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CCJ0053-WL-B-TRAB-01-Teoria Geral do Processo-Respostas Plano de Aula

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-01 
 
1ª Questão 
 
César promove uma execução em face de Joaquim, objetivando receber uma nota promissória. Ao 
despachar a inicial, o juiz determinou que o oficial de justiça cumprisse o mandado de penhora e avaliação. Ato 
contínuo, foi penhorado o único imóvel do devedor, que se constitui na residência de sua família. No entanto, após 
ter sido realizada esta penhora, foi editada a Lei nº 8.009/90, estabelecendo que o imóvel residencial passou a ser 
impenhorável. Indaga-se: a penhora realizada sobre este bem antes da criação da Lei nº 8.009/90 pode 
permanecer ou a nova lei, de natureza processual, aplica-se imediatamente? 
 
RESPOSTA: SIM. Aplica-se imediatamente, pois conforme a súmula 205 do STJ, a Lei nº 8.009/90 aplica-se à 
penhora realizada antes de sua vigência. De acordo com a decisão do STJ a penhora deve ser desfeita. 
STJ Súmula nº 205 - 01/04/1998 - DJ 16.04.1998 
Bem de Família - Penhora - Vigência da Lei 
A Lei nº 8.009-90 aplica-se à penhora realizada antes de sua vigência. 
 
2ª Questão 
 
Assinale a alternativa correta, que diga respeito à natureza das leis processuais: 
 
a) Normas privadas, dispositivas e autônomas; 
b) Normas públicas, dispositivas e instrumentais; 
c) Normas privadas, instrumentais e autônomas; 
d) Normas públicas, cogentes e instrumentais. 
 
RESPOSTA: D. Normas públicas, cogentes e instrumentais. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-02 
 
1ª Questão 
 
Artur promoveu ação de conhecimento em face de Gabriel para postular a condenação do réu a pagar o 
valor de R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) em razão de descumprimento de contrato e a título de multa 
compensatória. Citado o réu oferece contestação, no prazo legal, e alega em preliminar a ilegitimidade da parte 
réu, em conta que com o autor nunca celebrou contrato de qualquer natureza. 
Indaga-se: 
 
a) O juiz ao determinar a manifestação do autor, em réplica, sobre a preliminar arguida pelo réu em sua peça de 
resistência, aplicou qual princípio de direito processual. 
 
RESPOSTA: O juiz ao aplicar o direito de replica utilizou-se do Principio do Contraditório e do Principio da Ampla 
Defesa, localizado na Constituição Federal em seu art. 5º, inciso, LV. O qual garante que todas as pessoas tem o 
direito de se defender com os meios e recursos a ele inerentes. É também o Principio Constitucional que versa 
sobre a imparcialidade imposta ao juiz durante uma decisão judicial sobre pena de nulidade da sentença. 
"Audiatur et altera pars" = Ouça-se também a outra parte. 
 
2ª Questão 
 
Assinale a alternativa correta em relação às normas cogentes do processo civil: 
 
a) elas são de natureza pública e, de regra, não podem ser afastadas pela vontade particular, se 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
essencialmente voltadas para o interesse público; 
b) são de interesse público, mas podem ser alteradas somente pela vontade do autor da ação; 
c) são de interesse público ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplicá-las em um caso 
concreto; 
d) são genuinamente de interesse particular, pelo que podem ser desconsideradas pela vontade das partes. 
 
RESPOSTA: C. São de interesse público ou particular, mas podem ser desconsideradas pelo juiz ao aplicá-las em 
um caso concreto. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
Questão nº 1 
 
Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40 
(quarenta) salários mínimos. O processo foi distribuído perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro cujo 
magistrado, de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol de um dos Juizados 
Especiais Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão foi impugnada por recurso, ocasião 
em que o recorrente objetou que é amplamente admitida, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, a 
possibilidade conferida ao demandante de optar entre o juízo comum ou o juizado especial. Indaga-se: 
 
a) Assiste razão a Gustavo? 
 
RESPOSTA: NÃO. Gustavo não tem razão, a causa é de competência da Justiça Federal, causa que não 
ultrapassa 60 Salários mínimos é de competência do Juizado especial federal, e neste caso, não há opção para o 
autor. Porque o critério é absoluto conforme art. 3° parágrafo 3 da lei 10259/01 (Dispõe sobre a instituição dos 
Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal). 
Art. 3o Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da 
Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças. 
§ 3o No foro onde estiver instalada Vara do Juizado Especial, a sua competência é absoluta. 
 
b) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, localizados na mesma 
cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? 
 
