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UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL DE SANTO ANDRÉ CAMPUS II FÁBIO MAURÍCIO PELLOZZO MAYARA TORRES MARINHO RENATA EVELIN SOUZA POLO THAMIRES CRISTINA SANTOS SILVA WAGNER JOÃO DE SOUSA RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: SUAS APLICABILIDADES COM UMA TÉCNICA INOVADORA Santo André - SP 2011 2 UNIVERSIDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL DE SANTO ANDRÉ CAMPUS II FÁBIO MAURÍCIO PELLOZZO MAYARA TORRES MARINHO RENATA EVELIN SOUZA POLO THAMIRES CRISTINA SANTOS SILVA WAGNER JOÃO DE SOUSA RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: SUAS APLICABILIDADES COM UMA TÉCNICA INOVADORA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Universidade Anhanguera de Santo André como parte dos requisitos para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de RH (Área de Recursos Humanos) Orientadora: Vivianny A. Vieira Santo André 2011 3 FÁBIO MAURÍCIO PELLOZZO MAYARA TORRES MARINHO RENATA EVELIN SOUZA POLO THAMIRES CRISTINA SANTOS SILVA WAGNER JOÃO DE SOUSA RECRUTAMENTO E SELEÇÃO: SUAS APLICABILIDADES COM UMA TÉCNICA INOVADORA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Universidade Anhanguera de Santo André como parte dos requisitos para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de RH (Área de Recursos Humanos) Aprovado em _____ de _____________ 2011 Comissão Examinadora ___________________________________ __________________________________ ___________________________________ 4 DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a todos os profissionais da área de Recursos Humanos, pois o conhecimento se torna bem mais útil quando compartilhado. Aos nossos amigos, colegas, e familiares que tiveram ao nosso lado nos dando apoio. Aos nossos professores que tiveram a paciência de nos auxiliar, compartilhar conhecimentos e nos acompanhar durante o processo de pesquisa. E as organizações que acreditaram e nos deram a oportunidade de implantarmos nosso projeto. 5 AGRADECIMENTOS Agradecer é mais importante que pedir, pois é na gratidão que mostramos o nosso sentimento mais íntimo, o de ser humilde. Por isso quereremos agradecer quem contribuiu para essa etapa decisiva em nossas vidas. Agradecendo primeiramente a DEUS... Por nos dar força, equilíbrio e estar sempre ao nosso lado; Às esposas e namorados.... Pela compreensão e paciência nos momentos difíceis; Aos amigos que nos incentivaram para que fossemos perseverantes em nossos objetivos, A todos os professores do Curso de Tecnologia de Gestão de Recursos Humanos que nos apoiaram e foram pacientes durante este processo. Nosso mais sincero agradecimento a todos vocês! Obrigado!!! 6 "Quando você vê um negócio bem-sucedido é porque alguém, algum dia tomou uma decisão corajosa." Peter Drucker 7 RESUMO Este trabalho consiste em demonstrar quais os objetivos e o funcionamento do Recrutamento e Seleção dentro das empresas, por ser um tema atual e estar em constante mudança por trabalhar diretamente com o que a empresa tem de mais valoroso dentro de si. Pessoas. O processo de recrutamento e seleção de pessoal é a base, a estrutura das organizações, pois o administrador tem a responsabilidade de analisar o cargo, recrutar através de técnicas apropriadas, absorver o máximo de informação possível do candidato, avaliar junto aos lideres e encarregados e por fim escolher o candidato ideal para a vaga. Uma contratação ineficiente pode acarretar sérios prejuízos à empresa, por isso deve-se utilizar as técnicas de seleção certas para encontrar no profissional as qualidades e habilidades que o cargo necessita. Por isso nesse trabalho queremos mostrar um jeito novo de selecionar a pessoa certa para o cargo certo através de uma técnica que permite verificar características da personalidade do candidato de um jeito diferente dos testes aplicados hoje em dia. A técnica inovadora trata de ajudar a escolher a pessoa com a maior aptidão para a vaga dentro da empresa. Palavras chaves: Recrutamento e seleção, técnica inovadora, pessoas. 8 ABSTRACT This work consists in demonstrate which are the main ideas and the way Human Relations works inside the Company, as this is an actual subject and it is always changing, just because it works directly with the most valuable product of the Company: People. The recruitment and selection of personnel process is the basis, the organization structure, as the manager has the responsibility to analyze the job, recruits through appropriate techniques, absorbs as much information as possible from the candidate, evaluates with the leaders and the staff group, to the end choose the right candidate for the job. Inefficient procurement can result in serious damage to the company; therefore you must use the correct selection techniques to find the qualities and skills in that professional which the job requires to. Therefore in this work we show a new way of selecting the right person for the right job through a technique that allows verifying the candidate's personality in a different way of the tests today. The innovative technique comes to help you pick the person with the ability for the position within the company. Keyword: Recruitment and selection, innovative techniques, people 9 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 ................................................................................................................................................... 44 Figura 2 ................................................................................................................................................... 45 Figura 3 ................................................................................................................................................... 45 Figura 4 ................................................................................................................................................... 45 Figura 5 ................................................................................................................................................... 46 Figura 6 ................................................................................................................................................... 46 Figura 7 ................................................................................................................................................... 46 Figura 8 ................................................................................................................................................... 46 Figura 9 ................................................................................................................................................... 47 Figura 10 ................................................................................................................................................. 47 Figura 11 ................................................................................................................................................. 47 Figura 12 ................................................................................................................................................. 47 Figura 13 .................................................................................................................................................47 Figura 14 ................................................................................................................................................. 48 Figura 15 ................................................................................................................................................. 48 Figura 16 ................................................................................................................................................. 48 Figura 17 ................................................................................................................................................. 48 Figura 18 ................................................................................................................................................. 48 Figura 19 ................................................................................................................................................. 48 Figura 20 ................................................................................................................................................. 49 Figura 21 ................................................................................................................................................. 49 Figura 22 ................................................................................................................................................. 49 Figura 23 ................................................................................................................................................. 49 Figura 24 ................................................................................................................................................. 49 Figura 25 ................................................................................................................................................. 49 Figura 26 ................................................................................................................................................. 50 Figura 27 ................................................................................................................................................. 