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CCJ0022-WL-B-LC-ECA - Aula 05 - Outros Direitos

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AULA 5 
 
DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER; E DIREITO À 
PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO TRABALHO 
Para entendermos a postura do legislador neste assunto, é necessário um pequeno 
comentário do que significa a educação nos nossos dias. Diante das grandes transformações 
sociais introduzidas pelo texto constitucional, no sentido de hoje, o Estado brasileiro tem 
como fundamentos, dentre outros, a sua soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa 
humana (art. 1º, CF). Objetivando a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, o 
legislador constitucional utilizou-se da EDUCAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE 
TRANSFORMAÇÃO SOCIAL e, por conta disso, destinou um capítulo para regulamentá-lo 
(art. 205 a 214, CF). 
Como se pode observar, ele começa, no art. 205, enfatizando: a educação é um 
direito de todos e dever do Estado e da família. De início, fica claro que a educação não se 
constitui apenas numa obrigação do Estado, e sim numa obrigação conjunta do Estado e 
da família. O legislador fecha o dispositivo dizendo que A EDUCAÇÃO VISA AO PLENO 
DESENVOLVIMENTO DA PESSOA HUMANA, SEU PREPARO PARA O EXERCÍCIO DA 
CIDADANIA E SUA QUALIFICAÇÃO PARA O TRABALHO. Veja também os art. 53 a 59 do 
ECA. Diante dessa gama de objetivos estabelecidos pelo legislador constituinte, no sentido 
de não mais se restringir à educação do passado, o legislador estatutário se ateve a traçar 
regras com o intuito de implementar a nova tendência em vez de traçar novas regras acerca 
da educação, até porque estas estão contidas na LDB (Lei de Diretrizes Básicas - 9.394/96). 
 
 
DA PREVENÇÃO, DOS PRODUTOS E DOS SERVIÇOS 
O legislador estatuinte estabeleceu, nos art. 53 a 59, em que consiste a Educação, 
quais as responsabilidades do Estado, o poder-dever dos pais ou responsáveis, os direitos e 
deveres dos alunos e as obrigações dos dirigentes de estabelecimentos de ensino e 
professores. 
Nos art. 60 a 69 do ECA, o legislador adotou a regulamentação do direito à 
profissionalização e à proteção no trabalho e alertou para as normas contidas na 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
O legislador estabeleceu, a seguir, no Título III do ECA, a prevenção em que traça o 
dever jurídico de todos em prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da 
criança e do adolescente. Acompanhando as normas gerais, são elencadas a prevenção 
especial, dos produtos e dos serviços e a autorização para viajar. 
O ECA traça primeiramente as normas gerais e depois a prevenção especial, os 
produtos e os serviços e, por fim, a autorização para viajar. 
 
 
DIREITO À EDUCAÇÃO 
 
 Art. 53 – Como o legislador visa apenas compor esse direito para que ele produza os 
objetivos traçados pela CRFB, ele começa definindo os DIREITOS DOS ALUNOS e, dentre 
eles, está o da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; o de ser 
respeitado pelos educadores e o direito à escola próxima a sua residência. 
A conjugação desses direitos, de forma literal, levou à interpretação apontada acima. 
Contudo, ela deve ser interpretada tendo por parâmetro as regras do art. 6º do ECA e 
como tal, a conclusão que se chega é de que O ALUNO TEM O DIREITO DE 
PERMANÊNCIA DESDE QUE NÃO DÊ CAUSA PARA A SUA EXCLUSÃO, ou seja, que 
respeite os professores, seus colegas, funcionários e ainda cumpra com as suas tarefas, caso 
contrário poderá ser transferido “compulsoriamente” para outra unidade escolar, após 
esgotados todos os recursos, inclusive quanto à atuação do Conselho Tutelar, já que ele 
continua com o direito à educação. 
Quanto ao direito de ser respeitado pelo professor, o legislador apenas destacou 
esse direito para evitar abusos e não para subtrair do professor o direito de impor respeito 
aos alunos, até porque o direito recíproco faz parte da boa convivência humana. 
Observem que a LDB continua em vigor, bem como todas as penalidades nela 
previstas podem ser aplicadas, como advertência, suspensão e expulsão. 
 
