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CONFLITO RACIAL

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ULBRA - UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CULTURA RELIGIOSA – 2016/2
CONFLITOS RACIAIS
Canoas - RS
2016
FABIO HENRIQUE MOURA DA SILVA
UESLEI RENATO SILVA DE MORAES
WILLIAM RIBASCZKY MARQUES
CONFLITOS RACIAIS
Trabalho apresentado a, Cultura Religiosa, como parte de requisitos de nota, Universidade Luterana do Brasil, Canoas – RS
Prof.: Bruno Ronaldo Muller
Canoas - RS
2016
RESUMO
Os conflitos raciais ou étnicos existem desde a Pré-História, quando os Neandertais foram extintos durante brigas territoriais pelos Homo sapiens. Originados por conflitos religiosos, políticos e culturais ou por disputas por territórios, eles geralmente resultam em enfrentamentos violentos e sangrentos, denominados de guerra civil e genocídio.
Considerando os conflitos atuais, é possível destacar que as maiores causas de suas origens estão relacionadas ao imperialismo e ao movimento de independência, que deixou diferentes povos com diferentes culturas e religião em um mesmo território, sobre o domínio de uma crença que não abrange a totalidade dos povos.
Palavras chave: xxx, xxxxxxxxx, xxx, xxxxxx
ABSTRACT
Racial or ethnic conflicts have been around since prehistoric times, when the Neanderthals became extinct during territorial fights by Homo sapiens. Caused by religious conflicts, political and cultural or disputes over territory, they often result in violent and bloody confrontations, called civil war and genocide.
Considering the current conflicts, it is possible to point out that the major causes of its origins are related to imperialism and independence movement, which left different peoples with different cultures and religion in the same territory, on the domain of a belief that does not cover all people.
Keywords: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
SUMÁRIO
1	Introdução	6
2	Segregação racial nos EUA	9
2.1	Guerra Civil e Fim da escravidão	10
2.2	Formação da Ku Klux Klan e as Leis Jim Crow	10
2.3	Lei da Virgínia de 1924 e o fenômeno do passing racial	11
2.4	Movimentos pelos direitos civis e processo de dessegregação	12
2.5	Martin Luther King Jr.	12
3	África do Sul	14
4	Hutus e tútsis (católica) no Ruanda	15
5	Conflito árabe-israelense e sino-tibetano	16
6	Nazismo	18
7	Conclusão	19
Referencias bibliográficas	20
Introdução
Os conflitos étnicos podem estar entre diferentes grupos raciais, como o atrito entre negros e brancos nos Estados Unidos e África do Sul causado pela segregação racial e o "apartheid", entre grupos racialmente homogêneos, mas de grande diversidade religiosa como o conflito entre católicos e protestantes na Irlanda do Norte; entre grupos religiosos homogêneos, mas de diversas etnias como o massacre entre os hutus e tutsis (católica) no Ruanda, e até mesmo entre os grupos étnicos e religiosos diferentes como o conflito árabe-israelense e sino-tibetano. Se diferir de genocídio em que tende a ser perpetrado contra uma população de presos e impossibilitados de se defenderem, enquanto que em um conflito étnicos ambos os lados, muitas vezes têm capacidade militar para atacar o outro (embora muitas vezes um lado fosse mais poderoso que os outros envolvidos).
Há muito tempo se discute, no Brasil, se as diferenças de rendimento e oportunidades entre brancos e negros é uma questão de classe ou uma questão de raça. Antes da guerra, havia autores que diziam que a "mestiçagem" contaminava o povo brasileiro com características morais e intelectuais indesejáveis, e que nossa esperança estaria no "branqueamento" gradual da população. Esta maneira racista de entender as coisas ficou desmoralizada depois do Nazismo, e a questão das diferenças entre as raças passou a ser interpretada em termos de classe. Nesta nova visão, não existe diferenças raciais significativas entre as pessoas, e sim diferenças sociais, de classe. Quando os pobres fossem menos pobres, quando houvesse educação e oportunidade para todos, os problemas de desigualdade de renda e, sobretudo de oportunidade desapareceriam.
 Esta visão de que o problema racial no Brasil era, na verdade, um problema de classe, com raízes na história tão recente da escravidão, se apoiava no fato de que o Brasil nunca teve barreiras raciais tão rígidas quanto, por exemplo, os Estados Unidos, e sempre experimentou um grau muito alto de mestiçagem e convivência entre pessoas de características raciais e culturais muito distintas. Alguns autores trataram de explicar isto pelas diferenças entre a Igreja Católica, que trata a todos como iguais, e a tradição protestante, que tende a manter as comunidades muito mais isoladas e fechadas. Outros buscam a explicação na cultura portuguesa, tradicionalmente mais promíscua e menos preconceituosa do que a anglo-saxã.