50 Figura 28 ................................................................................................................................................. 50 Figura 29 ................................................................................................................................................. 50 Figura 30 ................................................................................................................................................. 50 Figura 31 ................................................................................................................................................. 51 Figura 32 ................................................................................................................................................. 51 10 Figura 33 ................................................................................................................................................. 51 Figura 34 ................................................................................................................................................. 51 Figura 35 ................................................................................................................................................. 51 Figura 36 ................................................................................................................................................. 51 Figura 37 ................................................................................................................................................. 52 Figura 38 ................................................................................................................................................. 52 Figura 39 ................................................................................................................................................. 52 Figura 40 ................................................................................................................................................. 52 11 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Seleção de Pessoal Como uma Comparação...................................................... 28 Tabela 2: Descrição e Analise de Cargos.............................................................................. 30 Tabela 3: Ficha Profissiográfica............................................................................................ 31 12 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS Art = artigo Caput = Cabeça nos termos jurídicos, refere-se ao começo do artigo citado DPP = Desenvolvimento Pessoal e Profissional Nº = número Pag. = página 13 SUMÁRIO DEDICATÓRIA ..................................................................................................................................... 4 AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................ 5 RESUMO ................................................................................................................................................ 7 ABSTRACT ............................................................................................................................................ 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES ................................................................................................................... 9 LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... 11 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ........................................................................................... 12 SUMÁRIO ............................................................................................................................................ 13 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 17 CAPÍTULO 1 - O SURGIMENTO DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ............ 18 1.1 O Amanhã do Recrutamento e Seleção ....................................................................................... 21 CAPÍTULO 2 – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL .................................................... 22 2.1 Objetivos do Recrutamento e Seleção de Pessoal ....................................................................... 22 2.2 Algumas Leis sobre Recrutamento e Seleção ............................................................................. 23 2.2.1 Quanto à discriminação ........................................................................................................ 23 2.2.2 Quanto à experiência ............................................................................................................ 23 2.2.3 Lei Nº 11644, de 10 de março de 2008 ................................................................................ 24 CAPÍTULO 3 - RECRUTAMENTO DE PESSOAL ........................................................................... 24 3.1 Planejamento ............................................................................................................................... 24 3.2 As Bases para o Recrutamento .................................................................................................... 25 3.3 Avaliação de Resultados ............................................................................................................. 25 3.4 Recrutamento Interno ..................................................................................................................25 3.4.1 Vantagens do Recrutamento Interno .................................................................................... 26 3.4.2 Desvantagens do Recrutamento Interno ............................................................................... 26 3.4.3 Principais Técnicas de Recrutamento Interno ...................................................................... 26 3.5 Recrutamento Externo ................................................................................................................. 27 3.5.1 Vantagens do Recrutamento Externo ................................................................................... 27 3.5.2 Desvantagens do Recrutamento Externo .............................................................................. 27 3.5.3 Principais Técnicas de Recrutamento Externo ..................................................................... 28 3.6 Recrutamento Misto .................................................................................................................... 28 CAPÍTULO 4 – SELEÇÃO DE PESSOAL ......................................................................................... 28 14 4.1 Formas de Seleção ...................................................................................................................... 31 4.2 Características Pessoais dos Candidatos ..................................................................................... 32 4.3 Descrição e Análise de Cargos .................................................................................................... 33 4.3.1 Ficha Profissiográfica ........................................................................................................... 34 4.3.2 Análise do Currículo ............................................................................................................ 35 4.3.3 Validade dos Testes de Seleção ........................................................................................... 36 CAPÍTULO 5 – PRINCIPAIS TESTES APLICADOS NA SELEÇÃO DE PESSOAL...................... 37 5.1 Testes de Conhecimento: ............................................................................................................ 37 5.2 Testes Escritos ............................................................................................................................. 37 5.2.1 De respostas livres: ............................................................................................................... 37 Vantagens dos testes de respostas livres: .................................................................................. 37 Desvantagens: ........................................................................................................................... 37 5.2.2 De respostas dirigidas: ......................................................................................................... 38 Vantagens: ................................................................................................................................. 38 Desvantagens: ........................................................................................................................... 38 5.3 Testes Orais ................................................................................................................................. 38 5.4 Testes Práticos ............................................................................................................................. 38 5.5 Testes Psicológicos ..................................................................................................................... 38 5.6 Testes de Aptidão ........................................................................................................................ 39 5.7 Teste de Personalidade ................................................................................................................ 