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FATIN - FACULDADE DE TEOLOGIA INTEGRADA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE Uma visão geral dessa doutrina neo-pentecostal RECIFE, FEVEREIRO DE 2017 THIAGO RODRIGUES DE ANDRADE VIEIRA DE SOUZA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE Uma visão geral dessa doutrina neo-pentecostal Trabalho apresentado como recurso avaliativo da disciplina Introdução a Teologia, ministrada pelo professor Jorge Barros......................... RECIFE, FEVEREIRO DE 2017 INTRODUÇÃO A teologia da prosperidade tem como objetivo o bem-estar material. Essa “teologia” é muito mais uma estratégia que reflete a aspiração dos seus seguidores do que teologia propriamente dita. Esse movimento não surgiu da reforma, é uma variação moderna do pentecostalismo que foca na transformação milagrosa da vida de seus adeptos, no espírito e no corpo, mas principalmente no estilo de vida (HOLLENWENGER,1968)............................................................................................. Muitas das igrejas emergentes, tem uma teologia maleável onde se costura um relacionamento com a sociedade, trazendo assim preocupações espirituais, pois reinterpretam dogmas da igreja para ficar o mais próximo possível de sua cultura e expectativas (GIBBS; BOLGER, 2005). Essa teologia “vende bens” a sua clientela e alcança sucesso nisso, pois sonda as necessidades físicas e espirituais de seu público alvo e gera uma teologia que se adequa ao referido nicho de mercado. O foco principal é o sucesso, a saúde e a procura por felicidade e realização material. A ORIGEM DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE A teologia da prosperidade foi originada, pelo menos sua manifestação moderna, nos Estados Unidos. Evangelho baseado no dinheiro tem uma longa história nesse país e podemos datar desde o século XIX, quando pregadores defendiam o que eles chamavam de Gospel Of Wealth, que traduzido podemos entender como Evangelho da Riqueza, da fartura ou prosperidade, como melhor se entender, eles incitavam os ouvintes a crerem que Deus recompensaria a fé deles com “acres de diamantes”, esse por sinal é o título do sermão que é considerado por muitos o discurso inicial da teologia da prosperidade feito por Russell H. Conwell, um bem-sucedido homem de negócios, pregador popular e orador inspirado, que viveu entre o século XIX e ínicio do XX. Em sua carreira de pregador que começou em 1870 e terminou em 1925 com sua morte, Conwell pregou o sermão “Acres de diamantes” mais de 6000 vezes. Conwell foi também o fundador do Temple University (Universidade do Templo)............................................................................. O simples calculo de fé + doação = vida boa, tem sido bastante divulgado pelos tele-evangelistas do inicio do século. O surgimento da teologia da prosperidade moderna data do início do século XX, as raízes dessa teologia está ligada ao surgimento da mídia religiosa, quando os primeiros pregadores como Charles R. Fuller, o primeiro apresentador de rádio evangélico e fundador do Fuller Theological seminary (Seminário Teológico Fuller), Aimee Semple McPherson nos anos anteriores a segunda guerra mundial, e Reverendo Ike (Frederick Eikerenkoetter) no anos pós-guerra, elaboraram seus ministérios baseados na ideia de que Deus derramaria bênçãos sobre o seu povo fiel (NOLL, 2000). Reverendo Ike, mesmo depois de cinquenta anos em atividade continuava a promover a si próprio como “Pregador do sucesso e da prosperidade”, foi o primeiro a abertamente interpretar as palavras de Jesus, “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10) como uma chamada para a bênção material e o engrandecimento pessoal. Uma das características que distingue a teologia da prosperidade é que as bênçãos vem de forma miraculosa. Bem-estar material não é consequência de uma vida virtuosa e sim presentes sobrenaturais que Deus concede em virtude das ofertas que as pessoas lhe trazem. A ideia de que Deus recompensa os fiéis com dinheiro e bens materiais, surge com o