competência a um órgão constituído para, 
em seu lugar, proceder às modificações na Constituição, que a realidade exige. 
O Poder Constituinte classifica-se em Poder Constituinte originário ou de 1º grau e Poder 
Constituinte derivado, constituído ou de 2º grau. 
 
6.1 PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
Poder Constituinte originário, também denominado de Genuíno ou de 1º Grau, é o poder capaz 
de editar a primeira ou uma nova Constituição. 
É o poder atribuído a um número determinado de pessoas que irão exercer o poder soberano em 
nome de todos os demais integrantes de uma sociedade política. Será este poder, então, capaz de 
estabelecer uma nova ordem constitucional, sendo assim responsável pelas leis fundamentais de 
sua respectiva nação. 
Constituiu atribuição do poder constituinte originário a criação de todas as leis infraconstitucionais, 
ou seja, aquelas subordinadas e convalidadas pela Constituição. 
 
APOSTILA 
 
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O Poder Constituinte Originário pode assumir duas formas, que são: 
� Poder Constituinte Originário Histórico – refere-se ao poder atribuído àqueles que pela 
primeira vez elaboram a Constituição de um Estado, responsáveis por sua primeira forma 
estrutural. 
� Poder Constituinte Originário Revolucionário – é todo o poder responsável pela criação 
de constituições que se sobrepõem à primeira. É revolucionário todo o poder constituinte que 
rompa com um poder constituinte previamente estabelecido em uma determinada nação 
soberana. 
 
 
6.2 PODER CONSTITUINTE DERIVADO 
O Poder Constituinte derivado está inserido na própria Constituição, pois decorre de uma regra 
jurídica de autenticidade constitucional, portanto, conhece limitações constitucionais expressas e 
implícitas e é passível de controle de constitucionalidade. 
Apresenta as características de derivado, subordinado e condicionado. 
� É derivado porque retira sua força do Poder Constituinte Originário; 
� Subordinado porque se encontra limitado pelas normas expressas e implícitas no texto 
constitucional, às quais não poderá contrariar, sob pena de inconstitucionalidade; 
� Condicionado porque seu exercício deve seguir as regras previamente estabelecidas no texto 
da Constituição. 
 
Espécies de poder constituinte derivado: 
� Poder constituinte reformador 
� Poder constituinte decorrente 
 
A) Poder Constituinte derivado reformador, ou de competência reformadora: 
 
Manifestações do Poder Constituinte Derivado Reformador: 
 
� Emendas Constitucionais – Art. 60 da CF. 
� Emendas de Revisão – Art. 3º, ADCT – No ano de 1994 foram produzidas 6 Emendas 
Revisionais, e o Supremo, no julgamento da ADI 981 pacificou entendimento de que as 
Emendas Revisionais não poderiam mais alterar a CF a partir dali. O Poder Revisional 
esgotou-se. 
Hoje, o Poder Constituinte Derivado Reformador se resume em Emendas à 
Constituição. 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
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Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal; 
 II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da 
Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela MAIORIA RELATIVA de 
seus membros. 
 
B) Poder Constituinte derivado decorrente: (Art. 11, do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias) 
Consiste na possibilidade que os Estados-membros têm, em virtude de sua autonomia político-
administrativa, de se auto-organizarem por meio de suas respectivas constituições estaduais, 
sempre respeitandoas regras limitativas estabelecidas pela Constituição Federal (CF, Art. 25). 
 
7. PODER DE REVISÃO. 
O poder de reforma à constituição é derivado da própria Carta Magna e é uma faculdade 
outorgada pela própria constituição, estabelecendo critérios para qualquer emenda a sua redação 
original. 
Como norma fundamental do Estado, a constituição, embora não deva estar sujeita a alterações 
frequentes, pode e deve ser revista em circunstâncias especiais, a fim de enquadrar-se nas 
exigências da evolução política e das aspirações sociais. 
 