40 5.8 Dinâmica de Grupo ..................................................................................................................... 40 5.8.1 Etapas da Dinâmica de Grupo .............................................................................................. 40 Chegada ..................................................................................................................................... 40 Aquecimento ............................................................................................................................. 40 Auto-apresentação ..................................................................................................................... 41 Atividade Principal .................................................................................................................... 41 5.9 O Psicodrama na Área de RH ..................................................................................................... 42 5.11 Entrevista ................................................................................................................................... 43 CAPÍTULO 6 - APLICANDO A FISIOGNOMONIA ........................................................................ 44 6.1Testa ............................................................................................................................................. 48 6.1.1 Testa Larga ........................................................................................................................... 48 6.1.2 Testa Estreita ........................................................................................................................ 48 6.1.3 Testa Alta ............................................................................................................................. 49 6.1.4 Testa Baixa ........................................................................................................................... 49 15 6.2 Mandíbula ............................................................................................................................... 49 6.2.1 Mandíbula Larga .................................................................................................................. 49 6.2.2 Mandíbula Estreita ............................................................................................................... 49 6.3 O Queixo ..................................................................................................................................... 49 6.3.1 Largo Quadrado e Ossudo .................................................................................................... 49 6.3.2 Queixo Arredondado ............................................................................................................ 50 6.3.3 Queixo Anguloso.................................................................................................................. 50 6.3.4 Queixo Saliente .................................................................................................................... 50 6.3.5 Queixo Reto ou Plano .......................................................................................................... 50 6.3.6 Queixo Retraído ................................................................................................................... 50 6.4 A Boca ......................................................................................................................................... 50 6.4.1 Com Ângulos para Cima ...................................................................................................... 51 6.4.2 Com Ângulos para Baixo ..................................................................................................... 51 6.4.3 Lábios Finos .........................................................................................................................51 6.4.4 Lábios Grossos ..................................................................................................................... 51 6.4.5 Lábio Superior Saliente ........................................................................................................ 51 6.4.6 Lábio Inferior Saliente ......................................................................................................... 52 6.5 Olhos ........................................................................................................................................... 52 6.5.1 Próximos um do outro .......................................................................................................... 52 6.5.2 Distantes um do outro .......................................................................................................... 52 6.5.3 Salientes ............................................................................................................................... 52 6.5.4 Encovados ............................................................................................................................ 52 6.6 O Nariz ........................................................................................................................................ 53 6.6.1 Nariz Côncavo ou Convexo ................................................................................................. 53 6.6.2 Côncavo ................................................................................................................................ 53 6.6.3 Reto ...................................................................................................................................... 53 6.6.4 Convexo ............................................................................................................................... 53 6.6.5 Nariz com aba larga .............................................................................................................. 53 6.6.6 Nariz com aba estreita .......................................................................................................... 54 6.7 Sobrancelha ................................................................................................................................. 54 6.7.1 Em forma de acento circunflexo .......................................................................................... 54 6.7.2 Retas ..................................................................................................................................... 54 6.7.3 Curvadas ............................................................................................................................... 54 6.7.4 Grossas ................................................................................................................................. 54 16 6.7.5 Finas ..................................................................................................................................... 55 6.7.6 Longe dos olhos ................................................................................................................... 55 6.7.7 Próximas aos olhos ............................................................................................................... 55 6.8 Orelhas ........................................................................................................................................ 55 6.8.1 Grandes ................................................................................................................................ 55 6.8.2 Pequenas ............................................................................................................................... 55 6.8.3 Abertas (separadas da cabeça) .............................................................................................. 55 6.8.4 Fechadas (muito próximas à cabeça) .................................................................................... 55 6.8.5 Altas ..................................................................................................................................... 56 6.8.6 Baixas ................................................................................................................................... 56 CAPÍTULO 7 – SELEÇÃO POR COMPETÊNCIAS .......................................................................... 56 7.1 Captação e Seleção de Talentos .................................................................................................. 57 CAPÍTULO 8 – ESTUDO DE CASO – INSTITUTO BRASILEIRO DE FISIOGNOMIA ............... 59 8.1 – Recrutamento e Seleção com Ênfase no Instituto Brasileiro de Fisiognomia .......................... 59 Empresa estudada: ......................................................................................................................... 59 8.1.1 – A consultoria ..................................................................................................................... 60 8.1.2 – Pesquisa de Campo: .......................................................................................................... 60 8.1.3 – Barreiras, Ameaças e Oportunidades ................................................................................ 64 8.1.4 – Estrutura necessária: .......................................................................................................... 65 8.1.5 – Estratégia a ser utilizada: ................................................................................................... 