RESPOSTA: Esse conflito deve ser decidido pelo TRF (Informativo 406 do STF) pois o juiz suscitante e o juizado 
suscitado estão vinculados, pois são da mesma seção judiciária. Ou seja, Compete ao Tribunal Federal da região 
por força da súmula 428 do STJ que interpreta de forma extensiva o art. 108, I, E da CF/88. 
STJ Súmula nº 428 - 17/03/2010 - DJe 13/05/2010 
Competência - Conflitos de Competência entre Juizado Especial Federal e Juízo Federal da Mesma Seção 
Judiciária 
Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competência entre juizado especial federal e juízo 
federal da mesma seção judiciária. 
 
Questão nº 2 
 
Acerca da Lei dos Juizados Especiais Cíveis (JEC), Lei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta: 
 
a) Segundo os princípios da simplicidade e da informalidade que regem o julgamento nos juizados especiais, 
qualquer que seja o valor da causa, a parte vencida, ainda que não possua capacidade postulatória, pode 
recorrer da decisão monocrática e requerer a sua revisão pela turma recursal; 
b) O pedido do autor e a resposta do réu podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais 
produzidas em audiência, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas 
demandas não se exige a obediência ao princípio da identidade física do juiz; 
c) Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não compareça à audiência de instrução e 
julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a 
presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado à 
sessão de conciliação ou à audiência de instrução; 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
d) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decisões interlocutórias é cabível o agravo na forma 
retida, que impede a interrupção da marcha do processo, atendendo aos princípios da celeridade e 
concentração dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rápida solução do litígio. 
 
RESPOSTA: C. Como regra, deve ser decretada a revelia do réu quenão compareça à audiência de instrução e 
julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a presunção de 
veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado à sessão de conciliação ou à 
audiência de instrução. 
Lei n.º 9.099/1995 (Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providência). 
Da Revelia 
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, 
reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar da convicção do Juiz. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-03 
 
1ª Questão 
 
Sílvio promove ação de conhecimento em face de Francisco postular do réu indenização por dano material 
no valor de R$ 45.000,00 (quarenta e cinco mil reais). Citado, o réu oferece contestação e alega a incapacidade 
do autor, por ser relativamente incapaz, bem como, no mérito que já ocorreu a prescrição, considerando que o 
prazo previsto na lei civil para cobrança do crédito já esgotou quando da propositura da ação. O juiz, ao examinar 
os autos constata que o autor já adquiriu a maioridade e, então, acolhe a defesa do réu, reconhecendo a 
prescrição, proferindo sentença de improcedência do pedido. 
Indaga-se: 
Foi correta a decisão do juiz, diante da forma como se deve interpretar a lei processual? Justifique. 
 
RESPOSTA: SIM. O juiz analisou primeiramente a capacidade e depois o mérito que se encontrava prejudicado 
pela perda de prazo. 
 
2ª Questão 
 
Assinale a alternativa incorreta, que diga respeito a aplicação da lei no espaço: 
 
a) A jurisdição civil, contenciosa e voluntária (não contenciosa), é exercida pelos juízes em todo o território 
nacional, conforme determina o CPC; 
b) Em todos os processos que correm no território nacional devem-se respeitar as normas do CPC; 
c) A norma do art. 1º do CPC é válida mesmo que o direito material a ser aplicado seja oriundo do 
estrangeiro; 
d) Os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. 
 
RESPOSTA: D. Os processos que correm fora do território nacional tem eficácia no Brasil. Artigo 105 alínea I da 
CF. e artigo 483 CPC. 
 
CRFB/88 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
(---) 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às cartas 
rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). 
 
CPC – Código de Processo Civil - LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973. 
 
DA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
4 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
 
Art. 483. A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de 
homologada pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
Parágrafo único. A homologação obedecerá ao que dispuser o Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
Questão nº 1 
 
Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a 
desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, 
postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em 
juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? 
 
RESPOSTA: SIM. Trata-se do instituto da tutela antecipada, Art. 273 do CPC, em que o juiz poderá a 
requerimento da parte, antecipar total ou parcialmente os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que 
inexistindo prova inequívoca, se convença da alegação e cumpra os requisitos dos parágrafos e incisos seguintes. 
 
