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FUNDAMENTOS DE CINESIOLOGIA Disciplina: Fundamentos de Cinesiologia Professores (as) Ministrantes: Prof. MSc. Ewertton de Souza Bezerra Prof. Dr. Lucas Emammuel Pedro de Paiva Teixeira Profa. MSc. Aline Arcanjo Gomes Prof. MSc. Ivan de Jesus Ferreira Prof. Dndo. João Otacílio Libardoni do Santos Coordenador: Prof. Thales Freire de Verçosa 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PARFOR COORDENAÇÃO GERAL COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA Educação Física Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 1 INTRODUÇÃO No primeiro momento a Anatomia foi compreensão da estrutura do corpo sem necessariamente entender as funções corporais, situação que mais tarde será atribuição da fisiologia. Porém, para ter conhecimento das funções e estruturas envolvidas no movimento devemos estudar a relação funcional da anatomia, esta disciplina ficou conhecida como CINESIOLOGIA, pois trata do entendimento da funções do músculo esquelético em toda sua amplitude, passando pelas estruturas que envolvem uma articulação culminando na exata função muscular, seja como agonista, antagonista ou sinergista. PALAVRAS DO PROFESSOR O caderno tem a intenção de ser didático e, para tanto, ele é um meio entre os vários meios a serem utilizados neste processo de ensino-aprendizagem. Este material pretende contribuir para o seu processo de formação acadêmica, auxiliando na construção de um (a) profissional que possa de forma segura contribuir para o desenvolvimento de seu município, de seu estado e de seu país. Faça deste material o guia de seus estudos na disciplina Fundamentos de Cinesiologia, buscando sempre ampliar os seus conhecimentos através de debates, críticas e novas leituras. Para que os objetivos da aprendizagem sejam alcançados, precisamos de seu comprometimento, de sua dedicação. Certamente, os resultados a serem alcançados indicarão que valeu a pena o esforço para construir um futuro mais promissor. Bom estudo. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 2 Ementa Cinesiologia e sua importância no currículo de Educação Física. Articulações do corpo humano: estrutura, grau de mobilidade e possibilidades de movimento. Conceitos básicos de mecânica. Análise cinética e cinemática corporais. Objetivo geral: Construir conhecimentos teórico-práticos sobre Cinesiologia. Objetivos específicos: Aplicar os fundamentos de Cinesiologia às atividades desportivas e funcionais diárias. Interpretar dados cinéticos e cinemáticos aplicados ao movimento. Relacionar músculo e movimento. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 3 UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO À CINESIOLOGIA 1.1 CONCEITOS Cinesiologia é a ciência que tem como objetivo a análise dos movimentos. De forma mais específica, estuda os movimentos do corpo humano. O nome Cinesiologia vem do grego “kínesis” = movimento + “logos” = tratado, estudo. Cinesiologia é estudo da estrutura e função do sistema músculo-esquelético humano. (Attwater, 1980; Zernicke, 1981) A Cinesiologia foi um termo muito utilizado pela área médica na década de 70, para denominar o estudo do movimento humano que combinava conhecimentos e princípios da anatomia, histologia, antropologia e mecânica. (SMITH et al, 1997) 1.2 BREVE HISTÓRICO O interesse dos seres humanos pelo comportamento motor animal explica o surgimento da Cinesiologia, cujos fundamentos começaram a se esboçar na Antiguidade, com Aristóteles, Arquimedes e Galleno, ao desenvolverem idéias, com base na observação dos animais em ambiente natural, os princípios hidrostráticos e os movimentos resultantes da contração muscular, respectivamente. ARISTÓTELES (384 - 322 a.C.) - Pai da Cinesiologia, não realizou experimentos. - Função da ciência = Explicar a natureza. A Matemática é o instrumento para isso. - 1a descrição científica da função e ação de músculos, ossos e do movimento. - Fez descrição dos movimentos dos Animais = “De Motu Animalium”. - “o animal que se move faz sua mudança de posição pressionando contra o que está embaixo dele... Assim, os atletas saltam mais longe se carregarem pesos nas mãos do que em caso contrário e os corredores são mais velozes se balançarem os membros superiores pois na extensão destes há uma espécie de apoio sobre as mãos” (esboço sobre as forças de reação). ARQUIMEDES (287 - 212 a.C.) - Demonstrou como calcular o centro de gravidade de algumas figuras geométricas. - Descreveu os princípios básicos da hidrodinâmica, que governam corpos flutuantes que até hoje são válidos na cinesiologia da natação. - Princípios elaborados por Arquimedes ainda são empregados em determinações da composição dos corpos. - Em relação às Alavancas dizia: “Dá-me um ponto de apoio que levantarei o mundo”. GALENO (131 – 201 d.C.) - Primeiro médico dedicado ao esporte. - Cuidava de gladiadores. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 4 - 500 tratados médicos: conhecimento do corpo humano e seu movimento. - Em seu ensaio “De Motu Musculorum”, distinguiu entre nervos motores e sensitivos e entre músculos agonistas e antagonistas. - Idéia que os músculos são contráteis. Estudo da estrutura muscular. - Introduziu termos como diartrose e sinartrose. - Considerado o Pai da Medicina Desportiva. LEONARDO DA VINCI (1452 - 1519) - Interessava-se principalmente pela estrutura do corpo humano em relação ao desempenho e centro de gravidade e o equilíbrio. - Desenvolvimento da mecânica: paralelogramo de forças; atrito; fundamentos das forças de reação. - Análise mecânica das estruturas anatômicas. - Descreveu a mecânica do corpo na posição ereta, andar, no salto e na elevação a partir de posição sentada. - Estudos anatômicos: arte + ciência (descrição da origem inserção e posição de alguns músculos). - Descrição do vôo das aves: Um corpo oferece tanta resistência ao ar quanto o ar exerce sobre o corpo. - Registrou dados científicos sobre a marcha. - Para demonstrar a ação e interação dos músculos, amarrou cordas nas origens e inserções dos músculos de um esqueleto. VESALIUS (1514 - 1564) - Grande desenvolvimento da anatomia a partir da possibilidade de dissecar cadáveres de criminosos executados. GALILEO GALILEI (1564 – 1643) - Demonstrou que a aceleração de um corpo em queda livre não é proporcional a seu peso. - Incorporou o espaço, tempo e a velocidade no estudo do movimento. - “De Animaliam Motibus”: biomecânica do salto humano; análise da marcha de cavalos e insetos; estrutura e função dos biomateriais; flutuação. - Desenvolveu a balança hidrostática a partir das idéias de Arquimedes. - Fundamentos de mecânica na formulação das leis de Newton: ALFONSO BORELLI (1608 – 1679) - Fisiologia + Física: saltos, corridas, vôos, deslocamento no meio líquido. - Desenvolveu o ramo da fisiologia que relaciona os movimentos musculares a princípios mecânicos. - Procurou demonstrar que os animais são máquinas. “De Motu Animalium”. Aplicou fórmulas matemáticas de Galileu aos problemas do movimento muscular. Os ossos são alavancas e os músculos funcionam segundo princípios matemáticos. - É dele a teoria de que os ossos servem como alavancas e os músculos funcionam segundo princípios matemáticos. ISAAC NEWTON (1642 - 1727) - A mecânica Newtoniana representa um papel importantíssimo na explicação dos fenômenos físicos. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 5 - Formulouas 3 leis do repouso e movimento, que expressam as relações entre força e seus efeitos. - Lei da inércia (originalmente proposta por Galileo): todo o corpo permanece em seu estado de repouso, ou de movimento de movimento uniforme, em linha reta, a menos que seja compelido a alterar este estado de forças aplicadas sobre ele. - Lei do Momento: a alteração do movimento é proporcional à força motriz aplicada e realizada na direção da linha reta na qual esta força se aplica. - Lei da interação (ação e reação): toda a ação corresponde sempre uma reação, igual e contrária. NICOLAS ANDRY (1658 – 1742) - Estabeleceu a palavra ORTOPEDIA, a partir das raízes gregas “orthos” que significa “reto”, e “pais”, criança. - Acreditava que as anormalidades esqueléticas decorriam de desequilíbrios musculares durante a infância. - Definiu o termo ORTOPEDISTA como o médico que prescreve exercícios corretivos. - Suas teorias foram precursoras diretas do desenvolvimento do sistema sueco de ginástica. JOHN HUNTER (1728 – 1793) - Enfatiza que a ação muscular poderia ser estudada apenas por observações de pessoas vivas, e não de cadáveres. - Descreve a função muscular detalhadamente, incluindo a origem, inserção e forma dos músculos, o arranjo mecânico de suas fibras, o problema biarticular, a contração e o relaxamento, força, hipertrofia. LUIGI GALVANI (1737 – 1798) - Estudou os efeitos da eletricidade atmosférica sobre músculos dissecados de uma rã. - É a primeira afirmação explícita da presença de potenciais elétricos em nervos e músculos. - Aplicou conceitos de eletricidade em biologia. - Pai da Neurologia experimental. E.H. WEBER (1795 – 1878) & W.E. WEBER (1804 – 1871) - Foram os primeiros a investigar a redução no comprimento de um músculo durante a contração e dedicaram muitos estudos ao papel dos ossos como alavancas mecânicas. - Estudo da marcha humana a partir de leis mecânicas. ADOLF EUGEN FICK (1829 – 1901) - Introduziu os termos “isométrico” e “isotônico”. ETIENNE JULES MAREY (1830-1904) - Pioneira na cinematografia. - Desenvolvimento de instrumentos para análise do movimento. - Métodos gráficos e fotográficos para pesquisa biológica. - Quantificação da locomoção. MUYBRIDGE (1830 - 1904) - Desafio para entender o cavalo na corrida. - Locomoção e as novas técnicas de registro de movimento. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 6 JOHN HUGHLINGS JACKSON (1834 – 1911) - Pai da Neurologia moderna. - Deu contribuições definitivas ao controle do movimento muscular pelo cérebro. CHRISTIAN BRAUNNE (1831 – 1892) & OTTO FISCHER (1861 – 1917) - Análise 3D da marcha. - Antropometria: Método experimental (4 cadáveres congelados, pregados na parede com espetos) para obter CG e momento de inércia (1889). JULIUS WOLFF (1836 – 1902) - Lei de Wolff da adaptação óssea. - “Toda alteração na forma e função do osso ou de sua função isolada é seguida de certas alterações definitivas em sua arquitetura interna, e de uma alteração secundária, igualmente definitiva, em sua conformação externa, de acordo com leis matemáticas”. - A formação do osso decorre da força de tensões musculares e dos esforços estáticos resultantes da manutenção do corpo na posição ereta. ROUX (1850 – 1924) - Afirmou: a hipertrofia muscular se dá após forçar o músculo trabalhar intensamente. EDWARD BEEVOR (1854 – 1908) - Propôs que os músculos fossem classificados como agonistas, sinergistas, fixadores ou antagonista. HENRY PICKERING BOWDITCH (1814 – 1911) - Demonstrou o princípio de contração do “tudo-ou-nada”. CHARLES SHERRINGTON (1857 – 1952) - Estudou os reflexos neuromusculares e suas sinergias. - Teoria da inervação recíproca. - “A importância da contração muscular para nós pode ser expressa dizendo-se que o que o homem pode fazer é mover coisas, e a contração muscular é seu único meio para este fim”. Hill (1886 - 1977) - Estudou a produção de calor do músculo: Nobel -1923 - Estrutura e função muscular (contração e Consumo de oxigênio). A.F. Huxley (1917) e H.E. Huxley (1924) - Ultra estrutura muscular e fisiologia do músculo estriado. Bernstein (1896 - 1966) - Coordenação e regulação do movimento em crianças e adultos. - Sinergias musculares para controlar o movimento - Problema de Bernstein - problema dos graus de liberdade. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 7 1.3 TERMOS DE RELAÇÃO, DIREÇÃO E POSIÇÃO ANATÔMICA São palavras empregadas para identificar a direção e a posição do corpo em geral, de seus segmentos e de suas estruturas. Esses termos permitem uma localização mais precisa das partes do corpo. São exemplos: 1. Anterior ou ventral – mais próximo do ventre. Na frente; 2. Posterior ou dorsal – mais próximo do dorso. Atrás; 3. Superior ou cranial – mais próximo da cabeça. Acima; 4. Inferior ou caudal ou podálico – mais próximo dos pés. Abaixo; 5. Lateral: Mais distante do plano mediano (linha mediana). 6. Medial: Mais próximo do plano mediano (linha mediana). 7.. Intermédio: Entre o lateral e o medial, ou outra referência que exija este termo. UNIDADE 2 - SISTEMA LOCOMOTOR 2.1 OSTEOLOGIA Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 8 8. Proximal: próximo da raiz do membro. Na direção do tronco. 9. Distal: afastado da raiz do membro. Longe do tronco ou do ponto de inserção. Exemplo: O braço é considerado proximal quando comparado ao antebraço (distal), pois está mais próximo da raiz de implantação do membro (cintura escapular). 10. Superficial: significa mais perto da superfície do corpo. 11. Profundo: significa mais afastado da superfície do corpo. 12. Contralateral: Pertencendo ou relativo ao lado oposto do corpo 13. Ipsilateral: Do mesmo lado do corpo 1.4 TERMOS BÁSICOS DE MOVIMENTOS Existem seis movimentos básicos que ocorrem em combinações variáveis em torno das articulações do corpo, dos quais os movimentos de flexão e extensão são realizados em todas as articulações consideradas completamente móveis (artelhos, joelhos, tornozelos, quadril, tronco, ombros, cotovelos, punhos, mãos e dedos). Entretanto, os movimentos de abdução e adução não são tão comuns quanto os de flexão e extensão, ocorrendo somente nas articulações metatarsofalângicas - do quadril, do ombro e do punho - e Exemplo: A pele é uma estrutura superficial comparada às arterias ou os ossos que estão localizados mais profundamente. No sistema venoso é comum utilizarmos esses termos para diferenciar o sistema venoso superficial (mais próximo à superfície) do sistema venoso profundo (passa mais profundamente junto com o sistema arterial) Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 9 metacarpofalângicas. Os últimos pares de movimento são as rotações médias, também chamadas internas, e as rotações laterais, também chamadas externas. 1.4.1 Principais movimento Flexão é um movimento definido no plano sagital (eixo antero- posterior), que ocorre em uma aproximação de uma estrutura óssea com outra, provocando uma diminuição do ângulo articular. Pode ser definida também como a volta de uma extensão; Extensão é um movimento definido no plano sagital (no eixo Antero- posterior) e ocorre com o afastamento das estruturas ósseas em relação à outras, provocando um aumento do ângulo articular. Pode ser definida também como a volta de uma flexão; Abdução é um movimento definido no plano frontal (no eixo sagital) e ocorre com o afastamento do segmento corporal da linha média do corpo. Pode ser definidatambém como a volta de uma adução; Adução é um movimento definido no plano frontal (no eixo sagital) e ocorre com a aproximação do segmento corporal da linha média do corpo. Pode ser definida também como a volta de uma abdução; Rotação medial ou interna é um movimento definido no plano transversal (no eixo longitudinal) e ocorre com a aproximação da linha média do segmento em relação à linha média do corpo. Pode ser definida também como a volta de uma rotação lateral ou externa; e, Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 10 Rotação lateral ou externa é um movimento definido no plano transversal (no eixo longitudinal) e ocorre com o afastamento da linha média do segmento em relação à linha média do corpo. Pode ser definida também como a volta de uma relação medial ou interna. Circundução - movimento realizado em planos e eixos combinados, com associação de movimentos de flexão, abdução, extensão e adução. Desta forma, temos o movimento em cone, sendo realizado nas articulações escápulo-umeral e coxo-femural; 1.4.2 Termos dos movimentos combinados e especializados No estudo da Cinesiologia há a necessidade de diferenciar os movimentos que não são considerados básicos, designados movimentos combinados e especializados. Apesar da maioria desses movimentos segmentares estarem tecnicamente entre os movimentos básicos descritos acima, os adjetivos combinado e especializado são os termos comumente utilizados pelos estudiosos da Cinesiologia. Assim, os principais movimentos combinados são: Adução horizontal ou flexão horizontal - movimento que só se define para a articulação escápulo-umeral e coxo-femural quando o braço e a coxa estiverem em abdução de 90º. O movimento ocorre no plano transversal, no eixo longitudinal e onde acorre aproximação do segmento à linha média do corpo. Pode ser definida também como a volta de uma abdução horizontal ou extensão horizontal; Abdução horizontal ou extensão horizontal - movimento que só se define para articulação escápulo-umeral e coxo-femural quando o braço e coxa estiverem em abdução de 90º. O movimento ocorre no plano transversal, no eixo longitudinal e onde acorre afastamento do segmento da linha média do corpo. Pode ser definida também como a volta de uma adução horizontal ou Flexão horizontal; Adução oblíqua - movimento que só de define para articulação escápulo-umeral e quando esta estiver com algum grau de abdução, sem necessariamente ser 90º. O movimento ocorre em plano e eixo oblíquos e onde ocorrerá a aproximação do membro superior à espinha ilíaca ântero-superior aposta. Pode ser definida também como a volta de uma abdução oblíqua; Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 11 Abdução oblíqua - movimento que só se define para articulação escápulo-umeral e quando esta estiver com algum grau de abdução, sem necessariamente ser 90º. O movimento ocorre com o afastamento do membro superior da espinha ilíaca ântero-superior posta. Pode ser definida também como a volta de uma adução oblíqua; Oponência - movimento realizado