66 8.1.6 – Custo: ................................................................................................................................ 66 8.1.7 – Pontos Fortes e Fracos do negócio. ................................................................................... 66 8.1.8 – Viabilidade Econômica ..................................................................................................... 67 CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 68 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ................................................................................................. 69 ANEXO 1 – Realocação de pessoas dentro da CEF ................................................................................ 71 17 INTRODUÇÃO Os perfis solicitados pelas organizações estão em constante mudança e os candidatos devem estar em constante desenvolvimento para suprir sua necessidade. O papel do Administrador de RH no processo de recrutamento e seleção é de suma importância para que ela se desenvolva. Por esse e outros motivos, quando surge uma vaga e o RH é solicitado, a descrição ou o perfil da vaga deve ser minuciosamente estudado para que a vaga seja preenchida com o melhor entre os candidatos. Após concluída a fase do recrutamento (seja ele externo ou interno), passamos para a fase de avaliação das competências do candidato, que requer sua interpretação. Essa avaliação é feita usando várias técnicas de seleção que nos permite definir vantagens e desvantagens na contratação do candidato. A seguir, apresentamos em nosso trabalho as melhores formas de avaliação do candidato e como tornar esse processo agradável. Como parte de convergência entre a teoria e prática focamos na ferramenta visando o seu diferencial. Uma pesquisa a campo foi realizada com um profissional especialista da área e fundador de um grande instituto no Brasil que trata o tema Fisiognomia. Ter a visão de aplicação da ferramenta no seu dia a dia, no dia a dia de uma empresa, seja para treinamento, autoconhecimento ou consultoria, inclusive em outras empresas ou outras áreas, é algo que apresentamos aqui comoparte deste projeto. 18 CAPÍTULO 1 - O SURGIMENTO DO PROCESSO DE RECRUTAMENTO E SELEÇÃO Na visão de Dayse Rodrigues, o recrutamento e a seleção de pessoas é um processo muito antigo, sendo observado assim que se iniciou a organização dos povos, onde começou a existir uma preocupação em avaliar as pessoas com a intenção de escolher as mais aptas para executar atividades específicas. Tanto no mundo antigo, quanto na idade moderna esses processos estavam direcionados principalmente para as forças militares, sendo que o principal critério para a avaliação das pessoas residia em aspectos anatômicos, como os de compleição e força física. Esta tendência só começa a mudar com a Revolução Industrial, no século XVIII. No século XVIII o mundo passa por uma transformação, um surto de industrialização, neste período os estudos direcionavam-se principalmente para a sistematização de mecanismos capazes de promover maior eficiência e produtividade, devido a concorrência e competição que cresciam rapidamente. A maior característica da Revolução Industrial no que tange ao mundo do trabalho é a fragmentação de tarefas, estudada por diversos pensadores marxistas, e que tem como consequência a alienação do trabalhador, que não via o resultado de seu trabalho, mas sim de um todo. Este modelo tinha como foco a otimização da execução do trabalho, destacando-se a individualização do posto de trabalho, o tempo-padrão e a separação das tarefas, com o objetivo de alcançar maior eficiência. A consequência desta prática para o processo de recrutamento e seleção é que ele passa a ser determinado pelas demandas específicas das tarefas a serem realizadas na organização, baseando-se na qualificação e na especialização do segmento operacional. Como consequência deste movimento surge a administração científica, representada principalmente por Frederick Winslow Taylor (1856-1915) e Jules Henri Fayol (1841-1925), que acreditavam na possibilidade de se alcançar maior produtividade no trabalho através de estudos sobre a eficiência organizacional, sobretudo no nível operacional. Porém Taylor critica a administração das organizações centrada apenas na operacionalização, refletindo sobre a importância dos recursos humanos. Já Taylor destaca o desequilíbrio entre a oferta e a procura de pessoal qualificado e a demanda de funcionários melhores e mais capazes, bem como a necessidade de se capacitação e treinamento do colaboradores efetivos. Neste momento surge a necessidade de maiores estudos acerca dos processos de recrutamento, seleção e treinamento. 19 Nessa mesma época Taylor inclui a seleção de pessoal entre os quatro princípios da administração científica: desenvolvimento de uma verdadeira ciência; seleção científica do trabalhador; sua instrução e treinamento específico; cooperação íntima e cordial entre a direção e os trabalhadores. A seleção, agora como parte integrante da administração entende que o candidato a ser admitido deve ser aquele que possui aptidões compatíveis com a tarefa a ser executada por ele, o que resultará em maior produtividade e aumento de lucros para a organização. Dessa forma os requisitos básicos do profissional requerido são definidos com maior clareza e o critério das habilidades requeridas soma-se definitivamente ao da força física. Apesar de Taylor ter ressaltado a importância do processo seletivo, foi a partir de Fayol, com a publicação de Administração industrial e geral, em 1915, que os conceitos de recrutamento e seleção se definiram como campos próprios e significativos numa organização. Este autor voltou seus estudos para a questão organizacional de uma forma mais ampla, onde os conhecimentos relacionados a administração não deveria ser um privilégio apenas dos gestores, mas ser repartida entre todos os funcionários. Assim, Fayol elaborou um quadro onde avaliava a importância das capacidades que constituem o valor do pessoal da empresa, para vários cargos; o que constitui-se na primeira aparição da idéia de competências, tão utilizada nas práticas de recrutamento e seleção atuais. Fayol também foi pioneiro ao preocupar-se especificamente com as relações humanas nas organizações, mas a questão comportamental ainda era tida em um plano amplo, apreendida somente sob a perspectiva do funcionamento global da organização. Esta tendência traz para o processo seletivo a preocupação em escolher candidatos que possuíssem a capacidade de se submeter às regras impostas pela empresa, sem criar conflitos. Até este momento, apesar de haver uma admissão a respeito da importância das relações humanas nas empresas, o trabalho ainda era “desumanizado”, sendo que os trabalhadores deveriam se submeter aos métodos científicos. Somente a partir da década de 20 do seculo passado é que começam a surgir as primeiras preocupações com os aspectos humanos nas organizações, com o início da escola de relações humanas. Neste período destaca-se Elton Mayo, cujos estudos incluíram desde o exame das influências físicas e ambientais no trabalho, até as perspectivas psicológicas (1927 e 1932). Destes estudos Mayo conclui que a produtividade de uma organização é mais determinada pela integração social do que pela capacidade física dos operários e dos ambientes de trabalho, destacando três aspectos que deveriam ser enfatizados pelos gestores: a importância 20 do espírito de grupo; a necessidade de se dar status às pessoas; o estilo de liderança baseado em consideração, descentralização e participação. Neste mesmo período surgem as teorias sobre a motivação, que a colocavam como a força motriz de todas as ações de um organismo e como o que determina a intensidade, direção e persistência dos esforços de um indivíduo rumo aos seus objetivos. Dentre os autores que mais se destacaram relacionados a teoria da motivação estão Abraham Maslow, Frederick Herzberg e David McCleand. A partir destas teorias a escola de relações humanas transforma-se em um marco de transformação no mundo do trabalho, indo de encontro a desumanização que se encontrava até então, neste setor. Passou-se a dar importância a satisfação e a motivação do trabalhador, como geradores da eficiência no trabalho. Surgem então novos conceitos na administração de pessoal, como planos de carreira e capacitação de pessoal. Uma maior autonomia também começa a ser permitida aos funcionários. Os processos de recrutamento e seleção, que antes voltavam-se exclusivamente para requisitos técnicos dos cargos passaram a dar o mesmo valor aos traços de personalidade. Além dos aspectos operacionais foram integrados ao perfil do profissional requerido aspectos relacionados as relações humanas e aos comportamentos cooperativos. A psicologia primeiramente denominada psicologia industrial surge da necessidade de um conhecimento maior a respeito dos fenômenos psicológicos presentes nas organizações e encaminha a área de recursos. As principais áreas de atuação dos psicólogos organizacionais neste período eram o recrutamento, a seleção de pessoal, o treinamento e o diagnóstico organizacional. Destacando-se o uso de testes nos processos seletivos, bem como de dinâmicas de grupo e entrevistas. A idéia de que as pessoas influenciam o funcionamento da organização hoje não é mais posta em dúvida, levando as empresas a saírem de um modelo de centralização e autoritarismo para gestões que envolvem os conceitos de competências e profissionalismo. Atualmente, podemos encontrar no Brasil, empresas nos mais variados níveis de desenvolvimento, e consequentemente uma mescla de modelos administrativos. As corporações burocráticas e hierarquizadas ainda existem, mas vão dando lugar a empresas com poucos níveis hierárquicos e consequentemente mais flexíveis. Este cenário exige que o processo seletivo atual deva estar alinhado com os paradigmasempresariais e com a cultura organizacional, procurando funcionários que possuam comportamentos e atitudes adequadas a missão, a visão e aos objetivos organizacionais. 