FREUD ALEM DA ALMA (1) refe

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RESENHA DO FILME: FREUD ALÉM DA ALMA
A presente resenha tem como objetivo fazer uma breve descrição do filme “Freud Além da Alma”, tendo como base o conteúdo apresentado durante as aulas e as leituras dos livros “Adicções – Clínica Psicanalistica”, de Decio Gurfinkel, e “Introdução à Psicopatoligia Psicanalítica”, de Juan Carlos Kusnetzoff. Como leitura complementar, será usado o livro “Édipo: o complexo do qual nenhuma criança escapa de J-D. Nasio”, para ilustrar o conceito de Édipo, que é mencionado em certo momento no filme. 
O filme “Freud Além da Alma” relata os estudos e as descobertas de Freud adquiridas por suas próprias experiências pessoais e, também, como ele passou por momentos difíceis no início de sua carreira como médico. No livro “Adicções – Clínica Psicanalítica” de Decio Gurfinkel, também são relatadas dificuldades enfrentadas por Freud, quando deixou o laboratório de Brucke, aconselhado pelo próprio mentor, pois não tinha condições econômicas que possibilitassem sustentar sua carreira de pesquisador, assim, a única alternativa encontrada por Freud foi trabalhar como médio clínico, o que não era sua vontade profissional. Freud assumiu, então, um posto no Hospital Geral de Viena, onde trabalhou com afinco por três anos (Gurfinkel, p.84).
O filme começa com um desacordo entre Freud e a equipe médica quando interna uma pessoa com histeria. Na Idade Média, a histeria passou a ser definida como possessão demoníaca. Em estudos sobre Histeria (1905), Freud e Breuer apresentaram três pontos fundamentais da Histeria: os sintomas histéricos faziam sentido; existia um trauma que causara a doença, que tinha ligação com impulsos libidinais que haviam sido reprimidos; a lembrança desse trauma e sua catarse era o caminho para a cura. Freud tem a oportunidade de ver Charcot fazer um teste com dois histéricos. Através da hipnose, ele faz com que os histéricos eliminem os problemas causados por traumas e depois faz eles terem outros problemas de histeria, apenas dando ordens enquanto os mesmos estavam hipnotizados. 
O pai de Freud falece e Freud não consegue entrar no cemitério, desmaia e tem um sonho que o incomoda. Decide voltar ao cemitério novamente, (mas novamente) não consegue entrar e volta conversando com Brauer, tenta achar a ligação e desvendar o que seu pai fez. Freud inicia seus estudos sobre o complexo de Édipo e pensa sobre a teoria dos sonhos, quando Freud atende um jovem que diz, durante o estado de hipnose, que matou o pai porque amava a própria mãe. Em conselho quando Freud fala sobre “complexo de Édipo, é clara a dificuldade que Freud tem em expor suas ideias visto que os médicos presentes começam a ironizar e a não dar créditos à fala dele. Freud continua a falar mesmo assim, e cita a lenda de Édipo que matou o pai e casou-se com a mãe, foi punido (reprimido) e ficou vagando pela vida sem um lar. Nenhuma criança escapa do complexo de Édipo porque nenhuma criança de quatro anos, menina ou menino, escapa a torrente das pulsões eróticas que lhe afluem e porque nenhum adulto de seu círculo imediato pode evitar ser o alvo de suas pulsões ou tentar bloqueá-las (J.-D. Nasio, 2007). 
Na descrição de Freud sobre o complexo de Édipo, pode-se perceber o conceito das fases do desenvolvimento sexual: Fase oral, fase anal, fase fálica, fase genital. As descrições dessas fases podem ser encontradas no livro de Juan Carlos Kusnetzoff, “Introdução à Psicopatologia Psicanalítica”, no capítulo 2, a partir da página 30. 
No final do filme, o que me chamou atenção foi o comportamento de Freud a respeito da morte de seu pai, ele caminha lentamente e consegue ultrapassar os muros do cemitério, onde caminha até a lápide de seu pai.
Por mais que Freud tenha sido ironizado o tempo todo, com dificuldade de expor suas ideias, pode-se concluir que Freud estava certo em sua teoria o tempo todo. Isso é percebido tanto nos comportamento de seus pacientes, quanto em seu próprio comportamento frente à morte de seu pai. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
MOURA, J. Introdução à Histeria. Psicologado, s/n. s/l. 2009. Disponível em: <https://psicologado.com/abordagens/psicanalise/introducao-a-histeria> Acesso em 26 fev. 2017.