advento do evangelismo por meio do rádio e da televisão, onde os pioneiros como Rex Humbard, Kenneth Hagin, no início da década de 1930, e depois, especialmente Oral Roberts, que pedia a sua audiência que enviasse dinheiro para sustentar o seu ministério tecnológico altamente dispendioso; depois de um tempo isso evoluiu para uma “teologia” que exigia dinheiro como prova de fé, na qual Deus daria ao doador dez vezes ou mais. Porém foi o protegido de Oral Roberts, o tele-evangelista Kenneth Copeland, que em meados da década de 1960, articulou um dos princípios bases da teologia da prosperidade moderna, propondo o ensino que ele chamava de “Palavra da fé”. Essa é a crença de que a fé é literalmente uma força poderosa que pode ser liberada através da palavra proferida, portanto, qualquer um pode obter o que quiser quando a palavra da fé for liberada para se obter o desejo do coração, mesmo que o desejo seja material ou ainda outra coisa mais tola. De acordo com o teólogo Harvey Cox (1995), “A ideia é que através da crucificação de Cristo, os cristãos herdarão todas as bênçãos de Deus feitas a Abraão, e isso inclui tanto as espirituais como as materiais. O único problema é que o cristãos tem uma fé muito pequena para se apropriar do que é seu por direito. O que eles precisam fazer é reivindicar alto e claro”. Como o tele-evangelista norte-americano Jim Bakker costumava exortar seus telespectadores, “Quando você pedir a Deus um trailer, certifique-se de falar a Ele de que cor você quer”.................................................................................................... Copeland começou a promover a “palavra da fé” em meados dos anos 60, porém foi nos anos 80 e 90 que o evangelho da prosperidade firmado no ensino da “palavra da fé” alcançou o mundo e começou a tomar o lugar do pentecostalismo, foi daí que começou a se focar nos bens temporais ao invés do venha o Teu Reino. Edin Abumansur (2002) escreveu, “O discurso do neo-pentecostalismo encoraja o investimento de tempo, dinheiro e atenção nessa vida. Enfatizar a vida futura, o julgamento final e o sofrimento eterno como os [outros] protestantes o fazem é totalmente impensável nessa teologia da prosperidade”. Os neo-pentecostais são pessoas desse mundo, o que eles acreditam é muito mais cheio de promessas do que de sofrimento. Com o evangelho do “fale e reivindique”, é culpa sua se você for pobre, doente ou infeliz, simplesmente porque você não teve fé suficiente para pedir a Deus uma vida melhor. Como um dos defensores da teologia da prosperidade, Daniel Míguez (2001) disse: “a distancia entre o dinheiro ser a raiz de todos os males e o mesmo ser a manifestação da graça de Deus tem se provado ser bastante pequena”. TEOLOGIA DA PROSPERIDADE EM UM CONTEXTO GLOBAL A teologia da prosperidade se espalhou descontroladamente e com o crescimento das igrejas evangélicas “não-denominacionais”, a mensagem da prosperidade dominou a maioria dessas novas igrejas, superando facilmente a mensagem de santidade, comportamento ético, pecado e salvação que são os pontos centrais do protestantismo, até da teologia pentecostal (GILLEY, 1999). Esse movimento tem crescido especialmente na África Subsaariana em países como a Nigéria, Gana, Tanzânia e Quênia, todos locais onde a AIDS, o sistema econômico, e a corrupção tem destruído as famílias e a sociedade. A Nigéria, é o local onde alguns dizem haver a maior igrejaneo-pentecostal do mundo – a multinacional Living Faith Church Worldwide, Inc. (Ministério Internacional Fé viva), também conhecida como Winners Chapel (Capela dos campeões). Fundada por David Oyedepo em 1983, a igreja em Lagos acomoda aproximadamente 50,500 pessoas – quase o dobro da maior igreja neo-pentecostal dos Estados Unidos, a Lakewood Community church em Houston, Texas, que foi reformada e acomoda sentados “somente” 16,000 dos 30,000 membros. Na capela dos vencedores em Lagos, na Nigéria, os cultos são sempre cheios de pessoas que querem ouvir a mensagem do Pastor David: Quando Deus instruiu Moisés para “ir e libertar o povo”, Deus disse a Oyedepo, “faça