 Art. 54 – Cuidou das OBRIGAÇÕES DO ESTADO dentro desse novo contexto, dentre as 
mais importantes, podemos destacar: 
1) Assegurar a oferta do ensino fundamental gratuito; 
2) Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência; 
3) Atendimento em creche e pré-escola. Para garantir o acesso à escola deu-lhe a natureza 
de direito subjetivo público e, apesar dessa preocupação explícita do legislador, 
constata-se um descaso nesse setor, o que é uma lástima para o desenvolvimento de 
crianças e adolescentes (pessoas em peculiar condições de desenvolvimento), do 
Estado, da família. 
 
 Art. 56 – Trouxe uma obrigação destinada aos dirigentes de ensino fundamental, 
no sentido de serem obrigados a comunicar ao Conselho Tutelar casos que envolvam maus 
tratos (comunicação compulsória, veja artigo 245 do ECA), faltas injustificadas e repetência 
reiterada. Apesar de a lei não ter restringido essa obrigação aos dirigentes de ensino público, 
poucos são os dirigentes de ensino particular que a cumprem. Nos demais artigos, o 
legislador estatutário ainda procurou dar realce a algumas regras contidas na LDB, 
referentes ao calendário e à grade curricular. 
 
 
DIREITO AO TRABALHO E À PREVENÇÃO 
DO TRABALHO (art. 60 - 69) 
O legislador adotou a mesma linha do direito anterior, ou seja, procurou 
regulamentar o direito do trabalho, de forma a garantir o seu efetivo exercício, em 
concomitância com os demais direitos, sem pretender alterar qualquer regra já existente. 
Assim, qualquer problema em relação ao contrato de trabalho do menor, a lei que irá 
regulamentá-lo será a CLT e não o ECA. 
Antes de entrarmos no estudo dessa matéria, deve ser ressaltado que o ECA não foi 
adequado à Emenda Constitucional nº 20 de 1998, que fixou a idade de trabalho do 
menor para 16 anos, exceto na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos. Assim, 
devemos ajustar a nossa leitura, ONDE O ECA SE REPORTA AOS 14 ANOS, DEVEMOS 
LER 16 ANOS. 
O legislador estatutário, dentro dessa proposta, visando prevenir abusos em relação 
ao trabalho do menor, não só definiu o significado de aprendizagem (art. 62), como procurou 
ressaltar os princípios básicos para a formação técnico-profissional (art. 63); assegurou os 
direitos trabalhistas até mesmo na condição de aprendiz (art. 65); elencou cinco situações 
nas quais é vedado o trabalho ao menor (art. 67); garantiu a remuneração ao adolescente 
(art. 64 e 68). 
 