Quando a constituição é flexível, a revisão faz-se normalmente por um processo legislativo 
ordinário. Por outro lado, uma constituição rígida (como a brasileira) exige formalidades especiais 
que são previstas no próprio texto legal básico do Estado. 
Quem pode reformar o texto da Constituição da República Federativa do Brasil, segundo as 
disposições nela contidas, é o Congresso Nacional (artigo 60, § 2º). Mas esta emenda só pode ser 
votada se a proposta for feita por um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal ou pelo Presidente da República ou por mais da metade das Assembleias 
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa 
de seus membros (artigo 60, I, II e III da CF). 
 
7.1 EMENDA CONSTITUICIONAL 
Emenda é o processo formal de mudanças das constituições rígidas, por meio de atuação de 
certos órgãos, mediante determinadas formalidades, estabelecidas nas próprias constituições para 
o exercício do poder reformador. 
É a modificação de certos pontos, cuja estabilidade o legislador constituinte não considerou tão 
grande como outros mais valiosos, se bem que submetida a obstáculos e formalidades mais 
difíceis que os exigidos para a alteração das leis ordinárias. 
 
APOSTILA 
 
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É o único sistema de mudança formal do texto Constitucional. 
Apresentada a proposta, ela será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em 
dois turnos, considerando-se aprovada quando obtiver, três quintos (3/5) dos votos dos membros 
de cada uma delas (art. 60, § 2º)8. 
Uma vez aprovada, a emenda será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não poderá ser 
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º)9. 
Mutação Constitucional - permite a releitura da Constituição diante do novo contexto da 
realidade. É a mudança de sentido do texto sem alteração formal do texto positivo - “Interpretação 
conforme a Constituição”. 
 
 
7.2 LIMITAÇÃO ÀS EMENDAS CONSTITUCIONAIS 
Não pode haver emenda à constituição na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou 
de estado de sítio (art. 60, § 1º). 
Além disso, não pode haver proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma 
federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e 
proposta de restrição aos direitos e garantias individuais. Poderá a proposta de emenda ampliar 
direitos e garantias individuais. 
Satisfeitas todas estas condições, a proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso 
Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos 
dos respectivos membros. 
 
LIMITAÇÕES AO PODER REFORMADOR: 
I - Limitações Circunstanciais: em determinadas situações a Constituição não pode ser 
emendada. (Constituição Federal. Art. 60,§ 1º)10. 
� Intervenção Federal – (CF/88. Art. 34 a 36) 
� Estado de Defesa – (CF/88. Art. 136) 
� Estado de Sítio – CF/88. Art. 137 a 139) 
A) Intervenção Federal: 
 
8
 CF/88. “Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: [...]. § 2º - A proposta 
será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros”. 
9
 CF/88. “Art. 60. [...]. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. 
10
 CF/88. “Art.60. [...]. § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção 
federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”. 
 
APOSTILA 
 
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Medida de caráter excepcional e temporário que afasta a autonomia dos Estados, Distrito Federal 
ou Municípios. 
Só pode ocorrer nos casos e limites estabelecidos pela Constituição Federal: 
1 – quando houver coação contra o Poder Judiciário, para garantir seu livre exercício. Pode 
ocorrer de ofício, ou seja, sem que haja necessidade de provocação ou pedido da parte 
interessadas; 
2 - quando for desobedecida ordem ou decisão judiciária. Pode ocorrer de ofício; 
3 - quando houver representação do Procurador-Geral da República. (art. 34, VII, da Constituição) 
No caso de desobediência de ordem judicial, o Supremo processará também os pedidos 
encaminhados pelo presidente do Tribunal de Justiça do estado ou de Tribunal Federal. Se a 
ordem ou decisão judicial desrespeitada for do próprio STF, a parte interessada também poderá 
requerer a medida. 
Partes 
No Supremo Tribunal Federal, só são processados pedidos de intervenção federal contra os 
estados e o Distrito Federal. 
Tramitação 
O Presidente do Supremo Tribunal Federal é o relator dos pedidos de intervenção federal. 
Antes de levar o processo a julgamento, ele toma providências que lhe pareçam adequadas para 
tentar resolver o problema administrativamente. 
Caso isso não seja possível, o processo prossegue normalmente, sendo ouvida a autoridade 
estadual e o Procurador-Geral da República. Depois o processo é levado a plenário. 
Consequências jurídicas 
Julgado procedente o pedido, o presidente do Supremo Tribunal Federal deve comunicar a 
decisão aos órgãos do Poder Público interessados e requisitar a intervenção ao Presidente da 
República, que deverá, por meio de um decreto, determinar a medida. 
O decreto de intervenção, que especificará a amplitude o prazo e as condições de execução, será 
apreciado pelo Congresso Nacional em 24 horas. Nos casos de desobediência a decisão judicial 
ou de representação do Procurador-Geral da República, essa apreciação fica dispensada. O 
decreto, nesse caso, limita-se a suspender a execução do ato que levou a intervenção, se isso 
bastar ao restabelecimento da normalidade. 
Fundamentos legais 
Constituição Federal, artigos 34 a 36. Lei 8.039/1990, art. 19 e seguintes. 
B) Estado de Defesa 
O estado de defesa pode ser decretado pelo Presidente da República, em locais restritos, por 
tempo determinado, visando a preservação ou o restabelecimento da ordem pública ou da paz 
social ameaçadas por grave ou iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidade de 
grandes proporções na natureza. 
 