meu povo rico”. O Ministério Internacional Fé Viva tem “agências” em 40 países. (GIFFORD, 2007 e 2004)....................................................................... Esse ensino também tem entrado nos ouvidos do resto do mundo, áreas conhecidas como “países em desenvolvimento”, um dos líderes dessa mensagem é Paul (David) Young Cho, o pregador e pastor da Igreja coreana Yoido Full Gospel Church (Igreja do Evangelho Pleno) com 830,000 membros em Seul, Corea do Sul, uma nação que tinha uma minoria evangélica até antes da guerra coreana em meados de 1950 e agora tem uma maioria cristã de grupos católicos e protestantes (BUSHWELL, 2006). Os números deixam claro que a mensagem de Cho tem um atrativo muito grande para os coreanos. Hoje, um em cada vinte habitantes de Seul, se reporta como membro da Igreja do Evangelho Pleno, e a igreja segundo notícias, recebe 3,000 novos membros a cada mês (THE ECONOMIST, 2007)......................... Como Oyedepo, Cho foca no aspecto do discipulado, ele enfatiza as três bênçãos de Cristo: Saúde, prosperidade e salvação,” respaldado por alguns aspectos do xamanismo tradicional coreano e do espetáculo ocidental (JENKINS, 2006). Conhecido pela pompa nos serviços de adoração como também por sua mensagem, Cho tem seguidores em todo o mundo, e provavelmente excede a qualquer outro pregador desse movimento exceto talvez Benny Hinn. Através da televisão, a influência global que ambos possuem é imensa, especialmente nos “teatros litúrgicos” que acontecem sempre nos cultos neo- pentecostais......................... Na américa latina, temos como expoente desse movimento a IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), que ironicamente tem sua antiga sede a Catedral Mundial da Fé, situada no Rio de Janeiro, em uma rua chamada pelo nome de um dos expoentes da teologia da libertação, Avenida Dom Helder Câmara. Entretanto existem outras dezenas de denominações numericamente expressivas no Brasil que defendem essa teologia. A pesquisa sobre o pentecostalismo feita pela organização Pew em 2006, diz que 46% dos brasileiros responderam que “concordam plenamente” com a declaração: “Deus dará prosperidade material a todos os crentes que tiverem fé suficiente” (PEW FORUM ON RELIGION AND THE PUBLIC LIFE, 2006). IURD: EXPOENTE DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE NO BRASIL Falando especificamente do caso da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), os métodos que essa igreja utiliza para disseminar a doutrina da prosperidade não é exclusiva dessa denominação, e de fato, é apenas um dos aspectos do ensino da igreja, pois também se enfatiza muito o exorcismo, algo que nós não vamos tratar nesse trabalho. Como em todas as igrejas da teologia da prosperidade, dentro da IURD é esperado muito (financeiramente) de cada crente, porém mais ainda é esperado em retorno, por exemplo: um pastor pode pedir aos fiéis que entreguem todo o seu salário, a fim de colher as bênçãos de um trabalho melhor remunerado ou uma riqueza inesperada em retorno. Diferente de algumas denominações, dentro da IURD a doação de dinheiro para a igreja é um principio, é de fato central para a salvação. Nos treze pontos da declaração de fé da igreja, a questão de dar o dízimo aparece antes de pontos como a ceia do Senhor ou vida eterna, algo que só é possível através do sacrifício de Jesus. Nas palavras da própria igreja: Dízimos e ofertas são tão sagrados, como sagrada é a Palavra de Deus. Dízimos e ofertas significam a fidelidade e o amor que o servo tem para com o Senhor. Ninguém pode desassociar dízimos e ofertas do trabalho redentivo do Senhor Jesus Cristo; eles significam, na verdade, o sangue dos salvos por aqueles que precisam de salvação (IURD, n.d.). Essa formula para salvação terrena, a qual o fundador da IURD ‘Bispo’ Edir Macedo se refere como ‘o milagre do dízimo’, ou ‘colocando Deus a prova’, está mais para uma simpatia mágica, como está escrito em um dos artigos de fé (IURD n.d.) escrito por Macedo, “Os dízimos e as ofertas são tão sagrados e são santos quanto a