Seja como for, o fato é que o Brasil nunca teve legislação que tratasse as pessoas de forma diferente conforme sua raça ou cor, e o preconceito e a discriminação racial, que nunca deixaram de existir, permanecem no mundo das relações privadas, e não são comportamentos aceitos nem aprovados abertamente pela sociedade. A esperança dos defensores da tese de que o problema racial era uma questão de classe era de que o Brasil poderia evoluir realmente no sentido de um grande cadinho racial, o "mel Ting pot" que alguns autores norte-americanos previam para seu país, mas do qual os Estados Unidos parecem se afastar cada vez mais. Podemos concluir observando que a época moderna tem presenciado um movimento no sentido de recuperação e valorização da identidade das pessoas, em seus diferentes aspectos - culturais, históricos, religiosos, e mesmo físicos - e também fenômenos assustadores de violência e genocídio associados a conflitos raciais, religiosos e culturais.
Não é mais possível pretender que as pessoas sejam jogadas na vala comum da uniformidade, que muitas vezes encobre situações odiosas de discriminação e desigualdades. A recuperação e valorização das identidades é um processo rico e profícuo, que pode dar às pessoas mais sentido para suas existências, e abrir caminho para novas conquistas. Mas deve ser um processo das pessoas, dos grupos, e permanecer sempre aberto e plural. O Estado não deve assumir para si a tarefa de definir de forma forçada a identidade das pessoas, mesmo em nome de ideais tão nobres como a "pesquisa" ou o "conhecimento". O que hoje é proposto em nome do melhor conhecimento pode se transformar com facilidade em um instrumento de discriminações e conflitos entre cidadãos de diferentes classificações.
A igualdade de todos perante a lei, apesar de encobrir, como sabemos tantas desigualdades de fato, continua sendo uma das grandes conquistas das sociedades democráticas contemporâneas, e não deve ser mexida; se isto ocorrer, o que está pensado como um avanço pode terminar se transformando, afinal, em um grande. Podemos concluir observando que a época moderna tem presenciado um movimento no sentido de recuperação e valorização da identidade das pessoas, em seus diferentes aspectos - culturais, históricos, religiosos, e mesmo físicos - e também fenômenos assustadores de violência e genocídio associados a conflitos raciais, religiosos e culturais.
Não é mais possível pretender que as pessoas sejam jogadas na vala comum da uniformidade, que muitas vezes encobre situações odiosas de discriminação e desigualdades. A recuperação e valorização das identidades é um processo rico e profícuo, que pode dar às pessoas mais sentido para suas existências, e abrir caminho para novas conquistas. Mas deve ser um processo das pessoas, dos grupos, e permanecer sempre aberto e plural. O Estado não deve assumir para si a tarefa de definir de forma forçada a identidade das pessoas, mesmo em nome de ideais tão nobres como a "pesquisa" ou o "conhecimento".
O que hoje é proposto em nome do melhor conhecimento pode se transformar com facilidade em um instrumento de discriminações e conflitos entre cidadãos de diferentes classificações. A igualdade de todos perante a lei, apesarde encobrir, como sabemos tantas desigualdades de fato, continua sendo uma das grandes conquistas das sociedades democráticas contemporâneas, e não deve ser mexida; se isto ocorrer, o que está pensado como um avanço pode terminar se transformando, afinal, em um grande e lamentável retrocesso. 
Segregação racial nos EUA 
Segregação racial consiste na separação de pessoas em um mesmo espaço público de convivência por meio de leis cujo critério é a “raça”, isto é, uma concepção ideológica de raça sustentada frequentemente por teorias científicas duvidosas e preconceitos culturais. Nos Estados Unidos da América, que começaram a existir politicamente a partir de sua Independência, em 1776, a segregação racial começou a vigorar no início do século XIX, quando ainda havia escravidão – fenômeno típico dos estados da região sul desse país. A expressão é aplicada em situações onde a separação de raças (principalmente para com os afro-americanos) foi imposta de forma legal (no âmbito da lei) ou por imposição social. Ela é também aplicada para situações normais de discriminação e racismo pela o não branco.
A segregação sempre existiu mesmo após a emancipação dos escravos durante a Guerra Civil Americana. Ela se tornou institucionalizada nas décadas posteriores ao conflito. Em 1867, o Congresso dos Estados Unidos passou a Lei de Reconstrução para proteger os direitos a voto e para garantir que os estados da União tivessem suas próprias constituições, desde que não ferissem a constituição nacional. Em 9 de julho de 1868 foi aprovada a 14ª Emenda da Constituição que garantia e protegia a igualdade dos cidadãos perante a lei. Dois anos depois, a 3 de fevereiro, a 15ª Emenda é ratificada para garantir o sufrágio universal e impedir a discriminação baseada em raça ou cor neste direito. A presença de tropas federais no sul garantiu que estas leis fossem implementadas. A Lei da Reconstrução formalizou então a supremacia da lei federal sobre as estaduais, garantindo direitos iguais para todos. Contudo, as leis de Jim Crow espalharam-se, particularmente nos estados sulistas, mantendo-se firme e institucionalizando a segregação racial no começo do século XX. No norte também havia locais segregados, mas não geralmente por meio de leis, mas sim por costumes e imposições sociais.