em plano e eixo oblíquos, onde se verificam combinação de flexão, adução e rotação medial em que o polegar se descola em direção à polpa dos demais dedos. A oponência mais descrita é polegar/dedo mínimo. Pode ser definida também como a volta de uma desoponência; e Desoponência ou contra-oponência - movimento realizado em plano e eixo oblíquos, em que se dá combinação de extensão, abdução e rotação lateral e o polegar se afasta da polpa dos demais dedos. Pode ser definida também como a volta de uma oponência. Passemos agora aos movimentos especializados considerando os seus termos e o que eles significam: Flexão radial – termo usado para um movimento realizado pelo punho em substituição à denominação “abdução do punho”. Pode ser definido também como a volta de um desvio ulnar; Flexão ulnar - termo usado para um movimento realizado pelo punho em substituição à denominação “adução do punho”. Pode ser definido também como a volta de um desvio radial; Dorsiflexão - termo usado para um movimento realizado pelo tornozelo em substituição à denominação “flexão do tornozelo”. Pode ser definido também como volta de uma flexão plantar; Flexão plantar - termo usado para um movimento realizado pelo tornozelo em substituição à denominação “extensão do tornozelo”. Pode ser definido também como a volta de uma dorsiflexão; Pronação - termo que representa um movimento realizado pelo antebraço em substituição à denominação “rotação medial do antebraço” (palma da mão voltada para baixo). Pode ser definida também como a volta de uma supinação; Supinação - termo que representa um movimento realizado também pelo antebraço em substituição à denominação “rotação lateral do antebraço” (palma da mão voltada para cima). Pode ser definida também como a volta de uma pronação; Eversão – termo usado para representar um movimento que só se define para o pé, composto pelos movimentos de abdução, flexão plantar da articulação tíbio-társica e pronação do pé em Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 12 substituição à denominação “abdução do pé”. Pode ser definido também como a volta de uma inversão; Inversão – termo usado em substituição a denominação “adução do pé” que só se define para o pé, composto pelos movimentos de adução, dorsiflexão da articulação tíbio-társica e supinação do pé. Pode ser definido também como a volta de uma eversão; Anteroversão - movimento que ocorre no plano sagital e no eixo frontal, em que a espinha ilíaca ântero-superior desloca-se para a região anterior do corpo. Pode ser definida também como a volta de uma retroversão; Retroversão - movimento que ocorre no plano sagital e no eixo frontal, em que a espinha ilíaca ântero-superior desloca-se para a região posterior do corpo. Pode ser definido também como a volta de uma anteversão. Inclinação – termo usado em substituição à denominação “flexão lateral” que representa o movimento feito pelo tronco e pela cabeça que ocorre no plano frontal e no eixo sagital, realizando-se pelo deslocamento do segmento lateralmente. Pode ser lateral direito ou esquerdo; Planos Os planos são linhas reais ou imaginarias que dividem o segmento em duas partes, nas quais se descreve a linha ou área de trajetória do movimento. Os planos imaginários são posicionados pelo corpo em ângulos retos de modo que façam intersecção no centro de massa do corpo. O movimento em um plano sempre ocorre sobre um eixo que corre perpendicular ao plano. Os planos são classificados em três categorias: sagital, frontal e transverso. O plano sagital é vertical e se estende de anterior a posterior, divide o corpo em direito e esquerdo, recebendo o nome sagital por manter o alinhamento da sutura craniana sagital. Neste plano, o deslocamento do segmento descreve uma trajetória perpendicular ao solo de posterior a inferior e vice-versa. Na flexão da articulação escápulo-umeral de 0º a 90º, o úmero se desloca a partir da posição zero para anterior, tendo articulação escápulo-umeral como vértice do movimento, tornando trajetória sagital. Este plano permite os deslocamentos ântero-posteriores. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 13 O plano frontal é vertical e se estende de lateral a lateral, dividindo o corpo numa porção anterior e outra posterior. Alguns autores o denominam plano coronário ou coronal, considerando que ele mantém o alinhamento da sutura craniana coronal. Neste plano,o deslocamento do segmento descreve uma trajetória perpendicular ao solo de látero a lateral e vice-versa. Na abdução da articulação escápulo-umeral de 0º a 90º, o úmero se desloca a partir da posição zero para lateral, tendo a articulação escápulo-umeral como vértice do movimento, tornando a trajetória frontal. O plano transverso é horizontal e divide o corpo em duas partes: cranial (superior) e caudal (inferior). Neste plano, o deslocamento do segmento descreve uma trajetória paralela ao solo de medial a lateral e vice- versa. Na adução horizontal da articulação escápulo- umeral de 0º a 90º para medial, tendo a articulação escápulo–umeral como vértice do movimento, torna a trajetória transversal. 1.5 Eixos Os eixos são linhas reais ou imaginárias que atravessam o centro da junção de duas estruturas, ao redor das quais os movimentos são realizados. Os eixos são classificados em três tipos e, de modo geral, serão sempre perpendiculares aos planos. O eixo sagital está situado no plano sagital e atravessa o centro das articulações ântero- posterior ou da frente para trás. Este é o eixo dos deslocamentos látero-laterais. No movimento de abdução-adução da articulação escápulo-umeral, o deslocamento é de medial para lateral, tendo como uma linha imaginária de anterior para posterior. O eixo frontal está situado no plano frontal e atravessa o centro das articulações látero- lateralmente. Este é o eixo dos deslocamentos ântero-posteriores. No movimento de flexo- extensão da articulação escapulo- umeral, o deslocamento é de anterior para posterior, tendo como eixo uma linha imaginária que vai de um lado para outro. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 14 O eixo longitudinal é vertical e atravessa o centro das articulações crânio caudalmente ou de cima para baixo. Este é o eixo dos deslocamentos em rotação. Na adução horizontal da articulação escápulo-umeral de 0º a 90º, o úmero se desloca para medial de tal modo que a linha imaginária do eixo vai de cranial para caudal. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 15 UNIDADE 2 - ARTROLOGIA Artrologia (arthro = articulação; logos = estudo), sindesmologia ou juntura é a parte da Anatomia que trata das articulações. Articulações são contatos - ponto ou região de contato - entre ossos, entre a cartilagem e os ossos, entre as cartilagens ou entre os dentes e os ossos. Podemos dizer ainda que: articulação é o conjunto de partes duras e moles que servem como meio de união entre duas ou mais peças próximas (ossos, cartilagens, ossos e cartilagem, osso e dente). As articulações são mais simples na cabeça, mais complicadas no tronco e mais complexas nos membros. A estrutura de uma articulação determina como ela funciona. O movimento das articulações também é determinado por: A flexibilidade pode ser alterada por hormônios. Por exemplo, a relaxina, hormônio produzido pela placenta e ovários, relaxa a sínfise púbica e os ligamentos entre o sacro, o osso do quadril e o cóccix no final da gestação, o que auxilia o parto. As articulações podem ser estudadas de acordo com as seguintes classificações: Classificação estrutural: fibrosa, cartilaginosa e sinovial; Classificação funcional: sinartrose (articulação imóvel), anfiartrose (articulação levemente móvel) e diartrose (articulação livremente móvel); De acordo com as estruturas que as compõem: continuidade (fibrosas e cartilaginosas) e contigüidade (sinoviais). A partir de agora ficamos com a classificação estrutural e dentro dela destacamos somente a cartilaginosa e a sinovial. 2.1 Sinartrose são articulações fibrosas e dividem-se em: Suturas - articulações fibrosas caracterizadas pouco ou nenhum movimento nos ossos articulados. Neste tipo de articulação, as lâminas ósseas articuladas possuem ranhuras irregulares, exibem uma conexão com fibras que se continuam com o periósteo. Essas fibras ossificam-se no início da fase adulta e acabam sendo substituídas completamente por osso, como no caso das suturas dos ossos do crânio; e, Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 16 Sindesmoses - articulações fibrosas que contêm feixes suficientemente longos para permitir um movimento extremamente limitado. As faces ósseas estão unidas por uma membrana ligamentosa chamada membrana interóssea. Os melhores exemplos são as articulações radioulnar média, tibiofibular medial ,distal e coracoacromial. 