Buscar

Apostila I Introdução a Anatomia e Aparelho Locomotor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 147 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 147 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 147 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
1 
APOSTILA DE ANATOMIA HUMANA 
Introdução à Anatomia Humana 
Anatomia do Aparelho Locomotor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores: 
Márcio Oliveira 
Régis Correia 
José Roberto Pimenta de Godoy 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDOORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDOORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDOORAÇÃO AO CADÁVER DESCONHECIDO 
 
"Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo 
nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu 
e sonhou os mesmo sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros 
que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma 
lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder 
e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente" 
 
Karel Rokitansky (1876) 
Ao cadáver, respeito e agradecimento 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
3 
 
Introdução à Anatomia Humana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A lição de Anatomia do Dr. Nicolaes Tulp (1632) 
Rembrandt Harmenszoon 
Museu Mauritshuis (Haia) 
 
 
 
“ A Anatomia se relaciona tanto com a medicina quanto 
com a arte e deve ser considerada ciência e arte ” 
 Prof. Liberato Di Dio 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
4 
 
1. DEFINIÇÃO 
A Anatomia é o ramo da biomorfologia, ou seja, da ciência que trata da forma e 
arquitetura dos seres vivos, que estuda micro e macroscopicamente a conformação e o 
desenvolvimento dos organismos. A Anatomia Humana restringe-se ao estudo do corpo 
humano. 
No passado, os termos Anatomia e Morfologia eram utilizados como sinônimos, 
porém atualmente a anatomia humana, em sentido restrito, é o ramo da biomorfologia 
que trata das estruturas em nível macroscópico, estando as estruturas microscópicas 
sob a responsabilidade da Histologia e da Biologia Celular. 
O termo Anatomia, etimologicamente, tem origem Grega (anatomé): Ana – 
distributivo, em partes; Tomé – corte, ou Temnein - cortar. A associação das palavras 
significa dissecação. 
Como sua origem indica, o estudo da Anatomia está largamente baseado na 
dissecação, entretanto, campos de estudo mais recentes envolvem o uso de métodos e 
técnicas que propiciam valioso suplemento à mesma. 
 
2. CAMPOS DE ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 
Como o seu nome indica, a Anatomia Humana limita-se ao estudo do corpo 
humano. Porém, este pode ser estudado sob diferentes contextos, ou campos de 
estudo da Anatomia. 
 
2.1 Anatomia Sistêmica ou Sistemática 
A Anatomia Sistêmica ou Sistemática compreende o estudo do corpo humano 
como uma série de órgãos anatomicamente ou funcionalmente unidos, 
desempenhando uma função em comum, ou com a mesma finalidade. 
Essa organização está de acordo com a teoria celular descrita por Schleiden 
em 1838 e Schwann em 1839, que afirma que a célula é a unidade fundamental, morfo-
funcional do corpo humano. Células unem-se para formar Tecidos, que por sua vez se 
reúnem na conformação de Órgãos, que então se agrupam em Sistemas. Muitas vezes 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
5 
dois ou mais Sistemas estão relacionados de tal forma que podem ser descritos como 
uma unidade maior, denominada Aparelho, como é o caso do Aparelho Locomotor, 
formado pelos Sistemas Esquelético, Articular e Muscular. 
Outros exemplos de sistemas do corpo humano são: Sistema nervoso, Sistema 
Digestório, Sistema Respiratório e etc. 
 
2.2 Anatomia Regional (Topográfica ou Cirúrgica) 
A anatomia regional divide o corpo humano em regiões e nestas é feito um 
estudo de suas estruturas e relações. Por exemplo, o corpo humano pode ser dividido 
em Cabeça e Pescoço, Tórax, Abdome, Pelve, Dorso, Membro Superior e Membro 
Inferior. Nesse caso, as estruturas de cada uma dessas regiões são descritas 
separadamente das estruturas das demais, independente das relações sistemáticas 
entre as mesmas. 
Trata-se de um campo de estudo interessante ao cirurgião, afinal este abordará 
a região específica da sua especialidade. 
 
2.3 Anatomia Clínica ou Aplicada 
Trata-se do estudo da anatomia com ênfase nos aspectos da estrutura, função 
e patologia do corpo que são importantes no exercício das profissões na área da saúde. 
 
2.4 Anatomia de Superfície 
A anatomia de superfície, muitas vezes referida como anatomia do indivíduo 
vivo ou do vivente, estuda o corpo vivo em repouso ou em ação, cujo principal objetivo 
é o reconhecimento de estruturas situadas sob a pele. 
O estudo da anatomia de superfície pode ser feito com base em fotos ou 
mesmo através da inspeção do indivíduo desnudo. Seu estudo traz grandes benefícios 
à anatomia palpatória (descrito adiante) e é extremamente relevante para 
fisioterapeutas, entre outros profissionais. 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
6 
2.5 Anatomia Palpatória 
Trata-se do estudo da anatomia com base na palpação das estruturas 
superficiais e profundas, passíveis de serem identificadas sob a superfície da pele. 
Corresponde-se com a anatomia de superfície, sendo de grande relevância na 
pratica da fisioterapia e outras áreas da saúde. 
 
Existem autores que agrupam a anatomia de superfície e a anatomia palpatória 
em um estudo comum, denominado anatomia do indivíduo vivo. 
 
2.6 Anatomia do Desenvolvimento 
Focaliza o desenvolvimento do corpo a partir do ovo fertilizado até a forma 
adulta. Está associada a Embriologia Humana. 
 
2.7 Anatomia Radiológica 
Trata-se de um campo relativamente recente de estudo da anatomia, em o 
corpo humano pode ser visualizado por meio de técnicas radiológicas, como na 
identificação de estruturas em radiografias ou mesmo nos exames mais modernos, 
como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. 
Este estudo permite o reconhecimento de estruturas tanto do cadáver, quanto 
do vivente e é largamente utilizado na anatomia clínica. 
 
2.8 Anatomia Comparada 
A Anatomia Comparada estabelece comparações entre os aspectos anatômicos 
de diferentes animais. 
Pelo fato de as origens de vários animais serem semelhantes, o seu estudo 
estabelece importantes relações funcionais entre os mesmos. É muito relevante a sua 
contribuição no entendimento dos aspectos evolutivos dos diferentes animais. 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
7 
3. MÉTODOS DE ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA 
Apesar de largamente baseada na dissecação, como a etimologia do seu nome 
indica, o estudo da anatomia humana envolve vários métodos, que se correspondem 
com os seus campos de estudo: 
• Inspeção: análise através da visão, que pode ser de órgãos externos ou internos. 
• Palpação: análise através do tato, que pode ser utilizada para medir a pulsação, 
verificar tendões ou saliências ósseas, entre outras estruturas. 
• Percussão: análise através de batimentos digitais na superfície corporal, que pode 
produzir sons audíveis, ajudando na determinação deórgãos ou estruturas. 
• Ausculta: analisar ouvindo determinados órgãos em funcionamento (ex. coração, 
intestino, pulmões). 
• Mensuração: Permite a avaliação da simetria corporal. 
• Dissecação: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma 
melhor visualização. 
• Métodos de Estudo por Imagem: inclui os antigos e novos métodos de obtenção de 
imagens do corpo humano: radiografias, ressonância magnética, ultrassonografia, 
tomografia computadorizada e etc. 
 
4. TERMINOLOGIA ANATÔMICA 
A terminologia anatômica é o conjunto de termos utilizados para indicar e 
descrever as partes do corpo humano. Trata-se da base da linguagem técnica utilizada 
em Anatomia, Medicina, Odontologia, Fisioterapia e demais ciências da saúde, bem 
como todas as ciências biológicas que tratam da estrutura do homem. Pode ser dividida 
em terminologia anatômica geral e especial. 
No primeiro caso, compreende os termos gerais, que são relativamente poucos, 
como a divisão do corpo humano, as suas principais regiões e os eixos e planos que o 
limitam ou seccionam. Já a terminologia especial, compreende cerca de seis mil nomes 
de todas as estruturas macroscópicas do corpo e suas partes. 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
8 
5. POSIÇÃO ANATÔMICA 
Para estudar e indicar as partes do corpo humano, toma-se como padrão ou 
modelo uma posição convencional, chamada posição anatômica para descrição do 
indivíduo. Segue abaixo a descrição da posição anatômica: 
Corpo ereto; Membros Superiores pendentes naturalmente, adjacentes ao 
corpo, de cada lado do tronco e com as palmas das mãos voltadas para frente; 
Membros Inferiores estendidos, unidos, com os pés juntos e acolados e com as pontas 
dos dedos também dirigidos para diante; Olhar em direção ao horizonte. 
Esta posição é sempre utilizada como referência, podendo o indivíduo estar 
sentado, deitado em qualquer dos decúbitos para dissecação, necropsia, exame físico 
clínico, cirurgia, mas o observador deverá sempre descrevê-lo imaginando-o na posição 
anatômica. 
Posição Anatômica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
9 
6. DIVISÃO DO CORPO HUMANO 
O corpo humano pode ser dividido da seguinte maneira: 
� CABEÇA 
� PESCOÇO 
� TRONCO 
� MEMBROS 
Cada uma dessas partes apresenta-se subdividida da forma abaixo: 
 - Cabeça 
Crânio 
Face 
 - Tronco 
Tórax 
Abdome 
Pelve 
Dorso 
 - Membros Superiores 
Porção Fixa (raiz): Ombro 
Porção Móvel: Braço, Antebraço e Mão 
 - Membros Inferiores 
Porção Fixa (raiz): Quadril 
Porção Móvel: Coxa, Perna e Pé 
 
� Entre o braço e o antebraço, encontra-se a articulação do cotovelo; entre o 
antebraço e mão, encontra-se a articulação do punho. 
� Entre a coxa e a perna encontra-se o joelho; entre a perna e o pé encontra-se o 
tornozelo. 
 
