Buscar

CCJ0022-WL-A-LC-ECA - Aula 09 - Conselho Tutelar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

AULA 9 
CONSELHO TUTELAR (art. 131 ao art. 140)
Por que o Conselho Tutelar é um órgão considerado um elo entre o poder público e a sociedade civil? Para responder a esta questão, leia o texto Conselho Tutelar. 
Se você se interessar pela atividade de Conselheiro, acesse o site da prefeitura de sua cidade e descubra como participar.
OBJETIVOS
Para corroborar o sistema de garantias
Para dar efetividade à Doutrina da Proteção Integral e 
Para integrar a rede de atendimento
Por se tratar de um órgão novo, o legislador cuidou não só da sua formação, como também de suas atribuições. Ao conceituar o Conselho Tutelar, visou a fortalecer sua missão institucional, para representar a sociedade na salvaguarda dos direitos das crianças e dos adolescentes.
 Art. 131
- O art. 131, ao mesmo tempo em que indica a FUNÇÃO DE ZELAR PELO CUMPRIMENTO DOS DIREITOS DOS MENORES, ressalta suas CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS, que são:
 1) A PERMANÊNCIA: Significa que:
Uma vez criado, ELE NÃO PODE MAIS SER EXTINTO, sendo cabível tão-somente a renovação de seus membros após mandato de 3 anos. 
Ele DEVE FUNCIONAR DIUTURNAMENTE e, para tanto, deverá funcionar em sistema de plantão.
 2) A AUTONOMIA: Significa:
A NÃO-SUBORDINAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR na escala administrativa hierárquica de qualquer órgão público.
Como suas decisões são pautadas nos ditames legais, NÃO ADMITE NENHUMA INTERFERÊNCIA EXTERNA, o que não impede que essas decisões sejam revistas pelo Poder Judiciário ou que sua atuação seja fiscalizada pelo Ministério Público.
 3) O NÃO-EXERCÍCIO DA JURISDIÇÃO: Esta característica decorre da própria natureza administrativa do Conselho Tutelar, que, como tal, pode praticar somente ATOS ADMINISTRATIVOS, e não judiciais. Não obstante estas características, não raro nos deparamos com hipóteses nas quais os conselheiros tutelares interferem na dinâmica da própria família estipulando alimentos, estabelecendo normas de visitação ou retirando o menor da convivência dos pais, a fim de entregá-lo a outro parente. É importante ressaltar que, como conseqüência da natureza colegiada do Conselho Tutelar, suas decisões também são COLEGIADAS.
 Art. 134: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DO CONSELHO TUTELAR
- A lei deixou a cargo do MUNICÍPIO essa função. Não se pode perder de vista que o objetivo da lei, ao atribuir ao Município a responsabilidade pela criação do Conselho Tutelar, foi mantê-lo próximo à realidade da comunidade.
 Art. 132: COMPOSIÇÃO DO CONSELHO TUTELAR. 
- Composição do Conselho Tutelar: 5 membros, escolhidos pela comunidade local para um mandato de 3 anos. 
 O fato de os conselheiros serem escolhidos pela comunidade local, e não indicados política ou administrativamente, torna-os mais legítimos no exercício de suas funções. Esta norma, na forma como foi projetada, impede a majoração ou redução de seus integrantes. 
 O mesmo ocorre em relação aos três anos de mandato. 
- Deve ser ressaltado que a palavra “recondução”, utilizada no art. 132, não significa investidura derivada, ou seja, INDEPENDE DE NOVO PLEITO ELEITORAL.
 Art. 133: Requisitos mínimos para o exercício da função de membro do Conselho Tutelar. 
- Cabe ao legislador Municipal fixar outros requisitos, caso entenda necessário, como, por exemplo, exigir determinado grau de escolaridade ou comprovação de experiência em trabalho com menores.
- Cumpre informar que os requisitos para o exercício de membro do Conselho Tutelar são complementados pelo rol de situações em que as pessoas ficam impedidas de atuarem no mesmo Conselho (art. 140). 
 Art. 139: Regra geral relativa ao processo de escolha dos conselheiros
- Cabe ao Conselho Municipal de Direitos da Criança e do adolescente coordenar o processo de escolha, sob a fiscalização do MP.
 Art. 136: Atribuições do Conselho tutelar
- Dentre as mais importantes, podemos citar:
1. Aplicar as medidas protetivas constantes no art. 101, incisos I a VII;
2. Proceder ao atendimento e ao aconselhamento a pais ou responsáveis, por meio de aplicação das medidas previstas no art. 129, incisos I a VII;
3. Possibilidade de requisitar certidões de nascimento ou de óbito da criança ou do adolescente, caso em que cabe ao Conselho determinar tão-somente a expedição, na hipótese de ter havido o registro, ou encaminhar ao Poder Judiciário. Caso seja constatada a possibilidade de realização de registro nascimento, sem a necessária ordem judicial, deverá o Conselho orientar as partes envolvidas a procurarem o cartório de registro civil de pessoas naturais próximo às suas residências.
 Art. 138: Limites territoriais de atuação dos membros do Conselho Tutelar
- A fim de eliminar todas as dúvidas a esse respeito, o legislador estatutário, no art. 138, reportou-se às REGRAS DE COMPETÊNCIA contidas no art. 147. Segundo a disposição legal, a atribuição é determinada:
I- pelo domicílio dos pais ou responsáveis;
II- na falta destes, pelo local onde se encontre o menor.
- Exemplo: durante uma operação na praia de Copacabana, vários menores de rua são apreendidos. Alguns moram em Duque de Caxias, e outros, no Méier. Solução: todos serão levados para o Conselho de Copacabana e de lá encaminhados para os conselhos de sua residência, a fim de serem entregues às suas famílias. Vocês devem indagar: porque levar para o Conselho de Copacabana em primeiro lugar? Por estarem vivendo longe de sua família.

Outros materiais