21 Como vimos, o processo seletivo evoluiu a medida que foi agregando novas exigências, ao tempo em que a administração passou a considerar que as pessoas que integram a organização não podem ser consideradas apenas como números. De um modelo estritamente operacional, aos poucos foi-se acrescentando novos parâmetros, a medida em que se foi percebendo a importância das relações humanas dentro das empresas. Hoje, quando os profissionais de recursos humanos procuram um novo colaborador eles avaliam muito mais do que seus conhecimentos e habilidades técnicas sendo que a tendência atual é a seleção por competências. 1.1 O Amanhã do Recrutamento e Seleção Elenice Santos diz que o processo de recrutamento e seleção vem se aperfeiçoando a cada dia. Há alguns anos atrás, quando uma organização necessitava de novas contratações, raramente dava oportunidade de promoção aos próprios funcionários, até mesmo por desconhecerem o potencial dos mesmos. Colocavam anúncios em jornais ou placas indicando as vagas por um determinado período, obtendo assim, um número elevado de candidatos as vagas existentes. Desta forma, conseguiam fazer uma pré seleção, através de entrevistas, testes psicotécnicos ou dinâmicas de grupos. Com o advento da era da globalização, as organizações estão cada vez mais investindo em pessoas, pois estão descobrindo que não são feitas somente de máquinas e equipamentos. Por mais que se tenha avanço tecnológico, jamais poderemos substituir o que existe de mais humano: a criatividade, o aprendizado e a vontade de vencer de cada pessoa. O processo de recrutamento e seleção deixa de ser somente baseado na experiência e na capacidade técnica dos candidatos. As organizações estão cada vez valorizando o ser humano, ou seja, estão avaliando também seu potencial emocional e intelectual. É imprescindível que cada candidato saiba trabalhar em grupo, tenha espírito de liderança, carisma, comunicabilidade e equilíbrio emocional para um bom desempenho profissional, associado ao conhecimento administrativo e técnico. O departamento de recrutamento e seleção está atento para as novas exigências do mercado de trabalho. Não é mais permitido que esses valores humanos passem despercebidos. Outra função do departamento de recursos humanos é saber como lidar com essas novas exigências. É preciso que também estejam em constante processo de aperfeiçoamento, não se esquecendo do legado principal da organização: sua cultura, pois ela tem uma importância fundamental na seleção de um candidato em potencial. De olho no futuro, muitos empresários investiram “pesado” neste novo mercado. Descobriram que o departamento de recursos 22 humanos, de diversas organizações, não era suficiente capaz de realizar o processo de recrutamento e seleção com eficiência e rapidez. Profissionais com vasta experiência na área montaram empresas de recrutamento e seleção para dar suporte, fazendo assim, uma pré- seleção e encaminhando somente às organizações candidatos que estejam dentro do perfil desejado e adequado às necessidades das mesmas. Atualmente existem empresas especializadas em recolocação de executivos para multinacionais (“out placement”). Dispõem de um vasto banco de dados com as mais diversas áreas de atuação, ficando assim seu processo de seleção mais eficiente e eficaz. O profissional de RH do futuro deve estar preparado para encarar uma gestão voltada para o conhecimento e o aprendizado. O futuro profissional de RH deve, por exemplo, estudar para aprimorar seu conhecimento, no qual os cursos de RH enfatizam habilidades em negócios e finanças como nunca antes. Como resultado, os profissionais de RH do futuro estão recebendo uma maior orientação sobre finanças, aprendendo a pensar estrategicamente e desenvolvendo habilidades de planejamento. CAPÍTULO 2 – RECRUTAMENTO E SELEÇÃO DE PESSOAL O recrutamento e seleção de pessoas é o primeiro grupo de processos da Gestão de Pessoas, pois é onde começa a entrada de capital intelectual para a empresa. O recrutamento e seleção buscam a adequação do que a empresa deseja com o que o candidato tem a oferecer, porém as pessoas podem escolher a empresa. Esse processo visa buscar e selecionar candidatos que se adequem a cultura da empresa. Segundo Chiavenato, autor do livro Gestão de Pessoas, enquanto o recrutamento de pessoas é uma atividade de atração de candidatos, divulgação e de comunicação de vagas, e, portanto, é uma atividade tipicamente positiva e convidativa; a seleção é, ao contrário, uma atividade de escolha de pessoas, de classificação e de decisão, e, portanto, restritiva e abstrativa. Assim da mesma forma que o objetivo do recrutamento é abastecer o processo seletivo; o objetivo da seleção é escolher e classificar os candidatos mais adequados às necessidades do cargo e da organização. 2.1 Objetivos do Recrutamento e Seleção de Pessoal Recrutar candidatos que serão selecionados para vagas em aberto dentro da empresa, no menor tempo e melhor qualidade possível e com menor custo. (Teixeira, 2010) 23 A expectativa desse processo é que os candidatos sejam bem tratados e muito bem recepcionados, que não fiquem esperando horas para serem atendidos, que todos os trabalhos sejam feitos em tempo hábil e com qualidade. Que o profissional haja dentro das leis, sem discriminação, seja imparcial na seleção e recrutamento de familiares e amigos, não divulguem informações confidenciais. 2.2 Algumas Leis sobre Recrutamento e Seleção De acordo com Paulo Teixeira, autor do livro Recrutamento e Seleção de Pessoal (pag. 5 a 7), existem algumas leis sobre recrutamento e seleção. 2.2.1 Quanto à discriminação A Constituição Federal de 1988 é clara quanto à discriminação: Do sexo - art. 5º, inciso 1 e art. 7º, inciso XXX A cor, a idade, ao estado civil, a homossexuais – art. 7º, inciso XXX A origem – caput. do art. 5º A religião – art. 5º, inciso VIII Violação da intimidade e a vida privada – art. 5º, inciso X Admissão de trabalhador portador de deficiência – art. 7º, inciso XXXI Ao trabalhador manual, técnico e intelectual ou profissionais relativos – art. 7º, inciso XXXII A sindicalizados – art. 5º, inciso XIII, XVII, XX e XLI A raça – art. 3º, inciso IV (Teixeira, 2010) A empresa também tem seus direitos, a mesma pode escolher os candidatos que melhor se encaixe no cargo, mas sem fazer discriminação nos recrutamentos e seleções. A constituição é bem clara ao dizer que é proibida a diferença de critério de admissão por motivos de sexo, idade, cor, estado civil e ao portador de deficiência. Havendo as discriminações citadas acima o candidato poderá exigir indenizações judiciais para amenizar a humilhação. 2.2.2 Quanto à experiência O Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no ano 2008 sancionou a Lei 11466/2008 em 10 de março de 2008 que afirma que não pode exigir experiência acima de 6 meses na mesma atividade. (Teixeira, 2010) No site da Presidência da República, Casa Civil, podemos verificar as leis quanto a discriminação no processo seletivo, conforme visto abaixo: 24 2.2.3 Lei Nº 11644, de 10 de março de 2008 Acrescenta art. 442-A a consolidação das leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, impedindo a exigência de comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses. O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1° A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo decreto-lei n°5.452, de 1º de maio de 1943, passa a vigorar acrescida do art. 442-A: Parafins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior á 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade. Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 10 de março de 2008; 187º da Independência e 120º da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro José Antônio Dias Toffoli CAPÍTULO 3 - RECRUTAMENTO DE PESSOAL Recrutamento é um conjunto de técnicas e procedimentos que visa atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos dentro da organização. É basicamente um sistema de informação, por meio do qual a organização divulga e oferece ao mercado de recursos humanos as oportunidades de emprego que pretende preencher. (Chiavenato, 2004) O papel do recrutador é divulgar as oportunidades que a empresa oferece para as pessoas que tem qualificações necessárias para um determinado cargo. Pode-se dizer também que o recrutamento é o processo de anunciar vagas e oferecer oportunidades para o mercado de recursos humanos, ou seja, é uma forma de atrair pessoas para ingressar na organização. 3.1 Planejamento No livro de Paulo Teixeira, Recrutamento e Seleção de Pessoal (pag. 8), fica claro que para o recrutamento ter êxito é preciso ter informações sobre a vaga, e o requisitante precisa passar informações gerais sobre o cargo, para isso ele precisa preencher um formulário denominado Requisição de Pessoal para entregar ao RH todas as informações necessárias. Nesse formulário precisa ter as seguintes informações: 25 Requisitos pessoais: algumas características como: força física, condições de trabalho, etc. Requisitos profissionais: conhecimentos e experiências anteriores. Nível de escolaridade: se é necessário ou desejável. Informações sobre o cargo: atividades a serem desempenhadas, se o cargo exige atitudes emergentes, se precisa de relações internas e qual área, se a pessoa será responsável por material, dinheiro, etc. e se precisará ser líder ou chefiar algum departamento. 