Guerra Civil e Fim da escravidão
Nos estados escravistas do sul dos EUA havia leis antimiscigenação, isto é, brancos eram proibidos por lei de se casarem com negros, ainda que libertos, ou mestiços. O estado de Indiana, em sua Constituição de 1851, proibia que negros libertos e mestiços fixassem residência em seu território. Quando os Estados Confederados dos Sul perderam a Guerra Civil para os Estados do Norte, liderados por Abraham Lincoln, em 1865, as leis de segregação intensificaram-se, visto que a escravidão – que sustentava o modelo econômico eminentemente rural do Sul – havia sido abolida dois anos antes.
Os brancos do Sul não queriam partilhar os mesmos direitos com os negros libertados e, tampouco, permitir aos negros a ascensão a altos postos políticos e jurídicos. Para desarticular as legislações racistas do Sul, a União, isto é, os Estados Unidos do Norte, precisou ocupar militarmente os estados sulistas, em um processo conhecido como Restauração – que, na verdade, consistia na reintegração do Sul com o Norte.
Formação da Ku Klux Klan e as Leis Jim Crow
No ano final da Guerra Civil (1865), foi criada a Ku Klux Klan no estado do Tennessee. A Klan (como também é chamada) era um grupo paramilitar de fanáticos que misturavam ideologia racial com religião e promoviam agressões, perseguições, assassinatos e atentados contra estabelecimentos públicos frequentados por negros, como restaurantes e templos religiosos. Os primeiros membros da Klan eram veteranos das forças confederadas, e seu primeiro líder foi o general Nathan Bedford Forrest. A Ku Klux Klan foi reprimida pelo governo da Restauração, mas voltaria depois, no início do século XX.
Em 1876, teve fim a ocupação militar nos estados no Sul. Aproveitando-se da condição federativa dos EUA, na qual cada estado da Federação era plenamente livre para elaborar suas próprias leis, os sulistas passaram a aprovar um conjunto de leis que ficou conhecido como Leis Jim Crow. O conteúdo dessas leis era completamente segregacionista e tinha como critério aquilo que o geógrafo Demétrio Magnoli, em seu livro Uma gota de sangue: história do pensamento racial denomina de regra da “gota de sangue única”. Não era necessário que determinada pessoa fosse visivelmente negra para ser discriminada pelas leis segregacionistas. Bastava apenas que ficasse comprovado que essa pessoa tivesse algum antepassado negro.
Lei da Virgínia de 1924 e o fenômeno do passing racial
O critério da “gota de sangue única” deu base para o sistema legal de discriminação por cerca de 90 anos. Essa regra só foi de fato revogada nos estados do Sul do EUA nas décadas de 1960 e 1970. Antes disso, a segregação foi institucionalizada em vários estados. O caso mais emblemático foi o da lei do estado da Virgínia, de 1924, que, em seu item 5, diz:
Será ilegal, de agora em diante, que qualquer pessoa branca case-se com qualquer um que não seja uma pessoa branca ou com uma pessoa com uma mistura de sangue que não seja de branco e índio americano. Para a finalidade dessa lei, o termo ''pessoa branca'' deve se ampliar somente àquele que não tenha traço algum de qualquer sangue senão o caucasiano; mas pessoas que tenham 1/16 ou menos de sangue de índio americano e não tenham nenhum outro sangue não caucasiano devem ser definidas como pessoas brancas.
Como visto, essa lei narra os critérios de delimitação da raça de um indivíduo. Esse critério foi adotado como padrão em praticamente todos os estados segregacionistas dos EUA, o que estimulou ainda mais o racismo nesse país (No Brasil, vale dizer, ao contrário dos EUA, o racismo nunca foi institucionalizado, isto é, tornado lei).
Como forma de “driblar” o segregacionismo, muitos americanos descendentes de negros, mas de cor branca, procuraram falsificar sua história por meio de mudança de nome, construção de nova identidade etc. Esse fenômeno ficou conhecido como passing racial,como bem destaca Demétrio Magnoli em livro já citado:
“O modelo racial bipolar dos EUA converte os mestiços de uniões entre brancos e negros em negros. Entre os efeitos mais notáveis está o fenômeno do passing, uma estratégia de reinvenção identitária pela qual um indivíduo se ''faz passar'' por integrante de um grupo social no qual não seria normalmente admitido. Como regra, no passing racial americano, um mestiço, socialmente classificado como negro refaz a sua identidade como branco.” [1]
O exemplo mais notório de passing, segundo Magnoli, é o de Walter Francis White, que foi chefe executivo da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor) entre 1929 e 1955. White era “um mestiço com 27 ancestrais de quarta geração brancos e cinco negros, mas definido como negro pela regra da gota de sangue única. Loiro, de olhos azuis e pele branca, White passou-se por branco durante suas investigações de linchamentos cometidos no sul contra negros.” [2]. 
