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CCJ0052-WL-A-PA-16-TP Redação Jurídica-106797

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			 Plano de Aula: Teoria e Prática da redação Jurídica
			 TEORIA E PR�TICA DA REDAÇÃO JUR�DICA
			
		
		
			Título
			Teoria e Prática da redação Jurídica
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				16
			
 
 Tema
		 Revisão do conteúdo programático.
		
		 Objetivos
		 
- Compreender que o desempenho global de sucesso do advogado depende de como se expressa por escrito e pela fala.
_ Recuperar as principais competências e habilidades desenvolvidas para a construção do Parecer e aplicá-las a situações orais.
- Desenvolver as orientações elementares de apresentação em público.
- Estimular o estudante de Direito a aperfeiçoar as técnicas de oratória que favoreçam qualificação da atuação em audiências, provas orais e entrevistas em processos seletivos;
- Compreender que o texto oral não segue as mesmas orientações de um bom texto escrito.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1. Técnicas e estratégias de apresentação em público
2. Preparação e controle emocional
3. Uso da voz
4. Psicomotricidade
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
O conteúdo adiante está disponível no site[1] da fonoaudióloga Marília Costa, que adota o método da fonoaudióloga Glorinha Beuttenmüller. Cremos que seja importante orientação aos advogados iniciantes.
 
Traje
- Vista-se sóbria e harmonicamente;
- Não use colarinho apertado, pois isso vai prejudicar sua voz;
- Nem pense em afrouxar a gravata;
- Não são recomendadas para as mulheres roupas muito curtas, apertadas ou decotadas; excesso de maquiagem também não é adequado;
- Não use perfumes fortes, doces ou enjoativos.
 
Conhecer a mecânica de um julgamento
- O processo é julgado segundo os cânones do CPC e a matéria prevista no Regulamento Interno do Tribunal: procure conhecer os procedimentos de que vai participar;
- Quem nunca ocupou uma tribuna é recomendável que assista, pelo menos, a uma sessão do órgão julgador para se inteirar dos procedimentos.
 
Como vencer a inibição inicial?
- Quando o processo for apregoado e o Presidente da Câmara perguntar se vai haver defesa oral, vá se encaminhando para a frente da platéia e de lá aguarde sua vez de ocupar a Tribuna. Isso ajuda diminuir a tensão e ajuda também na quebra da inibição natural.
 
Alimentação antes do julgamento
- Comida leve;
- Não vá de estômago vazio, nem muito cheio;
- Não coma comida que cause sonolência;
 
Perfil dos julgadores
- Procure conhecer, se possível com antecedência, o perfil daqueles que vão participar e julgar o processo;
- É importante demonstrar da Tribuna que determinado juiz / desembargador já votou favoravelmente à posição que está sendo defendida por você;
- Se não conhecer determinado julgador, usar seu poder de observação;
- Repare como ele se porta nos julgamentos que antecedem ao seu: ele valoriza detalhes, ou se prende mais ao frio texto legal;
 
Postura cênica
- Por mais apavorado que você esteja, procure não demonstrar; mostre uma fisionomia tranquila, mesmo quando o advogado contrário estiver "atacando" seu cliente;
- Lembre-se: o advogado ex-adverso não está mentindo, ele simplesmente está passando aos julgadores a visão que interessa aos interesses de seu cliente.
 
Palavras iniciais
- Não se esqueça de saldar os membros da Câmara e representantes do Ministério Público; diga a seguir a serviço de quem você ocupa a tribuna (apelante ou apelado).
 
 
Use argumentação direta
- Saiba dosar o tempo de sua fala; aproveite ao máximo os minutos de que dispõe; estude o processo e anote os pontos que serão abordados na dissertação oral.
 
Leitura da sustentação oral
- Nunca leve o texto escrito para ser integralmente lido: ninguém vai prestar a mesma atenção que será concedida a quem fala "de improviso";
- Seja parcimonioso na leitura de algum texto de processo, pois isso pode acarretar uma perda de tempo, em prejuízo de outros tópicos do processo que também precisam ser examinados.
 
Quanto à plateia
- Não se assuste com plateias cheias: é melhor falar para auditório repleto do que vazio, pois com a sala cheia os julgadores são mais atenciosos com aqueles que ocupam a tribuna; com sala vazia há poucas testemunhas para o fato de que, às vezes, não estava dando atenção para o que está sendo falado da Tribuna.
 