CPC/73 - LEI N° 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973 
 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da 
tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e: (Redação dada pela Lei nº 8.952, de 1994) 
 
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou (Incluído pela Lei nº 
8.952, de 1994). 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 1o - Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do 
seu convencimento. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 2o - Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do 
provimento antecipado. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 3o - A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, 
as normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4o e 5o, e 461-A. (Redação dada pela Lei nº 
10.444, de 2002). 
§ 4o - A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão 
fundamentada. (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 5o - Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
(Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994). 
§ 6o - A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos 
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 
2002). 
§ 7o - Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, 
poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em 
caráter incidental do processo ajuizado. (Incluído pela Lei nº 10.444, de 2002). 
 
Questão nº 2 
 
De acordo com o princípio da correlação: 
 
a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte; 
b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
5 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
c) a Fazenda Pública tem direito ao devido processo legal; 
d) o juiz pode ter iniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de defesa 
constantes na contestação. 
 
RESPOSTA: A. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. Art. 128 do CPC. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-04 
 
Questão nº 1 
 
Gustavo ajuíza demanda em face da União cujo pedido tem conteúdo econômico equivalente a 40 
(quarenta) salários mínimos. A ação foi distribuída perante a 1ª Vara Federal do Rio de Janeiro cujo magistrado, 
de ofício, proferiu decisão interlocutória declinando da sua competência em prol de um dos Juizados Especiais 
Federais localizados na mesma cidade. Vale dizer que esta decisão foi objeto de recurso, ocasião em que o 
impugnante objetou que é amplamente admitida, tanto na doutrina quanto na jurisprudência, a possibilidade 
conferida ao demandante de optar entre o juízo comum ou o juizado especial. Indaga-se: 
 
a) Assiste razão a Gustavo? Justifique a resposta. 
 
RESPOSTA: NÃO. Não assiste razão a Gustavo, trata-se em seu texto expressamente que a competência do 
Juizado Especial Federal é absoluta, sem possibilidade de escolha pelo interessado, quando naquela base 
territorialo mesmo já tiver sido instalado. 
 
b) Eventual conflito de competência entre Vara Cível Federal e Juizado Especial Federal, localizados na 
mesma cidade, deve ser decidido por qual Tribunal? Justifique a resposta. 
 
RESPOSTA: Compete ao Tribunal Superior de Justiça, processar e julgar originalmente os conflitos de 
competência entre quaisquer Tribunal como diz o art.105, I, d, da CRFB/88. 
 
Questão nº 2 
 
Acerca da Lei dos Juizados Especiais Cíveis (JEC), Lei n.º 9.099/1995, assinale a opção correta: 
 
A) Segundo os princípios da simplicidade e da informalidade que regem o julgamento nos juizados especiais, 
qualquer que seja o valor da causa, a parte vencida, ainda que não possua capacidade postulatória, pode 
recorrer da decisão monocrática e requerer a sua revisão pela turma recursal; 
B) O pedido do autor e a resposta do réu podem ser feitos por escrito ou oralmente; as provas orais 
produzidas em audiência, entretanto, devem ser necessariamente reduzidas a termo escrito, pois nessas 
demandas não se exige a obediência ao princípio da identidade física do juiz; 
C) Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não compareça à audiência de instrução e 
julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a 
presunção de veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado à 
sessão de conciliação ou à audiência de instrução; 
D) No sistema recursal dos juizados especiais, contra as decisões interlocutórias é cabível o agravo na forma 
retida, que impede a interrupção da marcha do processo, atendendo aos princípios da celeridade e 
concentração dos atos processuais, com a finalidade de assegurar a rápida solução do litígio. 
 
RESPOSTA: C. Como regra, deve ser decretada a revelia do réu que não compareça à audiência de instrução e 
julgamento, ainda que compareça o seu advogado ou que seja apresentada defesa escrita, pois a presunção de 
veracidade dos fatos alegados no pedido inicial decorre da ausência do demandado à sessão de conciliação ou à 
audiência de instrução. 
 
 
 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
6 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
1ª Questão 
 
Determinada sociedade empresarial promove demanda visando compelir a demandada a se abster de 
utilizar indevidamente marca cuja titularidade confere à autora o Direito de utilização exclusiva. Pleiteia, ainda, a 
condenação da ré ao pagamento de indenização por perdas e danos. A Ação foi proposta no foro da sede da 
autora com fundamento no artigo 100, parágrafo único, do Código de Processo Civil. A ré oferece exceção de 
incompetência, por considerar competente para o processo e julgamento da causa o juízo da comarca onde possui 
sua sede, devendo ser aplicada a regra geral do artigo 94 do Código de Processo Civil. Considerando o disposto 
nos artigos 129 da Lei 9.279/96, bem como a certidão constante dos autos de que não há processo criminal 
instaurado para apuração de eventual cometimento do delito previsto no artigo 189 da referida Lei 9.279/96, 
pergunta-se: deve ser acolhida a aludida tese defensiva? 
 