3.2 As Bases para o Recrutamento Conforme analisado no livro de Chiavenato, Gestão de Pessoas, (pag.108) existem requisitos que servem de sustentação para o recrutamento, sem eles o recrutamento não acontece de uma forma eficaz. São eles: Técnica dos incidentes críticos – anotações que os gerentes devem fazer: pontos fortes e fracos, dificuldades e singularidade do cargo, etc.; Requisição de pessoal – formulário feito e assinado pelo gerente do setor; Análise do cargo no mercado – quando a empresa não tem informações sobre o cargo por ser novo pode-se fazer pesquisa de mercado e pode se utilizar o benchmark. O recrutamento quase sempre fica em segundo plano, pois a empresa se preocupa com as entrevistas, teste que vão aplicar, e esquecem que antes de cuidar da seleção, têm que anunciar a vaga de acordo com que o cargo pede, então é necessário antes de qualquer coisa, anunciar, descrever o cargo, etc. 3.3 Avaliação de Resultados Com base no livro de Paulo Teixeira, Recrutamento e Seleção de Pessoal (pag. 9), podemos dizer que a avaliação consiste: • Na rapidez do atendimento a área interessada; • No número de candidatos capacitados para a vaga anunciada; • No custo baixo diante da qualidade e quantidade de candidatos; • Na permanência dos candidatos no emprego. 3.4 Recrutamento Interno O recrutamento interno atua sobre os candidatos que estão trabalhando dentro da organização, para promovê-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou mais motivadoras. (Chiavenato, 2004) 26 O recrutamento interno utiliza os recursos disponíveis dentro da empresa. Após a divulgação da vaga é feito testes com os funcionários para preencher a vaga disponível ou o funcionário é indicado pela chefia e automaticamente preenche a vaga em aberto. Esse recurso é visto como uma valorização profissional através de transferências, promoções, programas de desenvolvimento de pessoal e plano de carreiras. Com base no livro de Paulo Teixeira, Recrutamento e Seleção (pag. 10 a 12), existem vantagens e desvantagens do recrutamento interno. 3.4.1 Vantagens do Recrutamento Interno Motivação e valorização dos empregados – oportunidade de crescimento dentro da empresa; Melhor desempenho e potencial de conhecimento – Tanto para ser promovido como para os funcionários que já foram promovidos e desempenham as funções brilhantemente; Funcionários adaptados a cultura organizacional - o funcionário já está adaptado a cultura, já o candidato externo traz consigo culturas diferentes vivenciadas anteriormente. Estímulos ao auto-aperfeiçoamento – Com a oportunidade de crescimento, o funcionário aprimora seus conhecimentos e isso faz com que aumente o capital intelectual da empresa; Mais barato e mais rápido – os funcionários não precisam fazer todos os processos, pois alguns já fizeram. 3.4.2 Desvantagens do Recrutamento Interno Problemas de conseguir aprovação dos gerentes para dispensar seus colaboradores mais eficientes; Ausência de avaliação mais rigorosa; Conflitos de interesse entre os funcionários escolhidos com os não escolhidos; Quando não é bem formulada, a promoção causa comodismo; O profissional escolhido não ter todas as características necessárias e ter que gastar com treinamento. Analisando as técnicas vistas no livro Desenvolvimento Pessoal e Profissional, de Ana Jankovic (pag. 117 e 118), podemos concluir que as principais técnicas são as descritas abaixo. 3.4.3 Principais Técnicas de Recrutamento Interno • Anúncios no painel de vagas da empresa; 27 • Divulgação nos portais da empresa (intranet); • Indicações da gerência; • Banco de dados dos funcionários; • Divulgação no jornal interno da empresa. • Palestras para divulgação de vagas 3.5 Recrutamento Externo O recrutamento externo atua sobre candidatos que estão no mercado de recursos humanos, portanto fora da organização, para submetê-los ao seu processo de seleção de pessoal, nesse processo se busca candidatos externos para trazerem experiências e habilidades não existentes na organização. (Chiavenato, 2004) Quem participa do processo de recrutamento externo são candidatos a procura de oportunidades de emprego e pessoas empregadas em outras empresas, ou seja, trabalhadores de outras empresas são atraídos por melhores ofertas. Com base nas informações do livro de Paulo Teixeira, Recrutamento e Seleção de Pessoal (pag. 12 e 13), existem vantagens e desvantagens no recrutamento externo. 3.5.1 Vantagens do Recrutamento Externo Experiência requerida – a pessoa já vem como experiência na função; Reciclagem de quadro de empregados – a empresa se mantém atualizada, e a par do que ocorre com as outras empresas; Renovação de pessoal – enriquece o capital intelectual da empresa, a pessoa de fora pode trazer idéias novas e segue as normas com mais precisão; Aproveitamento do aperfeiçoamento do candidato – não se gasta com treinamento quando o candidato já tem conhecimento necessário. 3.5.2 Desvantagens do Recrutamento Externo Processo demorado – o candidato precisa passar pro várias fases; Mais caro – se gasta mais com anúncios, profissionais capacitados, etc.; Menos seguro – o profissional externo é desconhecido, mesmos com os testes aplicados; Frustrações internas – os funcionários podem se frustrar por não ser promovido e não ter chances de crescimento; Afeta a política salarial da empresa – a contratação de pessoas externas com salários maiores que os antigos, por causa do desequilíbrio do mercado. 28 Verificando as informações no livro Desenvolvimento Pessoal e Profissional, de Ana Jankovic (pag. 117 e 118) podemos dizer que as principais técnicas de recrutamento externoestão descritas abaixo. 3.5.3 Principais Técnicas de Recrutamento Externo • Anúncio em jornais e revistas especializadas; • Sites especializados; • Apresentações de candidatos por funcionários; • Apresentações de candidatos por parceiros de outras empresas; • Agências de emprego; • Contatos com escolas, universidades e agremiações; • Apresentação espontânea – a entrega de currículo na portaria das empresas; • Cartazes ou anúncios na portaria da empresa; • Head Hunter para cargos especiais; • Consulta ao banco de dados - candidatos não aproveitados em recrutamentos anteriores; 3.6 Recrutamento Misto Na prática, as empresas raramente fazem apenas recrutamento externo. Ambos se complementam e se completam. Ao fazer um recrutamento interno, o individuo deslocado para a posição vaga precisa ser substituído em sua posição atual. (Teixeira, 2010) Com base no livro de Paulo Teixeira, Recrutamento e Seleção de Pessoal (pag. 20 e 21) podemos concluir que o recrutamento misto pode ser: Recrutamento externo seguido de recrutamento interno - caso não ache alguém de fora que tenha os resultados esperados recruta um internamente; Recrutamento interno seguido de recrutamento externo – a empresa prioriza seus funcionários, caso não tenha ninguém a altura, recruta externamente; Recrutamento externo e interno simultaneamente – a empresa está preocupada com o preenchimento da vaga seja de qual forma for, mas se tiver “empate” se dá preferência ao funcionário. CAPÍTULO 4 – SELEÇÃO DE PESSOAL A seleção de pessoas é um processo que visa identificar o candidato mais adequado para ocupar o cargo vago na organização. Segundo Chiavenato, autor do livro Gestão de Pessoas, a escolha do homem certo para o cargo certo. Um processo composto de várias 29 etapas, na qual os candidatos que vão obtendo êxito numa determinada etapa vão sendo encaminhados para a seguinte, e quando não se saem tão bem num determinado ponto, são eliminados. Durante esta etapa o selecionador busca informações explicitas ou implícitas por meio do histórico profissional, da formação, do comportamento e das atitudes dos candidatos. Como citado no livro Psicologia: Reflexão e Crítica (pág. 235) existem várias formas de se prever o desempenho do candidato, as principais são através do uso de questionários e entrevistas, para a obtenção de informações a respeito da história passada do candidato, além do uso de testes de aptidão, habilidades e personalidade. Assim como as pessoas são diferentes os cargos também são, pois exigem grande atenção em termos de competência, mas também em termos de perfil, e identidade, com a cultural organizacional da empresa. Para se buscar o candidato o ideal é desenhar o cargo a ser preenchido com as características necessárias. O método mais utilizado é analise e descrição de cargos, para saber quais são as atribuições ao cargo, especificando os conhecimentos e habilidades requeridas. A ficha profissiográfica do cargo também é um excelente instrumento para a definição das características e especificações dos cargos, analisando os requisitos sociais necessários ao desempenho do cargo. (Jorge Bento, 2007) Entre os candidatos, há grandes diferenças individuais se fossem iguais e reunissem as mesmas condições para trabalhar e aprender a seleção de pessoas seria desnecessário. Conforme analisado no livro de Gestão de Pessoas, Chiavenato cita que a variabilidade humana é enorme tanto na parte física (estatura, peso, sexo, constituição física, força, visual e auditiva, resistência à fadiga, etc.) e psicológica (temperamento, caráter, aptidão, inteligência, habilidades mentais etc.), que levam as pessoas a se comportarem e perceber situações de forma diferente e a se desempenharem diferentemente com maior ou menor sucesso nas ocupações da empresa. Segundo Chiavenato para fundamentar o processo seletivo existem duas alternativas: o cargo a ser preenchido ou as competências a serem preenchidas. A seleção depende desses dados para ter mais objetividade na escolha dos candidatos, em termos a seleção passa a ser um processo de comparação e decisão, tendo de um lado, os requisitos do cargo a ser preenchido, (o que exigir de seu ocupante), e do outro lado, o perfil das características dos candidatos que se apresentam para ocupá-lo. 30 A primeira parte é obtida pela descrição de cargos, e segunda é obtida por meio de aplicação das técnicas de seleção de acordo com a Tabela 1: 31 Tabela 1 : Seleção de Pessoal Como uma Comparação Fonte: Seleção de pessoal como uma comparação, pág.132, Chiavenato (2004). Comparado o perfil do cargo, com o perfil dos candidatos, identificando aqueles que preenchem melhor os requisitos e exigências, sendo um processo de decisão e escolha é fundamental a participação do requisitante do cargo, ou seja, alguém da área solicitante. De acordo com Paulo Teixeira, em seu livro Recrutamento e Seleção de Pessoal, a decisão final de contratar ou não os candidatos é de responsabilidade do departamento requisitante. 