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1 Sumário INTRODUÇÃO.....................................................................................................pag. 01 PRODUÇÃO DE CELULOSE....................................................................................03 Figura 2 - Plantação de Eucalipto Figura 03 – Plantação de Pinus PRODUTOS...................................................................................................................04 Figura 04 – Demonstração da Produção de Celulose Figura 04 – Demonstração da Produção de Papel CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SETOR...........................................................05 PROCESSO PRODUTIVO EXPORTAÇÕES DO BRASIL....................................................................................06 Gráfico 01 – Exportação brasileira CUSTO DE PRODUÇÃO Gráfico 02 – Custos de produção de celulose no Brasil Gráfico 03 – Custos de produção de papel no Brasil.................................................................................07 MENOR CUSTO DE PRODUÇÃO Gráfico 04 – Custo de Produção de Celulose do Brasil e principais países produtores............................08 FORNECEDORES Gráfico 05 – Composição da área de arvores plantas por segmento........................................................09 TIPOS DE EMPRESAS EXPORTAÇÃO DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL......................................10 Gráfico 06 – Exportações da produção de papel e celulose do Brasil Gráfico 07 – Países de destino de exportação de papel e celulose do Brasil FATORES DE RISCOS NO SETOR DE CELULOSE.............................................11 SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL Gráfico 08 – Exportações de papel e celulose do Brasil PRODUÇÃO DE CELULOSE NO BRASIL...............................................................12 Gráfico 09 – Produção de Celulose no Brasil em Ton/ano Gráfico 10 – Exportações de celulose do Brasil CONCLUSÃO......................................................................................................................................13 BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................14 2 INTRODUÇÃO A indústria de celulose apresentou grande crescimento nas últimas décadas no Brasil com o avanço do monocultivo de eucalipto em extensas áreas do território nacional, especialmente nas regiões, tais como: Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia e Mato Grosso do Sul. A produção de celulose no Brasil é feita a partir do cultivo do eucalipto e do pinus e pode se apresentar de forma integrada à produção de papel ou voltada para a comercialização, o que, neste último caso, tem o mercado externo como o seu principal destino. O plantio do pinus se concentra no sul do país enquanto o do eucalipto está presente nas demais regiões. O movimento da expansão territorial para o cultivo dessas florestas foi acompanhado pela instalação de imensas plantas industriais em pontos estratégicos, ou seja, a indústria de celulose é instalada na proximidade das áreas produtoras de matéria- prima e do entroncamento de eixos de transporte e circulação por onde é escoada a sua produção. 3 1. PRODUÇÃO DE CELULOSE A expansão da produção de celulose no país se deve a uma diversidade de fatores e processos que vêm se desenrolando a longo tempo e passam a assumir um novo significado a partir dos anos 1990 em face do avanço da globalização. Dentre eles, destacam-se: a grande disponibilidade de terras e mão de obra baratas; as boas condições edafoclimáticas que, somadas a um elevado nível tecnológico, onde a tecnologia empregada no desenvolvimento da silvicultura é nacional, enquanto a tecnologia materializada nas máquinas utilizadas no corte da madeira e na indústria de processamento de papel e celulose é de origem estrangeira, com o conjunto dessas tecnologias acaba resultando em altas produtividades dos plantios; investimentos de capitais estrangeiros no setor e as políticas de incentivo adotadas pelos Estados brasileiros. Hoje o Brasil é o maior exportador mundial da celulose de fibra curta, pois o clima brasileiro favorece o plantio de Eucalipto, ao passo que nos demais países produtores a produção de celulose de fibra longa é maior, pois o clima favorece mais as florestas de pinus. A celulose de fibra curta é originária do eucalipto e a de fibra longa é proveniente do pinus. Até o ano de 2003, a participação da celulose de fibra longa no mercado internacional era maior do que a de fibra curta, invertendo-se a partir de então (BIAZUS et al., 2010a, p. 125). O campo brasileiro tem passado por intensas mudanças associadas a processos econômicos globais e à atual redefinição da divisão internacional do trabalho. A reestruturação da produção de papel e celulose em nível nacional está vinculada ao desenvolvimento geral do setor no mundo, marcado pela consolidação de grandes grupos empresariais e sua atuação em escala mundial. Figura 02 – Plantação de Eucalipto. Figura 03 – Plantação de Pinus. 