Cada subdivisão apresenta ainda outras divisões e regiões de importância 
topográfica: 
 - Cabeça 
Fronte (Região Frontal) 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
10 
Região Occipital (Occipúcio) 
Têmpora (Região Temporal) 
Região Mastóidea 
Orelha 
 Região Zigomática 
 Crânio 
 Face: Olho, Bochecha, Nariz, Boca e Mento (Região Mentual) 
 - Pescoço 
 Região Cervical Posterior 
 - Tronco 
Tórax: Peito (Região Peitoral), Região Mamária, Região Inframamária e 
Axila (Fossa axilar). 
Abdome: Região umbilical, Região Inguinal, Região Púbica. 
Dorso: Região Lombar, Região Sacral. 
 - Membros Superiores 
Cíngulo do Membro Superior 
Região Cubital: Região Cubital Anterior (Fossa Cubital) 
Palma da Mão (Face Volar) 
Dorso da Mão 
Eminência Tênar e Hipotenar 
 - Membros Inferiores: 
Cíngulo do Membro Inferior 
Região Glútea (Nádegas): Fenda Interglútea 
Região Poplítea 
Região Sural 
Planta do Pé 
Dorso do Pé 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
11 
Principais Partes e Regiões do Corpo Humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
7. TERMOS DE SITUAÇÃO, DIREÇÃO, RELAÇÃO E COMPARAÇÃO 
Para citas as estruturas do corpo humano, suas devidas partes e ainda 
comparar a sua situação entre elas, torna-se necessário a utilização de termos 
apropriados. Estes são: 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
12 
TERMO SIGNIFICADO 
Direito - 
Esquerdo - 
Anterior ou Ventral Situado na frente de; a frente do corpo 
Posterior ou Dorsal Situado atrás de; a parte posterior do corpo 
Superior ou Cranial Voltado para a cabeça; em posição relativamente alta 
Inferior ou Caudal Afastado da cabeça; em posição relativamente baixa 
Superficial ou Externo Localizado próximo ou na superfície do corpo 
Profundo ou Interno 
Localizado mais afastado ou mais profundamente da 
superfície do corpo do que as estruturas superficiais 
Proximal 
Mais próximo de qualquer ponto de referência (raiz para 
membros), como a origem de um estrutura ou o centro do 
corpo 
Distal 
Afastado de qualquer ponto de referência (raiz para 
membros), como a origem de um estrutura ou o centro do 
corpo 
Médio Localizado entre uma estrutura proximal e outra distal 
Medial Mais próximo da linha média do corpo humano 
Lateral Mais afastado da linha média do corpo humano 
Intermédio Situado entre uma estrutura medial e outra lateral 
Homolateral ou 
Ipsilateral 
Do mesmo lado 
Contralateral Do lado oposto 
 
 
 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
13 
Termos de Situação, Direção, Relação e Comparação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
8. PLANOS ANATÔMICOS DE SECÇÃO 
Os planos anatômicos de secção são utilizados com o objetivo de cortar o corpo 
humano em partes ou metades, de modo a possibilitar o estudo de sua estrutura 
interna. Dentre eles, os mais importantes são: 
• Plano de Secção Sagital Mediano: divide o corpo humano em metades direita e 
esquerda. 
• Plano de Secção Sagital ou Sagital Paramediano: divide o corpo humano em partes 
direita e esquerda. 
• Plano de Secção Frontal ou Coronal: divide o corpo humano em partes anterior e 
posterior. 
• Plano de Secção Transversal: divide o corpo humano em partes superior e inferior. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
14 
Planos de Secção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
9. ORGANIZAÇÃO DO CORPO 
 
9.1 Níveis Estruturais e Funcionais de Organização 
 - Nível de Célula 
A célula é o componente estrutural e funcional básico da vida. Os humanos são 
organismos multicelulares compostos de 60 a 1000 trilhõs de células. É no nível celular 
microscópico que tais funções vitais como o metabolismo, crescimento, 
irritabilidade(resposta a estímulos) reparo e replicação são executadas. 
As células são constituídas por átomos – particulas minúsculas que são ligadas 
entre si para formar estruturas maiores chamadas moléculas. Certas moléculas, por sua 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
15 
vez, são agrupadas em arranjos específicos paraformar estruturas funcionais menores 
chamadas organelas. Cada organela realiza uma função específica dentro da célula. 
 
 - Nível de Tecido 
Tecidos são camadas ou grupos de células semelhantes que executam uma 
função comum. O corpo inteiro está composto de apenas quatro tipos principais de 
tecido: epitelial, conjuntivo, nervoso e muscular. 
 
 - Nível de Órgão 
Um órgão é um agregado de dois ou mais tipos de tecidos que executam uma 
função específica. Os órgãos localizam-se ao longo do corpo e variam grandemente em 
tamanho e função. Cada órgão geralmente tem um ou mais tecidos primários e vários 
tecidos secundários. No estômago, por exemplo, o tecido epitelial em seu interior é 
considerado o tecido primário porque as funções básicas de secreção e absorção 
acontecem dentro desta camada. Tecidos secundários do estômago são o tecido 
conjuntivo de sustentação e os tecidos vascular, nervoso e muscular. 
 
 - Nível de Sistema 
Os sistemas do corpo constituem o próximo nível de organização estrutural. Um 
sistema do corpo consiste em vários órgãos que têm funções semelhantes ou inter-
relacionadas. Exemplos de sistemas são o sistema circulatório, sistema nervoso, 
sistema digestório e sistema endócrino. Certos órgãos podem servir a dois sistemas. O 
pâncreas, por exemplo, faz parte dos sistemas endócrino e digestório; a faringe serve 
aos sistemas respiratório e digestório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
16 
Níveis Estruturais e Funcionais de Organização do Corpo Humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
 
Embora o corpo seja o resultado da integração de todos os sistemas, há alguns 
sistemas que, devido a relações mais íntimas no desenvolvimento, situação, função e 
devido a fatores didáticos, podem ser associados ou agrupados, caso em que recebem 
o nome de Aparelho. 
 
9.2 Princípios Gerais de Construção do Corpo Humano 
Pequenas diferenças, ainda que mínimas, são sempre notáveis entre os 
indivíduos. Não há dois indivíduos perfeitamente idênticos. 
Ao analisar a estrutura do corpo humano, reconhece-se que ela obedece: 
1 - Ao plano de organização dos vertebrados 
2 - A um plano de construção característico da espécie Homo sapiens 
3 - A um plano de constituição individual 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
17 
Como vertebrado, o ser humano tem o corpo com a construção geral que 
obedece aos princípios que se seguem: 
 
 - Simetria Bilateral (Antimeria) 
O plano sagital mediano divide o corpo em metades semelhantes (não 
idênticas), que são denominadas antímeros direito e esquerdo. 
Do ponto de vista anatômico e fisiológico, não são perfeitamente idênticas, 
como o nome indicaria, pois não há exata correspondência entre as partes e órgãos 
dos antímeros direito e esquerdo. 
 
 - Metameria 
O princípio da metameria é o do plano de construção de superposição 
longitudinal. Ele reconhece um tipo de estrutura que mostra segmentos semelhantes no 
corpo dispostos em série longitudinal, ou seja, superpostos no sentido súpero-inferior. 
A metameria pode ser bem demonstrada pela disposição das vértebras, a série 
de nervos espinhais ou mesmo pelas costelas. 
 
 - Paquimeria 
O princípio da paquimeria ou da tubulação, pode ser definido como o plano 
básico de construção segundo o qual a porção axial (central) do corpo, é formada por 
tubos longitudinais ou súpero-inferiores. Um tubo é posterior, sendo largo na cabeça e 
estreito no tronco e o outro é anterior, estreito na cabeça e largo no tronco. O tubo 
posterior é o neural e o tubo anterior é o visceral. Eles correspondem ao paquímero 
posterior e ao paquímero anterior respectivamente. 
 