DA PREVENÇÃO (arts. 70 a 80) 
Antes de iniciarmos o estudo da prevenção, devemos tecer um breve comentário 
acerca da técnica utilizada pelo legislador, a fim de possibilitar melhor compreensão. Se 
vocês observarem, até aqui o legislador regulamentou direito por direito. A partir desse 
momento, ele muda essa técnica e sob o título da prevenção passa a regulamentar os 
demais direitos em bloco e não mais individualmente. Por que mudou a sua técnica? Alguns 
doutrinadores começaram a classificá-los como direitos secundários ou subsidiários. 
Não obstante o pensamento desses doutrinadores, não podemos partir da idéia de 
que o legislador não primou por um rigor sistêmico ou que tenha sido inábil ao tratar dessa 
matéria. O certo é que a Lei 8.069/90 objetiva criar nova mentalidade em torno dos direitos 
das crianças e adolescentes, visando proporcionar um crescimento sadio e harmonioso a 
uma pessoa em peculiar condição de desenvolvimento. Nessa linha de raciocínio, 
estabelecendo um paralelo com a técnica empregada na lei, conclui-se que o legislador ao 
preceituar no art. 72 que as obrigações previstas nessa lei não excluem da prevenção 
especial e outras decorrentes dos princípios por ela adotados, previu, de forma implícita, a 
utilização de programas e medidas como meio de evitar a marginalização e a discriminação 
dos destinatários do ECA. 
Ao estabelecer, no art. 71, que a prevenção se faz por meio da informação, cultura, 
esporte, lazer, diversões,espetáculos e serviços (com ressalva de que respeitem a sua 
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento) teve duplo objetivo: 
1. Alertar a sociedade de que TODOS OS DIREITOS FUNDAMENTAIS SÃO 
EQUIVALENTES; 
2. Criar uma nova mentalidade pelo estabelecimento da RESPONSABILIDADE DA 
FAMÍLIA, DA SOCIEDADE E DO ESTADO NA GARANTIA DESSES DIREITOS 
como PRIORIDADE ABSOLUTA. 
Como desdobramento dessa nova visão, o legislador estatutário colocou a 
sociedade na função de GARANTIDORA, ou seja, cabe a nós a sua fiscalização (art. 70). 
Em face ao número de críticas existentes em torno da sistemática adotada pelo legislador, 
esse permaneceu fiel à sua técnica inicial quando estabeleceu como limite a pessoa da 
criança ou do adolescente como sujeitos de direitos. A maior novidade trazida pelo Estatuto 
é a regulamentação sobre os programas, produtos, diversões e espetáculos públicos. 
Anteriormente, esse poder de proibição era conferido com exclusividade a 
determinadas autoridades, sob pena de infringirem o disposto no art 252 do ECA. Hoje, a 
função de regulamentá-los é do Poder Público (art.74 do ECA e art. 220, § 3º, I e art 
21, VI, ambos da CRFB), cabendo aos pais o poder de escolha dos programas televisivos que 
entendam ser adequados. Tanto isso é fato, que o legislador determinou que se fixasse 
informação destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária no certificado 
de classificação (art. 74), sob pena de infringirem o disposto no art. 252 do ECA. 
A própria Constituição instituiu regras e princípios, nos art. 220 e 221, que 
restringem os abusos dessa natureza.O legislador estatutário praticamente repetiu o texto 
constitucional no art. 74, ao prescrever que o Poder Público através de órgão 
competente regulamentará as diversões e espetáculos públicos. Essa 
regulamentação, hoje, é feita pela Lei 10.359/01, mas o artigo 8º que trata da vigência da 