Palavra de Deus”. De acordo com a igreja, a entrega de dinheiro em quantidade cada vez maiores, é tanto um teste de fé como um ato de obediência. Como Macedo diz, “Deus nos ordena fazer prova dEle para que as bênçãos recaiam sobre nós”. Membros são convidados a contribuírem em todos os cultos que participam, e muitos dos fiéis vão a vários cultos por semana, e em alguns casos mais de uma vez por dia, já que cada dia é focado um aspecto diferente para a intercessão: por saúde, família, dinheiro, trabalho, etc. Existe uma observação bem obvia a ser feita, essas contribuições produzem prosperidade, ao menos para o pastor e para a administração da igreja, não necessariamente para os doadores. TEOLOGIA DA PROSPERIDADE: UMA OPÇÃO PARA O RICO? Críticos e seguidores da teologia da prosperidade, ambos concordam que o apelo principal dessa linha de pensamento é: a promessa de sucesso e o aumento dos ganhos materiais. Se a teologia da libertação prega a ‘opção preferencial pelos pobres’, essa teologia é a opção para os ricos. Nesse contexto a fé é recompensada imediatamente com o ganho: como o pastor diz, “Deus vai te encontrar no ponto de sua necessidade” (GIFFORD, 2007). Enquanto no passado recente do pentecostalismo, o “ponto da necessidade” era geralmente a saúde, agora é prosperidade financeira (CHESNUT, 2003)................................................................... Esse ponto de vista vai de encontro ao ensino convencional cristão, que prega a abnegação, disciplina, e sacraliza o sofrimento, e até como já vimos, contrasta com a velha escola do pentecostalismo que enfatiza recompensas celestes em vez da preocupação com o aqui e o agora. Acima de tudo, a teologia da prosperidade contrasta ainda mais bruscamente com a teologia da libertação, que exige mudanças radicais e justiça social. Em contraste, muitos adeptos da teologia da prosperidade desdenham da atual situação do sistema político- econômico, argumentando que verdadeiros crentes prosperarão debaixo de qualquer regime politico e econômico que esteja a vigorar. O fundador da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), Edir Macedo argumenta precisamente sobre esse ponto no seu livro intitulado ‘A liberação da teologia’............................................ O evangelho da prosperidade não está sem respaldo teológico. Muito daquilo que é pregado nessa teologia, vem de uma maneira literal de se ler a Bíblia, por exemplo: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; (Mateus 5:5). Em uma maneira literal de leitura, como observa Paul Gifford, a Bíblia funciona principalmente, “como um receptáculo de narrativas esmagadoramente milagrosas” (JENKINS, 2006) de histórias de pessoas comuns que se tornaram ricos e prósperos, principalmente no Velho Testamento, onde figuras como Davi, Daniel, Jacó, José e Moisés prosperam mesmo contra todas as impossibilidades por causa de sua fé em Deus. Acima de todos nessa narrativaestá Abraão, na qual a Bíblia relata que foi recompensado por Deus com uma vida materialmente próspera e abundante, pelo fato de ter uma fé inabalável na promessa e no pacto do Senhor, mesmo quando os sacrifícios pareciam ser altos demais (JENKINS, 2006)................. Escrevendo sobre o rápido avanço da teologia da prosperidade na África como também na América Latina, Paul Gifford (2007), sugeriu que o atrativo desse movimento provém não somente do desejo, mas de necessidades humanas não satisfeitas, que são moldadas pelo “colonialismo, pela rivalidade e competição por poder, pelo sistema econômico mundial, e um enorme fardo de dívidas. Mas, o fato mais importante, é o sistema político disfuncional que permite inexplicavelmente que a nata se aproprie da riqueza e do poder às custas do povo”. CONCLUSÃO A teologia da prosperidade tem sido denunciada por várias lideranças eclesiásticas das principais denominações protestantes, como uma heresia moderna que transgride o ensino de Jesus por santificar a riqueza, deificar o homem, e humanizar Deus, algumas vezes de maneira literal: Uma das vozes mais ouvidas desse movimento