 - Estratificação (Estratimeria) 
Este princípio refere-se a um tipo geral de construção do corpo e de suas 
partes, desde o nível macroscópico até o subcelular, segundo o qual as estruturas 
estão dispostas concentricamente em estratos, camadas, telas, túnicas. 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
18 
 - Segmentação 
O princípio da segmentação ou da estrutura segmentar na construção do corpo 
humano é observado no tipo de subdivisão dos órgãos de acordo com a distribuição 
dos seus vasos, nervos e, quando houve, ductos, canais ou tubos relacionados com 
sua função. 
Em Anatomia e em Cirurgia, segmento é o território de um órgão que possua 
irrigação e drenagem sanguínea independentes, separado dos demais ou separável e 
removível cirurgicamente e que seja identificável morfologicamente. O segmento 
desempenha a mesma função do órgão ao qual pertence e embora seja reconhecível 
pela distribuição vascular sanguínea e, quando for o caso, pela distribuição de seus 
tubos, canais ou ductos, seus vasos linfáticos e nervos também se dispõem como 
satélites, acompanhando a angio-arquitetura segmentar. 
 
10. CONCEITOS GERAIS EM ANATOMIA HUMANA 
 
10.1 Normalidade 
O conceito de normalidade, ou de que um indivíduo é normal, pode ser 
abordado sobre vários pontos de vista. 
Em medicina, normal significa sadio. Em fisiologia, normal é a estrutura que 
está mais bem dotada para desempenhar a sua função. Em morfologia, por exemplo na 
Anatomia, são usados critérios estatísticos para definir o que é normal. 
 
10.2 Variação 
Variação anatômica é um pequeno desvio do aspecto morfológico normal de 
um órgão, ou desvio pormenor do plano geral de organização do indivíduo, que não 
perturba a função. 
O desvio pode ser representado por um aumento ou diminuição do número 
normal de partes de um órgão, pela modificação da forma de um órgão ou de relação 
entre os órgãos. 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
19 
10.3 Anomalia 
É a anormalidade, alteração fora da regra ou fora do comum, diferindo do 
estado, da estrutura ou das condições normais. Pode implicar em deformidade ou má 
formação. 
Uma anomalia é, portanto, um desvio grave do padrão normal, acompanhado 
de má função ou disfunção. 
 
10.4 Monstruosidade 
É uma anomalia tão acentuada que interfere com o desenvolvimento do corpo, 
sendo incompatível com a vida. 
Graças à medicina, especialmente à cirurgia, está sendo possível a 
sobrevivência de fetos nascidos com monstruosidades que, com sucesso foram 
transformadas, quando muito, em anomalias. 
 
11. FATORES GERAIS E INDIVIDUAIS DE VARIAÇÃO ANATÔMICA 
As variações em pormenores do plano geral de construção do corpo são 
características da espécie. Há também um plano constitucional que diferencia um 
indivíduo do outro. 
Essas pequenas modificações morfológicas não ocorrem ao acaso, eis que 
podem ser produzidas por fatores gerais e individuais. 
 
11.1 Fatores Gerais 
 - Idade 
 - Sexo 
 - Raça 
 - Biótipo 
Há dois tipos extremos: longilíneo e brevelíneo. O longilíneo é alto e magro, 
com as extremidades ou membros predominando sobre o tronco. O indivíduo é mais 
desenvolvido longitudinalmente, como os jogadores de basquete. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
20 
O brevelíneo é baixo e corpulento, com o tronco predominando sobre as 
extremidades. O indivíduo é mais desenvolvimento transversalmente, como os 
lutadores de sumô. 
Existem indivíduos mediolíneos, que são aqueles que apresentam 
características intermediárias às do longilíneo e do brevelíneo. 
 - Ambiente 
 - Biorritmos 
 - Gravidade 
 - Esporte 
 - Trabalho 
 
11.2 Fatores Individuais 
Os fatores individuais sãoaqueles restritos a cada pessoa. Refletem as 
características individuais dos indivíduos. 
As variações individuais extremas podem ser usadas para identificação. A 
medicina legal, por exemplo, se beneficia das diferenças individuais nas impressões 
digitais e daquelas que podem ser observadas em radiografias, como das arcadas 
dentárias. 
 
12. CAVIDADES DO CORPO 
O corpo contém duas cavidades principais: a dorsal (posterior) e a ventral 
(anterior). Cada uma dessas cavidades é limitada por membranas e contém certa 
quantidade de fluido ao redor dos órgãos que se encontram dentro das mesmas. 
A cavidade dorsal tem duas subdivisões: a cavidade craniana, que aloja o 
encéfalo, e a cavidade espinhal (vertebral), que contém a medula espinhal. A cavidade 
espinhal comunica-se com a cavidade craniana através do forame magno, uma larga 
abertura na face inferior do osso occipital. 
A cavidade ventral também apresenta duas subdivisões. Elas são separadas 
pelo músculo diafragma em cavidades torácica, superior, e abdómino-pélvica, inferior. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
21 
Cada uma dessas cavidades ainda é subdividida. A cavidade torácica é dividida em 
cavidade pericárdica, que se encontra ao redor do coração, e cavidades pleurais, direita 
e esquerda, onde se encontram os pulmões. 
A cavidade abdómino-pélvica é dividida, com propósitos descritivos, em 
cavidade abdominal, superior, e cavidade pélvica ou pelve verdadeira, inferior, por um 
plano imaginário, oblíquo, que passa através da margem superior da sínfise púbica, 
anteriormente, e pelo promontório sacral, posteriormente. 
A porção inferior da cavidade abdominal é limitada posteriormente pela porção 
alargada dos ossos do quadril, mas sua parede anterior é formada pela parede 
abdominal. Essa região expandida é chamada de falsa pelve. 
 
Cavidades do Corpo – Vistas Anterior e Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Van de Graaf, KENT. Anatomia Humana, 2003. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
23 
Sistema Esquelético 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ A estabilidade e mobilidade do corpo humano dependem 
dos tecidos que formam o Aparelho Locomotor ” 
 Harris, 2002 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
24 
1. INTRODUÇÃO AO APARELHO LOCOMOTOR 
 
 - ORTOPEDIA: É a ampla especialidade clínica e cirúrgica dedicada à prevenção, 
investigação, diagnóstico e tratamento de moléstias e lesões que acometem o Aparelho 
Locomotor. 
 
Árvore Ortopédica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Extraída de um livro de Nicolas Andry do Século XVIII, tornou-se o símbolo 
internacional da cirurgia ortopédica. Ilustra o conceito de uma jovem árvore torta que, 
como uma jovem criança deformada, pode ser ajudada a crescer ereta pela aplicação 
de forças apropriadas. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
25 
2. DEFINIÇÃO 
É formado por um conjunto de estruturas branco-amareladas, vivas, capazes de 
crescer, se adaptar e se reparar. O esqueleto humano é um endoesqueleto, isto é, está 
colocado entre os tecidos moles do corpo. 
 
 - Osteologia: Em sentido restrito e etimológico, é o estudo dos ossos. Em sentido mais 
amplo, inclui o estudo das formações intimamente ligadas ou relacionadas com os 
ossos, formando o esqueleto. 
 
 - Esqueleto: Conjunto dos ossos e cartilagens que se interligam para formar o 
arcabouço do corpo humano. 
 
3. FUNÇÕES DO ESQUELETO 
O sistema esquelético exerce algumas funções de extrema importância para o 
corpo humano, como: 
• Sustentação: O esqueleto forma o arcabouço rijo ao qual os tecidos moles e 
órgãos do corpo estão fixos. Os ossos do esqueleto suportam uma massa de músculos 
e órgãos que podem pesar até cinco vezes mais do que o seu próprio peso; 
• Proteção: O crânio e a coluna vertebral envolvem o encéfalo e a medula espinhal; 
a caixa torácica protege o coração, os pulmões, os grandes vasos, o fígado e o baço; a 
cintura pélvica protege as vísceras pélvicas; 
• Inserção de Músculos: Os ossos servem como ponto de apoio para fixação da 
maioria dos músculos estriados esqueléticos. Nesta condição, os músculos funcionam 
como alavancas que, ao se contraírem, provocam o movimento das partes do corpo. 
• Hematopoese: O processo formador das células sanguíneas é denominado 
hematopoese e ocorre no tecido chamado medula óssea vermelha, localizado 
internamente em alguns ossos; 
• Armazenamento de minerais: A matriz inorgânica do ossos é composta 
principalmente de minerais de cálcio e fósforo. Esses minerais que ocupam 
aproximadamente dois terços do peso do osso, dão ao mesmo sua dureza e força. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
26 
 
4. NÚMERO DE OSSOS 
No indivíduo adulto, idade na qual se considera completado o desenvolvimento 
orgânico, o número de ossos é de 206. Este número, todavia, varia, se levarmos em 
consideração os seguintes fatores: 
• Fatores etários: Do nascimento à senilidade há uma diminuição do número de 
ossos. Isto se deve ao fato de que, certos ossos, no recém nascido, são formados de 
partes ósseas que se soldam durante o desenvolvimento do indivíduo para constituir 
um osso único no adulto. Assim, o osso frontal é formado por duas porções, separadas 
no plano mediano. O osso do quadril, no feto, é separado em três partes - ílio, ísquio e 
púbis, que posteriormente se soldam para formar um osso único no adulto. Por outro 
lado, nos indivíduos muito idosos, há tendência para a soldadura de dois ou mais 
ossos, levando a uma diminuição do seu número total. Este processo, denominado 
sinostose, ocorre principalmente entre os ossos do crânio, podendo transformar a 
abóbada craniana em um único osso; 
• Fatores individuais: Em alguns indivíduos pode haver persistência da divisão do 
osso frontal no adulto e ossos extranumerários podem ocorrer, determinando variação 
no número de ossos; 
• Critérios de contagem: Alguns autores utilizam às vezes critérios muito pessoais 
para fazer a contagem do número de ossos do esqueleto, levando a variações no 
número final. 
 
5. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS 
Há várias maneiras de se classificar os ossos, entretanto a classificação mais 
difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os 
segundo a predominância de uma das dimensões - comprimento, largura ou espessura 
- sobre as outras duas. Assim reconhecem-se: 
• Ossos Longos 
São ossos que apresentam um comprimento consideravelmente maior que a 
largura e espessura. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, 
úmero, rádio, ulna, falanges. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
27 
Os ossos longos apresentam duas extremidades, denominadas Epífises e um 
corpo, a Diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade – Canal Medular – que aloja 
a medula óssea. 
Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, é possível observar 
entre a epífise e a diáfise um disco cartilaginoso – Cartilagem Epifisária – relacionada 
ao crescimento dos ossos em comprimento.Características dos Ossos Longos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991 
As extremidades superior ou proximal e inferior ou distal, expandidas, da 
diáfise, são conhecidas como metáfise. É na metáfise que se encontra a cartilagem 
epifisária do osso em crescimento. 
 
• Ossos Alongados 
São ossos que, assim como os ossos longos, possuem comprimento maior que 
largura e espessura, porém não apresentam canal medular. Um exemplo de osso 
alongado é a costela. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
28 
• Ossos Planos (Chatos ou Laminares) 
São ossos que apresentam comprimento e largura equivalentes, predominando 
muito sobre a espessura. Os ossos do crânio, assim como escápula e osso do quadril 
são exemplos bem demonstrativos. 
 
• Ossos Curtos 
São ossos que não possuem um eixo longo, apresentando comprimento, 
largura e espessura equivalentes. São cubóides e localizam-se em locais onde não se 
precisa de muito movimento, mas força. Os ossos do carpo e tarso são os exemplos 
mais comuns. 
 
Existem ossos que não podem ser classificados em nenhum dos tipos descritos 
acima e são, por esta razão e por características que lhe são peculiares, colocados 
dentro de uma das categorias seguintes: 
 
• Ossos Irregulares 
São ossos de morfologia complexa, que não encontram nenhuma 
correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e o osso temporal 
são exemplos marcantes. 
 
• Ossos Pneumáticos 
São ossos que apresentam uma ou mais cavidades, de volume variável, 
contendo ar. Essas cavidades recebem o nome de seios. Os ossos pneumáticos são: 
frontal, maxila, temporal, etmóide e esfenóide. 
 
• Ossos Sesamóides 
São ossos que se desenvolvem na substância de certos tendões ou na cápsula 
fibrosa que envolve as articulações. Estão mais relacionados com músculos ou outros 
tecidos, que com outros ossos. A patela é o maior osso sesamóide do corpo. 
 
• Ossos Suturais ou Fontanelares 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
29 
• Ossos Acessórios ou Supranumerários 
São ossos que não estão presentes regularmente. Tais ossos são, em geral, do 
tipo curto e encontrados principalmente nas mãos e nos pés. São incluídos alguns 
ossos sesamóides e certas epífises não soldadas, no adulto. São de alguma 
importância médico-legal pelo fato de que, quando vistos em radiografias, podem ser 
confundidos com fraturas. Em geral estão presentes bilateralmente. 
 
Repare que há ossos que, dadas as suas peculiaridades morfológicas, são 
classificados em mais de um grupo: o frontal, por exemplo, é um osso laminar, mas 
também é pneumático. 
 
6. ESTRUTURA DOS OSSOS 
 
“ A resistência e rigidez óssea, em combinação com seu leve peso, dá aos vertebrados 
sua mobilidade, destreza e força. ” 
 
6.1 TIPOS DE SUBSTÂNCIA ÓSSEA (Ver figuras Características dos Ossos Longos e 
Estrutura Microscópica do Osso) 
O exame da superfície de corte do osso mostra que o tecido assume duas 
formas - osso cortical ou compacto externo e osso trabecular interno ou esponjoso. 
Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância 
óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado: 
- Substância óssea compacta: constituída de lamelas, concentricamente arranjadas, 
que não tem espaço entre si. É um tipo mais denso e rijo. 
- Substância óssea esponjosa: constituídas de trabéculas desorganizadas 
delimitando espaços intercomunicantes, onde se encontra a medula óssea. 
O osso cortical constitui cerca de 80% do esqueleto e circunda as delicadas 
espículas ou placas de osso esponjoso com lamelas compactas. Nos ossos longos, o 
osso cortical forma a diáfise cilíndrica que circunda uma cavidade medular contendo 
pouco ou nenhum osso esponjoso. Nas metáfises dos ossos longos, o osso cortical 
adelgaça-se e o osso esponjoso preenche a cavidade medular. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
30 
Nos ossos planos não há presença do canal medular. Esse tipo de osso é 
formado por osso esponjoso chamado díploe, que fica prensado entre duas camadas 
superficiais de osso compacto. 
 
Em virtude das diferenças em densidade e organização, blocos iguais de osso 
cortical e esponjoso possuem propriedades mecânicas diferentes. Os dois tipos de osso 
têm a mesma composição, mas o osso cortical é muito mais denso. Visto que a 
resistência à compressão do osso é proporcional ao quadrado da densidade, o osso 
cortical possui uma resistência compressiva que pode ser, em ordem de magnitude, 
maior que a do osso trabecular ou esponjoso. 
 
6.2 ANATOMIA MACROSCÓPICA 
Quando observado a olho nu, o osso apresenta: 
- Diáfise e epífises; 
- Metáfise; 
- Canal ou cavidade medular; 
- Cartilagem ou disco epifisário e linha epifisária. 
 
6.3 PERIÓSTEO E ENDÓSTEO (Ver Figura Características dos Ossos Longos) 
- Periósteo: é uma dupla camada de tecido conjuntivo fibroso que recobre a 
superfície do osso. Não está presente nas superfícies das articulações, onde o osso é 
recoberto por uma cartilagem articular. Sua camada externa é fibrosa e suprida de 
vasos e nervos, alguns dos quais penetrando o osso. A camada interna ou osteogênica 
contém células capazes de formar cartilagem e osso. 
- Endósteo: É a fina camada de tecido conjuntivo que reveste o canal ou cavidade 
medular. 
 
6.4 ANATOMIA MICROSCÓPICA 
Quando examinado sob microscópio, o osso compacto é visto como sendo 
formado por muitos sistemas organizados de canais interconectados. A unidade 
estrutural do osso compacto adulto é o sistema haversiano (osteônio). Cada sistema 
haversiano tem um canal central – canal central do osteônio (canal haversiano), que é 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
31 
rodeado por lamelas (camadas) concentricamente arranjadas de osso. Pelo fato de o 
osteônio geralmente correr paralelamente ao longo do eixo do osso, os canais 
aparecem em secção longitudinal como longos tubos. Esta orientação do sistema 
haversiano contribui para a capacidade do osso em resistir a forças compressivas. 
Localizadas entre as lamelas adjacentes um osteônio estão diminutas cavidades 
chamadas lacunas. Cada lacuna contém uma célula chamada osteócito. Todas as 
lacunas num sistema harvesiano estão interconectadas por finíssimos canais 
denominadas canalículos. 
Cada canal central do sistema harvesiano contém pelo menos um capilar 
sanguíneo, que proporciona uma fonte de nutrientes e um meio de eliminação de 
resíduos dos osteócitos que estão alojados entre as lacunas. Os nutrientes e resíduos 
somente podem difundir a curta distância através do tecido fluido das lacunas e 
canalículos, seja para entrar ou sair do canal harvesiano. 
Após entrar no osteócito, os nutrientes provenientes dos vasos sanguíneos são 
distribuídos para osteócitos adjacentes por meio dos processos citoplasmáticos dentro 
dos canalículos. Os vasos sanguíneos que alcançam os canais são provenientes de 
vasos maiores que se encontram localizados ou na superfície do osso ou na cavidade 
medular. Os vasos sanguíneos, bem como os vasos linfáticos e nervos, entram e saem 
da cavidade medular por meio de canais nutrícios que perfuram o osso desde a 
superfície e se comunicam com a cavidade medular. Os canais sanguíneos de ambas 
as fontes alcançam os canais centrais dos osteônios através dos canais perfurantes 
que correm perpendicularmente aos canais centrais dos osteônios (antigos canais de 
Volkmann). Na superfície externa do osso, logo por baixo do periósteo, são 
encontradas varias lamelas circunferenciais, que acompanhama circunferência da 
diáfise, como que rodeando à distância um canal haversiano. 
O osso esponjoso não mostra a organização que é característica do osso 
compacto. Embora os osteócitos estejam alojados em lacunas e estas se comuniquem 
através dos canalículos, como no osso compacto, as lamelas não estão arranjadas em 
camadas concêntricas. Mais propriamente, elas estão arranjadas em várias direções 
que correspondem às linhas de máxima pressão ou tensão. Os capilares sanguíneos 
alcançam a vizinhança dos osteócitos passando nos espaços da medula óssea entre a 
placas de osso formadas por lamelas. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
32 
Estrutura Microscópica do Osso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991 
 