Quanto à falta de atenção pelos julgadores
- Por diversas vezes já me defrontei com julgadores que não estavam ouvindo minha defesa, e nem por isso me perturbei;
- A "sustentação oral" é feita para a platéia que esta às suas costa e para o "vogal" que não conhece o processo e, como vai participar do julgamento, precisa ser informado e convencido quanto à posição defendida, por você;
- A platéia é muito importante, pois sua expressão de aprovação ao que está sendo dito pode até influir no voto dos julgadores;
- Esteja preparado para "surpresas": Da mesma forma que você quer ganhar, seu adversário também; não se desespere com alguma alegação nova trazida por seu adversário: lembre-se de que seu pavor vai contar negativamente, pois vai privá-lo de raciocinar e responder à altura;
- Procure dominar bem o assunto que vai ser defendido: os julgadores sentem logo se você conhece ou não o processo. Falar com desembaraço e segurança sobre o processo é importante. Citar número de folhas e fatos do processo também;
- Conheça a posição dos Tribunais mais prestigiados do país a respeito de sua posição: se a jurisprudência é contrária a você, procure ressaltar outros fatos que possam ser mais relevantes.
 
Erudição versus lucidez e sensatez de idéias
- Evite a erudição insensata. É preciso angariar simpatia, demonstrando que o procedimento de seu cliente é coerente e que qualquer pessoa vivendo situação semelhante agiria da mesma maneira.
 
Quanto à tonalidade da voz
- Dependendo do que se aborda, a totalidade da voz é que dá o colorido ao pronunciamento. A pontuação oral é importante, pois demonstra as diversas situações, em termos de afirmação com convicção, dúvida, ou interrogação. Uma voz na mesma gradação torna o pronunciamento enfadonho para quem ouve;
- Não tenha medo de falar de improviso: estude o processo; leve um papel com os tópicos.
- Atenha-se aos pontos mais importantes do processo: Às vezes não dá para falar tudo, saiba selecionar o que é relevante à causa como um todo e favorável ao seu cliente.
 
Leia também os recortes de informação que se seguem:
[...] O profissional da área jurídica precisa conhecer os recursos verbais e não verbais que conferem o estatuto de verossimilhança ao seu discurso retórico oral, uma vez que fazem parte da sua rotina de trabalho as audiências, conversas com clientes, reuniões com outros profissionais, encontros de associações de classe, exigência de alguns concursos públicos, etc., inevitáveis na sua atividade profissional.
[...] Para Ducrot, a retórica "não trata das informações elogiosas que o orador pode fazer sobre sua própria pessoa no conteúdo do seu discurso, afirmações que, contrariamente, podem chocar o ouvinte, mas da aparência que lhe conferem o ritmo, a entonação, calorosa ou severa, a escolha das palavras, dos argumentos". O autor comenta que "[...] É na qualidade de fonte de enunciação que ele se vê revestido de determinadas características que, por ação reflexa, tornam essa enunciação aceitável ou não".
[...] O tom do que é dito faz construir uma representação do enunciador fazendo emergir uma instância subjetiva que desempenha o papel de fiador (orador) do que édito.
O poder de persuasão de um discurso consiste, em parte, em levar o interlocutor a se identificar com a movimentação de um corpo investido de valores socialmente especificados. (...) Na argumentação oral, ou seja, na ação (proferição do discurso) devem ser observadas certas regras antigas que ainda permanecem como a impostação da voz, o domínio da respiração, a variedade do tom e da elocução para que o auditório não perca o fio da meada.
[...] A distinção entre o "oral" e o "escrito" envolve igualmente uma distinção entre enunciados dependentes e enunciados independentes do ambiente não verbal. O orador, na argumentação oral, se encontra no mesmo ambiente do interlocutor que precisa ser persuadido e, nesse sentido, acompanhando a fala, verifica-se a ocorrência de indicadores não verbais (a mímica, os gestos), elipses, etc.
O locutor não pode apagar o que diz, ele é levado pela dinâmica do seu discurso e por isso recorre a modalizações que comentam a sua própria fala para corrigi-la, para antecipar-se às reações do auditório, etc; "por assim dizer", "ou melhor...", "em todos os sentidos da palavra", "como é que se diz?"
Toda fala procede de um enunciador (orador) encarnado. O discurso é sustentado por uma voz - a de um sujeito situado para além do texto.
A maneira de dizer atesta a legitimidade do que é dito, isto é, confere autoridade ao dito pelo fato de encarná-lo. Por meio da enunciação, revela-se a personalidade do enunciador.
Segundo Douglas e Paladino, os elementos básicos para preparar uma exposição oral são: conhecer o assunto, conhecer a platéia e conhecer o objetivo.
 
QUESTÃO
Com base na leitura do livro "Em Segredo de Justiça", veja se é possível realizar, com o auxílio de seu professor, um júri simulado. Caso entendem mais adequado, utilizem a aula para atualizar o conteúdo ou fazer revisão de algum tópico relevante.

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