Movimentos pelos direitos civis e processo de dessegregação
As leis de segregação racial dos EUA só começaram a ser revogadas a partir da eclosão dos movimentos pelos direitos civis e pela igualdade das leis entre negros e brancos encabeçados nos anos 1950 e 1960 por líderes como Martin Luther King Jr., que se notabilizou pela sua capacidade de reunir grandes massas de pessoas em protestos pacíficos.
Martin Luther King Jr.
Em 1955, portanto aos 26 anos de idade, Martin Luther King começou a sua missão como ativista político. Nesse ano, um fato foi muito marcante: uma mulher negra, chamada Rosa Parks, foi presa por se negar a ceder o seu lugar no ônibus para uma mulher branca. Foi assim que os líderes civis negros se organizaram para promover um boicote às empresas de ônibus da cidade de Montgomery. Luther King foium dos líderes desse boicote, que tinha como objetivo protestar contra a discriminação racial vivenciada diariamente no transporte público.
O próximo passo foi a participação na fundação da Conferência da Liderança Cristã do Sul (CLCS), que liderou e que também lutava em prol dos direitos civis de uma forma organizada. A CLCS ficou sob responsabilidade de Martin Luther King até a morte dele e era constituída, predominantemente, por comunidades negras ligadas à igreja batista.
Luther King pregava a desobediência civil, assim como Mahatma Gandhi, de modo que os protestos que ele organizava por meio da CLCS eram todos orientados por essa premissa. E por falar nisso, durante toda a década de 60, o ativista atuou comandando marchas e protestos que se manifestavam em defesa da igualdade de direitos para brancos e negros e pediam o fim da discriminação social. Sempre sem violência.
No dia 14 de outubro de 1964, o reconhecimento do trabalho de Luther King ganhou visibilidade internacional. Foi à data em que ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz, pela sua luta contra o preconceito nos Estados Unidos.
Sempre engajado politicamente, em 1967, Luther King realizou diversos discursos se declarando contra a participação do país norte-americano na Guerra do Vietnã. No ano seguinte, em 1968, encabeçou a chamada Campanha dos Pobres, que pregava a justiça social e econômica, além da igualdade racial. Isso mostra que esse líder tentou atingir todas as camadas menos privilegiadas com seu ativismo.
A vida de Martin Luther King foi marcada por ameaças de morte, que vinham de pessoas e grupos que defendiam a segregação racial nos Estados Unidos. Em 4 de abril de 1968, ele estava no quarto de um hotel na cidade de Memphis, quando foi assassinado.
Mesmo com o fim precoce, o trabalho de Luther King influenciou as mudanças na legislação norte-americana, por meio das quais as leis discriminatórias foram sendo reduzidas e, no lugar delas, implantadas outras mais igualitárias. Apesar de ter atuado nos Estados Unidos, é uma inspiração no mundo todo.
 
apartheid na África do Sul
O termo apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De acordo com esse regime, a minoria branca, os únicos com direito a voto, detinha todo poder político e econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer rigorosamente à legislação separatista.
A política de segregação racial foi oficializada em 1948, com a chegada do Novo Partido Nacional (NNP) ao poder. O apartheid não permitia o acesso dos negros às urnas e os proibia de adquirir terras na maior parte do país, obrigando-os a viver em zonas residenciais segregadas, uma espécie de confinamento geográfico. Casamentos e relações sexuais entre pessoas de diferentes etnias também eram proibidos.
A oposição ao apartheid teve início de forma mais intensa na década de 1950, quando o Congresso Nacional Africano (CNA), organização negra criada em 1912, lançou uma desobediência civil. Em 1960, a polícia matou 67 negros que participavam de uma manifestação. O Massacre de Sharpeville, como ficou conhecido, provocou protestos em diversas partes do mundo. Como consequência, a CNA foi declarada ilegal e seu líder, Nelson Mandela, foi preso em 1962 e condenado à prisão perpétua.
Definição e origem
(BALOGUN, 2016) Apartheid (significa "vidas separadas" em africano) era um regime segregacionista que negava aos negros da África do Sul os direitos sociais, econômicos e políticos. 
 
Embora a segregação existisse na África do Sul desde o século 17, quando a região foi colonizada por ingleses e holandeses, o termo passou a ser usado legalmente em 1948.
 
No regime do apartheid o governo era controlado pelos brancos de origem europeia (holandeses e ingleses), que criavam leis e governavam apenas para os interesses dos brancos. Aos negros eram impostas várias leis, regras e sistemas de controles sociais. 
Entre as principais leis do apartheid, podemos citar:
- Proibição de casamentos entre brancos e negros - 1949.