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A decretação do estado de defesa depende da oitiva do Conselho da República e doConselho de 
Defesa Nacional; de decreto do Presidente da República, que determinará as áreas atingidas, bem 
como o tempo de duração e as medidas coercitivas a serem adotadas; da submissão do decreto 
ao Conselho Nacional, que rejeitará ou aprovará a decretação do estado de defesa por votação da 
maioria absoluta de seus membros, no prazo de dez dias. 
Fundamentos legais 
Constituição Federal, artigo 136, caput e §§ 1º a 7º 
C) Estado de Sítio 
O Estado de Sítio é um instrumento que o Chefe de Estado pode utilizar em casos extremos: 
� Agressão efetiva por forças estrangeiras; 
� Grave ameaça à ordem constitucional democrática; ou 
� Calamidade pública. 
Esse instrumento tem por característica a suspensão temporária dos direito e garantias 
constitucionais de cada cidadão e a submissão dos Poderes Legislativo e Judiciário ao poder 
Executivo, assim, a fim de defender a ordem pública, o Poder Executivo assume todo o poder que 
é normalmente distribuído em um regime democrático. 
O Estado de Sítio é uma medida provisória, não pode ultrapassar o período de 30 dias, no 
entanto, em casos de guerras, a medida pode ser prorrogada por todo o tempo que durar a guerra 
ou a comoção externa. 
Para decretar o Estado de Sítio, o chefe de Estado, após o respaldo do Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional, solicita uma autorização do Congresso Nacional para efetivar o 
decreto. 
Em nenhum caso o Estado de Sítio pode interferir nos direitos à vida, à integridade pessoal, à 
identidade pessoal, à capacidade civil, à cidadania, etc. 
Fundamentos legais 
Constituição Federal, artigos 137 a 141. 
II – Limitação Formal para reapresentação de Proposta de Emenda à Constituição – PEC 
(Constituição Federal, art. 60, § 5º)11. 
Se em uma sessão legislativa, uma PEC for rejeitada - por votação insuficiente -, ou prejudicada – 
quando perde o objeto -, somente poderá ser reapresentada na próxima sessão. 
III – Limitações materiais (Constituição Federal, art. 
São partes da Constituição que não podem ser modificadas por emenda constitucional, visando a 
redução de direitos. São as denominadas Cláusulas Pétreas. 
 
11
 CF/88. “Art. 60. [...]. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa”. 
 
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Vale ressaltar que por conta do artigo 60, § 3º, a Proposta de Ementa à Constituição Federal não 
se submete a Sanção ou Veto do Presidente da República. 
 
 
8. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
O Estado brasileiro é do tipo federado, integrado pela União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. Nos termos da Constituição, todos estes entes são dotados de autonomia política 
(Constituição Federal, artigo 18). 
Desse modo, a repartição de competência é a essência de um Estado federado, porque a 
autonomia e a competência desses lhes são atribuídas pela Constituição. 
 
