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CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA REFERENTE A REGIÃO SUL DO BRASIL Alexandre Siqueira nº 201100178, Elenice de Matos Silva nº 201101136, Hellen Silva Auzier nº 201101000, Janiclei Torre Alencar nº 201101083, Pablo dos Santos nº 201101003, Vitor Albuquerque nº 201100812 Resumo - A Região Sul do Brasil é uma das mais importantes geradoras de energia elétrica para este setor no Brasil, pois esta região tem grande destaques em produções hídricas, eólicas e termelétricas e grande parte das unidades geradoras dessa região estão conectadas ao sistema SIN. Devido a essa interligação a energia elétrica do Sul alimenta não somente ele próprio, mas também todo Brasil, possibilitando a muitas famílias o acesso a eletricidade. Para a geração e transmissão deste produto existem empresas privadas e públicas, e estas também constituem parcerias, visando maior produção e melhor qualidade de energia. É importante lembrar que mesmo com a grande quantidade de produção deste bem, os agentes geradores têm grande preocupação com o meio ambiente buscando tornar suas fontes energéticas sempre mais limpa possível. Palavras - chave: Região Sul, energia elétrica, geração, consumo. INTRODUÇÃO A região Sul do Brasil é uma das mais participativas na produção de energia elétrica nacional. A análise da matriz elétrica mostrou que o país tem 194 usinas hidrelétricas, que são responsáveis por 94,9% da potência outorgada. Apenas a Bacia Hidrográfica do Paraná, no Sul, produz 46,9% da potência outorgada, principalmente por causa da Usina de Itaipu. O IBGE contou 367 centrais geradoras hidrelétricas, responsáveis por 0,2% da geração total, e 459 pequenas centrais hidrelétricas, com produção entre 3 e 30 megawatts, perfazendo 4,9% da potência outorgada [33]. O destaque na produção elétrica não pertence somente às fontes hidráulicas, mas também às eólicas e térmicas. A Ref. [2] esclarece que no último mês de maio de 2015, a produção de energia eólica no Sul do País bateu novo recorde, gerando 1,262 megawatts (MW) médios – suficiente para abastecer cerca de 5,6 milhões de residências, com base no consumo de energia residencial de 2015. No cenário nacional de geração de energia eólica, a região Sul representa o segundo maior polo, ficando atrás apenas da região Nordeste, que em 20 de abril de 2016 também bateu o recorde de geração eólica no submercado, atingindo 3.702 MW médios, e é na região Sul que se se encontra o maior complexo termelétrico da América do Sul [1]. Diante destes fatos fez-se importante abordar neste trabalho não somente o fator Consumo, mas o fator Geração e também Produção, para que o leitor tenha conhecimento mais abrangente acerca desta região que é tão importante para a produção de energia elétrica do Brasil. GERAÇÃO A região sul dispõe de um conjunto de fontes energéticas que aproveitam da melhor forma a disposição natural da região, como a abundancia em recurso hídrico, grande quantidade de vento e de sol, além do solo rico em carvão e gás natural. Esses fatores são a chave para esta região ter tão variada produção de energia elétrica. A frente será apresentada grande parte das unidades geradoras do Sul, dentre elas centrais eólicas, hidrelétricas e termelétricas. Todas com um destaque especial. Nesta região há a geração de energia através de empresas particulares e privadas, além de pequenas gerações por comunidades, em residências ou até mesmo por empresas, para o seu consumo próprio. A Eletrosul é uma empresa pública controlada pela Eletrobras e vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Esta empresa possui empreendimentos nos três estados dessa região [16], sendo responsável pela implantação de usinas hidrelétricas