- Obrigação de declaração de registro de cor para todos sul-africanos (branco, negro ou mestiço) - 1950.
- Proibição de circulação de negros em determinadas áreas das cidades - 1950
- Determinação e criação dos bantustões (bairros só para negros) - 1951
- Proibição de negros no uso de determinadas instalações públicas (bebedouros, banheiros públicos) - 1953.
- Criação de um sistema diferenciado de educação para as crianças dos bantustões - 1953
Fim do Apartheid
Este sistema vigorou até o ano de 1990, quando o presidente sul-africano tomou várias medidas e colocou fim ao apartheid.  Entre estas medidas estava a libertação de Nelson Mandela, preso desde 1964 por lutar com o regime de segregação. Em 1994, Mandela assumiu a presidência da África do Sul, tornando-se o primeiro presidente negro do país.
Hutus e tútsis (católica) no Ruanda 
Os países
Ruanda: pequeno território localizado no Planalto Central Africano, com elevadas montanhas vulcânicas e clima tropical de altitude. Faz fronteira com a República Democrática do Congo (ex- Zaire). A população é composta por 90% de hutus e 9% de tutsis, com um total de 6,5 milhões em 1998.
Burundi: localizado ao sul de Ruanda, com uma área de apenas 27.834 km2, e uma população total de 6,6 milhões de habitantes, composta por 85% de hutus e 14% de tutsis.
As etnias
Os tutsis eram predominantemente pastoreiros e apresentavam maior estatura. Os hutus, de pele mais escura e menor estatura, tinham tradição agrícola. A partir da colonização sob o domínio alemão, e posteriormente belga, esses dois povos tiveram sua organização modificada.
Os tutsis foram escolhidos para assumirem cargos da administração estatal, treinamento militar, acesso exclusivo à educação, uma vez que as escolas exigiam estatura mínima, visando impedir o ingresso dos hutus. Tinham estatura vigorosa; raça pura, que os alemães da época tanto prezavam. Descendentes, talvez, da Rainha de Sabá.
Os hutus, pelo contrário, eram agricultores e de aparência física mais fraca. Eles não caíram nas graças dos alemães. Quando chegaram à região, os belgas continuaram a mesma política de discriminação, e assim incentivavam a rivalidade entre essas duas tribos, rivalidade que continua até hoje e que já provocou genocídios – e mesmo agora está provocando assassinatos numerosos com armas brancas.
Os conflitos
O conflito entre tutsis e hutus é mais uma demonstração do efeito retardado da política colonial europeia no continente africano. Até o início da colonização alemã na região, as duas etnias viviam em relativa harmonia, no território que hoje é ocupado por Ruanda e Burundi.
Em 1959, os ressentimentos acumulados pelos hutus no período colonial explodem. Nesta primeira rebelião, militares tutsis foram aprisionados e tiveram seus pés cortados a golpes de facão, com o objetivo de diminuir a diferença de estatura (e, simbolicamente, diminuir as diferenças sociais).
Em 1962, a Ruanda tornou-se independente e a minoria tutsi ficou a mercê dos hutus, sendo obrigado a migrar para Uganda, a fim de organizarem uma nova tomada de poder. Este conflito se intensificou a partir de abril de 1994, quando os presidentes de Ruanda e Burundi, de etnia hutu, foram mortos em um atentado que derrubou o avião onde viajavam juntos. Foi o estopim para o genocídio com mais de 1 milhão de mortos e mais de 2 milhões de refugiados.
Em julho de 1998, foi elaborado um acordo de cessar fogo, com o estabelecimento de um governo formado por representantes tutsis e hutus. Mas esse acordo pouco resultado tive. As rivalidades continuam.
Os tutsis e os hutus no território congolês
Para destituir Mobutu do poder, Kabila, pai do atual presidente congolês, contou com a colaboração dos ruandeses e dos ugandeses. Depois da vitória, os militares desses dois países não queriam mais sair da Republica Democrática do Congo, disputando a posse da terra, uma vez que o território deles é extremamente pequeno e porque essas etniasafirmam serem suas essas terras congolesas. Principalmente as terras dos Grandes Lagos. Durante dias, eles lutaram na R. D. do Congo, principalmente na região norte e leste, matando milhares e milhares de congoleses. A intervenção da ONU estabeleceu uma paz frágil. Os tutsis de Ruanda continuaram apoiando um general congolês revolucionário, Nkunda, e os hutus continuaram atacando as populações da região do Kivu com as milícias interahamwe (paramilitares hutus).
Esses revolucionários criaram um clima de intranquilidade e uma psicose de guerra no leste congolês. Tropas estrangeiras infernizavam a vida das populações. A Conferência dos bispos da RD do Congo fez um alerta às autoridades congolesas e internacionais, denunciando a presença de militares estrangeiros em território congolês, e condenando fortemente toda violência e proclamando, em alto e bom som, a soberania da nação congolesa. Isso em 2004.