4 2. PRODUTOS A fibra curta tem maior capacidade absorvente, destina-se à produtos menos rígidos como papel para impressão e para escrever, papéis tissue (higiênicos); a fibra longa é mais resistente e utilizada na fabricação de embalagens; as pastas de alto rendimento (par) são utilizadas na produção de papel jornal e podem ser misturadas com fibra longa ou curta para dar maior resistência; celulose solúvel – celulose que não tem as mesmas utilizações da celulose comum – fibras têxteis (viscose), celofane, filtros de cigarro e para salsicha. Figura 04 – Demonstração da Produção de Celulose, 2015 (Fonte: IBÁ, Elaboração: BRADESCO). O Brasil é autossuficiente na fabricação de papel, porém ainda é dependente da importação de papel imprensa. O Brasil importa 70% do que utiliza de papel imprensa; 80% das importações de papel imprensa são supridas pelo Canadá; o Brasil não tem escala de produção desse tipo de papel e não tem matéria prima suficiente (fibra longa); ademais, o papel imprensa importado entra no país com isenção de imposto de importação. Figura 05 – Demonstração da Produção de Papel, 2015 (Fonte: IBÁ, Elaboração: BRADESCO). 5 3. CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DO SETOR 3.1. Celulose Demanda Global voltado à exportação; Concentração em Grandes empresas; Elevada escala de produção – mínimo de 1,5 milhão de tonelada/ano; *Ciclicidade de preços. 3.2. Papel Demanda Regional – maior na região Sudeste do país; Fragmentação – há atuação de médias empresas; Preços são *Spread da celulose. *Ciclicidade: se enquadra em ciclos. *Spread: propagação ou extensão. 4. PROCESSO PRODUTIVO As pastas destinadas à fabricação de papel são resultantes do processamento industrial de fibras vegetais. No Brasil, cerca de 96% das fibras utilizadas são de origem arbórea, os 4% restantes são de bagaço de cana, sisal e bambu. Existem 2 tipos de processos para industrialização das fibras: Processo químico, que dá origem à celulose e representa cerca de 95% do total produzido no Brasil e Processo mecânico, que resulta em pastas de alto rendimento (PAR), cuja produção chega a apenas 5% do total, em razão de ser intensivo em energia elétrica. A celulose de fibra curta é originária do eucalipto (representa 85% da produção brasileira) e a de fibra longa é proveniente do pinus (responde por 15% da produção nacional). No Brasil não é mais utilizada a moto-serra, hoje o processo de extração da madeira é totalmente mecanizado; o equipamento corta, descasca e empilhaa madeira. A cor original da celulose é marrom e para chegar à produção de papel para imprimir a celulose passa por um processo químico de branqueamento (celulose branqueada) que utilizada soda cáustica, cloro e enxofre. 6 5. EXPORTAÇÕES DO BRASIL As exportações de papel e celulose respondem por 4,1% da pauta total de exportações do Brasil. Gráfico 01 – Exportação brasileira, 2015 (Fonte: SECEX, Elaboração: BRADESCO). 6. CUSTO DE PRODUÇÃO Mais de 65% de toda a energia consumida pelo setor é auto gerada no processo de produção de celulose, por meio da queima do licor negro, produzindo vapor. Gráfico 02 – Custos de produção de celulose no Brasil, 2016 (Fonte: EMPRESAS, Elaboração: BRADESCO). 7 Gráfico 03 – Custos de produção de papel no Brasil, 2016 (Fonte: EMPRESAS; Elaboração: BRADESCO). 6.1. MENOR CUSTO DE PRODUÇÃO Fatores que favorecem a competitividade de menor custo de produção brasileira são: Clima favorável; Utilização de biotecnologia e de engenharia genética, que favorecem a produtividade brasileira – a produção de 1,5 milhão de tonelada de celulose no Brasil requer 140 mil hectares de madeira, enquanto que na Escandinávia são necessários 720 mil hectares e na China 300 mil; O eucalipto leva em média 7 anos para crescer, enquanto que o pinus leva em média 15 a 20 anos competitivo brasileira - menor custo de produção global; O custo de produção no BRASIL gira em torno de US$ 235 por tonelada, enquanto que nos EUA chega a US$ 420 e US$ 498 na CHINA; A tecnologia de clonagem de mudas foi totalmente desenvolvida no Brasil por pesquisas realizadas entre as Empresas, a Embrapa e Universidades; Excelente logística formada por transporte, com florestas próximas das fábricas, que também são próximas dos terminais privativos para exportação 8 Gráfico 04 – Custo de Produção de Celulose do Brasil e principais países produtores, 2014(Fonte: FIBRIA, Elaboração: BRADESCO) 7. FORNECEDORES A maior parte da madeira utilizada pela indústria é de produção própria, em torno de 85%. Os 15% restantes são fornecidos por pequenos produtores, no sistema integrado de produção. No sistema integrado de produção a indústria fornece para o produtor mudas, insumos como fertilizantes, defensivos, orientação técnica e a garantia de compra. No sistema de arrendamento, a indústria apenas aluga a terra do produtor, por um período mínimo de 7 anos. Do total de 7,74 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil, 34%, o equivalente a 2,63 milhões de hectares, são das empresas de celulose. Os investidores financeiros representam 10,2% da área plantada. O Brasil é o segundo maior destino dos investidores nesta área com 29% do montante investido, atrás dos EUA, que detém 66%. As importações de celulose representam 7% do consumo aparente doméstico, concentradas em fibra longa. Os principais países de origem das importações de celulose são os EUA com 42% e a Argentina com 38%, as importações de papel representam 9% do consumo aparente doméstico, concentradas em papel para imprimir e escrever (40%) e papel imprensa (24%), os principais países de origem das importações de papel são: Europa com 34%, Canadá com 22%, China com 16% e EUA com 12%. 