4.1 Formas de Seleção A organização se defronta com o problema de tomar decisões a respeito de um ou mais candidatos, cada decisão envolve o individuo a um determinado tratamento, que seria a resolução a ser tomada. Podemos assim distinguir três modelos de decisão sobre os candidatos: 1. Modelo de Colocação. Há um cargo vago para um único candidato apresentado, não incluindo a rejeição do candidato. Ocorre quando o solicitante indica um candidato, o qual tem todas as qualidades necessárias para o cargo vago. Mesmo, assim, deve ser observada e acompanhada todo o processo para que não haja inclusão indevida do candidato com o cargo, numa análise bem profissional. CANDIDATO → VAGA 2. Modelo de Seleção. Há vários candidatos e apenas uma vaga a ser preenchida. Os candidatos são comparados com os requisitos exigidos pelo cargo a que se pretende preencher, ocorrendo duas alternativas: Aprovação ou Rejeição. Se aprovado o candidato deverá ser admitido. Se for reprovado o candidato é eliminado do processo seletivo, abrindo mão para os outros candidatos ao cargo, que apenas um deles poderá ocupá-lo. CANDIDATO 32 CANDIDATO → VAGA CANDIDATO 3. Modelo de Classificação. Vários candidatos para vários cargos. Cada candidato é comparado com os requisitos exigidos pelo cargo que se pretende preencher. Podendo o candidato ser aprovado ou rejeitado para determinado cargo e aceito para outro. Daí, a denominação classificação. Para cada cargo a vários que disputam sedo que apenas um deles poderá ser aprovado. O modelo de classificação é superior ao de colocação e de seleção, pois aproveita os candidatos disponíveis, e permiti maior eficiência do processo seletivo por preencher a totalidade de cargos vacantes a serem preenchidos. CANDIDATO ↔ VAGA CANDIDATO ↔ VAGA CANDIDATO ↔ VAGA 4.2 Características Pessoais dos Candidatos Identificar e localizar características pessoais do candidato é uma questão de sensibilidade. Requer um conhecimento razoável da natureza humana, uma visão antecipada da interação entre pessoa e tarefa. (Chiavenato, 2004) Por se tratar de pessoas, nunca poderemos garantir 100% às características observadas dos candidatos. Às vezes parece ser um bom profissional, as referencias de empregos anteriores são positivas, se destacou nas dinâmicas, porem não é o melhor escolhido para a vaga. É necessário ter uma visão das características individuais dos candidatos, de acordo com Chiavenato (2004) relacionam três aspectos principais: 1. Execução da tarefa em si. A tarefa a ser executada exige certas características humanas como: atenção concentrada a detalhes, visão ampla abrangente das coisas, facilidade para lidar com números e cálculos,facilidade para se expressar verbalmente, perceber figuras ou símbolos, lidar com sons e ritmos, etc. 2. Interdependência com outras tarefas. A tarefa a ser executada depende de outras, para iniciar ou terminar, exigindo características como: atenção dispersa e abrangente, resistência a frustração e conflitos, etc. 3. Interdependência com outras pessoas. A tarefa exige contato com outras pessoas, estando elas abaixo ou acima na hierarquia da organização. Assim requer características pessoais como: colaboração e cooperação com outras pessoas, facilidade em trabalhar em equipe ou em conjunto, relacionamento humano, iniciativa, liderança, facilidade de comunicação e de expressão pessoal, etc. 33 As características pessoais quase sempre estão relacionadas com a tarefa, mas sempre considerando o entorno social e as condições tecnológicas existentes. 4.3 Descrição e Análise de Cargos Tabela 2 : Descrição e Analise de Cargos Tarefa É a atividade executada por um individuo que ocupa determinado cargo, por exemplo: atender aos clientes, efetuar cálculo de folha de pagamento, etc. Função É o conjunto de tarefas atribuídas a cada individuo na organização, por exemplo: secretaria do departamento comercial, arquivista do departamento de pessoal, etc. Cargo É o conjunto de funções substancialmente idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e às especificações exigidas dos ocupantes, por exemplo: gerente de Contas, gerente de Recursos Humanos, etc. Análise do cargo É o estudo que se faz para buscar informações sobre as tarefas componentes do cargo e sobre as especificações exigidas do seu ocupante. Descrição de cargo É o relato das tarefas descritas de forma organizada. Especificações É o relato dos requisitos e responsabilidades impostos ao ocupante do cargo. Grupo ocupacional É o conjunto de cargos que se assemelham quanto à natureza do trabalho. ⇒ Grupo ocupacional gerencial: divide-se em cargos de coordenação para cima, tais como: chefes, gerentes, diretores, etc. ⇒ Grupo ocupacional de profissionais de nível superior: cargos de psicólogo, nutricionista, engenheiro, advogado,etc. ⇒ Grupo ocupacional de técnicos de nível médio: cargos de desenhista, laboratorista, inspetor, supervisores técnicos, etc. ⇒ Grupo ocupacional administrativo: cargos e telefonistas, analistas, auxiliares, etc. ⇒ Grupo ocupacional operacional: cargos de ajudantes de produção, pintor FONTE. Recrutamento e Seleção de Pessoal, Paulo Henrique Teixeira, pág.27 e 28 (2010) 34 Descrever um cargo significa relacionar o que o ocupante faz como faz, e sob qual condição faz e por que faz. A descrição de cargo é um retrato das principais responsabilidades do cargo, que inclui no formato: o titulo do cargo, o sumario das atividades a serem realizadas e as principais responsabilidades do cargo. Feita a descrição, vem a analise de cargos, onde aborda quais os requisitos que o ocupante deve possuir para desempenhar o cargo. Analisar um cargo significa detalhar o que deve exigir de seu ocupante em termos de conhecimentos, habilidades e capacidades para que possa desempenha - lá. A diferença é que enquanto a descrição de cargos focaliza o conteúdo do cargo, a analise de cargos procura determinar os requisitos físicos e mentais que o ocupante deve possuir. 4.3.1 Ficha Profissiográfica Essa ficha é um resumo da análise profissiográfica, também denominada de “ficha de especificação”. (Teixeira, 2010) São informações transmitidas pela análise do cargo, caracterizando as aptidões, habilidades e os aspectos da personalidade necessários ao exercício de um cargo. É a pesquisa dos elementos componentes (humanos, instrumental, ambiental e organizacional) de um trabalho e da sua interação, com o objetivo de determinar as condições necessárias (ambientais ou de organização das tarefas) a um desempenho adequado. Com essa ficha o processo seletivo estabelece as técnicas de seleção mais adequadas ao caso. A ficha Profissiográfica permite melhorar a seleção de pessoal. Observemos: Tabela 3 Ficha Profissiográfica : FONTE. Recrutamento e Seleção de Pessoal, Paulo Henrique Teixeira, pág.33 (2010) 35 4.3.2 Análise do Currículo O currículo é um documento que revela a historia profissional e os aspectos da personalidade de seu proprietário. O objetivo principal do currículo é despertar o interesse do selecionador para ser chamado para a entrevista. Outro objetivo é “vender” a imagem de profissional competente que poderá contribuir para o desenvolvimento da empresa e alcançar seus objetivos. (DPP, 2008) Os ítens que devem conter em um currículo são: dados pessoais, objetivos, qualificações ou resumo profissional, experiência profissional, formação, formação complementar e outras informações. O currículo pode ser tendencioso, por isso é necessária uma análise mais detalhada desse documento. É com base nele que devem ser marcadas as entrevistas com os candidatos. Para se ter mais segurança sobre as informações contidas nele, sendo checadas com o próprio candidato. A análise de currículo é, geralmente, a primeira técnica utilizada em processos seletivos, essa analise consiste em comparar as informações que constam no currículo com os requisitos definidos pelo cargo e para quem irá decidir a contratação. (DPP, 2008) Segundo Teixeira, existem diversas técnicas de avaliação com o objetivo de definir o candidato ideal para o cargo procurado. Temos: • Testes de conhecimento: escrito, oral e prático. • Testes psicológicos. • Testes de personalidade. • Psicodrama. • Entrevistas de seleção. • Dinâmica de grupo. • Fisiognomonia Visam dar condições ao selecionador de avaliar alguns aspectos como: • Etilo e liderança. • Velocidade de raciocínio e ação. • Iniciativa. • Criatividade. • Espontaneidade. • Tomada de decisões. 