Apesar de todo o clamor do povo e dos senhores bispos, as autoridades nacionais e estrangeiras pouco se importavam com a situação dramática do povo do leste congolês, vitima da violência, das incursões militares em suas cidades e aldeias.
Em 2007, os bispos novamente protestaram, chamando a atenção das autoridades para a triste situação no leste. Em dezembro de 2007, no Memorandum da Conferência Episcopal Nacional do Congo aos participantes da conferência sobre a paz, a segurança e o desenvolvimento no norte e no sul (Kivu), os bispos afirmaram: “O sucesso de uma tal conferência depende do espírito de diálogo na transparência e na verdade, da determinação e da sinceridade dos participantes. Nada se fará, se a conferência não abordar as questões de fundo e em todas as suas dimensões: humanitárias, territoriais, históricas, econômicas, políticas, étnicas, jurídicas”.
Depois da Conferência
Infelizmente, pouco resultado trouxe a conferência de Goma. A intranquilidade continua na região. As milícias paramilitares continuam apavorando os habitantes do Kivu. Agora mesmo estão em guerra. E o governo não tem força nem moral para tomar uma atitude enérgica contra esses grupos, pois não tem um exército forte nem coragem de agir, já que está compromissado com os tutsis, que o ajudaram a derrubar Mobutu. Além disso, a penetração dos tutsis no território congolês, e mesmo no próprio governo do país é uma realidade. E eles são os mais interessados na posse dessas ricas terras do leste congolês.
Conflito árabe-israelense e sino-tibetano 
Conflitos Étnicos Israel x Palestina
Aos arredores do oriente médio é possível testemunhar inúmeros conflitos étnicos e religiosos. Um dos conflitos de maior tensão e preocupação no mundo todo é entre judeus e muçulmanos nos territórios entre Israel e Palestina. Estes conflitos são resultados de inúmeros acontecimentos, tendo início com o movimento sionista judeu, que procurava criar um Estado para os Judeus, o movimento ganhou força no final da Segunda Guerra Mundial, sendo incentivado pelo antissemitismo sofrido pelos Judeus por toda a Europa.
 O movimento sionista influenciou diversos Judeus a migrarem para a região da Palestina, que pertencia ao Império Otomano e era habitado por mais de 500 mil Árabes. Essa região é reivindicada pelos judeus por ter sido ocupada por eles até a sua expulsão pelo Império Romano, no século III d.C., dando início à dispersão dos Judeus pelo mundo.
A região da Palestina, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, considerada sagrada para muçulmanos, judeus e católicos, pertencia ao Império Otomano naquele tempo e era ocupada, principalmente, por muçulmanos e outras comunidades árabes. Mas uma forte imigração judaica, alimentada por aspirações sionistas, começou a gerar resistência entre as comunidades locais.
Os conflitos continuaram e com o aumento da pressão pelo estabelecimento de um Estado judeu, a ONU propõem uma divisão do território em dois, um Estado Judeu e um Estado Árabe. Os Árabes recusaram a proposta, por achar injusto e viam os Judeus como um povo invasor, então em 1948 Israel declara independência e forma uma nação, gerando uma sequência de guerras contra o Estado judeu, que sempre saiu vencedor.
Em 1967 ocorre que mudou o mapa da região. Israel derrotou Egito, Jordânia e Síria e conquistou, de uma só vez, Jerusalém Oriental, as Colinas de Golan e toda a Cisjordânia, região de maioria árabe e reclamada pela Autoridade Palestina e pela Jordânia. Como consequência desta disputa, o território do povo Palestino é reduzido para a metade do que a ONU havia proposto, gerando extrema revolta por parte dos grupos militantes.
Porém, com o apoio dos Estados Unidos, Israel segue nos territórios ocupados, ignorando uma resolução da ONU que determina a desocupação das regiões conquistadas na Guerra dos Seis Dias. A postura de Israel de não deixar as áreas ocupadas, junto aos atentados e boicotes por parte de palestinos que não reconhecem o Estado judeu, impedem que os conflitos terminem, apesar de haver um processo de negociação de paz que já dura anos.
Conflitos sino-tibetanos 
Os conflitos entre China e Tibete vêm de um longo processo histórico e desde 1949, quando ocorre à ocupação chinesa vem ganhando destaque internacional. O Tibete é uma região localizada ao sudoeste da China cercada por um conjunto de países vizinhos. Ao sul, fazem fronteira com essa região Índia, Mianmar, Butão e Nepal. Na parte oeste, faz limite com a conflituosa região de Jammu e Caxemira. Originária de uma antiga dinastia militar, o Tibete, desde o século VII, forma um império pacífico guiado pelos preceitos religiosos budistas. O principal cargo político tibetano é ocupado por um Dalai-lama, que acumula funções religiosas e políticas.