referida lei foi modificado pelo artigo 4º da Lei 10.672/03 cuja vigência passou a operar a 
partir do ano de 2004. 
No estatuto, figura a preocupação com a formação das crianças e adolescentes de 
forma cogente, mas o art. 75 garante o acesso de qualquer criança ou adolescente às 
diversões e espetáculos públicos considerados adequados. Essa regra, hoje, é 
disciplinada também pela Portaria 1.597/04 do Ministério da Justiça com minuta de Portaria 
1.344, de 7 de julho de 2005, a qual atualmente regula a matéria quanto à permissão de 
acesso de menores, desde que acompanhados de seus pais ou responsáveis, aos referidos 
locais. 
O art. 76, do Estatuto, na esteira da CRFB, preceitua que as emissoras de rádio e 
TV somente exibirão ao público infanto-juvenil programas com finalidades 
educativas, artísticas, culturais e informativas. Contudo, apesar de toda a preocupação, 
assistimos a vários desrespeitos às normas regulamentares. Para coibir esses abusos, o 
Estatuto dispõe de uma série de INSTRUMENTOS JURÍDICOS (art. 194 a 197 do ECA) 
como a Ação Civil Pública, Mandado de Segurança e imposição de penalidade pecuniária (art. 
252, 253, 254 e 255 do ECA). 
Quanto à venda ou locação de fitas de programação em vídeo, o legislador 
preocupado com o risco de sua utilização indevida, determinou no art. 77 que esses produtos 
deverão exibir em seus invólucros informações sobre a natureza da obra e a faixa etária a 
que se destina, art. 256 do ECA. Por conta dessa determinação, muitas locadoras de fitas e 
vídeos se adequaram criando um espaço privativo para as obras consideradas eróticas ou 
obscenas. 
No que diz respeito às revistas e outras publicações, a lei no art. 78 criou restrições à 
sua comercialização quando consideradas impróprias ou inadequadas ao público infanto-
juvenil. Essa impropriedade pode se apresentar tanto na forma escrita quanto através de 
imagens, desde que transmitam um conteúdo fantasioso, falso, mentiroso, contrário à lei e 
aos bons costumes (V. art. 257 do ECA). 
A preocupação do legislador é tamanha que no parágrafo único desse artigo 
determina que a revista será vendida em embalagem opaca, quando na capa da obra houver 
mensagem obscena ou pornográfica, ou seja, material com conteúdo capaz de despertar 
sensações impróprias à fase de vida que os menores estão atravessando. O cuidado do 
legislador se mostra ainda maior em relação às crianças, tanto que em seu art. 79 proíbe a 
inserção de fotografias, legendas, crônicas, anúncios de bebidas alcoólicas, cigarros, armas e 
munições nas publicações destinadas ao público infanto-juvenil, ressaltando que essas obras 
não poderão se afastar dos valores éticos e sociais da pessoa e da família. 
Por fim, o legislador no art. 80 proíbe a entrada e permanência de criança ou 
adolescente em locais onde haja exploração comercial como bilhares, sinuca ou congênere 
etc. (V. art. 247 do Código Penal). É importante lembrar que o Estatuto não faz qualquer 
proibição quanto aos fliperamas, jogos eletrônicos e similares em face do caráter lúdico, 
ausente a idéia de jogo de azar. Como lembra Wilson Donizeti Liberati no livro Comentários 
ao Estatuto da Criança e do Adolescente, p 64: “(...) embora não contemplados 
especificamente pelo Estatuto, os jogos eletrônicos e o local onde são explorados serão 
disciplinados pela autoridade judiciária (...)”. 
 
