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Plano De Aula História do Direito Aula 6

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Plano de Aula: O Segundo Reinado 
HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO - CCJ0105 
Título 
O Segundo Reinado 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
6 
Tema 
O Segundo Reinado. 
Objetivos 
O aluno deverá ser capaz de: 
- Entender as razões determinantes para a declaração da maioridade de D.Pedro II; 
- Correlacionar a promulgação da Lei de Terras e do Código Comercial com as circunstâncias políticas e 
econômicas do período: 
- Entender as razões explícitas e implícitas para a emanação das leis abolicionistas anteriores à Lei 
Áurea; 
- Enumerar e explicar as razões determinantes para a queda do Império e consequente proclamação da 
República. 
Estrutura do Conteúdo 
O conteúdo será apresentado com base nos conteúdos estabelecidos pelo Livro Didático de História do 
Direito no Brasil entre as páginas 76 e 86. Para esta sexta aula abordaremos os seguintes tópicos: 
 
- A maioridade de D. Pedro II e a estabilização do processo político- neste ponto será analisado o 
processo de declaração da maioridade de Pedro II (o chamado "Golpe da Maioridade") como decorrência 
da necessidade política de se restaurar a confiança e a legitimidade do poder, procurando dar fim às 
disputas políticas que abalavam o Brasil (principalmente em razão das revoltas pelo país) mediante sua 
autoridade e carisma. No plano político, o Segundo Reinado se caracterizou pelo compartilhamento do 
poder entre liberais e conservadores, sendo que o Imperador, blindado pelos direitos a ele concedidos 
pelo Poder Moderador, surgia como "intermediário imparcial" destas disputas políticas, gerando um clima 
de estabilidade, antes desconhecido. 
- O Código Comercial e a Lei de Terras: em busca da modernização - Esses dois diplomas normativos, de 
grande importância no período, passaram a ter vigência no ano de 1850, no contexto de busca por uma 
modernização do quadro jurídico-econômico e jurídico social brasileiro. No que se refere ao Código 
Comercial de 1850, a sua longevidade foi grande e mesmo tendo grande parte de suas regras revogadas 
pelo Código Civil de 2002, ainda hoje se mantém vigente no que se refere a matérias concernentes ao 
direito marítimo. Já no que se refere à Lei de Terras, foi a primeira iniciativa no sentido de organizar a 
propriedade privada no Brasil. Até então, não havia nenhum documento que regulamentasse a posse de 
terras e com as modificações sociais e econômicas pelas quais passava o país (chegada de imigrantes e 
temor da extinção da escravatura) os grandes proprietários pressionaram pela sua elaboração d e forma a 
manter a estrutura latifundiária vigente. 
- O Escravagismo e as Leis Abolicionistas - ao longo do Século XIX a legislação escravista no Brasil 
sofreu inúmeras mudanças como consequência das pressões internacionais e dos movimentos sociais 
abolicionistas. A primeira alteração relevante na legislação ocorreu em 1850, quando foi decretada a Lei 
Eusébio de Queirós, que diferentemente daquela de 1831 (tratada na Aula 5), realmente visava a extinção 
do tráfico negreiro no país, como resposta às constantes pressões e ameaças da Inglaterra, nação que 
estava determinada a acabar com o tráfico negreiro. 
Em 1871, foi decretada a Lei Visconde do Rio Branco, conhecida também como a Lei do Ventre Livre. 
Estabelecia esta, que a partir de 1871 todos os filhos de escravos seriam considerados livres. Também 
outra Lei bastante importante no período seria a ?Lei dos Sexagenários?, de 1885, a qual concedia 
liberdade aos escravos com idade igual ou superior a 65 anos. Porém, mecanismos presentes nestas 
duas leis demonstravam que os escravocratas manobravam de forma eficiente no sentido de adiar ao 
máximo a abolição. Por isso, foi necessário um documento autônomo, específico (Lei Áurea de 1888) que 
pusesse fim ao violento e desumano sistema escravocrata. 
- A crise e o fim do Império do Brasil (1870-1889) ? a crise do Império, no Brasil, foi marcada por um 
conjunto de crises parciais e localizadas, que acabaram por favorecer a Proclamação da República. Em 
geral, podemos considerar as seguintes: a propagação das ideias republicanas; a crise entre Igreja e 
Estado (Questão Religiosa), que determinou o não engajamento da primeira na defesa do Império no 
momento em que se deu o movimento republicano; a abolição da escravidão, que tirou o apoio dos 
senhores de escravos ao regime imperial, principalmente por não terem recebido as indenizações do 
governo, a que achavam fazer jus; a chamada Questão Militar, que representou uma série de conflitos 
entre oficiais do Exército Brasileiro e a monarquia, no período 1884 e 1887 e que acarretou no 
fortalecimento da campanha republicana entre os militares. 
Aplicação Prática Teórica 
Leia a notícia abaixo (disponível em http://www.casacivil.gov.br/noticias/2014/06/lei-que-estabelece-cotas-
raciais-no-servico-publico-federal-e-sancionada), noticiada em 09 de junho de 2014 e depois responda as 
perguntas que seguem: 
 
Lei que estabelece cotas raciais no serviço público federal é sancionada 
 
Foi sancionada no dia 9 de junho de 2014 projeto de Lei que estabelece cotas raciais no serviço público, 
reservando 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos federais a candidatos pretos e pardos. O 
ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, participou da cerimônia que aconteceu no Palácio do 
Planalto, em Brasília (DF). 
Entre os anos de 2004 e 2013, a parcela de negros que ingressou no serviço público variou de 22% a 
quase 30%. De acordo com a edição mais recente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 
(PNAD), os negros representam 53% do universo da população brasileira. 
Para concorrer às cotas raciais, os candidatos deverão se declarar pretos ou pardos no ato da inscrição 
do concurso, conforme o quesito de cor ou raça usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). Eles concorrerão em todas as etapas de seleção, da mesma maneira que os outros candidatos - 
provas teóricas, provas de títulos e entrevistas, de acordo com cada edital de seleção - garantindo, 
portanto, o mérito como critério para o ingresso. 
Com a sanção da lei, a regra valerá até dez anos para órgãos da administração pública federal, 
autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista controladas pela União. 
A adoção das cotas raciais deve acontecer sempre que o número de vagas oferecidas no concurso 
público for igual ou superior a três e os candidatos negros e pardos aprovados nas vagas gerais não 
serão computados como cotistas, dando espaço para um novo candidato preencher a vaga.? (Fonte: 
Portal Brasil e Blog do Planalto) 
Baseado nos estudos realizados no Capítulo 3, mais especificamente no que se refere a utilização 
intensiva do sistema de escravidão dos negros originários do continente africano até o fim do Impér io, 
a) É possível fundamentar no processo histórico a implantação de uma política de cotas para negros e 
pardos no Brasil? Justifique. 
b) Há quem afirme que a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários foram concebidas de forma 
estratégicas para a manutenção da escravidão. Explique essa afirmação, fundamentando-se em 
dispositivos das próprias Leis. 
c) É possível correlacionar a abolição da escravatura com a crise vivenciada pelo Segundo Reinado que 
levou a queda da Monarquia no Brasil? Justifique s ua resposta. 
Resolva a questão objetivas 5 do capítulo 3 de seu Livro Didático.

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