8.1 ESPÉCIES DE COMPETÊNCIAS 
As competências classificam-se em: Administrativas, Legislativas e Tributárias. 
A) Competências Administrativas (materiais) – são as que indicam o campo de atuação 
político-administrativa do ente federado. São as competências para atuação efetiva, para 
executar tarefas, para a exploração da respectiva atividade. 
Exemplo: competência da União para emitir moeda (CF, art. 21, VII). 
B) Competências Legislativas – são as que indicam o poder de estabelecer normas sobre as 
respectivas matérias. 
Exemplo: compete privativamente à União legislar sobre trânsito e transporte (CF, art. 22, 
XI). 
Importante: Deve-se observar que na competência legislativa somente a União vai legislar, 
privativamente, sobre as matérias arroladas no artigo 22, como por exemplo, sobre 
transporte. 
Contudo, Lei Complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas no artigo 22. 
O que não impede que os demais entes prestem serviço de transporte, isto é, possam 
explorar o serviço de transporte, pois estes serviços enquadram-se na competência 
administrativa de cada ente federado. 
Portanto, os demais entes dispõem da competência administrativa para a exploração do 
serviço de transporte, mas será preciso uma Lei Complementar Federal autorizando os 
Estados a legislar sobre questões específicas sobre trânsito e transporte. 
C) Competências Tributárias – são as que estabelecem o poder para instituir tributos de que 
dispõem todos os entes federados, como uma das formas de manutenção da sua autonomia. 
 
8.3 MODELOS DE REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
� Clássico 
 
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� Moderno 
� Horizontal 
� Vertical 
A) Modelo Clássico – a Constituição enumera as competências da União e reserva as demais 
(não enumeradas, portanto) aos estados membros. 
B) Modelo Moderno – a Constituição, além de enumerar as competências da União, também 
enumera hipóteses de competência concorrente e de competência comum. 
Importante: A Constituição Federal de 1988 adota o modelo moderno de repartição, pois, 
além de enumerar expressamente as competências da União (CF, arts. 21 e 22), o texto 
constitucional também indica expressamente a competência comum (CF, art. 23) e a 
concorrente (CF, art. 24). 
C) Modelo Horizontal – as competências são outorgadas aos diferentes entes sem a existência 
de subordinação na atuação do ente federado sobre a respectiva matéria. 
D) Modelo Vertical – as competências são outorgadas a diferentes entes, mas é estabelecida 
uma relação de subordinação na atuação desses entes sobre a respectiva matéria. 
Importante: A Constituição Federal de 1988 adotou os dois modelos de repartição horizontal 
e vertical, com predominância para a repartição horizontal. 
Portanto, a Constituição Federal de 1988 adota: 
� Repartição horizontal: nos artigos 21, 22, 23, 25 30 e 32, § 1º - o ente federado exercerá 
sua competência com plena autonomia, sem subordinação aos demais entes federados. 
� Repartição vertical: art. 24 - competência legislativa concorrente da União, dos estados e do 
Distrito Federal (CF, art.24) - há uma relação de subordinação entre os entes federados no 
trato das respectivas matérias (por exemplo: as leis específicas estaduais não poderão 
contrariar as normas gerais expedidas pela União; a União não poderá, sob o pretexto de 
editar normas gerais, invadir a competência dos estados para editar normas específicas para 
estes). 
 
8.4 PRINCÍPIO ADOTADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 PARA 
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS 
Ao definir o modelo brasileiro de repartição de competências, a Constituição Federal de 1988 
adotou como princípio geral para a partilha das competências entre os entes federados o 
princípio da predominância do interesse. 
O critério adotado pelo Constituinte de 1988 foi que a competência deveria ser atribuída ao 
ente federativo de acordo com o interesse nela predominante. 
Assim, as matérias de interesse predominantemente local foram atribuídas ao Município, 
pois este é o ente federado local. 
 
