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Professoras: Liliam Cristiana Júlio Tonnera Elaine Cristina da Cunha POLÍTICAS DE ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Política Pública Definida como o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao bem coletivo. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada. POLÍTICAS PÚBLICAS Estratégias- se utilizam de bases conceituais para reorientação das condutas/modelos assistenciais. Ex.: Estratégias de Saúde da Família (ESF). Programas- considerados uma etapa do planejamento em saúde, representam a parte mais operacional. Ex.: Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento. POLÍTICAS PÚBLICAS Os direitos de crianças e adolescentes são efetivados mediante políticas sociais públicas e, o setor saúde tem sido um dos mais atuantes no processo sócio-político-jurídico para a garantia dos direitos à vida e à saúde. 1950-1970 Desmembramento do MS e ME . Em 25/07/1953 o MS assume as ações até então de responsabilidade do DNcr (Departamento Nacional da Criança) 1969 - Extinção do Departamento Nacional da Criança; 1970 - Criado a Coordenação de Proteção Materno Infantil (CPMI) vinculada à Secretaria de Assistência Médica, Com os objetivos de: (planejar, orientar, coordenar, Controlar, Auxiliar e Fiscalizar atividades de proteção à Maternidade, Infância e Adolescência). 1970 - Programa Nacional de Imunização; 1975 - Criado o Programa Materno Infantil com o propósito para redução de morbidade e da mortalidade da mulher e criança. 1976 - O programa Materno Infantil passou a ser chamado Divisão Nacional de Saúde Materno-Infantil (DISAMI) Década 1980-1990 1981 - Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno; 1983: MS (DISAMI) elaborou o programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher e da Criança (PAISMC); 1984: O Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher e da Criança deu lugar a dois programas: Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) e Programa de Assistência à Saúde da Mulher (PAISM); 1986 - Cartão de Saúde da Criança. Principais ações do Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM): Assistência Pré-natal; Prevenção da mortalidade materna; Doenças sexualmente transmissível; Assistência ao parto e puerpério; Planejamento familiar; Controle do câncer ginecológico e de mama; Promoção ao parto normal. PRINCIPAIS AÇÕES PAISC (0-5 anos): Acompanhamento do Crescimento e desenvolvimento; Controle das doenças diarréicas (desidratação); Controle da infecções respiratórias agudas (IRA); Prevenção e manejo do recém-nascido de baixo peso e assistência ao recém-nascido (aleitamento); Prevenção de acidentes e intoxicação; Controle das doenças preveníveis por imunização. 1998: Coordenação de Saúde da Mulher e Coordenação de Saúde da Criança e do Adolescente foram substituídas pelas atuais áreas Técnicas de Saúde da Mulher e Saúde da Criança e Saúde do Adolescente e do Jovem. Extinção do programa Aleitamento Materno (INAM) e suas ações foram incorporadas pela Área Técnica de Saúde Da Criança (Área Técnica de saúde da Criança e Aleitamento Materno (ATSCAM) 1995 : Hospital Amigo da Criança e dos bancos de leite criam o projeto Redução da Mortalidade da Infância (PRMI); 1998: MS Implanta Método mãe Canguru (atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso ou prematuro); 2011: Rede cegonha (Assistência necessária a gestante e seus filhos dividida em três partes: pré-natal, parto e pós-parto). Políticas Públicas de Atenção à Saúde da Criança no Brasil Assim, o Cuidado à Saúde Criança no Brasil passou por várias transformações em todos os níveis de atenção sempre em busca de melhorias, tendo fortalecimento quando o Sistema Único de Saúde (SUS ) foi criado pela Constituição Federal, no ano de 1988 onde, as políticas publicas foram consolidadas mediante lei orgânica da Saúde 8080/1990 e posteriormente o Estatuto da Criança e adolescente(ECA). Gestores e Gestoras de Saúde da Criança do MS 1973-1975: Dalva Coutinho Sayeg 1975-1979: Cyro Coimbra Rsende 1981-1985: Ana Maria Segal Corrêa 1985-1988:Zuleica Portela Albuquerque Gestores e Gestoras de Saúde da Criança do MS 1989-1990: Antonio Marcio Junqueira Lisboa 1990-2003: Ana Gorete Kalume Maranhão 2003-2005: Alexia Luciana Ferreira 2005-2007: Ana Cecília Sucupira 2007-2010: Elza Regina Justo Lei n°8069,De 13 de Julho de 1990 DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1° - Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. “Di menor”, trombadinha, menino carente, delinquente, vadio, menor abandonado. Assim o Brasil tratava sua infância. Até que três letrinhas começaram a mudar essa realidade. Foi quando entrou em vigor o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Pela primeira vez, deixava-se bem claro: meninos e meninas são sujeito, e não objeto. Com direitos e deveres expressos pela lei. Redigidos em um momento histórico de celebração pós-ditadura, os 267 artigos puseram fim ao antigo Código de Menores, documento de caráter assistencialista e punitivo. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Definindo um novo paradigma no trato à Infância e Adolescência, tanto na ordem jurídica quanto institucional, estabelecendo limites à ação do Estado, do Juiz, da polícia, dos adultos e mesmo dos pais. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Duas instituições importantes surgiram com a ECA: Conselho Tutelar - encarregado de promover, fiscalizar e defender o direitos encanto - juvenis juntamente com o Ministério Público Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais tendo como atribuição a formulação das políticas nacional, estadual e municipal para criança e adolescente. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES: Art. 2° - Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até 12 (doze) anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 (doze) e 18 (dezoito) anos de idade. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE: Art. 7° - A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 8° - É assegurado à gestante, através do Sistema Único de Saúde, o atendimento pré e perinatal. § 1° - A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema. § 2° - A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo médico que a acompanhou na fase pré-natal. § 3° - Incumbe ao Poder Público propiciar apoio alimentar à gestante e à nutriz que dele necessitem. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) § 4º Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as consequências do estado puerperal. § 5º A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 9° - O Poder Público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 10 - Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: I - manter registro das atividades desenvolvidas, através deprontuários individuais, pelo prazo de 18 (dezoito) anos; II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras formas normalizadas pela autoridade administrativa competente; III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais; IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato; V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência junto à mãe Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 11 - É assegurado atendimento médico à criança e ao adolescente, através do Sistema Único de Saúde, garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. § 1° - A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão atendimento especializado. § 2° - Incumbe ao Poder Público fornecer gratuitamente àqueles que necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 12 - Os estabelecimentos de atendimentos à saúde deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou Adolescente. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 13 - Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. Parágrafo único. As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção serão obrigatoriamente encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) Art. 14 - O Sistema Único de Saúde promoverá programa de assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. Parágrafo único - É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)
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