RESPOSTA: SIM. Como não houve ação criminal, a devida ação deveria obedecer à regra geral de competência 
do art. 94 CPC, domicílio do réu. Art. 94 CPC: A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real 
sobre bens móveis serão propostas, em regra, no foro do domicílio do réu. 
 
2ª Questão 
 
Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a petição inicial 
percebe que a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já tendo sido anteriormente 
proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total improcedência em casos semelhantes. Por este 
motivo, o mesmo profere sentença liminar, julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação 
do demandado. Assinale a alternativa correta: 
 
a) O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a citação 
do demandado; 
b) O juiz se acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução liminar do 
mérito do processo; 
c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de 
procedência do pedido; 
d) Todas as alternativas estão equivocadas. 
 
RESPOSTA: B. O juiz se acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução 
liminar do mérito do processo. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
1ª Questão 
 
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter 
supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício 
previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais 
da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste 
mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o denunciado deveria ressarcir o INSS (autarquia federal) da 
importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta 
criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação 
dos prejuízos cíveis sofridos? 
 
RESPOSTA: Conforme art. 63, § único do CPP a sentença penal condenatória transitada em julgado tem valor de 
título executivo judicial passível de execução em varas civis. 
 
2ª Questão. Assinale a alternativa correta: 
 
a) A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Teoria Geral do Processo 
Prof.: Rodrigo Duarte de Melo 
Disciplina: 
CCJ0053 
TRAB: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
7 de 13 
Data: 
01/10/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0053/Trabalho AV1/WLAJ/DP 
fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal; 
b) Se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento, não 
se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano; 
c) A sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução 
perante o juízo de competência cível; 
d) A responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no 
juízo criminal. 
 
RESPOSTA: A. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-05 
 
Questão nº 1 
 
Fábio instaura processo em face de Carlos, perante um órgão integrante da Justiça Estadual, requerendo a 
desconstituição de uma obrigação representada em um título de crédito. O demandante, na própria petição inicial, 
postula ao magistrado a antecipação dos efeitos da tutela para que o seu credor seja impedido de executar em 
juízo esta dívida enquanto perdurar a presente demanda. Este pleito se afigura possível? Justifique a resposta. 
 
RESPOSTA: NÃO. O Art. 585, §1 CPC, não permite que se retire a força executiva dos documentos previamente 
determinado por lei como certos, líquidos e exigíveis. 
 
Questão nº 2 
 
De acordocom o princípio da correlação, é correto afirmar: 
 
a) o juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a 
cujo respeito a lei exige iniciativa da parte; 
b) não é justo que a Fazenda Pública tenha prazo em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar; 
c) a Fazenda Pública tem direito ao devido processo legal; 
d) o juiz pode ter iniciativa probatória desde que a mesma seja correlacionada aos fundamentos de defesa 
constantes na contestação. 
 
RESPOSTA: A. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
1ª Questão 
 
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O 
magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o 
referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata 
sentença, extinguindo o processo. Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? 
 
RESPOSTA: SIM. O Art. 475N do CPC declara que a sentença arbitral é um título executivo. 
 
2ª Questão 
 
Carlos realiza negócio com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um videogame. 
Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos não estava 
mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e, ato contínuo, 
levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento do seu prejuízo. 
 
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Esta postura adotada por Carlos configura: 
 
a) Autotutela; 
b) Autocomposição; 
c) Mediação; 
d) Arbitragem. 
 
RESPOSTA: A. Autotutela. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-06 
 
1ª Questão 
 
O Ministério Público Federal ofereceu denúncia em face de Alan Cunha, em virtude do mesmo ter 
supostamente praticado o crime previsto no art. 171, parágrafo 3º do CP, já que vinha recebendo benefício 
previdenciário manifestamente indevido. O processo criminal tramitou perante uma das Varas Federais Criminais 
da Seção Judiciário do Rio de Janeiro, culminando pela prolação de uma sentença penal condenatória. Neste 
mesmo ato decisório, o magistrado determinou que o denunciado deve ressarcir o INSS (autarquia federal) da 
importância de R$ 122.820,00, que seria o montante indevidamente recebido em virtude da sua conduta 
criminosa. Indaga-se: pode o magistrado, lotado em juízo especializado em matéria criminal, efetuar a liquidação 
dos prejuízos cíveis sofridos? Justifique a resposta. 
 