APOSTILA 
 
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As matérias de interesse predominantemente regional foram reservadas ao Estado, pois este 
é o ente federado regional. 
As matérias de interesse predominantemente nacional foram outorgadas à União, pois este é 
o ente federado nacional. 
Ao Distrito Federal, em razão da vedação à sua divisão em municípios (CF, art.32), foram 
atribuídas as competências de interesse predominantemente local (municipais) e regional 
(estaduais). 
Exemplo da aplicação do princípio da predominância do interesse para a exploração do serviço de 
transporte terrestre de passageiros: 
� se o transporte é dentro do município (intramunicipal), há uma predominância do interesse 
local e, portanto, a competência para a exploração foi outorgada ao município; 
� se o transporte é entre diferentes municípios que integram um mesmo Estado (intermunicipal, 
mas dentro do mesmo Estado), há uma predominância do interesse regional e, portanto, a 
competência para a exploração foi outorgada ao Estado; 
� se o transporte é entre diferentes estados ou entre o Brasil e outros países (interestadual ou 
internacional), há uma predominância do interesse nacional e, portanto, a competência para a 
sua exploração foi outorgada à União. 
Portanto, orientado pelo princípio da predominância do interesse, o legislador constituinte 
originário optou pela seguinte técnica: 
A) Enumerou expressamente as competências da União – competência enumerada expressa 
(CF, arts. 21 e 22); 
B) Enumerou expressamente as competências dos municípios – competência enumerada 
expressa (CF, art. 30); 
C) Outorgou ao Distrito Federal as competências estaduais e municipais (CF, art. 32, § 1º); 
D) Não enumerou expressamente as competências dos estados-membros, reservando a eles as 
competências que não lhes são vedadas na Constituição – competência não-enumerada, 
remanescente ou residual (CF, art. 25, § 1º); 
E) Criou uma competência administrativa comum, outorgando-a a todos os entes federados – 
competência administrativa comum (CF, art. 23); 
F) Criou uma competência legislativa concorrente entre a União, os estados e o Distrito Federal 
– competência legislativa concorrente (CF, art. 24). 
 
 
 
APOSTILA 
 
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES 
 
1. O princípio da predominância do interesse não é absoluta porque há casos excepcionais que 
fogem desse critério, como, por exemplo, a competência para a exploração do gás canalizado 
- que, embora seja assunto de interesse predominantemente local (de interesse da 
comunidade local), foi outorgada aos estados, e não aos municípios (CF, art. 25, § 2º). 
2. No que diz respeito às competências do Distrito Federal pode-se afirmar, como regra, que a 
Constituição Federal outorgou ao Distrito Federal as competências estaduais e municipais 
(CF, art. 32, § 1º). Porém, não é correto dizer que todas as competências dos estados foram 
repassadas ao Distrito Federal. Há exceções a essa regra. As exceções estão estabelecidas 
nos incisos XIII e XIV do art. 21, segundo os quais compete à União organizar e manter o 
Poder Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria Pública, a polícia civil, a polícia militar e o 
corpo de bombeiros militar do Distrito Federal. 
3. No que diz respeito à competência remanescente dos estados membros, como regra a 
Constituição não enumerou expressamente a competência dos estados, reservando a eles as 
competências que não lhes são vedadas em seu texto (CF, art. 25, § 1º). Porém, não é 
correto afirmar que os estados-membros não possuem nenhuma competência enumerada na 
Constituição. Há exceções a essa regra. Com efeito, a Constituição enumerou aos estados, 
dentre outras, a competência para exploração do gás canalizado (CF, art. 25, § 2º), para a 
criação de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (CF, art. 25, § 3º), 
para a modificação dos limites territoriais dos municípios (CF, art. 18, § 4º), bem assim para 
organizar sua própria Justiça (CF, art. 125). 
4. Embora no quadro geral de repartição de competências caiba aos estados a chamada 
competência residual, em se tratando de competência tributária (competência para instituir 
tributos), a União é que dispõe de competência residual. Com efeito, a União dispõe de 
competência residual para instituir novos impostos além daqueles discriminados na 
Constituição (CF, art.154, I), bem assim para instituir novas contribuições de seguridade 
social (CF, art. 195, § 4º). Ademais, ainda em se tratando de competência tributária, os 
estados-membros dispõem de competência expressamente enumerada para instituir 
impostos, taxas e contribuições de melhoria (arts. 145 e 155) e contribuição previdenciária 
cobrada de seus próprios servidores (CF, art. 149, § 1º). 
 