como: UHE Passo São João, UHE Mauá, UHE São Domingos; Pequenas centrais hidrelétricas: PCH Barra do Rio Chapéu, PCH João Borges; Usinas eólicas: Complexo Eólico Cerro Chato, Complexo Eólico Campos Neutrais; e Usina solar Megawatt Solar, além de outras fontes alternativas [15]. A Tractebel Energia é a maior geradora privada de energia do Brasil e é controlada pela Engie (68,7%). Na região sul esta empresa é responsável Usinas Termelétricas: Complexo Jorge Lacerda; Usinas Hidrelétricas: Itá, Passo Fundo, Machadinho, Salto Osório; Usina Solar: Cidade Azul. Com algumas unidades sendo de geração complementar [19]. A Copel é uma empresa de geração e transmissão de energia que atua somente em Curitiba- PR, e detém de variadas fontes de geração elétrica distribuídas da seguinte forma. Usinas Termelétrica: de Figueira, de Araucária; Usina Eólica: de Palmas, Centrais Eólicas do Paraná; Usinas Hidrelétricas: de Mauá, Complexo Energético Elejor, Dona Francisca, Governador Ney Aminthas de Barros Braga, Governador José Richa, Governador Bento Munhoz da Rocha Netto, Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, Pitangui, Guaricana, Derivação do Rio Jordão, Melissa, Marumbi, São Jorge, Apucaraninha, Chaminé, Cavernoso, Chopim I, Salto do Vau; Pequena Central Hidrelétrica: Arturo Andreoli e Cavernoso II [6]. Furnas é uma empresa de economia mista, subsidiária da Eletrobras e vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Possui empreendimentos (próprios ou em parceria com outras empresas) responsáveis por quase 10% da energia produzida no país. São 20 usinas hidrelétricas, sendo seis próprias, seis sob administração especial (Lei nº 12.783/2013), duas em parceria com a iniciativa privada e nove em Sociedades de Propósito Específico (SPEs), duas termelétricas e três parques eólicos. Na Região Sul ela atua como proprietária da UHE Foz do Chapecó [28]. Na Tabela I é apresentado a geração total da região Sul referente a 2015. Tabela I O mesmo pode ser visto seguinte gráfico. Gráfico 1 Fonte Termelétrica Na região Sul há o avanço das usinas termelétricas, um dos motivos é que nessa região há diversas minas de carvão e de outros bens. Para transportar essas matérias primas tem grande valor financeiro (pode sair mais caro que construir linhas de transmissão), sendo mais vantajoso construir unidades termelétricas próximo das minas O complexo termelétrico Jorge Lacerda, localizado no município de Capivari de Baixo, em Santa Catarina, é considerado o maior complexo termelétrico da América do Sul, com capacidade instalada de 857 MW, distribuída entre as unidades termelétricas UTLA, UTLB e UTLC. A UTLA é responsável por produzir 232 MW, com produção bruta chegando a 5530 GWh; a UTLB tem carga instalada em cerca de 262 MW, com produção bruta chegando a 7930 GWh; e a UTLC 363 MW, com geração bruta chegando a 12802 GWh [25][18]. O grupo responsável por este empreendimento é composto pela empresa Tractebel Energia, Eletrosul e Sotelca, fazendo parte do sistema interligado nacional (SIN) [18]. Esse empreendimento tem importância fundamental para a segurança energética do Brasil, por garantir o fornecimento ao Sistema Interligado Nacional nos períodos de falta de chuvas, que prejudicam a geração hidráulica [20]. A Usina Termelétrica de Figueira localiza-se na região denominada vale Rio do Peixe, onde se localiza a principal bacia carbonífera do Paraná, no Município de Figueira, no nordeste do Estado. Utiliza como combustível: Carvão mineral, extraído em jazidas da região, com uma potência instalada de 20 MW [13]. A Usina Termelétrica de Araucária tem duas turbinas a gás, acopladas a duas caldeiras de recuperação de calor, que permitem o funcionamento de uma terceira turbina a vapor, totalizando 484,5 MW de