RESPOSTA: SIM. De acordo com o Art. 383, IV, CPP, alterado pela lei 11.719/08. 
 
2ª Questão 
 
Assinale a alternativa correta em relação à autonomia ou independência da responsabilidade civil e 
criminal: 
 
a) A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do 
fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal; 
b) Se tiver sido proferida sentença absolutória no juízo criminal, por qualquer que seja o seu fundamento, não 
se afigura possível o ajuizamento de qualquer ação civil objetivando a reparação do dano; 
c) A sentença penal condenatória não é título executivo hábil a permitir a instauração de uma execução 
perante o juízo de competência cível; 
d) A responsabilidade civil é independente da criminal e por este motivo é possível questionar sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, ainda que estas questões já tenham sido decididas no 
juízo criminal. 
 
RESPOSTA: A. A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a 
existência do fato, ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
1ª Questão 
 
Determinada sociedade empresarial promove demanda visando compelir a demandada a se abster de 
utilizar indevidamente marca cuja titularidade confere à autora o Direito de utilização exclusiva. Pleiteia, ainda, a 
condenação da ré ao pagamento de indenização por perdas e danos. A Ação foi proposta no foro da sede da 
autora com fundamento no artigo 100, parágrafo único, do Código de Processo Civil. A ré oferece exceção de 
incompetência, por considerar competente para o processo e julgamento da causa o juízo da comarca onde possui 
sua sede, devendo ser aplicada a regra geral do artigo 94 do Código de Processo Civil. Considerando o disposto 
nos artigos 129 da Lei 9.279/96, bem como a certidão constante dos autos de que não há processo criminal 
instaurado para apuração de eventual cometimento do delito previsto no artigo 189 da referida Lei 9.279/96, 
pergunta-se: deve ser acolhida a aludida tese defensiva? 
 
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RESPOSTA: SIM. A regra geral do art. 94 do CPC deve ser aplicada. O art. 100, parágrafo único, do CPC refere-
se apenas às ações de reparação do dano sofrido EM RAZÃO DE DELITO OU ACIDENTE DE VEÍCULOS, o que 
não é o caso, pois nem sequer há processo criminal instaurado para a apuração do eventual cometimento do 
delito, então não se pode dizer que esse processo cível é decorrente de um delito, se o processo criminal visando 
apurá-lo nem foi instaurado. 
 
2ª Questão 
 
Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a petição inicial 
percebe que a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já tendo sido anteriormente 
proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total improcedência em casos semelhantes. Por este 
motivo, o mesmo profere sentença liminar, julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação 
do demandado. Assinale a alternativa correta: 
 
a) O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a citação 
do demandado; 
b) O juiz se acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução liminar do 
mérito do processo; 
c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de 
procedência do pedido; 
d) Todas as alternativas estão equivocadas. 
 
RESPOSTA: B. O juiz se acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução 
liminar do mérito do processo. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-07 
 
1ª Questão 
 
Foi proposta uma determinada demanda decorrente de litígio oriundo da compra e venda de bem móvel. O 
magistrado, ao analisar os autos, verifica que as partes ajustaram entre si um compromisso arbitral sobre o 
referido negócio jurídico. Assim, considerando a obrigatoriedade da arbitragem, o juiz imediatamente prolata 
sentença, extinguindo o processo sem resolução de mérito (art. 267, VII do CPC). 
Indaga-se: Agiu corretamente o magistrado? Justifique a resposta. 
 