 
9. ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
 
“São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o legislativo, o Executivo e o 
Judiciário”. (CF. art. 2º). 
 
 
9.1 PODER LEGISLATIVO 
 
 “A lei disporá sobre eleições para a Câmara territorial e sua competência deliberativa” (CF. Art. 
33, §3º). 
 
 
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1. Estrutura 
 
� Legislativo Federal: Estrutura bicameral. É exercido pelo Congresso Nacional, que é 
formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. (CF. Art. 44). 
 
� Legislativo Estadual: Estrutura unicameral. É exercido pela Assembleia Legislativa, que é 
composta pelos Deputados Estaduais. 
 
� Legislativo distrital: Estrutura unicameral. É exercido pela Câmara Legislativa, composta 
pelos Deputados Distritais. 
 
� Legislativo municipal: Estrutura unicameral. É exercido pela Câmara dos Vereadores, que é 
composta pelos Vereadores. 
 
 
1.1 Representantes 
 
� Deputados Federais: São representantes do povo. 
 
� Senadores: São representantes dos Estados-membros e do Distrito Federal. 
 
� Deputados Estaduais: São representantes do povo do Estado. 
 
� Deputados Distritais: São representantes do povo do Distrito Federal. 
 
� Vereadores: São representantes do povo do Município. 
 
 
1.2 Sistema eleitoral: 
 
� Deputados Federais: Elegem-se pelo sistema proporcional, assim as cadeiras se distribuem 
na proporção dos votos obtidos pelo Partido (CF. Art. 45). Depende do número de votos que 
a legenda obtiver. 
 
� Senadores: Elegem-se pelo sistema majoritário, assim o Senador que obter o maior número 
de votos será eleito (CF. Art. 46). 
 
� Deputados Estaduais: Elegem-se pelo sistema proporcional. 
 
� Deputados Distritais: Elegem-se pelo sistema proporcional. 
 
� Vereadores: Elegem-se pelo sistema proporcional. 
 
 
1.3 Número 
 
� Deputados Federais: O número de Deputados será estabelecido em lei complementar, 
proporcionalmente à população, não podendo nenhuma unidade da Federação ter número 
inferior a 8 e nem superior a 70 Deputados (CF. Art. 45, §1º). 
 
 
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� Senadores: O número de Senadores esta fixado na Constituição Federal, sendo 3 em cada 
Estado ou Distrito Federal (CF. Art. 46, §1º). 
 
� DeputadosEstaduais (art. 27 da CF): O número de Deputados estaduais corresponderá ao 
triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de 36, 
será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de 12. 
 
� Deputados Distritais: Adota-se a mesma regra dos Estados (CF. Art. 32, §3º). 
 
� Vereadores: O número de vereadores será proporcional à população do Município, 
observados os seguintes limites (CF. Art. 29, IV): 
 
� Mínimo de 9 e máximo de 21 nos Municípios de até 1 milhão de habitantes (CF. Art. 29, 
IV, “a”). 
 
� Mínimo de 33 e máximo de 41 nos Municípios de mais de 1 milhão e menos de 5 milhões 
de habitantes (CF. Art. 29, IV, “b”). 
 
� Mínimo de 42 e máximo de 55 nos Municípios de mais de 5 milhões de habitantes (art. 29, 
IV, “c” da CF). 
 
 
1.4 Mandato: 
 
� Deputados Federais: Mandato de quatro anos. 
Uma legislatura tem a duração de 4 anos; 
Uma sessão legislativa de 1 ano e um período de 6 meses; 
O Deputado é eleito para uma legislatura que compreende 4 sessões legislativas e 8 períodos 
(CF. Art. 44, parágrafo único). 
 
