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CCJ0053-WL-B-AMRP-03-Jurisdição e Princípios Norteadores

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TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 03. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
Jurisdição: Conceito. Características. 
A palavra “jurisdição” deriva do latim iuris dictio, que significa “dizer o Direito”, 
ou seja, é a possibilidade de aplicação do Direito ao caso fático que foi 
submetido a apreciação do magistrado. A jurisdição tanto pode ser 
compreendida como Poder, como atividade ou função, dependendo do ponto 
de vista que for empregado, sendo desempenhada por uma pessoa que assim 
foi investida para tanto. 
 
Jurisdição: Características. 
Usualmente, esta investidura ocorre por meio da promoção ao cargo de 
magistrado por meio de aprovação em concurso público de provas e títulos, 
mas também pode ocorrer em outras situações distintas, como nas nomeações 
para Ministros do STF, por meio da cúpula do Poder Executivo. 
 
Comumente, são apresentadas as seguintes características da jurisdição: 
a) inércia; 
b) substitutividade; 
c) definitividade. 
 
Por fim, fica a ressalva por muito tempo também se considerou a “lide”, assim 
considerada como o conflito de interesses qualificada por uma pretensão 
resistida, como uma das características da atividade jurisdicional que buscava 
a aplicação do Direito. No entanto, modernamente se vem considerando que, 
ao contrário das demais acima trabalhadas que costumam estar presente, a 
“lide” em realidade acaba se caracterizando como um elemento meramente 
acidental do processo e, consequentemente, da própria jurisdição. 
 
Jurisdição e as demais funções prestadas pelo Estado. 
Embora a jurisdição seja a atividade fim do Poder Judiciário, a mesma não se 
restringe apenas a esta esfera. É que o Poder Legislativo, em caráter 
excepcional, por meio do que já se convencionou denominar de “jurisdição 
anômala”, também exerce jurisdição no processamento e julgamento dos 
crimes de responsabilidade, ou seja, naqueles praticados por agentes políticos. 
O Poder Executivo, ao revés, não exerce jurisdição nem mesmo como 
atividade secundária na condução dos denominados procedimentos 
administrativos, eis que as suas decisões neles proferidas são despidas das 
principais características dos atos jurisdicionais, também podendo ser anuladas 
perante o Poder Judiciário. É, portanto, um claro indicativo de que o Brasil 
também adota o regime da jurisdição “una”, de modo que mesmo as decisões 
proferidas nestes procedimentos podem ser questionadas judicialmente. 
 
Princípios fundamentais. 
• Princípio que garante o livre acesso a Justiça. 
• Princípio do devido processo legal. 
• Princípio do Juiz natural. 
• Princípio da motivação das decisões judiciais. 
• Princípio da isonomia. 
• Princípio do contraditório e da ampla defesa. 
• Princípio da duração razoável do processo. 
• Princípio da congruência. 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral 
do Processo. Niterói: Impetus, 2012.

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