RESPOSTA: SIM. O caso em questão trata-se de um conflito que foi resolvido pelo instituto da arbitragem, a qual 
segundo o Comitê Brasileiro de Arbitragem (CBAr-2012): É um meio extrajudicial de solução de controvérsias, 
onde as partes contratantesescolhem um terceiro (árbitro) para resolver o litígio. Com a promulgação da Lei 9.307 
de 23 de setembro de 1996, a arbitragem encontrou o respaldo legal necessário para se desenvolver no Brasil. A 
partir de 1996, a arbitragem tem evoluído de maneira crescente e se firmado como uma opção para resolver 
questões litigiosas envolvendo direito patrimonial disponível. 
Sobre a mesma escrevem Cintra, Grinover e Dinamarco (2007, p.35). 
A arbitragem, tradicionalmente regida pela lei material e pelo Código de Processo Civil (CC-16, arts. 1.037 e 
1.048; CPC, arts. 1.072-1.102 CC-02, arts. 851-853), era um instituto em desuso no direito brasileiro. Depois, com 
a Lei das Pequenas Causas (atualmente, Lei dos Juizados Especiais – lei n. 9.099, de 26.9.95) e com a Lei da 
Arbitragem (lei n. 9.307, de 23.9.96), ela ganhou nova força e vigor e, em alguma medida, vai passando a ser 
utilizado efetivamente como meio alternativo para a pacificação de pessoas em conflito. Como se verá mais 
adiante, ela só se admite em matéria civil (não-penal), na medida da disponibilidade dos interesses substanciais 
em conflito. Ou seja, regulamentada pela lei n. 9.307/96 a arbitragem surge como uma alternativa à Jurisdição, 
segundo o art. 1º da referida lei “as pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir 
litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis”. 
Ocorre que no conflito acima citado, após as partes terem chegado a um compromisso arbitral sobre o 
litígio existente, o mesmo foi levado por alguma das partes à jurisdição estatal para um novo julgamento, contudo, 
ao analisar os autos, o magistrado verifica que as partes já haviam chegado a um acordo por meio da arbitragem 
 
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e extingue o processo sem resolução do mérito com base no art. 267, VII do CPC. 
Sobre este tema escreve Barroso (2011, p.138). 
Por força da Lei n. 9.307/96, a expressão “convenção de arbitragem” passou a abranger tanto o 
compromisso arbitral como a cláusula compromissória (pacto pelo qual os contratantes acordam submeter à 
arbitragem eventual litígio que possa surgir). Portanto, ambos servem para afastar a competência do juiz togado, 
gerando a extinção do processo de qualquer das partes contratantes que busque a jurisdição estatal, antes de 
submeter sua pretensão à arbitragem. 
Dessa forma, entende-se que o magistrado procedeu de forma correta, obedecendo ao que esta 
estabelecido no art.267, VII do CPC, segundo o qual o processo será extinto sem resolução de mérito pela 
convenção de arbitragem e também o que versa o art. 27, caput da Lei n. 9.099/95, de acordo com este proceder-
se-á imediatamente à audiência de instrução e julgamento quando não é instituído juízo arbitral entre as partes, o 
que não é a situação do caso abordado, já que o juiz constatou que houve compromisso arbitral ajustado entre as 
partes. 
Confira-se, a propósito, a tranqüila jurisprudência respeito do tema: ou / A corroborar este entendimento 
insta citar a decisão do TJDFT: 
PROCESSO CIVIL. JUÍZO ARBITRAL. CLÁUSULA COMPROMISSÓRIA. EXTINÇÃO DO 
PROCESSO. ART. 267, VII, DO CPC. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. DIREITOS DISPONÍVEIS. 
EXTINÇÃO DA AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA POR INOBSERVÂNCIA DO PRAZO LEGAL PARA A 
PROPOSIÇÃO DA AÇÃO PRINCIPAL. 
1. Cláusula compromissória é o ato por meio do qual as partes contratantes formalizam seu desejo de 
submeter à arbitragem eventuais divergências ou litígios passíveis de ocorrer ao longo da 
execução da avença. Efetuado o ajuste, que só pode ocorrer em hipóteses envolvendo direitos 
disponíveis, ficam os contratantes vinculados à solução extrajudicial da pendência. 
2. A eleição da cláusula compromissória é causa de extinção do processo sem julgamento do mérito, 
nos termos do art. 267, inciso VII, do Código de Processo Civil. 
 
2ª Questão 
 
Carlos realiza negócio jurídico com Gustavo, pagando uma determinada soma em dinheiro por um 
videogame. Ocorre que o aparelho eletrônico, uma vez ligado, apresentou uma série de problemas. Como Carlos 
não estava mais conseguindo realizar contato com Gustavo, o mesmo se dirigiu diretamente a sua residência e, 
ato contínuo, levou consigo um aparelho de televisão de valor compatível com o que pagou para ressarcimento do 
seu prejuízo. Esta postura adotada por Carlos configura: 
 
a) Autotutela; 
b) Autocomposição; 
c) Mediação; 
d) Arbitragem. 
 