9 Gráfico 05 – Composição da área de arvores plantas por segmento, 2014(Fonte: IBÁ, Elaboração: BRADESCO). 8. TIPOS DE EMPRESAS Integradas – produzem a celulose e o papel. Produtoras apenas de celulose - destinam a maior parcela da produção para o mercado externo. Essas empresas vendem a celulose para as produtoras de papel, o que se denomina celulose de mercado. Produtoras de papel - esta categoria é a maior do segmento, constituindo-se de empresas que compram celulose de coligadas ou de terceiros, empresas que participam de grandes grupos econômicos e também as de menor porte. O segmento de celulose é bastante concentrado, pois a escala de produção é elevada, sendo intensiva em capital; o segmento de papel é mais pulverizado, pois existem pequenos fabricantes de papel 10 8.1. EXPORTAÇÃO DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL Gráfico 06 – Exportações da produção de papel e celulose do Brasil, 2015 (Fonte: IBÁ, Elaboração:Bradesco). Gráfico 07 – Países de destino de exportação de papel e celulose do Brasil, 2015 (Fonte: IBÁ, Elaboração: BRADESCO). 11 9. FATORES DE RISCOS NO SETOR DE CELULOSE Setor cíclico em função do longo período de maturação dos investimentos realizados no setor. O crescimento da produção ocorre periodicamente e em grandes volumes, ao passo que a demanda não cresce na mesma proporção, levando o setor a desequilíbrios, dessa forma, alterna-se períodos de preços elevados no mercado internacional e fases de margens comprimidas. Intensivo em capital – a escala mínima viável de uma nova planta de celulose gira em torno de 1,5 milhão t/ano; endividamento em moeda estrangeira das empresas do setor; crescimento da produção chinesa de papel, tomando mercado brasileiro na Ásia e Europa. 10. SITUAÇÃO ATUAL DO BRASIL Gráfico 08 – Exportações de papel e celulose do Brasil, 2016 (Fonte: IBÁ, Elaboração: BRADESCO). 12 10.1. PRODUÇÃO DE CELULOSE NO BRASIL Gráfico 09 – Produção de Celulose no Brasil em Ton/ano, 2016 (Fonte: IBÁ, Elaborado: BRADESCO). Gráfico 10 – Exportações de celulose do Brasil, 2015 (Fonte: IBÁ, Elaboração: BRADESCO). 13 CONCLUSÃO Neste Estudo dirigido podemos concluir que o setor de celulose e papel no Brasil teve uma expansão recente de áreas, direcionadas para plantios de Eucaliptos e Pinus, embora a plantação de eucalipto são maiores do que a plantação de pinus. O potencial e a capacidade da indústria de celulose brasileira são bem superiores aos de papel, a fibra curta que tem como matéria – prima base o eucalipto, apresenta vantagens competitivas muito importantes, colocando o Brasil na liderança mundial. As Industrias de celulose e papel instalada no Brasil apresentou um acréscimo na participação do comércio internacional com aumento das exportações. Num cenário de demanda crescente de alimentos, de biocombustíveis, de fibra e de florestas e com a adoção de processo de estruturação aos moldes dos chamados “4 F’s (Food, Fuel, Fiber e Forests)”, as empresas que investirem em biotecnologia e planejamento florestal terão mais possibilidades de uma maior inserção internacional, para o que de novas técnicas de cultivo e de uso racional dos recursos naturais é imprescindível. 14 BIBLIOGRAFIA ABRAF. (2013) Anuário estatístico ABRAF 2013. Brasília: ABRAF. Disponível em:. Acessado em: 20 dez. 2014; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CELULOSE E PAPEL (BRACELPA). Conjuntura Bracelpa. Disponível em: Acesso em: 10/10/2011. DORES, A. M. B. das; CHAGAS, F. B. das; MATTOS, R. L. G. de; GONÇALVES, R. M. Papel e Celulose. Panorama Setorial: Setor Florestal, Celulose e Papel. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Rio de Janeiro, p. 109 - 134. 2006. Artigo: A INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL NO BRASIL NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O QUE PODERÁ AINDA ACONTECER (Carlos Alberto Farinha e Silva – vice-presidente Pöyry Tecnologia Ltda, Jefferson Mendes Bueno – diretor da Pöyry Management Consulting Latin America, Manoel Rodrigues Neves – gerente de Estudos Econômicos da Pöyry Tecnologia Ltda.). Sites consultados: http://www.eucalyptus.com.br https://www.economiaemdia.com.br/EconomiaEmDia/pdf/infset_papel_e_celulose.pdfBRASIL ECONÔMICO. Disponível em: http://www.brasileconomico.com.br . Acessado em: 08 jan. 2014.
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