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TEORIA GERAL DO PROCESSO. Aula nº 09. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
Elementos de individualização das ações: partes, pedido e causa de 
pedir. 
Na ciência processual contemporânea, a determinação da identidade da 
ação continua sendo um dos temas de maior repercussão prática, uma vez que 
se trata de assunto intimamente ligado ao objeto do processo, trazendo 
conseqüências para diversos outros fenômenos processuais como, por 
exemplo, no enfrentamento da competência, litispendência e coisa julgada, só 
para citar algumas hipóteses mais mencionadas. 
A criação dos elementos da ação teve como finalidade principal, 
portanto, a identificação de uma ação. E, para tanto, foi criada a teoria da 
“tríplice identidade”, que esclarece que uma ação se individualiza de outra de 
acordo com a análise das “partes”, do “pedido” e da “causa de pedir”, de modo 
que somente quando estes três elementos estiverem presentes é que se 
poderá falar em ações idênticas (ou “litispendência”, nos termos do art. 301, 
parágrafos 1º, 2º e 3º). 
Por “partes” se deve compreender como demandante (quem pede) e 
demandado (quem se defende). O “pedido” já é tema regido á partir do art. 286, 
se constituindo na pretensão deduzida em juízo e a respeito da qual se exige a 
prestação jurisdicional. Por fim, há ainda a “causa de pedir”, que comumente é 
considerada como o “fato (ou conjunto de fatos), que o autor apresenta como 
base de seu pedido”. 
 
Teoria da Tríplice Identidade e Teoria da Identidade da Relação Jurídica. 
Realizadas estas breves considerações sobre os elementos da ação em 
si, é possivel concluir que, no estudo do presente tema, se deve ter em mente 
que estes elementos correspondem às partes, pedido e causa de pedir (teoria 
da tríplice identidade), bem com oque os mesmos se destinam a solucionar 
diversas situações processuais corriqueiras, como demandas em estado de 
litispendência, coisa julgada, dentre outras mais. 
E, não menos importante, ao mesmo tempo é forçoso reconhecer que, 
por vezes, esta teoria é insuficiente para resolver todas as questões de ordem 
processual, o que eventualmente justifica a adoção de alguma outra teoria ou 
mecanismo para solucioná-las. Hipóteses de conexão, por exemplo, permitem 
a reunião para se evitar resolução de mérito contraditória pois se analisa, em 
dois processos, a mesma relação jurídica de direito material. 
 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Teoria Geral 
do Processo. Niterói: Impetus, 2012.

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