2.2 Articulações cartilaginosas Sincondroses (Syn = junto; Chondro = cartilagem) – sinartrose onde os centros de ossificação aparecem originalmente separados, mas adjacentes, dentro de uma área contínua de cartilagem hialina. São articulações temporárias, pois, funcionalmente, as sincondroses são primariamente mecanismos de crescimento. Veja abaixo exemplos de sincondroses: 1. Articulação entre a primeira costela e o osso esterno; 2. Cartilagem acetabular trirradiada do osso do quadril em desenvolvimento; 3. Disco epifisário; 4. Esternais (entre as estérnebras); 5. Sacrais centrais; 6. Sincondrose manubrioesternal; 7. Sincondrose xifoesternal; Sínfises - são sinartroses ou anfiartrose com espessos coxins ou discos fibrocartilagíneos. Topograficamente todas as sínfises são medianas, com uma exceção: estão confinadas ao esqueleto axial. Normalmente permanentes, mas exibindo mudanças com a idade, estão as sínfises intervertebrais cervical, torácica, lombar e lombossacral, a sínfise púbica e cerca de 90 % das sínfises manúbrio-esternais. Após os 30 anos de idade, 10 % das sínfises manúbrio-esternais desenvolvem sinostoses parciais ou completas; novamente o fenômeno pode ser lento e prolongado. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 17 2.3 Articulações sinoviais São articulações contíguas, móveis entre duas ou mais estruturas. Há caracteristicamente entre as peças articulares uma cavidade articular e líquido sinovial. Esse tipo de articulação é típico dos membros e permitem graus variáveis de movimento. Estrutura das articulações sinoviais Faces articulares: porção dos ossos que se relacionam; Cavidade articular: espaço limitado internamente pela membrana sinovial que contém o líquido sinovial; Cápsula articular: membrana que envolve completamente as articulações sinoviais. A cápsula é composta de duas camadas. A camada externa à membrana fibrosa se fixa ao periósteo dos ossos. A camada interna é a membrana sinovial, que reveste todas as faces intra-articulares, exceto aquelas em contato de compressão durante a atividade; Cartilagem articular: é uma cartilagem hialina que recobre as superfícies articulares. É uma face lubrificada e resistente ao desgaste, de baixo atrito, é ligeiramente compressível e elástica. Não tem nervos ou vasos sanguíneos. A nutrição é dependente do plexo vascular periférico na membrana sinovial, do líquido sinovial e dos vasos sanguíneos nos espaços medulares adjacentes. Membrana sinovial: secreta o líquido sinovial. Esse é semelhante à clara de ovo crua, possui mucina e ácido hialurônico; Discos e meniscos: têm por função orientar e melhorar o contato das superfícies articulares separadas. Os meniscos são discos parciais em forma semilunar entre o fêmur e a tíbia, no joelho; Ligamentos: são fitas fibrosas resistentes que mantêm juntos os ossos e estabilizam as articulações. Os ligamentos, embora cedendo pouco à tensão, são flexíveis e não resistem às ações normais, são projetados para controlar movimentos excessivos ou anormais. Licenciatura em Educação Física - Fundamentosde Cinesiologia 18 2.1.2 Classificação das articulações sinoviais . De acordo com as superfícies articulares: – quando há apenas duas peças articulares; – há mais de duas peças articulares; mplexa – a articulação tem disco ou menisco. . De acordo com a forma das superfícies articulares Esferóide – é uma articulação multiaxial, apresenta três graus de liberdade e três eixos principais, portanto, pode realizar movimentos de flexão e extensão, abdução e adução, circundação, rotação medial e rotação lateral. Ex.: articulações do quadril e ombro; Gínglimo – tem um grau de liberdade. Permite movimento de flexão e extensão. Ex.: articulação do cotovelo (úmero-ulnar) e interfalângicas (dos dedos da mão e do pé); Condilar (elipsóide) – quando uma das superfícies articulares apresenta um côndilo como a do joelho, por exemplo, e a temporomandibular (ATM). Quando há dois côndilos, a articulação pode ser classificada como bicondilar; Selar – ocorre quando duas superfícies apresentam forma de sela com encaixe perfeito. É a articulação que acontece entre o trapézio (osso do carpo) e o primeiro metacarpo (articulação carpometacárpica do polegar). Os movimentos podem ser de flexãoextensão e abdução-adução; Plana – as superfícies articulares são planas ou ligeiramente convexas permitindo apenas movimento de deslizamento. Ex. articulação entre os ossos do carpo e os do tarso. Trocóide – neste tipo, as superfícies articulares são segmentos de cilindro. A articulação entre o atlas e o áxis (dente) é um bom exemplo. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 19 UNIDADE 3 - MIOLOGIA Miologia se refere ao estudo dos músculos, órgãos ativos do movimento e de órgãos anexos, aqui abrangendo apenas a musculatura esquelética e a cutânea. Os músculos constituem 40 a 50 % do peso corporal. Há aproximadamente 500 músculos individualizados, variando de forma, tamanho e função. São muitos os fatores que podem determinar variações no número de músculos, entre eles, os diferentes grupos raciais. Quanto à constituição química, podemos destacar a água (aproximadamente 75 % da musculatura), as proteínas (actina e miosina), os lipídios, os sais de fósforo nitrogenados, as substâncias minerais (sódio, potássio, cloro, magnésio, cálcio) e o glicogênio. O músculo é um tecido contrátil formado por células musculares, fibras musculares que contém proteínas especializadas. Essas produzem contração que movem as partes do corpo, inclusive os órgãos internos. O tecido conjuntivo associado transporta fibras nervosas e capilares para as fibras musculares. Os músculos dão forma ao corpo, participam do equilíbrio da temperatura corporal e asseguram a estática e dinâmica do corpo humano. 3.1 Tipos de músculos . Músculo estriado esquelético: apresenta pelo menos uma extremidade muscular presa em tecido ósseo; é acionado voluntariamente; aqueles envolvidos em movimentos articulares são constituídos de milhares de fibras musculares; . Músculo estriado cardíaco: ele forma a parede do coração – o miocárdio, que é involuntário no seu funcionamento, ou seja, está em atividade independentemente da nossa vontade; . Músculo liso: é constituído por células alongadas, fusiforme, cujo núcleo cilíndrico está no centro da parte mais dilatada da célula. Formam a musculatura de grande número de vísceras, órgãos ocos, e são integrantes da parede dos vasos sangüíneos. Sua contração independe da vontade – musculatura involuntária - são inervados pelo sistema nervoso autônomo (SNA). 3.2 Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos . Ventre muscular: é a porção vermelha, carnosa e contrátil; . Tendões: porção branca e brilhante em forma de fita ou cordão que servem para fixar o ventre muscular em ossos, cartilagens, tecido subcutâneo e em cápsulas articulares; . Aponeuroses: porção branca em forma de lâmina ou leque; . Fáscias musculares: são bainhas de contenção que envolve cada vente muscular; . Bainhas tendíneas: revestem os tendões protegendo-os do atrito; . Bolsas tendíneas: evitam o impacto entre os tendões e o tecido ósseo. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 20 3. 3 Classificação funcional dos músculos Agonista (Agogos=líder) é o músculo que causa a ação desejada ou as forças motoras iniciais. São os principais músculos ativos durante os movimentos do corpo; eles se contraem ativamente para produzir o movimento desejado. Antagonista (Antiagonistas=oponente) é aquele que tem efeito oposto, ou seja, se opõe a ação dos agonistas. Quando um agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente produzindo um movimento suave. Tem por finalidade manter o equilíbrio muscular e harmonia do movimento. Sinergistas (Sin=em conjunto; ergon=trabalho) – auxiliam o agonista a funcionar, mais eficientemente por reduzir o movimento desnecessário. Portanto, os músculos impedem o movimento da articulação intermediária quando o agonista cruza mais de uma articulação, eles, assim, complementam a ação dos agonistas. Fixadores – mantêm estáveis as partes próximas de um membro enquanto os movimentos estão acontecendo nas partes distais. Atenção: um mesmo músculo esquelético pode atuar como agonista, antagonista, sinergista ou fixador em diferentes condições. 3. 4 Classificação quanto ao ventre muscular – são músculos que podem apresentar tendões intermediários situados entre eles. Como exemplos, temos o músculo digástrico e o músculo poligástrico (m. reto do abdome). Classificação quanto à origem – origem - ponto fixo. À extremidade do músculo presa à peça óssea que não se desloca. - Bíceps – 2 cabeças de origem - m. bíceps braquial; −Tríceps – 3 cabeças de origem – m. tríceps da perna −Quadríceps – 4 cabeças de origem - m. quadríceps da coxa Nos membros, geralmente, a origem de um músculo é proximal e a inserção distal. Contudo, alguns músculos podem atuar em ambas as direções em circunstâncias diferentes. Então, poderíamos falar em inserção proximal e distal ou medial e lateral. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 21 UNIDADE 4 - COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral se constitui na parte dorsal e mediana do esqueleto axial, é o eixo longitudinal do corpo. Funciona como um pivô para suporte e mobilidade da cabeça e oferece aos membros a base estrutural para a articulação e ação através dos cíngulos ou cinturas (escapular e pélvica). A coluna vertebral é formada pela superposição de 33 peças ósseas chamadas vértebra. Constitui o eixo ósseo do corpo e está construída de modo a oferecer resistência e flexibilidade. Suas principais funções são suportar o peso da maior parte do corpo e proteger a medula espinal. Caracteristicamente o corpo vertebral aumenta seu volume da porção cervical a lombar, uma vez que as vértebras inferiores têm sobrecarga de peso maior quando comparadas com as superiores. Regiões da coluna vertebral e suas vértebras Região cervical – 07 vértebras cervicais ; Região torácica – 12 vértebras torácicas; Região lombar – 05 vértebras lombares; Região sacral – 05 vértebras sacrais---- 01 sacro; Região coccígena – 01 a 04 vértebras ---- 01 cóccix. A coluna vertebral não é retilínea, apresenta diversas curvaturas que a tornam 17 vezes mais resistente. São 04 as curvaturas principais e estão no sentido antero-posterior. Cada curvatura corresponde a uma região da coluna vertebral. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 22 A curvatura primária da coluna vertebral é côncava anteriormente, refletindoa forma original do embrião, e está mantida nas regiões torácica e sacral nos adultos. A coluna vertebral pode apresentar desvios patológicos, com 03 tipos de posição: Hipercifose (cifo = curvo; corcunda) – curvatura convexa para trás. É caracterizada por uma curvatura anormal na região torácica (caixa torácica); Deformidade em “corcova”; é a deformação mais freqüente em adolescentes e idosos; Hiperlordose – (lordo = curvo inclinado para frente) – curvatura acentuada anormal na região lombar (posição esnobe dos lordes ingleses). É caracterizado por uma rotação anterior da pelve; Escoliose – curvatura lateral (direita ou esquerda) anormal que é acompanhada pela rotação das vértebras. 4.1 Movimentos Articulares • Movimento entre duas vértebras é extremamente limitada. • Conjunto das pequenas amplitudes ADM da coluna como um todo. • Conjunto: articulação com 3 graus de liberdade: – flexão - extensão – inclinação lateral – rotação 4.2 Amplitude Articulares Plano sagital • Nível flexão extensão – lombar 60° 35° – tóraco-lombar 105° 60° – cervical 40° 75° Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 23 Plano frontal • Nível Inclinação – lombar 20° – torácica 20° – cervical 35° a 45° Plano horizontal • Nível Rotação – lombar 5° – torácica 35° – cervical 45° a 50° 4.3 Anatomia Funcional da Coluna Vertebral Músculos do Abdômen - Anterior 1. Reto Abdominal Origem: cartilagem da quinta, sexta e sétima costelas e processo xifóide. Inserção: púbis. Ação: flexão lombar (tronco). 2. Oblíquo externo Origem: bordo das 7 últimas costelas inferiores do lado do tórax. Inserção: metade anterior da crista do ílio, púbis e fáscia do oblíquo externo na parte frontal. Ação: flexão e rotação para direita e esquerda da lombar. 3. Oblíquo interno Origem:anterior da crista do ílio, púbis e fáscia lombar. Inserção: nas 4 últimas costelas e aponeurose do O. interno. Ação: flexão e rotação para direita e esquerda da lombar. 4. Transverso do Abdômen Origem: borda interna da crista ilíaca e das 7 últimas costelas inferiores e fáscia lombar. Inserção: púbis e aponeurose abdominal do transverso. Reto Abdominal Oblíquo Externo Oblíquo Interno Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 24 Ação: expiração forçada por tracionamento da parede abdominal para dentro. 5. Quadrado Lombar Origem: posterior da crista ilíaca. Inserção: 12ª costela e os processos transversos das 4 lombares superiores. Ação: flexão lateral e estabiliza a pelve e a espinha lombar. 2.2.3 TÓRAX Músculos do Abdômen – Posterior 6. Iliocostal Origem: aponeurose toracolombar a partir do sacro. Inserção: costelas posteriores, processos transversos cervicais. Ação: extensão e flexão lateral da espinha. 7. Longuíssimo (tórax, cabeça e pescoço) Origem: aponeurose toracolombar a partir do sacro, lombar e tórax. Inserção: processos transversos cervicais e torácicos, processo mastóide. Ação: extensão e flexão lateral da espinha (coluna). 8. Multífidos (transverso-espinais) Origem: sacro, espinha ilíaca PS, processos transversos das vértebras lombares, torácicas e quatro vértebras cervicais inferiores. Inserção: processos espinhosos da 2ª, 3ª e 4ª vértebra acima da origem . Ação: extensão e rotação contralateral da espinha dorsal. ´ Transverso do Abdômen Quadrado Lombar Iliocostal Longuíssimo Multifdos Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 25 9. Intercostais interno e externo Origem: Interno: superfície interna das costelas e cartilagens costais. Externo: superfície externa das costelas. Inserção: bordo superior da costela abaixo seguinte. Ação: Auxiliar a manter a caixa torácica na inspiração e expiração. 10. Serrátil Posterior Superior Origem: processos espinhosos de C7-T3. Inserção: 5 costelas superiores Ação: eleva as costelas superiores (inspiração). 11. Serrátil posterior Inferior Origem: processos espinhosos de T12-L2. Inserção: quatro costelas inferiores. Ação: contrabalança a tração para dentro do diafragma forçando as últimas quatro costelas para fora e para baixo (expiração). 12. Esternocleidomastóideo Origem: processo mastóide Inserção:manúbrio do esterno e clavícula medial. Ação: flexão da cabeça e pescoço. Lado direito: rotação para esquerda e flexão lateral para direita. Lado esquerdo: rotação para direita e flexão lateral para esquerda. Intercostais externo e interno Serrátil Posterior Esternocleidomastóideo Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 26 UNIDADE 5 – MEMBRO SUPERIOR COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO O ombro não é uma articulação única, mais sim um conjunto funcional que permite unir o membro superior ao tórax. É a articulação mais móvel do corpo humano, porém muito instável (estabilidade dinâmica). 3 graus de liberdade: Plano sagital: Flexão (180°) Extensão (45-50°) Plano frontal: Abdução (180°) – com rotação automática do membro superior Adução (30-45°) - associada à flexão (ou extensão) Plano transverso: Flexão horizontal (140°) Extensão horizontal (30-40°) Rotação voluntária lateral (80°) Rotação voluntária medial (100-110°) Combinação dos movimentos nos 3 planos: Circundução Posição funcional do ombro: equilíbrio de ação muscular no ombro. Flex. 45°, abdu. 60°, rot. med. 30-40°, 45° com o plano sagital. A região do ombro é formada por quatro articulações: Componentes: escápula + clavícula + úmero + articulações que os unem 1. Articulação Gleno-umeral - anatômica 2. Articulação Subacromial ou supra-umeral - funcional 3. Articulação Escapulotorácica - funcional 4. Articulação Acromioclavicular - anatômica 5. Articulação Esternoclavicular – anatômica – une o complexo do ombro com o esqueleto axial. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 27 ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA Espaço entre escápula e parede torácica – escápula desliza FUNÇÕES: orientar otimamente a fossa glenóide para melhorar contato com úmero e aumentar amplitude de elevação do membro superior. Movimentos da escápula sempre associados a movimentos das articulações esternoclavicular e acromioclavicular. Cadeia cinética fechada entre articulação esternoclavicular – acromioclavicular – escapulotorácica. ESTABILIDADE = pressão atmosférica + músculos serrátil anterior e subescapular. MOVIMENTOS DA ESCÁPULA Abdução (protração) e Adução (retração) Elevação (associada à rotação lateral) e Depressão (10 a 12 cm) Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 28 Rotação lateral (fora) e Rotação medial (dentro) – 60° Com paralisia do m. serrátil: escápula alada Indivíduo não consegue manter a escápula próxima ao tórax – ritmo escapulo-umeral comprometido. ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR Incongruência articular Disco: aumenta congruência articular e reduz choques mecânicos ESTABILIDADE = cápsula + Lig. Esternoclavicular (anteriore posterior) + lig. costoclavicular + lig. Interclavicular + disco fibrocartilaginoso. Mínimas mudanças degenerativas Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 29 Movimentos da Clavícula 3 graus de liberdade: movimentos na extremidade distal da clavícula (terminação lateral). Elevação (45°) e depressão (15°): associados à elevação + rotação lateral da escápula ou depressão da escápula Protração (15°) e retração (15°): associados à protração (abdução) ou retração (adução) da escápula Rotação longitudinal posterior: a sua face inferior volta-se anteriormente (30-45°): associada à rotação da escápula - Ocorre quando o ombro foi abduzido ou fletido a 90° ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR FUNÇÕES: manter contato da clavícula com a escápula durante o início da elevação de membro superior e aumentar amplitude de rotação da escápula no final da elevação do membro superior. Incongruência articular ESTABILIDADE = cápsula (fraca) + lig. coracoclavicular (conóide + trapezóide) + lig. acrômioclavicular + lig. Coraco-acromial. Grandes mudanças degenerativas. Rotação da escápula na artic. AC = rotação escápula na artic. ET. ARTICULAÇÃO SUBACROMIAL OU SUPRA-UMERAL Formada pelo arco córaco-acromial e úmero Arco Córaco-Acromial Protege o topo da cabeça do úmero, tendões e a bursa de um trauma direto vindo de cima e previne a cabeça do úmero deslocar-se para cima. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 30 Estabilidade = Ligamento córaco-acromial + Tendões do “manguito rotador”. ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL Posição em abdução e rotação lateral = posição de fechamento e > tensão na cápsula (>> encaixe e maior estabilidade articular). Estabilidade: proprcionada por um mecanismo passivo lig. córaco-umeral + cápsula articular + tendão supra-espinal – EMG silencioso com m.s. pendente. MÚSCULOS DO “MANGUITO ROTADOR” Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 31 1. m. supra-espinal 2. m. subescapular 3. m. infra-espinal 4. m. redondo menor 5. m. bíceps do braço (cabeça longa) Movimentos da Gleno-Umeral Qualquer movimento da escápula e sua cadeia cinética fechada (AC e ET) influencia na movimentação da GU. 3 graus de liberdade: 1) Flexão / Extensão: 90° (com escápula fixa) e 40-60°, respectivamente. 2) Adução/ Abdução: Abdução em rotação medial: limitada à 60° com o contato do tubérculo maior no acrômio. Abdução em rotação lateral: 90-135º. Tubérculo maior passa por trás do acrômio. Abdução passiva: 120° limitada pelo lig. gleno-umeral. Abdução ativa: 90°. 3) Rotação lateral / medial: depende do rolamento e deslizamento da cabeço do úmero sobre a fossa glenóide. Cotovelo deve estar fletido. membro superior pendente – 180°: Rot. medial limitada pelo contato do tubérculo menor com a fossa glenóide anterior e rot. lateral limitada pelo contato do tubérculo maior com com o acrômio. se membro superior abduzido em 90° com cotovelo fletido – rot. lateral 90° e rot. medial 70°: Limitação somente capsular e muscular. Estabilidade Dinâmica da Gleno-Umeral Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 32 Componente rotacional do m. deltóide (Frd) é muito pequeno para sozinho abduzir o m.s. Componente de translação superior do m. deltóide (Ftd) contribui para uma impactação superior da cabeça do úmero. Componente de translação superior do m. deltóide é anulado pelo componente de translação inferior do manguito rotador (exceto m. supra-espinal) (Ft) Componente de rotação do manguito rotador (Fr) (exceto m. supra-espinal) tende a comprimir a cabeça do úmero na fossa glenóide RITMO ESCÁPULO UMERAL Movimentos CONCOMITANTES e coordenados de cada articulação do complexo do ombro. Articulação ET contribui na abdução e flexão do ombro (elevação) com a rotação da fossa glenóide em 60° (AC e EC também). Articulação GU contribui na flexão do ombro em 120° e na abdução entre 90 e 120°. A combinação dos movimentos na GU e ET gera 180° de elevação no ombro na proporção de 2° na GU para 1° na ET. ABDUÇÃO 1) 0 – 90° - Artic. gleno-umeral. Participação do m. deltóide e m. supra-espinal. Eleva (EC) e roda clavícula (AC) também. Limitado pelo apoio do tubérculo maior na fossa glenóide (90° com rotação lateral, senão 60°). 2) 90-150° – Cintura escapular + gleno-umeral. Rotação lateral de escápula 60° + elevação na artic. esternoclavicular e rotação na artic. acromioclavicular. Participação do m. serrátil anterior e m. trapézio. Limitado pela resistência do m. grande dorsal e m. peitoral maior. 3) 150-180° – Escápulo-torácico + Coluna vertebral. Inclinação lateral ou hiperlordose lombar FLEXÃO A escápula já começa abduzida 1) 0-60° – Artic. gleno-umeral. Participação do m. deltóide anterior, m. coracobraquial, m. peitoral maior. Limitado pela tensão lig. Coraco-umeral e resistência do m. redondo maior e menor e m. infra-espinal. 2) 60-120° – Cintura escapular. Rotação lateral de escápula 60o + elevação na artic. esternoclavicular e rotação na artic. acromioclavicular. Participação do m. serrátil anterior e m. trapézio. Limitado pela resistência do m. grande dorsal e m. peitoral maior. 3) 120-180° - Escápulo-torácico + Coluna vertebral. Inclinação lateral ou hiperlordose lombar MÚSCULOS DA ARTICULAÇÃO GLENO-UMERAL Funções: Mover o úmero, providenciar o deslizamento intra-articular e manter o contato articular. Flexores: m. deltóide anterior m. coracobraquial m. peitoral maior (fibras superiores) m. bíceps do braço Extensores: m. tríceps do braço m. grande dorsal m. deltóide posterior m. redondo maior e menor Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 33 Abdutores: m. deltóide m. supra-espinal cabeça Longa do m. bíceps do braço m. redondo menor m. infra-espinal Adutores: m. peitoral maior m. deltóide anterior e posterior m. grande dorsal m. redondo maior m. Subescapular cabeça longa do m. tríceps do braço Rotadores Mediais: m. peitoral maior m. deltóide anterior m. subescapular m. redondo maior m. grande dorsal Rotadores Laterais: m. coracobraquial m. deltóide posterior m. infra-espinal m. redondo menor MÚSCULOS DA CINTURA ESCAPULAR Elevadores : m. trapézio superior (1) m. elevador da escápula (3) mm. rombóides (2) m. peitoral menor (5) Depressores: m. trapézio médio (1’) e Inferior (1’’) m. subclávio (deprimir a clavícula) m. peitoral menor (5) m. grande dorsal Abdutores : m. serrátil anterior (4’) m. peitoral menor e maior (5) Adutores: mm. rombóides (2) m. trapézio médio (1’) m. grande dorsal Rotadores Mediais: m. elevador da escápula (3) mm. rombóides (2) m. grande dorsal Rotadores Laterais: m. trapézio médio e inferior (1) m. serrátil anterior (4’) Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 34 MÚSCULO DELTÓIDE Origem: 1/3 lateral da borda anterior da clavícula (Porção Anterior), acrômio (porção Medial) e espinha da escápula (porção posterior). Inserção: Face lateral do úmero. Ação: 1. Feixe anterior – flexão e adução horizontal 2. Feixe medial – abdução e abdução horizontal 3. Feixe posterior – extensão e extensão horizontal MÚSCULO CORACOBRAQUIAL Origem: Processo caracóide da escapula. Inserção: meio do bordo medial de eixo umeral. Ação: adutor e flexor do ombro MÚSCULO SUPRA – ESPINHAL Origem:Fossa supra-espinhal - escápula Inserção : Faceta superior do tubérculo maior do úmero Ação: Abdução fraca do braço MÚSCULO INFRA- ESPINHAL Origem: Fossa infra-espinhal da escápula Inserção: Faceta média do tubérculo maior do úmero Ação: Rotação lateral do braço MÚSCULO REDONDO MENOR Origem: 1/3 inferior da borda lateral da escápula e ângulo inferior da escápula Inserção Lateral: Crista do tubérculo menor do úmero Ação: Rotação medial, adução e extensão da articulação do ombro Supra – espinhal Infra – espinhal Deltóide Redondo Menor Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 35 SUBSCAPULAR Origem: Fossa subescapular Inserção: Tubérculo menor Ação: Rotação medial e adução do braço REDONDO MAIOR Origem: Posteriormente no terço inferior do bordo lateral da escapula, logo acima do ângulo inferior. Inserção: Lábio medial do sulco intertubercular do úmero. Ação: Extensão da articulação glenoumeral, adução da articulação glenoumeral, principalmente da posição abduzida para baixo, de lado, e na direção da linha média do corpo. MÚSCULO GRANDE DORSAL Origem: Crista posterior do ílio, costas do sacro e processos espinhosos das vértebras lombares e seis vértebras torácicas inferiores (T6- 12). Inserção: Lado medial do sulco intertubular do úmero. Ação: adução da articulação glenoumeral, extensão da articulação glenoumeral, rotação interna da articulação glenoumeral, abdução horizontal da articulação glenoumeral. MÚSCULO PEITORAL MAIOR • Origem: metade medial da superfície anterior da clavícula. superfícies anteriores da cartilagem costal das seis primeiras costelas e porção adjacente do esterno. • Inserção: tendão plano com largura de 5 a 8cm no lábio externo do sulco intertubercular do úmero. • Ação: Adução horizontal e flexão do ombro Redondo Menor Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 36 COMPLEXO ARTICULAR DO COTOVELO Componentes Úmero Rádio Ulna Articulação Úmero-radial e Úmero-ulnar (do cotovelo, propriamente dita) Articulação Rádio-ulnar proximal Articulação Rádio-ulnar distal Posição de referência para cotovelo: posição anatômica Posição de referência para rádio-ulnares: posição intermediária (polegar para frente) 1 grau de liberdade úmero-ulnar Plano sagital: Flexão (145° ativa, 160° passiva) Extensão (relativa, 0-5°) 1 grau de liberdade na rádio-ulnar Plano transverso: Pronação (80° ) Supinação (90°) Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 37 ARTICULAÇÃO ÚMERO-ULNAR Articulação em gínglimo – 1 grau de liberdade: Flexão (130-145° ativa e 160° passiva) Extensão (0-5°) Cápsula frouxa que envolve fossa radial, coronóide e fossa do olécrano (no úmero) + olécrano e processo coronóide (na ulna) + ligamento anular (no rádio) ESTABILIDADE= ossos + ligamentos colaterais radial e ulnar Antebraço em extensão: mais oblíquo para fora e para baixo (Valgo Fisiológico); Antebraço em flexão, ulna fica mais medial, assim o antebraço projeta-se exatamente na frente do braço. Valgo Fisiológico : 11° para homens adultos, 14° para mulheres adultas e 6° para crianças. LIMITAÇÃO DE MOVIMENTO Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 38 ARTICULAÇÕES RÁDIO-ULNARES PROXIMAL E DISTAL Sindesmose (intermediária) Trocóide (proximal e distal): 1 grau de liberdade Arco de movimento: 90° para supinação e 80°– 90° para pronação, contados a partir da posição intermediária do antebraço. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 39 ESTABILIDADE ligamento anular + membrana interóssea + ligamentos rádio-ulnar dorsal e palmar + lig. ulno- cárpico palmar e dorsal+ lig. rádio-cápico palmar e dorsal Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 40 MÚSCULOS DO COTOVELO Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 41 M. BÍCEPS DO BRAÇO porção longa (1) e curta (2): contribuem para a flexão quando o antebraço está supinado. Qdo C 90o > F; qdo O flexão < F; e C fletido e supinado <F Origem: Cabeça Longa – tubérculo supraglenóide (superiormente a cavidade glenóide). Cabeça Curta – processo coracóide da escapula. Inserção: Tuberosidade do rádio. Ação: flexor do cotovelo e auxiliar na supinação, além de flexor e abdutor secundário do ombro; M. BRAQUIAL (3) é o motor primário da flexão de cotovelo, sendo ele igualmente efetivo em qualquer posição do cotovelo: pronação ou supinação, uma vez que sua inserção é no processo coronóide da ulna. Origem: metade distal da porção anterior do úmero. Inserção: Processo coronóide da ulna. M. BRAQUIORRADIAL (4): quando o antebraço está em posição neutra (entre as posições de supinação e pronação máximas), o músculo mais efetivo para flexão de cotovelo é o braquiorradial Origem: terço distal da face lateral do úmero. Inserção: Processo estilóide do rádio. M. PRONADOR REDONDO (5): quando a pronação é rápida e resistida, esse músculo auxilia o pronador quadrado na pronação do antebraço. Traciona o rádio e o roda sobre a ulna. Origem: epicôndilo medial do úmero e processo coronóide. Inserção: Face lateral do rádio (média). Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 42 M. TRÍCEPS DO BRAÇO porção longa (1), lateral (2) e medial: é o único extensor de cotovelo, embora a sua inserção distal situe-se próxima do eixo de rotação do cotovelo. Origem: Cabeça Longa - abaixo da cavidade glenóide da escápula (biarticular); Cabeça Lateral - metade superior da superfície posterior do úmero; Cabeça Medial – dois terços distais da superfície posterior do úmero; Inserção: Face proximal do ólecrano da ulna. M. ANCÔNEO (3): auxilia na extensão Origem: Superfície posterior do côndilo lateral do úmero. Inserção: Superfície posterior do olécrano da ulna. M. PRONADOR QUADRADO (3): é o principal pronador do antebraço Origem: Quarto distal da face anterior da ulna. Inserção: Quarto distal do face anterior do rádio. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 43 M. PRONADOR REDONDO (2) Origem: epicôndilo medial do úmero e processo coronóide. Inserção: Face lateral do rádio (média). M. SUPINADOR (1): é o principal músculo supinador do antebraço, e quando o cotovelo está em flexão, a tensão no supinador diminui e o bíceps do braço auxilia na supinação. Rola o rádio sobre si mesmo. Origem: epicôndilo lateral do úmero e parte posterior da ulna. Inserção: Superfície lateral do rádio proximal. ESTABILIDADE ARTICULAR DO COTOVELO Fatores de coaptação articular 1 . Lig. colateral ulnar 2. Lig. colateral radial 3. m. tríceps do braço 4. m. bíceps do braço 5. m. braquial 6.m. pronador redondo Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 44 7. mm. extensores C 8. mm. flexores C COMPLEXO ARTICULAR DO PUNHO E MÃO O punho tem a função significativa de controlar a relação comprimento-tensão dos músculos multiarticulares da mão à medida que se ajustam as diversas atividades e formasde preensão. A mão é uma ferramenta valiosa, através da qual nós controlamos nosso ambiente e expressamos idéias e talentos. ESTRUTURA E FUNÇÃO DE PUNHO E MÃO Partes Ósseas - Punho: radio distal, escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio, trapezóide, capitato e hamato. - Mão: 5 metacárpicos e 14 falanges compõem a mão e 5 dígitos. Articulações do Complexo do Punho e seus Movimentos - Complexo do punho O complexo do punho é multiarticular e feito por duas articulações compostas. É biaxial, permitindo flexão (flexão volar), extensão (dorsiflexão), desvio radial (abdução) e desvio ulnar (adução). - Articulação radiocárpica Está envolvida por uma cápsula frouxa, porém forte, reforçada por ligamentos também compartilhados com a articulação mediocárpica. - Articulação mediocárpica É uma articulação composta entre as duas fileiras de cárpicos. Tem uma cápsula que é também contínua com as articulações intercárpicas. Os movimentos fisiológicos dos punhos são: flexão, extensão, desvio radial e desvio ulnar. Co-contração: pressionam a cápsula > estabilidade Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 45 - Pisiforme O pisiforme é classificado como um osso do do carpo. Não é parte da articulação do punho, mas funciona como um osso sesamóide no tendão do flexor ulnar do carpo. - Ligamentos A estabilidade e alguns movimentos passivos do complexo do punho dependem de numerosos ligamentos: o colateral ulnar e radial, o radiocárpico dorsal e volar (palmar), o ulnocárpico e o intercárpico. Articulações do Complexo da Mão e seus Movimentos - Articulações Carpometacárpicas dos dígitos 2 a 5 As articulações são envolvidas numa cavidade articular comum e incluem as articulações de cada metacárpico com a fileira distal de cárpicos e as articulações entre as bases de cada metacárpico. Os movimentos fisiológicos dos metacárpicos são a flexão (arqueamento) e a extensão (achatamento). - Articulação capometacárpica do polegar; dígito 1 Essa articulação é uma articulação biaxial em formato de sela (selar) entre o trapézio e a base do 5º metarcápico.Tem uma cápsula frouxa e AM grande, o que permite que o polegar se mova para longe da palma da mão para atividades de oposição e preensão. Os movimentos fisiológicos do primeiro metacárpico são: flexão, extensão, abdução e adução. - Articulações metacarpofalângicas São articulações condilóides biaxiais coma a extremidade distal de cada metacárpico convexa e a falange proximal côncava, mantida por um ligamento volar e 2 colaterais. Os colaterais tornam-se tensos durante a flexão completa e restringem a abdução e adução nessa posição. Os movimentos fisiológicos da primeira falange são: flexão, extensão, abdução e adução. Articulações interfalângicas Existe uma articulação interfalângica proximal e uma distal para cada dedo, do 2 ao 5; o polegar tem somente uma articulação interfalângica. Os movimentos fisiológicos de cada falange são: flexão e extensão. ARTICULAÇÃO DO PUNHO E DA MÃO OSSOS: • Rádio, • Ulna, • 8 carpais, – Escafóide, – Semilunar, – Pisiforme, – Piramidal, – Hamato, Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 46 – Capitato – Trapezoide, – Trapézio. • 5 metacarpais, • 14 falanges • 1 sesamóide (tendão flexor – polegar). MOVIMENTOS ARTICULARES: • Flexão do punho, • Extensão do punho, • Abdução do punho • Adução do punho, • Flexão dos dedos e do polegar, • Extensão dos dedos e do polegar. ARTICULAÇÕES: • Articulação do punho – Art. Condilóide – Move-se: • Flexão 70° a 90°, • Extensão 65° a 85°, • Abdução 15° a 25°, • Adução 25° a 40°. • Articulações metacarpofalangianas – Art condilóides Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 47 – Extensão 0° a 40°, – Flexão 85° a 100°. • Articulações interfalangianas (proximais e distais) – Art. Ginglimóides – Extensão completa, – Flexão 80° a 120° • Articulação carpometacarpal – Art. Selar – Abdução 50° a 70° – Flexão 15° a 45° – Extensão 0° a 20°. MÚSCULOS: MÚSCULO FLEXOR RADIAL DO CARPO • ORIGEM: – Epicôndilo medial do úmero • INSERÇÃO: – Base do segundo e terceiro metacarpais, anterior (superfície palmar) • AÇÃO: – Flexão do punho – Abdução do punho – Flexão fraca do cotovelo MÚSCULO PALMAR LONGO • ORIGEM: – Epicôndilo medial do úmero • INSERÇÃO: – Aponeurose do segundo, terceiro, quarto e quinto metacarpais. • AÇÃO: – Flexão do punho – Flexão fraca do cotovelo MÚSCULO FLEXOR ULNAR DO CARPO • ORIGEM: – Epicôndilo medial do úmero – Aspecto posterior da ulna proximal • INSERÇÃO: – Pisiforme, hamato e base do Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 