A Revolução Chinesa de 1949 inaugurou os conflitos atuais envolvendo a região do Tibete. A instalação do movimento liderado por Mao Tsé-Tung buscou reorganizar os costumes e tradições tibetanas em favor dos princípios ideológicos do comunismo maoista. Em 1951, a assinatura do Acordo dos 17 Pontos, definindo as relações entre China e Tibete, parecia direcionar as questões políticas para uma solução diplomática. No entanto, a orientação militar ofensiva da China arrastou esse problema por mais de meio século, tornando a autonomia política do Tibete uma verdadeira incógnita.
Em 1959, o general chinês Chiang Chin-wu convocou o Dalai-Lama para acompanhar uma festividade das autoridades chinesas na cidade de Lhasa, capital do Tibete, desde que ele não contasse com nenhum tipo de segurança pessoal. O conhecimento público do estranho convite representou uma ameaça velada à integridade física do líder religioso. Em resposta, o Dalai pediu asilo às autoridades indianas. Esse foi um breve exemplo das tensões que envolveram, no último século, a China e o Tibete.
Ao longo da História, a região do Tibete sofreu com a ocupação de diversos povos e impérios. Na dinastia sino-mongol Yuan (1279-1368), estabelecida pelos reis guerreiros Gengis Khan e Kublai Khan, firmaram-se acordos para que a autonomia política da região fosse preservada. Depois de manter relações mornas com a dinastia Ming (1386-1644), o Tibete contou com a proteção militar chinesa desde a ascensão do culto budista na dinastia Quing (1644-1911).
Com o fim da era imperial chinesa, em 1911, a região tibetana preservou sua independência política. Um dos mais claros exemplos dessa soberania foi notado durante os conflitos da Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a pressão imposta pelos Aliados (China, França, Inglaterra, União Soviética e Estados Unidos), o governo tibetano recusou-se a permitir a passagem de tropas, material militar e utensílios em seus territórios.
Em 1963, tendo oficialmente ganhado o status de Região Autônoma, o Tibete ainda viveu outras situações de conflito com a China. No fim dos anos de 1980, o massacre na Praça da Paz Celestial e a entrega do prêmio Nobel da Paz ao Dalai-Lama fizeram com que a questão da autonomia do Tibete tivesse repercussão internacional. Entretanto, desde a década de 1990, a China tenta justificar a ocupação ao territórioem razão do crescimento econômico oferecido à região nos últimos dez anos e da presença massiva de chineses da etnia han no local.
No decorrer da política opressiva dos chineses, vários tibetanos passaram a buscar exílio. Cerca de 120 mil tibetanos vivem em países estrangeiros, e a grande maioria encontra-se em território indiano. As autoridades políticas do Tibete também vivem em situação de exílio. O chamado “governo no exílio” conta com três poderes e tem sua sede fixada na cidade de Dharamshala, região norte da Índia.
A situação do Tibete abarca um confronto de perspectivas contrárias entre autoridades tibetanas e chinesas. Por um lado as autoridades chinesas reivindicam sua intervenção pelo progresso e benefícios materiais concedidos ao Tibete. Em contrapartida, os líderes tibetanos temem que a inflexibilidade política chinesa ameace as tradições religiosas e a liberdade do povo tibetano.
Nazismo
O livro escrito por Hitler na prisão teria passado por várias edições, antes de ser publicado, em 1925, pois foi escrito em uma linguagem oral, difícil de ser compreendida.
Mein Kampf se tornou um guia ideológico do nazismo e de ação para os membros do partido Nazista. Nele, Hitler expressou todas as suas ideias sobre os judeus, as raças humanas e o conceito político do Nacional-Socialismo, que é muito diferente do socialismo defendido por Karl Marx.
Em relação aos judeus, Hitler declarou todo o seu ódio e repúdio à população judaica que vivia em terras alemãs, chamando-os de conspiradores que desejavam o controle da Alemanha.
Hitler também acreditada que a raça ariana era superior a todas as outras, e os homens e mulheres deveriam lutar pela pureza dessa raça. Obviamente, com a forte presença de judeus, essa pureza poderia estar em risco, e por isso, essas raças inferiores deveriam ser eliminadas.
Os judeus não foram os únicos perseguidos pelo Nazismo. Para manter a pureza da raça ariana, os negros, poloneses, homossexuais, comunistas, ciganos, deficientes físicos e mentais também deveriam ser eliminados, só assim, a raça atingiria a perfeição.
A religião também foi uma das áreas afetadas pelas ideologias do nazismo. Não poderiam ser aceitos cultos religiosos que não fosse o catolicismo. Ateus, protestantes e praticantes de cultos africanos ou orientais, foram combatidos com o mesmo ódio que Hitler dispensou aos judeus.
A política talvez seja o ponto mais importante do livro. Hitler expõe como a Alemanha precisava de uma reestruturação completa, com a criação de um novo Estado perfeito, e com um novo líder, que seria o próprio Hitler. Faz uma intensa crítica ao Tratado de Versalhes e suas cláusulas de rendição para a Alemanha, o que trouxe diversas consequências após do fim da Primeira Guerra.