potência instalada. O gás natural é o combustívelutilizado nas turbinas a gás, resultando em emissões atmosféricas sem odor e dentro dos parâmetros nacionais e internacionais de qualidade [14]. Fonte Hidrelétrica A UHE Passo São João foi implantada no Rio Ijuí, localizada nos municípios de Dezesseis de Novembro e Roque Gonzalez, no Rio Grande do Sul. Tem capacidade instalada de 77 MW, com duas unidades geradoras, cada uma com 38,5 MW de capacidade instalada, sendo totalmente controlada pela Eletrosul. Este empreendimento é ligado ao SIN, atendendo cerca de 435 mil habitantes [15]. A UHE Mauá localiza-se nos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, no Paraná. Com capacidade instalada de 363 MW divididos entre cinco unidade, atende cerca de 2 milhões de habitantes. Esse empreendimento também é ligado ao SIN, sendo controlado por duas empresas, a COPEL, detendo 51% desta, e a Eletrosul, com 49% [15]. A PCH Barra do Rio Chapéu foi construída entre os municípios de Santa Rosa de Lima e Rio fortuna, em Santa Catarina. Detém de 15,15 MW, divididos entre duas unidades geradoras. É um empreendimento totalmente pertencente a Eletrosul, sendo participante do SIN [15]. A UHE São Domingos é localizada nos municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, no estado do Mato grosso. Sua capacidade instalada chega a 48 MW, sendo distribuída entre duas unidades geradoras. Essa usina pertence a Eletrosul, participando do SIN e atendendo cerca de 270 mil habitantes [15]. Outra PHE pertencente ao SIN é a João Borges. Esta geradora localiza-se nos municípios de São José do Cerrito e Campo Belo do Sul, em Santa Catarina. Com capacidade instalada de 19 MW, sendo esta dividida entre três unidades, atendendo cerca de 100 mil habitantes [15]. A PCH Rondinha está localizada o município de Passos Maia, em Santa Catarina. Contando com 9,6 MW de potência instalada, atendendo cerca de 70 mil habitantes, sendo este um empreendimento da Atlantic Energias Renováveis [27]. Localizada no município de Aratiba, a UHE de Itá foi construída no Rio Uruguai, que passa por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, tem capacidade instalada de 1450 MW, atendendo cerca de XXX habitantes. No ano de 2016 teve cerca de 58912 GWh de geração bruta [26]. A UHE Salto Santiago, está localizada no município de Saudades do Iguaçu, instalada no Rio Iguaçu, no estado do Paraná. Essa Usina tem capacidade instalada de 1420 GERAÇÃO ELÉTRICA (Gwh) 2013 2014 2015 Total 156,413 162,292 166,970 Paraná 103,447 98,834 99,410 Santa Catarina 25,660 29,416 31,258 Rio Grande Do Sul 27,306 34,042 36,302 PARANÁ 59% SANTA CATARIN A 19% RIO GRANDE DO SUL 22% PRODUÇÃO ENERGÉTICA DA REGIÃO SUL (2015) MW, com cerca de 52830 GWh de geração bruta no ano de 2016 [27]. A UHE Machadinho, instalada no Rio Pelotas, instalada no munícipio de Piratuba, em Santa Catarina, tem capacidade instalada de 1140 MW [21]. No Rio Iguaçu, do Estado do Paraná, está instalada a UHE Salto Osório, com capacidade instalada de 1078 MW [22]. Outra UHE localizada no estado do Rio Grande do Sul é a Passo Fundo, no município de Entre Rios do Sul. Com capacidade instalada de 226 MW [23]. A UHE Itaipu é uma usina binacional. É a maior geradora de energia limpa e renovável do planeta, tendo 20 unidades geradoras, cada uma com capacidade de 700 megawatts (MW), potência suficiente para abastecer uma cidade com 1,5 milhão de habitantes. Juntas, as 20 unidades geradoras somam 14 mil MW. Nacionalmente, a Furnas e pela Copel. Para o sistema paraguaio a responsabilidade é da ANDE. Esta usina fornece cerca de 15% da energia consumida no Brasil e 75% do consumo paraguaio [32][31]. A UHE Ilha Grande foi construída no rio Paraná, na fronteira entre os Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. Totalmente comandada pela Eletrosul. Esta usina tem 24 unidades hidrogeradoras com capacidade total de 2.400 MW. O complexo Energético Elejor é composto por dois aproveitamentos hidrelétricos no rio Jordão, no Estado do Paraná: a Usina Hidrelétrica Santa Clara e a Usina Hidrelétrica Fundão, que, somadas, têm capacidade instalada de 246 MW [14]. A UHE Dona Francisca possui 125 MW de potência instalada, e energia assegurada de 80 MW. Nesta usina a Copel tem uma participação de 23,03% do seu capital social [14]. A Usina Hidrelétrica Governador Ney Aminthas de Barros Braga é a segunda usina da Copel em potência instalada (possui capacidade de 1.260 MW). Está localizada no rio Iguaçu, a 2 km da montante da Foz do Rio Jordão, no município de Mangueirinha, a aproximadamente 285 km de Curitiba [11]. A Usina Hidrelétrica Governador José Richa (Salto Caxias) é uma das mais importantes da Copel, inaugurada em fevereiro de 1999, possui 1.240 MW de potência. Está situada no rio Iguaçu, no município de Capitão Leônidas Marques, a 600 km de Curitiba [10]. A Usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto é a maior usina da Copel. Possui capacidade de 1.676 MW de potência. Está localizada no rio Iguaçu, distante 5 km da jusante da foz do rio Areia e 240 km de Curitiba, no município de Pinhão [8]. A Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza possui a potência de 260 MW, e está situada no município de Antonina. Seu reservatório está localizado na Rodovia BR-116 (trecho Curitiba - São Paulo), no município de Campina Grande do Sul, a 50 km de Curitiba [10]. Fonte Eólica No mês de maio (2105), a produção de energia eólica no Sul do País bateu novo recorde, gerando 1,262 megawatts (MW) médios – suficiente para abastecer cerca de 5,6 milhões de residências, com base no consumo de energia residencial de 2015. No cenário nacional de geração de energia eólica em 20 de abril de 2016 também bateu o recorde de geração eólica no submercado, atingindo 3.702 MW médios [3]. A seguir é apresentado algumas informações importantes acerca dos complexos eólicos que possibilitaram alcançar esses números. O Complexo Santa Vitória do Palmar é o maior complexo eólico da Atlantic Energias Renováveis. Localizado em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, contém doze parques eólicos e 69 aerogeradores de concreto que produzem aproximadamente 207 MW de potência, garantindo o abastecimento de 400 mil residências [3]. Complexo Eólico Cerro Chato, localizado na cidade de Santana do Livramento, no estado do Rio Grande do Sul, tem capacidade instalada de 217 MW, subdividas entre Parques Cerro Chato I, II, III (90 MW), Parques Cerro Chato IV, V, VI e Cerro dos Trindade e Ibirapuitã (79MW), Parques Coxilha Seca, Capão do Inglês e Galpões (48MW) produzidos por 108 unidades geradoras, atendendo cerca de 1,2 milhões de habitantes. Este empreendimento pertence a Eletrosul e está conectado ao SIN [17]. Complexo Eólico Campos Neutrais, instalado em Santa Vitória do Palmar e Chuí, no Rio Grande do Sul, em capacidade instalada de 583 MW subdivididas entre Parque Geribatu (258MW), Parque Chuí (144 MW) e Parque Hermenegildo (181 MW) produzidos por 302 aerogeradores, tendendo cerca de 3,3 milhões de habitantes [17]. A Usina Eólio-Elétrica de Palmas é composta por cinco aerogeradores de 500 kW cada, totalizando 2,5 MW de potência instalada. Está situada na região de Horizonte, no Município de Palmas, ao sul do Estado do Paraná [9]. A Copel participa com 100% do capital social das Centrais Eólicas do Paraná Ltda., que se encontra em operação desde fevereiro de 1999. A usina é composta por cinco aerogeradores de 500 kW cada um, totalizando 2,5 MW, e está situada na região de Horizonte,distante