36 • Capacidade de análise e julgamento. • Poder de argumentação. • Estilo de relacionamento. • Controle das situações difíceis e problemáticas. • Condições técnicas para exercer o cargo, etc. Os testes de seleção devem ser sempre elaborados com base nas exigências do cargo a ser preenchido pelo candidato, analisando: • Conhecimentos • Habilidades • Aptidões Os testes acima também são aplicados nos casos de transferências, promoções e treinamentos. 4.3.3 Validade dos Testes de Seleção Os testes somente serão válidos quando os escores (resultados) e o desempenho se relacionam (Werther e Davis). Para a sua validação e confiabilidade são necessários estudos, ou seja, deve haver lógica quando alguém lhe é submetido. Conforme McCormick Tiffin existem três as formas de validade: 1. Validade do conteúdo: é estimada pela demonstração de quão bem o conteúdo de um teste serve como amostra do campo ou tipos de situações que o teste pretende medir. Aplica-se particularmente aos testes de aproveitamento. 2. Validade relativa ao critério: determinada pela comparação dos resultados no teste com um ou mais critérios independentes. 3. Validade do conceito: determinação de qual qualidade psicológica um teste mede, como por exemplo: introversão ou inteligência. Para Tiffin, o teste para ter validade, deverá ter sua eficiência comprovada através de uma amostra com base nos funcionários atuais no cargo em questão, observando o seguinte: Selecionar uma bateria de testes experimentais. Essa seleção deve ser feita baseada em informações obtidas da análise do cargo. • Administrar os testes aos empregados atuais. • Selecionar critérios apropriados. • Obter informações do critério sobre os empregados atuais. • Analisar resultados. 37 CAPÍTULO5 – PRINCIPAIS TESTES APLICADOS NA SELEÇÃO DE PESSOAL Conforme analisado no livro de Paulo Teixeira os principais testes aplicados na seleção de pessoal são: 5.1 Testes de Conhecimento: Visam medir o grau de conhecimento, capacitação e habilidade que o candidato adquiriu por meio do estudo, da prática, ou do exercício, prática do trabalho e experiência de vida. Quanto às formas de apresentação, os testes de conhecimento podem ser: • Escritos – através de perguntas e respostas escritas • Orais – através de perguntas e respostas verbais • Práticos – através da execução de um trabalho 5.2 Testes Escritos 5.2.1 De respostas livres: Provas descritivas: onde trazem perguntas sobre assuntos específicos ou geria como exemplo: escreva sobre as etapas da confecção da folha de pagamento, ou descreva sobre o processo de recolhimento do INSS sobre a folha de pagamento. A elaboração dos testes deve ter os seguintes cuidados: as perguntas devem ser sobremodo curtas; não deve ter duplo sentido; evitar número grande de testes; cada pergunta deve abranger um determinado campo de conhecimento a ser medido. Questões dissertativas: Qual é o perfil do candidato ao cargo de auxiliar contábil? Quais características desse perfil você possui? Vantagens dos testes de respostas livres: • Revela a capacidade de redação do candidato • Identifica os níveis de imaginação e de organização das idéias • Testa a clareza da exposição • Verifica a capacidade de interesse do candidato • Cobre com intensidade uma área de interesse do candidato • Oferece um julgamento subjetivo • Organização rápida. Desvantagens: • Cobre apenas uma área limitada de conhecimentos • As respostas são difíceis de serem avaliadas: subjetivas e demoradas • Exemplo de testes escritos – respostas livres: 38 • Você recomendaria o lucro real ou lucro presumido, para uma empresa industrial/comercial, sendo a sua rentabilidade de 10% sobre o faturamento? Por quê? 5.2.2 De respostas dirigidas: Conhecido como prova objetiva (marca “x”) e apresentam maior número de questões. Vantagens: • Abrangem uma área maior de conhecimento • Correção rápida dos resultados • Questionamento objetivo • Avaliação rápida, impessoal e uniforme • Comparações simples Desvantagens: • Demora na elaboração da prova objetiva • O candidato não tem como justificar ou descrever suas idéias • Não avariam com profundidade os conhecimentos dos candidatos 5.3 Testes Orais Necessário quando os cargos exigem contatos com o público como: vendedores, locutores, atendentes, etc. São indicados para colaborar no processo de seleção de recursos humanos.(Teixeira,2010) Os testes orais têm pouca objetividade, bem assim é difícil a avaliação do desempenho do candidato. Dentre os vários exemplos de teste oral, destaca-se a entrevista, técnica universal utilizada com freqüência nas atividades de recrutar e selecionar recursos humanos. 5.4 Testes Práticos Tem por objetivo detectar o nível de conhecimentos e de capacidade dos candidatos, os quais são colocados em situações reais ou simulações de trabalho. O setor deve ter alguns cuidados: • Julgamento por três ou mais examinadores • Observação e anotação de todas as deficiências, falhas e acertos • Julgar o candidato em todos os elementos do teste e modos de execução. 5.5 Testes Psicológicos Avaliam a individualidade do candidato em relação aos requisitos do cargo e da empresa. Verificam o seguinte: 39 • Potencial intelectual (inteligência) • Aptidões (atenção concentrada, memória visual, aptidão mecânica, burocrática) • Personalidade (caráter, temperamento, equilíbrio emocional, frustrações, ansiedades) • Aprendizagem • Destreza e coordenação • Atitudes. Segundo Paulo Teixeira os testes psicológicos são úteis na tomada de decisões sobre quem selecionar para o preenchimento de determinados cargos. Como exemplo, seria uma perda de tempo, dinheiro e treinamento à empresa, contratar na área administrativa um funcionário vocacionado para trabalhar no setor de vendas, o qual gosta com liberdade de espaço. Os testes psicológicos possibilitam uma avaliação objetiva dos candidatos, colocando-os diante de situações semelhantes em função das provas, do meio ambiente, da padronização e comportamento do selecionador. Entretanto, os mesmos não são infalíveis, porque eles às vezes dão resultados que não é uma indicação real da eficiência potencial no cargo do candidato (McCormick e Tiffin). 5.6 Testes de Aptidão É um teste psicológico aplicado como uma disposição natural do indivíduo voltado para determinada atividade. Envolve os seguintes aspectos essenciais: • Aptidão para determinado trabalho ou tarefa. • Se o candidato apresenta disposição natural para o aperfeiçoamento. • Comportamento inato: existe sem exercício. • Prognostica o futuro do candidato na profissão. • Se o exercício ou o treino se transformam em capacidade. • Predisposição geral ou específica par aperfeiçoar-se no trabalho. • Encaminha par um determinado cargo, futuramente. • Comportamento pessoal. • Melhoria na execução de tarefas. A aptidão existe independentemente da aprendizagem e do treinamento, mas pode ser desenvolvida pelo treinamento. A capacidade surge por meio do treinamento. Alguns testes de aptidão: • Testes de aptidões mentais. 40 • Teste de visualização ou percepção espacial. • Testes de aptidões mecânicas. • Testes de aptidões psicomotores. • Teste do pontuado (pontos marcados). • Teste de aptidão visual. 5.7 Teste de Personalidade Testes psicológicos que visam analisar os diversos traços determinados pelo caráter e pelo temperamento, com o intuito de verificar se o candidato é capaz de desempenhar sua atividade. Os tipos de testes de personalidade são: • Teste genérico de personalidade • Teste de traços específicos de personalidade. 5.8 Dinâmica de Grupo É uma das formas utilizadas pelos selecionadores para detectar competências pessoais nos candidatos a emprego. A dinâmica é a atividade que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se percebe como cada pessoa se comporta no grupo, como é a comunicação, o nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, o nível de frustração, se aceita bem o fato de não ter sua idéia levada em conta. Os selecionadores usam essa técnica para descobrir e avaliar como o grupo se comporta em relação a cada componente. A dinâmica de grupo em seleção tem como objetivo observar o comportamento na situação de grupo e na maneira de ser do indivíduo. Também, visa não só buscar o melhor profissional do mercado, mas ainda aquele que se adapta às necessidades da empresa. O perfil procurado é trabalhar em equipe, adotar métodos de qualidade, ser flexível e ter experiência multidisciplinar. As dinâmicas estão leves e divertidas, selecionadores explicam os motivos de cada atividade e o candidato tem o direito de saber a utilidade de cada uma delas. 5.8.1 Etapas da Dinâmica de Grupo Chegada O selecionador atrasa e tem alguém na sala de espera avaliando a reação dos candidatos. Aquecimento Algumas atividades para “quebra o gelo”, tal como: O selecionador distribui os crachás para os participantes e os divide em duplas para que façam uma entrevista. Na base do improviso ou com o auxílio de um questionário, os 41 participantes se conhecem e depois apresentam o entrevistado para os demais componentes do grupo. São analisados: interação, expressão e perfil psicológico. Auto-apresentação Pode ser feita oralmente, quando cada participante fará uma pequena descrição de sua vida pessoal e profissional. Cada participante deve produzir um painel e fazer uma
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