A forma atraente como foi escrito fez do Mein Kampf o livro mais vendido da Alemanha. Foi impressionante como as ideias antissemitas e racialistas de Hitler conseguiram atingir toda a população, fazendo com que ele recebesse o apoio e admiração de praticamente todo o país.
A população desejava um líder como ele, que pudesse reerguer a nação alemã, e apagar a humilhação da derrota na Segunda Guerra Mundial.
A subida ao poder de Hitler e do Nazismo
Figura 
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 - Alemanha nazista de Hitler
Hitler sai da prisão em 1925, e já planeja reestruturar o Partido Nacional-Socialista. Em 1926, começa a fazer comícios e desfiles. Em 1928, o partido já conta com mais de 400 mil membros.
No ano de 1929, uma grande recessão dos Estados Unidos, evento conhecido como o “crack” da bolsa de Nova Iorque, despertou o temor da sociedade alemã em relação à economia. Isso fez com que as ideologias nacionalistas nazistas se tornassem cada vez mais populares. Em 1930, o partido tinha cerca de 1,5 milhão de militantes.
Com a popularidade em pleno crescimento, logo o partido tomou força no cenário político, e em 1933, Hitler sobe ao poder como Chanceler, o cargo abaixo do presidente no governo Alemão. Durante quase dois anos, Hitler comete uma série de golpes e ilegalidades, dando início à ditadura alemã.
Após a morte do presidente, em 1934, Hitler acumula os cargos de Chanceler e Presidente. Ele substitui a bandeira alemã pela bandeira do partido Nazista, convoca novas eleições para o parlamento, acaba com os partidos políticos e prende os opositores.
Nas eleições, Hitler ganha com maioria absoluta, e o parlamento, agora completamente Nazista, obedecem às ordens do presidente. O programa Nazista é aos poucos, colocado em prática.
As prioridades de Hitler era a indústria bélica, pois sua intenção era de invadir novos territórios. O trabalho militar se torna obrigatório, e todo o país é preparado para uma segunda guerra mundial.
Até 1939, Hitler toma a Áustria e a Tchecolosváquia, assina um pacto com o Japão para conter o avanço da União Soviética e do comunismo, faz acordos com Mussolini, líder fascista italiano, para proclamar o eixo Roma-Berlim e invade a Polônia.
Com a invasão da Polônia, França e Inglaterra declaram guerra contra a Alemanha. Nesse ponto, a sociedade alemã já passava por forte repressão, mas mesmo assim, ainda dava apoio a Hitler. Os judeus, negros, opositores e todos aqueles que não faziam parte da raça ariana, eram enviados a campos de concentração para trabalho forçado.
Características da ideologia do Nazismo
As principais características do governo alemão de Hitler eram:
Totalitarismo – todas as decisões são tomas pelo líder eleito. O regime totalitário para Hitler se resumia a um povo – o Volk, a um Império – o Reich, e a um líder – o Führer;
Antiliberalismo – censura por parte do governo, regulamentação da economia pelo estado, limitação da liberdade individual, destruição de formar culturais não permitidas, etc;
Militarismo – serviço militar obrigatório, preparação militar do país para a Segunda Guerra Mundial e forte desenvolvimento bélico;
Anticomunismo – perseguição aos comunistas e opositores;
Nacionalismo – desenvolvimento voltado principalmente para a economia nacional, sem capital estrangeiro. Propaganda e doutrinação patriótica.
Conclusão
Quando pensamos a realidade da religião, é muito importante fazermos a pergunta sobre o que é propriamente uma religião, assim sendo, devemos também religioso, com o cientifico e filosófico. Concluímos que as guerras étnicas existem desde o início da humanidade, tanto que os antropólogos levantam a hipótese que os Neandertais foram extintos em guerra contra os Homo Sapiens. Tais guerras ocorriam, pois sempre houve interesses distintos entre dois ou mais grupos étnicos, então sempre houve tais confrontos que na maioria das vezes acabam em crimes de guerra como genocídios, uma vez que, esses conflitos envolviam forças bélicas. Atualmente há diversos conflitos étnicos principalmente no Oriente Médio por circunstâncias religiosas radicais. Na África há vários conflitos territoriais entre tribos por causa da partilha imposta pelos europeus colonizadores desse continente em estados federados, que apenas atendiam seus interesses e não respeitando fronteiras convencionadas por essas tribos, assim separando grupos étnicos e delimitando grupos rivais num mesmo território. As guerras étnicas sempre serão usadas para a defesa e prevalência de interesses de determinado grupo sobre outro ou outros e esmagar posições culturais e sociais que vão contra a esses interesses. Estudar esses confrontos significa buscar compreender sua causa e entender seus fundamentos culturais e sociais.
ReferÊncias bibliográficas 
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