6.5 COMPOSIÇÃO DOS OSSOS 
A substância intercelular (matriz) do osso é formada por dois componentes 
principais: um arcabouço orgânico, um arcabouço inorgânico e o líquido da matriz. O 
componente da matriz orgânica contribui com cerca de 70% do peso ósseo, embora 
possa contribuir com até 80%. As macromoléculas inorgânicas contribuem com cerca 
de 20% do peso ósseo e a água contribui com 8 a 10%. A matriz orgânica é formada 
predominantemente de fibras colágenas. Os sais inorgânicos do osso são formados 
principalmente de cálcio e fosfato. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
33 
A matriz orgânica dá forma ao osso e proporciona resistência tênsil - isto é, 
podem resistir ao alongamento e à torção. O componente inorgânico permite ao osso 
resistir à compressão. Esta combinação de fibras e sais confere ao osso excepcional 
força sem torná-lo quebradiço. 
 
A matriz orgânica é formada predominantemente de fibras colágenas. Os sais 
inorgânicos do osso são formados principalmente de cálcio e fosfato. 
 
6.6 MEDULA ÓSSEA 
Antes do nascimento, a cavidade medular dos ossos longos e os espaços entre 
as trabéculas estão preenchidos por tecido chamado de medula óssea vermelha 
(rubra). Este tecido dá origem aos glóbulos vermelhos do sangue e a certos glóbulos 
brancos. Da infância em diante, há uma diminuição progressiva da quantidade de 
medula óssea formadora de células sangüíneas e um aumento progressivo do acúmulo 
de gordura (medula óssea amarela ou flava): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GUYTON, A.. Tratado de Fisiologia Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro, Ed. Interamericana, 1984. 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
34 
7. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS 
 
“ A estrutura e funcionamento normais do sistema musculoesquelético dependem da 
formação e crescimento dos tecidos conjuntivos esqueléticos específicos e do músculo, 
e da integração desses tecidos no sistema que proporciona a estabilidade e mobilidade 
do corpo. ” 
 
7.1 DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OSSO 
O osso se desenvolve a partir de membranas mesenquimatosas ou de 
cartilagem. Embora o osso seja idêntico qualquer tecido que seja a sua origem, no 
segundo tipo, a cartilagem precisa ser primeiramente removida, antes que tecido ósseo 
possa ser depositado. 
- Ossificação intramembranosa: os ossos planos da abóbada craniana e certos 
ossos faciais são formados pelo processo de ossificação intramembranosa. 
 
Crânio de um Recém-Nascido demonstrando o processo de Ossificação 
Intramembranosa – Vista Lateral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
35 
- Ossificação endocondral: a maioria dos ossos forma-se pela ossificação de 
modelos de cartilagem que são formados nos estágios primários do embrião. Os 
modelos de cartilagem lembram a forma do futuro osso. 
Etapas da Ossificação Endocondral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Sobotta - Atlas Van de menselijke Anatomie, 2000. 
 
 
7.2 AUMENTO DO OSSO EM COMPRIMENTO E DIÂMETRO (Ver figura Etapas da 
Ossificação Endocondral) 
Enquanto permanece a cartilagem epifisária, o osso pode aumentar em 
comprimento. Esse processo ocorre quando as células cartilaginosas entram em divisão 
e assim tendem a aumentar o tamanho do disco epifisário. Ao mesmo tempo, o lado do 
disco voltado para a diáfise vai sendo substituído por tecido ósseo. 
Estas condições prevalecem até cerca de dez anos, quando a taxa de 
crescimento da cartilagem diminui e é gradualmente alcançada pela ossificação 
contínua do lado do disco epifisário voltado para a epífise. Perto dos 25 anos nos 
homens e alguns anos mais cedo nas mulheres, a cartilagem do disco é completamente 
substituída por osso, restando apenas uma linha epifisária para marcar a sua 
localização primitiva. Quando isso ocorre, o osso não é mais capaz de crescer em 
comprimento. Entretanto, ele retém a capacidade de aumentar em diâmetro, processo 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
36 
que resulta da atividade das células osteogênicas (capazes de formar osso) presentes 
na camada interna do periósteo. 
 
7.3 FATORES QUE AFETAM O DESENVOLVIMENTO DOS OSSOS 
Um certo número de fatores pode influenciar grandemente o desenvolvimento 
do osso. Entre os fatores mais importantes estão: 
- Pressão: o osso é um tecido vivo que é capaz de ajustar a sua resistência 
proporcionalmente ao grau de pressão a que está sujeito. Quantidade aumentada de 
matriz óssea é depositada no osso como resposta a sujeição prolongada a cargas 
pesadas. Inversamente, se o osso não está sujeito à pressão, os sais são retirados do 
osso. 
- Hormônios: os hormônios das glândulas paratireóides e tireóide têm particular 
importância no desenvolvimento do osso. O aumento no nível do hormônio da 
paratireóide – parato-hormônio – aumenta a reabsorção de osso. O hormônio 
calcitonina da glândula tireóide tem um efeito oposto ao do parato-hormônio. Qualquer 
remodelação de osso que possa ocorrer, envolve a interação desses dois hormônios. 
- Nutrição: para que ocorra o desenvolvimento normal do osso, é necessário seguir 
uma dieta que forneça ao corpo uma variedade de substâncias essenciais. A vitamina D 
tem particular importância, pois é necessária para a absorção apropriada de cálcio a 
partir do trato gastrointestinal. 
 
8. VARIAÇÕES 
Os ossos variam de acordo com a raça, o sexo, a idade e de indivíduo para 
indivíduo. 
Os ossos nas mulheres são, comumente, mais leves e menores, porque as 
mulheres são geralmente menores e o crescimento estaciona mais cedo. As 
impressões musculares (acidentes ósseos) tendem a ser mais pronunciadas nos ossos 
dos homens. 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
37 
9. ASPECTOS MÉDICO-LEGAIS E ANTROPOLÓGICOS 
Quando ossos ou fragmentos de ossos são encontrados, é às vezes possível 
determinar primeiro se os ossos são humanos, ou então se são jovens ou velhos, de 
homem ou de mulher. De maior valia na determinação do sexo, na ordem de sua 
importância são: (1) a pelve e o sacro (2) o crânio (3) o esterno (4) a atlas (5) os ossos 
longos. 
10. DIVISÃO DO ESQUELETO 
Os ossos do esqueleto humano podem ser agrupados no esqueleto axial e no 
esqueleto apendicular. 
- Esqueleto Axial: consiste dos ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral e o 
tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e protege o 
sistema nervoso central e órgãos do tórax. 
- Esqueleto Apendicular: inclui os ossosdos membros superiores e inferiores e os 
ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, as 
cinturas escapular e pélvica. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
38 
OSSOS INDIVIDUAIS DO ESQUELETO 
 
1. ESQUELETO AXIAL 
O esqueleto axial consiste dos ossos que formam a cabeça, a coluna vertebral 
e o tórax. Esta porção do esqueleto forma o eixo principal de suporte do corpo e 
protege o sistema nervoso central e os órgãos do tórax. 
 
DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OSSOS DO ESQUELETO AXIAL 
SEGMENTO N.º DE OSSOS 
Cabeça 29 
Coluna Vertebral 26 
Tórax(esterno e costelas) 25 
Total 80 
 
1.1 Cabeça 
A cabeça é formada por 29 ossos, 11 dos quais são pares. Esta forma: 
- Uma caixa para o encéfalo; 
- Cavidades para os órgãos da sensibilidade especial (visão, audição, equilíbrio, 
olfato e gustação); 
- Aberturas para a passagem de ar e alimento; 
- Os dentes para a mastigação. 
 
