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CCJ0053-WL-A-AMRP-06-Tutelas Jurisdicionais

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TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 06.
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br
1. Finalidade do Direito Processual Civil, Penal e do Trabalho: a obtenção de uma tutela.
Quando algum interessado provoca o Estado Juiz a prestar a jurisdição, o que o mesmo espera obter é alguma tutela jurisdicional, ou seja, uma determinada proteção daquele que assegura o monopólio deste mister de distribuir e realizar Justiça. O processo, enquanto instrumento, é apenas o veículo para que esta proteção seja obtida. E, da mesma maneira, a atividade desempenhada pelo magistrado no curso do processo não se exaure com a mera prolação da sentença, eis que ainda assim haverá uma sequência de outros atos processuais posteriores no sentido da execução do julgado. Em outras palavras, a etapa superveniente de cumprimento da sentença é claro indicativo de que o ofício jurisdicional somente se encerra com a efetiva satisfação do direito material. Não é por outro motivo, aliás, que a redação mais recente do art. 463 do CPC (alterada pela Lei nº 11.232/05) foi retificada para excluir a parte que dispunha que, com a publicação da sentença, o juiz encerraria o seu ofício.
2. Espécies de tutela jurisdicional.
As tutelas podem sofrer classificações distintas de acordo com o ponto de vista empregado, praticamente inserindo-as dentre de dois grandes grupos: o primeiro arraigado fortemente em aspectos extraídos do direito material (“tutelas materiais”) e outro com cunho fortemente processual (“tutelas processuais”), já que reflete a forma de gestão do processo com o objetivo de equacionar o melhor resultado possível em detrimento do menor gasto de tempo, despesas e da própria máquina judiciária como um todo.
2.1. Tutela ressarcitória e sua distinção com a tutela inibitória.
A tutela ressarcitória é aquela que usualmente é a mais buscada pelos demandantes em processo judicial. A mesma é pleiteada quando, no plano do direito material, já ocorreu um fato “ilícito”, ou seja, contrário ao direito e que tenha resultado em algum “dano” a alguém. Esta figura trabalha, portanto, tanto com a figura do “ilícito” como também a do “dano”. Mas não pretende o autor da demanda, em absoluto, que haja o desfazimento do comportamento contrário ao direito, mas sim que ocorra a recomposição do seu patrimônio que foi lesado.
A tutela inibitória, por sua vez, é de natureza preventiva, pois o seu escopo é prevenir a ocorrência de um “ilícito”. Assim, diferentemente da tutela ressarcitória em que o ilícito já ocorreu e que o escopo é cessar as suas conseqüências ou obter a reparação do dano, a tutela inibitória torna-se ímpar neste sentido, já que o intento da parte em instaurar o processo é obter uma providência que impeça a prática, a repetição ou a continuação do ilícito, tornando a figura do “dano” completamente estranha a si.
2.2. Tutela de evidência.
Como a própria nomenclatura sugere, a tutela poderá ser imediatamente prestada ou negada quando houver evidência da existência ou da falta do Direito pleiteado. Em um caso como em outro, não se afigura razoável alongar um processo desnecessariamente quando, já em seu limiar ou mesmo durante o seu processamento, for constado que o demandante tem ou não razão quanto ao que afirma. Diversos são os mecanismos previstos no CPC que autorizam o reconhecimento de uma tutela de evidência como, por exemplo: a) resolução liminar do mérito na forma do art. 285-A; b) resolução liminar do mérito na forma do art. 739, inciso III; c) julgamento antecipado da lide; d) antecipação dos efeitos da parte incontroversa do pedido. 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 2012.

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