48 quinto metacarpal (superfície palmar) • AÇÃO: – Flexão do punho – Adução do punho, junto com o músc. Extensor ulnar do punho. – Flexão fraca do cotovelo. MÚSCULO EXTENSOR ULNAR DO CARPO • ORIGEM: – Epicôndilo lateral do úmero – No meio do bordo posterior da ulna, à altura do segundo quarto. • INSERÇÃO: – Base do quinto metacarpal (superfície dorsal) • AÇÃO: – Extensão do punho – Adução do punho junto com o músculo flexor ulnar do punho, – Extensão fraca do cotovelo. MÚSCULO EXTENSOR RADIAL CURTO DO CARPO • ORIGEM: – Epicôndilo lateral do úmero. • INSERÇÃO: – Base do terceiro metacarpal (superfície dorsal) • Ação: – Extensão do punho – Abdução do punho – Extensão fraca do cotovelo. MÚSCULO EXTENSOR RADIAL LONGO DO CARPO • ORIGEM: – Terço inferior da crista supracondiliana lateral do úmero e epicôndilo lateral do úmero. • INSERÇÃO: – Base do segundo metacarpal (superfícia dorsal) • AÇÃO: – Extensão do punho – Abdução do punho – Extensão fraca do cotovelo. MÚSCULO FLEXOR SUPERFICIAL • ORIGEM: – Epicôndilo medial do úmero. – Cabeça ulnar: processo coronóide medial. – Cabeça radial: dois terços superiores do bordo anterior do rádio. • INSERÇÃO: – Cada tendão divide-se e fixa-se nos lados da falange média dos quatros dedos (superfície palmar) Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 49 • AÇÃO: – Flexão dos dedos nas art. Metacarpofalangianas e interfalangianas proximais. – Flexão do punho – Flexão fraca do cotovelo MÚSCULO FLEXOR PROFUNDO • ORIGEM: – Três quartos proximais da ulna anterior e medial. • INSERÇÃO: – Base das falanges distais dos quatro dedos. • AÇÃO: – Flexão dos quatro dedos nas art. Metacarpofalangianas, interfalangianas proximais e interfalangianas distais, – Flexão do punho. MÚSCULO FLEXOR LONGO DO POLEGAR • ORIGEM: – Superfície anterior média do rádio e bordo medial anterior da ulna, próximo distalmente do processo coronóide. • INSERÇÃO: – Base da falange distal do polegar (superfície palmar) • AÇÃO: – Flexão carpometacarpal do polegar, das art. Metacarpofalangianas e interfalangianas – Flexão do punho MÚSCULO EXTENSOR DOS DEDOS • ORIGEM: – Epicôndilo lateral do úmero • INSERÇÃO: – Quatro tendões para as bases das falanges média e distal dos quatro dedos (superfície dorsal) • AÇÃO: – Extensão da 2ª,3ª,4ª e 5ª falange das art. metacarpofalangianas. – Extensão do punho – Extensão fracado cotovelo. MÚSCULO EXTENSOR DO DEDO INDICADOR • ORIGEM: – Terço médio ao distal da ulna posterior • INSERÇÃO: – Base das falanges média e distal da segunda falange (superfície dorsal) Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 50 • AÇÃO: – Extensão do dedo indicador na art. Metacarpofalangiana. – Extensão fraca do punho. MÚSCULO EXTENSOR DO DEDO MÍNIMO • ORIGEM: – Epicôndilo lateral do úmero • INSERÇÃO: – Base das falanges média e distal da quinta falange (superfície dorsal) • AÇÃO: – Extensão do dedo mínimo na art metacarpofalangiana – Extensão fraca do punho MÚSCULO EXTENSOR LONGO DO POLEGAR • ORIGEM: – Superfície lateral posterior da ulna média inferior • INSERÇÃO: – Base da falange distal do polegar (superfície dorsal). • AÇÃO: – Extensão do punho – Extensão do polegar MÚSCULO EXTENSOR CURTO DO POLEGAR • ORIGEM: – Superfície posterior do rádio médio inferior • INSERÇÃO: – Base da falange proximal do polegar (superfície dorsal) • AÇÃO: – Extensão do polegar na art. Metacarpofalangiana – Extensão fraca do punho Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 51 MÚSCULO ABDUTOR LONGO DO POLEGAR • ORIGEM: – Aspecto posterior do rádio e corpo médio da ulna • INSERÇÃO: – Base do primeiro metacarpal (superfície dorsal) • AÇÃO: – Abdução do polegar na art carpometacarpal – Abdução do punho Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 52 UNIDADE 6 – MEMBRO INFERIOR COMPLEXO ARTICULAR DA CINTURA PÉLVICA O quadril é a articulação proximal do membro inferior, orientando-o em todas as direções do espaço. Os movimentos são realizados em uma única articulação – coxo-femural – que é do tipo esferóide bem encaixada, colocando-a em oposição ao ombro no que diz respeito ao encaixe. OSSOS: • Ossos pélvicos (d/e) – Ílio, – Isquio, – Púbis. • Fêmur MOVIMENTOS ARTICULARES: • Movimentos da cintura pélvica: – Rotação pélvica posterior, báscula posterior/retroversão/ movimento contra-mutação(encaixe do quadril) – Rotação pélvica anterior, báscula anterior/anteroversão/ movimento de mutação(desencaixe do quadril). Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 53 – Rotação lateral direita/esquerda, – Rotação transversa direita/esquerda. • Movimentos da coxa: – FLEXÃO – EXTENSÃO Fatores que influenciam a ADM: - Movimento ativo X movimento passivo - Joelho flexionado X joelho extendido - Movimentação sacroiliaca e lombar Fatores que influenciam a ADM: - Movimento ativo X movimento passivo - Joelho flexionado X joelho extendido - Movimentação sacroiliaca e lombar Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 54 – ABDUÇÃO – ADUÇÃO Posição mais instável do quadril: FL + ADD+ RL O movimento de abdução é limitado pelo apoio ósseo do colo femural no acetábulo, pelos mm adutores e pelos ligamentos ilio-femural e pubo femural. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 55 – ROTAÇÃO INTERNA (MEDIAL), ROTAÇÃO EXTERNA (LATERAL). ARTICULAÇÕES: • Sínfese púbica: – Articulação anfiartrodial • Articulação sacroilíaca: – Articulações rígidas • Articulação do quadril (coxo-femural): – Articulação enartrodial – MOVE-SE: • Flexão 0° a 130° • Extensão 0° a 30°, • Rotação interna 0° a 45°, • Rotação externa 0° a 50°, • Abdução 0° a 30° • Adução 0° a 25°. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 56 QUADRIL – O papel dos ligamentos durante os movimentos articulares Durante a extensão do quadril, todos os ligamentos se tensionam. Durante a flexão do quadril, todos os ligamentos se afrouxam. > Tensão do l. pubo-femural > Tensão do l. Isquio-femural Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 57 QUADRIL – Fatores de coaptação - Lábio acetabular - Pressão atmosférica - Ligamentos - Músculos Músculos: MÚSCULO ILIOPSOAS • ORIGEM: – Ilíaco: superfície interna do ílio, – Psoas maior e menor: bordos inferiores dos processos transversos (L1 –L5), lados do corpo das últimas vértebras torácicas (T12), vértebras lombares (L1-L5), fibrocartilagens intervertebrais e base do sacro. • INSERÇÃO: – Ilíaco e psoas maior: trocânter menor do fêmur e haste logo abaixo. – Psoas menor: linha pectínea e eminência iliopectínea. • AÇÃO: – Flexão do quadril – Rotação externa do fêmur. AÇÃO PARADOXAL DO PSOAS É a inversão da função do músculo Psoas. "no qual o músculo Psoas, enquanto flete o quadril, causa a hiperextensão da região lombossacral através da inclinação pélvica anterior, embora o Psoas seja considerado um flexor do tronco.O paradoxo é a inversão do papel de flexão/extensão, pode ser observado durante exercícios como os "abdominais" com os membros inferiores estendidos e elevação de ambos os membros inferiores. As vértebras lombares são puxadas para frente e para baixo pela contração do psoas. A contração do abdome evita a inclinação anterior da pelve a menos que esses músculos estejam fatigados ou fracos; assim a pelve não gira para frente nem as vértebras lombares são hiperestendidas." (Cinesiologia e Anatomia aplicada, Philip J Rasch). • A origem do psoas maior na parte inferior das costas tende a movê-la anteriormente ou, na posição supina, a puxá-la para cima quando levantamos as pernas. • Os problemas na parte inferior das costas são muitas vezes agravados, por exercícios de elevação das pernas muito intensos e/ou prolongados. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 58 MÚSCULO SARTÓRIO • ORIGEM: – Espinha ilíaca superior anterior e incisura logo abaixo da espinha. • INSERÇÃO: – Côndilo medial anterior da tíbia. • AÇÃO: – Flexão do quadril, – Flexão do joelho, – Rotação externa da coxa quando ela flexiona o quadril e o joelho. MÚSCULO RETO DA COXA • ORIGEM: – Espinha ilíaca inferior anterior do ílio e sulco (posterior) acima do acetábulo. • INSERÇÃO: – Aspecto superior da patela e tendão patelar sobre a tuberosidade tibial. • AÇÃO: – Flexão do quadril – Extensão do joelho. MÚSCULO TENSOR DA FÁSCIA LATA • ORIGEM: – Crista ilíaca anterior e superfície do ílio logo abaixo da crista. • INSERÇÃO: – Um quarto do trajeto entre a coxa e o trato iliotibial que, por sua vez, se insere no tubérculo de gerdy do côndilo tibial ântero-lateral. • AÇÃO: – Abdução do quadril – Flexão do quadril. – Tendência a girar o quadril internamente quando ele flexiona. Licenciatura em Educação Física - Fundamentos de Cinesiologia 59 MÚSCULOS ROTATORES LATERAIS PROFUNDOS • PIRIFORME, GÊMEO SUPERIOR, OBTURADOR INTERNO, GÊMEO INFERIOR, OBTURADOR EXTERNO, QUADRADO DA COXA • ORIGEM: – Sacro anterior, porções posteriores do ísquio e forame obturador. • INSERÇÃO: – Aspecto
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