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Artigo - Planejamento Estratégico na Gestão Ambiental

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III SemiNário de Pesquisa
Campus Uberlândia – MG ���
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA GESTÃO AMBIENTAL
1GONÇALVES, G. C.; 2FRATARI, P. R. R.*; 2SILVA, K. B.*; SÁ, I. M. F.; FIDELIS, P. E. B.; SILVA, V. O.; 3SOLON, A. S.
		
1Aluno Apresentador , 2 Aluno Autor*, 3 Professor Orientador
Instituto de Tecnologia - UNIUBE - Universidade de Uberada 
Uberlândia – MG
e-mail: alexsandro.solon@uniube.br
RESUMO – Nas últimas décadas, diversas alterações nos cenários mundiais provocaram, e continuam provocando profundas mudanças nos processos de reestruturação produtiva e gerencial em praticamente todos os setores da atividade humana. O presente trabalho tem como objetivo, realizar um estudo e discutir a respeito da importância das empresas em fazerem um planejamento estratégico, para que as mesmas mantenham-se no mercado e consequentemente adquiram estabilidade. O diagnóstico estratégico, a definição das diretrizes (missão, visão, objetivos), a concepção e a implementação da estratégia foram abordados, mostrando que o planejamento, se bem aplicado, pode tornar a gestão empresarial mais competitiva.
Palavras Chaves: planejamento estratégico, gestão ambiental, vantagens competitivas.
 
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INTRODUÇÃO
Até certo tempo atrás, as organizações empresariais concentravam-se basicamente em três funções importantes em uma estrutura organizacional: a função técnica, a função financeira, e a função administrativa. Devido à exploração desordenada dos recursos naturais do planeta, crescimento industrial e aumento da população, o homem vem sofrendo com mudanças e variações no meio ambiente como nunca se viu antes. Somente depois é que surgiu a preocupação com o ambiente onde essas empresas estão inseridas. 
Atualmente, as organizações sofrem muitas pressões para gerenciar e melhorar seu desempenho ambiental: atuar em conformidade com uma legislação mais rigorosa e satisfazer as demandas dos clientes. A partir desta realidade, as questões ambientais parecem tocar agora profundamente no pensar e no agir tecnológicos, reestruturando de uma forma objetiva, a concepção tradicional de processos em engenharia. (CYTRYNOWICZ, 1992, p.15). Surge então a importância da gestão ambiental para as empresas. Segundo JUNIOR (2004, p. 700), gestão ambiental é o ato de administrar, de dirigir ou reger os ecossistemas naturais e sociais em que se insere o homem, individual e socialmente, num processo de interação entre as atividades que exerce, buscando a preservação dos recursos naturais e das características essenciais do entorno, de acordo com padrões de qualidade. O objetivo último é estabelecer, recuperar ou manter o equilíbrio entre natureza e homem. 
Toda a empresa é uma reunião de atividades que são executadas para projetar, produzir, comercializar, entregar e sustentar o seu produto. A partir desta concepção, a atividade de planejamento torna-se de caráter primordial. O planejamento estratégico pode ser conceituado como um processo gerencial, visando a empresa como um todo e, que portanto diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para a consecução, de modo a atingir um nível de consonância entre a empresa e o ambiente onde a mesma está inserida. 
O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir sobre os aspectos e a importância do processo de planejamento estratégico na gestão ambiental de uma organização empresarial. 
 