� Senadores: Mandato de 8 anos. 
 
O Senador é eleito para 2 legislaturas, 8 sessões legislativas e 16 períodos (CF. Art. 46, §1º 
da CF). 
 
A representação de cada Estado e Distrito Federal será renovada de 4 em 4 anos, 
alternadamente, por 1 e 2/3 (CF. Art. 46, §2º). 
 
O Senador é eleito com 2 suplentes, que assumirão o seu lugar no caso de afastamento (CF. 
Art. 46, §3º). 
 
� Deputados Estaduais: Mandato de 4 anos (CF. Art. 27, §1º). 
 
� Deputados Distritais: Vale a mesma regra dos Estados (CF. Art. 32, §3). 
 
� Vereadores: Mandato de 4 anos. 
 
 
APOSTILA 
 
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2. Comissões Parlamentares12 
� Permanentes: Comissão de Constituição e Justiça, Comissão de Orçamento etc. 
� Especiais (assunto) / Temporárias (tempo): Comissão Parlamentar de Inquérito. 
“O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, 
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que 
resultar sua criação”. (CF. Art. 58). 
� Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por 
suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo. 
 
2.1 Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI 
“As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão 
criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, 
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por 
prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores”. (CF. Art. 58, § 3º). 
� De acordo com o STF, nenhuma Comissão Parlamentar de Inquérito pode: 
a) determinar a interceptação telefônica; 
b) expedir mandado de busca e apreensão; e 
c) expedir mandado de prisão. 
 
12
 CF/88. Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e 
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no 
ato de que resultar sua criação. § 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é 
assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos 
parlamentares que participam da respectiva Casa. § 2º - às comissões, em razão da matéria de 
sua competência, cabe: I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a 
competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa; II - 
realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III - convocar Ministros de Estado 
para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições; IV - receber petições, 
reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das 
autoridades ou entidades públicas; V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; VI 
- apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre 
eles emitir parecer. § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em 
conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a 
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, 
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores. § 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão representativa do Congresso Nacional, 
eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas 
no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da 
representação partidária. 
 
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� No entanto, pode prender em flagrante. 
� As Comissões Parlamentares de Inquérito federais, estaduais e distritais podem determinar 
diretamente aos órgãos desde que o façam fundamentadamente as seguintes quebras: 
a) sigilo telefônico – extrato das ligações feitas 
b) sigilo bancário 
c) sigilo fiscal (Imposto sobre a Renda) 
� As Comissões Parlamentares de Inquérito municipais, se quiserem, devem solicitar ao juiz 
criminal da comarca. 
� Somente a Câmara Legislativa pode julgar questões estaduais e municipais. 
 
2.2 Comissão Parlamentar Mista de Inquérito 
� Formada com a assinatura de ⅓ da Câmara e ⅓ do Senado, ou seja, só existe no âmbito 
Federal e discute assuntos federais. 
 
3. Funcionamento do Congresso Nacional (CF. Art. 57)13 
� Sessão legislativa ordinária: anual. 
 
13
 CF/88. “Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de 
fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. § 1º - As reuniões marcadas para 
essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, 
domingos ou feriados. § 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias. § 3º - Além de outros casos previstos nesta 
Constituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal reunir-se-ão em sessão conjunta para: 
I - inaugurar a sessão legislativa; II - elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços 
comuns às duas Casas; III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da 
República; IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar. § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em 
sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de 
seus membros e eleição das respectivas Mesas, para mandato de 2 (dois) anos, vedada a 
recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. § 5º - A Mesa do 
Congresso Nacional será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão 
exercidos, alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e 
no Senado Federal. § 6º A convocação extraordináriado Congresso Nacional far-se-á: I - pelo 
Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção 
federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e para o compromisso e a 
posse do Presidente e do Vice-Presidente- Presidente da República; II - pelo Presidente da 
República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento 
da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, 
em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas 
do Congresso Nacional. § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente 
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste artigo, 
vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação. § 8º Havendo medidas 
provisórias em vigor na data de convocação extraordinária do Congresso Nacional, serão elas 
automaticamente incluídas na pauta da convocação. 
 