Ossos que formam a Abóboda Craniana (Calvária) 
- Frontal 
- Parietais 
- Occipital 
 
Ossos que formam a Base da Cavidade Craniana 
- Frontal 
- Etmóide 
- Esfenóide 
- Occipital 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
39 
- Temporais 
 
Esqueleto da Face 
- Mandíbula 
- Maxilas 
- Zigomáticos 
- Nasais 
- Lacrimais 
- Palatinos 
- Conchas Nasais Inferiores 
- Vômer 
 
Ossos que formam a Cavidade do Nariz 
- Etmóide 
- Vômer 
- Conchas nasais inferiores 
- Maxilas 
 
Ossos que formam o Palato Ósseo 
- Maxilas 
- Palatinos 
 
Ossos que formam a Órbita 
 - Teto da órbita: Frontal e Esfenóide (Asa Menor). 
 - Parte medial da órbita: Maxila, Lacrimal e Etmóide. 
 - Parede lateral da órbita: Zigomático e Esfenóide (Asa Maior). 
 - Assoalho da órbita: Maxila e Palatino. 
 
Ossículos da Audição 
- Martelo 
- Bigorna 
- Estribo 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
40 
Hióide 
 
� A cabeça óssea apresenta cerca de 85 forames, canais ou fissuras normais, 
através dos quais passam nervos e vasos sangüíneos. 
 
1.2 TÓRAX 
O esqueleto do tórax é formado pelo esterno, pelas costelas e pelas cartilagens 
costais. As vértebras torácicas formam a maior parte de sua porção posterior. 
 
- Esterno 
É um osso achatado e alongado que forma a porção mediana da parede 
anterior do tórax. É composto de três partes: o manúbrio, o corpo e o processo xifóide. 
A porção superior do manúbrio articula-se com a extremidade medial de cada clavícula. 
Suas margens laterais articulam-se com as cartilagens costais das primeiras costelas e 
com parte das cartilagens costais das segundas costelas. O corpo do esterno articula-
se em suas margens laterais com as cartilagens costais das segundas costelas (que 
também compartilham com o manúbrio) até as sétimas costelas. O pequeno processo 
xifóide não se articula com nenhuma costela. Ele serve como ponto de fixação de 
diversos ligamentos e músculos, incluindo o músculo reto do abdome. A linha branca 
(alba), que marca a linha mediana do abdome, também está fixada nele. 
 
- Costelas 
São 12 pares de costelas. Os primeiros sete pares articulam-se posteriormente 
com as vértebras torácicas e anteriormente com o esterno, através das cartilagens 
costais. São denominadas costelas verdadeiras ou vertebroesternais. Os restantes 
cinco pares são chamados de costelas falsas. 
Os primeiros três pares de costelas falsas (ou seja, a oitava, nona e décima 
costelas) têm suas cartilagens costais fixadas, com maior freqüência, a cartilagem da 
costela situada acima delas, do que diretamente no esterno. São as chamadas costelas 
vertebrocondrais. As cartilagens costais da décima-primeira e décima-segunda costelas 
são curtas e não se articulam anteriormente. Por esta razão também são chamadas 
costelas flutuantes ou costelas vertebrais. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
41 
- Cartilagens Costais 
As cartilagens costais dão resistência ao tórax e servem de fixação anterior 
para a maioria das costelas. Ao mesmo tempo, pelo fato de serem cartilagens, 
conferem flexibilidade à caixa torácica para se expandir durante a respiração. 
 
1.3 COLUNA VERTEBRAL 
A coluna vertebral é o principal eixo de suporte do corpo, provendo fixação para 
a cabeça, para o tórax e para a cintura pélvica. Embora seja a principal estrutura de 
suporte, sua construção é tal que permite que o tronco tenha apreciável flexibilidade. 
Além disso, a coluna protege a medula espinhal, enquanto dispõe de aberturas entre 
vértebras adjacentes para a passagem de nervos espinhais. 
A coluna vertebral embrionária consiste de 33 vértebras, que estão separadas 
em 5 tipos diferentes, dependendo da região do corpo na qual se encontram: 
• 7 vértebras cervicais (C1 a C7) 
• 12 vértebras torácicas (T1 a T12) 
• 5 vértebras lombares (L1 a L5) 
• 5 vértebras sacrais (S1 a S5) 
• 3 a 4 vértebras coccígeas (CO1 a C03-CO4) 
 
No adulto as vértebras sacrais unem-se em um único osso, sacro, e as 
vértebras coccígeas fundem-se para formar o cóccix. Desta forma, a coluna vertebral no 
adulto tem 26 ossos separados. 
 
Curvaturas da Coluna Vertebral 
Quando examinada de perfil, a coluna vertebral do recém-nascido tem uma 
única curvatura, de convexidade posterior. Quando a criança começa a levantar a 
cabeça, desenvolve-se uma curvatura cervical de convexidade anterior. De maneira 
similar, uma curvatura lombar secundária desenvolve-se quando a mesma começa a 
andar. Se a curvatura lombar anterior é excessiva, é chamada lordose. Se a curvatura 
torácica, posterior – que permanece como resquício da primeira curvatura do recém-
nascido – é excessiva, é chamada cifose (corcunda). A coluna vertebral é normalmente 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
42 
reta, sem qualquer curvatura lateral. Se existe uma curvatura lateral, fala-se em 
escoliose. 
 
Características de uma vértebra típica 
Embora hajam diferenças entre as vértebras das várias regiões da coluna 
vertebral, existem determinadas similaridades, de modo que é possível descrever uma 
vértebra típica(padrão). 
Uma vértebra típica tem um corpo anterior e espesso e um arco que se origina 
na superfície posterior do corpo. Os corpos das vértebras adjacentes estão separadas 
por um disco intervertebral. Cada arco da vértebra se une a superfície posterior do 
corpo e envolve um forame vertebral. Os forames vertebrais das vértebras adjacentes 
estão alinhados e formam um canal vertebral, através do qual passa a medula espinhal. 
Processos transversos estendem-se lateralmente de cada arco da vértebra. Projetando-
se para a região posterior do arco da vértebra, encontra-se um processo espinhoso 
mediano. Projetando-se para cima, de cada lado do arco da vértebra, encontram-se um 
par de processos articulares superiores e, para baixo, um par de processos articulares 
inferiores. Os forames intervertebrais, através dos quais passam os nervos espinhais, 
estão localizados lateralmente entre as vértebras. 
 
Diferenças regionais das vértebras 
As vértebras de cada região apresentam características específicas que 
acrescentam-se às da “vértebra típica” e que permitem que elas sejam facilmente 
identificadas: 
- Vértebras Cervicais 
� Forames transversos: aberturas nos processos transversos que permitem a 
passagem das artérias e veias vertebrais para e a partir do encéfalo. 
� Processos espinhosos bifurcados: Os processos espinhosos das vértebras 
cervicais têm a ponta dupla (com exceção da primeira e da sétima). 
� Atlas (C1): a primeira vértebra cervical, que se articula com os côndilos occipitaisdo 
crânio, não apresenta corpo nem processo espinhoso. Tem a forma de um anel, 
constituído de arcos anterior e posterior. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
43 
� Áxis(C2): a segunda vértebra cervical tem uma projeção vertical chamada dente, 
que se origina na face superior de seu corpo. Este processo funciona como um eixo ao 
redor do qual gira a atlas. 
� Vértebra Proeminente (C7): a sétima vértebra cervical, assim chamada pelo seu 
longo processo espinhoso que se sobressai além das demais outras vértebras 
cervicais, tornando-se um marco na contagem de outros processos espinhosos. Seu 
processo espinhoso pode ou não ser bifurcado. 
 
- Vértebras Torácicas 
� Processos espinhosos: são protuberâncias longas e afiladas que se projetam 
agudamente para baixo. Esta inclinação não é tão marcante nas vértebras torácicas 
mais baixas. 
� Facetas e semifacetas (Fóveas Costais): superfícies articulares para as costelas 
no processo transverso e no corpo de todas as vértebras torácicas. 
 
- Vértebras Lombares 
� Corpos: Mais largos e mais pesados que os corpos das vértebras de outras 
regiões. 
� Processos espinhosos: Curtos e quadrados quando comparados com os 
processos espinhosos de outras regiões. 
 
2. ESQUELETO APENDICULAR 
O esqueleto apendicular inclui os ossos dos membros superiores e inferiores e 
os ossos pelos quais esses membros se articulam com o esqueleto axial, isto é, as 
cinturas escapulas e pélvica. 
 
DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO DE OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR 
SEGMENTO N.º DE OSSOS 
Cintura escapular 4 
Membros superiores 60 
Cintura Pélvica 
Membros inferiores 
2 
60 
Total 126 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
44 
2.1 CINTURA ESCAPULAR (CÍNGULO DO MEMBRO SUPERIOR) 
A cintura escapular está localizada sobre a parte superior do tórax e é formada 
pela escápula e clavícula. Sua única união com o esqueleto axial está no local onde a 
extremidade medial de cada clavícula articula-se com o manúbrio do esterno. A 
extremidade lateral de cada clavícula articula-se com o acrômio da escápula. As 
escápulas estão fixadas à parede posterior do tórax por músculos, mas não fazem 
contato diretamente com as costelas, estando separadas delas por outros músculos. 
 
2.2 MEMBROS SUPERIORES 
 
BRAÇO 
- Úmero: É o único osso do braço. 
 
ANTEBRAÇO 
- Radio e Ulna: São os dois ossos paralelos do antebraço. Na posição anatômica, a 
ulna é medial e o rádio é lateral. 
 
MÃO 
O esqueleto da mão consiste de ossos do carpo, osso do metacarpo e falanges. 
- Carpo: há oito ossos no carpo que estão arranjados em duas fileiras de quatro 
ossos cada uma. Os ossos da fileira proximal são o escafóide, o semilunar, o piramidal 
e o pisiforme. Os da fileira distal são o trapézio, o trapezóide, o capitato e o hamato 
(uncinado, ganchoso ou unciforme). 
- Metacarpo: cinco ossos do metacarpo formam o esqueleto da palma da mão. No 
lugar de serem nomeados, eles são numerados da lateral para a medial de I a V. 
- Falanges: o esqueleto dos dedos é formado pelas falanges. Elas são numeradas 
de lateral para medial como os ossos do metacarpo. Cada dedo contém três falanges: 
proximal, média e distal. O primeiro dedo (polegar) é uma exceção, pois só tem as 
falanges proximal e distal. 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
45 
2.3 CINTURA PÉLVICA 
A cintura pélvica é formada por um par de ossos do quadril ou ossos pélvicos 
(coxais). Os dois ossos do quadril estão firmemente fixados por articulações posteriores 
ao osso sacro (articulação sacroilíaca) e um ao outro por uma articulação anterior 
(sínfise púbica). 
Cada osso do quadril é um osso único formado pela fusão de três ossos 
embrionários separados: ílio(superior), ísquio(posterior) e púbis(anterior). No osso 
adulto, esse nomes são mantidos para as respectivas partes. Na face lateral do osso do 
quadril, onde as suas respectivas partes se encontram, há uma reentrância em forma 
de taça chamada acetábulo. A cabeça do fêmur se articula com o acetábulo. Abaixo do 
acetábulo está situado o largo forame obturado. 
 
Diferenças sexuais da pelve (Ver Roteiro de Imagens do Esqueleto) 
Há várias diferenças estruturais entre as pelves masculina e feminina, a maioria 
das quais estando relacionada com as funções de gestação e parto: 
 
Diferenças Estruturais entre as Pelves Masculina e Feminina 
Característica Pelve Feminina Pelve Masculina 
Estrutura Geral Mais delicada Mais Maciça 
Espinhas Ilíacas Anteriores Mais afastadas Mais próximas 
Abertura Superior Larga, circular Forma de coração 
Abertura Inferior 
Mais larga; Os túberes 
isquiáticos se encontram 
bastante afastados 
Mais estreita 
Arco púbico Obtuso (maior que 90º) Agudo (menor que 90º) 
Forame obturado Triangular Oval 
Acetábulo Mais anterior Mais lateral 
 
 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
46 
2.4 MEMBROS INFERIORES 
 
COXA 
- Fêmur: forma o esqueleto da coxa e é o mais longo osso do corpo. 
 
PERNA 
- Tíbia e fíbula: o esqueleto da perna consiste em um forte osso medial, a tíbia e um 
fino osso lateral, a fíbula. 
 
PATELA 
Protegendo a articulação do joelho, entre a coxa e a perna, encontra-se a 
patela. É um osso sesamóide, o que significa que se forma no interior de tendões e não 
está firmemente ancorada ao esqueleto. 
Além de proteger o joelho, a patela melhora a ação de alavanca do músculo 
quadríceps femoral, em cujo tendão está incluída. 
PÉ 
O esqueleto do pé consiste de ossos tarsais, metatarsais e falanges. A porção 
proximal do pé, junto ao tornozelo, é formada pelos sete ossos tarsais: tálus, calcâneo, 
navicular, cubóide e cuneiformes medial, lateral e intermédio. 
Cinco ossos metatarsais formam a região intermediária do pé e são numerados 
de I a V de medial para lateral. 
O esqueleto dos dedos é semelhante ao das mãos, sendo formado por 14 
falanges – três (proximal, média e distal) em cada dedo, exceto no dedo maior (hálux), 
que não tem a falange média. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
48 
ROTEIRO DE ESTUDO DOS ACIDENTES ÓSSEOS 
 
Os acidentes ósseos são marcas nos ossos que representam pontos de fixação 
de músculos esqueléticos e estruturas articulares. 
 
TIPOS DE ACIDENTES ÓSSEOS 
CRISTA: Uma linha óssea proeminente, aguçada. 
CÔNDILO: Uma proeminência arredondada que se articula com outro osso. 
EPICÔNDILO: Uma pequena projeção localizada acima ou no côndilo. 
FACETA: Uma superfície articular lisa, quase achatada. 
FISSURA: Uma passagem estreita como uma fenda. 
FORAME: Um buraco; uma passagem através de um osso. 
FOSSA: Uma depressão; muitas vezes usada como superfície articular; área côncava ou deprimida. 
FÓVEA: Uma cova; geralmente usada como ponto de fixação, mais do que para articulação. 
CABEÇA: Geralmente a extremidade maior de uma osso longo; freqüentemente separada do corpo por 
um colo estreitado. 
LINHA: Uma pequena elevação linear. 
MEATO: Um canal dentro de um osso. 
PROCESSO: Uma proeminência ou projeção. 
RAMO: Um longo braço ou processo que se projeta da parte principal de um osso. 
ESPINHA: Uma projeção afilada. 
PROCESSO ESPINHOSO: Parte que se projeta como uma espinha. 
SULCO: Uma depressão linear. 
TROCANTER: Um processo globoso grande. 
TUBÉRCULO: Um nódulo ou pequeno processo arredondado. 
TUBEROSIDADE: Um processo amplo,maior que um tubérculo. 
PROTUBERÂNCIA: Uma projeção. 
INCISURA: Reentrância na margem de um osso. 
MALÉOLO: Processo arredondado. 
SEIO: Ampla cavidade em um osso. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
49 
ROTEIRO DE ESTUDO DOS ACIDENTES ÓSSEOS 
 
ESQUELETO AXIAL 
 
1. CABEÇA 
 
CRÂNIO 
- Frontal (1) 
- Parietal (2) 
- Occipital (1) 
- Temporal (2) 
- Etmóide (1) 
- Esfenóide (1) 
 
 
FACE 
- Nasal (2) 
- Maxila (2) 
- Lacrimal (2) 
- Palatino (2) 
- Zigomático (2) 
- Concha nasal inferior(2) 
- Vômer(1) 
- Mandíbula(1) 
 
OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO 
- Martelo (2) 
- Bigorna (2) 
- Estribo (2) 
 
HIÓIDE 
 
- Osso Frontal 
 - Face Externa 
 Glabela 
 Arco Superciliar 
 Margem supra-orbital 
 - Face Interna 
 Crista frontal 
 
- Osso Maxila 
 - Face Anterior 
 Margem infra-orbital 
 Espinha nasal anterior 
 Processo alveolar 
 Alvéolos dentais 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
50 
- Osso Mandíbula 
 - Corpo da mandíbula 
 Processo alveolar 
 Alvéolos dentais 
 Protuberância mental 
 - Ramo da mandíbula 
 Processo coronóide 
Processo condilar 
Incisura da mandíbula 
 
- Osso Esfenóide 
- Asa maior 
- Asa menor 
- Corpo 
 Sulco pré-quiasmático 
 Sela turca 
 Fossa hipofisária 
 Dorso da sela 
 
- Osso Etmóide 
- Lâmina crivosa 
- Crista etmoidal (Galli) 
- Lâmina perpendicular 
* Conchas nasais superior e média 
 
- Osso Temporal 
 - Parte Petrosa 
Processo mastóide 
Processo estilóide 
Meato acústico interno 
 - Parte Timpânica 
- Meato acústico externo 
 - Parte Escamosa 
 Processo zigomático 
* Canal carótico 
* Forame jugular 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
51 
- Osso Occipital 
- Forame magno 
- Côndilo occipital 
- Protuberância occipital externa 
- Canal do hipoglosso 
 
2. TÓRAX 
 
 - OSSO ESTERNO 
 - Manúbrio 
Incisura jugular (fúrcula esternal) 
Incisura clavicular 
 - Corpo 
 - Processo xifóide 
 
 - COSTELAS 
Classificação das costelas 
 - Costelas Verdadeiras – I a VII 
 - Costelas Falsas – VIII a XII 
 Costelas Flutuantes – XI e XII 
Características das costelas 
 - Cabeça da costela 
 - Colo da costela 
 - Corpo ou haste da costela 
Tubérculo da costela 
Ângulo da costela 
Sulco da costela 
 
3. COLUNA VERTEBRAL 
 
 - VÉRTEBRA PADRÃO (TÍPICA) 
- Corpo da vértebra 
- Arco da vértebra 
 Canal vertebral 
Forame intervertebral 
Forame vertebral 
Processo espinhoso 
 Lâmina 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
52 
Processo transverso 
 Pedículo 
Processo articular superior 
Processo articular inferior 
 
 - VÉRTEBRAS CERVICAIS (C1 a C7) 
Características Gerais (Vértebras Típicas) 
 - Processo espinhoso bifurcado 
 - Forame Transverso 
 
Vértebras Atípicas 
- Atlas (C1) - ausência de corpo vertebral 
- Áxis (C2) - Processo odontóide (dente do áxis) 
 - Vértebra Proeminente (C7) – processo espinhoso proeminente, com ou sem bifurcação. 
 