cerca de 30 km de Palmas [14]. Existem também algumas unidades de produção de energia elétrica complementares, como a Usina Solar Cidade Azul (3MW), A Usina Hidrelétrica Pitangui (0,87), Guaricana (36 MW), A usina hidrelétrica Derivação do Rio Jordão (6,5 MW), Melissa (1,0 MW), Marumbi (4,8 MW), São Jorge (2,3 MW), Apucaraninha (10 MW), Chaminé (18 MW), Cavernoso (1,3 MW.), Cavernoso II (19 MW.), Chopim I (1,98 MW), Salto do Vau (0,94 MW). Existem outras fontes de produção de energia elétrica nessa região, e estas são apresentadas na Tabela II, quem apresentando dados produção de energia elétrica devido a fonte, algumas já apresentadas anteriormente. Tabela II GERAÇÃO DE ELETRICIDADE POR FONTE NA REGIÃO SUL (GWH) Fonte Paraná Santa Catarina Rio Grande Do Sul Hidro 93.835 25.045 26.363 Eólica 21 320 3.499 Solar 1 5 2 Termo 5.553 5.888 6.438 Bagaço De Cana 1.437 59 0 Lenha 479 451 32 Lixívia 325 320 726 Out. Fontes Renovávei s 46 20 194 Carvão Vapor 81 4921 2814 Gás Natural 2812 0 1135 Óleo Combustí vel 77 81 226 Óleo Diesel 20 36 604 Out. Fontes Não Renovávei s 277 0 707 TENSÃO DE TRANSMISSÃO NA REGIÃO SUL No sistema elétrico de potência entre a geração e o consumo, há a transmissão. Devido o grande nível de consumo e a não possibilidade de se armazenar energia. É necessário transmitir a energia gerada pelas fontes geradoras até as distribuidoras para o atendimento dos consumidores, de tal forma que garantem o transporte desta energia sempre em longas distancias. Este fato faz com que a tensão de transmissão seja sempre muito alta parta que, também, reduza as pardas por dissipação. Além de outros pontos como a compensação da impedância de linha, dilatação dos cabos e vento etc. [30] No sistema de transmissão há um nível de tensão de transmissão menor que é classificado como subtransmissão. Este nível de tensão é muito usado para atender subestações de concessionárias em pequenas distâncias. Geralmente a tensão de subtransmissão pode variar de 69 KV a 138 KV. As conexões de primárias destes valores de tensão são feitos por troncos de circuitos de transmissão, quase sempre feitos em subestações rebaixadora. A configuração de subdistribuição radial é a mais simples e menos onerosa e provém o fornecimento menos confiável de energia. Uma falha na subtransmissão pode interromper muitas subestações de distribuição. Linhas de subtransmissão de tensões inferiores (69 kV ou menos) tendem a ser projetadas e operadas como linhas de distribuição, com sistemas radiais ou arranjos simples em anel, usando postes ao longo de rodovias, com religadores e reguladores. Tensões de subtransmissão acima de 69 kV tendem a ser operadas como linhas de transmissão, com arranjos em anéis e malhas, torres de transmissão e cabos para-raios [30]. O sistema de transmissão de energia é explorado, atualmente, por oito grandes empresas: Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletrosul, CEEE, Copel, CTEEP e Cemig. No entanto, outras cerca de 100 empresas também atuam na transmissão de energia, segundo a Abrate. Essas companhias são proprietárias do ativo energia e o disponibiliza para o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que distribui a energia por região, de acordo com a demanda. O sistema sul de transmissão atualmente é composto pela Eletrosul, Furnas e Copel [5]. O sistema de escoamento de energia de ITAYPU, no paraná, é realizado por Furnas e Copel. Sendo que o sistema Furnas transmite energia em dois sistemas distintos e diferenciados, um com energia a 50 Hz em corrente contínua, que vai até a cidade de IBIÚNA-SP onde é convertida para 60 Hz em corrente alternada, e outro a 60 Hz em corrente alternada com uma tensão de 765 KV e o sistema da COPEL em 60 Hz com tensão de 525 KV. O sistema de