nos Estados Unidos, Kenneth Copeland, uma vez falou que Deus tem aproximadamente um metro e noventa centímetros de altura e noventa quilos de peso (HANEGRAAFF, 1993), é fácil desmentir a teologia da prosperidade como nada mais do que um esquema de enriquecimento rápido revestido de vestimenta religiosa. Ao mesmo tempo, que é difícil desprezar o seu atrativo fundamental, especialmente para pessoas que se encontram às margens da sociedade com poucos recursos para desenvolver-se em um mundo que está em constante mudança, de maneira tão frenética que eles não conseguem acompanhar. Independente do que se fale, alguns veem a teologia da prosperidade como miraculosa e com origem divina, eles frequentemente aprendem nas igrejas sobre gerenciamento de finanças, domínio próprio (em termos de sobriedade e comportamento sexual, não em relação ao consumismo). Como Philip Jenkins escreve, “Para um mundo que aprecia saúde e riqueza em um nível assustador, em comparação com qualquer outra sociedade predecessora, é fácil encontrar fiéis que associam favor divino a estomago cheio ou a acesso a escola, ou a cuidados de saúde; é fácil achar quem procura milagres ao invés de desenvolvimento gradual e progresivo, apesar de alguns procurarem apenas sobrevivência” (2006). Esse é um movimento de natureza global, que vive em constante inovação de ideias e teologia que flui facilmente de norte a sul, de leste a oeste. É também, muito mais um produto dessa época, em uma era onde a economia muda e os ajustes trazem a promessa de grandes avanços, porém onde esses ganhos geralmente se concentram, continua sendo fora do alcance das “pessoas comuns”. Nessas circunstâncias, o milagroso parece uma solução lógica, porém na maioria das vezes a fé é o contrário da lógica. REFERÊNCIAS ABUSMASNSSUR, Edin Sued, Crisis as Opportunity: Church Structure in Times of Global Transformations. Religion within a Context of Globalisation: The Case of Brazil, Revista de Estudos da Religião (REVER), São Paulo, 2002. Disponível em: < http://www.pucsp.br/rever/rv3_2002/i_abuman.htm>. Acesso em 04 de Fevereiro de 2017. BUSHWELL, Robert E. Jr., Christianity in Korea. Honolulu: University of Hawaii Press, 2006. CHESNUT, R. Andrew, Competitive Spirits: Latin America’s New Religious Economy. New York: Oxford, 2003. COX, Harvey, Fire From Heaven: The Rise of Pentecostal Spirituality and the Reshaping of Religion in the Twenty-First Century. Reading, Massachusetts: Addison-Wesley Publishing Company, 1995. GIBBS, Eddie; BOLGER, Ryan K., Emerging Churches: Creating Christian Community in Postmodern Cultures. Grand Rapids: Baker Academic, 2005. GIFFORD, Paul, Ghana’s New Christianity. Bloomington: Indiana University Press, 2004. _____ “Expecting Miracles: The Prosperity Gospel in Africa,” The Christian Century 20, Julho, 2007. GILLEY, Gary E., “The Word-Faith Movement,” Think on These Things, Springfield, Illinois, 1999. HANEGRAAFF, Hank, Christianity in Crisis: An Exposé of the Word-Faith Teachings and Doctrine. Irvine, CA: Harvest House, 1993. HOLLENWEGER, Walter, The Pentecostals. Peabody, MA: Hendrickson Publishers, 1968. Igreja Universal do Reino de Deus (n.d.), Vida en Abundancia, Colección Reino de Dios. Sem cidade de publicação. JENKINS, Philip, The New Faces of Christianity: Believing the Bible in the Global South. Oxford: Oxford University Press, 2006. MÍGUEZ, Daniel, Pentecostalism and Modernization in a Latin American Key: Rethinking the Cultural Effects of Structural Change in Argentina, Artigo apresentado para Latin American Studies Association, Washington DC, 2001. NOLL, Mark A., The Work We Have to Do: A History of Protestants in America. New York: Oxford, 2000. Pew Forum on Religion and the Public Life, “Spirit and Power: A 10-Country Survey on Pentecostals,” Outubro, 2006. Disponível em: <http://pewforum.org/surveys/pentecostal/>. Acesso em 05 de Fevereiro de 2017. The Economist, “O Come All Ye Faithful: God Is Definitely Not Dead, But He Now Comes In Many More Varieties”, November 21, 2007.
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