RESPOSTA: A. Autotutela. A hipótese em comento configura uma “autotutela”, que é um dos três métodos de 
solução de conflitos bem primitivo, que consiste na prevalência da vontade do mais forte sobre o mais frágil. Com 
evolução da sociedade e a organização do Estado ela foi sendo expurgada da ordem jurídica por representar 
sempre um perigo para a paz social. Contudo, a mesma até é possível em caráter excepcional, como ocorre no 
desforço possessório. As características da autotutela são em síntese: Ausência de um julgador distinto das partes; 
e a imposição da decisão de uma parte (geralmente o mais forte) em detrimento da outra. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
1ª Questão 
 
Carlos Alberto promove demanda em face do Estado do Rio de Janeiro, perante um juízo fazendário da 
Comarca da Capital, objetivando o fornecimento de medicamentos para tratamento de uma determinada doença. 
Requereu, na inicial, a antecipação dos efeitos da tutela. O juiz, ao analisar a petição inicial, indefere 
motivadamente este requerimento. Foi interposto recurso de agravo, na modalidade de instrumento, perante o TJ-
RJ, que, por meio de um dos seus Desembargadores, concedeu efeito ativo (art. 527, inciso III, CPC), 
determinando o imediato fornecimento do medicamento. O Estado, além de interpor recurso de agravo inominado 
 
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(art. 557, par. 1º, CPC), poderia adotar ainda alguma outra providência? 
 
RESPOSTA: SIM. Além do agravo inominado, o Estado também poderia se valer de um incidente, previsto no art. 
4º da Lei nº 8.437/92, que cuida da possibilidade de a Fazenda Pública requerer, ao Presidente do Tribunal, a 
suspensão de decisões liminares que lhes são desfavoráveis. Trata-se de incidente bastante criticado, eis que 
somente pode ser manejado pela Fazenda Pública e, eventualmente, por particulares que tenham recebido 
delegação de algum serviço público (concessionárias de serviço público, como é o caso da COELBA), conforme 
entendimento do STF. Além disso, é de se destacar que, se a decisão do Tribunal violar o que foi decidido na ADC 
nº 4, que reputou a Lei nº 9.494/97 como constitucional, caberá também uma reclamação ao STF. 
 
2ª Questão 
 
César, no curso de processo cautelar, pleiteia a concessão de medida liminar contrária a União, que foi 
indeferida pelo juiz, ao argumento de que existe vedação no art. 1° da Lei n° 8.437/92. De acordo com o narrado, 
assinale a alternativa correta: 
 
a) A lei acima mencionada, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face da Fazenda 
Pública, viola o princípio da inafastabilidade, além de permitir que o Poder Legislativo possa se imiscuir na 
atividade jurisdicional; 
b) A lei sobredita é inconstitucional, pois ao restringir a concessão de liminares apenas contra a Fazenda 
Pública viola o princípio da isonomia; 
c) Para o STF, o dispositivo em comento,ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência em face 
do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em 
virtude de se tratar de uma decisão provisória; 
d) A lei em epígrafe é flagrantemente inconstitucional, devendo ser realizado sempre, em qualquer grau de 
jurisdição, o mecanismo de controle previsto nos arts. 480/482 do CPC. 
 
RESPOSTA: C. Para o STF, o dispositivo em comento, ao proibir ou limitar a concessão de medidas de urgência 
em face do Poder Público, é perfeitamente constitucional pois pautado em situações razoáveis e também em 
virtude de se tratar de uma decisão provisória. 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-08 
 
1ª Questão 
 
O Ministério Público instaura um processo coletivo em face do Município do Rio de Janeiro, em que se 
discute um direito indisponível (por exemplo, ofensa ao meio ambiente perpetrada pela Fazenda Pública). O 
demandado, após ter sido regularmente citado, não apresenta qualquer resposta. O magistrado, por este motivo, 
decreta a revelia do demandado e em seguida sentencia realizando um julgamento antecipado da lide, nos termos 
do art. 330, inciso II do CPC, que é considerado como uma “tutela de evidência”. Indaga-se: a Fazenda Pública 
pode realmente ser considerada revel? Esta revelia uma vez verificada autoriza o julgamento antecipado da lide? 
Justifique as respostas. 
 
RESPOSTA-01: SIM. Pode, uma vez que não contestando ocorrerá o fenômeno de revelia, porém esta revelia é 
inoperante ou irrelevante tendo em vista que o caso trata de litígio que versa sobre direitos indisponíveis, 
conforme dispõe o art. 320, II do CPC. 
 
RESPOSTA-02: NÃO. Porque conforme já afirmado o litígio versa sobre direitos indisponíveis, não autorizando 
julgamento antecipado da lide com base na revelia. A providência legal que o juiz deveria adotar é aquela disposta 
no art. 324 CPC, determinando a intimação do autor para querendo produzir provas. 
 