Metodologia
Segundo CASTRO (1997), no planejamento estratégico, não existe uma metodologia universal, porque as empresas diferem de tamanho, em tipos de operações, em forma de organização, em filosofia e estilo gerencial. A partir do conhecimento das dimensões operacionais citadas acima, pode-se propor algumas etapas a serem seguidas e suas funções no desenvolvimento do processo de planejamento estratégico nas empresas.
- Diagnóstico Básico: nesta etapa, se trabalha com a cultura, valores e filosofia da organização. São desenvolvidas as análises externas e internas da empresa, identificando-se as oportunidades e ameaças que podem estar presentes no ambiente da empresa, a partir da análise externa. Da análise interna, verificam-se os pontos fortes e fracos da empresa, para que a área de atuação da mesma seja determinada.
- Missão Empresarial: nesta etapa, tem-se a definição de qual é o negócio da empresa, definindo os setores onde a mesma já atua ou analisar a possibilidade de atuar no futuro.
- Políticas: são parâmetros, orientações ou regras que facilitam a tomada de decisões no âmbito do comportamento e dos procedimentos internos e externos da empresa.
- Objetivos e metas: nesta etapa, determina-se o alvo ou estado futuro que se almeja atingir. A quantificação e o estabelecimento de prazo para sua realização concretizam-se através das metas da empresa.
- Estratégias: expressa como a empresa deverá utilizar seus pontos fortes e potenciais existentes para superar, levando em conta seus objetivos, mudanças que possam afetar a interação da empresa e seu ambiente.
- Controle e ativação: nesta etapa, tem-se o acompanhamento do desempenho do sistema através da comparação dos padrões previamente estabelecidos, da avaliação do desempenho e do resultado das ações como forma de realimentar o sistema, com o intuito de corrigir possíveis desvios ou melhorar o desempenho para assegurar o cumprimento de metas e objetivos estabelecidos anteriormente. 
ANÁLISE e Discussão
A estratégia é o primeiro elemento do modelo integrado de gestão proposto neste trabalho, norteando os demais elementos. A medição de desempenho deve retratar as definições realizadas, apoiando o controle estratégico, e os processos são priorizados pelo seu impacto estratégico, podendo ser melhorados em função dos fatores importantes que contribuem na consecução dos objetivos da empresa. A necessidade das empresas construírem seu plano estratégico é colocada, para então se discutir como fazer o planejamento estratégico, escopo principal deste trabalho.
A estratégia atua da seguinte forma (TIFFAN; PETERSON, 1998, citado por MULLER): a) Escreve como concretizar as metas e objetivos definidos para a empresa; b) Levam em consideração os valores pessoais e sociais que cercam a empresa; c) Orienta a alocação e o emprego dos recursos humanos e financeiros; d) Cria uma vantagem de mercado sustentável, apesar da concorrência intensa e obstinada.
Com o planejamento estratégico, não se pretende adivinhar o futuro, mas traçar objetivos futuros viáveis e propor ações para alcançá-los. A questão não é saber o que acontecerá amanhã, mas sim o que fazer para evitar ser surpreendido com as incertezas do amanhã.
Uma empresa se relaciona com o meio mediante dois tipos de comportamento:
- competitivo ou operacional: lucro pela produção eficiente, maior segmento de mercado e melhores preços;
- empreendedor ou estratégico: substituição de produtos e mercados por novos que ofereçam maior potencial para lucros futuros. O que se espera da empresa é que haja um equilíbrio entre esses dois modelos. 
Com base nisso, pode-se citar algumas estratégias de implantação da gestão ambiental e responsabilidade social nas organizações empresariais, tais como:
Redução do uso de energia por quantidade de produto fabricado;
Redução do uso, recuperação e reciclagem de água por quantidade de produto fabricado;
Mudança na composição e embalagem do produto para tornar seu uso menos danoso à saúde e ao meio ambiente;
Controle, recuperação e reciclagem das descargas líquidas da atividade industrial;
Controle e recuperação de gases e emissões gasosas geradas pelas atividades industriais;
Disposição adequada de resíduos sólidos e lixo industrial;
Reciclagem de sucatas e resíduos;
Mudanças nos procedimentos de estocagem, transporte e manuseio de produtos e materiais perigosos; 
Expansão dos investimentosem controle ambiental;
Desenvolvimento/aperfeiçoamento de sistemas de auditoria;
Projetos sociais em meio ambiente;
Projetos sociais em educação e cultura;
Imagem ambiental da empresa para fins de marketing; 
Utilização de métodos de avaliação de impacto ambiental mais adequado ao dia-a-dia operacional dos processos produtivos utilizados pelas empresas, com base na realidade político-econômica do país;
Na análise de investimentos, inserir critérios de tomada de decisões, buscando estabelecer relações custo/benefício onde os fatores relacionados com o meio ambiente sejam levados em consideração.
CONCLUSÕES
A gestão ambiental, cada vez mais está presente na realidade das empresas interferindo de forma positiva para o estabelecimento do equilíbrio entre os recursos naturais e o homem, reestruturando e alterando a concepção tradicional dos processos.
O tratamento das questões ambientais e sociais como estratégicas, traz para as empresas, vantagens competitivas e operacionais, através da produção de lucro pela produção mais eficiente, maior segmento de mercado e melhores preços, e também, vantagens na identificação de novas oportunidades de negócios, através da substituição de produtos e mercados por novos, que ofereçam maior potencial para lucros futuros, auxiliando a empresa a adquirir uma postura mais proativa.
A partir do exposto, tem-se que, para que as empresas se tornem competitivas e continuem existindo, devem ser permeáveis ao meio ambiente, percebendo os sinais ambientais e tendo-os como referencial para o delineamento do planejamento estratégico, que abrange a empresa como um todo, sendo estes, peças indispensáveis na formulação dos objetivos e na medição do desempenho. Mediante uma análise mais detalhada do impacto da empresa sobre o desenvolvimento sustentável, opções poderão ser feitas no sentido de reduzir riscos e maximizar resultados.
REFERÊNCIAS
CASTRO, J.A.R. Planejamento Estratégico e Gestão Ambiental da Teoria a um Relato Prático. Departamento de Engenharia Industrial. Santa Maria, Rio Grande do Sul.
CYTRYNOWICZ, Roney. Da Natureza ao meio ambiente. Revista Politécnica da USP. São Paulo: USP, n.205, jun. 1992. p.15.
JUNIOR, A. P.; BRUNA, G.C.; Curso de Gestão Ambiental. Política e Gestão Ambiental. Universidade de São Paulo, Barueri, SP. Editora Manole Ltda, 2004.
LINS, L. S.; A Integração entre o Planejamento Estratégico e Gestão Ambiental no Segmento de Petróleo e Gás. O Caso da Petrobras S/A. Rio de Janeiro, RJ, 2007. Disponível em: http://www.lapa.ufscar.br/bdgaam/gestao_ambiental/Empresarial/lins.pdf. Acesso em: 21.set.2011. 
MULLER, C. J.; Modelo de Gestão integrando Planejamento Estratégico, sistemas de avaliação de desempenho e gerenciamento de processos. Tese. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003. Disponível em: http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/claudio_muller_tese.pdf. Acesso em: 25.set.2011
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