 - VÉRTEBRAS TORÁCICAS (T1 a T12) 
- Fóvea costal superior 
- Fóvea costal inferior 
- Fóvea costal no processo transverso 
- Forame vertebral circular (oval) 
- Processo espinhoso descendente 
 - VÉRTEBRAS LOMBARES (L1 a L5) 
- Processo espinhoso curto e quadrado 
- Corpo bem desenvolvido 
 
 - OSSO SACRO (S1 a S5) 
 - Base 
 Promontório 
 - Face pélvica 
Linhas transversas 
Forames sacrais anteriores 
 - Face dorsal 
Crista sacral mediana 
Forames sacrais posteriores 
Canal sacral 
Hiato sacral 
 
 - OSSO CÓCCIX (3 a 4 VÉRTEBRAS COCCÍGEAS) 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
53 
ESQUELETO APENDICULAR 
 
1. CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR 
 
 - OSSO ESCÁPULA 
 - Margens: superior, medial e lateral 
- Ângulos: inferior, lateral e superior 
 - Face costal (anterior) 
 Fossa subescapular 
 - Face dorsal (posterior) 
Espinha da escápula 
Fossa supra-espinhal 
Fossa infra-espinhal 
 - Acrômio 
- Cavidade glenóide 
 - Tubérculo supra-glenoidal 
 - Tubérculo infra-glenoidal 
 - Colo da escápula 
 - Processo coracóide 
 
 - OSSO CLAVÍCULA 
 - Extremidade esternal 
 - Extremidade acromial 
 - Corpo da clavícula 
 
 - OSSO ÚMERO 
 - Cabeça do úmero 
 - Colo anatômico 
 - Colo cirúrgico 
 - Tubérculo maior 
 - Tubérculo menor 
 - Sulco intertubercular 
 - Corpo do úmero 
 Tuberosidade deltóidea 
 - Côndilo do úmero 
Capítulo 
Fossa radial 
Tróclea 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
54 
Fossa coronóide 
Fossa do olécrano 
 - Epicôndilo medial 
 Sulco do nervo ulnar 
 - Epicôndilo lateral 
 
- OSSO RÁDIO 
 - Cabeça do rádio 
 - Colo do rádio 
 - Tuberosidade do rádio 
 - Tubérculo dorsal 
 - Processo estilóide 
 - Face articular para o carpo 
Incisura do osso escafóide 
Incisura do osso semilunar 
 
- OSSO ULNA 
 - Olécrano 
 - Incisura troclear 
 - Processo coronóide 
 - Cabeça da ulna 
 Processo estilóide 
 
 - OSSOS DO CARPO 
 - Fileira proximal: Escafóide, Semilunar, Piramidal, Pisiforme 
 - Fileira distal: Trapézio, Trapezóide, Capitato, Hamato 
 
 - OSSOS DO METARCARPO (I a V) 
 - Base 
 - Corpo 
 - Cabeça 
 
 - OSSOS DAS FALANGES 
 - Falange proximal 
 - Falange média 
 - Falange distal 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
55 
2. CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR 
 
 - OSSO DO QUADRIL 
 - Acetábulo 
 - Forame obturado 
 - Osso ílio 
 Crista ilíaca 
 Espinha ilíaca ântero-superior 
Espinha ilíaca ântero-inferior 
Espinha ilíaca póstero-superior 
Espinha ilíaca póstero-inferior 
Fossa ilíaca 
Face glútea 
Face sacropélvica 
 Face auricular 
 - Osso ísquio 
 Túber isquiático 
 - Osso púbis 
 Face sinfisial 
 
 - OSSO FÊMUR 
 - Cabeça do fêmur 
 - Colo do fêmur 
 - Trocânter maior 
 Fossa trocantérica 
 - Trocânter menor 
 - Crista intertrocantérica 
 - Corpo do Fêmur 
 Tuberosidade glútea 
 Face poplítea 
 - Côndilo medial 
Epicôndilo medial 
Tubérculo adutor 
 - Côndilo lateral 
 Epicôndilo lateral 
 - Face patelar 
 - Fossa intercondilar 
 
- OSSO PATELA 
 - Ápice 
 - Base 
 - Faces: Anterior e Articular 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
56 
 - OSSO TÍBIA 
 - Côndilo medial 
 - Côndilo lateral 
 Face articular fibular 
 - Eminência intercondilar 
 - Corpo da tíbia 
 Tuberosidade da tíbia 
 Crista anterior da tíbia 
 - Maléolo medial 
 Face articular do maléolo 
 
 - OSSO FÍBULA 
 - Cabeça da fíbula 
 - Maléolo lateral 
 Face articular do maléolo 
 
- OSSOS DO TARSO 
 - Tálus 
 - Calcâneo 
 - Navicular 
 - Cubóide 
 - Cuneiforme medial 
 - Cuneiforme intermédio 
 - Cuneiforme lateral 
 
 - OSSOS DO METATARSO (I a V) 
 - Base 
 - Corpo 
 - Cabeça 
 
 - OSSOS DAS FALANGES 
 - Falange proximal 
 - Falange média 
 - Falange distal 
 
 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
57 
ROTEIRO DE IDENTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES ÓSSEOS 
 
ESQUELETO AXIAL 
 
1. CABEÇA 
Crânio – Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. 
 
Crânio – Vista LateralFonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
58 
Crânio – Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. 
 
Vista Inferior do Crânio – Mandíbula Retirada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
59 
Secção Transversal do Crânio – Vista Superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: VAN DE GRAAF – Anatomia Humana, 2003. 
Secção Sagital do Crânio – Vista Lateral Esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
60 
Ossículos da Audição - Esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991. 
 
 
 
Hióide - Esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: SPENCE – Anatomia Humana Básica, 1991. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
61 
2. TÓRAX 
Arcabouço Ósseo do Tórax – Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Arcabouço Ósseo do Tórax – Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
62 
Esterno, Cartilagens Costais e Costelas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Estrutura da Costela – Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
63 
3. COLUNA VERTEBRAL 
 
Coluna Vertebral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
64 
Vértebras Cervicais Agrupadas – Vista Lateral Direita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Vértebras Cervicais C1 a C4 – Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
65 
Atlas e Áxis – Características Gerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Vértebras Cervicais C4 e C7 – Características Gerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
66 
Vértebra Torácica T6 – Vista Lateral Direita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Vértebra Torácica T6 – Vista Superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
67 
Vértebras Torácicas Articuladas T7 a T9 – Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Vértebras Lombares Agrupadas - Vista Lateral Esquerda 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
68 
Vértebra Lombar L2 – Vista Superior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Sacro e Cóccix – Face Pélvica (Anterior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
69 
Sacro e Cóccix – Face Dorsal (Posterior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Sacro e Cóccix – Secção Sagital Mediana 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998.
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
70 
ESQUELETO APENDICULAR 
 
1. CINTURA ESCAPULAR E MEMBRO SUPERIOR 
 
Escápula e Úmero – Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Escápula e Úmero – Vista Posterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
71 
Rádio e Ulna em Supinação – Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Radio e Ulna em Pronação – Vista Anterior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
72 
Ossos do Cotovelo em Flexão de 90º - Vistas Lateral e Medial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
 
Face Articular do Carpo e Secção Frontal do Rádio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
Material Didático dos Professores Márcio Oliveira - Régis Correia - José Roberto Pimenta de Godoy 
 
73 
Ossos do Carpo, Metacarpo e Falanges (Vista Anterior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo de Anatomia Humana, 1998. 
 
Ossos do Carpo, Metacarpo e Falanges (Posterior) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: NETTER - Atlas Interativo

Outros materiais