2ª Questão 
 
Guilherme propõe uma demanda em face de Rodolfo. Ocorre que o magistrado ao analisar a petição inicial 
percebe que a questão trazida nos autos é exclusivamente de direito, também já tendo sido anteriormente 
 
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proferidas pelo mesmo juízo várias outras sentenças de total improcedência em casos semelhantes. Por este 
motivo, o mesmo profere sentença liminar, julgando improcedente o pedido antes mesmo de determinar a citação 
do demandado. Assinale a alternativa correta: 
 
a) O juiz se equivocou, pois não poderia sentenciar com resolução do mérito sem antes determinar a citação 
do demandado; 
b) O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução liminar do 
mérito do processo; 
c) O juiz acertou em parte, pois somente poderia ter resolvido o mérito liminar se fosse hipótese de 
procedência do pedido; 
d) Todas as alternativas estão equivocadas. 
 
RESPOSTA: B. O juiz acertou, pois se trata de uma hipótese de tutela de evidência, o que motiva resolução 
liminar do mérito do processo. 
 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
 
1ª Questão 
 
Em demanda promovida por Marcos em face de Associação dos Idosos Brasileiros, o juiz profere o 
despacho saneador afastando a preliminar de ilegitimidade passiva suscitada pela parte demandada. Pergunta-se: 
 
a) Se no curso do procedimento forem produzidas provas que demonstrem a ilegitimidade da parte, poderá o juiz 
proferir sentença definitiva de improcedência do pedido? Fundamente com a abordagem da Teoria Eclética do 
Direito de Ação e da Teoria da Asserção: 
 
RESPOSTA: SIM. A sentença será improcedente porque tem que haver provas e se houver provas sai do 
mérito. Resposta sim pela teoria da asserção. Pela teoria eclética do direito de ação adotada pelo CPC, em 
rigor para o exercício regular deste direito o autor deve preencher as chamadas condições de ação (legitimidade, 
interesse, possibilidade jurídica) caso falte uma delas o processo deverá ser extinto sem julgamento de mérito. 
Sobre o momento de avaliação do juiz existem duas correntes: 1ª- pela teoria da apresentação o autor tem que 
provar as condições da ação podendo estas serem avaliadas em qualquer momento do processo. Na 2ª corrente, 
teoria da asserção, o autor apenas afirma que estão presentes, caso tenha necessidade da produção de provas a 
seu respeito o julgamento será de mérito no caso concreto para se permitir a afirmação se estaria o juiz autorizado 
a julgar improcedente por ter contestado com base em análise de provas, se estão presentes ou não as condições 
da ação, dependerá do emprego de uma das teorias destacadas prevalecendo a tese da teoria da asserção. 
 
b) A decisão do juiz que desacolhe a preliminar de ilegitimidade passiva levantada pelo demandado sofre os 
efeitos da preclusão se a parte supostamente prejudicada não impugná-la a tempo e modo devidos? 
 
RESPOSTA: NÃO. Pois as condições da ação constituem matéria de ordem pública, ou seja, podem ser 
reconhecidas a qualquer tempo ou grau de jurisdição. O Parágrafo 3° do art. 267 do CPC, indica que a preclusão 
sobre as matérias referentes as condições da ação podendo até serem reconhecidas de ofício. 
 
2ª Questão 
 
Fabrício promove uma demanda objetivando a cobrança de valores em face de Flávio. O réu, ao ser citado, 
apresenta contestação e suscita, em preliminar, a falta de interesse de agir do autor, eis que, até a presente data, 
a dívida questionada ainda não tinha vencido. Ocorre que, tão logo foi apresentada a peça de defesa, os autos 
seguiram conclusos ao magistrado, tendo neste ínterim ocorrido o vencimento do débito. Indaga-se: como o 
magistrado deverá proceder? 
 
a) Deverá julgar o pedido improcedente, pois as condições da ação devem ser analisadas no momento da 
propositura da demanda; 
b) Deverá designar uma audiência preliminar, para tentar viabilizar uma composição amigável entre as 
partes; 
 
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c) Deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do processo 
tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida; gabarito da Estácio 
baseado no autor Cássio Scarpinella Bueno; 
d) Deverá reconhecer a ausência de uma das condições da ação e extinguir o processo sem resolução do 
mérito. 
 
RESPOSTA: C. Deverá permitir a continuidade do processo, uma vez que o vencimento da dívida no curso do 
processo tornaria a via eleita realmente adequada para o acolhimento da pretensão deduzida; gabarito da Estácio 
baseado no autor Cássio Scarpinella Bueno. 
 
 
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