transmissão da Eletrosul é composto por 47 subestações, além de uma conversora de frequência. Possui uma capacidade de transformação superior a 25 mil MVA e mais de 11 mil KM de rede de transmissão. Esse tipo de sistema é representado na Fig. 01. Figura 01- Rede básica de transmissão. Fonte: Site CELEC [5]. Corrente de Transmissão O conceito de corrente de transmissão vem desde as pequenas tensões e cargas. No sistema de geração e transmissão de energia esta corrente é demandada por uma grande carga que é solicitada ao sistema através do consumo de grandes cidades e regiões do país. Na região sul esta corrente de transmissão varia, devido haver várias linhas de transmissão com cargas diversas e com valores de tensões diferentes [5]. Sistema de Transmissão O sistema de transmissão de energia elétrica na região sul do país é operado por algumas empresas que são responsáveis por toda a operação e confiabilidade das linhas de transmissão e subtransmissão. Atualmente compõem o quadro das empresas responsáveis pelas linhas de transmissão da região as seguintes: COPEL, FURNAS, ELETROSUL. Essas empresas promovem a manutenção e controle das redes básicas e de principal alimentação do sistema. Há ainda outras empresas que atuam nos sistemas de redes básicas, mas que transmitem valores de tensão menores, as subtransmissões, que fazem o papel de derivação de redes básicas de menor nível de tensão de transmissão. Neste cenário tem-se algumas dessas empresas, como: ECTE, ETSE, STC, LUMITRANS e outras que também distribuem em baixa tensão [1], como pode-se ver na Figura seguinte. Figura 2 - Empresas de Subtransmissão da região Sul. Fonte: Site ALUPAR [1] TENSÃO DE CONSUMO PRINCIPAL DA REGIÃO SUL DO BRASIL A região Sul possui 11.610.645 unidades consumidoras. E assim como o restante dos brasileiros, pouquíssimos destes sabem o que significa o conceito de tensão, como funciona o consumo de energia elétrica. Esses conceitos básicos relacionados a energia devem ser conhecidos por todos, para que se possa evitar confusões e até problema diários, como simplesmente plugar um aparelho numa tomada não apropriada. Essa situação acontece diariamente, e o consumir mal sabe que isto impacta não somente no funcionamento do aparelho, mas em seu tempo de vida e até na rede elétrica da sua residência. O conceito de tensão elétrica está relacionado à energia que é utilizada diariamente quando ligamos qualquer equipamento eletroeletrônico à tomadas comuns por meio de seus plugues. Precisamos conhecer o valor da tensão fornecida pela concessionária de nossa cidade (companhia responsável pela entrega desse recurso) afim de evitar danos aos aparelhos e utilizá-los de forma segura inclusive. E para a região Sul do Brasil esses valores são dados na Tabela III: Tabela III TENSÃO FORNECIDA REGIÃO SUL Empresas de Distribuição de Energia Existem diversas empresas de distribuição de energia no Brasil, algumas de dividem por estado, como CELPA, CELMA, e outra atuam em mais de um estado, como a IENERGIA e outras. A Fig. 03 mostra somente as principais empresas de distribuição de energia elétrica da Região Sul. Figura 3 - Mapa das principais empresas de distribuição de energia. Fonte: Ministério Minas e Energia. Rio Grande do Sul 380 / 220 Paraná 220 / 127 Santa Catarina 380 / 220 Consumo Região Sul Segundo a EPE, o consumo industrial de eletricidade no Brasil, em 2016, caiu 7,5% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano passado. A região Sul neste contexto mostrou queda no setorde consumo. O gráfico abaixo relaciona as regiões brasileiras comparando os seus respectivos consumos nos anos de 2015 e 2016. Gráfico 1 BRASIL E REGIÕES: TAXAS DO 1º TRIMESTRE (EM RELAÇÃO A IGUAL PERÍODO DO ANO ANTERIOR). Fonte: EPE - Empresa de Pesquisa Energética. Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica, Abril de 2016, Rio de Janeiro-RJ. Tabela IV TARIFAS DE ENERGIA REFERENTES AO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO E DA REGIÃO SUL Fornecimento Faturado de Energia Elétrica - Tarifa Média (R$/MWh) por Classe de Consumo e Região (OUTUBRO/2015) Horário de Pico Região Sul O período do dia entre as 17h30 e 20h30 onde acontece o maior consumo de energia é chamado de horário de ponta ou horário de pico. Para as empresas concessionárias é o momento onde a demanda de energia para consumo tem de aumentar. Neste período a maioria das pessoas está em casa, tomando banho, ligando as luzes e eletrodomésticos, é também o momento em que a iluminação pública das cidades começa a funcionar. Além disso, uma boa parte do comércio e da indústria ainda não parou de trabalhar. No horário de pico o fornecimento de energia elétrica pelas concessionárias é mais crítico, os valores das tarifas também são mais caros, fazendo com que algumas indústrias e empresas reduzam a utilização das máquinas neste período para fazer com que o valor da conta de energia elétrica seja reduzido. REFERENCIAS 1. ALUPAR. Mais Energia. Disponível em: <http://www.alupar.com.br/show.aspx?idCanal=nTMvbvq HdhF2RUaZSjMf+g>. Acessado dia: 29/01/2017. 2. ATLANTIC ENERGIAS RENOVÁVEIS. Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar. Disponível em: <http://atlanticenergias.com.br/parqueseolicos/complexoeol icosantavitoriadopalmar/>. Acessado dia 30/01/2017. 3. ATLANTIC ENERGIAS RENOVÁVEIS. Complexo Eólico Santa Vitória do Palmar. Disponível em: <http://atlanticenergias.com.br/parqueseolicos/complexoeol icosantavitoriadopalmar/>. Acessado dia 30/01/2017. 4. ATLANTIC ENERGIAS RENOVÁVEIS. PCH Rondinha. Disponível em: <http://atlanticenergias.com.br/esg/>. Acessado dia: 28/01/2017. 5. CELESC. Celesc Distribuição. Disponível em: <http://www.celesc.com.br/portal/index.php/celesc- holding/empresas-do-grupo>. Acessado dia: 28/01/2017. 6. COPEL. Geração. Disponível em: <www.copel.com/hpcopel/geracao/informacoes.jsp>. Acessado dia 29/01/2017. 7. COPEL. Hidrelétricas. Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco= %2Fhpcopel%2Fgeracao%2Fpagcopel2.nsf%2Fdocs%2F8 6108AB3CF1D4E5F032574120060B8F0>. Acessado dia 29/01/2017. 8. COPEL. Usina Bento Munhoz da Rocha Netto. Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco= %2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F044b34faa7cc1 143032570bd0059aa29%2Fe307f2c9b2edc5630325741200 4fdb91>. Acessado dia 29/01/2017. 9. COPEL. Usina Eólio-Elétrica - Usina Eólica de Palmas. Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco= %2Fhpcopel%2Fgeracao%2Fpagcopel2.nsf%2Fdocs%2FC 61E3512CB91AF04032574A20048D3A3>. Acessado dia: 29/01/2017. 10. COPEL. Usina José Richa. Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco= %2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F044b34faa7cc1 Classe De Consumo BRASIL SUL Comercial, Serviços E Outras 439,11 459,87 Consumo Próprio 434,98 448,62 Iluminação Pública 262,63 268,3 Industrial 385,71 404,77 Poder Público 442,7 482,16 Residencial 449,16 476,21 Rural 324,2 309,76 Rural Aquicultor 220,29 309,29 Rural Irrigante 261,85 417,61 Serviço Público (Água, Esgoto E Saneamento) 341,37 361,7 Serviço Público (Tração Elétrica) 371,28 475,82 Total Por Região 413,88 427,44 143032570bd0059aa29%2F9bdc37f6b8c44b810325741200 587db7>. Acessado dia 29/01/2017. 11. COPEL. Usina Ney Braga. Disponível em: <http://www.copel.com/hpcopel/root/nivel2.jsp?endereco= %2Fhpcopel%2Froot%2Fpagcopel2.nsf%2F044b34faa7cc1 143032570bd0059aa29%2F7e60b7740cdc2060032574120 05e4734>. Acessado dia 29/01/2017. 12. COPEL. Usina Parigot de Souza. 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