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� O Congresso Nacional reúne-se, anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de 
agosto a 22 de dezembro. 
� Caso as reuniões marcadas para essas datas recaírem em sábados, domingos ou 
feriados, as sessões serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente. 
� Recesso: De 18 a 31 julho e de 23 dezembro a 1 fevereiro. 
� Só no primeiro ano da legislatura, a sessão legislativa começa dia 1 de fevereiro, portanto, 
o recesso anterior termina em 31 de janeiro. 
 
� Sessão legislativa extraordinária: 
� Convocações durante o recesso. Só devem ser votados os projetos objetos de 
convocação, salvo se existirem Medidas Provisórias pendentes de votação. 
� Se uma PEC ou MP forem rejeitadas em uma sessão legislativa, só podem ser 
reapresentadas na próxima sessão legislativa. (CF. Art. 60, § 5º, e art. 62, §10). 
 
4. Imunidade parlamentar (CF. Art. 53). 
a) Imunidade material ou absoluta ou inviolabilidade 
� Os parlamentares são imunes civil e penalmente por suas opiniões, palavras e votos no 
exercício da atividade parlamentar. (Não cometem crimes contra a honra) 
� Todos os parlamentares têm essa proteção nas suas circunscrições. 
b) Imunidade formal ou relativa ou propriamente dita 
� É a possibilidade de suspensão da prisão ou processo por maioria absoluta da respectiva 
casa. 
� Deputados e Senadores tem essa proteção. Só podem ser presos em flagrante de crimes 
inafiançáveis. Suspenso o processo e prescrição enquanto durar o mandato. Findo o 
mandato, finda a proteção. 
� Vereador não tem essa proteção. 
5. Tribunais de Contas 
� Os Tribunais de Contas auxiliam os poderes legislativo na fiscalização das contas públicas 
pertinentes. 
� É um órgão de caráter administrativo e não jurisdicional. 
� TCU – Auxilia o Congresso Nacional na fiscalização das contas públicas federais. (CF. Art. 
70 ao 75, em especial o Art. 73). 
� TCE – Auxilia a assembleia legislativa a fiscalizar as contas do Estado e Câmaras 
Municipais na fiscalização das contas públicas municipais onde não houver TCM. 
 
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� TCDF – Auxilia o Distrito Federal a fiscalizar as contas públicas distritais. 
� TCM – Auxilia a câmara municipal a fiscalizar as contas públicas municipais. 
� Não podem ser criados novos tribunais de contas municipais (CF. Art. 31, § 4). 
� Nos município onde não houver TCM, as contas são julgadas pelo TCE. 
� A aprovação das contas pelo Tribunal de Contas não impede a investigação administrativa ou 
judicial. 
 
6. Espécies normativas 
� Emenda Constitucional (CF. Art. 60). 
� Observar que a obrigatoriedade do voto não é cláusula pétrea. 
� Medida Provisória (CF. Art. 62 e Emenda Constitucional 32/01)14. 
 
14
 CF/88. “Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. § 
1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: I – relativa a: a) nacionalidade, 
cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e 
processual civil; c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia 
de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais 
e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II – que vise a detenção ou seqüestro de 
bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; III – reservada a lei complementar; 
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou 
veto do Presidente da República. § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de 
impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício 
financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.§ 
3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a 
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 
7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, 
as relações jurídicas delas decorrentes. § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da 
publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso 
Nacional.§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das 
medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos 
constitucionais.§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias 
contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma 
das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as 
demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. § 7º Prorrogar-se-á uma 
única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, 
contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso 
Nacional.§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. § 9º 
Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre 
elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma 
das Casas do Congresso Nacional.§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de 
medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de 
prazo. § 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a 
rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e 
decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. § 12. 
Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-
se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto”. 
 
APOSTILA 
 
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