DOS PRODUTOS E SERVIÇOS (art. 81 e 82) 
No estatuto, ao tratar a matéria, o legislador reafirmou seu propósito de constituir 
um instrumento de transformação, tanto que proibiu produtos e serviços anteriormente 
permitidos. Por essa razão, tornou-se alvo de muitas críticas. 
Da análise do art. 81 conclui-se que o legislador adotou um sistema decrescente, 
cuidando primeiramente daqueles produtos ou serviços que causam maiores riscos. 
Assim, no inciso I, é proibida a venda de armas, munições e explosivos – a razão da 
proibição não se fundamenta apenas no fato de que hoje estas condutas se constituem em 
tipo penal, previsto na Lei 10.826/03, mas sim em decorrência do risco que causam. 
No inciso II, é proibida a venda de bebida alcoólica às crianças ou adolescentes. 
Como o legislador somente proibiu a venda, há quem defenda a tese de que o legislador 
objetivou complementar o art. 63 da lei das Contravenções Penais, que somente pune o ato 
de servir e não de vender. 
No inciso III, é proibida a venda de componentes que possam causar dependência 
física ou psíquica, passando a ser de caráter complementar à nova lei que cria o Sistema 
Nacional de Políticas Públicas sobre drogas, haja vista que contém na Lei 11.343 de 23 de 
agosto de 2006, norma penal em branco, a qual depende de portaria do Ministério da Saúde, 
órgão que estabelece a lista de substâncias que são consideradas drogas. 
Vale lembrar que substâncias tóxicas somente serão consideradas droga pela 
Lei 11.343 se constar da portaria do Ministério da Saúde, a qual não abrange todos 
os produtos nocivos às pessoas, deixando de fora a cola de sapateiro, o tinner, o 
xarope etc. Por essa razão, o ECA, no art 81, III, é de suma importância, pois lista 
SUBSTÂNCIAS TÓXICAS NÃO- ENTORPECENTES, que estão sujeitas à tipificação quando 
ocorrer inobservância dessa norma, o que importa na prática do crime previsto no art. 243 
do Estatuto. 
O inciso IV proíbe a venda de fogos de artifício, com exceção daqueles que não são 
capazes de causar risco de dano físico. O descumprimento dessa norma importa no crime 
previsto no artigo 244 do ECA. Nos incisos V e VI é proibida a venda de revistas em 
desacordo com o artigo 78 e de bilhetes lotéricos. 
Finalmente, o estatuto objetivando coibir a prostituição infantil e impedir que filhos 
menores se evadissem de suas residências proibiu a hospedagem de menor 
desacompanhado ou sem autorização de seus pais ou responsáveis em hotel, motel, pensão 
ou congênere. 
Por fim o legislador cuidou da autorização para viajar – porque a questão da viagem 
está vinculada ao direito de ir evir do menor, concebido pelo ECA como direito à liberdade 
(art. 16, I). O legislador no art 83 não se afasta da idéia de que esse direito tem como limite 
o próprio menor. Assim, reportou-se apenas às crianças, face à sua condição de 
vulnerabilidade, excluindo os adolescentes na medida em que estes possuem condições de 
autodefesa. 
Numa interpretação sistemática entre os arts. 82 e 83 percebe-se uma 
incompatibilidade entre os dispositivos, na medida em que não se complementam de 
forma lógica. No art. 83, é permitido ao adolescente viajar sozinho, mas por outro lado o art. 
82 não o autoriza a se hospedar. De acordo com o art. 83, caput, a criança só poderá viajar 
acompanhada de seus pais, caso contrário necessita de autorização judicial. Todavia, essa 
regra foi flexibilizada pelo próprio legislador, ao prever nos parágrafos desse mesmo artigo, 
situações em que a criança poderá viajar desacompanhada de seus pais e sem autorização 
judicial, a saber: 
1º) diz respeito à situação na qual a criança poderá viajar sozinha, quando se tratar de 
comarca contígua à sua residência ou incluída na mesma região metropolitana. O 
entendimento prevalente é de que em ambas as situações se dão na mesma unidade 
da federação; 
2º) quando a criança viajar acompanhada de ascendente, ou colateral maior até o 3º grau 
(inclui os irmãos e os tios), desde que comprovado esse parentesco através de 
documento; 
3º) acompanhada de pessoas maiores de idade, devidamente autorizada pelo pai, mãe ou 
responsável. 
O legislador ainda na esteira de facilitar a vida da criança, no parágrafo 2º permitiu 
ao poder público autorizar a viagem, com validade de até dois anos, desde que requerida 
pelos pais ou responsáveis. 
Com relação à viagem para o exterior, regulamentou no art. 84 que a criança e o 
adolescente somente poderão viajar para fora do país mediante autorização judicial, exceto 
em duas situações: 
1) quando estiverem acompanhadas dos pais ou na companhia de um deles, autorizado 
expressamente pelo outro, através de documento com firma reconhecida. (Quanto ao 
conceito de responsável, fazendo-se uma interpretação sistemática da própria lei, a 
conclusão que se chega é de que responsável se cinge ao guardião e ao tutor, art. 170 
c/c art. 32 do ECA); 
2) com prévia autorização judicial é permitida a saída de crianças ou adolescentes do 
território nacional na companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior (art. 
85 do ECA).

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